O documento discute os riscos da ciência e da tecnologia para a humanidade, argumentando que embora tenham trazido benefícios, também aumentaram o poder destrutivo e ameaçam valores éticos. Defende uma atitude crítica perante a ciência e limites como a bioética e ecoética para proteger a vida e a natureza.
2. O Homem vai à Lua;
O Homem fabrica novos transportes;
O Homem descobre novos medicamentos;
O Homem inventa novas técnicas de guerra;
O Homem inventa novas máquinas nucleares;
O Homem cria novas técnicas industriais, etc. …
Mas a que preço? Será que todas
estas invenções só têm trazido
benefícios à Humanidade?
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3. “Será que o bem-estar da
bem-
Humanidade está dependente
do progresso científico e
tecnológico?”
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4. O que é a Ciência?
Ciência?
É um conhecimento organizado, sistemático que,
para além da experiência, utiliza raciocínios e
demonstrações para obter conclusões
gerais/universais.
Toda a Ciência tem história.
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5. Quando se começou a desenvolver a Ciência? Quais as
diferenças face à actual?
Desde a Grécia Antiga
As finalidades/objectivos da Ciência eram diferentes
As investigações eram menos complexas
A Natureza era vista como algo Divino
Mas, a partir dos séculos XVI/XVII, foi instituída uma
nova forma de investigar a Natureza, manipulando-a,
manipulando-
através de métodos experimentais.
Aqui surgem cientistas
como Galileu Galilei
e Isaac Newton.
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6. Principalmente no século XIX, começou a desenvolver-se
uma nova ideia de Ciência:
Podia resolver os problemas que afectam os seres humanos;
cientismo, que se apoiava no positivismo;
Tinha um carácter objectivo e neutro.
No entanto, este optimismo generalizado teve implicações:
A Ciência estava posta ao serviço do Homem, aumentando,
assim, o poder dos seres humanos para manipular a Natureza
A Ciência e a técnica foram concebidas como sendo os
elementos estratégicos para o desenvolvimento das sociedades
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7. O desenvolvimento da Ciência está
dependente do progresso da tecnologia
e este da Ciência, sendo uma
dependência mútua.
Ciência e tecnologia têm uma estreita relação,
pelo que pode falar-se em tecnociência
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8. Apesar da Ciência ter começado a
desenvolver-se desde a Antiguidade,
a Ciência dos dias de hoje é diferente, porque:
Os objectos que são alvo de estudo são mais complexos,
obrigando a investigações também mais desenvolvidas
Porque o conhecimento nunca é Neutro (o sujeito detém
o papel mais importante na elaboração de um
conhecimento científico)
O principio da neutralidade e objectividade têm um poder mais
fraco;
Mudança de
paradigma
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9. As descobertas científicas moldaram as nossas sociedades tanto
para o bem como para o mal.
Foi possível:
Minorar o sofrimento humano;
Melhorar condições de vida;
mas também…
Aumentar a capacidade destrutiva dos aparelhos militares;
Aumentar a degradação da vida na Terra, etc. …
As experiências são exploradas por redes de interesse;
As descobertas científicas e tecnológicas estão condicionadas por domínios
económicos, políticos e/ou religiosos;
Os seres humanos podem ser reduzidos a meras cobaias;
Estão em risco princípios morais e éticos e valores da dignidade humana.
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10. O bem-estar da Humanidade está
dependente do progresso científico.
As máquinas e as técnicas não servem só para
nos salvar
O desenvolvimento da tecnociência não foi
acompanhado por um desenvolvimento espiritual,
moral e civilizacional idêntico
o ser humano tornou-se numa ameaça para o
próprio ser humano, para a vida em geral, e para a
Terra – a nossa casa comum.
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11. Vamos tomar como exemplo duas situações: O Projecto Manhattan e as
experiências médicas realizadas nos campos de concentração alemães.
O Projecto Manhattan, As experiências
nome de código para os realizadas durante a
E.U, que é um projecto Segunda Guerra Mundial
secreto do governo que foi nos campos de concentração
criado antes da Segunda alemães (1933-1945)
Guerra Mundial e culminou mataram milhares de seres
com o desenvolvimento da humanos em experiências
bomba nuclear. medicas.
Principio da neutralidade
Quebra de princípios
quebrado.
éticos e morais
As experiências foram
realizadas com fins
políticos
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12. Face aos métodos tecnocientíficos e à forma como a ciência actua nas
sociedades, dois importantes filósofos do séc. XX defenderam que era
necessário adoptar atitudes criticas perante esta realidade.
Karl Popper Thomas Kuhn
Entre os cientista deve haver uma
Propõe uma nova concepção de nova atitude, valorizando o diálogo e
ciência: a discussão (intersubjectividade)
Esta deve ser vista como
conjectura (aproximação
sucessiva); A Ciência não se consegue separar
da subjectividade objectividade
Deve haver uma postura crítica fraca
A Ciência evolui não de forma
contínua mas sim com a descoberta
de novos paradigmas.
Preocupação
epistemológica
Preocupação sociológica;
Filosofia | 11ºG maior envolvência mental
13. É necessário adoptar uma atitude crítica perante a Ciência,
estabelecendo limites e regras que obriguem a comunidade científica a
respeitar certos princípios que visem a protecção da vida dos seres
humanos e de toda a Natureza.
BIOÉTICA ECOÉTICA
Procura estabelecer Reflecte sobre os problemas
regras/normas que devem levantados pela
reger a acção no campo da tecnociência na Natureza,
intervenção técnico- impondo o dever de avaliar
científica do Homem sobre os riscos e acautelar os
a sua própria vida. efeitos nocivos das suas
acções.
Reconhecida a VIDA como um valor, temos de o respeitar
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14. O ser humano é uma entidade bio-psicossocial,
O ser humano é o único com capacidades racionais
e reflexivas.
Também nas experiências científicas deve haver
discussão de temas, ideias (intersubjectividade)
O progresso científico deve evoluir sem serem
impostos grandes obstáculos, mas este deve sempre
respeitar os valores da dignidade humana, não a
violando
AGE SEMPRE «…de tal maneira que os efeitos da tua
acção sejam compatíveis com a permanência de uma
vida humana autêntica.».
Adaptação da formulação do imperativo kantiano
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15. “As sociedades definem-se, não
por aquilo que criam, mas por
aquilo que se recusam a destruir”
John Sawhill, antigo presidente
de The Nature Conservancy
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16. Trabalho realizado por:
Ana Luísa nº3
Bruno Cruz nº8
Cátia Cruz nº9
Marta Bairres nº19
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