8. • O sistema nervoso central
desempenha essencialmente
as tarefas associadas ao
processamento e
coordenação das
informações. É formado pelo
cérebro e pela espinal
medula, órgãos que
superintendem no que o ser
humano pensa, diz e faz, de
modo a sobreviver e dar
continuidade à espécie.
9. • A Espinal-medula é um centro
coordenador das atividades
reflexas e, assim, um mecanismo
de defesa contra agressões do
meio porque as suas respostas são
rápidas e ocorrem antes de qualquer
decisão cerebral, e um centro
condutor porque conduz os
impulsos provenientes do
cérebro, e que para ela são
dirigidos, que transmitem uma ordem
como “andar”.
10. • O cérebro é o coordenador da atividade voluntária, isto é,
dos atos conscientes, intencionais e que exigem
planificação e deliberação.
12. • Os elementos básicos
constituintes do sistema
nervoso são os
neurónios, células
especiais que têm a
capacidade de comunicar
umas com as outras,
transmitindo informações .
13. • O sistema de informação
veiculado pelos neurónios
forma um circuito eléctrico
designado por influxo nervoso.
• A passagem do influxo de um
para outro neurónio processa-
se não porque exista entre eles
continuidade física, mas
porque se estabelece uma
relação funcional chamada
sinapse.
14. • O influxo transita
porque a fenda
sináptica é
preenchida por
neurotransmissores,
substâncias
químicas
segregadas pelas
vesículas
sinápticas.
16. • O hemisfério esquerdo comanda a sensibilidade e os movimentos do lado
direito e o hemisfério direito superintende no controlo da sensibilidade e
dos movimentos do lado esquerdo. Nas pessoas esquerdinas predomina o
comando do lado direito.
• O Hemisfério esquerdo é especializado em simbologia e lógica e ocupa-
se do pensamento mais analítico (separa as ideias), linear (um passo a
seguir ao outro) e verbal (escrito e falado). Constrói frases e resolve
equações. Faculta ao homem a ciência e a tecnologia.
• Acidentes, tromboses e tumores no hemisfério esquerdo, provocam
distúrbios na leitura, na escrita, na fala, no raciocínio aritmético e, em geral,
na capacidade de compreender.
17. • O Hemisfério direito é responsável pela organização das
percepções espaciais e encarrega-se do pensamento mais
sintético (associa as ideias), holístico (encontra as relações
num só passo, intuitivamente) e imagístico (rege-se por
imagens). Ouve música e apercebe-se da tridimensionalidade
dos objetos. É o responsável pela arte e pela imaginação.
• De uma maneira geral, as lesões no hemisfério direito não têm
efeitos tão dramáticos como as ocorridas no hemisfério
esquerdo. Daí que, até cerca de 1960, o hemisfério esquerdo
fosse considerado como “dominante” e o direito como “menor”.
18. • Os estudos revelam que
os hemisférios direito e
esquerdo trabalham
coordenadamente,
desempenhando papéis
complementares.
21. • O córtex que cobre cada
hemisfério apresenta quatro
regiões ou lobos cerebrais,
separados por fendas:
• O lobo occipital, responsável
pela visão.
• O lobo temporal, responsável
pela audição.
• O lobo parietal, responsável
pelas sensações do corpo.
• O lobo frontal responsável
pelos movimentos.
22. ÁREA DE WERNICKE E DE BROCA
• A área de Broca é a área
motora da linguagem.
Produz a linguagem falada.
Permite que formemos
palavras de forma correta.
• A área de Wernicke atribui
significado ao discurso
oral, permitindo a
compreeensão da linguagem
falada.
23.
24. • Em cada um dos Lobos existem áreas primárias e áreas secundárias.
• Áreas primárias – Também chamadas áreas de projecção, funcionam como estações receptoras de
informação sensorial ou como centros de transmissão de ordens motoras.
•
• Áreas secundárias - Também chamadas áreas de associação, coordenam, interpretam e integram a
informação recebida nas áreas primárias.
27. • Responsável pela
integração e coordenação
de muitas estruturas
corticais e subcorticais
(tálamo, Hipotálamo, p.
ex.), dos comportamentos
emocionais e intelectuais,
o córtex pré-frontal é, o
núcleo da nossa
personalidade.
28. • A ele devemos
capacidades como o
pensamento abstracto, a
imaginação criativa, a
reflexão, a resolução de
problemas, planear e
modificar o curso de uma
ação, prever e antecipar
os seus resultados ou
consequências.
29. • Sem ele não teríamos
doutrinas científicas, morais,
religiosas, jurídicas, nem
inventos tecnológicos, nem
produções artísticas e
literárias. Ele é também os
nossos centros emocionais, o
cento das decisões sem as
quais a vida seria um impasse.
30. • António e Hanna
Damásio são dois
notáveis neurologistas
e pesquisadores da
Universidade de Iowa
que investigaram na
última década as
bases neurológicas da
psicopatologia.
31. • Os Damásio concluíram em 1990, por exemplo, que indivíduos
que se tinham submetido a lesões no córtex frontal (e que
tinham personalidades normais antes da lesão) desenvolveram
comportamentos sociais anormais, levando a consequências
pessoais negativas. Entre outras coisas, estes indivíduos
apresentavam as tomadas de decisões inadequadas e
inabilidades de planeamento com as quais são conhecidas por
serem processadas pelo lobo frontal do cérebro.
32. • Os Damásio também
reconstituíram
neurologicamente o
primeiro caso conhecido da
alteração de personalidade
devido a uma lesão frontal
no cérebro, observado no
século XIX – o caso de
Phineas Gage
33. • Phineas Gage era um
supervisor de obras
ferroviárias que perdeu
parte de seu cérebro
devido a uma barra de
ferro que atravessou o
seu crânio quando uma
carga explosiva rebentou
acidentalmente.
34. • Ele sobreviveu por muitos anos ao
extenso trauma, mas tornou-se uma
pessoa inteiramente nova. Tornou-se
extravagante e antissocial, praguejador
e mentiroso, com péssimas maneiras, e
já não conseguia manter-se num
trabalho por muito tempo ou planear o
futuro. "Gage já não era Gage",
disseram seus amigos.
38. • O cérebro funciona como
um todo, apesar de
existirem áreas
especializadas, pois estas
não comprometem o
funcionamento integral do
cérebro e as suas
conexões com outras
estruturas.
39. FUNÇÃO VICARIANTE
• Função do cérebro que
permite que uma tarefa
perdida seja recuperada por
uma área vizinha da zona
lesionada. É graças a esta
função que as pessoas que
perdem a fala devido a um
acidente cerebral acabam por
recuperar a capacidade
perdida.
41. • Apesar de ter todas as
áreas corticais formadas,
não quer dizer que o
desenvolvimento do cérebro
do recém-nascido esteja
concluído. Nos primeiros
seis meses de vida
produzem-se mais
modificações na estrutura
do córtex do que em
qualquer outro período do
desenvolvimento.
42. • As capacidades
humanas dependem
da seleção de boas
conexões, que por sua
vez dependem das
condições do meio.
43. • Os estímulos assimilados
conduzem a processos de
adaptação que se refletem
na formação do cérebro. O
efeito dos genes e dos
estímulos do meio atuam
no desenvolvimento do
cérebro (processo auto-
organizado).
45. • O processo de desenvolvimento
cerebral no Homem é muito mais
lento que o desenvolvimento do
sistema nervoso central de outros
mamíferos.
• Este carácter embrionário do
cérebro torna-se uma
vantagem, possibilitando a
influência do meio e uma maior
capacidade de aprendizagem.
46. • Inicialmente a organização cerebral e o
funcionamento do sistema nervoso eram
considerados definidos geneticamente, isto
é, o homem teria um programa
predeterminado que definia a sua estrutura
e as funções das várias áreas.
• Com o avanço da ciência demonstrou-se
que o cérebro é um órgão
maleável, modificando-se com as
experiências, percepções, ações e
comportamentos do Homem.
47. • A plasticidade
cerebral é a
capacidade do
cérebro se remodelar
em função das
experiências do
sujeito, permitindo
assim uma
aprendizagem ao
longo da vida.
48. • Para comprovar a
plasticidade do cérebro
foram realizadas
investigações com
cegos adultos, as
experiências feitas com
cegos adultos que
começaram a aprender
Braille vieram provar a
neuroadaptabilidade do
cérebro, ou seja, as
informações
provenientes do dedo
que lê Braille ativavam
também as partes dos
córtex visual.