1) O documento descreve a expedição de Alexandre Rodrigues Ferreira à Amazônia entre 1783-1792 para estudar a região.
2) Conta as lendas da Piripirioca e do Curupira, que fazem parte da história e cultura da Amazônia.
3) Recomenda o projeto "Contador de Histórias" que visa preservar a cultura e valores populares brasileiros por meio de contos e música.
1. Conquistando seu amor com piripirioca. A Amazônia e seus encantos!<br />Acesse http://www.nitportalsocial.blogspot.com/2011/06/conquistando-seu-amor-com-piripirioca.html<br />Que a Amazônia é o pulmão verde do mundo todos nós sabemos, além de todas as riquezas que possui. Ela em tudo é “superlativo” por possuir a maior floresta tropical única do mundo, mais extensa rede fluvial do planeta e com o maior volume de água doce da Terra.<br />Mas vamos contar aqui um pouco de sua história que aqui começa lá pelo ano 1783 com a saída de Lisboa no dia 1º de setembro do brasileiro Alexandre Rodrigues Ferreira, nomeado naturalista por Dona Maria I, a bordo da charrua Águia Real e Coração de Jesus a fim de estudar a região Centro-Norte da então Colônia para que fossem implantadas medidas desenvolvimentistas, pois as rendas coloniais estavam em decadência. <br />Sua vinda objetivava descrever todos os seres dos três reinos, animal, mineral e vegetal encontrados na Amazônia Brasileira e numa parte da bacia do Rio Paraguai.<br />Correu diversos lugares e sua viagem durou 9 anos, 4 meses e 11dias, envolvendo mais de 100 pessoas, tendo percorrido uma distância aproximada equivalente a uma volta ao mundo através dos vales dos rios Amazonas, Madeira, Negro, Tocantins, Paraguai e muitos de seus afluentes, onde foi possível fazer registros etnográficos de muito valor devido a sua formação na área de botânica e geologia, mas também tendo conhecimento em arte, antropologia, história e geografia.<br />Esta expedição gerou documentos de alta relevância em todas as áreas do conhecimento humano, tais como Medicina e Farmácia, Biologia, Zoologia, Botânica, Agricultura e Ecologia, História, Geografia, Geologia, Mineralogia, Etnografia, Antropologia, Artes Plásticas, Arquitetura, Arqueologia, Linguística (Portuguesa e indígena) e outras mais.<br />Pelo que podemos constatar desde muitos séculos atrás o homem já demonstrava interesse nesta região natural que se estende entre os maciços das Guianas e o Planalto Brasileiro, do Atlântico até os Andes (América do Sul) com uma superfície de mais de 7 milhões de quilômetros quadrados compartilhadas entre o Brasil – maior parte – Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. <br />E como consta terem sido os primeiros habitantes deste lugar índios e caboclos, faz também parte de sua história as fantasias criadas em torno de tanta diversidade:<br />- o Curupira – visto como o guardião das florestas e dos animais, com traços indígenas, cabelo cor de fogo e os pés virados para trás e com o dom de ficar invisível. Protege todos aqueles que ajudam a preservar a natureza e é um perseguidor dos que a destroem, ao se transformar em caça (umapaca, onça) atraindo os caçadores para o meio da floresta e fazendo com que percam o rumo e fiquem andando em círculos, de volta sempre ao lugar da partida.<br />- a Piripirioca – conta-se que a tribo Manau vivia em um lugar muito bonito de flores e as mulheres desta tribo eram de extrema beleza. <br />Um dia avistaram um índio estranho pescando no lago próximo à tribo. Era um índio lindo e uma das índias se aproximou querendo saber de onde ele vinha. Como não recebeu resposta tocou-lhe o ombro e ao fazê-lo foi invadida por um forte perfume. As outras índias ficaram maravilhadas e queriam saber como ele conseguia fazer aquilo e o ameaçaram de que se não contasse o levariam preso para sua tribo. Ele apenas gritou seu nome, Piripari e pulou no rio e sua linha de pescar acabou levando as três cunhãs. Embora as que ficaram pedissem muito para que ele ficasse ele nunca mais apareceu. <br />Estas cunhãs desde aquele dia ficaram apaixonadas por aquele índio e entristeciam a cada dia, na espera de seu retorno. Até que um dia, penalizado pela tristeza das índias apareceu na tribo um jovem feiticeiro de nome Supi que ensinou a elas que levassem, na noite de lua cheia, até a praia, um fio do cabelo delas a fim de amarrá-lo, com um simples de toque deste fio no corpo dele. <br />Ao ter seu corpo tocado pelos fios, Piripari ficou como que amarrado sem se mexer e cantando uma linda cantiga. Mas o fato dele não ter nenhum tipo de resposta a elas começou a incomodá-las e uma fez o que não poderia ter feito, tocou no corpo dele. Neste instante, a lua escureceu, veio um vento forte e frio e as índias caíram em sono profundo. Ao acordarem deram-se conta que onde haviam deixado o corpo do índio havia apenas uma pequena planta, mas de um perfume encantador.<br />Neste instante o feiticeiro se aproximou e ensinou-lhes que toda a mulher que quiser ter o cheiro do encanto, use em seu banho a planta de piripirioca.<br />A índia desobediente que tocou no ombro do índio teve como castigo cair nos braços de um sapo cururu gigante e as outras muito tristes voltaram para a taba.<br />Nunca mais Piripari foi visto à beira do rio cantando uma cantiga com voz de estrela misteriosa, mas até hoje as caboclas da Amazônia quando querem conquistar alguém, usam a planta cheirosa. <br />Estas são apenas duas relíquias das lendas da Amazônia e outras mais virão em outras postagens.<br />E falando em histórias... indicaremos aqui o “Contador de Histórias” que através do projeto Pólen, visa trabalhar os valores populares, a cidadania, a dignidade e a importância da preservação ambiental. <br />Tudo é feito com a apresentação de um espetáculo de teatro, que reúne histórias genuinamente brasileiras com cânticos populares interagindo todo o tempo com a platéia. O Projeto se apresenta em escolas, hospitais etc. <br />Conheça mais deste trabalho acessando http://www.contadordehistorias.com.br/pro_polen.html.<br />“São poucos os que sentam para ouvir histórias. São poucos os que se dedicam a contar histórias. Por serem poucos, são raros e necessários.”<br />Inajá Martins de Almeida <br />Ana Porto/Sergio Honorato<br />Gestores<br />