1. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO
ZOONOSES Marabá, PA 31 de dezembro de 2010 - Ano V, Nº 1
11º CENTRO
REGIONAL DE
SAÚDE/SESPA
Bothrops atrox
(Jararaca, jararaca-do-norte)
O gênero Bothrops representa o
grupo mais importante de serpentes peço-
nhentas, com mais de 60 espécies encontra-
das em todo o território brasileiro.
Entre 1990 e 1993, dentre os aciden-
tes ofídicos ocorrido no Brasil 73,1%
(59.619 de um total de 81.611 casos regis-
trados) foram provocados pelo gênero Bot-
hrops.
A espécie Bothrops atrox, conhecida-
mente como Jararaca e jararaca-do-norte, é
o ofídio mais encontrado na Amazônia, prin-
cipalmente em beiras de rios e igarapés.
A espécie pode chegar até 1,5 metros locais onde se pode encontrá-las são principalmente em regiões de
quando adultos sendo que não há registros matas úmidas e lugares inundados.
de seu comprimento máximo, é um animal É uma serpente bem agressiva, fica agitada facilmente e ataca
terrestre e diurno podendo ser encontrada constantemente. Apesar de ser um animal terrestre nada muito bem e,
ativa durante todo dia. A cor de seu corpo é se necessário, consegue subir em árvores para caçar. Ataca suas pre-
muito variável tendo como a cor de fundo sas com seu veneno, as quais fogem com o veneno na corrente sanguí-
marrom, verde-oliva, amarelo, cinza ou mui- nea, ficam desorientadas e acabam morrendo. A serpente depois se-
to raramente oxidado. gue seus rastros, sendo que os animais que estão em seu cardápio são
O habitat do Bothrops atrox são as aves, sapos, mamíferos pequenos e lagartos.
florestas tropicas e, apesar desta região ter Essas serpentes são encontradas em plantações de
sofrido muito com os desmatamentos, a ser- café e banana a procura de roedores para se alimen-
pente não foi afetada como outro animais e tar, ficam praticamente imóveis e seus botes são bem
esta entre as jararacas mais numerosas. Os rápidos para poder pegar suas presas.
Por permanecerem em plantações se camuflam
com o ambiente que muitas vezes não são percebidas
pelos trabalhadores das plantações que acabam sendo Região de
atacados. distribuição
A Jararaca é muito NESTA EDIÇÃO
venenosa, seu efeito é letal
e rápido, sendo necessário .O que fazer e não fazer em caso de picada de cobra
apenas 62mg para matar .Campanha de Vacinação Antirrábica Canina e Felina
um ser humano. .Dados epidemiológicos
Com apenas uma do- .Raiva animal: Dados em espécies animais
se do veneno é possível .Parauapebas realiza capacitação de enfermeiros
produzir 124mg de antído- .Dia “D”
to e em alguns casos é pos- .Captura de quirópteros
sível produzir 342mg. .Supervisão nos municípios
.Primatas Não Humanos e a Febre Amarela
2. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010
O QUE FAZER E NÃO FAZER EM CASO DE PICADA POR COBRA?
NÚMERO DE AMPOLAS DE SORO A SEREM UTILIZADAS SEGUNDO A GRAVIDADE DA PICADA POR BOTHROPS
Antibotrópico (SAB) Leve: quadro local discreto, sangramento em pele ou 2 a 4
mucosas.
Antibotrópico-laquético Moderado: edema e equimose evidentes, sangramento 5 a 8
(SABL) sem comprometimento.
Grave: alterações locais intensas, hemorragia grave, 12
hipotensão, anúria.
SORO RECEBIDO E UTILIZADO PELOS MUNICÍPIOS DO 11ºCRS
Frequência de soro antibotrópico utilizado
entre os anos de 2007 e 2010 Após observações dos dados do SINAN, as
notificações de agressões por Botrópicos tem-se
aumentado significativamente, conseqüência de
maior cobrança por parte do Setor, bem como do
auxílio do modelo de planilha de peçonhento utili-
zado.
Em 2010 o 11ºCRS recebeu da central de
imunizantes 3.940 doses de antibotrópico, tendo
180 ampolas de “saldo” de 2009 e, distribuiu aos
2007 2008 2009 2010 municípios 3.932 doses. No SINAN constam notifi-
Quantidade de soro 2484 2775 3578 3672 cados a utilização de 3.672 ampolas.
% 19,86% 22,18% 28,60% 29,35%
Fonte: SINAN
Frequência de antibotrópico utilizado e recebido segundo o município em 2010
Bom
Abel Brejo Canaã Eldorado Novo São São
Jesus do Breu Curionóp Goianési Itupirang Nova Palestina Parauap Rondon São João
Figueired Grande dos dos Jacundá Marabá Repartim Piçarra Dom. do Geral. do Tucuruí
Tocantin Branco olis a do Pará a Ipixuna do Pará ebas do Pará do Arag.
o do Arag. Carajás Carajás ento Arag. Arag.
s
Utilizado 71 33 6 8 8 91 50 130 214 1152 23 354 3 151 11 281 65 177 12 832
Recebido 63 41 15 67 85 20 118 132 151 215 1.153 30 220 5 250 32 263 112 102 5 853
Fonte: Planilha da Raiva
No gráfico a cima observam-se os município com o maior número de utilização do soro antibotrópico. Nes-
tes dados não estão registrados saldo de doses de 2009 nos respectivos municípios.
A Central de Informações Toxicológicas funciona no 5.º andar do HUJBB, prestando informações e orientações pelos telefones 0800
-7226001, 3249-6370, 3259-3748 aos profissionais da área de saúde e ao público em geral, 24 horas por dia, via telefone, quanto ao atendimen-
to de pessoas ou animais intoxicados por plantas, drogas, produtos químicos ou animais peçonhentos.
O Disque Intoxicação, que é acessado pelo número 0800-7226001, foi viabilizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), proporcionado a integração de todos os CITs existentes no Brasil, por meio da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência
Toxicológica (Renaciat).
Fonte: http://www2.ufpa.br/webhujbb/ Página 2
3. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010
Campanha de Vacinação Antirrábica Canina e Felina
Resultado da campanha de vacinação antirrábica em cães, em outubro de 2010
Abel B.Jes. B. Gran. Breu. Canaã Curio. Eldor. Goian. Itupir. Jacun. Marabá N.Ipix. N.Rep. Pales. Paraup. Piçar. Rond. S.Domi. S.Gera. S.João Tucuruí
META 1.316 2.756 1.431 7.518 3.257 2.760 3.066 2.438 12.212 5.133 34.772 3.213 7.774 1.230 13.149 3.521 10.301 3.170 4.362 2.222 12.512
ALCANÇADO 1.336 2.849 1.230 0 3.807 2.856 2.068 3.493 4.550 3.342 16.662 3.305 6.113 1.248 9.197 3.601 10.328 3.220 2.527 2.311 4.529
% 101% 103% 86% 0% 117% 103% 67% 143% 37% 65% 48% 103% 79% 101% 70% 102% 100% 102% 58% 104% 36%
Fonte: Planilha da Raiva
Apesar da interrupção da campanha de vacinação animal, muitos municípios alcançaram índices significativos de
suas metas, sendo Breu Branco não iniciado a campanha por questões gerenciais associadas à Secretaria Municipal
de Saúde e não aos relatos ligados à vacinação.
Resultado da campanha de antirrábica de felinos em outubro de 2010
Abel B.Jes. B. Gran. Breu. Canaã Curio. Eldor. Goian. Itupir. Jacun. Marabá N.Ipix. N.Rep. Pales. Paraup. Piçar. Rond. S.Domi. S.Gera. S.João Tucuruí
META 638 1.000 637 3.263 1.180 1.121 899 1.089 4.690 3.121 15.036 1.114 2.851 414 4.533 1.223 4.527 1.386 1.360 577 5.172
ALCANÇADO 639 1.086 592 0 781 1.086 597 1.567 1.135 1.198 6.841 1.112 2.146 422 3.317 1.245 3.200 1.525 873 586 2.642
% 100% 109% 93% 0% 66% 97% 66% 144% 24% 38% 45% 100% 75% 102% 73% 102% 71% 110% 64% 102% 51%
Fonte: Planilha da Raiva
A Campanha Nacional de Vacinação Antirrábi-
Em 2010 a vacinação utilizando exclusivamente a
vacina RAI-PET® iniciou-se em junho e apenas em alguns
ca Canina em 2010 foi marcada por um episódio raro. Estados da Federação, período onde houve relatos de
Através da Nota Técnica 150/07/10/10, o Minis- reações adversas e óbitos.
tério da Saúde (MS), em comum acordo com o Conselho Dos lotes existentes no Brasil (59, 139, 177/10),
Nacional de Secretários Estaduais de Saúde e Conselho em nossa Regional foi utilizado o lote 139/10, entretan-
Nacional de Secretários Municipais de Saúde, diante do to, segundo resultado da campanha, foram apenas rela-
aumento das notificações e dados preliminares das in- tados reações adversas em alguns município, sendo os
vestigações laboratoriais referentes aos eventos adver- casos de óbito não comprovadamente conseqüentes da
sos graves após vacinação contra raiva animal, determi- vacinação, mesmo assim, fora obedecida a instrução de
nou a interrupção preventivamente, e por período inde- interrupção da campanha.
terminado, as campanhas de vacinação contra raiva Apesar dos relatos em mídia sobre as reações e
animal com uso da vacina RAI-PET®, em todo o País. óbitos em animais muitos proprietário de nossa região
A vacina animal utilizada até o ano de 2009 foi a levaram seus cães para vacinação, chegando alguns
Fuenzalida & Palacios, substituída em 2010 pela de culti- municípios a completa meta de suas vacinações.
vo celular, por apresentar maior imunogenicidade, segu- Ficaram de ser devolvidas à Central de Imunobio-
rança além de ser recomendada pela Organização lógicos em Belém cerca de 40.375 doses de vacinas não
Mundial de Saúde. utilizadas pelos municípios do 11º CRS.
Página 3
4. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010
Dados Epidemiológicos
Frequência de Atendimento Antirrábico Humano segundo o município
E m 2010, o 11ºCRS re- e vacinas recebidas em 2010
c e b e u d o N íve l C e n tra l,
11.100doses de vacinas antirrábica
humana, sendo que a Regional
possuía 980 doses como saldo po-
sitivo de 2009.
Segundo o gráfico ao lado,
os municípios que mais receberam
vacina estão Marabá, Parauapebas,
Tucurui seguido de Jacundá.
Em relação ao soro antirrá- Eldor
Bom Cana Goian Pales São
Abel Brejo Breu Curio ado Nova Novo Parau Rond São São
bico a Regional recebeu no ano Figuei
J. do
G. do Branc
ã dos
nópol dos
ésia ItupirJacun Mara
Ipixu Repar
tina
apeb
Piçarr
on doDom. Ger.
João Tucur
1.467 doses. Toca Caraj do anga dá bá do a do uí
redo Arag. o is Caraj na t. as Pará Arag. Arag.
ntins ás Pará Pará Arag.
ás
Frequência Atendimento 75 53 10 211 239 127 123 86 304 453 1900 71 238 11 808 53 202 133 144 51 443
Vacinas recebidas 145 90 25 370 480 220 330 260 550 810 3445 120 440 70 1850 125 360 400 375 210 970
Fonte: SINAN , Planilha da Raiva
Frequência de Agressões segundo a Espécie em 2010
S em dúvida nenhuma o cão
ainda representa a espécie com mai- 4869
or expressividade em termos de a-
gressões, sendo as praticadas pelos
quirópteros fonte de preocupação
pelas possíveis dificuldades no a-
companhamento antirrábico comple-
to quando ocorrentes em áreas de
difícil acesso e/ou isoladas, como
ocorre na região do lago da Represa 604
Hidrelétrica de Tucurui. 1 101 62 10 88
Ign/Branco Canina Felina Quiróptera Primata Herbívoro Outra
(morcego) (macaco) Doméstico
Fonte: SINAN
Raiva Animal
O s casos de raiva animal ainda têm
MUNICÍPIOS
FREQUÊNCIA DE CASOS DE RAIVA ANIMAL SEGUNDO A ESPÉCIE
2005 2006 2007 2008 2009 2010
sido um problema em nossa Regional. Infeliz- Canaã dos
01 bubalino
mente dos 21 município, apenas Marabá pos- Carajás
Eldorado dos
sui Centro de Controle de Zoonoses, São Ge- Carajás
03 bovinos
raldo do Araguaia um Núcleo e, Tucurui um Goianésia do 01 canino/urbano
canil. Ainda assim o apoio das Secretarias à Pará
01 felino/urbano
estes ambientes não são suficientes para aten- Itupiranga 01 bovino
der às necessidades plenas para que cumpram 01 felino/urbano 01 canino/urbano
com seus objetivos. Jacundá
07 canino/urbano
Desde o ano de 2006 alguns municípios
03 canino/urbano 22 canino/urbano 35 canino/urbano 06 canino/urbano 06 canino/urbano 01 canino/urbano
têm notificados casos de raiva canina e/ou bo- Marabá
vina. 02 equídeos 02 canino/rural
Em se tratando de caninos, ainda falta Parauapebas 02 bovinos 01 bovino
muito para se alcançar as metas de maior con- São Domingos
01 canino
do Araguaia
trole da população de animais errantes, os São João do
01 canino/rural
quais nada mais são que vítimas da irresponsa- Araguaia
01 canino/rural 01 canino/rural
bilidade de proprietários que abandonam e/ou São Geraldo
do Araguaia 01 bovino
“criam” seus cães a esmo.
Tucurui 01 canino/urbano
Fonte: IEC-LANAGRO Página 4
5. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010
Parauapebas realiza capacitação de enfermeiros
Conforme relatório enviado ao Setor de Zoo-
noses, no dia 16 de julho foi realizada capacitação
de 11 enfermeiros do setor hospitalar, onde foram
abordados temas sobre o tratamento em caso de aci-
dentes por animais peçonhentos, bem como a profila-
xia e acompanhamento antirrábico humano.
A iniciativa dos Técnicos da SMS do município,
teve como objetivo indicar o tratamento correto e evi-
tar os constantes desperdícios com a soroterapia ina-
dequada.
O evento foi organizado pelos técnicos Marcelo
Claudio Monteiro da Silva (Dir. Deptº. DVS) , Maria
Abadia Lopes (Coord.do Deptº. de Vig. Epidemiológi-
ca) e Danielli de Almeida Maia (Coord. Imunização).
Dia “D”
Muitos municípios conseguiram realizar a campanha de
vacinação nacional no dia “D”, outros em decorrência da situ-
ação das estradas pelo período de chuvas tiveram que alterar
a data.
Dos 21 município apenas Breu Branco
não realizou a campanha , sendo que Jacun-
dá e Tucurui vacinou apenas na região urba-
na.
ANIMAIS VACINADOS SEGUNDO ESPÉCIE E ZONA
ESPÉCIE ZONA URBANA SONA RURAL
CANINA 51.493 37.079
FELINA 20.747 11.843 Modelo de Banner em
TOTAL 72.240 48.922 Novo Repartimento
Captura de quirópteros
Entre 13 a 19 de junho, a equipe do Setor de
Zoonoses realizou captura de quirópteros e acompa-
nhamento do tratamento profilático antirrábico humano
na região do lago no município de Novo Repartimento.
As atividades foram realizadas conjuntamente a
equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Novo
Repartimento, através do programa governo itinerante.
Na ocasião foram distribuídos mosqueteiros para
a população lacustre.
Ao tratamento entre soro e vacinação antirrábica
humana totalizaram-se 42 pessoas, sendo que nas cap-
turas de morcegos obteve-se um total de 08 Desmo-
dus rotundos e 01 Diaemus youngi, sendo tratado
com pasta vampiricida apenas os Desmodus.
Equipe participante da ação Página 5
6. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010
SUPERVISÃO NOS MUNICÍPIOS
Entre os meses de novembro e dezembro tados encaminhados sob a forma de relatório de
supervisão aos respectivos lugares e ao Nível
o Setor de Zoonoses realizou supervisão nos 21 Central para análise e tomada de providências.
municípios da regional. A ação tinha como ob- Abaixo, constam a relação de imagens dos
jetivo, além de apurar os dados da campanha únicos municípios que apresentam geradores, sen-
de vacinação canina, coletar informações sobre do que alguns apesar de existirem não estão ins-
reações adversas da vacina e óbitos, a situa- talados e que já representaram perdas significa-
ção do acondicionamento dos vacinas antirrá- tivas de imunobiológicos como ocorreu no municí-
bicas humanas, animais e de peçonhentos, pla- pio de Jacundá.
nilha de controle de temperatura, termômetro Os municípios de Brejo Grande do Araguai-
de máxima e mínima, a coleta aleatória de ge- a, Curionópolis, São João do Araguaia e São
lox para identificar os quantitativos vencidos, Domingos do Araguaia não possuem grupo gera-
modelos de carteiras de vacinação antirrábica dor, enquanto o gerador do Hospital Municipal
animal e a existência ou não de grupo gerador de Tucurui atende apenas ao centro cirúrgico.
do setor de imunobiológicos dentre outras con-
dições.
Dos itens acima cita-
dos foram encontradas inú-
meras irregularidades que
variou de município para
município, sendo tais resul-
Abel Figueiredo Bom Jesus do Tocantins Breu Branco
(Não instalado)
Canaã dos Carajás Eldorado dos Carajás Goianésia do Pará Itupiranga
(não instalado)
Jacundá Marabá Novo Repartimento Palestina do Pará
(Não instalado) (Não funcional)
Piçarra Rondon do Pará São Geraldo do Araguaia
Parauapebas
(Instalado qdo. da falta de energia)
Página 6
7. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010
Primatas não
humanos e a Febre
Amarela
ÁREAS DE RISCO PARA
A FEBRE AMARELA SIL-
VESTRE, 2003
ALOUATTA CARAYA
Nesta espécie o macho é
sempre preto e a fêmea clara.
Nomes para os Alouattas:
Guariba, Bugio, Gritador, Barbado, Roncador e
Capelão
CEBUS APELLA NIGRITUS
Nomes Comuns:
Macaco-prego, Mico, Piticau,
Caetê e Caiarara.
HAEMAGOGUS JANTHINOMYS
Nomes comuns: Carapanã, geral-
mente na região Norte; Pernilon-
go, no Sul, Sudeste e Centro-
Macho adulto de bugio-ruivo oeste; e Muriçoca, no Nordeste.
(Alouatta guariba clamitans) Ima-
Fonte: MS/SVS
gem de Júlio César Bicca-Marques
No ciclo urbano, o vírus é transmitido de homem a ho-
A febre amarela é uma doença causada por um mem pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti in-
arbovírus (do inglês arthropod borne virus = vírus trans- fectada pelo vírus da febre amarela. Não há participação
mitido por artrópode), o vírus da febre amarela, e re- de animais domésticos na manutenção viral. O homem é o
presenta importante causa de morbidade e letalidade hospedeiro responsável pela infecção dos mosquitos. Já o
em vastas zonas das regiões tropicais da África e das ciclo silvestre é mais complexo: a transmissão se processa
Américas. A febre amarela silvestre é uma zoonose e, entre primatas não-humanos (macacos) e mosquitos silvestres
como tal, impossível de ser erradicada − motivo pelo que vivem habitualmente nas copas das árvores.
qual permanece ativa nas florestas tropicais tanto da As regras do SUS determinam que o nível municipal é
África como da América do Sul. responsável pela adoção das medidas de prevenção e con-
É uma doença febril aguda, cujo agente etiológico trole. Entretanto, em situações de maior gravidade a parti-
é um vírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae cipação dos níveis estadual e federal faz-se necessária,
(do latim flavus = amarelo), é potencialmente epidêmica haja vista que a febre amarela é uma doença de potencial
porém prevenível por vacina em torno de 10 anos. explosivo e notificação internacional.
Os gêneros que mais têm sido associados com a GÊNERO ALOUATTA: Os filhotes de ambos os sexos de A.
ocorrência de epizootias no Brasil são Alouatta, Cebus e caraya e A. guariba clamitans nascem com uma pelagem
Callithrix. com coloração semelhante à das fêmeas adultas e os ma-
chos mudam de cor ao longo de seu desenvolvimento.
Enquanto os machos adultos de A. caraya são comple-
tamente pretos e as fêmeas adultas são bege-acinzentada,
bege-amareladas ou marrom claras, representado dos ex-
tremos de coloração encontradas no gênero, as fêmeas a-
dultas de A. guariba clamitans são marrons e os machos a-
dultos tornam-se avermelhados em decorrência da libera-
ção de um pigmento por glândulas apócrinas.
CALLITHRIX PENICILLATA
Nomes: para Callithrix: Sagui-comum, Sagui-detufo-branco, Sagui-detufo-
preto, Mico-estrela, Sagui-de-cara-branca, Soim, Sagui-branco, Sagui-de-
cabeça-preta
Página 7
8. Equipe resgata Guariba
11º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE
SESPA
HISTÓRICO DO SETOR
O Setor de Zoonoses, iniciou sua estruturação no 11º
CRS em novembro de 2006 com objetivo de criar um traba-
lho sólido, cuja missão é coordenar, supervisionar e quando
necessário executar atividades pertinentes ao Programa Na-
cional da Raiva e demais Zoonoses nos 21 municípios sob a
jurisdição do respectivo Centro.
O Setor também desenvolve ações relacionadas a
prevenção de Acidentes por Animais Peçonhentos e quando
Durante as ações realizadas em Novo acionado realiza atendimento de foco de Febre Amarela e
epizootias em primatas não humanos (macacos). Missões em
Repartimento no lago da represa de Tucurui,
Aldeias Indígenas também são realizadas, porém em parce-
nossa equipe resgatou uma fêmea jovem de
Alouatta (Guariba). A espécie fazia travessia ria e conforme solicitações das Instituições representativas
entre ilhas e estava bastante fraca pelo es- dos indígenas.
forço em área distaste das margens.
Diretor Regional: Pedro Correa Lima
O animal foi capturado em segurança e Chefe Deptº. de Vig. em Saúde: Ana Raquel Miranda
solto na ilha mais próxima em que se dirigia. Setor do Zoonoses: Neuder Wesley França da Silva
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E CRÉDITOS DE IMAGENS 2010 - 11º Centro Regional de Saúde / SESPA
Bothrops atrox Publicação anual.
-Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peço-
nhentos. 2ª ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001. Elaboração e Edição: Neuder Wesley França da Silva
-http://animais.culturamix.com/informacoes/repteis/bothrops-atrox Médico Veterinário
-http://www.butantan.gov.br/home/acidente_com_animais_peco
nhentos.php Tiragem: - (Divulgação através da Web)
-Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretari- 5ª Publicação - dezembro 2010
a de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília : Ministério da Saúde,
2005. Impresso no Setor do Zoonoses
Primatas não humanos e a febre amarela Marabá - Pará - Brasil
-Manual de vigilância de epizootias em primatas não-humanos /
Endereço: Pedro marinho, 1545
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2005. CEP 68.502-420
-Mamíferos do Brasil/Nelio R. dos Reis(et al). Londrina:2006. 437p Cidade Nova
-http://www.superstock.com/stock-photos-images/4133-14180
-http://es.wikipedia.org/wiki/Cebus_apella Fone-Fax: (94) 2101-9476
-http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2009/04/16/ Email: nwvet@hotmail.com
campanha-E2%80%9Cproteja-seu-anjo-da-guarda%E2%80%9D/
Municípios de abrangência da Regional
Abel Figueiredo, Bom Jesus do Tocantins, Breu Branco, Brejo Grande do Araguaia, Canaã dos Carajás,
Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Marabá, Nova Ipixuna, Novo Re-
partimento, Palestina do Pará, Parauapebas, Piçarra, Rondon do Pará, São Domingos do Araguaia, São João do
Araguaia, São Geraldo do Araguaia e Tucurui.
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ / SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA / SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE / 11º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE / DVS / SETOR DE ZOONOSES