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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO


   ZOONOSES   Marabá, PA 31 de dezembro de 2010 - Ano V, Nº 1
                                                                                                          11º CENTRO
                                                                                                         REGIONAL DE
                                                                                                         SAÚDE/SESPA




    Bothrops atrox
  (Jararaca, jararaca-do-norte)
     O       gênero Bothrops representa o
grupo mais importante de serpentes peço-
nhentas, com mais de 60 espécies encontra-
das em todo o território brasileiro.
       Entre 1990 e 1993, dentre os aciden-
tes ofídicos ocorrido no Brasil 73,1%
(59.619 de um total de 81.611 casos regis-
trados) foram provocados pelo gênero Bot-
hrops.
       A espécie Bothrops atrox, conhecida-
mente como Jararaca e jararaca-do-norte, é
o ofídio mais encontrado na Amazônia, prin-
cipalmente em beiras de rios e igarapés.
       A espécie pode chegar até 1,5 metros     locais onde se pode encontrá-las são principalmente em regiões de
quando adultos sendo que não há registros       matas úmidas e lugares inundados.
de seu comprimento máximo, é um animal                 É uma serpente bem agressiva, fica agitada facilmente e ataca
terrestre e diurno podendo ser encontrada       constantemente. Apesar de ser um animal terrestre nada muito bem e,
ativa durante todo dia. A cor de seu corpo é    se necessário, consegue subir em árvores para caçar. Ataca suas pre-
muito variável tendo como a cor de fundo        sas com seu veneno, as quais fogem com o veneno na corrente sanguí-
marrom, verde-oliva, amarelo, cinza ou mui-     nea, ficam desorientadas e acabam morrendo. A serpente depois se-
to raramente oxidado.                           gue seus rastros, sendo que os animais que estão em seu cardápio são
       O habitat do Bothrops atrox são as       aves, sapos, mamíferos pequenos e lagartos.
florestas tropicas e, apesar desta região ter          Essas serpentes são encontradas em plantações de
sofrido muito com os desmatamentos, a ser-      café e banana a procura de roedores para se alimen-
pente não foi afetada como outro animais e      tar, ficam praticamente imóveis e seus botes são bem
esta entre as jararacas mais numerosas. Os      rápidos para poder pegar suas presas.
                                                       Por permanecerem em plantações se camuflam
                                                com o ambiente que muitas vezes não são percebidas
                                                pelos trabalhadores das plantações que acabam sendo        Região de
                                                atacados.                                                 distribuição


                                        A Jararaca é muito                       NESTA EDIÇÃO
                                 venenosa, seu efeito é letal
                                 e rápido, sendo necessário     .O que fazer e não fazer em caso de picada de cobra
                                 apenas 62mg para matar         .Campanha de Vacinação Antirrábica Canina e Felina
                                 um ser humano.                 .Dados epidemiológicos
                                        Com apenas uma do-      .Raiva animal: Dados em espécies animais
                                 se do veneno é possível        .Parauapebas realiza capacitação de enfermeiros
                                 produzir 124mg de antído-      .Dia “D”
                                 to e em alguns casos é pos-    .Captura de quirópteros
                                 sível produzir 342mg.          .Supervisão nos municípios
                                                                .Primatas Não Humanos e a Febre Amarela
Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010

O QUE FAZER E NÃO FAZER EM CASO DE PICADA POR COBRA?




 NÚMERO DE AMPOLAS DE SORO A SEREM UTILIZADAS SEGUNDO A GRAVIDADE DA PICADA POR BOTHROPS

                                         Antibotrópico (SAB)                   Leve: quadro local discreto, sangramento em pele ou 2 a 4
                                                                               mucosas.

                                         Antibotrópico-laquético Moderado: edema e equimose evidentes, sangramento 5 a 8
                                         (SABL)                  sem comprometimento.

                                                                               Grave: alterações locais intensas, hemorragia grave,                             12
                                                                               hipotensão, anúria.



                     SORO RECEBIDO E UTILIZADO PELOS MUNICÍPIOS DO 11ºCRS
                                         Frequência de soro antibotrópico utilizado
                                               entre os anos de 2007 e 2010                                            Após observações dos dados do SINAN, as
                                                                                                                notificações de agressões por Botrópicos tem-se
                                                                                                                aumentado significativamente, conseqüência de
                                                                                                                maior cobrança por parte do Setor, bem como do
                                                                                                                auxílio do modelo de planilha de peçonhento utili-
                                                                                                                zado.
                                                                                                                       Em 2010 o 11ºCRS recebeu da central de
                                                                                                                imunizantes 3.940 doses de antibotrópico, tendo
                                                                                                                180 ampolas de “saldo” de 2009 e, distribuiu aos
                                      2007            2008             2009             2010                    municípios 3.932 doses. No SINAN constam notifi-
  Quantidade de soro                  2484            2775             3578             3672                    cados a utilização de 3.672 ampolas.
  %                                 19,86%           22,18%          28,60%           29,35%
      Fonte: SINAN
                                                              Frequência de antibotrópico utilizado e recebido segundo o município em 2010




                                     Bom
                           Abel              Brejo          Canaã           Eldorado                                            Novo                                       São     São
                                   Jesus do           Breu          Curionóp         Goianési Itupirang                 Nova           Palestina Parauap         Rondon                    São João
                         Figueired          Grande           dos               dos                      Jacundá Marabá         Repartim                  Piçarra         Dom. do Geral. do          Tucuruí
                                  Tocantin           Branco           olis           a do Pará    a                    Ipixuna          do Pará ebas             do Pará                   do Arag.
                             o              do Arag.        Carajás          Carajás                                            ento                                      Arag.   Arag.
                                       s
             Utilizado     71       33                6       8        8      91       50      130     214     1152      23      354       3      151      11      281      65      177      12      832
             Recebido      63       41      15       67      85       20      118     132      151     215     1.153     30      220       5      250      32      263     112      102       5      853
        Fonte: Planilha da Raiva

  No gráfico a cima observam-se os município com o maior número de utilização do soro antibotrópico. Nes-
             tes dados não estão registrados saldo de doses de 2009 nos respectivos municípios.

                                            A Central de Informações Toxicológicas funciona no 5.º andar do HUJBB, prestando informações e orientações pelos telefones 0800
                                   -7226001, 3249-6370, 3259-3748 aos profissionais da área de saúde e ao público em geral, 24 horas por dia, via telefone, quanto ao atendimen-
                                   to de pessoas ou animais intoxicados por plantas, drogas, produtos químicos ou animais peçonhentos.
                                            O Disque Intoxicação, que é acessado pelo número 0800-7226001, foi viabilizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
                                   (Anvisa), proporcionado a integração de todos os CITs existentes no Brasil, por meio da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência
                                   Toxicológica (Renaciat).
                                   Fonte: http://www2.ufpa.br/webhujbb/                                                                                             Página 2
Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010
 Campanha de Vacinação Antirrábica Canina e Felina
                                                        Resultado da campanha de vacinação antirrábica em cães, em outubro de 2010




                              Abel     B.Jes. B. Gran. Breu.       Canaã    Curio.    Eldor. Goian. Itupir.    Jacun. Marabá N.Ipix. N.Rep.    Pales. Paraup. Piçar.   Rond. S.Domi. S.Gera. S.João Tucuruí
            META              1.316    2.756    1.431    7.518     3.257    2.760     3.066    2.438 12.212 5.133 34.772 3.213         7.774   1.230 13.149 3.521 10.301 3.170         4.362    2.222 12.512
            ALCANÇADO 1.336            2.849    1.230        0     3.807    2.856     2.068    3.493   4.550    3.342 16.662 3.305     6.113   1.248   9.197   3.601 10.328 3.220      2.527    2.311   4.529
            %                 101%     103%     86%          0%    117%     103%       67%     143%     37%     65%     48%    103%    79%     101%    70%     102%    100%    102%    58%      104%    36%
   Fonte: Planilha da Raiva

    Apesar da interrupção da campanha de vacinação animal, muitos municípios alcançaram índices significativos de
   suas metas, sendo Breu Branco não iniciado a campanha por questões gerenciais associadas à Secretaria Municipal
                                  de Saúde e não aos relatos ligados à vacinação.

                                                     Resultado da campanha de antirrábica de felinos em outubro de 2010




                        Abel         B.Jes. B. Gran. Breu.        Canaã Curio.       Eldor. Goian. Itupir.     Jacun. Marabá N.Ipix. N.Rep. Pales. Paraup. Piçar.      Rond. S.Domi. S.Gera. S.João Tucuruí
        META                638      1.000     637      3.263     1.180    1.121      899     1.089    4.690   3.121 15.036 1.114      2.851   414     4.533   1.223   4.527   1.386    1.360     577    5.172
        ALCANÇADO           639      1.086     592       0        781      1.086      597     1.567    1.135   1.198   6.841   1.112   2.146   422     3.317   1.245   3.200   1.525    873       586    2.642
        %               100%         109%      93%       0%       66%      97%       66%      144%     24%     38%     45%     100%    75%     102%    73%     102%     71%    110%     64%      102%     51%
 Fonte: Planilha da Raiva




        A     Campanha Nacional de Vacinação Antirrábi-
                                                                                                                         Em 2010 a vacinação utilizando exclusivamente a
                                                                                                                  vacina RAI-PET® iniciou-se em junho e apenas em alguns
ca Canina em 2010 foi marcada por um episódio raro.                                                               Estados da Federação, período onde houve relatos de
      Através da Nota Técnica 150/07/10/10, o Minis-                                                              reações adversas e óbitos.
tério da Saúde (MS), em comum acordo com o Conselho                                                                      Dos lotes existentes no Brasil (59, 139, 177/10),
Nacional de Secretários Estaduais de Saúde e Conselho                                                             em nossa Regional foi utilizado o lote 139/10, entretan-
Nacional de Secretários Municipais de Saúde, diante do                                                            to, segundo resultado da campanha, foram apenas rela-
aumento das notificações e dados preliminares das in-                                                             tados reações adversas em alguns município, sendo os
vestigações laboratoriais referentes aos eventos adver-                                                           casos de óbito não comprovadamente conseqüentes da
sos graves após vacinação contra raiva animal, determi-                                                           vacinação, mesmo assim, fora obedecida a instrução de
nou a interrupção preventivamente, e por período inde-                                                            interrupção da campanha.
terminado, as campanhas de vacinação contra raiva                                                                        Apesar dos relatos em mídia sobre as reações e
animal com uso da vacina RAI-PET®, em todo o País.                                                                óbitos em animais muitos proprietário de nossa região
      A vacina animal utilizada até o ano de 2009 foi a                                                           levaram seus cães para vacinação, chegando alguns
Fuenzalida & Palacios, substituída em 2010 pela de culti-                                                         municípios a completa meta de suas vacinações.
vo celular, por apresentar maior imunogenicidade, segu-                                                                  Ficaram de ser devolvidas à Central de Imunobio-
rança além de ser recomendada pela Organização                                                                    lógicos em Belém cerca de 40.375 doses de vacinas não
Mundial de Saúde.                                                                                                 utilizadas pelos municípios do 11º CRS.
                                                                                                                                                                                                         Página 3
Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010

          Dados Epidemiológicos
                                                Frequência de Atendimento Antirrábico Humano segundo o município
      E    m 2010, o 11ºCRS re-                                    e vacinas recebidas em 2010
c e b e u d o N íve l C e n tra l,
11.100doses de vacinas antirrábica
humana, sendo que a Regional
possuía 980 doses como saldo po-
sitivo de 2009.
         Segundo o gráfico ao lado,
os municípios que mais receberam
vacina estão Marabá, Parauapebas,
Tucurui seguido de Jacundá.
         Em relação ao soro antirrá-                                               Eldor
                                                      Bom               Cana             Goian                              Pales                                São
                                               Abel         Brejo Breu        Curio ado                         Nova Novo         Parau        Rond São São
bico a Regional recebeu no ano                 Figuei
                                                      J. do
                                                            G. do Branc
                                                                        ã dos
                                                                              nópol dos
                                                                                          ésia ItupirJacun Mara
                                                                                                                Ipixu Repar
                                                                                                                             tina
                                                                                                                                  apeb
                                                                                                                                        Piçarr
                                                                                                                                              on doDom. Ger.
                                                                                                                                                                João Tucur
1.467 doses.                                          Toca              Caraj             do anga dá bá                       do          a                      do uí
                                               redo         Arag. o             is Caraj                          na   t.          as          Pará Arag. Arag.
                                                      ntins               ás             Pará                               Pará                                Arag.
                                                                                     ás
                   Frequência Atendimento 75           53     10     211 239 127 123                 86    304 453 1900 71                 238     11     808      53     202 133 144           51   443
                   Vacinas recebidas            145    90     25     370 480 220 330 260 550 810 3445 120 440                                      70 1850 125 360 400 375 210 970
                   Fonte: SINAN , Planilha da Raiva


                                                                                         Frequência de Agressões segundo a Espécie em 2010

      S   em dúvida nenhuma o cão
ainda representa a espécie com mai-                                                 4869
or expressividade em termos de a-
gressões, sendo as praticadas pelos
quirópteros fonte de preocupação
pelas possíveis dificuldades no a-
companhamento antirrábico comple-
to quando ocorrentes em áreas de
difícil acesso e/ou isoladas, como
ocorre na região do lago da Represa                                                                       604
Hidrelétrica de Tucurui.                                       1                                                               101                   62                     10                  88

                                                      Ign/Branco                Canina               Felina             Quiróptera            Primata              Herbívoro             Outra
                                                                                                                        (morcego)            (macaco)              Doméstico
                                               Fonte: SINAN




          Raiva Animal
      O    s casos de raiva animal ainda têm
                                                               MUNICÍPIOS
                                                                            FREQUÊNCIA DE CASOS DE RAIVA ANIMAL SEGUNDO A ESPÉCIE
                                                                                     2005                 2006             2007               2008                2009            2010
sido um problema em nossa Regional. Infeliz-                        Canaã dos
                                                                                                                                                                                  01 bubalino
mente dos 21 município, apenas Marabá pos-                           Carajás
                                                                   Eldorado dos
sui Centro de Controle de Zoonoses, São Ge-                           Carajás
                                                                                     03 bovinos

raldo do Araguaia um Núcleo e, Tucurui um                          Goianésia do 01 canino/urbano
canil. Ainda assim o apoio das Secretarias à                          Pará
                                                                                01 felino/urbano
estes ambientes não são suficientes para aten-                      Itupiranga       01 bovino
der às necessidades plenas para que cumpram                                       01 felino/urbano 01 canino/urbano
com seus objetivos.                                                  Jacundá
                                                                                  07 canino/urbano
       Desde o ano de 2006 alguns municípios
                                                                                  03 canino/urbano 22 canino/urbano 35 canino/urbano 06 canino/urbano 06 canino/urbano 01 canino/urbano
têm notificados casos de raiva canina e/ou bo-                       Marabá
vina.                                                                               02 equídeos                          02 canino/rural

       Em se tratando de caninos, ainda falta                      Parauapebas       02 bovinos                                                                                   01 bovino

muito para se alcançar as metas de maior con-                      São Domingos
                                                                                     01 canino
                                                                    do Araguaia
trole da população de animais errantes, os                         São João do
                                                                                                      01 canino/rural
quais nada mais são que vítimas da irresponsa-                      Araguaia
                                                                                                                                            01 canino/rural     01 canino/rural
bilidade de proprietários que abandonam e/ou                       São Geraldo
                                                                   do Araguaia                                                                01 bovino
“criam” seus cães a esmo.
                                                                      Tucurui                                                              01 canino/urbano
                                                                                      Fonte: IEC-LANAGRO                                                                                  Página 4
Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010

         Parauapebas realiza capacitação de enfermeiros
        Conforme relatório enviado ao Setor de Zoo-
  noses, no dia 16 de julho foi realizada capacitação
  de 11 enfermeiros do setor hospitalar, onde foram
  abordados temas sobre o tratamento em caso de aci-
  dentes por animais peçonhentos, bem como a profila-
  xia e acompanhamento antirrábico humano.
        A iniciativa dos Técnicos da SMS do município,
  teve como objetivo indicar o tratamento correto e evi-
  tar os constantes desperdícios com a soroterapia ina-
  dequada.
        O evento foi organizado pelos técnicos Marcelo
  Claudio Monteiro da Silva (Dir. Deptº. DVS) , Maria
  Abadia Lopes (Coord.do Deptº. de Vig. Epidemiológi-
  ca) e Danielli de Almeida Maia (Coord. Imunização).

         Dia “D”
                                               Muitos municípios conseguiram realizar a campanha de
                                         vacinação nacional no dia “D”, outros em decorrência da situ-
                                         ação das estradas pelo período de chuvas tiveram que alterar
                                         a data.
                                              Dos 21 município apenas Breu Branco
                                         não realizou a campanha , sendo que Jacun-
                                         dá e Tucurui vacinou apenas na região urba-
                                         na.

                                         ANIMAIS VACINADOS SEGUNDO ESPÉCIE E ZONA
                                           ESPÉCIE         ZONA URBANA     SONA RURAL
                                         CANINA               51.493            37.079
                                         FELINA               20.747            11.843           Modelo de Banner em
                                         TOTAL                72.240            48.922            Novo Repartimento




   Captura de quirópteros
     Entre 13 a 19 de junho, a equipe do Setor de
Zoonoses realizou captura de quirópteros e acompa-
nhamento do tratamento profilático antirrábico humano
na região do lago no município de Novo Repartimento.
      As atividades foram realizadas conjuntamente a
equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Novo
Repartimento, através do programa governo itinerante.
      Na ocasião foram distribuídos mosqueteiros para
a população lacustre.
      Ao tratamento entre soro e vacinação antirrábica
humana totalizaram-se 42 pessoas, sendo que nas cap-
turas de morcegos obteve-se um total de 08 Desmo-
dus rotundos e 01 Diaemus youngi, sendo tratado
com pasta vampiricida apenas os Desmodus.
                                                                         Equipe participante da ação       Página 5
Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010

     SUPERVISÃO NOS MUNICÍPIOS
    Entre os meses de novembro e dezembro           tados encaminhados sob a forma de relatório de
                                                    supervisão aos respectivos lugares e ao Nível
o Setor de Zoonoses realizou supervisão nos 21      Central para análise e tomada de providências.
municípios da regional. A ação tinha como ob-             Abaixo, constam a relação de imagens dos
jetivo, além de apurar os dados da campanha         únicos municípios que apresentam geradores, sen-
de vacinação canina, coletar informações sobre      do que alguns apesar de existirem não estão ins-
reações adversas da vacina e óbitos, a situa-       talados e que já representaram perdas significa-
ção do acondicionamento dos vacinas antirrá-        tivas de imunobiológicos como ocorreu no municí-
bicas humanas, animais e de peçonhentos, pla-       pio de Jacundá.
nilha de controle de temperatura, termômetro              Os municípios de Brejo Grande do Araguai-
de máxima e mínima, a coleta aleatória de ge-       a, Curionópolis, São João do Araguaia e São
lox para identificar os quantitativos vencidos,     Domingos do Araguaia não possuem grupo gera-
modelos de carteiras de vacinação antirrábica       dor, enquanto o gerador do Hospital Municipal
animal e a existência ou não de grupo gerador       de Tucurui atende apenas ao centro cirúrgico.
do setor de imunobiológicos dentre outras con-
dições.
      Dos itens acima cita-
dos foram encontradas inú-
meras irregularidades que
variou de município para
município, sendo tais resul-

                               Abel Figueiredo        Bom Jesus do Tocantins                   Breu Branco
                                                                                              (Não instalado)




    Canaã dos Carajás        Eldorado dos Carajás          Goianésia do Pará                   Itupiranga
                                (não instalado)




         Jacundá                 Marabá                    Novo Repartimento                  Palestina do Pará
      (Não instalado)         (Não funcional)




                                   Piçarra                    Rondon do Pará               São Geraldo do Araguaia
        Parauapebas
                                                    (Instalado qdo. da falta de energia)

                                                                                                            Página 6
Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010

                                                  Primatas não
                                                humanos e a Febre
                                                    Amarela
                                                                       ÁREAS DE RISCO PARA
                                                                       A FEBRE AMARELA SIL-
                                                                           VESTRE, 2003




ALOUATTA CARAYA
Nesta espécie o macho é
sempre preto e a fêmea clara.
Nomes para os Alouattas:
Guariba, Bugio, Gritador, Barbado, Roncador e
Capelão
                                                                                                         CEBUS APELLA NIGRITUS
                                                                                                             Nomes Comuns:
                                                                                                        Macaco-prego, Mico, Piticau,
                                                                                                            Caetê e Caiarara.

                                                                                                    HAEMAGOGUS JANTHINOMYS
                                                                                                    Nomes comuns: Carapanã, geral-
                                                                                                    mente na região Norte; Pernilon-
                                                                                                    go, no Sul, Sudeste e Centro-
   Macho adulto de bugio-ruivo                                                                      oeste; e Muriçoca, no Nordeste.
 (Alouatta guariba clamitans) Ima-
                                                Fonte: MS/SVS
gem de Júlio César Bicca-Marques

                                                                         No ciclo urbano, o vírus é transmitido de homem a ho-
        A febre amarela é uma doença causada por um               mem pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti in-
arbovírus (do inglês arthropod borne virus = vírus trans-         fectada pelo vírus da febre amarela. Não há participação
mitido por artrópode), o vírus da febre amarela, e re-            de animais domésticos na manutenção viral. O homem é o
presenta importante causa de morbidade e letalidade               hospedeiro responsável pela infecção dos mosquitos. Já o
em vastas zonas das regiões tropicais da África e das             ciclo silvestre é mais complexo: a transmissão se processa
Américas. A febre amarela silvestre é uma zoonose e,              entre primatas não-humanos (macacos) e mosquitos silvestres
como tal, impossível de ser erradicada − motivo pelo              que vivem habitualmente nas copas das árvores.
qual permanece ativa nas florestas tropicais tanto da                    As regras do SUS determinam que o nível municipal é
África como da América do Sul.                                    responsável pela adoção das medidas de prevenção e con-
       É uma doença febril aguda, cujo agente etiológico          trole. Entretanto, em situações de maior gravidade a parti-
é um vírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae          cipação dos níveis estadual e federal faz-se necessária,
(do latim flavus = amarelo), é potencialmente epidêmica           haja vista que a febre amarela é uma doença de potencial
porém prevenível por vacina em torno de 10 anos.                  explosivo e notificação internacional.
       Os gêneros que mais têm sido associados com a              GÊNERO ALOUATTA: Os filhotes de ambos os sexos de A.
ocorrência de epizootias no Brasil são Alouatta, Cebus e          caraya e A. guariba clamitans nascem com uma pelagem
Callithrix.                                                       com coloração semelhante à das fêmeas adultas e os ma-
                                                                  chos mudam de cor ao longo de seu desenvolvimento.
                                                                         Enquanto os machos adultos de A. caraya são comple-
                                                                  tamente pretos e as fêmeas adultas são bege-acinzentada,
                                                                  bege-amareladas ou marrom claras, representado dos ex-
                                                                  tremos de coloração encontradas no gênero, as fêmeas a-
                                                                  dultas de A. guariba clamitans são marrons e os machos a-
                                                                  dultos tornam-se avermelhados em decorrência da libera-
                                                                  ção de um pigmento por glândulas apócrinas.

                                                                CALLITHRIX PENICILLATA
                                                                Nomes: para Callithrix: Sagui-comum, Sagui-detufo-branco, Sagui-detufo-
                                                                preto, Mico-estrela, Sagui-de-cara-branca, Soim, Sagui-branco, Sagui-de-
                                                                cabeça-preta

                                                                                                                             Página 7
Equipe resgata Guariba
                                                                                                                                11º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE
                                                                                                                                            SESPA



                                                                                                HISTÓRICO DO SETOR
                                                                                                O Setor de Zoonoses, iniciou sua estruturação no 11º
                                                                                       CRS em novembro de 2006 com objetivo de criar um traba-
                                                                                       lho sólido, cuja missão é coordenar, supervisionar e quando
                                                                                       necessário executar atividades pertinentes ao Programa Na-
                                                                                       cional da Raiva e demais Zoonoses nos 21 municípios sob a
                                                                                       jurisdição do respectivo Centro.
                                                                                                O Setor também desenvolve ações relacionadas a
                                                                                       prevenção de Acidentes por Animais Peçonhentos e quando

      Durante as ações realizadas em Novo                                              acionado realiza atendimento de foco de Febre Amarela e
                                                                                       epizootias em primatas não humanos (macacos). Missões em
Repartimento no lago da represa de Tucurui,
                                                                                       Aldeias Indígenas também são realizadas, porém em parce-
nossa equipe resgatou uma fêmea jovem de
Alouatta (Guariba). A espécie fazia travessia                                          ria e conforme solicitações das Instituições representativas

entre ilhas e estava bastante fraca pelo es-                                           dos indígenas.
forço em área distaste das margens.
                                                                                      Diretor Regional: Pedro Correa Lima
     O animal foi capturado em segurança e                                            Chefe Deptº. de Vig. em Saúde: Ana Raquel Miranda
solto na ilha mais próxima em que se dirigia.                                         Setor do Zoonoses: Neuder Wesley França da Silva

     REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E CRÉDITOS DE IMAGENS                                 2010 - 11º Centro Regional de Saúde / SESPA
Bothrops atrox                                                                        Publicação anual.
-Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peço-
nhentos. 2ª ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001.                         Elaboração e Edição: Neuder Wesley França da Silva
-http://animais.culturamix.com/informacoes/repteis/bothrops-atrox                     Médico Veterinário
-http://www.butantan.gov.br/home/acidente_com_animais_peco
nhentos.php                                                                           Tiragem: - (Divulgação através da Web)
-Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretari-                  5ª Publicação - dezembro 2010
a de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília : Ministério da Saúde,
2005.                                                                                 Impresso no Setor do Zoonoses
Primatas não humanos e a febre amarela                                                Marabá - Pará - Brasil
-Manual de vigilância de epizootias em primatas não-humanos /
                                                                                      Endereço: Pedro marinho, 1545
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2005.                                                            CEP 68.502-420
-Mamíferos do Brasil/Nelio R. dos Reis(et al). Londrina:2006. 437p                    Cidade Nova
-http://www.superstock.com/stock-photos-images/4133-14180
-http://es.wikipedia.org/wiki/Cebus_apella                                            Fone-Fax: (94) 2101-9476
-http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2009/04/16/                           Email: nwvet@hotmail.com
campanha-E2%80%9Cproteja-seu-anjo-da-guarda%E2%80%9D/



                                    Municípios de abrangência da Regional
        Abel Figueiredo, Bom Jesus do Tocantins, Breu Branco, Brejo Grande do Araguaia, Canaã dos Carajás,
  Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Marabá, Nova Ipixuna, Novo Re-
  partimento, Palestina do Pará, Parauapebas, Piçarra, Rondon do Pará, São Domingos do Araguaia, São João do
  Araguaia, São Geraldo do Araguaia e Tucurui.
          GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ / SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA / SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE / 11º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE / DVS / SETOR DE ZOONOSES

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Boletim zoonoses 2010

  • 1. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ZOONOSES Marabá, PA 31 de dezembro de 2010 - Ano V, Nº 1 11º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE/SESPA Bothrops atrox (Jararaca, jararaca-do-norte) O gênero Bothrops representa o grupo mais importante de serpentes peço- nhentas, com mais de 60 espécies encontra- das em todo o território brasileiro. Entre 1990 e 1993, dentre os aciden- tes ofídicos ocorrido no Brasil 73,1% (59.619 de um total de 81.611 casos regis- trados) foram provocados pelo gênero Bot- hrops. A espécie Bothrops atrox, conhecida- mente como Jararaca e jararaca-do-norte, é o ofídio mais encontrado na Amazônia, prin- cipalmente em beiras de rios e igarapés. A espécie pode chegar até 1,5 metros locais onde se pode encontrá-las são principalmente em regiões de quando adultos sendo que não há registros matas úmidas e lugares inundados. de seu comprimento máximo, é um animal É uma serpente bem agressiva, fica agitada facilmente e ataca terrestre e diurno podendo ser encontrada constantemente. Apesar de ser um animal terrestre nada muito bem e, ativa durante todo dia. A cor de seu corpo é se necessário, consegue subir em árvores para caçar. Ataca suas pre- muito variável tendo como a cor de fundo sas com seu veneno, as quais fogem com o veneno na corrente sanguí- marrom, verde-oliva, amarelo, cinza ou mui- nea, ficam desorientadas e acabam morrendo. A serpente depois se- to raramente oxidado. gue seus rastros, sendo que os animais que estão em seu cardápio são O habitat do Bothrops atrox são as aves, sapos, mamíferos pequenos e lagartos. florestas tropicas e, apesar desta região ter Essas serpentes são encontradas em plantações de sofrido muito com os desmatamentos, a ser- café e banana a procura de roedores para se alimen- pente não foi afetada como outro animais e tar, ficam praticamente imóveis e seus botes são bem esta entre as jararacas mais numerosas. Os rápidos para poder pegar suas presas. Por permanecerem em plantações se camuflam com o ambiente que muitas vezes não são percebidas pelos trabalhadores das plantações que acabam sendo Região de atacados. distribuição A Jararaca é muito NESTA EDIÇÃO venenosa, seu efeito é letal e rápido, sendo necessário .O que fazer e não fazer em caso de picada de cobra apenas 62mg para matar .Campanha de Vacinação Antirrábica Canina e Felina um ser humano. .Dados epidemiológicos Com apenas uma do- .Raiva animal: Dados em espécies animais se do veneno é possível .Parauapebas realiza capacitação de enfermeiros produzir 124mg de antído- .Dia “D” to e em alguns casos é pos- .Captura de quirópteros sível produzir 342mg. .Supervisão nos municípios .Primatas Não Humanos e a Febre Amarela
  • 2. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010 O QUE FAZER E NÃO FAZER EM CASO DE PICADA POR COBRA? NÚMERO DE AMPOLAS DE SORO A SEREM UTILIZADAS SEGUNDO A GRAVIDADE DA PICADA POR BOTHROPS Antibotrópico (SAB) Leve: quadro local discreto, sangramento em pele ou 2 a 4 mucosas. Antibotrópico-laquético Moderado: edema e equimose evidentes, sangramento 5 a 8 (SABL) sem comprometimento. Grave: alterações locais intensas, hemorragia grave, 12 hipotensão, anúria. SORO RECEBIDO E UTILIZADO PELOS MUNICÍPIOS DO 11ºCRS Frequência de soro antibotrópico utilizado entre os anos de 2007 e 2010 Após observações dos dados do SINAN, as notificações de agressões por Botrópicos tem-se aumentado significativamente, conseqüência de maior cobrança por parte do Setor, bem como do auxílio do modelo de planilha de peçonhento utili- zado. Em 2010 o 11ºCRS recebeu da central de imunizantes 3.940 doses de antibotrópico, tendo 180 ampolas de “saldo” de 2009 e, distribuiu aos 2007 2008 2009 2010 municípios 3.932 doses. No SINAN constam notifi- Quantidade de soro 2484 2775 3578 3672 cados a utilização de 3.672 ampolas. % 19,86% 22,18% 28,60% 29,35% Fonte: SINAN Frequência de antibotrópico utilizado e recebido segundo o município em 2010 Bom Abel Brejo Canaã Eldorado Novo São São Jesus do Breu Curionóp Goianési Itupirang Nova Palestina Parauap Rondon São João Figueired Grande dos dos Jacundá Marabá Repartim Piçarra Dom. do Geral. do Tucuruí Tocantin Branco olis a do Pará a Ipixuna do Pará ebas do Pará do Arag. o do Arag. Carajás Carajás ento Arag. Arag. s Utilizado 71 33 6 8 8 91 50 130 214 1152 23 354 3 151 11 281 65 177 12 832 Recebido 63 41 15 67 85 20 118 132 151 215 1.153 30 220 5 250 32 263 112 102 5 853 Fonte: Planilha da Raiva No gráfico a cima observam-se os município com o maior número de utilização do soro antibotrópico. Nes- tes dados não estão registrados saldo de doses de 2009 nos respectivos municípios. A Central de Informações Toxicológicas funciona no 5.º andar do HUJBB, prestando informações e orientações pelos telefones 0800 -7226001, 3249-6370, 3259-3748 aos profissionais da área de saúde e ao público em geral, 24 horas por dia, via telefone, quanto ao atendimen- to de pessoas ou animais intoxicados por plantas, drogas, produtos químicos ou animais peçonhentos. O Disque Intoxicação, que é acessado pelo número 0800-7226001, foi viabilizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proporcionado a integração de todos os CITs existentes no Brasil, por meio da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat). Fonte: http://www2.ufpa.br/webhujbb/ Página 2
  • 3. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010 Campanha de Vacinação Antirrábica Canina e Felina Resultado da campanha de vacinação antirrábica em cães, em outubro de 2010 Abel B.Jes. B. Gran. Breu. Canaã Curio. Eldor. Goian. Itupir. Jacun. Marabá N.Ipix. N.Rep. Pales. Paraup. Piçar. Rond. S.Domi. S.Gera. S.João Tucuruí META 1.316 2.756 1.431 7.518 3.257 2.760 3.066 2.438 12.212 5.133 34.772 3.213 7.774 1.230 13.149 3.521 10.301 3.170 4.362 2.222 12.512 ALCANÇADO 1.336 2.849 1.230 0 3.807 2.856 2.068 3.493 4.550 3.342 16.662 3.305 6.113 1.248 9.197 3.601 10.328 3.220 2.527 2.311 4.529 % 101% 103% 86% 0% 117% 103% 67% 143% 37% 65% 48% 103% 79% 101% 70% 102% 100% 102% 58% 104% 36% Fonte: Planilha da Raiva Apesar da interrupção da campanha de vacinação animal, muitos municípios alcançaram índices significativos de suas metas, sendo Breu Branco não iniciado a campanha por questões gerenciais associadas à Secretaria Municipal de Saúde e não aos relatos ligados à vacinação. Resultado da campanha de antirrábica de felinos em outubro de 2010 Abel B.Jes. B. Gran. Breu. Canaã Curio. Eldor. Goian. Itupir. Jacun. Marabá N.Ipix. N.Rep. Pales. Paraup. Piçar. Rond. S.Domi. S.Gera. S.João Tucuruí META 638 1.000 637 3.263 1.180 1.121 899 1.089 4.690 3.121 15.036 1.114 2.851 414 4.533 1.223 4.527 1.386 1.360 577 5.172 ALCANÇADO 639 1.086 592 0 781 1.086 597 1.567 1.135 1.198 6.841 1.112 2.146 422 3.317 1.245 3.200 1.525 873 586 2.642 % 100% 109% 93% 0% 66% 97% 66% 144% 24% 38% 45% 100% 75% 102% 73% 102% 71% 110% 64% 102% 51% Fonte: Planilha da Raiva A Campanha Nacional de Vacinação Antirrábi- Em 2010 a vacinação utilizando exclusivamente a vacina RAI-PET® iniciou-se em junho e apenas em alguns ca Canina em 2010 foi marcada por um episódio raro. Estados da Federação, período onde houve relatos de Através da Nota Técnica 150/07/10/10, o Minis- reações adversas e óbitos. tério da Saúde (MS), em comum acordo com o Conselho Dos lotes existentes no Brasil (59, 139, 177/10), Nacional de Secretários Estaduais de Saúde e Conselho em nossa Regional foi utilizado o lote 139/10, entretan- Nacional de Secretários Municipais de Saúde, diante do to, segundo resultado da campanha, foram apenas rela- aumento das notificações e dados preliminares das in- tados reações adversas em alguns município, sendo os vestigações laboratoriais referentes aos eventos adver- casos de óbito não comprovadamente conseqüentes da sos graves após vacinação contra raiva animal, determi- vacinação, mesmo assim, fora obedecida a instrução de nou a interrupção preventivamente, e por período inde- interrupção da campanha. terminado, as campanhas de vacinação contra raiva Apesar dos relatos em mídia sobre as reações e animal com uso da vacina RAI-PET®, em todo o País. óbitos em animais muitos proprietário de nossa região A vacina animal utilizada até o ano de 2009 foi a levaram seus cães para vacinação, chegando alguns Fuenzalida & Palacios, substituída em 2010 pela de culti- municípios a completa meta de suas vacinações. vo celular, por apresentar maior imunogenicidade, segu- Ficaram de ser devolvidas à Central de Imunobio- rança além de ser recomendada pela Organização lógicos em Belém cerca de 40.375 doses de vacinas não Mundial de Saúde. utilizadas pelos municípios do 11º CRS. Página 3
  • 4. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010 Dados Epidemiológicos Frequência de Atendimento Antirrábico Humano segundo o município E m 2010, o 11ºCRS re- e vacinas recebidas em 2010 c e b e u d o N íve l C e n tra l, 11.100doses de vacinas antirrábica humana, sendo que a Regional possuía 980 doses como saldo po- sitivo de 2009. Segundo o gráfico ao lado, os municípios que mais receberam vacina estão Marabá, Parauapebas, Tucurui seguido de Jacundá. Em relação ao soro antirrá- Eldor Bom Cana Goian Pales São Abel Brejo Breu Curio ado Nova Novo Parau Rond São São bico a Regional recebeu no ano Figuei J. do G. do Branc ã dos nópol dos ésia ItupirJacun Mara Ipixu Repar tina apeb Piçarr on doDom. Ger. João Tucur 1.467 doses. Toca Caraj do anga dá bá do a do uí redo Arag. o is Caraj na t. as Pará Arag. Arag. ntins ás Pará Pará Arag. ás Frequência Atendimento 75 53 10 211 239 127 123 86 304 453 1900 71 238 11 808 53 202 133 144 51 443 Vacinas recebidas 145 90 25 370 480 220 330 260 550 810 3445 120 440 70 1850 125 360 400 375 210 970 Fonte: SINAN , Planilha da Raiva Frequência de Agressões segundo a Espécie em 2010 S em dúvida nenhuma o cão ainda representa a espécie com mai- 4869 or expressividade em termos de a- gressões, sendo as praticadas pelos quirópteros fonte de preocupação pelas possíveis dificuldades no a- companhamento antirrábico comple- to quando ocorrentes em áreas de difícil acesso e/ou isoladas, como ocorre na região do lago da Represa 604 Hidrelétrica de Tucurui. 1 101 62 10 88 Ign/Branco Canina Felina Quiróptera Primata Herbívoro Outra (morcego) (macaco) Doméstico Fonte: SINAN Raiva Animal O s casos de raiva animal ainda têm MUNICÍPIOS FREQUÊNCIA DE CASOS DE RAIVA ANIMAL SEGUNDO A ESPÉCIE 2005 2006 2007 2008 2009 2010 sido um problema em nossa Regional. Infeliz- Canaã dos 01 bubalino mente dos 21 município, apenas Marabá pos- Carajás Eldorado dos sui Centro de Controle de Zoonoses, São Ge- Carajás 03 bovinos raldo do Araguaia um Núcleo e, Tucurui um Goianésia do 01 canino/urbano canil. Ainda assim o apoio das Secretarias à Pará 01 felino/urbano estes ambientes não são suficientes para aten- Itupiranga 01 bovino der às necessidades plenas para que cumpram 01 felino/urbano 01 canino/urbano com seus objetivos. Jacundá 07 canino/urbano Desde o ano de 2006 alguns municípios 03 canino/urbano 22 canino/urbano 35 canino/urbano 06 canino/urbano 06 canino/urbano 01 canino/urbano têm notificados casos de raiva canina e/ou bo- Marabá vina. 02 equídeos 02 canino/rural Em se tratando de caninos, ainda falta Parauapebas 02 bovinos 01 bovino muito para se alcançar as metas de maior con- São Domingos 01 canino do Araguaia trole da população de animais errantes, os São João do 01 canino/rural quais nada mais são que vítimas da irresponsa- Araguaia 01 canino/rural 01 canino/rural bilidade de proprietários que abandonam e/ou São Geraldo do Araguaia 01 bovino “criam” seus cães a esmo. Tucurui 01 canino/urbano Fonte: IEC-LANAGRO Página 4
  • 5. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010 Parauapebas realiza capacitação de enfermeiros Conforme relatório enviado ao Setor de Zoo- noses, no dia 16 de julho foi realizada capacitação de 11 enfermeiros do setor hospitalar, onde foram abordados temas sobre o tratamento em caso de aci- dentes por animais peçonhentos, bem como a profila- xia e acompanhamento antirrábico humano. A iniciativa dos Técnicos da SMS do município, teve como objetivo indicar o tratamento correto e evi- tar os constantes desperdícios com a soroterapia ina- dequada. O evento foi organizado pelos técnicos Marcelo Claudio Monteiro da Silva (Dir. Deptº. DVS) , Maria Abadia Lopes (Coord.do Deptº. de Vig. Epidemiológi- ca) e Danielli de Almeida Maia (Coord. Imunização). Dia “D” Muitos municípios conseguiram realizar a campanha de vacinação nacional no dia “D”, outros em decorrência da situ- ação das estradas pelo período de chuvas tiveram que alterar a data. Dos 21 município apenas Breu Branco não realizou a campanha , sendo que Jacun- dá e Tucurui vacinou apenas na região urba- na. ANIMAIS VACINADOS SEGUNDO ESPÉCIE E ZONA ESPÉCIE ZONA URBANA SONA RURAL CANINA 51.493 37.079 FELINA 20.747 11.843 Modelo de Banner em TOTAL 72.240 48.922 Novo Repartimento Captura de quirópteros Entre 13 a 19 de junho, a equipe do Setor de Zoonoses realizou captura de quirópteros e acompa- nhamento do tratamento profilático antirrábico humano na região do lago no município de Novo Repartimento. As atividades foram realizadas conjuntamente a equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Novo Repartimento, através do programa governo itinerante. Na ocasião foram distribuídos mosqueteiros para a população lacustre. Ao tratamento entre soro e vacinação antirrábica humana totalizaram-se 42 pessoas, sendo que nas cap- turas de morcegos obteve-se um total de 08 Desmo- dus rotundos e 01 Diaemus youngi, sendo tratado com pasta vampiricida apenas os Desmodus. Equipe participante da ação Página 5
  • 6. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010 SUPERVISÃO NOS MUNICÍPIOS Entre os meses de novembro e dezembro tados encaminhados sob a forma de relatório de supervisão aos respectivos lugares e ao Nível o Setor de Zoonoses realizou supervisão nos 21 Central para análise e tomada de providências. municípios da regional. A ação tinha como ob- Abaixo, constam a relação de imagens dos jetivo, além de apurar os dados da campanha únicos municípios que apresentam geradores, sen- de vacinação canina, coletar informações sobre do que alguns apesar de existirem não estão ins- reações adversas da vacina e óbitos, a situa- talados e que já representaram perdas significa- ção do acondicionamento dos vacinas antirrá- tivas de imunobiológicos como ocorreu no municí- bicas humanas, animais e de peçonhentos, pla- pio de Jacundá. nilha de controle de temperatura, termômetro Os municípios de Brejo Grande do Araguai- de máxima e mínima, a coleta aleatória de ge- a, Curionópolis, São João do Araguaia e São lox para identificar os quantitativos vencidos, Domingos do Araguaia não possuem grupo gera- modelos de carteiras de vacinação antirrábica dor, enquanto o gerador do Hospital Municipal animal e a existência ou não de grupo gerador de Tucurui atende apenas ao centro cirúrgico. do setor de imunobiológicos dentre outras con- dições. Dos itens acima cita- dos foram encontradas inú- meras irregularidades que variou de município para município, sendo tais resul- Abel Figueiredo Bom Jesus do Tocantins Breu Branco (Não instalado) Canaã dos Carajás Eldorado dos Carajás Goianésia do Pará Itupiranga (não instalado) Jacundá Marabá Novo Repartimento Palestina do Pará (Não instalado) (Não funcional) Piçarra Rondon do Pará São Geraldo do Araguaia Parauapebas (Instalado qdo. da falta de energia) Página 6
  • 7. Boletim Epidemiológico Zoonoses 2010 Primatas não humanos e a Febre Amarela ÁREAS DE RISCO PARA A FEBRE AMARELA SIL- VESTRE, 2003 ALOUATTA CARAYA Nesta espécie o macho é sempre preto e a fêmea clara. Nomes para os Alouattas: Guariba, Bugio, Gritador, Barbado, Roncador e Capelão CEBUS APELLA NIGRITUS Nomes Comuns: Macaco-prego, Mico, Piticau, Caetê e Caiarara. HAEMAGOGUS JANTHINOMYS Nomes comuns: Carapanã, geral- mente na região Norte; Pernilon- go, no Sul, Sudeste e Centro- Macho adulto de bugio-ruivo oeste; e Muriçoca, no Nordeste. (Alouatta guariba clamitans) Ima- Fonte: MS/SVS gem de Júlio César Bicca-Marques No ciclo urbano, o vírus é transmitido de homem a ho- A febre amarela é uma doença causada por um mem pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti in- arbovírus (do inglês arthropod borne virus = vírus trans- fectada pelo vírus da febre amarela. Não há participação mitido por artrópode), o vírus da febre amarela, e re- de animais domésticos na manutenção viral. O homem é o presenta importante causa de morbidade e letalidade hospedeiro responsável pela infecção dos mosquitos. Já o em vastas zonas das regiões tropicais da África e das ciclo silvestre é mais complexo: a transmissão se processa Américas. A febre amarela silvestre é uma zoonose e, entre primatas não-humanos (macacos) e mosquitos silvestres como tal, impossível de ser erradicada − motivo pelo que vivem habitualmente nas copas das árvores. qual permanece ativa nas florestas tropicais tanto da As regras do SUS determinam que o nível municipal é África como da América do Sul. responsável pela adoção das medidas de prevenção e con- É uma doença febril aguda, cujo agente etiológico trole. Entretanto, em situações de maior gravidade a parti- é um vírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae cipação dos níveis estadual e federal faz-se necessária, (do latim flavus = amarelo), é potencialmente epidêmica haja vista que a febre amarela é uma doença de potencial porém prevenível por vacina em torno de 10 anos. explosivo e notificação internacional. Os gêneros que mais têm sido associados com a GÊNERO ALOUATTA: Os filhotes de ambos os sexos de A. ocorrência de epizootias no Brasil são Alouatta, Cebus e caraya e A. guariba clamitans nascem com uma pelagem Callithrix. com coloração semelhante à das fêmeas adultas e os ma- chos mudam de cor ao longo de seu desenvolvimento. Enquanto os machos adultos de A. caraya são comple- tamente pretos e as fêmeas adultas são bege-acinzentada, bege-amareladas ou marrom claras, representado dos ex- tremos de coloração encontradas no gênero, as fêmeas a- dultas de A. guariba clamitans são marrons e os machos a- dultos tornam-se avermelhados em decorrência da libera- ção de um pigmento por glândulas apócrinas. CALLITHRIX PENICILLATA Nomes: para Callithrix: Sagui-comum, Sagui-detufo-branco, Sagui-detufo- preto, Mico-estrela, Sagui-de-cara-branca, Soim, Sagui-branco, Sagui-de- cabeça-preta Página 7
  • 8. Equipe resgata Guariba 11º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE SESPA HISTÓRICO DO SETOR O Setor de Zoonoses, iniciou sua estruturação no 11º CRS em novembro de 2006 com objetivo de criar um traba- lho sólido, cuja missão é coordenar, supervisionar e quando necessário executar atividades pertinentes ao Programa Na- cional da Raiva e demais Zoonoses nos 21 municípios sob a jurisdição do respectivo Centro. O Setor também desenvolve ações relacionadas a prevenção de Acidentes por Animais Peçonhentos e quando Durante as ações realizadas em Novo acionado realiza atendimento de foco de Febre Amarela e epizootias em primatas não humanos (macacos). Missões em Repartimento no lago da represa de Tucurui, Aldeias Indígenas também são realizadas, porém em parce- nossa equipe resgatou uma fêmea jovem de Alouatta (Guariba). A espécie fazia travessia ria e conforme solicitações das Instituições representativas entre ilhas e estava bastante fraca pelo es- dos indígenas. forço em área distaste das margens. Diretor Regional: Pedro Correa Lima O animal foi capturado em segurança e Chefe Deptº. de Vig. em Saúde: Ana Raquel Miranda solto na ilha mais próxima em que se dirigia. Setor do Zoonoses: Neuder Wesley França da Silva REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E CRÉDITOS DE IMAGENS 2010 - 11º Centro Regional de Saúde / SESPA Bothrops atrox Publicação anual. -Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peço- nhentos. 2ª ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001. Elaboração e Edição: Neuder Wesley França da Silva -http://animais.culturamix.com/informacoes/repteis/bothrops-atrox Médico Veterinário -http://www.butantan.gov.br/home/acidente_com_animais_peco nhentos.php Tiragem: - (Divulgação através da Web) -Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretari- 5ª Publicação - dezembro 2010 a de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005. Impresso no Setor do Zoonoses Primatas não humanos e a febre amarela Marabá - Pará - Brasil -Manual de vigilância de epizootias em primatas não-humanos / Endereço: Pedro marinho, 1545 Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005. CEP 68.502-420 -Mamíferos do Brasil/Nelio R. dos Reis(et al). Londrina:2006. 437p Cidade Nova -http://www.superstock.com/stock-photos-images/4133-14180 -http://es.wikipedia.org/wiki/Cebus_apella Fone-Fax: (94) 2101-9476 -http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2009/04/16/ Email: nwvet@hotmail.com campanha-E2%80%9Cproteja-seu-anjo-da-guarda%E2%80%9D/ Municípios de abrangência da Regional Abel Figueiredo, Bom Jesus do Tocantins, Breu Branco, Brejo Grande do Araguaia, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Marabá, Nova Ipixuna, Novo Re- partimento, Palestina do Pará, Parauapebas, Piçarra, Rondon do Pará, São Domingos do Araguaia, São João do Araguaia, São Geraldo do Araguaia e Tucurui. GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ / SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA / SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE / 11º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE / DVS / SETOR DE ZOONOSES