A Igreja Matriz de Azurara data do século XVI e está em estilo manuelino ou renascença. É constituída por três naves divididas em cinco tramos com arcos de volta inteira apoiados em pilares octogonais. A capela-mor tem abóbada de arestas ricamente trabalhada e remata com as esferas armilares e cruzes, símbolos do rei que mandou construir a igreja em 1522.
2. Igreja Matriz de Azurara A igreja Paroquial de Azurara é obra do século XVI e na opinião de Monsenhor Ferreira é em estilo manuelino ou renascença do primeiro período ou do período de transição. Trata-se de um edifício de boas proporções, inserido num desafogado terreiro voltado ao mar como era uso. É constituído por três naves forradas a madeira, divididas em cinco tramos de arcos de volta inteira, apoiados em pilares oitavados com faces alternadas de duas larguras. Dois anéis, em forma de corda, envolvem as colunas, também ornamentadas com motivos vegetais. A igreja não possui transepto nem capelas laterais. A nave central fecha-se na capela-mor, de planta rectangular, com abóbada de arestas ricamente trabalhada. Remata-se com as esferas armilares e com duas cruzes de Cristo, armas e emblema do rei que mandou erguer o templo. Gravado na pedra aparece o nome do construtor: Gonçalo Lopes e uma data, que provavelmente será a da conclusão: 1522. O altar principal ostenta um retábulo em talha dourada, trabalho da autoria de Francisco Machado, e boas esculturas, pintadas e estofadas, de S.Pedro e S.Paulo. São ainda visíveis alguns azulejos, setecentistas, em tons de azul e branco provenientes da oficina de António Ri farto, e que revestiram todas as paredes da cabeceira. Nos altares das naves, chamam a atenção as pinturas, especialmente as quinhentistas, de escola maneirista, do altar de Nossa Senhora do Rosário.