O documento discute os principais fatores abióticos que influenciam os seres vivos, incluindo luz, temperatura, água, salinidade e tipo de solo. Estes fatores afetam o crescimento, morfologia, reprodução e atividade dos organismos vivos, com cada espécie tendo limites de tolerância específicos.
2. FATORES ABIÓTICOS
Características do ambiente físico-químico que influenciam os seres vivos:
Luz
Temperatura
Fatores climáticos
Água
Salinidade
Tipo de solo (substrato)
Fatores edáficos
Influenciam:
O crescimento;
A morfologia;
A reprodução ;
A atividade.
3. LIMITES DE TOLERÂNCIA
São os valores máximo e mínimo dos factores
abióticos em que os seres vivos se
desenvolvem.
Fator Limitante é um factor, cuja presença,
impede o desenvolvimento de uma espécie.
4. TEMPERATURA
Fator de grande importância para os
seres vivos
Período
de atividade
Características morfológicas
Comportamento
5. TEMPERATURA E ATIVIDADE DOS SERES VIVOS
N.º de indivíduos da
população
Temperatura óptima
Limite mínimo de
tolerância
Limite máximo de
tolerância
6. TEMPERATURA E ATIVIDADE DOS SERES VIVOS
To
To
TLS – Temperatura Letal Superior
TLI – Temperatura Letal Inferior
TLI
TLI
To
TLS
TLI
TLS
Amplitude Térmica de Existência (ATE) – intervalo de temperaturas que permite o
desenvolvimento do indivíduo.
ATE= TLS - TLI
7. TEMPERATURA E ATIVIDADE NOS ANIMAIS
Seres estenotérmicos
Espécies que sobrevivem entre estreitos limites
de temperatura (pequena amplitude térmica)
estenotérmica
Ex: Lagartixa
Seres euritérmicos
Espécies que resistem a grandes variações
de temperatura (grande amplitude térmica)
euritérmica
Ex: Lobo, homem
Temperatura
8. TEMPERATURA E ATIVIDADE NOS ANIMAIS
De acordo com a temperatura corporal:
Poiquilotérmicos
Temperatura corporal varia com a
temperatura ambiente
Ex: crocodilo, répteis, anfíbios
Homeotérmicos
Têm temperatura corporal constante
Ex: aves e mamíferos
9. Temperatura e caraterísticas morfológicas
dos seres vivos
Adaptações que permitem aos animais resistir
às
condições de temperatura desfavoráveis
Quantidade de gordura subcutânea no corpo
Tamanho e densidade dos pêlos e penas
Tamanho das orelhas e focinho (extremidades do
corpo)
10. Temperatura
Adaptações morfológicas que permitem aos animais
resistir às temperaturas baixas:
Pêlos mais densos/compridos –
raposas e urso polar
Grande teor de gordura pinguins
Extremidades mais curtas
(focinho, orelhas)
Estas características fazem com que a perda
de calor seja mínima, permitindo assim a sobrevivência.
11. Temperatura
Adaptações morfológicas que permitem aos animais
resistir às temperaturas altas:
Pêlos menos densos e mais curtos
Menos gordura
Maior superfície corporal em
contacto com o exterior
(orelhas grandes)
Raposa feneco
Estas características facilitam a perda de
calor para o meio e evitam o sobreaquecimento.
13. Temperatura
Adaptações das plantas às baixas temperaturas:
Plantas anuais
Não conseguem suportar o frio
deixando as sementes para germinar
no ano seguinte.
Ex.: feijoeiro.
• Plantas bienais
Perdem a sua parte aérea mas mantêm
a parte subterrânea.
Ex.: lírio
14. Temperatura
Adaptações das plantas às baixas temperaturas:
Plantas vivazes ou perenes
Mantêm a sua estrutura todo o ano, apesar de
algumas serem de folha caduca.
Árvores com copa em , folhas
pequenas cobertas por uma cutícula.
Ex: pinheiro
Árvores que deixam cair as folhas
e ficam em estado latente. Ex:
plátano
15. Temperatura e comportamento dos animais
Adaptações às temperaturas desfavoráveis
Migração
Movimento de uma espécie de uma
região para outra mais favorável
à sua existência.
Ex: flamingos, cegonha negra, andorinhas
16. Temperatura e comportamento dos animais
Adaptações às temperaturas desfavoráveis
Redução das atividades vitais para valores
mínimos, ficando num estado de vida latente.
Hibernação
Estivação
Se ocorrer na estação fria
Ex.: ouriço-cacheiro
Se ocorrer na estação quente
Ex.: caracóis; crocodilo
18. LUZ
Varia com:
Altitude;
Latitude;
Exposição do
relevo;
A luz influencia principalmente:
Período de atividade;
Comportamento;
Distribuição geográfica
Nebulosidade;
Cobertura vegetal;
Estações do ano;
Horas do dia.
19. Influência da LUZ na vida dos seres vivos
A duração do período diurno influencia o comportamento dos seres vivos.
Fotoperíodo
Viajam da Europa
para África em
busca de melhores
condições.
Migração
A luz atua
diretamente sobre
o desenvolvimento
dos ovos dos
peixes.
Reduzem o seu
metabolismos para evitar
perder calor.
Hibernação
Reprodução
20. A LUZ E O COMPORTAMENTO DOS SERES VIVOS
Fotoperíodo – período de luz em cada 24 horas.
Os animais e as plantas apresentam fotoperiodismo,
isto é, capacidade de reagir à duração da
luminosidade diária a que estão submetidos.
21. INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ANIMAIS
Alguns animais são muito sensíveis à luz, adaptando o comportamento em
sua função.
Fototaxia ou Fototactismo
Fototaxia negativa
Habita o
solo e evita
a luz.
Movimentos dos animais influenciados pela luz.
Fototaxia positiva
Movimento em
direção à luz.
22. INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ANIMAIS
• Quanto ao habitat:
o Lucífilos, se procuram locais
bem iluminados
• Ex: borboletas, cobras,
insectos
o Lucífugos, se fogem à luz,
• Ex: morcego, minhocas,
toupeiras
23. INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ANIMAIS
Manifesta-se essencialmente no comportamento, atividade e reprodução.
Quanto à atividade:
Diurnos, se a sua atividade
ocorre mais durante o dia
o Nocturnos, se estão mais
ativos durante a noite
24. INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ANIMAIS
A LUZ também é essencial para a produção de melanina – pigmento da
epiderme que escurece a pele. Os raios ultravioleta do sol (sem ser em
excesso) são responsáveis pela produção de Vitamina D.
No Inverno:
O fotoperíodo é mais curto, logo a produção de melanina é menor, por
isso os animais tendem a apresentar cor mais clara.
Condiciona a mudança de cor.
Condiciona os órgãos dos sentidos.
Órgãos do
olfato e tato
muito
desenvolvidos
e olhos
pequenos ou
atrofiados
Exemplo: Pelagem dos
mamíferos e penugem das
aves.
Inverno
Verão
25. INFLUÊNCIA DA LUZ NAS PLANTAS
• As plantas são as mais afetadas pela
variação da luminosidade, pois na ausência
de luz não se desenvolvem.
•
A luz é indispensável para a realização da
fotossíntese.
Fototropismo
Movimento das plantas em direção à luz para
absorver maior quantidade de luz.
Durante o dia, o girassol
acompanha o movimento do
Sol.
26. LUZ E O HABITAT DAS PLANTAS
As plantas terrestres não necessitam de
igual quantidade de luz para se
desenvolverem
Heliófilas ou “plantas de sol”desenvolvem-se em locais bem
iluminados
Ex: girassol, carvalhos, cereais
Umbrófilas ou “plantas de
sombra” – preferem locais com
menor luminosidade
Ex: fetos, avencas, musgos
27. LUZ E FLORAÇÃO DAS PLANTAS
De acordo com a floração temos:
o Plantas de dia longo
• centeio, ervilheira,
milho, girassol, alface
o Plantas de dia curto
• macieira, crisântemos,
morangueiro, soja
o Plantas indiferentes
• cravo, sardinheira,
malmequeres
28. INFLUÊNCIA DA LUZ NOS SERES VIVOS AQUÁTICOS
A penetração da LUZ nos
oceanos, condiciona a vida aí
existente.
29. INFLUÊNCIA DA LUZ NOS SERES VIVOS AQUÁTICOS
A
profundidade
dos
oceanos aumenta à medida
que nos afastamos da
costa.
Por
isso,
a
penetração de luz nos
mares não é igual em todas
as profundidades. A luz
penetra nas camadas mais
superficiais - Região Fótica
-, e não atinge as mais
profundas - Região Afótica.
30. INFLUÊNCIA DA LUZ NOS SERES VIVOS AQUÁTICOS
Melanocetus johnsonii, ou peixe-diabo negro
Aequorea, também chamada de
água-viva cristal
É comum na região afótica o fenómeno da bioluminescência produção e emissão de luz pelos organismos. Com isso,
conseguem atrair presas para sua alimentação ou atrair outros
indivíduos da mesma espécie na época da reprodução.
31. SALINIDADE
A salinidade da água é a quantidade de sais nela dissolvidos,
condicionando assim a distribuição dos seres vivos.
• Água doce (rios e lagos)
• Água salgada (oceanos e mares)
• Água salobra (estuários)
O salmão e a enguia são, no entanto seres vivos capazes de se
adaptar a diferentes salinidades.
34. • Consegue ficar 2 semanas sem beber água;
• Pode ingerir até 200 l de água de uma de
uma só vez;
• Os rins e os intestinos são muito eficientes
na retenção de água; A sua urina sai sob a
forma de um espesso xarope e as suas fezes
são tão secas que podem ser usadas para
fazer fogo;
• Uma característica das suas narinas é que
uma grande quantidade de vapor de água da
expiração volta para os seus fluidos
corporais, reduzindo assim a quantidade de
água perdida na respiração.
Também conhecido como
“Navio do
deserto”
35. INFLUÊNCIA DO SOLO NOS SERES VIVOS
Solo
Mistura de material rochoso e minerais, matéria orgânica
e água.
Importante para a sobrevivência de todos
os seres vivos.
Os seres vivos também
influenciam o solo,
enriquecendo-o com matéria
orgânica.
36. FORMAÇÃO DO SOLO E SEU PERFIL
Resulta da alteração física e química da
rocha-mãe;
Decomposição da matéria orgânica
pelos seres vivos
38. INFLUÊNCIA DO SOLO NOS SERES VIVOS
Solo
Algumas características (pH, quantidade de matéria
orgânica, etc.) são determinantes para as espécies
vegetais.
A cor das hortênsias depende do pH do solo: pH ácido — cor-derosa; pH básico — azul.
39. Permeabilidade – capacidade que o solo tem de se deixar atravessar pela água ou
pelo ar. Está diretamente relacionada com a porosidade.
Porosidade – quantidade de poros ou interstícios.
Capacidade de retenção – capacidade que um solo tem em não se deixar
atravessar pela água.
Quanto maior for a permeabilidade do solo menor será a sua capacidade de
retenção.
40. Solo Permeável - É o solo que a água
passa com mais
facilidade.
Ex: O solo arenoso.
Solo Impermeável - É o solo em que a água
passa com menos
facilidade.
Ex: O solo argiloso.
- Rico em matéria orgânica
- Arejado
- Boa capacidade de reter água
- Sais minerais numa quantidade boa para o
desenvolvimento de plantas e animais.