Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Economia colonial brasileira: produção, trabalho e exportações
1.
2. A economia colonial brasileira é integrada ao
processo mundial de expansão do capitalismo
mercantil. Baseada no monopólio colonial –
Portugal tem a exclusividade do comércio com a
colônia –, é altamente especializada e dirigida
para o mercado externo. Internamente tem
caráter predatório sobre os recursos naturais.
As técnicas agrícolas utilizadas são
rudimentares e provocam rápido esgotamento
da terra. A produção está centrada na grande
propriedade monocultora, o latifúndio, e na
utilização de numerosa mão-de-obra escrava –
primeiro dos indígenas e depois dos negros.
3.
4. ESCRAVIDÃO NEGRA – A primeira leva de escravos negros
que chega ao Brasil vem da Guiné, na expedição de Martim
Afonso de Souza, em 1530. A partir de 1559, o comércio
negreiro se intensifica. A Coroa portuguesa autoriza cada
senhor de engenho a comprar até 120 escravos por ano.
Sudaneses são levados para a Bahia e bantus espalham-se
pelo Maranhão, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e
São Paulo.
TRÁFICO DE ESCRAVOS – O tráfico negreiro é oficializado
em 1568 pelo governador-geral Salvador Correa de Sá. Em
1590, só em Pernambuco registra-se a entrada de 10 mil
escravos. Não há consenso entre os historiadores sobre o
número de escravos trazidos para o Brasil. Alguns, como
Roberto Simonsen e Sérgio Buarque de Holanda, estimam
esse número entre 3 milhões e 3,6 milhões. Caio Prado
Júnior supõe cerca de 6 milhões e Pandiá Calógeras chega
aos 13,5 milhões.
5.
6. O ENGENHO – Os chamados engenhos de açúcar são
unidades de produção completas e, em geral, auto-
suficientes. Além da casa grande, moradia da família
proprietária, e da senzala, dos escravos, alguns têm capela
e escola, onde os filhos do senhor aprendem as primeiras
letras. Junto aos canaviais, uma parcela de terras é
reservada para o gado e roças de subsistência. A "casa do
engenho" possui toda a maquinaria e instalações
fundamentais para a obtenção do açúcar.
ECONOMIA AÇUCAREIRA – Estimativa do final do século XVII
indica a existência de 528 engenhos na colônia. Eles
garantem a exportação anual de 37 mil caixas, cada uma
com 35 arrobas de açúcar. Dessa produção, Portugal
consome apenas 3 mil caixas anuais e exporta o resto para
a Europa. O monopólio português sobre o açúcar assegura
lucros consideráveis aos senhores de engenho e à Coroa.
Esse monopólio acaba quando os holandeses começam a
produzir açúcar nas Antilhas, na segunda metade do século
XVII. A concorrência e os limites da capacidade de consumo
na Europa provocam uma rápida queda de preços no
mercado.
7.
8. O QUINTO – A Coroa portuguesa autoriza a livre exportação de
ouro mediante o pagamento de um quinto do total explorado.
Para administrar e fiscalizar a atividade mineradora, cria a
Intendência das Minas, vinculada diretamente à metrópole. Toda
descoberta deve ser comunicada. Para garantir o pagamento do
quinto, são criadas a partir de 1720 as casas de fundição, que
transformam o minério em barras timbradas e quintadas. Em
1765 é instituída a derrama: o confisco dos bens dos moradores
para cobrir o valor estipulado para o quinto quando há déficit de
produção.
ECONOMIA MINERADORA – O chamado "ciclo do ouro" traz uma
grande diversificação social para a colônia. A exploração das
jazidas não exige o emprego de grandes capitais, permite a
participação de pequenos empreendedores e estimula novas
relações de trabalho, inclusive com a mão-de-obra escrava. Os
escravos trabalham por tarefa e, muitas vezes, podem ficar com
uma parte do ouro descoberto. Com isso, têm a chance de
comprar sua liberdade. O período áureo dura pouco: entre 1735 e
1754, a exportação anual gira em torno de 14.500 kg. No final do
século, o volume enviado a Portugal cai para 4.300 kg por ano,
em média.
9. DIAMANTES – A exploração de diamantes toma
corpo por volta de 1729, nas vilas de Diamantina e
Serra do Frio, no norte de Minas Gerais. A
produção atinge grandes volumes e chega a causar
pânico no mercado joalheiro europeu, provocando
a queda nos preços das pedras. Em 1734 é
instituída uma intendência para administrar as
lavras. A extração passa a ser controlada por
medidas severas que incluem confisco, proibição
da entrada de forasteiros e expulsão de escravos.
10.
11. Fator essencial na ocupação e povoamento do
interior, a pecuária se desenvolve no vale do rio
São Francisco e na região sul da colônia. As
fazendas do vale do São Francisco são latifúndios
assentados em sesmarias e dedicados à produção
de couro e criação de animais de carga. Muitos
proprietários arrendam as regiões mais distantes a
pequenos criadores. Não é uma atividade dirigida
para a exportação e combina o trabalho escravo
com a mão-de-obra livre: mulatos, pretos
forros, índios, mestiços e brancos pobres. No sul, a
criação de gado é destinada à produção do
charque para o abastecimento da região das minas.