Este documento apresenta uma lição sobre o tema da dívida e seu relacionamento com o amor ao próximo. A lição discute (1) os problemas relacionados à contração de dívidas e a necessidade de equilibrar as finanças; (2) como Jesus é o maior exemplo do amor incondicional e da dívida do amor que os cristãos têm com Deus e com o próximo; e (3) como o verdadeiro cumprimento da lei se dá por meio do amor.
4. Pare!
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6. Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1. Equilibrar seu planejamento econômico-
financeiro para evitar a contração de dívidas;
2. Conscientizar-se da necessidade de exercitar o
amor incondicional, da mesma forma que é
amado por Deus;
3. Explicar o ensino do cumprimento da lei por
meio do amor;
4. Aplicar o conteúdo aprendido à sua vida
pessoal.
8. • A leitura do Sermão do Monte (Mt 5-7) irá
contribuir de forma significativa para o
entendimento da lição.
• O conteúdo deste sermão, provavelmente, era muito
popular no meio cristão, ainda que pudesse
provocar sentimentos de aversão pela profundidade
de seu ensinamento para a vida cristã verdadeira.
• Dentro de um contexto em que a lei continuava
sendo exigida pelos judeus e influenciava os judeu-
cristãos, bem como do conflito que gerava na
comunidade cristã formada por judeus e gentios, a
mensagem de que toda a lei se resumia em uma
frase: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo",
devia causar certo incômodo.
10. DINÂMICA: "desejar ao próximo o que deseja a si mesmo".
• Divida a turma em grupo.
• Solicite que cada grupo elabore algum tipo de atividade que gostaria que o outro
grupo realizasse. A atividade terá melhor resultado se ela for primeiro escrita em
um papel e, depois de solicitado pelo(a) professor(a), ser lida em voz alta para que
todos possam ouvir.
• A próxima etapa é você dizer para as pessoas o nome da dinâmica, sugerimos a
seguinte frase: "Neste momento, antes de vocês executarem a atividade, quero lhes
informar qual é o nome desta dinâmica: Desejar ao próximo o que deseja a si
mesmo".
• Não é necessário executar a atividade sugerida pelos participantes, pois a simples
citação é o suficiente para uma reflexão. O resultado desta dinâmica, geralmente, é que
se não todos, um dos grupos, irá sugerir uma atividade complexa ou que exponha o
outro grupo ou pessoa. Porém, se as pessoas forem coerentes e amorosas, facilitando a
atividade para o próximo, o grupo deverá ser parabenizado pela atitude.
• Entretanto, independente do resultado está dinâmica proporcionará algumas reflexões
para o grupo. Como sugestões, nós destacamos os seguintes questionamentos:
• Se você soubesse que o seu próprio grupo fosse executar a atividade, teria sugerido a
mesma?
• Qual o nosso comportamento como cristãos na nossa rotina diária?
• O resultado desta dinâmica foi semelhante ou difere o mandamento de Jesus para amar ao
próximo como a ti mesmo?
12. • Jesus demonstrou pelo seu exemplo de vida que
a lei somente poderia ser cumprida por meio do
amor.
• O conteúdo do famoso Sermão do Monte de
Jesus (Mt 5-7) demonstra que toda a lei se
resume na regra áurea: “amarás a teu próximo
como a ti mesmo”.
• Nesta lição vamos refletir sobre:
a) o problema da dívida e sua relação com a lei do
amor;
b) a dívida do amor com base no exemplo de jesus; e
c) o cumprimento da lei por meio do amor.
13. I – JOVEM, NÃO DEVA
NADA A NINGUÉM (RM
13.8A)!
14. A dívida no Antigo Testamento (AT).
• Economia agrícola.
• A lei protegia os judeus endividados (Ex 22.25; Dt
23.19; Lv 25.35) – aos estrangeiros era permitida a
cobrança de juros (Dt 15.1-8; 23.20).
• Para tomada de empréstimos eram exigidas garantias:
a) um objeto pessoal (Dt 24.10; Jó 24.3);
b) hipoteca de uma propriedade (Ne 5),
c) fiança de um financiador (Pv 6.1-5).
• Em não havendo garantia e não sendo pago a dívida,
o devedor era vendido com escravo (Ex 22.3; 2 Rs 4.1;
Am 2.6; 8.6).
• Ano do jubileu (Dt 15.1-15).
15. A dívida no Novo Testamento (NT)
• No AT o empréstimo tinha mais um caráter de
filantropia.
• Todavia, pouco antes do NT, no período judaístico
com Hillel, começaram as mudanças.
• Na época do NT, a falta de pagamento passou a ser
punida por meio de prisão (Mt 18.23-35; Lc 12.57-59).
• Jesus aconselhou atitudes amigáveis e hospitaleiras,
o bom senso, para busca de solução dos problemas de
dívidas, em vez de coerção legal (Mt 5.25-26).
• Relação devedor e credor (dívidas) e a semelhança
com a justificação pela fé (Rm 6.18-22; 1 Co 6.20;
7.23; Tt 2.14).
16. O jovem cristão e a dívida
• Paulo recomenda não contrair dívidas (Rm 13.8a).
• Apesar da diferença de contextos, nos dias atuais a as
consequências são similares: muitas pessoas tem
prejudicado sua vida pessoal, conjugal, bem como a
vida espiritual pelo descuido nesta área.
• O consumismo é incentivado diariamente na mídia e
muitas pessoas são influenciadas pelo marketing.
• TER vs. SER.
• Cartão de crédito Vs. Compras sem avaliação das
consequências (efeito bola de neve).
17. Matthew Henry ao comentar sobre Rm 13.8 argumenta:
“Os cristãos devem evitar os gastos inúteis e ter o cuidado de
não contrair dívida que não podem pagar. Também devem se
afastar de toda a especulação aventureira e dos
compromissos precipitados, e de tudo o que possa expô-los
ao perigo de não dar a cada um o que é devido. Não devais
nada a ninguém. Dai a cada um o que lhe for devido. Não
gasteis convosco aquilo que deveis ao próximo. Contudo,
muitos dos que são muitos sensíveis aos problemas pensam
pouco sobre o pecado de endividar-se” (HENRY, 2002, P. 943).
18. II – JOVEM, A ÚNICA DÍVIDA
RECOMENDADA É O AMOR
(RM 13.8B)
19. Jesus, o maior exemplo da lei do amor
• A humanidade tem uma dívida impagável.
• Os pessoas justificadas pela fé no sacrifício de Cristo
(motivado por amor - Rm 5.8), gratuitamente, é
liberta da dívida (Mt 6.12; Rm 4; Rm 6.23).
• O ser humano ingrato e pecador teve Jesus como
fiador de sua dívida, conforme Hb 7.22 “de tanto
melhor concerto Jesus foi feito fiador”.
• A lei e a carne exige servidão (Rm 8.12). Quem está
livre desta servidão deve ser grato por meio da
obediência voluntária (Mt 18.27; Lc 7.41-42).
• Jesus é o maior exemplo de obediência voluntária.
20. Jovem, quem é servido deve amor a quem
serve
• Paulo foi servido pelos judeu-cristãos de Jerusalém, a
quem ele era grato e retorna com donativos para
socorrê-los (Rm 15.26-27).
• O apóstolo não se sentia devedor a todas as pessoas,
conhecidas ou desconhecidas, independente da
origem: “Eu sou devedor tanto a gregos como a
bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes” (Rm
1.14).
• Exemplo a ser seguido: retribuir a Deus por meio do
serviço ao próximo para que alcancem os mesmos
privilégios, a salvação e a vida eterna com Deus.
21. Jovem, o perdão de Deus é uma dívida de amor
ao próximo
• O uso metafórico do pecado como dívida era uma
prática comum tanto no AT como no NT, inclusive de
Jesus, com intuito de:
a) enfatizar a grandiosidade da graça de Deus (Lc 7.41-42),
b) bem como o dever de quem foi perdoado por Deus
(verticalmente) também perdoar quem o ofendeu
(horizontal).
• O perdão ao próximo (na horizontal), após a
justificação, é colocado como uma condicional para o
perdão das dívidas na vertical (Mt 6.12; Mt 18.21-27).
• Infelizmente, algumas pessoas estão despercebidas
com a responsabilidade do Pai Nosso: “Perdoais
nossas ofensas assim como...” (Mt 6.12).
22. III – JOVEM, O
CUMPRIMENTO DA LEI É O
AMOR (RM 13.8C-10)
23. Quem ama como Jesus amou cumpri a lei
(v. 8c)
• A mensagem amor incondicional de Jesus é reforçada
pelo apóstolo Paulo.
• Do amor dependem toda a lei e os profetas (Mt
22.40, Gl 5.14).
• Jesus ensinou qual abrangência do amor ao próximo
com a parábola do bom samaritano (Lc 10.27-37).
• O conceito que os judeus tinha de “próximo” (Lv
19.18,34; Mt 5.43) os conduziam na busca do
atendimento do aspecto externo e jurídico da lei.
• Quem ama o próximo cumpri a lei em sua plenitude
(Rm 13.8c-10).
24. O resumo dos mandamentos é “amarás ao teu
próximo como a ti mesmo” (v. 9)
• Questionado sobre qual seria o maior ou principal dos
mandamentos, Jesus apresenta dois:
• o primeiro relacionado ao amor à Deus; e
• o segundo ao próximo (Mt 7.36-40; Mc 12.28-34).
• Jesus usa a mesma fonte para harmonizar o AT (Lv
19.18) e o NT (Mt 5.17-48).
• Paulo, em Rm 13.9, demonstra que teve acesso ao
conteúdo do Sermão do Monte (quem ama não tira o
que é do outro ou o prejudica de alguma forma).
• Judeus (lei acima do amor) Vs Jesus (o amor está
acima das tradições, lei e costumes).
25. Quem ama não deseja o mal a outra pessoa
(v. 10)
• Os cristãos em Roma receberam a esperança de uma
nova realidade permeada pelo amor divino
impregnado nas pessoas, diferente da antiga fé
imprecatória que buscava a morte dos inimigos.
• Matthew Henry (2002, p. 943) afirma que:
“não somente devemos evitar o dano às pessoas, aos
relacionamentos, à propriedade e ao caráter dos seres humanos,
mas também não devemos fazer nenhuma classe nem grau de
mal a ninguém, e devemos nos ocupar em ser úteis em cada
situação da vida”.
26. Quem ama não deseja o mal a outra pessoa
(v. 10)
• A dívida contraída pelo amor é uma dívida que nunca
poderá ser liquidada, portanto a ação de amar e fazer
o bem para as pessoas nunca poderá cessar.
• A prática do amor uni as pessoas na mesma
esperança de construir um mundo mais justo, cada
vez melhor para se viver.
• Esta é a verdadeira religião (o que religa com Deus)
defendida por Cristo, a do amor, que não deseja o mal
para o próximo.
28. Nesta lição nos aprendemos que:
1) o jovem cristão deve ter um cuidado especial com
sua vida econômica e financeira, evitando contrair
dívidas.
2) A única dívida recomendada por Paulo é a dívida
do amor, contraída por todas as pessoas que
foram justificadas mediante a fé em Cristo, pois o
amor de Deus nos constrange a amar o próximo.
3) O verdadeiro cristão deve retribuir o perdão
recebido de Deus, amando o próximo como a si
mesmo, assim cumprirá toda a lei, pela lei do
amor.
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Contatos:
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(41) 8409 8094