O documento discute como o estresse afeta o sistema imunológico. O estresse ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, levando à liberação de cortisol que modula as respostas imunológicas. Isso pode reduzir temporariamente linfócitos e aumentar neutrófilos, com linfócitos migrando para a medula óssea. O estresse crônico pode diminuir a proliferação de linfócitos, aumentando o risco de doenças infecciosas.
3. Definição
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Estresse:
É o conjunto de reações do organismo a
agressões de ordem
física, psíquica, infecciosa, e outras
capazes de perturbar a
homeostase(equilíbrio).
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Ansiedade ;
Depressão ;
Exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir
um determinado tipo de angústia.
Consequência:
Os mecanismos de defesa passam a
não responder de uma forma eficaz,
aumentando assim a possibilidade de
vir a ocorrer doenças,especialmente
cardiovasculares.
Causas:
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Pesquisas recentes no ramo da psiconeuroimunologia estão
fornecendo algumas explicações sobre as vias pelas quais o
estresse afeta o sistema imunológico, modulando as respostas de
defesa do organismo.
Uma pessoa estressada tem suas defesas diminuídas. É nesses
momentos que pode pegar herpes ou uma gripe, por exemplo.
6. Como o estresse altera o sistema
imune?6
O estresse está associado à liberação de hormônios que, além de
alterar vários aspectos da fisiologia, têm ainda um efeito modulador das
defesas do organismo. Em humanos, o principal hormônio com essas
funções é o cortisol (glicocorticóide).
Os níveis de cortisol no sangue aumentam drasticamente após a
ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que ocorre durante o
estresse e a depressão clínica.
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Figura 1. O estresse ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal:
a hipófise anterior libera o hormônio ACTH, que induz a
liberação de cortisol – principal hormônio regulador do
sistema imunológico – pelo córtex das glândulas adrenais.
8. Cortisol
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O cortisol é necessário para a vida, de modo que seus níveis no
sangue são estreitamente controladas. Quando há aumento dos níveis
de cortisol, os níveis de ACTH normalmente caem. Quando os níveis de
cortisol caem, os níveis de ACTH normalmente subir.
A produção de cortisol se dá a partir de um estímulo estressante
(atividade física ou contusão em alguma parte do corpo), que transmite
impulsos nervosos ao hipotálamo.
O Cortisol é um hormônio corticosteróide da família dos esteróides,
produzido pela parte superior da glândula supra-renal, diretamente
envolvido na resposta ao estresse.
9. ACTH(adenocorticotrófico)
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O hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) é o principal regulador
da produção e secreção de cortisol.
O ACTH é produzido pela adeno-hipófise e sua liberação é
controlada, como quase todos hormônios hipofisários, pelo
hipotálamo através do CRH (corticotropina).
Sua função é a estimulação da atividade endócrina da córtex adrenal
em todas as suas etapas desde a captação do colesterol circulante, ou
a sua síntese a partir do acetato, além da síntese e secreção dos
corticoesteróides
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Estudos demonstraram que, durante a terapia com glicocorticóides
(ou no estresse crônico), os linfócitos migram para a medula óssea, talvez
como uma proteção contra os efeitos nocivos dos níveis elevados de
glicocorticóides circulantes.
Figura 2. Durante o estresse ou o tratamento com glicocorticóides, há uma
redução temporária do número de linfócitos e aumento do de neutrófilos e
células natural killer no sangue – os linfócitos parecem migrar para a
medula óssea e a pele (tecido em que permanecem ativados)
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Os hormônios do estresse também alteram várias funções dos
linfócitos. Quando uma infecção se instala, essas células de defesa
têm, por exemplo, a capacidade de se multiplicar, o que aumenta
as chances de remover o agente infeccioso.
Diversos estudos têm demonstrado que o estresse crônico diminui
a proliferação linfocitária, o que também acontece na depressão
clínica.
Esse resultado indica que em indivíduos cronicamente estressados
o risco de desenvolvimento de doenças infecciosas aumenta, em
especial nos idosos que já têm suas defesas debilitadas.
12. Resposta fisiológica ao estresse
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O célebre endocrinologista canadense Hans Selye(1907-1982) foi o
primeiro a formular o conceito de estresse.
Ele observou que organismos diferentes apresentam um mesmo
padrão de resposta fisiológica para uma série de experiências sensoriais
ou psicológicas que têm efeitos nocivos em órgãos, tecidos ou processos
metabólicos (ou são percebidas pela mente como perigosas ou nocivas).
Tais experiências são, portanto, descritas como estressoras.
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Estressores sensoriais ou físicos envolvem um contato direto com
o organismo.
O estresse psicológico acontece quando o sistema nervoso central é
ativado através de mecanismos puramente cognitivos (que envolvem a
mente), sem qualquer contato com o organismo.
Um terceiro tipo de estressor pode ainda ser considerado: as
infecções. Vírus, bactérias, fungos ou parasitas que infectam o ser
humano induzem a liberação de citocinas pelos macrófagos, os glóbulos
brancos especializados na destruição, por fagocitose, de qualquer
invasor do organismo.
Estariam incluídos nesse caso subir escadas, correr uma
maratona, sofrer mudanças de temperatura (calor ou frio em
excesso), fazer vôo livre ou bungee jumping etc.
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A reação do organismo aos agentes estressores tem um
propósito evolutivo. É em essência uma resposta ao perigo, que
Selye dividiu em três estágios:
1. Primeiro estágio (alarme)→ o corpo reconheceo estressor e
ativa o sistema neuroendócrino.
• A função dessa resposta fisiológica é preparar o organismo
para a ação, que pode ser de luta ou fuga ao estresse.
•As glândulas adrenais, ou supra-renais, passam então a produzir
e liberar os hormônios do estresse (adrenalina, noradrenalina e
cortisol).
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2. segundo estágio (adaptação)→ o organismo repara os danos
causados pela reação de alarme,reduzindo os níveis hormonais.
3. O terceiro estágio (exaustão) →começa e pode provocar o
surgimento de uma doença associada à condição estressante.
• De modo geral, pode-se afirmar que o organismo humano está
muito bem adaptado para lidar com estresse agudo, se ele não
ocorrer com muita freqüência.
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A dica não é consumir apenas quando o problema já existe e sim tê-los
diariamente no cardápio, influenciando nossos temperamentos e impulsos.
Dicas:
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“Não se estresse com os
problemas da vida, leve-os na
esportiva, e mostre-os que as
soluções os superam!”
21. REFERÊNCIAS
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PEAKMAN, Mark Vergan. Imunologia Básica e Clínica, Rio
de Janeiro.
ABBA, I. Terr, MD. Imunologia Médica, 10ª edição, Rio de
Janeiro.
Acesso: 17/13 às
17:20, www.fmrp.usp.br/iba/.../01_imunidade