Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Fichamento - Uma introdução a história do design
1. Grupo de Estudos e Pesquisas em Design na Amazônia - GEPDAM
1
CENTRO
DE
ENSINO
SUPERIOR
FUCAPI
1
FICHAMENTO
–
INICIAÇÃO
CIENTÍFICA
1) Título
do
Livro:
Capítulo
3:
Design
e
comunicação
no
novo
cenário
urbano,
século
19.
Denis,
Rafael
Cardoso.
Uma
introdução
à
história
do
design.
São
Paulo.
Edgard
Blucher,
2000.
2) Autor
(Perfil):
Escritor
e
historiador
da
arte.
Possui
doutorado
em
história
da
arte
pelo
Courtauld
Institute
of
Art/University
of
London
(1995).
Pesquisa
história
da
arte
e
do
design
no
Brasil,
no
período
1840-‐1930.
Colabora
com
a
Universidade
do
Estado
do
Rio
de
Janeiro
e
atua
também
como
curador.
(Fonte:
Currículo
Lattes)
3) Quando
foi
escrito:
2000
4) Questões:
I. “Como
sinalizar
a
geografia
da
cidade,
com
seus
novos
bairros
e
ruas,
para
uma
população
que
chegava
de
fora
sem
nenhum
conhecimento
prévio
dos
lugares
em
questão?”
II. “Como
ordenar
a
convivência
e
o
fluxo
de
transeuntes
para
minimizar
a
insegurança
atávica
provocada
pelo
confronto
com
estranhos
e
com
diferenças
de
cultura
e
de
classe
social?”
III. “Como
comunicar
para
um
público
anônimo
os
préstimos
de
um
produto
desconhecido,
convencendo-‐lhe
da
conveniência
de
adquirir
uma
mercadoria
muitas
vezes
supérflua
ou
sem
serventia
imediata?”
5) Ideias-‐chave:
O
papel
do
design
na
formação
urbana
do
século
XIX.
6) Palavras-‐chave:
História,
Design,
Cidade,
Revolução,
Industrial
7) Transcrições:
Formação
da
comunicação
visual
moderna
“O
processo
de
industrialização
acarretou
mudanças
muito
mais
amplas
que
as
simples
transformação
dos
métodos
produtivos.
Ocorreu
no
século
XIX
um
crescimento
urbano
até
então
inédito
na
história
da
humanidade,
com
números
cada
vez
maiores
de
pessoas
fazendo
uso
de
novos
meios
de
transporte
para
irem
às
cidades
em
busca
de
empregos:
nas
fábricas
que
então
surgiam
ou
no
setor
de
serviços
que
se
expandia
para
atender
às
grandes
concentrações
de
população.”
(pg.
40)
“Esse
aumento
da
quantidade
de
indivíduos
vivendo
em
um
pequeno
espaço
ocasionou
transformações
profundas
na
natureza
das
relações
entre
eles.
As
pessoas
começavam
a
se
deslocar
de
casa
para
o
trabalho,
viajando
na
companhia
de
estranhos
em
transportes
como
o
ônibus
e
o
bonde,
característicos
da
nova
experiência
urbana.”
(p.40)
2. 2
Grupo de Estudos e Pesquisas em Design na Amazônia - GEPDAM
CENTRO
DE
ENSINO
SUPERIOR
FUCAPI
2
“O
anseio
de
ocupar
os
momentos
de
folga
deu
origem
a
outra
invenção
da
era
moderna:
o
conceito
do
lazer
popular,
que
desenvolveu-‐se
em
estreita
aliança
com
a
abertura
de
uma
infraestrutura
cívica
composta
por
museus,
teatros
locais
de
exposição,
parques
e
jardins.”
(p.41)
“Todas
essas
mudanças
de
comportamento
geraram
desafios
em
termos
de
organização
e
apresentação
das
informações.
Como
sinalizar
a
geografia
da
cidade,
com
seus
novos
bairros
e
ruas,
para
uma
população
que
chegava
de
fora
sem
nenhum
conhecimento
prévio
dos
lugares
em
questão?
Como
ordenar
a
convivência
e
o
fluxo
de
transeuntes
para
minimizar
a
insegurança
atávica
provocada
pelo
confronto
com
estranhos
e
com
diferenças
de
cultura
e
de
classe
social?
Como
comunicar
para
um
público
anônimo
os
préstimos
de
um
produto
desconhecido,
convencendo-‐lhe
da
conveniência
de
adquirir
uma
mercadoria
muitas
vezes
supérflua
ou
sem
serventia
imediata?”
O
design
na
intimidade
“Segundo
Richard
Sennet,
no
seu
já
clássico
O
Declínio
do
Homem
Público,
o
século
XIX
foi
marcado
por
uma
transformação
profunda
nas
relações
sociais
em
que
mercadorias
e
os
hábitos
de
consumo
passaram
a
ser
vistos
como
verdadeiros
“hieróglifos
sociais”,
simbolizando
a
personalidade
e
demarcando
identidades.
(Sennet,
1974:
143-‐
`46,161-‐168)”
(p.56)
“A
preocupação
com
a
aparência
–
primeiramente,
da
própria
pessoa
e,
por
extensão,
da
moradia
–
como
indicador
do
status
individual,
serviu
de
estímulo
para
a
formatação
de
códigos
complexos
de
significação
em
termos
de
riqueza,
estilo
e
acabamento
de
materiais
e
objetos.
Para
atingir
os
padrões
convencionados,
fazia-‐se
cada
vez
mais
necessária
a
intervenção
de
um
profissional
voltado
para
esses
aspectos
do
projeto.”
(p.57)
“A
ansiedade
com
as
aparências
atingiu
naturalmente
o
seu
auge
nas
grandes
concentrações
urbanas
que
então
se
estabeleciam.
O
anonimato
da
metrópole
trazia
a
ameaça
de
não
se
saber
quem
era
o
vizinho
de
rua
ou
o
passageiro
ao
lado
no
bonde.
Nesse
contexto,
o
aspecto
dos
móveis
do
vizinho
ou
da
roupa
do
companheiro
de
viagem
adquiria
nova
importância
em
termos
de
identificação.”
(p.58)
O
design
e
a
multidão
“Foi-‐se
moldando,
portanto,
ao
longo
do
século
19
uma
nova
ordem
social.
Contrapondo-‐se
ao
senso
nítido
de
desordem
e
desagregação
que
marcou
o
início
da
industrialização
nos
países
europeus,
o
século
chegava
ao
seu
fim
munido
de
instituições
e
de
serviços
encarregados
de
impor
e
manter
a
ordem,
desde
polícia
e
bombeiro
até
escolas
e
hospitais.
No
Brasil,
como
no
resto
do
mundo,
a
nova
sociedade
urbana
organizou-‐se
em
torno
de
ideais
como
ordem
e
progresso,
indústria
e
civilização,
fossem
estes
importados
ou
não.
O
design
teve
o
seu
papel
nessa
reconfiguração
da
vida
social,
contribuindo
para
projetar
a
cultura
material
e
visual
da
época.”
(p.66)
“O
trabalho
do
designer
pode
ter
surgido
organicamente
do
3. Grupo de Estudos e Pesquisas em Design na Amazônia - GEPDAM
3
CENTRO
DE
ENSINO
SUPERIOR
FUCAPI
3
processo
produtivo
e
da
divisão
de
tarefas,
mas
a
sua
consagração
como
profissional
viria
não
do
lado
da
produção
mas
do
consumo.
Foi
o
reconhecimento
proporcionado
pelo
consumidor
moderno
que
projetou
o
designer
para
a
linha
de
frente
das
considerações
industriais.”
(p.66)
8) Resumo
esquemático:
1. Formas
da
comunicação
visual
da
época
1.1 Sinalização
1.2 Peças
Publicitárias
1.3 Desenho
Urbano
1.4 Mapas
1.5 Entretenimento
2. O
design
na
intimidade
2.1 Dualidade
Exterior
x
Interior
2.2 Diferenciação
2.3 Identidade
3. O
design
e
a
multidão
3.1 Desenvolvimento
Urbano
3.2 Políticas
Públicas
3.3 Cultura
Material
e
Visual
9) Resumo
do
Texto:
Rafael
Cardoso
nos
traz
essa
grande
contribuição
sobre
a
história
do
design
e
nos
mostra
a
relação
entre
o
design
e
a
cidade.
No
início
da
formação
urbana,
a
comunicação
visual
foi
uma
das
primeiras
áreas
de
influência
do
design
na
cidade:
projetando
sinalização,
campanhas
publicitárias,
o
desenho
da
cidade
e
a
confecção
de
mapas
para
orientação.
Com
o
aumento
da
população
urbana,
a
vida
privada
foi
sendo
cada
vez
mais
valorizada,
as
marcas
do
design
pode
ser
encontrada
através
da
análise
dos
móveis,
vestuários
e
estilos
arquitetônicos,
de
forma
geral,
a
partir
do
momento
que
o
“sistema
padronizado”
das
fábricas
foi
cedendo
lugar
à
valorização
da
individualidade
e
busca
pela
diferenciação
social.
A
cidade
era,
e
continua
sendo,
o
centro
de
toda
vida
social
na
época,
políticas
públicas
foram
implementada
em
diversas
cidades
visando
o
desenvolvimento
holístico
da
cidade
e
de
seus
cidadãos,
nesse
momento
o
design
foi
de
fundamental
importância
para
a
construção
da
cultura
material
e
visual
da
época.
10) Análise:
Quando
Rafael
Cardoso
inicia
falando
da
formação
da
comunicação
visual
moderna,
através
da
análise
da
indústria
gráfica
e
algumas
peças
publicitárias,
me
recordou
o
que
Armando
Silva
fala
sobre
a
cidade
vista
e
a
importância
da
análise
de
peças
publicitárias
na
análise
do
imaginário
de
uma
cidade,
inclusive
Silva
fala
sobre
um
trabalho
que
ele
desenvolveu
sobre
análise
de
cartazes
de
cinema,
logo
posso
concluir
que,
através
desse
ponto
de
vista,
é
possível
“reconstruir
o
imaginário”
de
uma
determinada
época
através
da
análise
das
produções
culturais
(materiais
e
visuais)?