O documento discute abordagens para gestão de risco operacional, incluindo qualitativa e quantitativa. A abordagem qualitativa usa estimativas de probabilidade e impacto para identificar riscos, enquanto a quantitativa usa modelos estatísticos e causais para quantificar perdas potenciais. Redes Bayesianas integram ambas as abordagens, permitindo que experiência e perdas históricas calibrem as estimativas ao longo do tempo.
4. • Barings: 1995
Perda de US$ 1,3 bilhões com derivativos por ausência de controles.
• Enron: 2001
Fraude contábil escondeu dívidas de US$ 25 bilhões levando a empresa à
falência.
• Société Générale: 2008
Fragilidades nos controles permitiram que um operador ocasionasse uma
perda da ordem de € 4,9 bilhões.
• Ivy Asset Management LLC: 2012
Concordou em pagar US$ 210 milhões a investidores que perderam
dinheiro com o esquema de Bernard Madoff.
• Citigroup: 2013
Pagou US$ 805 milhões à OCC e ao Federal Reserve por abuso em
cobranças executivas (foreclosure) de dívidas.
Casos
7. Definição
• O que é Risco Operacional?
Risco de perda resultante processos internos falhos ou inadequados,
pessoas e sistemas ou ainda por eventos externos.
Processos
Eventos de Risco
• Fraude: interna ou externa, roubo de informações e outros
ativos, evasão fiscal, etc.
• RH: discriminação, segurança, remuneração, etc.
• Clientes, Produtos e Práticas de Negócios: defeitos em produtos ou
serviços,
• Dano a ativos físicos: desastre natural, terrorismo, vandalismo.
• Falhas de sistemas: falhas em softwares e hardwares.
• Execução, entrega e gestão de processos: erros de
cadastramento, registros contábeis, etc.
Consequências
• Perdas Diretas
• Oportunidades
• Elevação de Custo
• Sanções
ICR
Controle
Fragilidades
Riscos
Operacionais
Incertezas
8. Indicadores Chaves de Risco (ICR)
Conceito
• Variável desenvolvida para suportar o processo de gestão de risco
operacional cujo objetivo é indicar o potencial nível de perdas.
• Sinalizam com antecedência mudanças no nível do risco e efetividade dos
controles em cada unidade de negócio. (Early Warning System)
Exemplos
• RH: taxa de absenteísmo ou doença, tempo médio para preenchimento de
vagas.
• IT: número de chamadas ao help desk, número de versões e atualizações.
• Financeiro: frequência de prazos ultrapassados para envio de informações,
frequência e montante de ajustes diários nos resultados.
• Jurídico: número e montante de casos em aberto, reclamações de clientes.
• Auditoria: número de pontos de auditoria, revisão de prazos.
• Risco: frequência e valores de estouro de limites, perdas em crédito.
• Equipamento: periodicidade de manutenção, taxa de falhas.
Definição
12. O que é Capital?
• Capital Investido
Quantidade de recursos financeiros providos pelos acionistas da
organização e disponíveis para a realização de seus negócios e atividades.
• Capital Econômico
Quantidade de recursos financeiros efetivamente colocado em risco pela
organização em seus negócios e atividades com o objetivo de entregar
aos acionistas determinado nível de retorno ao longo de um horizonte de
tempo.
Em outras palavras, trata-se do montante de recursos financeiros
necessários para absorver perdas potenciais futuras.
• Risco de Solvência ou Continuidade
Risco de se observar no futuro uma realização de perdas acima do capital
econômico.
Abordagem Quantitativa
13. Nível de Perda
Frequência
• Processos
• Pessoas
• Sistemas
• Eventos Externos
Perda
Esperada
Perda
Não Esperada
Alta
Frequência
Baixo Impacto
Baixa Frequência
Alto Impacto Eventos
Catastróficos
I. Governança
II. Mitigação de
Risco
III. Instrumentos e
Mecanismos
IV. Quantificação
GestãoemRiscoOperacional
Definição de papéis, responsabilidades e políticas
Controles Internos
Gestão da Continuidade de Negócio
Auto Avaliação
Identificação contínua de fragilidades
Indicadores Chave de Risco
Análise e reporting de riscos
Provisão Capital Econômico
Abordagem Quantitativa
15. Características da Abordagem Atuarial
• Virtudes
- Imparcialidade: baseia-se em perdas coletadas.
- Abrangência: atribui uma probabilidade de ocorrência para cada
possível combinação entre frequência e severidade.
- Extensões: métodos de valores extremos surgem com certa
naturalidade.
- Aplicação: largamente utilizada na modelagem de riscos por
seguradoras.
• Limitações
- Dados: depende da quantidade e qualidade dos dados.
- Flexibilidade: limitação para incorporar fatores de gestão do risco.
Abordagem Quantitativa
16. Modelos Causais
• Modelos Estatísticos
- Regressões: múltipla e discriminante.
- Análise Multivariada: análise fatorial e correlação canônica.
- Econométricos: autocorrelações, multicolinearidade e
heterocedasticidade.
- Outros: análise espectral, sistemas de controle dinâmicos, mudanças
de regime.
• Modelos Não Lineares
- Redes Neurais, Fuzzy Logic, Data Mining, Redes Bayesianas.
Abordagem Quantitativa
17. Características das Redes Bayesianas
• Permite a incorporação de outros fatores relevantes para a gestão de
risco operacional, tais como:
- Indicadores chave de risco
- Experiência dos Analistas
- Análise de Cenários
• Frequência e Severidade não necessitam ser independentes.
• Permite a utilização de técnicas para aprendizagem de estrutura a fim
de verificar os relacionamentos entre as variáveis.
• Permite evoluir o modelo ao longo do tempo com o crescimento da
base de perdas coletadas.
Abordagem Quantitativa
19. Distribuição de Perdas Agregadas - Redes Bayesianas
Integração Qualitativo e Quantitativo
20. • Inicialmente, a estimativa do
analista baseia-se em grande parte
em seu conhecimento pregresso.
• A medida em que perdas são
coletadas, as estimativas
começam a convergir.
• A experiência prévia do analista é
aprimorada com a coleta de
perdas históricas calibrando suas
estimações para níveis mais
aderentes à realidade.
Integração Qualitativo e Quantitativo
22. Abordagem Qualitativa
• Baseadas em estimativas de impacto e probabilidade de ocorrência, são
úteis como um primeiro passo na avaliação de risco operacional.
• Este tipo de abordagem permite, por exemplo:
- a identificação dos maiores riscos;
- estabelecimento da tolerância aos riscos pela organização;
- autoavaliação de riscos e controles;
- criação e gestão de planos de ação para mitigação de riscos;
- criação e gestão de indicadores chave de riscos;
- estimar a perda esperada baseada na experiência do gestor.
• Porém, não fornece um método coerente e consistente para avaliar o
comprometimento potencial do patrimônio da empresa ou Capital
Econômico.
Conclusões
23. Abordagem Quantitativa
• A quantificação do risco caracteriza-se pela:
- Objetividade: ao traduzir o risco em números facilita a
disseminação da cultura de riscos pela organização.
- Imparcialidade: ao se basear na observação de eventos de perda
permite ao gestor reavaliar seu entendimento sobre a dinâmica das
perdas.
- Previsibilidade: por considerar todas as possíveis combinações para
as perdas ao longo do tempo, estabelece um nível de
previsibilidade para o grau de risco, tendência e sensibilidade
superior à abordagem qualitativa.
• Permite o uso de vários métodos alternativos para estimar o Capital
Econômico.
Conclusões
24. Abordagem Quantitativa
• Modelos Causais permitem a identificação de relações mais complexas
entre os fatores.
• Redes Bayesianas possibilitam a integração da abordagem qualitativa
com a quantitativa permitindo a:
- incorporação de Indicadores Chave de Risco;
- utilização da experiência do gestor;
- análise de cenários;
- incorporação gradativa das perdas incorridas proporcionando
estimações mais robustas sobre o risco ao qual a empresa está
exposta.
Conclusões