1) O documento discute teorias do desenvolvimento desde o evolucionismo até a hermenêutica.
2) Teorias iniciais comparavam sociedades de forma simplista, mas a sociologia passou a explicar que as diferenças não eram naturais e sim de grau de desenvolvimento.
3) Rostow propôs cinco estágios de desenvolvimento econômico, porém essa visão desconsidera particularidades históricas.
1. CAP. 12 – As teorias do desenvolvimento: Do evolucionismo à hermenêutica.
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3. As comparações desenvolvimentistas tinham por objetivo incentivar a racionalidade e os comportamentos direcionados ao desenvolvimento capitalista. obs.: trata-se de um novo evolucionismo, que não procurava mais as diferenças entre a sociedade e as sociedades arcaicas “condenadas” ao desaparecimento, mas tentava encontrar, nas novas nações, as instituições básicas capazes de garantir a continuidade e a reprodução das relações capitalistas. As nações que se firmavam como centros de dominação passaram a ser modelo.
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6. Obs.: para sustentar essa classificação o pesquisador tem de desprezar todas as particularidades históricas de cada sociedade, tem de pressupor que todas tiveram uma mesma formação original, aqui chamada de maneira generalizante de “sociedade tradicional” - todos atravessaram as mesmas etapas de um único processo. Falha = o desenvolvimento das sociedades tem avanços e retrocessos As sociedades tem as suas particularidades não dá para comparar , por exemplo, o desenvolvimento brasileiro com o desenvolvimento de outros países...
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8. Abordagem dualista do desenvolvimento: “ Desenvolvida” – crescimento: urbano, industrial, do sistema de comunicação. Tem alta produtividade e avanço tecnológico. “ Subdesenvolvida”, “atrasada” – população reduzida, cidades pequenas, produção agrária, níveis de renda baixos, produtividade insuficientes e dispersão demográfica.
9. Para a abordagem dualista, o problema não se encontra na constituição étnica, cultural ou racial da população, mas na condução de políticas administrativas e econômicas, no comportamento das camadas dirigentes, na falta de estímulo para o progresso, na má orientação do governo. Tais obstáculos impedem o bom aproveitamento das forças produtivas e acabam estimulando uma economia “periférica”, isto é, setores econômicos tradicionais, de baixa produtividade, que se desenvolvem à parte ou na “periferia” dos setores “ desenvolvidos”. O conceito de periferia diz respeito ao que, em uma sociedade, é secundário, irrelevante e até anormal em relação ao que é central, desenvolvido.
10. Outro conceito importante é o de MARGINALIDADE. O setor tradicional ou marginal é aquele que fica excluído dos processos de desenvolvimento tecnológico e de rápido aumento da produtividade que caracterizam o modelo (capitalista dominante). As nações do Terceiro Mundo: 1- As regiões, populações e setores identificáveis como subdesenvolvidos, arcaicos, tradicionais ou atrasados são parte integrante das novas nações, o que significa que não estão em processo de transformação para formas sociais e econômicas “adiantadas” ou “evoluídas”; 2 – As regiões ou os setores “atrasados” são dominados pelo setor ou região capitalista desenvolvido, o qual se impõe nos processos de independência como representante de toda nação; 3 – Os setores ou regiões “atrasadas” tendem a permanecer como tais, desde que assegurem o desenvolvimento do setor dominante, fornecendo mão de obra barata por meio de migrações internas e imigrações...
11. 4 – As formas tradicionais de vida (economia de subsistência, artesanato, sub-emprego...) tendem a desaparecer quando não representam mais nenhum tipo de fluxo de capital ou mão de obra, como sociedades tribais brasileiras, em franco processo de extinção. 5 – Os setores “atrasados” são remanescentes de um processo de exploração colonialista, contribuindo para a acumulação de capitais nas metrópoles...