Este documento descreve a ruptura entre o estilo Barroco e o Maneirismo na arte. O Maneirismo antecedeu o Barroco e apresentou características mais livres e extravagantes em comparação ao rigor renascentista. Já o Barroco focou mais na emotividade e ilusão, usando efeitos como curvas e luz para criar a impressão de movimento. O documento também discute as diferenças nas características arquitetônicas, esculturais e pictóricas entre os dois estilos.
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Trabalho de história da arte
1. FACULDADE DE ESTUDOS ADMINISTRATIVOS DE MINAS GERAIS FEAD-MG
Marcos Pires Canuto (173969)
HISTÓRIA DA ARTE
Belo Horizonte
2011
2. Marcos Canuto
HISTÓRIA DA ARTE
Trabalho apresentado à disciplina de História da Arte do
curso de graduação em Turismo da Faculdade de
Estudos Administrativos de Minas Gerais.
Orientador: Marcel de Almeida Freitas.
Belo Horizonte
2011
3. DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus por ter me dado vida e saúde, aos
meus pais por ter colocado me no mundo e a você professor, por ter nos
disponibilizado um pouco do seu tempo para nos ensinar a sabedoria através do
seu conhecimento, por isso, fica aqui registrado neste trabalho, o meu
reconhecimento a vocês que nos deram a oportunidade de vencer na vida,
superando os nossos obstáculos, obrigado a todos por fazerem parte de nossas
vidas.
4. “O mais livre de todos os homens é aquele que consegue ser livre na própria
escravidão”.
(François Fénelon)
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo, esclarecer como foi à ruptura do estilo Barroco com
o Maneirismo e mostrar as divergências que existem entre os dois estilos de arte
que teve como protagonista o estilo Barroco que predominou na época da reforma e
contra reforma.
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O Barroco e a ruptura com o Maneirismo
O Maneirismo antecede ao estilo Barroco, mas não se insere num contexto
renascentista, esta Arte entende-se como umas entre as influências renascentistas e
a elaboração de algumas características do Barroco, este é um momento mais livre,
sem as convenções do renascimento que durou apenas trinta anos.
O Maneirismo foi um movimento artístico europeu de referente retomada de
algumas expressões da cultura medieval entre os anos que corresponde a 1515
a1610 (ou 1525 até 1600), o mesmo, caracterizou-se pela centralização no modo de
se fazer arte, levando à procura de efeitos incomuns que já apontam para a Arte
Barroca, como a ampliação das figuras e pontos de vista curiosos, assim, as
primeiras amostras anticlássicas dentro do espírito clássico Renascentista
costumam ser nomeadas de Maneiristas (CRAGOE, 2008). Ele se insere em um
novo contexto histórico, onde aparecem várias tendências ao modo de Da Vinci,
Miguel Ângelo, Botticelli, entre outros.
Na escultura, este estilo apresenta uma frugalidade, contrapondo-se a um
interior extravagantemente decorado com azulejos e coma talha dourada em
escultóricos altares no (caso das igrejas) e nos palácios, predominam as baixelas,
porcelanas e mobiliário, o Maneirismo diz respeito à arte, incluindo a literatura do
período compreendido entre o renascimento Tardio e o Barroco que vai de 1530 a
1620, o mesmo, perde rigor a representação clássica, é mais expressivo e dinâmico
privilegiando a subjetividade, os sentimentos, a sensualidade e o efeito meramente
plástico e decorativo perdendo o rigor anatômico.
Na pintura, esse estilo rompe com os modelos clássicos, culto do bizarro e
individual, com composições complexas e inventivas (não piramidais), com grande
importância dada ao desenho (serpenteado e vigoroso), com dimensões e estilos
eficazes, cromatismos vibrantes e fundos arquitetônicos e paisagens renascentistas;
para estes exemplos, citamos Verão.
O barroco foi uma ruptura com os modos de arte anteriores, pois ele escapava
às exigências da ordem e da harmonia, utilizando recursos visuais como diagonais
curvas e efeitos de luz, que rompia coma ideia renascentista de construção redonda
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e simétrica. O barroco visava atingir os sentidos e não a razão, abusando de
dualidades e contradições, o homem se via dividido entre a fé e a razão.
Este modelo de Arte aparece predominante entre 1618 e 1714, na época
correspondiam ao Antigo Regime, quando se tratava de uma criação de um estado
moderno com estruturas políticas, economias e cultural autônoma afirmada através
de monarquias absolutistas, o Barroco abrange o período da reforma e contra
reforma, o protestantismo (os artistas focavam seu trabalho para uma pintura de
modo burguês) e o catolicismo (tinha artistas que promoviam trabalhos religiosos
que causavam impactos emocionais)
O Barroco se ancorava no absolutismo, onde esta arte servia de propaganda e
reforçava o poder político que durante este período imperavam grandes contrastes
sociais como a aristocracia, o Barroco era consireda uma arte urbana do século
XVII, que tinha como palco em termos religiosos a cidade de Roma, onde o Papa
Sisto V promoveu uma reforma urbanística adequando-se ao estatuto de sua cidade
que tinham como decoração praças jogos d’água e mercados com obeliscos, então
Roma ficou sendo sinônimo de cidade espetáculo.
Versalhes predominou-se em termos políticos, mas há sinais de divergências,
que por um lado a maioria dos países em regimes absolutistas, por outro lado,
alguns países estariam em regimes parlamentares. A Arte Barroca é mais um gosto
do que um estilo, considerada uma arte de ilusão e engano, que mostra aos
distúrbios de seu tempo (guerras, conflitos sociais e religiosos)
Nas esculturas, este estilo nasceu dos contatos com a antiguidade e com o
Renascimento definindo-se em uma arte nova e original em termos decorativos,
imaginativos e fantasistas, a arquitetura se alia a escultura, pintura, jardinagem e
jogos de água criando uma miragem de movimento e de um ambiente maior, o
movimento curvilíneo e o uso de jogo de luz e sombra aguçam uma busca pelo
infinito e reforçam o efeito cênico desejado.
As alterações da arquitetura religiosa foram produzidas pela necessidade de
adaptar as igrejas às requisições impostas pelo concílio de Trento. Plantas de uma
grande distinção formal e ilusionista, baseadas em formas elípticas, curvas ou ovais,
as paredes eram de forma côncava e convexa, adaptada para os desenhos das
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plantas formando paredes ondulantes criando impressão e efeitos luminosos, as
mesmas são cobertas por estuques, pinturas e estábulos em talha dourada, criando
uma ilusão de espaço maior ligando parede e teto.
Quanto à ala da pintura, esta nasceu na Itália, sendo fruto da contra reforma e
do poder régio, a mesma, tem como objetivo captar a fé dos fiéis através da sedução
dos sentidos, daí a atração e o deslumbramento apontado para a emotividade típica
do estilo Barroco. Espelha-se no Renascimento quanto ao equilíbrio e no
Maneirismo quanto às soluções plásticas. No mural, era executada em trompe l’oeil
nas paredes das igrejas e palácios, sendo distinguida pela grandiosidade,
teatralidade, ilusão e movimento aparentando cenograficamente e realidade.
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CONCLUSÃO
O estilo Barroco tem em dados momentos uma grandiosidade como forma de
impressionar pelos seus traçados vistos como formas ilusionistas e de sentido
infinito, este, ao contrário do Maneirismo que se caracterizou pela concentração no
modo de se fazer arte, levando à procura de efeitos incomuns e de extravagância,
um exemplo é a obra de Michelangelo “Davi” que não obedece às proporções
constituídas pelos tratados clássicos nem pelas da natureza, já que as mãos e os
pés são claramente desproporcionais, já o estilo Barroco focou-se em uma arte mais
onde se retratava a arte de duplo sentido ao mesmo tempo em que se vivia a
realidade, já se podia imaginar um cenário de ilusão onde as pinturas retratavam um
lugar com sentido amplo e imaginário.
No entanto, o estilo Barroco causou rupturas com a arte que o antecedeu por
suas tendências que notadamente não eram seguidas por essas artes.
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REFERÊNCIAS
Fontes:
História da Arte, Arte Medieval, do Renascimento e Barroca; Aula 08 Maneirismo e
Barroco.
DUCHER. Robert. Características dos estilos. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
Publicada por Inês em 04h10min PM http://historia-da-arte-zi.blogspot.com/