A exposição Água na Oca apresenta soluções para o uso sustentável de água no dia a dia, abordando temas como reuso doméstico, educação para donos de animais de estimação e lavagem de veículos com menor consumo de água. O objetivo é conscientizar as pessoas sobre pequenas ações que impactam no desperdício desse recurso essencial.
1. Movimento Cyan
na exposição Água na Oca
Apresentado por Marcello Dantas em 30/8/2010
2. Pense diferente
A escassez dos recursos hídricos, a importância de geri-los de forma inteligente e o uso da água no abastecimento
doméstico e na produção de bens estão na ordem do dia. Essas questões podem ser discutidas em escala global, nacional
ou regional. Mas, sem dúvida, o mais importante é que essa reflexão atinja o âmbito individual, com a conscientização de
cada cidadão sobre o consumo sustentável de água. Essa é a chave para produzir não apenas uma mudança de atitudes
frente ao seu uso– entendendo-a como um bem comum a ser empregado com responsabilidade – mas também para
produzir um movimento de cobrança para que corporações e governos tenham a mesma postura.
Na exposição Água na Oca, a proposta é que o Movimento Cyan trabalhe com essa temática partindo de ações cotidianas.
De que maneira é possível “pensar diferente” – e mais, agir diferente – na hora de fazer escolhas dentro de casa, ao passear
pelo bairro ou ao buscar pequenos confortos no dia a dia? A resposta vem em um percurso criado para que o visitante
vivencie e se reconheça em situações habituais de uso de água. Nesse trajeto, é explicitado o impacto negativo de pequenas
ações e alternativas sustentáveis e inteligentes de gastar menos água e continuar vivendo com saúde e conforto.
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6. Reuso doméstico
No primeiro ambiente, o visitante se depara com a inocente imagem de um copo d’água de 200 ml. Por trás dele, no
entanto, surge um volume de 14 litros d’água. Trata-se do consumo relativo à eliminação desse copo pelo homem da
cidade: 14 litros é a quantidade de água limpa utilizada na descarga de vaso sanitário convencional. Logo à frente,
encontra-se uma solução que reaproxima o consumo implicado no copo d’água aos 200 ml iniciais. No banheiro
inteligente ali criado, a água usada na pia e no chuveiro é direcionada à caixa de reservatório do vaso sanitário (sistema
que, além disso, utiliza apenas 6 litros por descarga) – um processo de reaproveitamento da chamada “água cinza”,
perfeitamente adequada para esse uso.
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9. Educação para todos
Em seguida, passa-se ao segundo espaço, em que um lindo cachorro atrai todas as atenções. A sensação de bem-estar que o
animal suscita é rompida ao surgirem informações sobre o consumo de água que ele provoca ao urinar na calçada. Um
“xixi” de 50 ml leva ao uso de 12 a 20 litros na lavagem da superfície suja. A solução apontada nesse caso é a educação
para todos – do cão ao seu dono. Afinal, é esse último quem deve se conscientizar de que ensinar seu animal de estimação
a urinar somente em jardins ou grama é bom para a cidade, para o convívio social e para a manutenção dos recursos
hídricos.
10. Novos hábitos
O terceiro cenário aborda uma situação vivida por toda família que possua um carro. Um automóvel de verdade, todo cheio
de sabão em uma das laterais, remete à costumeira lavagem semanal dos veículos. O hábito não se enquadra em uso de
primeira necessidade, como usar a descarga do vaso sanitário, mas certamente garante conforto aos seus passageiros. Será
possível acomodar bem-estar e uso consciente da água nesse caso? A resposta aparece na outra lateral do carro, que está
“duplamente limpa”. Nesse momento é oferecida a informação de que sua lavagem foi feita utilizando apenas a água de
baldes, reduzindo o consumo de 500 litros (em lavagem com mangueira) para apenas 40 litros. Tanto o veículo, quanto a
consciência de seu dono, assim, ficam limpinhos.
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12. Consciência sobre o volume utilizado
Por fim, completando o pequeno panorama sobre o consumo consciente de água, vemos a imagem de um bebê.
Encantadora, a figura é contraposta a um aglomerado de 35 estádios do Maracanã. A relação entre eles é simples: essa
quantidade de vezes o volume do estádio corresponde à água que a criança consumirá em toda a sua vida. Esse bebê pesado
convida o visitante a uma reflexão que deve acompanhá-lo dali adiante: com uma educação para o consumo consciente é
possível, sim, diminuir alguns Maracanãs da conta dessa criança que acaba de chegar ao mundo. Dependerá dela, mas
também de nós, lutar para que antigos hábitos de desperdício desse bem precioso virem coisa do passado.