2. A redução da morbimortalidade
materna esta diretamente relacionada
ao PN de qualidade e ao acesso no
nível de complexidade, se necessário.
A OMS define como morte materna
a morte de uma mulher durante a
gestação ou até em 42 dias após sua
interrupção.
3. Um desafio relacionado a saúde
materna corresponde às
complicações obstétricas, principal
causa de hospitalização de mulheres
em idade fértil, podendo levar a
eventos mortais evoluindo a
desfechos letais durante a gravidez,
parto e puerpério.
4. Dentre as principais patologias
gestacionais, estão:
1. DHEG
2. PP SINDROMES
3. DPP
HEMORRAGICAS
4. DOENÇA TROFLOBLÁSTRICA
5. RUPREME
5. 1. DHEG
Os distúrbios hipertensivos da
gestação oferecem riscos tanto para a
mãe quanto para o feto, contribuindo para
o aumento da taxa de morbidade materna.
Considera-se HA a ocorrência de PAS
≥140mmHg e PAD ≥ 90mmmHg.
A aferição deve ser feita com a
gestante em repouso, com o diagnóstico
baseado na média de duas aferições, com
intervalo mínimo de 06h e máximo de uma
semana entre si.
6. 1.2. Classificação da DHEG
Ultima classificação (2000), esta
dividido em:
Hipertensão Crônica (HC)
Pré-eclâmpsia (PE)
Eclâmpsia
HC com PE sobreposta
Hipertensão Gestacional
7. 1.2.1. Hipertensão Crônica (HC)
Observada antes da gravidez, ou antes
de 20 semanas de gestação e/ou
persiste após a 12ª semana pós-parto;
Pode evoluir para uma PE.
1.2.2. Pré-eclâmpsia (PE)
Presença de proteinúria ( 300mg de
proteína ou mais em 24h) e HA depois
da 20ª semana;
Edema e ganho de peso não são
critérios para diagnóstico
8. 1.2.2. Pré-eclâmpsia (PE) - cont...
Sinais de iminência: cefaléia, epigastralgia,
dor no hipocôndrio D e alterações visuais;
Esta dividido em
PE leve - PAS < 160mmHg e/ou PAD
<110mmHg, sem sintomas e alterações
laboratoriais
PE grave - PAS ≥ 160mmHg e/ou PAD
≥110mmHg, apresentando pelo menos um ou
mais dos critérios:
PAD ≥110mmHg, proteinúria > 5g/24h ou fita 3+
ou superior, oligúria (< 300ml/12h), sintomas
neurológicos, cefaléia, escotomas,
epigastralgia, alterações hepáticas, edema
pulmonar e trombocitopneia.
9. 1.2.3. Eclâmpsia
Hipertensão gestacional ou PE, com
uma ou mais crise convulsivas tônico-clônicas,
associadas ou não a coma;
Pode ocorrer durante a gestação, TP,
PI;
1.2.4. HC com PE sobreposta
Surgimento da PE em mulheres com
HC ou doença renal que não
apresentam proteinúria antes da 20ª
semana ou seu aumento súbito;
10. 1.2.5. Hipertensão Gestacional
Elevação da PA pela 1ª vez depois da
segunda metade da gestação, sem
proteinúria;
Pode ser a Hipertensão Transitória da
Gravidez ( retorna ao normal até a 12ª
semanas após o parto) ou Hipertensão
Crônica ( PA elevada persiste além de
12 semanas)
11. SINDROME DE HELLP
Variante de um PE, caracterizado por
hemólise, elevação das enzimas
hepáticas, plaquetopenia, apresentando
variação na PA ou proteinúria;
Avaliar a IG – conduta conservadora;
IG entre 24 a 33 semanas – uso de
corticóide (dexametasona ou
betametasona);
IG ≤ 34 semanas – interrupção
Alerta para o desenvolvimento de
falência sistêmica múltipla de órgãos
13. 1.3. Diagnóstico
Baseia na sua classificação dada a
cada tipo.
1.4. Cuidados Gerais na
eclâmpsia
Ambiente tranqüilo;
Decúbito elevado 30º e face
lateralizada;
Oxigenoterapia (5l/min)
Punção de veia central ou calibrosa;
Cateter vesical continuo.
14. 1.5. Tratamento
Anticonvulsivante
- Droga de escolha – SULFATO DE
MAGNÉSIO
- DOSE DE ATAQUE – 5g diluídos em
100ml de solução glicosada ou salina,
infundidos lentamente (15min) ou 5g
(10ml a 5%), IM em cada nádega;
- DOSE DE MANUTENÇÃO – 1g/h (10ml
a 50% com 490ml de SG 5% a 100ml
em bomba de infusão ou 33gts/min por
24h ou 5g (10ml a 5%), IM de 4/4h.
15. 1.5. Tratamento (cont.)
Anticonvulsivante
- Cuidados: diurese ( ≥ 300ml), reflexos
patelar, FR ( ≥ 14 rpm), gluconato de
cálcio 10%.
Anti-hipertensiva
- NIFEDIPINO – 10mg/VO, 30/30min até
dose máxima de 30mg, S/N;
- HIDRALAZINA 20mg/1ml – diluir 1amp
com 19ml de AD. Iniciei com 5ml IV, com
intervalos de 20min ate a PA baixar ou
atingir no máximo de 20mg
16. Crise Hipertensiva
PA ≥ 160 x 110 mmHg
Hidralazina 5 mg EV
Repetir 5-10mg 20/20
min até 40 mg/dia
Não Melhora
Nifedipina 5-10mg VO
Repetir 10mg cada 30min
até 30 mg
Não Melhora
Nitroprussiato de Sódio
0,25mg/Kg/min.
Cuidados especiais
17. Cuidados de enfermagem
Objetivos da assistência à paciente e
intervenções da enfermagem:
1 -Análise e registro dos sinais vitais – maternos e
fetais;
2 - Observação e alerta da evolução e manifestações
clínicas como escotoma, epigastralgia, visão turva;
3 - Controle rigoroso do balanço hídrico;
4 - Farmacoterapia de acordo com os protocolos
estabelecidos;
5 - Observar os efeitos de toxidade do sulfato de
magnésio – rubefação, cefaléia, depressão
respiratória;
6 - Proporcionar ambiente tranqüilo e na penumbra;
7 - Preparação pré-operatória para uma eventual
cesareana;
8 - Cuidados pós-operatórios
22. 2. PLACENTA PRÉVIA
Diagnostico:
Clinico – sangramento vermelho vivo, indolor,
inicio súbito, intermitente e progressivo, exame
especular, BCF +, utero indolor, tonos uterino
normal
NÃO REALIZAR TOQUE VAGINAL
Ultrasson – US – transvaginal (mais indicado)
Conduta:
PN – encaminha a um centro de referência ; suplementação de ferro, exames laboratoriais –
tirar depois q aprender
Gestação <37 semanas – repouso, uso
de corticóides, avaliação fetal, exames
laboratoriais
Interrromper a gestação caso haja comprometimento fetal,, materno, sangrmaneto profundo, maturidade fetal a
partir das 35s, TP
23. 2. PLACENTA PRÉVIA
Gestação >37 semanas – casárea (
sangramento abundante, BCF
comprometidos, PP total ou parcial) ou
vaginal ( sangramento discreto, BCF
bons, placenta marginal ou lateral)
• Complicações –
Acretismo Placentário:
interromper até 35ª
semanas, pode levar
a histerictomia.
24. 3. DPP
Separação da placenta da parede
uterina, antes do parto, em gestações
acima de 20ª;
Causas – DHEG, trauma abdominal,
tabagismo, cocaína, DPP anterior,
cordão curto, gemelaridade;
Manifestações – dor abdominal, STV
quantidade variável, hipertonia uterina,
BCF alterados;
Diagnostico – clinico, sendo auxiliado
na USG e laboratoriais.
25. Cuidados de enfermagem
Objetivos da assistência à paciente e
intervenções da enfermagem:
1- Determinar a extensão da perda
sanguínea: história do inicio do
sangramento, duração, quantidade e
sintomas associados;
2 - Controlar os sinais vitais materno e
fetal;
3 - Proporcionar reposição
sanguínea;
4 - Minimizar as possibilidades
de sangramento adicional;
5 - Reduzir a ansiedade.
27. 3. DPP (cont...)
Quadro clínico ( classificação conforme
Sher):
DPP Grau I – descolamento discreto
sem manifestações clínicas
achado ocasional
DPP Grau II – clássico feto vivo
DPP Grau III A – feto morto sem
CIVD
DPP Grau III B – feto morto com
CIVD
32. Descolamento prematuro placenta e
CIVD
( Coagulação Intravascular
Disseminada)
CIVD:
- Caracterizada pela ativação
exarcebada da coagulação ,
ocasionando a formação e deposito de
fibrinas na microcirculação;
- Compromete: fluxo sanguíneo para
diversos órgãos e isquemia tecidual;
33. Cuidados de enfermagem
Objetivos da assistência à paciente e
intervenções da enfermagem:
1 - Punção venosa em veias de grosso
calibre;
2 - Ágil e oportuna administração de
líquidos prescritos;
3 - Exame físico;
4 - Verificação constante de sinais vitais;
5 - Cateterismo vesical de demora;
6 - Monitorização da freqüência cardíaca
fetal;
7 - Manter oxigenação adequada
34. 1.4. Doença Trofoblástica
Gestacional
São quaisquer blastomas originários do
tecido de revestimento das vilosidades
coriais (trofoblasto).
Fatores: idade materna (maior que 45
anos ou menor que 18 anos), historia
reprodutiva, dieta e nutrição, outros
fatores.
Classificação: Mola hidatiforme
completa (MHC); Mola hidatiforme
parcial (MHP) , Mola invasora (MI).
35. 1.4. Doença Trofoblástica
Gestacional
MHC – degeneração das vilosidades
coriais, podendo ser confundida com a
mola parcial, ausência de partes fetais,
e proliferação do trofoblasto difusa e
circunferencial;
MHP – degeneração distintas das
vilosidades (uma normal e outra com
degeneração), proliferação do
trofoblasto focal e leve, e presença de
partes fetais;
MI – presença de vesículas na
intimidade do miométrio nos espaços
39. 1.4. Doença Trofoblástica
Gestacional
Quadro clínico: sangramento vaginal
abundante e irregular, 1º trimestre/início do
2º, pouca dor ou indolor, elimina vesículas
(MHC), hiperêmese gravídica, pré-eclâmpsia
antes 1/2 gestação, aumento uterino
superior ao esperado pela IG, ausência de
BCF, Emissão de vesículas (não muito
comuns).
sinais/sintomas metastáticos:
- vagina = sangramento, massa endurecida
- pulmão = dispnéia, tosse, hemoptise
- gastrointestinal (raro) = sangramento retal
- cérebro = cefaléia, sintomas neurológicos
40. 1.4. Doença Trofoblástica
Gestacional
Diagnóstico: US - aspecto vesicular(em
cachos de uva), dosagem de beta-hCG
(maior do que a esperada para idade
gestacional), laparoscopia;
Conduta:
- Medidas Gerais: avaliar complicações
(anemia, PE, IRA), solicitar exames de
rotina, profilaxia da isoimunização
materna.
- Medidas Especificas: esvaziamento
uterino, AMIU, indução com
misoprostol procedendo com
curetagem, e histerectomia (s/n).
41. Cuidados de enfermagem
Objetivos da assistência à paciente e
intervenções da enfermagem:
1 - Monitorar o sinais vitais maternos;
2 - Avaliar a quantidade e o tipo de
sangramento vaginal (observar a
presença de qualquer outra secreção
vaginal);
3 - Palpar a altura do útero, quando acima
do umbigo medir o fundo do útero.
4 - Mantendo a volêmia;
5 - Manter um acesso venoso;
6 - Avaliar os SSVV maternos;
7 - Monitorar os resultados laboratoriais
para avaliar o estado da paciente.
42. 1.4. Doença Trofoblástica
Gestacional
OBS:
Com o diagnostico de DTG, há um risco
de Carcinoma ou tumor trofóblastico, e
para assegurar a remissão da doença,
as portadoras devem ser monitoradas
( acompanhamento clinico, US,
monitoramento laboratorial,)
Dosagem de beta-hCG semanalmente até negativar por três determinações consecutivas.
Posteriormente, há cada 3 meses por 1 ano.
Proibir gravidez durante um ano.