O documento resume a história, os princípios e as divisões internas do Islão. Ele descreve a origem do Islão na Arábia e os ensinamentos de Maomé, incluindo os Cinco Pilares e os locais sagrados como Meca e Medina. Também explica as principais divisões entre sunitas e xiitas e outros grupos menores dentro do Islão.
1. Escola Básica 2,3 Infante D. Henrique Ano lectivo 2010/2011 Islamismo Disciplina:E.M.R.C. Professora:Aida Morais
2. Situação Histórico-Geográfica O Islão nasceu na Arábia, numa região marcada pelo deserto. Os árabes viviam em sociedades tribais, compostas por várias clãs que agrupavam famílias alargadas. Algumas tribos eram sedentárias, outras nómadas. As guerras entre tribos eram constantes. Do ponto de vista religioso, os árabes eram politeístas e adoravam sobretudo divindades na forma de árvores ou pedras. Os seus rituais religiosos passavam pelo sacrifício de animais, por jejuns e por peregrinações.
3. Símbolos do Islão O símbolo por excelência do Islão é o hilal, também chamado crescente. Em muitas correntes do Islão, é proibido fazer representações ou desenhos de seres humanos, portanto a arte desenvolveu-se em formas geométricas, flores, folhagens, palavras. É o chamado estilo arabesco, caracterizado pela harmonia da repetição.
4. Textos Sagrados Os ensinamentos de Alá estão contidos no Alcorão - Livro sagrado do islamismo, o Alcorão (recitação) é revelado a Maomé pelo arcanjo e redigido ao longo dos cerca de 20 anos de sua pregação. É fixado entre 644 e 656 sob o califado de UthmanibnAffan: são 6.226 versos em 114 suras (capítulos). Traz o mistério do Deus-Uno e a história de suas revelações de Adão a Maomé, passando por Abraão, Moisés e Jesus, e também as prescrições culturais, sociais, jurídicas, estéticas e morais que dirigem a vida individual e social dos muçulmanos.
5. Os cinco pilares do Islão Os cinco pilares do Islão (em árabe أركان الإسلام ) é o nome dado aos cinco principais atos exigidos do Islão, sendo que este termo não é usado no islamismo xiita. Os cinco pilares são: Professar e aceitar o credo (Chahada ou Shahada); Orar cinco vezes ao longo do dia (Salá, Salat ou Salah); Pagar dádivas rituais (Zakat ou Zakah); Observar as obrigações do Ramadão (Saum ou Siyam); Fazer a peregrinação a Meca (Hajj ou Haj).
6. Calendário, rituais e espiritualidade O calendário islâmico (também denominado calendário hegírico em função da sua origem remontar à Hégira ou migração dos primeiros muçulmanos de Meca para Medina em 622d.C.) segue o ano lunar, que é cerca de onze dias mais curto que o solar. Consequentemente, as comemorações muçulmanas acabam por circular por todas as estações de ano. As duas comemorações do Islão são o Eidul-Fitr, que celebra o fim do jejum do Ramadão, e o Eidul-Adha, que marca o fim da peregrinação a Meca (Hajj). O dia 10 do mês de Muharram (o primeiro mês do calendário islâmico) é um dia de particular importância para os muçulmanos xiitas. Neste dia, comemora-se o martírio do terceiro imã xiita, Hussein, morto em Karbala, em 680, por aqueles que os xiitas consideram usurpadores da liderança da comunidade muçulmana. No início deste mês, as pessoas envolvem-se em actividades como ouvir contadores de histórias relatar o martírio de Hussein ou assistir a peças de teatro que pretendem reconstituir os acontecimentos. O dia é marcado com procissões, que incluem actos de autoflagelação como bater no peito ou cortar-se com uma lâmina (os membros do clero xiita desencorajam essas práticas).
7. Calendário, rituais e espiritualidade Outras comemorações populares incluem o Mawlid, que celebra o aniversário de Maomé (12 do mês de Rabi al-Awwal), A Noite da Ascensão (Laylatal-Micraj, no dia 27 de Rajab), quando se recorda o dia em que Maomé subiu ao céu para dialogar com Deus, e A Noite do Poder (Laylatal-Qadr, na noite do 26 para 27 do mês do Ramadão), que marca o aniversário da primeira revelação do Alcorão e durante a qual muitos muçulmanos acreditam que Deus decide o que acontecerá durante o ano.
8. Lugares Sagrados A Caaba ("O Cubo"), um edifício situado dentro da mesquita principal de Meca (AlMasjidAl-Haram), na Arábia Saudita, é o local mais sagrado do Islão. De acordo com o Alcorão, ela foi construída por Abraão (Ibrahim) para que todas as pessoas fossem ali celebrar os ritos da Hajj. No tempo do profeta Maomé, o monoteísmo instituído por Abraão tinha sido corrompido pelo politeísmo e pela idolatria. Segundo o islamismo, Maomé não procurou fundar uma nova religião, mas antes restabelecer o culto monoteísta que existia no passado. Uma vez que o Islão se identifica com a tradição religiosa do patriarca Abraão, é por isso classificado como uma religião abraâmica.
9. Lugares Sagrados AlMasjidAl-Haram, em Meca, considerada o maior centro de peregrinação do mundo. O segundo local sagrado do islamismo é Medina, cidade para a qual Maomé e os primeiros muçulmanos fugiram (num movimento conhecido como Hégira), e onde se encontra o seu túmulo. A cidade de Jerusalém é o terceiro local sagrado do Islão.
10. Diversidade no Islão: Xiitas e Sunitas Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos, os sunitas e os xiitas. Essas tendências surgem da disputa pelo direito de sucessão a Maomé. A divergência principal diz respeito à natureza da chefia: para os xiitas, o líder da comunidade (imã) é herdeiro e continuador da missão espiritual do Profeta; para os sunitas, é apenas um chefe civil e político, sem autoridade espiritual, a qual pertence exclusivamente à comunidade como um todo (umma). Sunitas e xiitas fazem juntos os mesmos ritos e seguem as mesmas leis (com diferenças irrelevantes), mas o conflito político é profundo. Sunitas - Os sunitas são os partidários dos califas abássidas, descendentes de all-Abbas, tio do Profeta. Em 749, eles assumem o controle do Islã e transferem a capital para Bagdá. Justificam sua legitimidade apoiados nos juristas (alim, plural ulemás) que sustentam que o califado pertenceria aos que fossem considerados dignos pelo consenso da comunidade. A maior parte dos adeptos do islamismo é sunita (cerca de 85%). No Iraque a maioria da população é xiita.
11. Diversidade no Islão: Xiitas e Sunitas Xiitas - Partidários de Ali, casado com Fátima, filha de Maomé, os xiitas não aceitam a direção dos sunitas. Argumentando que só os descendentes do Profeta são os verdadeiros imãs: guias infalíveis em sua interpretação do Corão e do Suna, graças ao conhecimento secreto que lhes fora dado por Deus. São predominantes no Irã e no Iêmen. A rivalidade histórica entre sunitas e xiitas se acentua com a revolução iraniana de 1979 que, sob a liderança do aiatoláKhomeini (xiita), depõe o xá Reza Pahlevi e instaura a República islâmica do Irã. Outros grupos - Além dos sunitas e xiitas, existem outras divisões do islamismo, entre eles os zeiitas, hanafitas, malequitas, chafeitas, bahais, sunitas, hambaditas. Algumas destas linhas surgem no início do Islã e outras são mais recentes. Todos esses grupos aceitam Alá como deus único, reconhecem Maomé como fundador do Islamismo e aceitam o Corão como livro sagrado. As diferenças estão na aceitação ou não da Suna como texto sagrado e no grau de observância das regras do Corão.
12. Trabalho Realizado por: Alexandre Moreira nº 1 ,7ºA Diogo Oliveira nº6, 7ºA Emanuel Guerra nº7 , 7ºA Inês Costa nº12 , 7ºA Joana Sequeira nº14 , 7ºA Ano lectivo 2010/2011