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                 Bibliotecas Escolares e a Web 2.0


                                      Unidade 4

                            Partilha de conteúdos

Palavras-chave
Aprendizagem colaborativa
Escrita colaborativa
Google Docs
Wikis
Podcast
Vodcast
Prezi
Podomatic
Jing


Introdução

Nesta sessão iremos entrar no âmago do conceito de Web 2.0 e começaremos a dar os nós de
todas as pontas que fomos deixando soltas ao longo desta formação.
Relembremos de novo o que escrevemos no documento de introdução à temática da primeira
sessão - A Web 2.0 potencialidades para as Bibliotecas Escolares “Embora o termo [Web 2.0]
sugira a existência uma nova versão da Web, ele não se refere tanto à actualização nas suas
especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como a Internet é
encarada por utilizadores e desenvolvedores. “ Na altura, acrescentámos ainda que
“Na base da Web 2.0 está a participação dos utilizadores: eles acrescentam valor
à rede, o serviço melhora quanto mais pessoas o usam, qualquer utilizador pode criar
conteúdos e avaliar os que encontra (ratting).




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                                            Pode‐se visualizar a Web 2.0 como um conjunto
                                           de princípios e práticas que interligam uma rede
                                           de sítios e serviços com os quais os utilizadores
                                           interagem e aos quais acrescentam valor. Se antes
                                           a Web era estruturada por meio de sítios que
                                           disponibilizavam conteúdo on‐line, de maneira
                                           estática, sem oferecer a possibilidade de
                                           interacção aos internautas, agora é possível criar
                                           uma conexão por meio das comunidades de
                                           utilizadores com interesses em comum. Muitos
                                           destes sítios tornaram‐se verdadeiros aplicativos
                                           (ex. Google, que disponibiliza processador de
                                           texto, gestor de correio, folha de cálculo,
                                           apresentação electrónica, agenda, agregador de
                                           conteúdos, etc.). As suas funcionalidades, a
                                           maioria das quais de acesso gratuito e “user
friendly”, possuem a sofisticação de softwares que antes apenas tínhamos no disco rígido do
computador. “

Importa ainda rever o que foi escrito sobre redes e o seu poder na sessão dos Micro blogues
“A disponibilização, nas Redes informáticas e a sua introdução nas escolas veio contribuir para
que a natureza do ensino se modificasse. Em comparação com o ensino tradicional, acima
caracterizado, as Redes apresentam segundo Serra (1998 : 130) as seguintes vantagens:
“‐ Representam uma forma mais atractiva de aceder ao saber, na medida em que, por um
lado, combinam trabalho e lazer, informação e entretenimento, e, por outro lado, propõem
uma abordagem interactiva, em que o "leitor" se transforma em "utilizador";
‐ Promovem a passagem da memorização pura e simples à pesquisa, selecção e organização
da informação, fazendo com que a educação se torne auto‐educação, centrada na actividade e
na criatividade do aluno;
‐ Facilitam o alargamento do campo da auto‐educação a toda a vida, tornando‐se educação
permanente;
‐ Deixam antever a passagem de um saber fragmentário, unilateral e linear, a um saber
sintético e cumulativo (combinando todo o saber, em todas as suas formas, acerca de todos os
temas), multilateral (pondo em confronto imediato os vários pontos de vista e tradições
culturais) e não linear (hipertextual); dão azo a que utilizadores com diferentes graus de
conhecimento tenham acesso diferenciado ao saber.
As Redes permitem assim, a priori, satisfazer os princípios fundamentais do ensino‐
aprendizagem exigidos numa "sociedade de conhecimento", e que Barbara Lepani resume nos
oito seguintes: aprendizagem permanente, aprendizagem auto-dirigida, aprender a
aprender, aprendizagem contextualizada, aprendizagem adaptada às necessidades do
aprendiz, aprendizagem transformadora, aprendizagem cooperativa e aprendizagem em
tempo real Just-in-time).”

Estas novas formas de aprender e ensinar em rede pode ser melhor visualizadas e
consciencializadas no pequeno vídeo que pode aceder aqui: http://www.youtube.com/watch?
v=MpIOClX1jPE&feature=player_embedded




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   1. Aprendizagem colaborativa

Podemos definir aprendizagem colaborativa como um conjunto de métodos e técnicas de
aprendizagem para utilização em grupos estruturados. Cada membro do grupo é responsável
pela sua aprendizagem e pela dos restantes elementos, significando que todos os membros
interagem e todos contribuem para o êxito da actividade. As práticas colaborativas
proporcionam aprendizagens directas, encorajam a auto-reflexão, fazendo circular muito mais
informação. A troca e a partilha de experiências faz aumentar de forma significativa a
quantidade de soluções e ideias e aumenta a necessidade de responder às questões e desafios.
A colaboração pode ser a solução para a resolução de alguns problemas da escolaridade
contemporânea e para uma mudança educativa e organizacional (Hargreaves, 1998).
A investigação tem demonstrado inúmeras vantagens da aprendizagem colaborativa e da sua
utilização em ambientes de aprendizagem:

Em relação ao grupo:
   • Possibilita alcançar objectivos qualitativamente mais ricos, resultantes de propostas e
       soluções de vários alunos do grupo;
   • Aprender partilhando permite que os alunos se integrem na discussão e tomem
       consciência da sua responsabilidade no processo de aprendizagem;
   • Incentiva os alunos a aprender entre eles, valorizando os conhecimentos dos outros,
       tirando partido das experiências de aprendizagem de cada um;
   • Permite uma maior aproximação entre os alunos e uma maior troca activa de ideias no
       seio dos grupos, faz aumentar o interesse e o compromisso entre eles;
   • Transforma a aprendizagem numa actividade social;
   • Aumenta a satisfação pelo próprio trabalho.

Em relação ao indivíduo:
   •Aumento de competências sociais, de interacção e comunicação;
   •Incentiva o desenvolvimento do pensamento crítico e a abertura mental;
   •Permite conhecer diferentes temas e adquirir nova informação;
   •Reforça a ideia que cada aluno é um professor (a aprendizagem como diálogo activo entre
   professores alunos);



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   •Diminui os sentimentos de isolamento e de temor à crítica;
   •Aumenta a segurança em si mesmo, a auto-estima e a integração no grupo;
   •Fortalece o sentimento de solidariedade e respeito mútuo, baseado nos resultados do
   trabalho em grupo.

Os espaços colaborativos têm assim inúmeras vantagens que podem e devem ser aproveitadas
em contexto educativo. Como já vimos anteriormente, a Web 2.0 potencia o trabalho
colaborativo e disponibiliza imensos espaços de colaboração que permitem a criação conjunta
e a partilha de trabalhos e actividades on‐line. Podemos criar, editar e partilhar documentos de
texto, folhas de cálculo, apresentações. Hiperligações, conceitos, projectos de trabalho e
imagens. Podemos aceder e editar os documentos referidos a partir de qualquer lugar, através
de um computador ligado à Internet. Todo o trabalho produzido está sempre disponível on‐
line.
O Google Docs e o Wikispaces são exemplos de plataformas on‐line de trabalho colaborativo.

   1.1. Google Docs

O Google é uma das maiores empresas mundiais. Com mais de 16 000 trabalhadores e um
património líquido superior a 22 000 milhões de dólares, a empresa foi fundada em 1998 por
Larry Page e Sergey Brinv quando ainda eram estudantes de Doutoramento na Universidade de
Stanford. Tem sede em Mountain View na Califórnia (Googleplex), tendo sido eleita várias
vezes pela revista Fortune como o melhor local para se trabalhar. As suas principais áreas de
negócio envolvem publicidade on‐line e em dispositivos móveis através do seu motor de
pesquisa e das suas ferramentas de comunicação, partilha e publicação.
Entre as ferramentas Web 2.0 disponibilizadas pelo Google estão o Google Sites (criação de
websites), o Docs (processador de texto, folha de cálculo e criador de apresentações), o
Calendar (agenda), o Blogger (blogue), o Orkut (rede social), o Picasa (partilha de fotos) e o
YouTube (partilha de vídeos), entre outros.
O Google Docs reúne numa única ferramenta um processador de texto, uma folha de cálculo e
um criador de apresentações. Na sua origem estão duas ferramentas: o Writely da Upstartle e
o Google Spreadsheets. Uma das principais particularidades desta ferramenta está no facto de
os ficheiros poderem ser partilhados, abertos e editados por múltiplas pessoas ao mesmo
tempo (aparentemente um máximo de 11 simultaneamente). Franklin e Van Harnelen (2007)
destacam a potencialidade desta ferramenta para o trabalho colaborativo na Web, bem como
a sua utilidade na criação de trabalhos de design e dão como exemplo a criação de um
panfleto comercial por estudantes de arquitectura e design de interiores de diferentes
universidades. Alexander (2006) refere também a sua potencialidade para suportar projectos
colaborativos em cursos onde a escrita é intensiva.
Entre as ferramentas que apresentam um serviço semelhante ao Google Docs estão o ZoHo
Work Online , o ThinkFree e mais recentemente a própria Microsoft com o Windows live.

   1.2. Wikis
O conceito de software social baseia-se na utilização de ferramentas on-line que possibilitam
uma aprendizagem partilhada, mas mantendo o controlo individual sobre o tempo, espaço,
actividades, identidade e relacionamento. Regra geral, as tecnologias que servem de suporte a
este tipo de instrumentos não foram desenvolvidas de raiz para fins educacionais, mas foram
utilizadas e adaptadas consoante as necessidades.




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Partilha de conteúdos

Os Wikis, bem como os blogues, os podcasts e os bookmarks sociais, entre outros, são
exemplos de utilização de ferramentas cujo objectivo é a disponibilização e partilha, com
maior ou menor possibilidade de colaboração, de conteúdos.
A tecnologia dos Wikis foi inventada pelo programador Ward Cunningham em 1995, que
desenvolveu este conceito ao chefiar uma equipa pluridisciplinar com vista à partilha e edição
colaborativa de documentos, possibilitando assim a sua constante actualização bem como a
eliminação da duplicação de ficheiros e das suas múltiplas versões. A palavra «Wiki» vem do
havaiano e significa «rápido». Ao contrário de outros programas, que têm uma grande curva
de aprendizagem, a concepção dos Wikis tem como base de desenvolvimento a noção de que
a simplicidade de uso potencia o número de utilizadores. Esta característica rapidamente
fidelizou um elevado número de utilizadores que, com o seu contributo, de uma forma rápida
e espontânea, fizeram aumentar exponencialmente a quantidade de informação relevante.
Um wiki é pois sítio Web colaborativo que pode ser editado por vários utilizadores. Os
utilizadores de um wiki podem criar, editar, apagar ou modificar o conteúdo de uma página
Web, de uma forma interactiva, fácil e rápida – através de um navegador, e utilizando funções
simples de formatar, criar hiperligações, adicionar conteúdo multimédia, etc., – conservando
um historial de mudanças que permite recuperar de maneira simples qualquer estado anterior
da página. Quando alguém edita uma página wiki, as alterações aparecem imediatamente na
Web, sem passar por nenhum tipo de revisão prévia. Estas facilidades fazem de um wiki uma
ferramenta efectiva para a escrita colaborativa.
O Wiki mais conhecido é a Wikipedia, a maior enciclopédia on‐line. A Wikipedia tem
aproximadamente 5 milhões de artigos; em comparação, a Enciclopédia Britânica tem apenas
100 mil. Há artigos em mais de 200 línguas, estando a maior parte deles disponíveis para
alteração, correcção e actualização on-line.
A fiabilidade dos conteúdos é garantida com a colaboração de milhares de voluntários, que
não só criam conteúdos como monitorizam a criação de novos artigos e a alteração dos já
existentes.
Ao contrário do nosso modo de organização conceptual, os Wikis têm uma forma muito
particular de organizar a informação. Uma vez que não existe uma hierarquia predefinida,
neste sistema toda a informação está ao mesmo nível de importância. Os artigos não se
organizam em «árvore» mas sim todos ao mesmo nível, podendo ter todo o tipo de conteúdos,
texto, imagem, vídeo...

Para reflexão: Que tipos de utilização na Biblioteca poderiam ter as Wikis ou o Google docs?



   2. A partilha de conteúdos
A ideia base de um sistema de partilha de conteúdos é muito simples: os utilizadores fazem o
upload dos seus trabalhos ou constroem-nos numa página Web e o sistema converte-os num
objecto flash. Dessa forma esse mesmo ficheiro pode ser compartilhado e inserido em
qualquer página Web (através de um código html) sendo que nem é necessário que o
destinatário tenha qualquer tipo de software específico instalado no seu computador pessoal à
excepção de um navegador na Net com flash instalado.

   2.1. – Falar e ouvir: o podcast



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Partilha de conteúdos

Nota: Nesta formação apenas se irá usar o audacity para produzir o ficheiro áudio e o
podomatic para o publicar online

Podcast é a publicação de conteúdos áudio na Internet, que, a través da subscrição “Feeds /
                       RSS”, ficam disponíveis para serem descarregados para agregadores,
                       como o itunes, ou para outros dispositivos móveis como telemóveis,
                       Ipods, etc., possibilitando a sua audição em qualquer lugar e em
                       qualquer momento.

                       Segundo a Wikipédia, Podcast é o nome dado ao arquivo de áudio
                       digital, geralmente em formato MP3 ou AAC (este último pode conter
                       imagens estáticas e links), publicado através de podcasting na internet
                       e actualizado via RSS que permite a sua subscrição e usar um
programa que o descarrega da Internet para que o utilizador o escute na altura em que deseje,
geralmente num leitor portátil.

A palavra é uma junção de Pod ou de "Personal On Demand" (numa tradução literal, algo
pessoal e sob demanda) e broadcast (transmissão de rádio ou televisão). O podcast em vídeo
chama-se "videocast", geralmente em arquivo formato MP4.
O termo "podcast" foi sugerido pela primeira vez num um artigo do jornal britânico The
Guardian em 12 de Fevereiro de 2004, para descrever a possibilidade de escutar rádio em
diferido em aparelhos portáteis
O "podcast" surge então como um novo recurso tecnológico, um canal de comunicação
informal de grande utilidade, que permite a transmissão e distribuição de noticias, áudios,
vídeos e informações diversas na Internet, o que contribui para a disseminação da informação
de maneira fácil, rápida e gratuita na maior parte das vezes.

No âmbito da Web 2.0, através de servidores de podcast a produção de documentos áudio (à
semelhança de outras ferramentas apresentadas nesta sessão) revela-se cada vez mais
acessível ao utilizador corrente da Internet, sem que este precise de elevadas competências
técnicas ou seja dispendiosa pois um mero conjunto de headphone com microfone ou mesmo
um microfone incorporado nos mais recentes computadores portáteis já garantem uma boa
qualidade de som.

Como em muitos outros temas, está disponível um interessante vídeo de The commocraft
in plain english sobre podcasting, http://www.commoncraft.com/podcasting

Por ser bastante completo e esclarecedor sobre podcast e ferramentas de produção e partilha
áudio, aconselhamos o aprofundamento do tema no texto de leitura obrigatória
disponibilizada na plataforma de formação Podcast e a utilização do Audacity

Alguns dados

Sem esquecer que existem importantes obstáculos para a plena implantação destes
conteúdos digitais, especialmente o lento crescimento da banda larga, os direitos de autor,
o peso excessivo, a dicção do autor, etc. Há muitas emissoras de rádio que já guardam em
podcast os seus programas, sendo um bom exemplo, em Portugal, a Antena 1.




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Podcasts em bibliotecas

O Podcast pode ser utilizado na biblioteca segundo dois pontos de vista.

   •   Bibliotecas como receptoras de podcast, dando acesso aos seus OPACS ou serviços
       de referência. Deste modo, os podcasts são tratados como mais uma fonte de
       informação.
   •   Bibliotecas que oferecem podcast aos utilizadores. Eis una listagem de bibliotecas
       que emitem podcasts para os seus utilizadores, nos Estados Unidos.

A British Library oferece arquivos sonoros de autores em formato podcast, a Universidade
de Ohio oferece um curso para a formação de utilizadores através de podcast através do
seguinte hiperligação: Guia da biblioteca da Universidade de Ohio. E esta biblioteca pública
de Cheshire, oferece uma Revista sonora sobre autores dirigida a adolescentes.

Para reflexão: Utilizam este tipo de serviços? E que aplicações podem eles ter para as
bibliotecas e para a educação? Conhecem algum exemplo de utilização no nosso país?
Será que as nossas Bibliotecas não podiam alargar o seu espaço de produção no sentido
de integrarem estas ferramentas?

2.2. O Vodcast

                        Segundo a Wikipédia, Vodcast é um método de distribuição de
                        vídeos pela Internet ou por uma rede de computadores que utiliza
                        as ferramentas desenvolvidas no podcast para criar uma lista de
                        vídeos em forma de streaming e que se actualiza automaticamente,
                        conforme novos vídeos são inseridos em uma página da internet. O
                        método foi desenvolvido por uma empresa holandesa chamada Jet-
                        Stream, ao perceber que o podcast também poderia indicar a
                        direcção de arquivos chamados reference movies, que servem para
                        redireccionar o espectador para um streaming de vídeo. Vodcast é
                        derivado da união dos termos vídeo on demand (vídeo sob
demanda) e podcast. Vodcast também é sinónimo de podcast de vídeo, não importando se em
streaming ou não.



2.2.1. A partilha de vídeos – O Youtube
Em 2005, Steve Chen, Choad Hurley e Jawed Karim criaram o serviço Youtube que permite que
os seus utilizadores carreguem, assistam e compartilhem vídeos em formato digital. Estima-se
que a cada dia que passa sejam colocados no YouTube cerca de 65000 novos arquivos de vídeo
digital para quem o quiser visualizá-lo (dados de 2008)

Em 2006 o YouTube foi comparado pelo Google e nesse mesmo ano a revista americana Time
(edição de 13 de Novembro de 2006) elegeu o YouTube a melhor invenção do ano por, entre




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Partilha de conteúdos

outros motivos, “criar uma nova forma para milhões de pessoas se entreterem, se educarem e
se chocarem de uma maneira como nunca foi vista”.

O YouTube, à semelhança de muitos outros serviços Web, utiliza o formato Macromedia Flash
para disponibilizar o conteúdo (excerto de filmes, programa televisivos, videoclipes,...) desde
que este não esteja sujeito a copyright ou exceda os 100 MB.
O material encontrado no YouTube pode ser disponibilizado em blogues e sítios pessoais
através da cópia do código HTML.

Pode-se aceder ao YouTube de forma anónima de modo a ver ou a pesquisar filmes que nos
podem interessar ou através de um login (com nome de utilizador e palavra passe) que nos
permitirá partilhar os nossos vídeos junto da comunidade Web.

Um utilizador registado tem ainda a vantagem de poder colocar etiquetas (tags) para
descrever o conteúdo de um filme. Pode ainda seleccionar filmes como favoritos, compartilha-
lhos via e-mail ou em páginas Web, comentá-los, etc.

Exemplos de bibliotecas que colocam vídeos no YouTube.

Embora correndo o risco de sermos injustos, podemos afirmar que a maioria das bibliotecas
portuguesas não usam o YouTube ou usando-o, não o fazem de uma forma educativa, ligando-
o às aprendizagens dos alunos. Não têm um canal youtube, não publicam os seus próprios
filmes no youtube. No entanto, sabemos que há por aí boas práticas. A título de exemplo,
apresentamos uma lista de bibliotecas que tentam fazer uso das potencialidades do YouTube
para a promoção da Biblioteca.

Será que estamos a ser injustos? Conhecem outras Bibliotecas que façam um uso do YouTube
diferente daquele que seja apenas divulgar actividades realizadas pela biblioteca?

2.2.2. Ferramentas para a produção de vodcast

Existem múltiplas ferramentas disponíveis para a produção de vodcast como o voicethead por
exemplo. Das nossas “andanças” pelas Bibliotecas escolares e por múltiplos ambientes de
formação, constatamos que uma grande maioria das Bibliotecas não usa o Windows movie
maker que, para além de ser gratuito, é extremamente fácil de usar. Em poucos minutos
podem-se fazer filmes narrados a partir de fotografias. Já imaginaram as potencialidades para
a educação de os alunos produzirem esses pequenos filmes na biblioteca (a partir de fotos
tiradas numa visita de estudo por exemplo) e os colocarem posteriormente no canal youtube
da biblioteca constituindo material de aprendizagem?

2.2.3. O Jing




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Partilha de conteúdos

Esta será a ferramenta com que iremos trabalhar durante a sessão online. Caso ainda não
tenha instalado o Jing no seu computador faça download a partir do seguinte endereço http://
www.techsmith.com/jing/ e proceda à sua instalação.

O Jing é especialmente adequado para a construção de tutoriais, quer através da captura de
ecrãs para tutoriais em papel ou para tutoriais online a partir da narração áudio
complementar. Estes tutoriais online podem depois ser arquivados e partilhados a partir de
http://screencast.com/

Para todos aqueles que pretendem trabalhar com estas ferramentas aconselha-se vivamente a
visualização do vídeo disponibilizado na plataforma - -leituras obrigatórias tutorial Jing
sendo que, ele próprio foi realizado com a ferramenta jing.

Vantagens e inconvenientes destas ferramentas

A principal vantagem de usar estas ferramentas é a de que não obrigamos os utilizadores
a ter instalado nenhum programa para ter acesso à informação e ainda o facto de os
vídeos partilhados não ocupam espaço no servidor, o que poderá ser muito interessante
para uma instituição com pouco espaço disponível para a página Web, pois a partilha do
documento faz-se a partir dos códigos de inserção (embed code)

Para reflexão: Que tipo de conteúdos deverá uma biblioteca escolar partilhar on-line? Será
importante publicar todos os trabalhos dos alunos? Que critérios utilizar? E não deverão
estes documentos ser etiquetados através de uma “tag”? Também sabemos que os alunos
devem ser envolvidos na construção dos saberes. Ora, como envolver, então, os alunos na
produção dos vídeos? Bastará torná-los realizadores? E quanto à elaboração do guião e
produção do vídeo? E quanto ao envolvimento dos professores do Conselho de Turma?

   2.3. As apresentações electrónicas – O Prezi
                                          O Prezi foi lançado oficialmente em Abril de 2009,
                                          sendo      uma ferramenta        muito     recente    e
                                          contrariamente ao powerpoint é uma aplicação online
                                          que usa uma simples tela ao invés dos slides
                                          rectangulares tradicionais e que trabalha sobre o flash
                                          servindo para produzir apresentações electrónicas. Os
                                          textos, imagens, vídeos e outros objectos podem ser
colocados numa única tela agrupadas em “frames”. A tela permite ao utilizador criar
apresentações não lineares onde se pode usar zoom (para aumentar ou diminuir) num mapa
visual. O caminho entre os diferentes objectos e “frames” podem ser definidos, definindo a
ordem da informação a ser apresentada. Deste modo, não há esquerda ou direita, acima ou
abaixo. Toda a interactividade do serviço nasce das funções de zoom que é o recurso que
confere profundidade às apresentações.
O Prezi é assim uma boa referência para construir apresentações dinâmicas, com efeitos
visuais muito interessantes e uma fantástica usabilidade.
Acrescente-se uma outra funcionalidade chamada Re-use ou Public Prezis que nos permite
descarregar e alterar e reutilizar os Prezis que já estão disponíveis. Podem ser visto AQUI e são
uma referência para os principiantes.




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Partilha de conteúdos

Finalmente, outra das vantagens do Prezi, é que, depois de publicada a apresentação se pode
convidar outros para a ver ou editar e obter um código html de inserção para partilha em Web
pages.
Terminamos com uma pequena vídeo sobre as potencialidades do Prezi que pode ser visto em
http://www.youtube.com/watch?v=oIJ2cH9EyhA

Para reflexão: Que tipo de conteúdos deverá uma biblioteca escolar partilhar on-line? Será
importante publicar todos os trabalhos dos alunos? Que critérios utilizar? E não deverão estes
documentos ser etiquetados a través de uma “tag”? Deverá ser permitido o download? E
quanto à qualidade da apresentação? E aos interesses dos utilizadores?

Criar grupos de interesses em comum

Uma actividade interessante, no respeitante ao Prezi ou Slide share, é a possibilidade de fazer
pesquisas para ver qual o tipo de informação que podemos encontrar e as tags mais
populares. Sugerimos que explorem o tema Web 2.0

Os utilizadores registados também podem constituir grupos com interesses em comum e
partilhar apresentações sobre o tema escolhido. Veja-se o exemplo do espaço da RBE
ALGARVE no slide share.



Bibliografia
ATTWELL, G. (2007). Web 2.0 and the Changing Ways We are Using Computers for Learning:
What are the Implications for Pedagogy and Curriculum?, eLearningEurope.info Director [em
linha]. 1 de Agosto de 2007 [Consult. em 5/11/2008] Disponível em
http://www.elearningeuropa.info/files/media/media13018.pdf

BARRETT, T (2008). ICT in my Classroom. Google Docs. [em linha]. [Consult. em 9/10/2008]
Disponível em disponível em http://tbarrett.edublogs.org/category/google-docs/

CAETANO, S. & , G. (2007) You Tube : uma opção para uso do vídeo na EAD. IX ciclo de
palestras sobre as novas tecnologias na educação. RENOTE – Revista das novas tecnologias de
Educação. Julho. CINTED - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Brasil. Disponível em:
http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo9/artigos/3aSaulo.pdf (acedido a 1 de Novembro de 2008)

CARVALHO, Ana Amélia …[et all.]. (2008). Manual de ferramentas da web 2.0 para professores.
Lisboa: Ministério da Educação

CARVALHO, A. A., Moura, A., & Cruz, S. (2008) Pedagogical Potentialities of Podcasts in
Learning: reactions from K‐12 to university students in Portugal. Disponível em:
http://cs.anu.edu.au/iojs/index.php/ifip/article/viewFile/999/3 (acedido a 1 de Novembro de
2008)

CHEN, J. (2007). Google Docs Lauches on Cellphones: Read-only for now. Gizmodo, [em linha].
17 de Outubro de 2007. [Consult. em 9/10/2008] Disponível em http://gizmodo.com/gadgets/
webapps/google-docs-launches-on-cellphones-read+only-for-now-312038.php



                                                                                   10
Partilha de conteúdos


GOOGLE (2008a). Create Documents, Spreadsheets and Presentations Online, Google
Docs, Google [em linha]. 26 de Fevereiro de 2007 [Consult. em 5/11/2008] Disponível em
http://www.google.com/google-d-s/tour1.html

HAMMONDS, K. (2003). How Google Grows... and Grows... and Grows. Fast Company. N.º 69,
Março    de    2003.  [em   linha].  [Consult.   em     9/10/2008]    Disponível   em
http://www.fastcompany.com/magazine/69/google.html

MCMANUS, R. (2007). Web Office Defined - How it's evolved from 2005 to present. Read Write
Web. [em linha]. 29 de Agosto de 2007. [Consult. em 5/11/2008] Disponível em
http://www.readwriteweb.com/archives/web_office_defined.php

MORAN,     J.    (1995b).   O    vídeo     na     sala    de    aula.  Disponível     em
http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm (acedido a 1 de Novembro de 2008)




                                                                              11

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Bibliotecas e a partilha de conteúdos na Web 2.0

  • 1. Partilha de conteúdos Bibliotecas Escolares e a Web 2.0 Unidade 4 Partilha de conteúdos Palavras-chave Aprendizagem colaborativa Escrita colaborativa Google Docs Wikis Podcast Vodcast Prezi Podomatic Jing Introdução Nesta sessão iremos entrar no âmago do conceito de Web 2.0 e começaremos a dar os nós de todas as pontas que fomos deixando soltas ao longo desta formação. Relembremos de novo o que escrevemos no documento de introdução à temática da primeira sessão - A Web 2.0 potencialidades para as Bibliotecas Escolares “Embora o termo [Web 2.0] sugira a existência uma nova versão da Web, ele não se refere tanto à actualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como a Internet é encarada por utilizadores e desenvolvedores. “ Na altura, acrescentámos ainda que “Na base da Web 2.0 está a participação dos utilizadores: eles acrescentam valor à rede, o serviço melhora quanto mais pessoas o usam, qualquer utilizador pode criar conteúdos e avaliar os que encontra (ratting). 1
  • 2. Partilha de conteúdos Pode‐se visualizar a Web 2.0 como um conjunto de princípios e práticas que interligam uma rede de sítios e serviços com os quais os utilizadores interagem e aos quais acrescentam valor. Se antes a Web era estruturada por meio de sítios que disponibilizavam conteúdo on‐line, de maneira estática, sem oferecer a possibilidade de interacção aos internautas, agora é possível criar uma conexão por meio das comunidades de utilizadores com interesses em comum. Muitos destes sítios tornaram‐se verdadeiros aplicativos (ex. Google, que disponibiliza processador de texto, gestor de correio, folha de cálculo, apresentação electrónica, agenda, agregador de conteúdos, etc.). As suas funcionalidades, a maioria das quais de acesso gratuito e “user friendly”, possuem a sofisticação de softwares que antes apenas tínhamos no disco rígido do computador. “ Importa ainda rever o que foi escrito sobre redes e o seu poder na sessão dos Micro blogues “A disponibilização, nas Redes informáticas e a sua introdução nas escolas veio contribuir para que a natureza do ensino se modificasse. Em comparação com o ensino tradicional, acima caracterizado, as Redes apresentam segundo Serra (1998 : 130) as seguintes vantagens: “‐ Representam uma forma mais atractiva de aceder ao saber, na medida em que, por um lado, combinam trabalho e lazer, informação e entretenimento, e, por outro lado, propõem uma abordagem interactiva, em que o "leitor" se transforma em "utilizador"; ‐ Promovem a passagem da memorização pura e simples à pesquisa, selecção e organização da informação, fazendo com que a educação se torne auto‐educação, centrada na actividade e na criatividade do aluno; ‐ Facilitam o alargamento do campo da auto‐educação a toda a vida, tornando‐se educação permanente; ‐ Deixam antever a passagem de um saber fragmentário, unilateral e linear, a um saber sintético e cumulativo (combinando todo o saber, em todas as suas formas, acerca de todos os temas), multilateral (pondo em confronto imediato os vários pontos de vista e tradições culturais) e não linear (hipertextual); dão azo a que utilizadores com diferentes graus de conhecimento tenham acesso diferenciado ao saber. As Redes permitem assim, a priori, satisfazer os princípios fundamentais do ensino‐ aprendizagem exigidos numa "sociedade de conhecimento", e que Barbara Lepani resume nos oito seguintes: aprendizagem permanente, aprendizagem auto-dirigida, aprender a aprender, aprendizagem contextualizada, aprendizagem adaptada às necessidades do aprendiz, aprendizagem transformadora, aprendizagem cooperativa e aprendizagem em tempo real Just-in-time).” Estas novas formas de aprender e ensinar em rede pode ser melhor visualizadas e consciencializadas no pequeno vídeo que pode aceder aqui: http://www.youtube.com/watch? v=MpIOClX1jPE&feature=player_embedded 2
  • 3. Partilha de conteúdos 1. Aprendizagem colaborativa Podemos definir aprendizagem colaborativa como um conjunto de métodos e técnicas de aprendizagem para utilização em grupos estruturados. Cada membro do grupo é responsável pela sua aprendizagem e pela dos restantes elementos, significando que todos os membros interagem e todos contribuem para o êxito da actividade. As práticas colaborativas proporcionam aprendizagens directas, encorajam a auto-reflexão, fazendo circular muito mais informação. A troca e a partilha de experiências faz aumentar de forma significativa a quantidade de soluções e ideias e aumenta a necessidade de responder às questões e desafios. A colaboração pode ser a solução para a resolução de alguns problemas da escolaridade contemporânea e para uma mudança educativa e organizacional (Hargreaves, 1998). A investigação tem demonstrado inúmeras vantagens da aprendizagem colaborativa e da sua utilização em ambientes de aprendizagem: Em relação ao grupo: • Possibilita alcançar objectivos qualitativamente mais ricos, resultantes de propostas e soluções de vários alunos do grupo; • Aprender partilhando permite que os alunos se integrem na discussão e tomem consciência da sua responsabilidade no processo de aprendizagem; • Incentiva os alunos a aprender entre eles, valorizando os conhecimentos dos outros, tirando partido das experiências de aprendizagem de cada um; • Permite uma maior aproximação entre os alunos e uma maior troca activa de ideias no seio dos grupos, faz aumentar o interesse e o compromisso entre eles; • Transforma a aprendizagem numa actividade social; • Aumenta a satisfação pelo próprio trabalho. Em relação ao indivíduo: •Aumento de competências sociais, de interacção e comunicação; •Incentiva o desenvolvimento do pensamento crítico e a abertura mental; •Permite conhecer diferentes temas e adquirir nova informação; •Reforça a ideia que cada aluno é um professor (a aprendizagem como diálogo activo entre professores alunos); 3
  • 4. Partilha de conteúdos •Diminui os sentimentos de isolamento e de temor à crítica; •Aumenta a segurança em si mesmo, a auto-estima e a integração no grupo; •Fortalece o sentimento de solidariedade e respeito mútuo, baseado nos resultados do trabalho em grupo. Os espaços colaborativos têm assim inúmeras vantagens que podem e devem ser aproveitadas em contexto educativo. Como já vimos anteriormente, a Web 2.0 potencia o trabalho colaborativo e disponibiliza imensos espaços de colaboração que permitem a criação conjunta e a partilha de trabalhos e actividades on‐line. Podemos criar, editar e partilhar documentos de texto, folhas de cálculo, apresentações. Hiperligações, conceitos, projectos de trabalho e imagens. Podemos aceder e editar os documentos referidos a partir de qualquer lugar, através de um computador ligado à Internet. Todo o trabalho produzido está sempre disponível on‐ line. O Google Docs e o Wikispaces são exemplos de plataformas on‐line de trabalho colaborativo. 1.1. Google Docs O Google é uma das maiores empresas mundiais. Com mais de 16 000 trabalhadores e um património líquido superior a 22 000 milhões de dólares, a empresa foi fundada em 1998 por Larry Page e Sergey Brinv quando ainda eram estudantes de Doutoramento na Universidade de Stanford. Tem sede em Mountain View na Califórnia (Googleplex), tendo sido eleita várias vezes pela revista Fortune como o melhor local para se trabalhar. As suas principais áreas de negócio envolvem publicidade on‐line e em dispositivos móveis através do seu motor de pesquisa e das suas ferramentas de comunicação, partilha e publicação. Entre as ferramentas Web 2.0 disponibilizadas pelo Google estão o Google Sites (criação de websites), o Docs (processador de texto, folha de cálculo e criador de apresentações), o Calendar (agenda), o Blogger (blogue), o Orkut (rede social), o Picasa (partilha de fotos) e o YouTube (partilha de vídeos), entre outros. O Google Docs reúne numa única ferramenta um processador de texto, uma folha de cálculo e um criador de apresentações. Na sua origem estão duas ferramentas: o Writely da Upstartle e o Google Spreadsheets. Uma das principais particularidades desta ferramenta está no facto de os ficheiros poderem ser partilhados, abertos e editados por múltiplas pessoas ao mesmo tempo (aparentemente um máximo de 11 simultaneamente). Franklin e Van Harnelen (2007) destacam a potencialidade desta ferramenta para o trabalho colaborativo na Web, bem como a sua utilidade na criação de trabalhos de design e dão como exemplo a criação de um panfleto comercial por estudantes de arquitectura e design de interiores de diferentes universidades. Alexander (2006) refere também a sua potencialidade para suportar projectos colaborativos em cursos onde a escrita é intensiva. Entre as ferramentas que apresentam um serviço semelhante ao Google Docs estão o ZoHo Work Online , o ThinkFree e mais recentemente a própria Microsoft com o Windows live. 1.2. Wikis O conceito de software social baseia-se na utilização de ferramentas on-line que possibilitam uma aprendizagem partilhada, mas mantendo o controlo individual sobre o tempo, espaço, actividades, identidade e relacionamento. Regra geral, as tecnologias que servem de suporte a este tipo de instrumentos não foram desenvolvidas de raiz para fins educacionais, mas foram utilizadas e adaptadas consoante as necessidades. 4
  • 5. Partilha de conteúdos Os Wikis, bem como os blogues, os podcasts e os bookmarks sociais, entre outros, são exemplos de utilização de ferramentas cujo objectivo é a disponibilização e partilha, com maior ou menor possibilidade de colaboração, de conteúdos. A tecnologia dos Wikis foi inventada pelo programador Ward Cunningham em 1995, que desenvolveu este conceito ao chefiar uma equipa pluridisciplinar com vista à partilha e edição colaborativa de documentos, possibilitando assim a sua constante actualização bem como a eliminação da duplicação de ficheiros e das suas múltiplas versões. A palavra «Wiki» vem do havaiano e significa «rápido». Ao contrário de outros programas, que têm uma grande curva de aprendizagem, a concepção dos Wikis tem como base de desenvolvimento a noção de que a simplicidade de uso potencia o número de utilizadores. Esta característica rapidamente fidelizou um elevado número de utilizadores que, com o seu contributo, de uma forma rápida e espontânea, fizeram aumentar exponencialmente a quantidade de informação relevante. Um wiki é pois sítio Web colaborativo que pode ser editado por vários utilizadores. Os utilizadores de um wiki podem criar, editar, apagar ou modificar o conteúdo de uma página Web, de uma forma interactiva, fácil e rápida – através de um navegador, e utilizando funções simples de formatar, criar hiperligações, adicionar conteúdo multimédia, etc., – conservando um historial de mudanças que permite recuperar de maneira simples qualquer estado anterior da página. Quando alguém edita uma página wiki, as alterações aparecem imediatamente na Web, sem passar por nenhum tipo de revisão prévia. Estas facilidades fazem de um wiki uma ferramenta efectiva para a escrita colaborativa. O Wiki mais conhecido é a Wikipedia, a maior enciclopédia on‐line. A Wikipedia tem aproximadamente 5 milhões de artigos; em comparação, a Enciclopédia Britânica tem apenas 100 mil. Há artigos em mais de 200 línguas, estando a maior parte deles disponíveis para alteração, correcção e actualização on-line. A fiabilidade dos conteúdos é garantida com a colaboração de milhares de voluntários, que não só criam conteúdos como monitorizam a criação de novos artigos e a alteração dos já existentes. Ao contrário do nosso modo de organização conceptual, os Wikis têm uma forma muito particular de organizar a informação. Uma vez que não existe uma hierarquia predefinida, neste sistema toda a informação está ao mesmo nível de importância. Os artigos não se organizam em «árvore» mas sim todos ao mesmo nível, podendo ter todo o tipo de conteúdos, texto, imagem, vídeo... Para reflexão: Que tipos de utilização na Biblioteca poderiam ter as Wikis ou o Google docs? 2. A partilha de conteúdos A ideia base de um sistema de partilha de conteúdos é muito simples: os utilizadores fazem o upload dos seus trabalhos ou constroem-nos numa página Web e o sistema converte-os num objecto flash. Dessa forma esse mesmo ficheiro pode ser compartilhado e inserido em qualquer página Web (através de um código html) sendo que nem é necessário que o destinatário tenha qualquer tipo de software específico instalado no seu computador pessoal à excepção de um navegador na Net com flash instalado. 2.1. – Falar e ouvir: o podcast 5
  • 6. Partilha de conteúdos Nota: Nesta formação apenas se irá usar o audacity para produzir o ficheiro áudio e o podomatic para o publicar online Podcast é a publicação de conteúdos áudio na Internet, que, a través da subscrição “Feeds / RSS”, ficam disponíveis para serem descarregados para agregadores, como o itunes, ou para outros dispositivos móveis como telemóveis, Ipods, etc., possibilitando a sua audição em qualquer lugar e em qualquer momento. Segundo a Wikipédia, Podcast é o nome dado ao arquivo de áudio digital, geralmente em formato MP3 ou AAC (este último pode conter imagens estáticas e links), publicado através de podcasting na internet e actualizado via RSS que permite a sua subscrição e usar um programa que o descarrega da Internet para que o utilizador o escute na altura em que deseje, geralmente num leitor portátil. A palavra é uma junção de Pod ou de "Personal On Demand" (numa tradução literal, algo pessoal e sob demanda) e broadcast (transmissão de rádio ou televisão). O podcast em vídeo chama-se "videocast", geralmente em arquivo formato MP4. O termo "podcast" foi sugerido pela primeira vez num um artigo do jornal britânico The Guardian em 12 de Fevereiro de 2004, para descrever a possibilidade de escutar rádio em diferido em aparelhos portáteis O "podcast" surge então como um novo recurso tecnológico, um canal de comunicação informal de grande utilidade, que permite a transmissão e distribuição de noticias, áudios, vídeos e informações diversas na Internet, o que contribui para a disseminação da informação de maneira fácil, rápida e gratuita na maior parte das vezes. No âmbito da Web 2.0, através de servidores de podcast a produção de documentos áudio (à semelhança de outras ferramentas apresentadas nesta sessão) revela-se cada vez mais acessível ao utilizador corrente da Internet, sem que este precise de elevadas competências técnicas ou seja dispendiosa pois um mero conjunto de headphone com microfone ou mesmo um microfone incorporado nos mais recentes computadores portáteis já garantem uma boa qualidade de som. Como em muitos outros temas, está disponível um interessante vídeo de The commocraft in plain english sobre podcasting, http://www.commoncraft.com/podcasting Por ser bastante completo e esclarecedor sobre podcast e ferramentas de produção e partilha áudio, aconselhamos o aprofundamento do tema no texto de leitura obrigatória disponibilizada na plataforma de formação Podcast e a utilização do Audacity Alguns dados Sem esquecer que existem importantes obstáculos para a plena implantação destes conteúdos digitais, especialmente o lento crescimento da banda larga, os direitos de autor, o peso excessivo, a dicção do autor, etc. Há muitas emissoras de rádio que já guardam em podcast os seus programas, sendo um bom exemplo, em Portugal, a Antena 1. 6
  • 7. Partilha de conteúdos Podcasts em bibliotecas O Podcast pode ser utilizado na biblioteca segundo dois pontos de vista. • Bibliotecas como receptoras de podcast, dando acesso aos seus OPACS ou serviços de referência. Deste modo, os podcasts são tratados como mais uma fonte de informação. • Bibliotecas que oferecem podcast aos utilizadores. Eis una listagem de bibliotecas que emitem podcasts para os seus utilizadores, nos Estados Unidos. A British Library oferece arquivos sonoros de autores em formato podcast, a Universidade de Ohio oferece um curso para a formação de utilizadores através de podcast através do seguinte hiperligação: Guia da biblioteca da Universidade de Ohio. E esta biblioteca pública de Cheshire, oferece uma Revista sonora sobre autores dirigida a adolescentes. Para reflexão: Utilizam este tipo de serviços? E que aplicações podem eles ter para as bibliotecas e para a educação? Conhecem algum exemplo de utilização no nosso país? Será que as nossas Bibliotecas não podiam alargar o seu espaço de produção no sentido de integrarem estas ferramentas? 2.2. O Vodcast Segundo a Wikipédia, Vodcast é um método de distribuição de vídeos pela Internet ou por uma rede de computadores que utiliza as ferramentas desenvolvidas no podcast para criar uma lista de vídeos em forma de streaming e que se actualiza automaticamente, conforme novos vídeos são inseridos em uma página da internet. O método foi desenvolvido por uma empresa holandesa chamada Jet- Stream, ao perceber que o podcast também poderia indicar a direcção de arquivos chamados reference movies, que servem para redireccionar o espectador para um streaming de vídeo. Vodcast é derivado da união dos termos vídeo on demand (vídeo sob demanda) e podcast. Vodcast também é sinónimo de podcast de vídeo, não importando se em streaming ou não. 2.2.1. A partilha de vídeos – O Youtube Em 2005, Steve Chen, Choad Hurley e Jawed Karim criaram o serviço Youtube que permite que os seus utilizadores carreguem, assistam e compartilhem vídeos em formato digital. Estima-se que a cada dia que passa sejam colocados no YouTube cerca de 65000 novos arquivos de vídeo digital para quem o quiser visualizá-lo (dados de 2008) Em 2006 o YouTube foi comparado pelo Google e nesse mesmo ano a revista americana Time (edição de 13 de Novembro de 2006) elegeu o YouTube a melhor invenção do ano por, entre 7
  • 8. Partilha de conteúdos outros motivos, “criar uma nova forma para milhões de pessoas se entreterem, se educarem e se chocarem de uma maneira como nunca foi vista”. O YouTube, à semelhança de muitos outros serviços Web, utiliza o formato Macromedia Flash para disponibilizar o conteúdo (excerto de filmes, programa televisivos, videoclipes,...) desde que este não esteja sujeito a copyright ou exceda os 100 MB. O material encontrado no YouTube pode ser disponibilizado em blogues e sítios pessoais através da cópia do código HTML. Pode-se aceder ao YouTube de forma anónima de modo a ver ou a pesquisar filmes que nos podem interessar ou através de um login (com nome de utilizador e palavra passe) que nos permitirá partilhar os nossos vídeos junto da comunidade Web. Um utilizador registado tem ainda a vantagem de poder colocar etiquetas (tags) para descrever o conteúdo de um filme. Pode ainda seleccionar filmes como favoritos, compartilha- lhos via e-mail ou em páginas Web, comentá-los, etc. Exemplos de bibliotecas que colocam vídeos no YouTube. Embora correndo o risco de sermos injustos, podemos afirmar que a maioria das bibliotecas portuguesas não usam o YouTube ou usando-o, não o fazem de uma forma educativa, ligando- o às aprendizagens dos alunos. Não têm um canal youtube, não publicam os seus próprios filmes no youtube. No entanto, sabemos que há por aí boas práticas. A título de exemplo, apresentamos uma lista de bibliotecas que tentam fazer uso das potencialidades do YouTube para a promoção da Biblioteca. Será que estamos a ser injustos? Conhecem outras Bibliotecas que façam um uso do YouTube diferente daquele que seja apenas divulgar actividades realizadas pela biblioteca? 2.2.2. Ferramentas para a produção de vodcast Existem múltiplas ferramentas disponíveis para a produção de vodcast como o voicethead por exemplo. Das nossas “andanças” pelas Bibliotecas escolares e por múltiplos ambientes de formação, constatamos que uma grande maioria das Bibliotecas não usa o Windows movie maker que, para além de ser gratuito, é extremamente fácil de usar. Em poucos minutos podem-se fazer filmes narrados a partir de fotografias. Já imaginaram as potencialidades para a educação de os alunos produzirem esses pequenos filmes na biblioteca (a partir de fotos tiradas numa visita de estudo por exemplo) e os colocarem posteriormente no canal youtube da biblioteca constituindo material de aprendizagem? 2.2.3. O Jing 8
  • 9. Partilha de conteúdos Esta será a ferramenta com que iremos trabalhar durante a sessão online. Caso ainda não tenha instalado o Jing no seu computador faça download a partir do seguinte endereço http:// www.techsmith.com/jing/ e proceda à sua instalação. O Jing é especialmente adequado para a construção de tutoriais, quer através da captura de ecrãs para tutoriais em papel ou para tutoriais online a partir da narração áudio complementar. Estes tutoriais online podem depois ser arquivados e partilhados a partir de http://screencast.com/ Para todos aqueles que pretendem trabalhar com estas ferramentas aconselha-se vivamente a visualização do vídeo disponibilizado na plataforma - -leituras obrigatórias tutorial Jing sendo que, ele próprio foi realizado com a ferramenta jing. Vantagens e inconvenientes destas ferramentas A principal vantagem de usar estas ferramentas é a de que não obrigamos os utilizadores a ter instalado nenhum programa para ter acesso à informação e ainda o facto de os vídeos partilhados não ocupam espaço no servidor, o que poderá ser muito interessante para uma instituição com pouco espaço disponível para a página Web, pois a partilha do documento faz-se a partir dos códigos de inserção (embed code) Para reflexão: Que tipo de conteúdos deverá uma biblioteca escolar partilhar on-line? Será importante publicar todos os trabalhos dos alunos? Que critérios utilizar? E não deverão estes documentos ser etiquetados através de uma “tag”? Também sabemos que os alunos devem ser envolvidos na construção dos saberes. Ora, como envolver, então, os alunos na produção dos vídeos? Bastará torná-los realizadores? E quanto à elaboração do guião e produção do vídeo? E quanto ao envolvimento dos professores do Conselho de Turma? 2.3. As apresentações electrónicas – O Prezi O Prezi foi lançado oficialmente em Abril de 2009, sendo uma ferramenta muito recente e contrariamente ao powerpoint é uma aplicação online que usa uma simples tela ao invés dos slides rectangulares tradicionais e que trabalha sobre o flash servindo para produzir apresentações electrónicas. Os textos, imagens, vídeos e outros objectos podem ser colocados numa única tela agrupadas em “frames”. A tela permite ao utilizador criar apresentações não lineares onde se pode usar zoom (para aumentar ou diminuir) num mapa visual. O caminho entre os diferentes objectos e “frames” podem ser definidos, definindo a ordem da informação a ser apresentada. Deste modo, não há esquerda ou direita, acima ou abaixo. Toda a interactividade do serviço nasce das funções de zoom que é o recurso que confere profundidade às apresentações. O Prezi é assim uma boa referência para construir apresentações dinâmicas, com efeitos visuais muito interessantes e uma fantástica usabilidade. Acrescente-se uma outra funcionalidade chamada Re-use ou Public Prezis que nos permite descarregar e alterar e reutilizar os Prezis que já estão disponíveis. Podem ser visto AQUI e são uma referência para os principiantes. 9
  • 10. Partilha de conteúdos Finalmente, outra das vantagens do Prezi, é que, depois de publicada a apresentação se pode convidar outros para a ver ou editar e obter um código html de inserção para partilha em Web pages. Terminamos com uma pequena vídeo sobre as potencialidades do Prezi que pode ser visto em http://www.youtube.com/watch?v=oIJ2cH9EyhA Para reflexão: Que tipo de conteúdos deverá uma biblioteca escolar partilhar on-line? Será importante publicar todos os trabalhos dos alunos? Que critérios utilizar? E não deverão estes documentos ser etiquetados a través de uma “tag”? Deverá ser permitido o download? E quanto à qualidade da apresentação? E aos interesses dos utilizadores? Criar grupos de interesses em comum Uma actividade interessante, no respeitante ao Prezi ou Slide share, é a possibilidade de fazer pesquisas para ver qual o tipo de informação que podemos encontrar e as tags mais populares. Sugerimos que explorem o tema Web 2.0 Os utilizadores registados também podem constituir grupos com interesses em comum e partilhar apresentações sobre o tema escolhido. Veja-se o exemplo do espaço da RBE ALGARVE no slide share. Bibliografia ATTWELL, G. (2007). Web 2.0 and the Changing Ways We are Using Computers for Learning: What are the Implications for Pedagogy and Curriculum?, eLearningEurope.info Director [em linha]. 1 de Agosto de 2007 [Consult. em 5/11/2008] Disponível em http://www.elearningeuropa.info/files/media/media13018.pdf BARRETT, T (2008). ICT in my Classroom. Google Docs. [em linha]. [Consult. em 9/10/2008] Disponível em disponível em http://tbarrett.edublogs.org/category/google-docs/ CAETANO, S. & , G. (2007) You Tube : uma opção para uso do vídeo na EAD. IX ciclo de palestras sobre as novas tecnologias na educação. RENOTE – Revista das novas tecnologias de Educação. Julho. CINTED - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Brasil. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo9/artigos/3aSaulo.pdf (acedido a 1 de Novembro de 2008) CARVALHO, Ana Amélia …[et all.]. (2008). Manual de ferramentas da web 2.0 para professores. Lisboa: Ministério da Educação CARVALHO, A. A., Moura, A., & Cruz, S. (2008) Pedagogical Potentialities of Podcasts in Learning: reactions from K‐12 to university students in Portugal. Disponível em: http://cs.anu.edu.au/iojs/index.php/ifip/article/viewFile/999/3 (acedido a 1 de Novembro de 2008) CHEN, J. (2007). Google Docs Lauches on Cellphones: Read-only for now. Gizmodo, [em linha]. 17 de Outubro de 2007. [Consult. em 9/10/2008] Disponível em http://gizmodo.com/gadgets/ webapps/google-docs-launches-on-cellphones-read+only-for-now-312038.php 10
  • 11. Partilha de conteúdos GOOGLE (2008a). Create Documents, Spreadsheets and Presentations Online, Google Docs, Google [em linha]. 26 de Fevereiro de 2007 [Consult. em 5/11/2008] Disponível em http://www.google.com/google-d-s/tour1.html HAMMONDS, K. (2003). How Google Grows... and Grows... and Grows. Fast Company. N.º 69, Março de 2003. [em linha]. [Consult. em 9/10/2008] Disponível em http://www.fastcompany.com/magazine/69/google.html MCMANUS, R. (2007). Web Office Defined - How it's evolved from 2005 to present. Read Write Web. [em linha]. 29 de Agosto de 2007. [Consult. em 5/11/2008] Disponível em http://www.readwriteweb.com/archives/web_office_defined.php MORAN, J. (1995b). O vídeo na sala de aula. Disponível em http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm (acedido a 1 de Novembro de 2008) 11