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Trajetória do SINSAÚDE


            1938/1964




               Mirza Pellicciotta
A cidade, a saúde
e o sindicato


A Ferrovia, ao potencializar as
atividades de comércio,
serviços e indústria da cidade,
transformou Campinas num
importante centro de saúde
do interior paulista já no final
do século XIX.
A região da Estação da Paulista, em poucas
                                                                      décadas, transforma-se em área de
                                                                      entroncamento de quatro ferrovias
                                                                      (Paulista, Mogiana, Ramal Férreo e
                                                                    posteriormente, Sorocabana), além de
                                                                    portal de entrada/saída do interior do
                                                                        Estado de São Paulo, circulando
                                                                   regularmente em seu pátio, milhões de
                                                                     saca de café, alimentos, ferramentas,
                                                                   instrumentos, artigos diversos, além de
                                                                 passageiros procedentes das mais diversas
                                                                                      áreas




Nas imediações da Estação, bairros de trabalhadores, escolas, fábricas, cortumes, etc.. Ganharam vida e história
Nas imediações da Estação da Paulista estrutura-se nas primeiras décadas do século
  XX, uma rede de atendimento médico de abrangência regional com diferentes
  especialidades. Entre os estabelecimentos, constam os hospitais Beneficiência
      Portuguesa, Penido Bournier, Vera Cruz, Socorros Mútuos, entre outros.
Os trabalhadores



A ferrovia, o café, a
indústria... promovem
também uma forte
mudança populacional ao
possibilitar a fixação de
migrantes das mais
variadas partes do mundo.
Mas, neste processo de
crescimento,
permaneceram as marcas
centenárias de uma cidade
segregada entre senhores
e trabalhadores .
Com a crise do café, a
cidade alcança outros
padrões de
desenvolvimento
A cidade de Campinas em 1929, em
pleno contexto da crise internacional
do café, encontrava-se em
crescimento, apresentando uma
malha urbana bem adensada e já
distante da passagem dos trilhos. A
cidade rica permaneceria
concentrada nas imediações dos
antigos largos e praças, mantendo-se
as populações trabalhadoras e mais
pobres em suas porções mais
distantes, e por vezes íngremes e
insalubres. A continuidade da malha,
por sua vez, facilitava e garantia um
melhor aproveitamento da infra-
estrutura urbana.
A partir da década de 1930, a
                           cidade se torna cada vez mais
                           independente da dinâmica e da
                           produção rural; da mesma
                           forma, a dinâmica rural se faz
                           redefinida pelas necessidades
                           da vida e da economia urbana.
                           E nesta trajetória, a malha
                           urbana continu a crescer,
                           acompanhada agora por uma
                           crescente especulação
                           imobiliária que transformou as
                           características originais do
                           município.
                           A região central, além de
                           alterações motivadas pela
                           mudança de hábitos e costumes,
                           sofre uma rápida e profunda
                           verticalização de seu espaço,
                           motivada tanto pela concentração
                           de serviços na região, como pela
                           especulação imobiliária. Em
                           poucas décadas, edificações e
                           espaços centenários são
Largo do Carmo (antigo
                           derrubados, restando os últimos
Largo da Matriz Velha,
                           exemplares em cenários
marco zero da cidade) na
                           compeltamente
década de 1940
                           descontextualizados.
As projeções – e desejos – de crescimento
da cidade se revelariam tão positivas, que
 o poder municipal resolve contratar (em
 meados dos anos 1930) os trabalhos do
engenheiro e urbanista Prestes Maia para
pensar e intervir de maneira planejada em
    sua malha urbana; destes estudos,
  nasceriam orientações que por várias
  décadas promoveram modificações na
              região central.




                                                 No alto, foto aérea da região central,
                                              podendo-se observar à esquerda o traçado
                                               dos 3 arruamentos originais (Luzitana, Dr.
                                             Quirino e Barão de Jaguara). Ao lado, um dos
                                                desenhos propostos – e posteriormente
                                              executado – por Prestes Maia para a região
                                                        da Estação da Paulista.
mudanças no campo da saúde
      (1930 – 1940)

Criação da Secretaria de Estado da Educação e
da Saúde Pública (1931) e do Departamento de
Saúde (1938) que retoma a educação sanitária e
os centros de saúde nos diversos Distritos
Sanitários (suspensos em 1931), instalando
também diversos Hospitais Psiquiátricos e de
Postos de Assistência Médico Sanitária (1942)

Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs):
atendimento por setor produtivo (ferroviários,
bancários, etc..) em hospitais e consultórios
credenciados

   A Lei n.° 378, de 13 de janeiro de 1937, instituiu o
   CNS e reformulou o Ministério da Educação e Saúde
   Pública, e debatia apenas questões internas. Nesse
   período, o Estado não oferecia assistência médica, a
   não ser em casos especiais, como tuberculose,
   hanseníase e doença mental
Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e
Empregados em Hospitais e Casas de Saúde de Campinas e Região

  1938

  carta sindical concedida pelo Ministério do
  Emprego e Trabalho ao pedido feito por um grupo
  de 20 trabalhadores
                                                                             Profissionalização da
                                                                             categoria


                             Sindicato dos Profissionais de Enfermagem,
                             Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados
                             em Hospitais e Casas de Saúde de Campinas e
                             Região

                                                                              Valorização da força
                                                                              de trabalho


      Em outubro de 1938, foi formada a organização por meio de carta sindical concedida pelo
      Ministério do Emprego e Trabalho ao pedido de um grupo de 20 trabalhadores de
      trabalhadores da Saúde, liderados por Vitório Chináglia.

      O documento é o primeiro registro da ação dos trabalhadores da saúde que buscavam
      valorização da sua força de trabalho e a profissionalização da categoria, e apresentava 36
      propostas de sindicalização.
Fundação oficial do
      SINSAÚDE
 no processo de 1941,
expedido em setembro
       de 1944
Os primeiros registros mostram que em 1940 o Sinsaúde possuía 130 associados.
sendo 59 mulheres. Nesta mesma década, diretores ligados ao Partido Comunista
são perseguidos e a agremiação colocada na ilegalidade

Oriundos das classes operárias, os funcionários da saúde dos anos 30/40 se faziam
presentes em número significativo nos cuidados prestados aos pacientes de
hospitais, casas de saúde e santas casas e, por isso mesmo, dependiam dos
salários para sobreviver. Equivocadamente, ainda eram tratados como ‘voluntários’
e, por essa razão, submetidos a baixos salários e jornadas de trabalho exaustivas.

Desde sua fundação, as lideranças da saúde colocam o debate acerca da
humanização do trabalho na área da saúde e a necessidade de melhoria dos
salários e jornadas mais curtas de trabalho como as principais metas da entidade.

A adesão à entidade foi crescente nos anos seguintes e decai na década de 60, o
que se justifica pelos reveses da política brasileira que atingiram drasticamente o
movimento sindical após o golpe militar de 1964.
transformações da saúde na década
            de 1950
                                    •   Criação da Secretaria de Estado da Saúde
                                        Pública e da Assistência Social (final da década
                                        de 1940): multiplicação das unidades de saúde
                                        na capital e no interior, com atendimento, em
                                        especial, das populações carentes (não
                                        atendidas pelos IAPs);

                                    •   Os Institutos de Aposentadoria e Pensões
                                        começam a organizar a assistência médico-
                                        hospitalar em Campinas (ferroviários,
                                        comerciários, funcionários dos transportes
                                        coletivos) junto à Casa de Saúde (1952),
                                        Beneficiência Portuguesa, Hospital Irmãos
                                        Penteado, Maternidade de Campinas, Clínica
                                        Santo Antônio, Clínica Pierro, Penido Burnier e
                                        Hospital Vera Cruz;

                                    •   Campinas: 198 médicos de várias
                                        especialidades, 23 estabelecimentos de saúde
                                        (15 hospitais, 3 clínicas, 1 dispensário, 3 serviços
                                        oficiais de saúde pública com 1686 leitos em
                                        uma população de 155.358 habitantes
1964/1984
1964

Foi a partir dos anos 1950/1960, o
crescimento urbano deixou de se
fazer contínuo, entrando em cena
um processo de
ocupação/especulação do solo
que buscaria transformar áreas
rurais em urbanas sem oferecer
condições infra-estruturais. Como
resultado, a malha urbana
passaria a contar com inúmeros
“vazios”, encarecendo seu
processo de desenvolvimento e
expondo a população a imensas
dificuldades.
Imagens das décadas de 1970/2000
1966 - Acaba a estabilidade no emprego e cria-
                                     se o FGTS
Em 1964, todas as categorias         Retomada do movimento operário.
profissionais organizadas sofreram
                                     Cria-se o Movimento Intersindical anti-Arrocho
a intervenção militar em suas        (MIA). Participaram os sindicatos dos
entidades sindicais. Apesar disso,   metalúrgicos de São Paulo, Santo André,
a base do SINSAÚDE conseguiu         Guarulhos, Campinas e Osasco para colocar
abrir espaço para dar                um fim ao arrocho salarial. Só o sindicato de
continuidade à organização da        Osasco propunha avanços fora dos limites
categoria, lançando as primeiras     impostos pelo Ministério do Trabalho.
edições do jornal
“ESPARADRAPO”, numa alusão de        1968 - Greve de Osasco, sob o comando de
                                     José Ibrahim. Iniciada em 16 de julho, com a
protesto à falta de liberdade de
                                     ocupação da Cobrasma. No dia seguinte, o
expressão e , ao mesmo tempo,        Ministério do Trabalho declarou a ilegalidade
um nome que buscava identidade       da greve e determinou a intervenção no
com o trabalho do setor. Até hoje    sindicato. quatro dias depois, os operários
esse jornal é a principal            retornam ao trabalho. Em outubro de 1968 a
ferramenta de comunicação com        greve em Contagem também contra o arrocho
os trabalhadores.                    salarial, que também foi reprimida, vencendo
                                     o movimento quatro dias depois.
O ESPARADRAPO na
                                                                          década de 1970, em
                                                                          plena ditadura militar




Com a destituição da diretoria sindical, Doraci Silva foi indicado interventor pelo governo.
Após alguns anos ocupando a presidência do Sindicato ele foi eleito pela categoria para
permanecer no cargo, só saindo em 1984.
Nesse período de turbulência, o trabalho sindical ganhou contornos assistencialistas e as
ações trabalhistas ficaram paralisadas. O profissional da saúde volta a ver seu trabalho
sendo confundido com o voluntarismo, característico da ação humanitária e filantrópica,
desenvolvida por senhoras da sociedade e religiosas do início do século 20.
Novas mudanças da saúde entre os anos 1960 a 1980


                                        •        1965: 17 hospitais privados lucrativos ou
                                                 filantrópicos, com 2264 leitos;

                                        •        Criação de Empresas médicas/ medicina de
                                                 grupos: SAMCIL e UNIMED (1970)

                                        •        Atendimento Público: Pronto Socorro
                                                 (transformado no Hospital Mário Gatti em
                                                 1973), Posto Central e 6 Postos Distritais
                                                 Municipais. Entre 1977/1978, criação de 8
700000                                           novos postos de saúde em bairros periférios
                                                 (4 estaduais e 4 municipais) e 2 hospitais
600000
                                                 universitários (PUCC e UNICAMP);
500000

400000
                                        •        Criação do Centro Médico de Campinas
                                     população
300000                                           (1971, pela Fundação Robert Bosch) e do
200000                                           Centro Infantil Dr. Boldrini (anos 1980)
100000

     0
         1886 1940 1960 1970 1980
1984
1984

                                                               Chapa Unidade & Ação:
                                                               nova gestão sindical

                                                               • nova política de sindicalização
                                                               da categoria: campanha garante
                                                               o dobro de sócios no final do
                                                               ano. De 2728 sócios, passa-se a
                                                               contar com 6000 sócios



reestruturação e criação de novas sub-sedes
8912 associados

O fortalecimento da entidade foi estratégico para garantir os avanços que a nova diretoria,
empossada em 1984, pretendia para os trabalhadores. E eles aconteceram como comprovam
alguns dos benefícios conquistados ao longo dos anos. Ainda em 1985, o Sinsaúde garantiu aos
trabalhadores o pagamento do adicional de insalubridade. Implantou ainda uma política de
comunicação com a renovação gráfica do Jornal Esparadrapo, o que garantiu o prêmio de melhor
publicação da imprensa sindical.Com a organização e mobilização da categoria, novas conquistas se
somaram.
Em 1986 foram
    oficializados os pisos
    salariais diferenciados
    por função.




Em 1987, foram inauguradas novas
subsedes e iniciado o processo de
reforma do Clube de Campo Anna
Nery, na Estrada Campinas-Monte Mor.
Greve
                                    geral de
                                    1989 que
                                    durou 40
                                    dias em
                                    toda base
                                    sindical




Unificação da jornada especial de
trabalho acontece nesta greve
Novembro de 1989
Década de 1990
Fevereiro de 1995   Greve de 11 dias no
                    Hospital Celso Pierro
                      (PUC-Campinas)
Em 1990, a diretoria adquire o terreno
onde seria construída a Colônia de
Férias Recanto da Saúde, em Peruíbe,
cuja inauguração acontece em 1991.

Entre 1996 e 2000, implanta-se o
programa educacional
denominado Projeto Educação na
Saúde (PES), base para a criação, pelo
Sinsaúde, do Instituto de Saúde
Integrada (ISI), em 30 de agosto de
2005.
Hospital Celso
               Pierro – Puc
               Campinas,
               em 1998




                                 Assembléias lotadas na
Assembléias
                                aprovação das Pautas de
na porta dos
                                 Reivindicações para os
hospitais
                                   Dissídios Coletivos
A maior greve da categoria, com até 46 dias,
ocorreu em 1999, tendo a jornada especial com
folgas, 120 dias de licença-gestante, cesta básica
mensal e o auxílio-creche como as bandeiras de
luta. Os trabalhadores tiveram garantia desses
direitos e um aumento salarial histórico de
102,13%
                                                     Pouco a pouco, a entidade passa a
Com campanhas regulares, a adesão ao Sinsaúde        representar os trabalhadores da área
apresentou um crescimento vertiginoso. Ao final      da saúde em 172 cidades paulistas
de 25 anos (2009), 22 mil profissionais da saúde
são associados e a categoria é calculada em 30
mil trabalhadores. O índice de sindicalização é de
74%, o que demonstra que a representatividade
da entidade supera os níveis históricos de
sindicalização da própria categoria e também do
País.
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA E SOCIAL

        Municipal, Estadual e Federal
ATENDIMENTO A POPULAÇÃO

Ações junto à comunidade pela valorização dos profissionais da Saúde
SERVIÇOS E LAZER
PATRIMÔNIOS




       • Clube de Campo Anna
       Nery, em Monte-Mor;

       • Rancho de Panorama

       • Colônia de Férias Recanto
       da Saúde, em Peruíbe.
RESUMO DAS PRINCIPAIS CONQUISTAS
       DO SINSAÚDE PELA CATEGORIA

•   Piso profissional por função
•   Cesta Básica mensal
•   Assistência Médica
•   Anuênio
•   Jornada especial de trabalho
•   100% nas horas trabalhadas em período de descanso
•   Folgas mensais
•   Dia do profissional da Saúde (12 de maio)
•   Auxílio-Creche
•   120 dias de licença-gestante
•   NR 32 e Adicional de Insalubridade
•   Capacitação Profissional - ISI
•   O Sinsaúde representa e proporciona meios que promovam social, cultural e economicamente
    os trabalhadores e trabalhadoras da saúde. Atua politicamente junto aos órgãos
    sindicais, governamentais e empresariais propondo ações que visam à organização dos
    trabalhadores e trabalhadoras e à melhoria do sistema de saúde. Para atingir seus objetivos utiliza
    todos os meios, ferramentas e tecnologias disponíveis, prestando seus serviços com qualidade e
    excelência.

•   Alcançaremos:
    Padronização do atendimento e identidade visual em todas as unidades;
    Unificação e ampliação dos benefícios sociais e ganhos salariais reais para a categoria;
    Inserção política em todas as esferas e organismos de representação; e reconhecimento mundial.
•   Por meio de:
    Desenvolvimento e aprimoramento contínuo da capacitação de trabalhadores,
    trabalhadoras, dirigentes e colaboradores sindicais nos níveis administrativo, técnico e político;
    Estabelecimento de alianças com órgãos públicos e privados de representação nacional
    e internacional;
    Otimização da tecnologia da informação com ênfase na conectividade e interatividade entre
    os vários órgãos do governo e de representação nacional e internacional; e com os trabalhadores
    e trabalhadoras da saúde.
    Organização interna e consolidação da aliança entre dirigentes e colaboradores sindicais;
    e Consolidação das fontes de custeio para realização das atividades.
Ações sindicais




Hospital Celso Pierro – Puc-Campinas, em 1998




                               Assembléias na porta
                                                      Assembléias lotadas na
                               dos hospitais
                                                      aprovação das Pautas de
                                                      Reivindicações para os Dissídios
                                                      Coletivos
O Abraço na Saúde – Fev. 1995




Greve de 11 dias no Hospital Celso Pierro ( PUC-Campinas) foi capa do
Diário do Povo
Atendimento à população




Ações junto à comunidade pela valorização dos profissionais da Saúde
Principais conquistas do SINSAÚDE na
              luta pela categoria
•   Piso profissional por função
•   Adicional de Insalubridade
•   Cesta Básica mensal
•   Assistência Médica
•   Anuênio
•   Jornada especial de trabalho
•   100% nas horas trabalhadas em período de descanso
•   Folgas mensais
•   Dia do profissional da Saúde (12 de maio)
•   Auxílio-Creche
•   120 dias de licença-gestante
•   Capacitação profissional
indicalização - 74% dos trabalhadores são associados



                 Segundo estudos feitos com base em dados da
                 Organização Internacional do Trabalho (OIT),
                 nesta última década houve crescimento nos
                 índices de sindicalização no Brasil. Eles chegam
                 a 28,4% para os trabalhadores da rede privada
                 e 40,9% no setor público.
Eventos Sociais e Esportivos
Mãe e Profissional do Ano
                                Homenagem
                                em Jundiaí, e
                                Campinas nos
                                idos das
                                décadas de
                                80/90




Rainha Hospitalar – concurso sindical histórico
que depois se transformou em Rei e Rainha
Hospitalar
Serviços e Lazer
Patrimônios




  (Fotos)Clube de Campo Anna Nery, em Monte-
  Mor; Rancho de Panorama, e Colônia de Férias
  Recanto da Saúde, em Peruíbe.
Assistência Odontológica
Participação política e social
Capacitação Profissional



 Casa de Saúde Campinas       Santa Casa de Campinas         São Vicente de Paula de
                                                             Jundiaí
Inclusão digital              Qualidade no atendimento        Atendimento Psiquiátrico
2006                          2005                            2007




Projeto Educação na Saúde formou 16,9 mil profissionais entre os anos de 1997 e 2001 na
base estadual da Saúde
Diretoria Executiva

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Fundamentos sinsaúde

  • 1. Trajetória do SINSAÚDE 1938/1964 Mirza Pellicciotta
  • 2. A cidade, a saúde e o sindicato A Ferrovia, ao potencializar as atividades de comércio, serviços e indústria da cidade, transformou Campinas num importante centro de saúde do interior paulista já no final do século XIX.
  • 3. A região da Estação da Paulista, em poucas décadas, transforma-se em área de entroncamento de quatro ferrovias (Paulista, Mogiana, Ramal Férreo e posteriormente, Sorocabana), além de portal de entrada/saída do interior do Estado de São Paulo, circulando regularmente em seu pátio, milhões de saca de café, alimentos, ferramentas, instrumentos, artigos diversos, além de passageiros procedentes das mais diversas áreas Nas imediações da Estação, bairros de trabalhadores, escolas, fábricas, cortumes, etc.. Ganharam vida e história
  • 4. Nas imediações da Estação da Paulista estrutura-se nas primeiras décadas do século XX, uma rede de atendimento médico de abrangência regional com diferentes especialidades. Entre os estabelecimentos, constam os hospitais Beneficiência Portuguesa, Penido Bournier, Vera Cruz, Socorros Mútuos, entre outros.
  • 5. Os trabalhadores A ferrovia, o café, a indústria... promovem também uma forte mudança populacional ao possibilitar a fixação de migrantes das mais variadas partes do mundo. Mas, neste processo de crescimento, permaneceram as marcas centenárias de uma cidade segregada entre senhores e trabalhadores .
  • 6.
  • 7. Com a crise do café, a cidade alcança outros padrões de desenvolvimento A cidade de Campinas em 1929, em pleno contexto da crise internacional do café, encontrava-se em crescimento, apresentando uma malha urbana bem adensada e já distante da passagem dos trilhos. A cidade rica permaneceria concentrada nas imediações dos antigos largos e praças, mantendo-se as populações trabalhadoras e mais pobres em suas porções mais distantes, e por vezes íngremes e insalubres. A continuidade da malha, por sua vez, facilitava e garantia um melhor aproveitamento da infra- estrutura urbana.
  • 8. A partir da década de 1930, a cidade se torna cada vez mais independente da dinâmica e da produção rural; da mesma forma, a dinâmica rural se faz redefinida pelas necessidades da vida e da economia urbana. E nesta trajetória, a malha urbana continu a crescer, acompanhada agora por uma crescente especulação imobiliária que transformou as características originais do município. A região central, além de alterações motivadas pela mudança de hábitos e costumes, sofre uma rápida e profunda verticalização de seu espaço, motivada tanto pela concentração de serviços na região, como pela especulação imobiliária. Em poucas décadas, edificações e espaços centenários são Largo do Carmo (antigo derrubados, restando os últimos Largo da Matriz Velha, exemplares em cenários marco zero da cidade) na compeltamente década de 1940 descontextualizados.
  • 9.
  • 10. As projeções – e desejos – de crescimento da cidade se revelariam tão positivas, que o poder municipal resolve contratar (em meados dos anos 1930) os trabalhos do engenheiro e urbanista Prestes Maia para pensar e intervir de maneira planejada em sua malha urbana; destes estudos, nasceriam orientações que por várias décadas promoveram modificações na região central. No alto, foto aérea da região central, podendo-se observar à esquerda o traçado dos 3 arruamentos originais (Luzitana, Dr. Quirino e Barão de Jaguara). Ao lado, um dos desenhos propostos – e posteriormente executado – por Prestes Maia para a região da Estação da Paulista.
  • 11. mudanças no campo da saúde (1930 – 1940) Criação da Secretaria de Estado da Educação e da Saúde Pública (1931) e do Departamento de Saúde (1938) que retoma a educação sanitária e os centros de saúde nos diversos Distritos Sanitários (suspensos em 1931), instalando também diversos Hospitais Psiquiátricos e de Postos de Assistência Médico Sanitária (1942) Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs): atendimento por setor produtivo (ferroviários, bancários, etc..) em hospitais e consultórios credenciados A Lei n.° 378, de 13 de janeiro de 1937, instituiu o CNS e reformulou o Ministério da Educação e Saúde Pública, e debatia apenas questões internas. Nesse período, o Estado não oferecia assistência médica, a não ser em casos especiais, como tuberculose, hanseníase e doença mental
  • 12. Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde de Campinas e Região 1938 carta sindical concedida pelo Ministério do Emprego e Trabalho ao pedido feito por um grupo de 20 trabalhadores Profissionalização da categoria Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde de Campinas e Região Valorização da força de trabalho Em outubro de 1938, foi formada a organização por meio de carta sindical concedida pelo Ministério do Emprego e Trabalho ao pedido de um grupo de 20 trabalhadores de trabalhadores da Saúde, liderados por Vitório Chináglia. O documento é o primeiro registro da ação dos trabalhadores da saúde que buscavam valorização da sua força de trabalho e a profissionalização da categoria, e apresentava 36 propostas de sindicalização.
  • 13. Fundação oficial do SINSAÚDE no processo de 1941, expedido em setembro de 1944
  • 14. Os primeiros registros mostram que em 1940 o Sinsaúde possuía 130 associados. sendo 59 mulheres. Nesta mesma década, diretores ligados ao Partido Comunista são perseguidos e a agremiação colocada na ilegalidade Oriundos das classes operárias, os funcionários da saúde dos anos 30/40 se faziam presentes em número significativo nos cuidados prestados aos pacientes de hospitais, casas de saúde e santas casas e, por isso mesmo, dependiam dos salários para sobreviver. Equivocadamente, ainda eram tratados como ‘voluntários’ e, por essa razão, submetidos a baixos salários e jornadas de trabalho exaustivas. Desde sua fundação, as lideranças da saúde colocam o debate acerca da humanização do trabalho na área da saúde e a necessidade de melhoria dos salários e jornadas mais curtas de trabalho como as principais metas da entidade. A adesão à entidade foi crescente nos anos seguintes e decai na década de 60, o que se justifica pelos reveses da política brasileira que atingiram drasticamente o movimento sindical após o golpe militar de 1964.
  • 15.
  • 16. transformações da saúde na década de 1950 • Criação da Secretaria de Estado da Saúde Pública e da Assistência Social (final da década de 1940): multiplicação das unidades de saúde na capital e no interior, com atendimento, em especial, das populações carentes (não atendidas pelos IAPs); • Os Institutos de Aposentadoria e Pensões começam a organizar a assistência médico- hospitalar em Campinas (ferroviários, comerciários, funcionários dos transportes coletivos) junto à Casa de Saúde (1952), Beneficiência Portuguesa, Hospital Irmãos Penteado, Maternidade de Campinas, Clínica Santo Antônio, Clínica Pierro, Penido Burnier e Hospital Vera Cruz; • Campinas: 198 médicos de várias especialidades, 23 estabelecimentos de saúde (15 hospitais, 3 clínicas, 1 dispensário, 3 serviços oficiais de saúde pública com 1686 leitos em uma população de 155.358 habitantes
  • 18. 1964 Foi a partir dos anos 1950/1960, o crescimento urbano deixou de se fazer contínuo, entrando em cena um processo de ocupação/especulação do solo que buscaria transformar áreas rurais em urbanas sem oferecer condições infra-estruturais. Como resultado, a malha urbana passaria a contar com inúmeros “vazios”, encarecendo seu processo de desenvolvimento e expondo a população a imensas dificuldades.
  • 19. Imagens das décadas de 1970/2000
  • 20. 1966 - Acaba a estabilidade no emprego e cria- se o FGTS Em 1964, todas as categorias Retomada do movimento operário. profissionais organizadas sofreram Cria-se o Movimento Intersindical anti-Arrocho a intervenção militar em suas (MIA). Participaram os sindicatos dos entidades sindicais. Apesar disso, metalúrgicos de São Paulo, Santo André, a base do SINSAÚDE conseguiu Guarulhos, Campinas e Osasco para colocar abrir espaço para dar um fim ao arrocho salarial. Só o sindicato de continuidade à organização da Osasco propunha avanços fora dos limites categoria, lançando as primeiras impostos pelo Ministério do Trabalho. edições do jornal “ESPARADRAPO”, numa alusão de 1968 - Greve de Osasco, sob o comando de José Ibrahim. Iniciada em 16 de julho, com a protesto à falta de liberdade de ocupação da Cobrasma. No dia seguinte, o expressão e , ao mesmo tempo, Ministério do Trabalho declarou a ilegalidade um nome que buscava identidade da greve e determinou a intervenção no com o trabalho do setor. Até hoje sindicato. quatro dias depois, os operários esse jornal é a principal retornam ao trabalho. Em outubro de 1968 a ferramenta de comunicação com greve em Contagem também contra o arrocho os trabalhadores. salarial, que também foi reprimida, vencendo o movimento quatro dias depois.
  • 21. O ESPARADRAPO na década de 1970, em plena ditadura militar Com a destituição da diretoria sindical, Doraci Silva foi indicado interventor pelo governo. Após alguns anos ocupando a presidência do Sindicato ele foi eleito pela categoria para permanecer no cargo, só saindo em 1984. Nesse período de turbulência, o trabalho sindical ganhou contornos assistencialistas e as ações trabalhistas ficaram paralisadas. O profissional da saúde volta a ver seu trabalho sendo confundido com o voluntarismo, característico da ação humanitária e filantrópica, desenvolvida por senhoras da sociedade e religiosas do início do século 20.
  • 22. Novas mudanças da saúde entre os anos 1960 a 1980 • 1965: 17 hospitais privados lucrativos ou filantrópicos, com 2264 leitos; • Criação de Empresas médicas/ medicina de grupos: SAMCIL e UNIMED (1970) • Atendimento Público: Pronto Socorro (transformado no Hospital Mário Gatti em 1973), Posto Central e 6 Postos Distritais Municipais. Entre 1977/1978, criação de 8 700000 novos postos de saúde em bairros periférios (4 estaduais e 4 municipais) e 2 hospitais 600000 universitários (PUCC e UNICAMP); 500000 400000 • Criação do Centro Médico de Campinas população 300000 (1971, pela Fundação Robert Bosch) e do 200000 Centro Infantil Dr. Boldrini (anos 1980) 100000 0 1886 1940 1960 1970 1980
  • 23. 1984
  • 24. 1984 Chapa Unidade & Ação: nova gestão sindical • nova política de sindicalização da categoria: campanha garante o dobro de sócios no final do ano. De 2728 sócios, passa-se a contar com 6000 sócios reestruturação e criação de novas sub-sedes 8912 associados O fortalecimento da entidade foi estratégico para garantir os avanços que a nova diretoria, empossada em 1984, pretendia para os trabalhadores. E eles aconteceram como comprovam alguns dos benefícios conquistados ao longo dos anos. Ainda em 1985, o Sinsaúde garantiu aos trabalhadores o pagamento do adicional de insalubridade. Implantou ainda uma política de comunicação com a renovação gráfica do Jornal Esparadrapo, o que garantiu o prêmio de melhor publicação da imprensa sindical.Com a organização e mobilização da categoria, novas conquistas se somaram.
  • 25. Em 1986 foram oficializados os pisos salariais diferenciados por função. Em 1987, foram inauguradas novas subsedes e iniciado o processo de reforma do Clube de Campo Anna Nery, na Estrada Campinas-Monte Mor.
  • 26. Greve geral de 1989 que durou 40 dias em toda base sindical Unificação da jornada especial de trabalho acontece nesta greve
  • 29. Fevereiro de 1995 Greve de 11 dias no Hospital Celso Pierro (PUC-Campinas)
  • 30. Em 1990, a diretoria adquire o terreno onde seria construída a Colônia de Férias Recanto da Saúde, em Peruíbe, cuja inauguração acontece em 1991. Entre 1996 e 2000, implanta-se o programa educacional denominado Projeto Educação na Saúde (PES), base para a criação, pelo Sinsaúde, do Instituto de Saúde Integrada (ISI), em 30 de agosto de 2005.
  • 31. Hospital Celso Pierro – Puc Campinas, em 1998 Assembléias lotadas na Assembléias aprovação das Pautas de na porta dos Reivindicações para os hospitais Dissídios Coletivos
  • 32. A maior greve da categoria, com até 46 dias, ocorreu em 1999, tendo a jornada especial com folgas, 120 dias de licença-gestante, cesta básica mensal e o auxílio-creche como as bandeiras de luta. Os trabalhadores tiveram garantia desses direitos e um aumento salarial histórico de 102,13% Pouco a pouco, a entidade passa a Com campanhas regulares, a adesão ao Sinsaúde representar os trabalhadores da área apresentou um crescimento vertiginoso. Ao final da saúde em 172 cidades paulistas de 25 anos (2009), 22 mil profissionais da saúde são associados e a categoria é calculada em 30 mil trabalhadores. O índice de sindicalização é de 74%, o que demonstra que a representatividade da entidade supera os níveis históricos de sindicalização da própria categoria e também do País.
  • 33. PARTICIPAÇÃO POLÍTICA E SOCIAL Municipal, Estadual e Federal
  • 34. ATENDIMENTO A POPULAÇÃO Ações junto à comunidade pela valorização dos profissionais da Saúde
  • 36. PATRIMÔNIOS • Clube de Campo Anna Nery, em Monte-Mor; • Rancho de Panorama • Colônia de Férias Recanto da Saúde, em Peruíbe.
  • 37. RESUMO DAS PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SINSAÚDE PELA CATEGORIA • Piso profissional por função • Cesta Básica mensal • Assistência Médica • Anuênio • Jornada especial de trabalho • 100% nas horas trabalhadas em período de descanso • Folgas mensais • Dia do profissional da Saúde (12 de maio) • Auxílio-Creche • 120 dias de licença-gestante • NR 32 e Adicional de Insalubridade • Capacitação Profissional - ISI
  • 38. O Sinsaúde representa e proporciona meios que promovam social, cultural e economicamente os trabalhadores e trabalhadoras da saúde. Atua politicamente junto aos órgãos sindicais, governamentais e empresariais propondo ações que visam à organização dos trabalhadores e trabalhadoras e à melhoria do sistema de saúde. Para atingir seus objetivos utiliza todos os meios, ferramentas e tecnologias disponíveis, prestando seus serviços com qualidade e excelência. • Alcançaremos: Padronização do atendimento e identidade visual em todas as unidades; Unificação e ampliação dos benefícios sociais e ganhos salariais reais para a categoria; Inserção política em todas as esferas e organismos de representação; e reconhecimento mundial. • Por meio de: Desenvolvimento e aprimoramento contínuo da capacitação de trabalhadores, trabalhadoras, dirigentes e colaboradores sindicais nos níveis administrativo, técnico e político; Estabelecimento de alianças com órgãos públicos e privados de representação nacional e internacional; Otimização da tecnologia da informação com ênfase na conectividade e interatividade entre os vários órgãos do governo e de representação nacional e internacional; e com os trabalhadores e trabalhadoras da saúde. Organização interna e consolidação da aliança entre dirigentes e colaboradores sindicais; e Consolidação das fontes de custeio para realização das atividades.
  • 39. Ações sindicais Hospital Celso Pierro – Puc-Campinas, em 1998 Assembléias na porta Assembléias lotadas na dos hospitais aprovação das Pautas de Reivindicações para os Dissídios Coletivos
  • 40. O Abraço na Saúde – Fev. 1995 Greve de 11 dias no Hospital Celso Pierro ( PUC-Campinas) foi capa do Diário do Povo
  • 41. Atendimento à população Ações junto à comunidade pela valorização dos profissionais da Saúde
  • 42. Principais conquistas do SINSAÚDE na luta pela categoria • Piso profissional por função • Adicional de Insalubridade • Cesta Básica mensal • Assistência Médica • Anuênio • Jornada especial de trabalho • 100% nas horas trabalhadas em período de descanso • Folgas mensais • Dia do profissional da Saúde (12 de maio) • Auxílio-Creche • 120 dias de licença-gestante • Capacitação profissional
  • 43. indicalização - 74% dos trabalhadores são associados Segundo estudos feitos com base em dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), nesta última década houve crescimento nos índices de sindicalização no Brasil. Eles chegam a 28,4% para os trabalhadores da rede privada e 40,9% no setor público.
  • 44. Eventos Sociais e Esportivos
  • 45. Mãe e Profissional do Ano Homenagem em Jundiaí, e Campinas nos idos das décadas de 80/90 Rainha Hospitalar – concurso sindical histórico que depois se transformou em Rei e Rainha Hospitalar
  • 47. Patrimônios (Fotos)Clube de Campo Anna Nery, em Monte- Mor; Rancho de Panorama, e Colônia de Férias Recanto da Saúde, em Peruíbe.
  • 50. Capacitação Profissional Casa de Saúde Campinas Santa Casa de Campinas São Vicente de Paula de Jundiaí Inclusão digital Qualidade no atendimento Atendimento Psiquiátrico 2006 2005 2007 Projeto Educação na Saúde formou 16,9 mil profissionais entre os anos de 1997 e 2001 na base estadual da Saúde