O poema reflete sobre poetas que trabalham em seus versos como carpinteiros trabalham com madeira, e como a Terra é a única casa artística que muda e permanece a mesma. O poeta observa as flores e sorri, sem saber se elas o compreendem ou vice-versa, mas sabe que a verdade está nas flores e nele próprio, e em sua divindade comum de se deixarem viver pela Terra.
2. E há poetas que são artistas E trabalham nos seus versos Como um carpinteiro nas tábuas! ...
3. Quando a única casa artística é a Terra toda Que varia e está sempre bem e é sempre a mesma.
4. Penso nisto, não como quem pensa, mas como quem respira, E olho para as flores e sorrio...
5. Não sei se elas me compreendem Nem sei eu as compreendo a elas,
6. Mas sei que a verdade está nelas e em mim E na nossa comum divindade De nos deixarmos ir e viver pela Terra
7. E levar ao solo pelas estações contentes E deixar que o vento cante para adormecermos E não termos sonhos no nosso sono.
8. AUTORIA: Fernando Pessoa FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan [email_address] MÚSICA: Clair de lune Execução: Nana Mouskouri (Repasse com os devidos créditos) BLOG: www.mimabadan.blogspot.com PPSs e ESTÓRIAS INFANTIS em: www.slideshare.net/mimabadan
9. Que triste não saber florir! Ter que pôr verso sobre verso, corno quem constrói um muro E ver se está bem, e tirar se não está! ...