3. E é verdade.
Só que as mães têm uma maneira muito peculiar de amar;
acham que para as filhas serem felizes só precisam de
duas coisas: proteção e segurança – econômica, claro.
Elas conhecem a vida, já passaram por boas e péssimas
e sabem que o amor e uma cabana são coisas de romance –
nada a ver com a realidade.
4. O pior é que os homens mais interessantes, aqueles que
despertam paixões, são, na maioria, pobres.
E evidentemente não trabalham, porque têm mais o que fazer.
Como trabalhar se têm que ir à praia, fazer ginástica, saber
como vão os campeonatos de futebol para poder à noite estar
de cabeça fresca dizendo que passaram o dia pensando no
momento em que iriam encontra- la?
5. Como perceber que ela emagreceu, que o vestido
é novo se trabalharam o dia inteiro?
Sinceramente: um homem sério, que passa a vida
cuidando de cálculos, taxas de juros, vai notar
que ela fez três mechas no cabelo?
Mas é disso que mulher gosta, e é por esses que elas
costumam se apaixonar.
6. As mães vão ser contra, sempre, por amor, é claro.
E, quando aparecer um bom rapaz, de boa família,
trabalhador, é a favor dele que vão ficar,
por amor, é claro.
Esse faz tudo direito: é gentil e lembra todas as datas.
7. Já o outro faz com que a filha às vezes se desespere,
mas basta um “vem cá meu bem” para ela esquecer
tudo que ele aprontou, enquanto o outro dá a impressão
de que nunca vai fazê-la sofrer.
8. É disso que mãe gosta, com toda razão.
Não adianta tentar explicar que não sente um pingo de emoção
quando o vê e que preferiria morrer virgem, se virgem fosse, a
dormir na mesma cama com ele.
Que mãe que entende isso?
Não dá para contar a uma mãe extremosa que, quando o outro
chega e passa a mão na cintura dela, dá aquele aperto e
diz, baixinho, “gostosa”, ela se arrepia toda.
9. Que ela prefere esse momento a qualquer iate, a qualquer
viagem, com direito a comer trufas brancas na Toscana como
se fosse farofa.
Ah, nenhuma mãe entende isso – porque as mães se
esqueceram de quando eram jovens.
Não que não tenham memória – têm, sim.
10. Mas se lembram de que, quando preferiram o amor
à tal da segurança, um dia o amor acabou; e quando
preferiram a segurança ao amor se lembraram
com saudades do outro, aquele.
Elas só se esquecem de que experiência não
se transmite e de que qualquer casamento
com qualquer homem pode dar certo ou errado.
11. Mãe quer, entre outras coisas,
um pouco de tranquilidade.
Se a filha escolhe um bonitão irresponsável,
sabe que vai sobrar para ela,
que está cansada de passar noites em claro
imaginando onde está a filha.
12. Mãe ama os filhos, mas prefere vê-los ligados a pessoas
sérias, com quem possam dividir a responsabilidade, e dormir
as noites em paz.
As filhas não sabem que mãe, além de amar, também precisa
de um pouco de sossego.
13. Mas, quando essas filhas crescerem
e tiverem os próprios filhos,
vão pensar e agir exatamente
da mesma maneira.
Então, e só então, vão entender.
14. AUTORIA: Danuza Leão
FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan
mimabadan@yahoo.com.br
MÚSICA: Douce Amanda
Execução: André Gagnon
(Repasse com os devidos créditos)
BLOGs de MIMA BADAN:
www.mimabadan.blogspot.com
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PPSs e ESTÓRIAS INFANTIS de MIMA BADAN em:
www.slideshare.net/mimabadan