Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Teoria da produção 2011_01
1. Economia Empresarial
Unidade III – Teoria da Produção
Milton Henrique do Couto Neto
miltonh@terra.com.br
2. Teoria da Produção
• Serve de base para análise das relações entre
produção e custos de produção;
• Constitui-se no alicerce do estudo da
determinação da procura da firma com
relação aos fatores de produção de que
necessita quando da realização do processo
produtivo.
4. Firma
• Unidade técnica que produz bens e serviços.
• Unidade de produção que atua
racionalmente, procurando maximizar seus
resultados relativos a produção e lucro.
5. Produção
Insumos Produto Acabado
As empresas transformam insumos, também denominados
fatores de produção, em produtos acabados.
6. Pouco Insumo Pouco Produto Acabado
Produção
Muito Insumo Muito Produto Acabado
Restrição financeira? Restrição econômica? Restrição técnica?
7. Fatores de Produção
Mão de Obra Materiais Capital
Trabalhadores Matéria prima Edificações
especializados
Trabalhadores Eletricidade, Equipamentos
não água, etc.
especializados
Esforços Inventários
empreendedores
dos
administradores
8. Função Produção
• Relação entre a quantidade física dos fatores
e a quantidade física do produto;
Ou...
• Relação que indica quanto se pode obter de
um ou mais produtos a partir de uma dada
quantidade de fatores.
10. • Processo de Produção Indica:
– Indica quanto de cada fator se Várias formas
faz necessário para obter certa de se produzir
quantidade de produto.
É diferente de...
• Função Produção
– Indica o máximo de produto que A forma mais
se pode obter a partir de uma eficiente de
dada quantidade de fatores,
produção
mediante a adequada escolha
do processo de produção.
11. Função Produção - Matemática
q = f (X1, X2, X3, X4, ..., Xn)
Onde q é a quantidade produzida do bem e X1,
X2, X3, ..., Xn identificam as quantidades utilizadas
de diversos fatores, respeitado o processo de
produção mais eficiente escolhido.
Microeconomia
(simplificado) q = f (X1, X2)
Onde: q>0; X1>0 e X2>0
12. Curto Prazo X Longo Prazo
Quando nos referimos a produção:
• CURTO Prazo refere-se ao período de tempo
no qual um ou mais fatores de produção não
podem ser modificados.
• LONGO Prazo corresponde ao período de
tempo necessário para tornar variáveis todos
os insumos.
Ou seja, não tem relação com o tempo específico
(dia, mês, ano, etc.).
13. Função Produção - Economia
• Quando pelo menos 1 fator é fixo e os
demais variáveis
– Abordagem Clássica ou de Curto Prazo da
Teoria da Produção;
• Quando todos os fatores são variáveis
– Abordagem Moderna ou de Longo Prazo da
Teoria da Produção.
15. Abordagem Clássica – Curto Prazo
q = Quantidade de Produto;
q = f (X1, X20) X1 = Fator Variável
X20 = Fator Fixo
Neste caso, a quantidade produzida, para que se
possa variar, dependerá da variação da
quantidade utilizada do fator variável associada à
contribuição constante do fator fixo, em cada
combinação dos fatores utilizados.
16. Produto Médio e Produto Marginal
q = Quantidade de Produto;
q = f (L, K) L = Mão de Obra - Variável
K = Capital - Fixo
Mão de Capital Produto Total
Obra (L) (K) (q)
0 10 0
1 10 10
2 10 30
3 10 60
4 10 80
5 10 95
6 10 108
7 10 112
8 10 112
9 10 108
10 10 100
17. Produto Médio e Produto Marginal
q = Quantidade de Produto;
q = f (L, K) L = Mão de Obra - Variável
K = Capital - Fixo
Mão de Capital Produto Total Produto Médio
Obra (L) (K) (q) (q/L)
0 10 0 -
1 10 10 10
2 10 30 15
3 10 60 20
4 10 80 20
5 10 95 19
6 10 108 18
7 10 112 16
8 10 112 14
9 10 108 12
10 10 100 10
18. Produto Médio e Produto Marginal
q = Quantidade de Produto;
q = f (L, K) L = Mão de Obra - Variável
K = Capital - Fixo
Mão de Capital Produto Total Produto Médio Produto Marginal
Obra (L) (K) (q) (q/L) (∆q/∆L)
0 10 0 - -
1 10 10 10 10
2 10 30 15 20
3 10 60 20 30
4 10 80 20 20
5 10 95 19 15
6 10 108 18 13
7 10 112 16 4
8 10 112 14 0
9 10 108 12 -4
10 10 100 10 -8
19. Produto Total, Médio e Marginal
• Produto Total (PT)
– Volume total produzido de um determinado
produto;
• Produto Médio (PM)
– Volume médio de produtos que foram produzidos
com o fator de produção disponível;
• Produto Marginal (PMg)
– Volume de produção adicional ocasionado pelo
acréscimo de uma unidade do fator de produção;
20. Graficamente
Produto Total
Produto Médio
Produto Marginal
21. q
112
D
Graficamente
C
Produto Total
B
60
A
L
2 3 4 8
q/L Acima de 8 unidades de mão de
obra os volumes de produção não
30 M são tecnicamente eficientes.
20
Produto Médio
10
Produto Marginal
L
22. q
112
D
Graficamente
C
Produto Total
B
60
A
L
2 3 4 8
q/L
“RENDIMENTOS CRESCENTES”
PT está aumentando a uma taxa crescente;
30 M
20
Produto Médio
10
Produto Marginal
L
23. q
112
D
Graficamente
C
Produto Total
B
60
A Ponto de Rendimento Marginal Máximo
L
2 3 4 8
q/L
30 M
20
Produto Médio
10
Produto Marginal
L
24. q
112
D
Graficamente
C
Produto Total
B
60
A
L
2 3 4 8
q/L
”RENDIMENTOS
M
DECRESCENTES”
30 PT está crescendo a uma taxa decrescente
20
Produto Médio
10
Produto Marginal
L
25. q
112
D
Graficamente
C
Produto Total
B
60
A Ponto de Produto Total Máximo
L
2 3 4 8
q/L
30 M
20
Produto Médio
10
Produto Marginal
L
26. q
112
D
Graficamente
C
Produto Total
B
60
A
L
2 3 4 8
q/L ”RENDIMENTOS
NEGATIVOS”
M PT está diminuindo
30
20
Produto Médio
10
Produto Marginal
L
27. Análise dos 3 Estágios
• Estágio 1: RENDIMENTOS CRESCENTES
– Aumento da mão-de-obra provoca aumento no produto total, no
produto marginal e no produto médio
• Estágio 2: RENDIMENTOS DECRESCENTES
– Aumento da mão-de-obra provoca aumento do produto total,
diminuição dos produtos marginal e médio
• Estágio 3: RENDIMENTOS NEGATIVOS
– Aumento da mão-de-obra provoca diminuição nos produtos totais,
marginal e médio
28. Lei dos Rendimentos Decrescentes
“À medida que unidades de um recurso
variável (como por exemplo mão de obra) são
adicionadas a um recurso fixo (como capital ou
terra), a partir de algum ponto, o produto
marginal ou extra atribuído a cada unidade
adicional do recurso variável irá se reduzir.”
Se mais empregados forem adicionados numa empresa com
uma quantidade de equipamentos constante, a produção
deverá aumentar em proporções cada vez menores.
29. Custos de Produção
• Custo Fixo (CFT)
– São os custos que não mudam com as variações
na quantidade produzida;
• Custos Variáveis (CVT)
– São os custos que variam com o nível de
produção;
• Custo Total (CT)
– É a soma do custo fixo e do custo variável.
32. Custos de Produção
• Custo Fixo Médio (CFM)
CFT
CFM =
Q
• Custo Variável Médio (CVM) Custos
CVT Médios ou
CVM =
Q Unitários
• Custo Total Médio (CTM)
CT
CTM = = CFM + CVM
Q
33. Custos de Produção
• Custo Marginal (CMg)
– Representa o custo adicional ou extra da
produção de mais 1 unidade de produto.
∆CT
CMg =
∆Q
– Por conseguinte representa também o custo que
pode ser economizado ao não se produzir mais 1
produto.
34. Em contrapartida
• Produto Receita Marginal (PRMg)
– Representa a receita adicional ou extra da
produção de mais 1 unidade de produto.
∆RT
PRM g =
∆Q
Nível Ótimo de Insumo PRMg=CMg
PRMg<CMg A receita a cada unidade produzida é menor que o custo;
Prejuízo Vale a pena produzir menos...
PRMg>CMg A receita a cada unidade produzida é maior que o custo.
Lucro Vale a pena produzir mais...
35. Custo de Produção
• Custo Marginal (CMg) x Produto Marginal (PMg)
W Onde:
CMg = W = Salário por unidade de
PMg trabalho ou mão de obra
Por exemplo:
Se um trabalhador custa R$ 400,00 por semana e aumenta a produção
em 10 unidades, então seu custo marginal é de R$ 40,00;
Se um trabalhador custa R$ 400,00 por semana e aumenta a produção
em 2 unidades, então seu custo marginal é de R$ 200,00;
36. Custo de Produção
• Custo Marginal (CMg) x Produto Marginal (PMg)
PMg CMg
L0 Q0
Trabalho por Produto por
período período
37. Formatos das Curvas de Custo
Custo
($ por
100
ano)
CMg
75
50 CTMe
CVMe
25
CFMe
Produção
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 (unidades/ano)
38. Formatos das Curvas de Custo
• Com relação à reta que
Custos CT
parte da origem e
400
tangencia a curva de CV
custo variável:
300
– Inclinação = CVMe
– A inclinação da curva de
CV num ponto = CMg 200
– Logo, CMg = CVMe para A
7 unidades de produção 100
CF
(ponto A)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Produção
39. Formatos das Curvas de Custo
• Custos unitários Custo
($ por
ano)
– CFMe diminui 100
continuamente CMg
– Quando CMg < CVMe ou 75
CMg < CTMe, CVMe &
CTMe diminuem 50
CTMe
– Quando CMg > CVMe ou CVMe
CMg > CTMe, CVMe & 25
CTMe aumentam
CFMe
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Produção (units/ano.)
40. Formatos das Curvas de Custo
• Custos unitários Custo
($ por
ano)
– CMg = CVMe,CTMe 100
nos pontos de mínimo CMg
75
de CVMe e CTMe
– O CVMe mínimo 50
CTMe
ocorre num nível de CVMe
produção mais baixo 25
que o CTMe mínimo, CFMe
devido ao CF 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Produção (units/ano.)
41. Deslocamentos das Curvas de Custos
CFM CVM CTM CMg
Aumento do
Aumenta Inalterada Aumento Inalterada
Custo Fixo
Aumento do
Inalterada Aumenta Aumenta Aumenta
Custo Variável
Diminuição do
Diminui Diminui Diminui Diminui
Custo Fixo
Diminuição do
Diminui Diminui Diminui Diminui
Custo Variável
CMg
CTM
CVM
CFM
42. Lei dos Rendimentos
Custo Decrescentes
Custo 55
40 CMg 245
24 25 30
16 20 190
Produção Q 150
1 2 3 4 5 6 7
120
95
75
Custo Variável
59
Custo Marginal
35
Custo Fixo
0 1 2 3 4 5 6 7
Produção Q
43. Suponha que o preço de mercado seja de R$ 40,00
Custo
55
CMg
40
Preço de Mercado
24 25 30
16 20
Lucro Prejuízo
1 2 3 4 5 6 7 Produção Q
Até 6 unidades produzidas:
CMg < Preço → Lucro Ponto de Equilíbrio
para a Empresa
Acima de 6 unidades produzidas:
LUCRO MÁXIMO!
CMg > Preço → Prejuízo
44. Custo
55 CMg
40
Preço de Mercado
24 30
25 Preço de Mercado
20 Preço de Mercado
16
1 2 3 4 5 6 7 Produção Q
A R$ 40,00 o ideal é produzir 6 unidades;
A R$ 30,00 o ideal é produzir 5 unidades;
A R$ 25,00 o ideal é produzir 4 unidades;
Etc.
Curva da OFERTA!
46. Resumo
• Até aqui a demanda cresce e, no curto prazo,
para atender ao aumento da demanda a empresa
contrata mais mão-de-obra, mesmo que isso
signifique a produção ultrapassar a capacidade
eficiente das suas fábricas e equipamentos.
• Se o aumento da demanda persistir então com o
passar do tempo a empresa ampliará sua
capacidade para atender à demanda mais
eficientemente. Menor custo!
LONGO
Tempo necessário para isso
PRAZO
47. Isoquantas
q = f (X1, X2)
Mão de Obra
1 2 3 4 5
1 20 40 55 65 75
2 40 60 75 85 90
Capital
3 55 75 90 100 105
4 65 85 100 110 115
5 75 90 105 115 120
Exemplo: 2 unidades de mão de obra por ano e 3 unidades de
Exemplo
capital por ano resultam em 75 unidades de produto por ano
Existem outras formas de obter 75 unidades de produto por ano!
48. Isoquantas
Capital por ano
Isoquanta é uma curva que
representa todas as possíveis
5
combinações de insumos, que
resultam no mesmo volume
4
de produção
3
Q3= 90
2 Q2= 75
1 Q1= 55
1 2 3 Mão de Obra por ano
49. Taxa Marginal de Substituição Técnica
Capital por ano
É a taxa pela qual um insumo pode ser
substituído por outro no processo de produção,
enquanto o produto total permanece constante.
5
∆Y
TMST =
4 ∆X
3 2
TMST = = 1
2
2
Pode-se substituir 1 unidade
de capital por 1 unidade de
1 mão de obra que o produto
total não irá se modificar.
1 2 3
Mão de Obra por ano
50. Linhas de Isocusto
• Se CX e CY forem os preços unitários dos
insumos X e Y, respectivamente, o custo total
C de uma determinada combinação de
insumos será:
C = C X . X + CY .Y
Resolvendo a equação para Y:
C CX Equação das Retas
Y= − .X
C Y CY de Isocusto “C”
52. Isoquantas e Isocustos
Capital por ano
Q3= 90
Q2= 75
Q1= 55
Mão de Obra por ano
C1 = R$ 200,00 C2 = R$ 350,00 C3 = R$ 450,00
53. Capital Minimização do Custo Total
por ano
Região
Factível
Ponto Ótimo
Menos Q3= 90
custo
Mão de Obra por ano
C3 = R$ 450,00
54. Maximização da Produção Total
Capital
por ano
Mais
produção
Ponto Ótimo
Q3= 90
Região
Factível
Mão de Obra por ano
C3 = R$ 450,00
55. Critério Equimarginal
• O PONTO ÓTIMO onde os custos totais serão
minimizados e a produção total será
maximizada é definido por:
PMg X PMgY
=
CX CY
56. Rendimentos Constantes de Escala
• Se a quantidade de insumos dobra, a
produção também dobra; o custo médio é
constante para todos os níveis de produção.
+ 10% + 10%
Produtos
Insumos Mesma eficiência Acabados
57. Rendimentos Crescentes de Escala
• Se a quantidade de insumos dobra, a
produção mais do que dobra; o custo médio
diminui com o aumento da produção.
+ 10% + 20%
Produtos
Insumos Melhora a eficiência Acabados
58. Rendimentos Decrescentes de Escala
• Se a quantidade de insumos dobra, a
produção aumenta menos do que o dobro; o
custo médio se eleva com o aumento da
produção.
+ 10% + 8%
Produtos
Insumos Piora a eficiência Acabados
59. $
Escala e Custos
Custo Médio de
Longo Prazo
Ou
Custo Unitário
A B
Qtd.
Insumos (I) Produção (Q) Proporção I/Q Custo por unidade ($)
24 8 3 30
48 24 2 20
I
96 48 2 20
Cunitário = P.
192 60 3,2 32 Q
Considere o preço de cada insumo = R$ 10,00
60. Custo médio e custo marginal a longo prazo
Custo
($ por unidade
O custo marginal de longo
de produção prazo determina a evolução
do custo médio de longo
prazo:
CMgLP
CMeLP
A
Se CMgLP < CMeLP, CMeLP está diminuindo
Se CMgLP > CMeLP, CMeLP está aumentando
Logo, CMgLP = CMeLP no ponto de mínimo do CMeLP
Produção
61. Economia e Deseconomia de Escala
• Economias de Escala
– O aumento da produção é maior do que o
aumento dos insumos.
• Deseconomias de Escala
– O aumento da produção é menor do que o
aumento dos insumos.
62. Medição da Economia de Escala
• Ec = variação percentual do custo resultante de um
aumento de 1% na produção
Ec = (∆C / C ) /( ∆Q / Q)
Ec = (∆C / ∆Q) /(C / Q) = CMg/CMe
EC < 1: CMg < CMe
Economias de Escala
$
CMgLP
EC = 1: CMg = CMe
CMeLP
Economias Constantes de Escala
EC > 1: CMg > CMe
A
Deseconomias de Escala
Qtd