2. O Brasil vem crescendo consideravelmente nos últimos
anos. O Rio de Janeiro, por exemplo, pelos grandes eventos
que vai sediar nos próximos anos, apresenta a Operação
Urbana Porto Maravilha que está preparando a Região
Portuária para integrar este processo de desenvolvimento.
3. Sua finalidade é promover a reestruturação local, por meio da
ampliação, articulação e requalificação dos espaços públicos da
região, visando à melhoria da qualidade de vida de seus atuais e
futuros moradores e à sustentabilidade ambiental e socioeconômica
da área
Já estão finalizadas as obras da primeira fase, que incluem a
construção de novas redes de água, esgoto e drenagem nas
avenidas Barão de Tefé e Venezuela e a urbanização do Morro da
Conceição, além da restauração dos Jardins Suspensos do Valongo.
4. Toda a região será reurbanizada até 2016 e um novo padrão
de qualidade dos serviços urbanos será introduzido, como,
por exemplo, coleta seletiva de lixo e iluminação pública
eficiente e econômica. Como complemento às intervenções
urbanísticas já mencionadas, pode-se citar as importantes
mudanças viárias: a demolição do Elevado da Perimetral, a
transformação da Avenida Rodrigues Alves em via expressa, a
criação de uma nova e rota, chamada provisoriamente de
Binário do Porto, e a reurbanização de 70 km de vias.
5. O Porto Maravilha também realizará ações para a valorização do
patrimônio histórico da região, como a implantação do Museu de
Arte do Rio de Janeiro (Mar), na Praça Mauá, e do Museu do Amanhã,
no Píer Mauá
6. Principais obras:
Construção de 4 km de túneis;
Reurbanização de 70 km de vias e 650.000 m² de calçadas;
Reconstrução de 700 km de redes de infraestrutura urbana (água, esgoto, drenagem);
Implantação de 17 km de ciclovias;
Plantio de 15.000 árvores;
Demolição do Elevado da Perimetral (4 km);
Construção de três novas estações de tratamento de esgoto.
7.
8. A Avenida Perimetral é um elevado que liga o bairro do Caju até
a Praça XV. Corta os bairros do Caju, parte de São Cristóvão, Santo
Cristo, Gamboa e Saúde, com circulação estimada em 40 mil
veículos. É uma das mais importantes vias da cidade, permitindo o
acesso à Avenida Brasil, à Ponte Rio-Niterói e ao Aeroporto Santos
Dumont.
9. Quando foi construída, no início dos anos 50, tinha como
meta desviar o tráfego intenso vindo da Avenida Brasil para
o centro. Também foi a solução de ligação entre as zonas Sul
e Norte sem que os veículos passassem pelo centro da
cidade.
Hoje, estudos técnicos comprovam que a remoção da
Perimetral é fundamental para melhorar o trânsito na região.
A decisão tem como base a Pesquisa Vida e Morte das
Autovias Urbanas do Institute for Transportation &
Development Policy (ITDP), que apurou que 17 cidades dos
Estados Unidos, da Europa e de países asiáticos já demoliram
seus grandes viadutos.
10. As razões para a demolição de elevados em todo o mundo
variam entre o alto custo para manter estruturas gigantescas
e projetos de revitalização para recuperar áreas degradadas
pela instalação desses viadutos. O estudo do ITDP aponta que
elevados são soluções ultrapassadas e caras. Um dos
exemplos da pesquisa é o caso de São Francisco, na
Califórnia, que demoliu viaduto de 2,6 Km da região portuária
durante revitalização. Hoje, passada a polêmica, muito similar
à do Rio de Janeiro, o local conhecido como Embarcadero, em
frente ao Cais do Porto, é um dos pontos turísticos da cidade
mais visitados
11. A saturação da Perimetral também foi levada em conta. De
acordo com as pesquisas, a capacidade de tráfego no local já
ultrapassou o ideal de 2000 veículos por hora para as vias
expressas. Mais alarmante ainda foi a contagem de veículos a
caminha do Centro, com 119% a mais do que o que deveria.
12.
13. A concepção de um novo sistema viário, que inclui 30 Km de
vias para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), 17 Km em
ciclovias e ruas para passagem exclusiva de pedestres, segue
lógica muito diferente da atual. O VLT ligará os principais
modais de transporte (estações de ônibus, teleférico da
Providência, trens, metrô, barcas e aeroporto), diminuindo o
número de carros e ônibus no Centro.
14. Em substituição à Perimetral e à Rodrigues Alves, as vias Binário do
Porto e Expressa vão acrescentar faixas de rolamento ao novo sistema
viário, que aumentarão a capacidade em cerca de 40%. A Via Expressa ligará
o Aterro do Flamengo (Mergulhão da Praça XV) à Avenida Brasil e à Ponte
Rio-Niterói. Quando se substitui por túnel o trecho da Rodrigues Alves entre
o Armazém 6 e a Praça Mauá, ganha-se o mesmo espaço em passeio público
arborizado, com ciclovia, área de convivência, circulação de pedestres e
passagem do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
15. A Via Binário do Porto fará a ligação entre a Rua Primeiro de Março e a
Rodoviária (no sentido Avenida Brasil/Ponte) com várias saídas para a
distribuição interna do trânsito. No sentido Centro, a via conecta o
Gasômetro à Praça Mauá.
A avenida do Binário do Porto contará com dois túneis: um pequeno, o
Túnel da Saúde, terá apenas 60 m de extensão e passará sob o Morro da
Saúde, localizado no bairro de mesmo nome; outro maior, o chamado Túnel
do Binário, terá 1.100 m de extensão e ligará a rua 1º de Março à nova via do
Binário. A avenida passará sob o Morro do Mosteiro de São Bento e sob a
Praça Mauá e voltará à superfície alguns metros à frente, na Avenida Barão de
Teffé.
16.
17.
18. 1-Aspectos Gerais
São definidos como Resíduos Sólidos da Construção Civil (RCC) aqueles vindos de
construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os
resultantes da preparação e da escavação de terrenos, comumente chamados de
entulhos de obras.
São separados em 4 classes básicas. Nessa fase da obra, as 4 classes são
esperadas e sua destinação será tratada em outro tópico. São elas:
19. 2 – Estimativa Quantitativa dos Resíduos:
A partir do levantamento de campo e dados da estrutura, a estimativa feita
sobre o volume dos resíduos que serão gerados na demolição do acesso à
Perimetral e das áreas de apoio pode ser analisada na seguinte tabela:
20. 3 – Segregação, acondicionamento e movimentação:
Os resíduos de Classe A, compostos basicamente por resíduos de concreto e solo
serão acumulados no canteiro de obras em áreas pré-definidas. Ressalta-se que os
materiais de escavação serão transportados diretamente para o local de disposição final
ou para a britagem. O transporte desse tipo de resíduo será feito por caminhões com
carroceria basculante e com apoio de equipamento auxiliar de carregamento.
Os resíduos de Classe B possuem grande potencial para reaproveitamento e
reciclagem e serão acumulados e/ou acondicionados de acordo com o volume. Serão
utilizados tambores metálicos com capacidade aproximada de 200 litros para armazenar
os resíduos. Em outros locais, onde o volume dos mesmos seja maior, serão utilizadas
caixas do tipo Brooks (5 m³) ou tipo roll-on/roll-of (17 a 30 m³).
21. Os resíduos de Classe C não são recicláveis e, como já mencionado anteriormente
na tabela, serão enviados para um aterro industrial. Antes disso, serão
acondicionados em lixeiras com tampa e sacos plásticos e removidos por
empresas contratadas e licenciadas.
Já os resíduos de Classe D serão armazenados em caçambas metálicas de
cor laranja e/ou local impermeabilizado e coberto (identificados e sinalizados).
Quando necessário, podem ser armazenador também em sacos plásticos da
mesma cor.