1. A propósito dos tempos conturbados que vivemos, revisitei e reli, um livro de
referência em Estratégia de Empresas e que, pelo sua actualidade, aqui faço
um resumo. Falo do livro “Competing for the Future” de C.K.Prahalad e Gary
Hamel que, no essencial, sugere uma competição pelo futuro em três estágios :
Estágio 1: competição pela liderança intelectual, pelo desenvolvimento
de uma previsão do futuro do sector , pela elaboração de uma
arquitectura estratégica e de uma intenção estratégica;
Estágio 2: competição pela definição dos caminhos de migração,
desenvolvendo previamente competências-chave, explorando conceitos
alternativos de produtos-chave e reconfigurando a ligação com o
consumidor;
Estágio 3: competição pela posição e participação no mercado, criando
uma rede mundial de fornecedores, elaborando uma estratégia
apropriada de posicionamento.
De acordo com os autores, haverá também uma competição pela competência
que ocorre em 4 níveis:
Nível 1: desenvolvimento e acesso a habilidades e tecnologias;
Nível 2: competição pela síntese de competências;
Nível 3: competição pela maximização do segmento do produto-chave
da organização;
Nível 4: competição pela maximização do segmento da fatia do produto
final (marca própria + OEM)
Para identificar as competências-chave, os autores definem uma agenda de
aquisição de competências-chave através da Matriz competência-chave versus
mercado:
COMPETÊNCIA
Liderança Megaoportunidades
Nova
-CHAVE
Em 10
Preenchimento Espaços
Existente
Dos espaços Em branco
Existente Novo
MERCADO
Como ferramenta essencial à competição pelo futuro, os autores definem o
conceito de Marketing Expedicionário como instrumento que corrige a direcção,
que permite aprender mais rápido do que os concorrentes e mais barato.
No último estágio da competição pelo futuro, os autores propõe aos gestores o
conceito de percepção global, que tal como o marketing tem 4 “p’s” mas vai
mais longe:
- percepção global;
- proximidade;
- predisposição;
- propagação.
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Miguel Cristóvão, 11 de Fevereiro de 2009
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2. Em conclusão, o livro de Prahalad e Hamel propõe:
- mais construção do que downsizing;
- mais crescimento orgânico do que acordos de negócios;
- mais redefinição do sector do que reengenharia;
- mais possibilidades a longo prazo do que viabilidade a curto prazo;
- mais alavancagem de recursos do que alocação.
Assim sendo, a questão para os autores é fazer a diferença:
- excedendo as maiores expectativas dos clientes;
- criando produtos e serviços inimaginados;
- abrindo caminho para a contribuição pessoal dos colaboradores;
- inventando um novo espaço competivo.
Tenta-se de seguida, neste breve contributo, reunir os conceitos expressos
pelos autores num “modelo de síntese” :
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Miguel Cristóvão, 11 de Fevereiro de 2009
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