SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 53
Alcoolismo
O USO DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS ESTÁ
PRESENTE EM TODAS AS
CULTURAS E
REPRESENTA UM
PROBLEMA FÍSICO E
SOCIAL NO MUNDO
INTEIRO
Introdução:



 Álcool, é um líquido incolor, volátil, com
   odor característico, obtido através da
fermentação de uma solução que contenha
                  açúcar.
TIPOS DE ÁLCOOIS

 1. Álcool etílico ou etanol: encontrado em todas as bebidas.
 2. Álcool metílico ou metanol: usado como solvente.
 3. Álcool isopropílico: usado como antiséptico externo.
 4. Glicerina (tri-álcool): Usado na fabricação de sabonetes,
medica-
    mentos, tintas, explosivos, etc.

                 UTILIZAÇÃO COMERCIAL

Os álcoois, em geral, são utilizados comercialmente como
                      - combustíveis,
                        - solventes,
                - na limpeza doméstica e
      - como componentes nas bebidas alcoólicas.
CLASSIFICAÇÃO DAS BEBIDAS QUANTO AO
               TEOR ALCOÓLICO (%)

 1) fermentadas: produzidas a partir de grãos e frutas
    – cerveja (3-9%) e vinho (12%)
 2) destiladas: resultante da destilaçào de bebidas fermenta-
   das
   - uísque (40-50%), - conhaque (45-55%) - aguardente (48%)
 3) compostas: resultantes da combinaçào de bebidas fermentadas e
 destilada, contendo substâncias aromáticas
 – gin (48%)
ETANOL: DROGA DE USO “SOCIAL”

   É UMA DAS DROGAS DE MENOR POTÊNCIA MAS
     CAUSA MAIS MORBIDADE E MORTALIDADE,
    PASSÍVEIS DE PREVENÇÃO, DO QUE TODAS AS
  OUTRAS DROGAS COMBINADAS COM EXCEÇÃO DO
                    TABACO.

1. AFETA A ATIVIDADE DO SNC
2. NÃO É EMPREGADO DENTRO DE UM CONTEXTO TERA-
   PÊUTICO
3. RISCO POTENCIAL DE USO INCORRETO E “ABUSO”
4. HABILIDADE DE REFORÇAR SUA PRÓPRIA INGESTÃO
5. ALCOOLISMO PRINCIPAL PROBLEMA
Tipos de Alcoolismo
1. ALFA: o indivíduo bebe excessivamente, sem perda de controle ou capacida-
  de de se abster.
2. BETA: bebe excessivamente, sem apresentar claras evidências de dependên-
  cia física ou psíquica, mas que apresenta certas complica-ções, tais como neu-
  rite, gastrite, cirrose.
3. GAMA: apresenta tolerância, dependência física e incapacidade de controlar a
  bebida.
4. DELTA: tolerância, incapacidade de abstinência, síndrome da abstinência, mas
  a quantidade consumida ainda pode ser controlada.
5. EPSILON: consumo intermitente.
Histórico:

Árabes desenvolveram a destilação por volta de
800 d.C. ;
Álcool, do árabe “algo sutil”;
Uísque, do gaélico “água da vida”;
Posteriormente o álcool tornou-se o principal
componente de “tônicos” e “elixires” amplamente
comercializados.
Epidemiologia:
54% acidentes de trânsito no país;
51% dos acidentes de trabalho;
20% dos pedidos de divórcio;
60% das ocorrências policiais;
3ª causa de aposentadoria por invalidez;
Há 12 milhões de brasileiros dependentes do
álcool.
Farmacocinética:
 Absorção:
 - POR SER LIPOSSOLÚVEL O ÁLCOOL É PRONTAMENTE
 ABSORVIDO NO ESTÔMAGO E INTESTINO APÓS SUA
 INGESTÃO POR VIA ORAL
 - ABSORÇÀO É COMPLETA PELA MUCOSA DIGESTIVA
 DURANTE A SUA ADMINISTRAÇÀO POR VIA ORAL;



NOTA: O ÁLCOOL NAO PODE SER ABSORVIDO PELO CORPO A
PARTIR DA INALAÇÃO DE SEUS VAPORES E NEM PODE SER
ABSORVIDO ATRAVÉS DA PELE
1.   A TAXA DE ABSORÇÀO DO ÁLCOOL É DOSE DEPENDENTE
2.   A CONCENTRAÇÀO DE ÁLCOOL QUE PROPICIA MAIORES TAXAS DE
     ABSORÇÃO É NACONCENTRAÇÃO DE 20% (EQUIVALE A UMA DOSE DE
     WHISKY OU VODKA DILUIDO COM ÁGUA EM IGUAL PROPORÇÃO.
3.   CONCENTRAÇÕES NA FAIXA DE 40%APRESENTA TAXAS DE ABSORÇÀO
     MENORES PORQUE A ELEVADA CONCENTRAÇÀO DEPRIME A
     ABERTURA DO ESFINCTER PILÓRICO DIMINUINDO O ESVAZIAMENTO
     GÁSTRICO
4.   O MESMO ACONTECENDO COM CONCENTRAÇÕES BAIXAS COMO AS
     ENCONTRADAS NA CERVEJA . O ÁLCOOL DILUIDO EM GRANDES
     VOLUMES DIMINUI O GRADIENTE DE DIFUSÃO

5. BEBIDAS DESTILADAS SÃO ABSORVIDAS MAIS DEPRESSA
   QUE AS FERMENTADAS
1. A INGESTA DE ÁLCOOL EM JEJUM AUMENTA A TAXA
   DE ABSORÇÀO (AUMENTA SUA BIODISPONIBILIDADE)



                A INGESTA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS
                COM ALIMENTOS ( EM ESPECIAL
                GORDUROSOS) DIMINUI A TAXA DE
                ABSORÇÀO


                MULHERES ABSORVEM O ÁLCOOL
                  MAIS DEPRESSA QUE OS HOMENS,
                  PROVOCANDO EFEITOS MAIS
                  RÁPIDOS E MAIS INTENSOS
Após a absorção o álcool é transportado pelo
sangue e distribui por todos os tecido inclusive
o SNC
5 - 10 % SÃO ELIMINADOS INALTERADOS PELOS
               PULMÕES E RINS
      90 %SÃO METABOLIZADAS NO FÍGADO
 Pela álcool desidrogenase e pela oxidase de função mista
A QUANTIDADE DE ÁLCOOL QUE
É ELIMINADO PELA RESPIRAÇÀO
DEPENDE DA CONCENTRAÇÀO
PLASMÁTICA . ISTO É CONHECIDO
COMO A LEI DE HENRY
Farmacocinética:
O álcool pode ser metabolizado a acetaldeído por
2 vias:
1) Via da desidrogenase alcóolica;
2) Via do sistema microssômico de oxidação do
etanol.
Via da desidrogenase alcóolica:
Via do sistema microssômico de
      oxidação do etanol:
Farmacocinética:
Excreção:
- 5 a 10% são eliminados inalterados pelos
pulmões e rins;
- aproximadamente 2% são eliminados pelo suor;
- a maior parte é metabolizada por enzimas do
fígado.
Farmacodinâmica:

Ação do álcool no organismo:
- ação direta do álcool;
- produtos do seu metabolismo:
 acetaldeído, NADH e acetato
Alcoolismo agudo;
Alcoolismo crônico;
Acetato.
Efeitos do álcool no organismo:
 1) Hipoglicemia;
 2) Acidose láctica (Redução do pH
    sangüíneo)



4. Redução da excreção de ácido úrico

-O álcool pode interferir no tratamento da gota, uma vez
que diminui a excreção do ácido úrico devido ao aumento
de lactato (que compete pela secreção do ácido úrico)
EFEITOS CARDIOVASCULARES
1. CORAÇÃO:
  - COM CONC. ACIMA DE 100mg/dl PROMOVE ALTERA-ÇÕES
  QUE PODEM ESTAR ASSOCIADAS A DISTÚRBIOS DA
  FUNÇÃO MIOCÁRDICA.
2. O FATOR CAUSAL PARECE SER O ACETALDEÍDO.
3. POR OUTRO LADO PODE DIMINUIR AS LESÕES SOFRIDAS
   PELO MIOCÁRDIO DURANTE OS PERÍODOS DE ANÓXIA

                    MÚSCULO LISO
1. O ETANOL ATUA COMO VASODILATADOR POR AÇÃO
   CENTRAL
2. PERIFÉRICAMENTE POR AÇÃO DO ACETALDEÍDO.
3. COMO COSEQUÊNCIA OBSERVA-SE UMA SENSAÇÃO DE
   CALORNO FRIO AUMENTA AS PERDAS DE CALOR
SISTEMA GASTROINTESTINAL
1. O ETANOL AUMENTA AS SECREÇÕES SALIVAR E GÁS-
   TRICA POR UM MECANISMO REFLEXO PRODUZIDO
   PELO PALADAR E PELA AÇÃO IRRITANTE DO ETANOL
2. O CONSUMO INTENSO DE BEBIDAS COM ELEVADO
   TEOR ALCOÓLICO (4Oo GL) PROVOCA LESÕES DA MU-
   COSA GÁSTRICA (O QUE LEVA A GASTRITE CRÔNICA)
SISTEMA ENDÓCRINO

1.   ESTIMULA AS SEREÇÃO DE ACTH O QUE PROVOCA UM AUMENTO DA
     LIBERAÇÃO DE H. ESTERÓIDES.
2.   O AUMENTO DOS NÍVEIS DE HIDROCORTISONA EM ALCOÓLATRAS ESTÁ
     PARCIALMENTE LIGADO, A INIBIÇÃO DA METABOLIZAÇÃO HEPÁTICA.
3.   O AUMENTO DA DIURESE OBSERVADO COM A INGESTA DE ETANOL
     DEVE-SE A INIBIÇÃO DA SECREÇÃO DE H.A.D.
     ( TOLERÂNCIA PARA ESSE EFEITO SE DESENVOLVE RAPIDAMENTE).
4.   O MESMO ACONTECE COM A SECREÇÃO DE OXITOCINA QUE PODE GE-
     RAR UM RETARDO NA PARTURIÇÃO A TERMO MAS SEU EMPREGO PARA
     EVITAR PPARTOS PREMATUROS REQUER QUANTIDADES ELEVADAS O
     QUE PROVOCA EMBRIAGUEZ NA MÃE E SE O PARTO ACONTECER RISCOS
     DE INTOXICAÇÃO FETAL.
5.   EM ALCOÓLATRAS CRÔNICOS É COMUM OBSERVARMOS SINAIS DE
     FEMINILIZAÇÃO COMO GINECOMASTIA, ATROFIA TESTICULAR
     DECORRENTES DE UMA DISFUNÇÃO DA SÍNTESE TESTICULAR DE
     TESTOSTERONA E PELA INDUÇÃO AUMENTO DA METABOLIZAÇÃO DE
     TESTOSTERONA.
Efeitos do álcool no organismo:
Hepatopatias;
Pancreatite;      Anemia;
Hepatite;         Alterações no SNC;
Esofagite;        Alterações no coração;
Pneumonia;        Síndrome Alcóolica Fetal.
Doença muscular
esquelética;
Sinais e Sintomas da Intoxicação Alcóolica:
 Efeitos positivos:
 - desinibição;
                        - audácia;
 - euforia;
                        - eloquência;
 - autoconfiança;
                        - aumento da libido, mas
 - alegria;
                          causa prejuízo da perfor-
 - bem estar;             mance sexual.
 - perda da timidez e
 insegurança;
Intoxicação Alcóolica:
  Efeitos negativos:
- agressividade;         - alterações da
- instabilidade            sensibilidade e
   emocional;              reflexos;

- hiperexcitabilidade;   - agressões;

- disartria;             - consumo de grande
                           parte da renda
- ataxia;                  familiar;
- risco de acidentes;    - adição.
Intoxicação Alcóolica:
Sinais e sintomas:       - ressaca:
- desatenção;            1) mal estar;
- euforia;               2) cefaléia;
- desinibição;           3) tonteiras;
- hiperexcitabilidade;   4) tremores;
- hostilidade;           5) náuseas após a
- atos de violência;       embriaguez.
Intoxicação Alcóolica:
Complicações orgânicas como:
- neurite periférica;
- insuficiência cardíaca;
- hemorragia digestiva;
- tremores;
- lesões congênitas;
- síndrome alcóolica fetal.
- Depressor do SNC ( vasomotor, respiratório e
   termorregulador;)
- Hipotermia, hipotensão, sudorese;
Intoxicação Alcóolica:
 Tratamento:
1) prevenção precoce;     4) Psicoterapia;
2) desintoxicação;        5) Terapia ocupacional;
3) tratamento clínico e   6) Educação física;
  uso de medicamentos     7) Grupos operativos:
  específicos:              A.A.A.;
  Dissulfiram,
  Naltrexona,             8) Atendimento às
  Acamprossato.             familias;
                          9) Internação.
Intoxicação Alcóolica:
 Internação:
- manter permeabilidade de vias aéreas e assegurar
  ventilação;
- esvaziar estômago por êmese ou lavagem gástrica;
- cobrir o paciente com cobertores;
- para hipoglicemia: glicose EV a 50%, 20 a 50 ml;
- tiamina IM 50mg;
- café contém quinídeos (lactonas), antagonistas
  opióides úteis na prevenção do alcoolismo.
Doenças Relacionadas ao Álcool

1. Miocardiopatia, arritmia; cardiopatia beribérica;
2. Leucopenia, anemia;
3. Gastrite, pancreatite,
4. Efeitos carcinogênicos ( Carcinoma de fígado, pâncreas,
    esôfago e boca.
5. Hepatite, cirrose;
6. Distúrbio sexual masculino, risco fetal;
7. Maior suscetibilidade à infecções;
8. Hipocalcemia, hipomagnesiania;
Doenças Relacionadas ao Álcool


1. GERA DIVERSAS SÍNDROME NEUROLÓGICAS IRREVER-
   SÍVEIS PROVAVELMENTE DEVIDAS AOS EFEITOS DO ÁL-
   COOL; ACETALDEÍDO OU NUTRICIONAL.
2. AUMENTO DOS VENTRÍCULOS CEREBRAIS
3. DEGENERAÇÃO CEREBELAR
4. NEUROPATIA PERIFÉRICA E MIOPATIAS
5. ALGUM GRAU DE DEMÊNCIA
Tolerância x Dependência
Tolerância é caracterizada pela menor resposta à
mesma dose de álcool, pode ser aguda ou crônica;
Tolerância e dependência são dois eventos
distintos e indissociáveis.
A dependência ocorre quando o álcool se torna
incorporado ao funcionamento das células do
corpo e obedece a dois mecanismos: reforço
positivo e reforço negativo.
Diagnóstico de dependência:
Sinais de tolerância ao álcool;
Sinais da abstinência alcóolica;
Consumo alcóolico incontrolável;
Incapacidade de interromper o uso;
Prolongamento dos efeitos do álcool;
Persistência no vício apesar dos problemas
causados por esta.
Síndrome da Abstinência Alcóolica:
1.   CONFUSÃO MENTAL (DESORIENTAÇÃO NO TEMPO E ESPAÇO)
2.   ALTERAÇÕES PSÍQUICAS
3.   ALUCINAÇÕES
4.   O PACIENTE MOSTRA-SE ORIENTADO APRESENTA UM PENSAMENTO
   COERENTE, ENTENDEMOS O QUE ELE FALA MAS SE PRESTARMOS
   ATENÇÃO NO MEIO DA CONVERSA PODEM FAZER ALGUMAS ABSTRA-
   ÇÕES
5. ALUCINAÇÕES AUDITIVAS É O QUE MAIS ENCOMODA – REFEREM QUE
   UMA 3a PESSOA FICA FALANDO DELE – QUE É UM BEBADO, MALUCO,
   ETC.
6. ISSO É DIFERENTE DA ESQUIZOFRENIA ONDE A 3a PESSOA DÁ ORDENS
   PARA ELA – FAZ ISSO, FAZ AQUILO, ETC
7. ALUCINAÇÕES VISUAIS
8. ALUCINAÇÕES TÁCTEIS
9. DELÍRIOS PERSEPTÓRIOS – OCORREM MAIS À NOITE – SENTEM-SE
   SOLITÁRIOS, SENTEM MEDO DE FICAR SOZINHOS.
10. ASSIM O ALCOÓLATRA BEBE ANTES DE QUE OS SINTOMAS APAREÇAM.
Síndrome da Abstinência Alcóolica:
Dificuldade para dormir;
Delirium tremens ansiedade, confusão mental, sonolência,
pesadelos, sudorese excessiva, depressão profunda, tremor de mãos
persistente e incoordenação grave;
Síndrome de Korsakoff (é um distúrbio degenerativo do cérebro
causado pela falta de tiamina (vitamina B1) no cérebro provoca
amnésia retrógrada e anterógrada
Encefalopatia de Wernicke é caracterizada por nistagmo, paralisia do
nervo abducente (VI nervo), além de ataxia cerebelar e alterações
mentais.
As alterações características da Síndrome de Wernicke-Korsakoff se
devem a lesões talâmicas, dos corpos mamilares, da substância
cinzenta periaquedutal mesencefálica, dos colículos superiores e
assoalho do IV ventrículo. As lesões mais graves consistem em
necrose completa de tecido.
na opinião de alguns autores a Síndrome de Wernicke-Korsakoff,
trata-se da mesma Síndrome de Korsakoff.
Síndrome Alcóolica Fetal:
  Causa mais comum de retardo mental infantil de natureza
  não-hereditária;
  Principais sinais e sintomas encontrados:
- baixo peso ao nascimento;
- baixa estatura;
- microcefalia;
- lesões cardíacas e musculares;
- nível de inteligência baixo ou retardo mental
- alteração de coordenação.
Síndrome Alcóolica Fetal




A agenesia do corpo caloso não representa um
risco de vida, mas é capaz de causar grandes
debilidades ao indivíduo;
Primeiros sintomas: convulsões, dificuldade de
alimentação e atrasos no desenvolvimento
neuropsicomotor.
Síndrome Alcóolica Fetal
Interação com outras drogas:
  Propriedades que promovem a interação:
1) alcoolismo crônico provoca indução enzimática;
2) intoxicação alcóolica aguda tende a inibir o metabolismo
  das drogas;
3) disfunção hepática grave induzida por álcool pode inibir
  a capacidade de metabolização das drogas;
4) reação do tipo Dissulfiram na presença de certas drogas;
5) depressão aditiva do SNC com outros depressores do
  SNC.
O etanol estimula a secreção ácida, desnatura certos fár-
macos, retarda o esvaziamento gástrico e facilita a dis-
solução de substâncias lipossolúveis, causando, ocasio-
nalmente, a absorção de substâncias que, em outras cir-
cunstâncias, não seriam absorvidas.

Na presença de etanol no organismo o metabolismo de
muitas drogas como benzodiazepínicos, barbitúricos,
tetraciclinas, antidepressivos, hipoglicemiantes orais, etc.
estão com o seu metabolismo diminuído, podendo
exacerbar seus efeitos.
1. Uma interação muito relevante é potencialização do
   efeito depressor do SNC do álcool por ansiolíticos,
   hipnóticos e sedativos.
2. A depressão resultante desta interação é bem maior
   que a simples soma dos efeitos.
3. Consistindo, com freqüência, grave ameaça à vida.
4. Nessas circunstâncias, a morte pode advir por falência
   cardiovascular, depressão respiratória ou grave
   hipotermia.
Concentração média de barbitúrico no sangue
                     (mg/l)
 Morte por Barbitúrico
                                 3,67
        apenas
Morte por Barbitúrico +
                                 2,55
        Etanol



 Concentração média de barbitúrico no sangue
                     (mg/l)
Morte por Etanol apenas          6500
Morte por Barbitúrico +
                                 1750
        Etanol
Alguns fármacos como ácido etacrínico, fenilbutazona,
 clorpromazina, hidrato de cloral, inibem a álcool
 desidrogenase, promovendo o acúmulo de etanol no
 organismo elevando a exacerbação de seus efeitos.

Algumas substâncias ,dissulfiram, Metronidazol, Griseo-
fulvina, Tolbutamida, Fentolamina, Cloranfenicol, Quina-
crina, Cefalosporinas, inibem a aldeído desidrogenase,
elevando a concentração sangüínea em 5-10 vezes de
acetaldeído e desencadeando a síndrome do acetaldeído ou
Antabuse. Essa síndrome caracteriza-se por intensa
vasodilatação, cefaléia, dificuldade respiratória, náusea,
vômito e taquicardia.
A vasodilatação produzida pela nitroglicerina é aumen-tada pelo
etanol, podendo levar a hipotensão.



O álcool diminui acentuadamente a capacidade motora e alerta
em pacientes usando anti-histamínicos, anticonvulsivantes,
anfetaminas e antidepressivos.



Devido ao efeito hipoglicemiante do álcool, ele pode aumentar o
risco de hipoglicemia grave em pacientes diabéticos, que fazem
uso de hipoglicemiantes.
Ácido acetilsalicílico pode causar hemorragia gastro-
intestinal devido a seu efeito aditivo de irritação gástrica


Medicamentos e produtos que tem efeitos hepatotóxicos como
Clorofórmio, Paracetamol, Isoniazida tem sua hepatotoxicidade
aumentada pelo efeito aditivo do álcool.


Consumo excessivo de etanol interfere com a absorção de
nutrientes essenciais, levando a deficiências minerais e
vitamínicas.
QUE FAZER SE ENCONTRAR UM AMIGO ALCOOLIZADO?


1. Leve-o para casa; não o deixe dirigir automóvel ou moto;
2. Se estiver inconsciente (desmaiado) leve-o para um pronto
   socorro;
3. NA PRAIA: não o deixe nadar;
4. Passe um agasalho por seu corpo para mantê-lo aquecido; é
   prejudicial dar banhos frios;
5. O uso de café forte não melhora a intoxicação. Não existem
   remédios que previnem os efeitos do álcool;
6. Se estiver agitado procure ajuda e não use remédios calmantes;
7. Se desmaiar deite-o de lado para evitar que aspire (sufoque)
   caso vomite; se estiver consciente, deixe-o sentado ou deitado
   de lado
Medidas gerais de atendimento:

●
    Decúbito lateral;
●
    Sinais vitais: temperatura, PA, pulso, respiração;
●
    Provocar vômito;
●
    Se necessário: oxigenoterapia;
●
    Esquentar paciente;
●
    EV: glicose hipertônica 50% (se não for diabético)
Conduta farmacológica:

●
    1. Glicose hipertônica – oxidação álcool;
    2. Xarope de ipeca – vômito;
    3. Tiamina (100mg) – reposição
    4. ANTABUSE
TRATAMENTO

1. Desintoxicação propriamente dita.
2. Tratamento clínico das doenças provenientes dos efeitos
   tóxicos do álcool.
   - Psicoterapia.
   - Terapia Ocupacional.
   - Educação Física.
   - Grupos operativos: A.A.A (Associação dos Alcoólicos
    Anônimos).
   - Atendimento às famílias
   - Internação.

 A recuperação torna-se eficaz quando, associada a detecção
  precoce, há a estabilidade social e emocional do paciente.
Alcool

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Relatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de PrecipitaçãoRelatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de Precipitação
Dhion Meyg Fernandes
 
Aula prática reações qualitativa par aminoácidos e proteínas
Aula prática   reações qualitativa par aminoácidos e proteínasAula prática   reações qualitativa par aminoácidos e proteínas
Aula prática reações qualitativa par aminoácidos e proteínas
Mauro Perez
 
Apresentação caso clínico
Apresentação caso clínicoApresentação caso clínico
Apresentação caso clínico
janinemagalhaes
 
Patologia caso clínico (pancreatite aguda)
Patologia   caso clínico (pancreatite aguda)Patologia   caso clínico (pancreatite aguda)
Patologia caso clínico (pancreatite aguda)
Luis Dantas
 
Modelo de roteiro aula prática 06 alcool gel
Modelo de roteiro   aula prática 06 alcool gelModelo de roteiro   aula prática 06 alcool gel
Modelo de roteiro aula prática 06 alcool gel
Marisol Porto
 
Aula de desidratação[1]
Aula de desidratação[1]Aula de desidratação[1]
Aula de desidratação[1]
mariacristinasn
 

Was ist angesagt? (20)

Relatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de PrecipitaçãoRelatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de Precipitação
 
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreRelatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
 
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
 
Relatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínasRelatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínas
 
Solução tampão
Solução tampãoSolução tampão
Solução tampão
 
Desenvolvimento infantil: Caderneta do Ministério da Saúde - SBP
Desenvolvimento infantil: Caderneta do Ministério da Saúde - SBP Desenvolvimento infantil: Caderneta do Ministério da Saúde - SBP
Desenvolvimento infantil: Caderneta do Ministério da Saúde - SBP
 
Hidrólise Ácida do Amido
Hidrólise Ácida do AmidoHidrólise Ácida do Amido
Hidrólise Ácida do Amido
 
Identificação de compostos orgânicos
Identificação de compostos orgânicosIdentificação de compostos orgânicos
Identificação de compostos orgânicos
 
Aula prática reações qualitativa par aminoácidos e proteínas
Aula prática   reações qualitativa par aminoácidos e proteínasAula prática   reações qualitativa par aminoácidos e proteínas
Aula prática reações qualitativa par aminoácidos e proteínas
 
Apresentação caso clínico
Apresentação caso clínicoApresentação caso clínico
Apresentação caso clínico
 
Patologia caso clínico (pancreatite aguda)
Patologia   caso clínico (pancreatite aguda)Patologia   caso clínico (pancreatite aguda)
Patologia caso clínico (pancreatite aguda)
 
Analise instrumental
Analise instrumentalAnalise instrumental
Analise instrumental
 
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. RobsonFluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
 
Analise conformacional
Analise conformacionalAnalise conformacional
Analise conformacional
 
Litiase renal ebm
Litiase renal ebmLitiase renal ebm
Litiase renal ebm
 
Modelo de roteiro aula prática 06 alcool gel
Modelo de roteiro   aula prática 06 alcool gelModelo de roteiro   aula prática 06 alcool gel
Modelo de roteiro aula prática 06 alcool gel
 
Sistemas dispersos 1_2016-
Sistemas dispersos 1_2016-Sistemas dispersos 1_2016-
Sistemas dispersos 1_2016-
 
Esteatose Hepática
Esteatose HepáticaEsteatose Hepática
Esteatose Hepática
 
Sistema endócrino
Sistema endócrinoSistema endócrino
Sistema endócrino
 
Aula de desidratação[1]
Aula de desidratação[1]Aula de desidratação[1]
Aula de desidratação[1]
 

Andere mochten auch

Bioquímica ii 13 metabolismo do etanol (arlindo netto)
Bioquímica ii 13   metabolismo do etanol (arlindo netto)Bioquímica ii 13   metabolismo do etanol (arlindo netto)
Bioquímica ii 13 metabolismo do etanol (arlindo netto)
Jucie Vasconcelos
 
Alcoolismo e seu metabolismo
Alcoolismo e seu metabolismoAlcoolismo e seu metabolismo
Alcoolismo e seu metabolismo
Ivson Cassiano
 
Os efeitos do álcool no organismo
Os efeitos do álcool no organismoOs efeitos do álcool no organismo
Os efeitos do álcool no organismo
guest5bf79f4
 
Álcool o que faz no Organismo.
Álcool o que faz no Organismo.Álcool o que faz no Organismo.
Álcool o que faz no Organismo.
mana 5066
 
Alcoolismo slide
Alcoolismo   slideAlcoolismo   slide
Alcoolismo slide
bonattinho
 
Alcool e outras drogas
Alcool e outras drogasAlcool e outras drogas
Alcool e outras drogas
blogspott
 

Andere mochten auch (20)

Metabolismo do álcool no organismo humano
Metabolismo do álcool no organismo humanoMetabolismo do álcool no organismo humano
Metabolismo do álcool no organismo humano
 
Alcoolismo
AlcoolismoAlcoolismo
Alcoolismo
 
Álcool
ÁlcoolÁlcool
Álcool
 
Alcoolismo
AlcoolismoAlcoolismo
Alcoolismo
 
Álcool
Álcool Álcool
Álcool
 
Bioquímica ii 13 metabolismo do etanol (arlindo netto)
Bioquímica ii 13   metabolismo do etanol (arlindo netto)Bioquímica ii 13   metabolismo do etanol (arlindo netto)
Bioquímica ii 13 metabolismo do etanol (arlindo netto)
 
Alcoolismo trabalho 2
Alcoolismo trabalho 2Alcoolismo trabalho 2
Alcoolismo trabalho 2
 
Alcoolismo e suas consequencias. 01.09.2011
Alcoolismo e suas consequencias. 01.09.2011Alcoolismo e suas consequencias. 01.09.2011
Alcoolismo e suas consequencias. 01.09.2011
 
Alcoolismo e seu metabolismo
Alcoolismo e seu metabolismoAlcoolismo e seu metabolismo
Alcoolismo e seu metabolismo
 
Alcool
AlcoolAlcool
Alcool
 
Palestra sobre o alcoolismo
Palestra sobre o alcoolismoPalestra sobre o alcoolismo
Palestra sobre o alcoolismo
 
Os efeitos do álcool no organismo
Os efeitos do álcool no organismoOs efeitos do álcool no organismo
Os efeitos do álcool no organismo
 
Álcool o que faz no Organismo.
Álcool o que faz no Organismo.Álcool o que faz no Organismo.
Álcool o que faz no Organismo.
 
Dia mundial de combate às drogas e alcoolismo
Dia mundial de combate às drogas e alcoolismoDia mundial de combate às drogas e alcoolismo
Dia mundial de combate às drogas e alcoolismo
 
Fabricação do alcool
Fabricação do alcoolFabricação do alcool
Fabricação do alcool
 
Alcoolismo
AlcoolismoAlcoolismo
Alcoolismo
 
Alcoolismo slide
Alcoolismo   slideAlcoolismo   slide
Alcoolismo slide
 
Farmacodinâmica e farmacocinética
Farmacodinâmica e farmacocinéticaFarmacodinâmica e farmacocinética
Farmacodinâmica e farmacocinética
 
Alcool e outras drogas
Alcool e outras drogasAlcool e outras drogas
Alcool e outras drogas
 
O Alcoolismo
O AlcoolismoO Alcoolismo
O Alcoolismo
 

Ähnlich wie Alcool

Alerta Sobre Alcool Ernesto A.C.Juliano
Alerta Sobre Alcool  Ernesto A.C.JulianoAlerta Sobre Alcool  Ernesto A.C.Juliano
Alerta Sobre Alcool Ernesto A.C.Juliano
rcuberabanorte
 
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2Prevenção ao uso de drogas - Aula 2
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2
RASC EAD
 
Alcoolismo apresentação.2011
Alcoolismo   apresentação.2011Alcoolismo   apresentação.2011
Alcoolismo apresentação.2011
Maristela Mesquita
 
Alcoolismo
AlcoolismoAlcoolismo
Alcoolismo
gatinhos
 
Embriaguez alcoólica
Embriaguez alcoólicaEmbriaguez alcoólica
Embriaguez alcoólica
boiajunior
 
Bebidas AlcoóLicas
Bebidas AlcoóLicasBebidas AlcoóLicas
Bebidas AlcoóLicas
Eugênia
 

Ähnlich wie Alcool (20)

Alerta Sobre Alcool Ernesto A.C.Juliano
Alerta Sobre Alcool  Ernesto A.C.JulianoAlerta Sobre Alcool  Ernesto A.C.Juliano
Alerta Sobre Alcool Ernesto A.C.Juliano
 
Drogas alcool joel
Drogas alcool joelDrogas alcool joel
Drogas alcool joel
 
[000622]
[000622][000622]
[000622]
 
Alcoolismo petrobras
Alcoolismo petrobrasAlcoolismo petrobras
Alcoolismo petrobras
 
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2Prevenção ao uso de drogas - Aula 2
Prevenção ao uso de drogas - Aula 2
 
Alcoolismo apresentação.2011
Alcoolismo   apresentação.2011Alcoolismo   apresentação.2011
Alcoolismo apresentação.2011
 
Álcool
ÁlcoolÁlcool
Álcool
 
áLcool
áLcooláLcool
áLcool
 
Alcoolismo
 Alcoolismo Alcoolismo
Alcoolismo
 
Alcoolesuasconsequencias pt-cap3
Alcoolesuasconsequencias pt-cap3Alcoolesuasconsequencias pt-cap3
Alcoolesuasconsequencias pt-cap3
 
trbalho sobre o álcool
trbalho sobre o álcooltrbalho sobre o álcool
trbalho sobre o álcool
 
Accao alcool
Accao alcoolAccao alcool
Accao alcool
 
Alcoolismo
AlcoolismoAlcoolismo
Alcoolismo
 
Alcoolismo
AlcoolismoAlcoolismo
Alcoolismo
 
Prevenção de álcool e outras drogas
Prevenção de álcool e outras drogasPrevenção de álcool e outras drogas
Prevenção de álcool e outras drogas
 
Alcoolismo
Alcoolismo Alcoolismo
Alcoolismo
 
O álcool e a saúde
O álcool e a saúde   O álcool e a saúde
O álcool e a saúde
 
Embriaguez alcoólica
Embriaguez alcoólicaEmbriaguez alcoólica
Embriaguez alcoólica
 
Bebidas AlcoóLicas
Bebidas AlcoóLicasBebidas AlcoóLicas
Bebidas AlcoóLicas
 
ÁLcool
ÁLcoolÁLcool
ÁLcool
 

Kürzlich hochgeladen

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 

Alcool

  • 2. O USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS ESTÁ PRESENTE EM TODAS AS CULTURAS E REPRESENTA UM PROBLEMA FÍSICO E SOCIAL NO MUNDO INTEIRO
  • 3. Introdução: Álcool, é um líquido incolor, volátil, com odor característico, obtido através da fermentação de uma solução que contenha açúcar.
  • 4. TIPOS DE ÁLCOOIS 1. Álcool etílico ou etanol: encontrado em todas as bebidas. 2. Álcool metílico ou metanol: usado como solvente. 3. Álcool isopropílico: usado como antiséptico externo. 4. Glicerina (tri-álcool): Usado na fabricação de sabonetes, medica- mentos, tintas, explosivos, etc. UTILIZAÇÃO COMERCIAL Os álcoois, em geral, são utilizados comercialmente como - combustíveis, - solventes, - na limpeza doméstica e - como componentes nas bebidas alcoólicas.
  • 5. CLASSIFICAÇÃO DAS BEBIDAS QUANTO AO TEOR ALCOÓLICO (%) 1) fermentadas: produzidas a partir de grãos e frutas – cerveja (3-9%) e vinho (12%) 2) destiladas: resultante da destilaçào de bebidas fermenta- das - uísque (40-50%), - conhaque (45-55%) - aguardente (48%) 3) compostas: resultantes da combinaçào de bebidas fermentadas e destilada, contendo substâncias aromáticas – gin (48%)
  • 6. ETANOL: DROGA DE USO “SOCIAL” É UMA DAS DROGAS DE MENOR POTÊNCIA MAS CAUSA MAIS MORBIDADE E MORTALIDADE, PASSÍVEIS DE PREVENÇÃO, DO QUE TODAS AS OUTRAS DROGAS COMBINADAS COM EXCEÇÃO DO TABACO. 1. AFETA A ATIVIDADE DO SNC 2. NÃO É EMPREGADO DENTRO DE UM CONTEXTO TERA- PÊUTICO 3. RISCO POTENCIAL DE USO INCORRETO E “ABUSO” 4. HABILIDADE DE REFORÇAR SUA PRÓPRIA INGESTÃO 5. ALCOOLISMO PRINCIPAL PROBLEMA
  • 7.
  • 8. Tipos de Alcoolismo 1. ALFA: o indivíduo bebe excessivamente, sem perda de controle ou capacida- de de se abster. 2. BETA: bebe excessivamente, sem apresentar claras evidências de dependên- cia física ou psíquica, mas que apresenta certas complica-ções, tais como neu- rite, gastrite, cirrose. 3. GAMA: apresenta tolerância, dependência física e incapacidade de controlar a bebida. 4. DELTA: tolerância, incapacidade de abstinência, síndrome da abstinência, mas a quantidade consumida ainda pode ser controlada. 5. EPSILON: consumo intermitente.
  • 9. Histórico: Árabes desenvolveram a destilação por volta de 800 d.C. ; Álcool, do árabe “algo sutil”; Uísque, do gaélico “água da vida”; Posteriormente o álcool tornou-se o principal componente de “tônicos” e “elixires” amplamente comercializados.
  • 10. Epidemiologia: 54% acidentes de trânsito no país; 51% dos acidentes de trabalho; 20% dos pedidos de divórcio; 60% das ocorrências policiais; 3ª causa de aposentadoria por invalidez; Há 12 milhões de brasileiros dependentes do álcool.
  • 11. Farmacocinética: Absorção: - POR SER LIPOSSOLÚVEL O ÁLCOOL É PRONTAMENTE ABSORVIDO NO ESTÔMAGO E INTESTINO APÓS SUA INGESTÃO POR VIA ORAL - ABSORÇÀO É COMPLETA PELA MUCOSA DIGESTIVA DURANTE A SUA ADMINISTRAÇÀO POR VIA ORAL; NOTA: O ÁLCOOL NAO PODE SER ABSORVIDO PELO CORPO A PARTIR DA INALAÇÃO DE SEUS VAPORES E NEM PODE SER ABSORVIDO ATRAVÉS DA PELE
  • 12. 1. A TAXA DE ABSORÇÀO DO ÁLCOOL É DOSE DEPENDENTE 2. A CONCENTRAÇÀO DE ÁLCOOL QUE PROPICIA MAIORES TAXAS DE ABSORÇÃO É NACONCENTRAÇÃO DE 20% (EQUIVALE A UMA DOSE DE WHISKY OU VODKA DILUIDO COM ÁGUA EM IGUAL PROPORÇÃO. 3. CONCENTRAÇÕES NA FAIXA DE 40%APRESENTA TAXAS DE ABSORÇÀO MENORES PORQUE A ELEVADA CONCENTRAÇÀO DEPRIME A ABERTURA DO ESFINCTER PILÓRICO DIMINUINDO O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 4. O MESMO ACONTECENDO COM CONCENTRAÇÕES BAIXAS COMO AS ENCONTRADAS NA CERVEJA . O ÁLCOOL DILUIDO EM GRANDES VOLUMES DIMINUI O GRADIENTE DE DIFUSÃO 5. BEBIDAS DESTILADAS SÃO ABSORVIDAS MAIS DEPRESSA QUE AS FERMENTADAS
  • 13. 1. A INGESTA DE ÁLCOOL EM JEJUM AUMENTA A TAXA DE ABSORÇÀO (AUMENTA SUA BIODISPONIBILIDADE) A INGESTA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS COM ALIMENTOS ( EM ESPECIAL GORDUROSOS) DIMINUI A TAXA DE ABSORÇÀO MULHERES ABSORVEM O ÁLCOOL MAIS DEPRESSA QUE OS HOMENS, PROVOCANDO EFEITOS MAIS RÁPIDOS E MAIS INTENSOS
  • 14. Após a absorção o álcool é transportado pelo sangue e distribui por todos os tecido inclusive o SNC
  • 15. 5 - 10 % SÃO ELIMINADOS INALTERADOS PELOS PULMÕES E RINS 90 %SÃO METABOLIZADAS NO FÍGADO Pela álcool desidrogenase e pela oxidase de função mista
  • 16. A QUANTIDADE DE ÁLCOOL QUE É ELIMINADO PELA RESPIRAÇÀO DEPENDE DA CONCENTRAÇÀO PLASMÁTICA . ISTO É CONHECIDO COMO A LEI DE HENRY
  • 17. Farmacocinética: O álcool pode ser metabolizado a acetaldeído por 2 vias: 1) Via da desidrogenase alcóolica; 2) Via do sistema microssômico de oxidação do etanol.
  • 18. Via da desidrogenase alcóolica:
  • 19. Via do sistema microssômico de oxidação do etanol:
  • 20. Farmacocinética: Excreção: - 5 a 10% são eliminados inalterados pelos pulmões e rins; - aproximadamente 2% são eliminados pelo suor; - a maior parte é metabolizada por enzimas do fígado.
  • 21. Farmacodinâmica: Ação do álcool no organismo: - ação direta do álcool; - produtos do seu metabolismo: acetaldeído, NADH e acetato Alcoolismo agudo; Alcoolismo crônico; Acetato.
  • 22. Efeitos do álcool no organismo: 1) Hipoglicemia; 2) Acidose láctica (Redução do pH sangüíneo) 4. Redução da excreção de ácido úrico -O álcool pode interferir no tratamento da gota, uma vez que diminui a excreção do ácido úrico devido ao aumento de lactato (que compete pela secreção do ácido úrico)
  • 23. EFEITOS CARDIOVASCULARES 1. CORAÇÃO: - COM CONC. ACIMA DE 100mg/dl PROMOVE ALTERA-ÇÕES QUE PODEM ESTAR ASSOCIADAS A DISTÚRBIOS DA FUNÇÃO MIOCÁRDICA. 2. O FATOR CAUSAL PARECE SER O ACETALDEÍDO. 3. POR OUTRO LADO PODE DIMINUIR AS LESÕES SOFRIDAS PELO MIOCÁRDIO DURANTE OS PERÍODOS DE ANÓXIA MÚSCULO LISO 1. O ETANOL ATUA COMO VASODILATADOR POR AÇÃO CENTRAL 2. PERIFÉRICAMENTE POR AÇÃO DO ACETALDEÍDO. 3. COMO COSEQUÊNCIA OBSERVA-SE UMA SENSAÇÃO DE CALORNO FRIO AUMENTA AS PERDAS DE CALOR
  • 24. SISTEMA GASTROINTESTINAL 1. O ETANOL AUMENTA AS SECREÇÕES SALIVAR E GÁS- TRICA POR UM MECANISMO REFLEXO PRODUZIDO PELO PALADAR E PELA AÇÃO IRRITANTE DO ETANOL 2. O CONSUMO INTENSO DE BEBIDAS COM ELEVADO TEOR ALCOÓLICO (4Oo GL) PROVOCA LESÕES DA MU- COSA GÁSTRICA (O QUE LEVA A GASTRITE CRÔNICA)
  • 25. SISTEMA ENDÓCRINO 1. ESTIMULA AS SEREÇÃO DE ACTH O QUE PROVOCA UM AUMENTO DA LIBERAÇÃO DE H. ESTERÓIDES. 2. O AUMENTO DOS NÍVEIS DE HIDROCORTISONA EM ALCOÓLATRAS ESTÁ PARCIALMENTE LIGADO, A INIBIÇÃO DA METABOLIZAÇÃO HEPÁTICA. 3. O AUMENTO DA DIURESE OBSERVADO COM A INGESTA DE ETANOL DEVE-SE A INIBIÇÃO DA SECREÇÃO DE H.A.D. ( TOLERÂNCIA PARA ESSE EFEITO SE DESENVOLVE RAPIDAMENTE). 4. O MESMO ACONTECE COM A SECREÇÃO DE OXITOCINA QUE PODE GE- RAR UM RETARDO NA PARTURIÇÃO A TERMO MAS SEU EMPREGO PARA EVITAR PPARTOS PREMATUROS REQUER QUANTIDADES ELEVADAS O QUE PROVOCA EMBRIAGUEZ NA MÃE E SE O PARTO ACONTECER RISCOS DE INTOXICAÇÃO FETAL. 5. EM ALCOÓLATRAS CRÔNICOS É COMUM OBSERVARMOS SINAIS DE FEMINILIZAÇÃO COMO GINECOMASTIA, ATROFIA TESTICULAR DECORRENTES DE UMA DISFUNÇÃO DA SÍNTESE TESTICULAR DE TESTOSTERONA E PELA INDUÇÃO AUMENTO DA METABOLIZAÇÃO DE TESTOSTERONA.
  • 26. Efeitos do álcool no organismo: Hepatopatias; Pancreatite; Anemia; Hepatite; Alterações no SNC; Esofagite; Alterações no coração; Pneumonia; Síndrome Alcóolica Fetal. Doença muscular esquelética;
  • 27. Sinais e Sintomas da Intoxicação Alcóolica: Efeitos positivos: - desinibição; - audácia; - euforia; - eloquência; - autoconfiança; - aumento da libido, mas - alegria; causa prejuízo da perfor- - bem estar; mance sexual. - perda da timidez e insegurança;
  • 28. Intoxicação Alcóolica: Efeitos negativos: - agressividade; - alterações da - instabilidade sensibilidade e emocional; reflexos; - hiperexcitabilidade; - agressões; - disartria; - consumo de grande parte da renda - ataxia; familiar; - risco de acidentes; - adição.
  • 29. Intoxicação Alcóolica: Sinais e sintomas: - ressaca: - desatenção; 1) mal estar; - euforia; 2) cefaléia; - desinibição; 3) tonteiras; - hiperexcitabilidade; 4) tremores; - hostilidade; 5) náuseas após a - atos de violência; embriaguez.
  • 30. Intoxicação Alcóolica: Complicações orgânicas como: - neurite periférica; - insuficiência cardíaca; - hemorragia digestiva; - tremores; - lesões congênitas; - síndrome alcóolica fetal. - Depressor do SNC ( vasomotor, respiratório e termorregulador;) - Hipotermia, hipotensão, sudorese;
  • 31. Intoxicação Alcóolica: Tratamento: 1) prevenção precoce; 4) Psicoterapia; 2) desintoxicação; 5) Terapia ocupacional; 3) tratamento clínico e 6) Educação física; uso de medicamentos 7) Grupos operativos: específicos: A.A.A.; Dissulfiram, Naltrexona, 8) Atendimento às Acamprossato. familias; 9) Internação.
  • 32. Intoxicação Alcóolica: Internação: - manter permeabilidade de vias aéreas e assegurar ventilação; - esvaziar estômago por êmese ou lavagem gástrica; - cobrir o paciente com cobertores; - para hipoglicemia: glicose EV a 50%, 20 a 50 ml; - tiamina IM 50mg; - café contém quinídeos (lactonas), antagonistas opióides úteis na prevenção do alcoolismo.
  • 33. Doenças Relacionadas ao Álcool 1. Miocardiopatia, arritmia; cardiopatia beribérica; 2. Leucopenia, anemia; 3. Gastrite, pancreatite, 4. Efeitos carcinogênicos ( Carcinoma de fígado, pâncreas, esôfago e boca. 5. Hepatite, cirrose; 6. Distúrbio sexual masculino, risco fetal; 7. Maior suscetibilidade à infecções; 8. Hipocalcemia, hipomagnesiania;
  • 34. Doenças Relacionadas ao Álcool 1. GERA DIVERSAS SÍNDROME NEUROLÓGICAS IRREVER- SÍVEIS PROVAVELMENTE DEVIDAS AOS EFEITOS DO ÁL- COOL; ACETALDEÍDO OU NUTRICIONAL. 2. AUMENTO DOS VENTRÍCULOS CEREBRAIS 3. DEGENERAÇÃO CEREBELAR 4. NEUROPATIA PERIFÉRICA E MIOPATIAS 5. ALGUM GRAU DE DEMÊNCIA
  • 35. Tolerância x Dependência Tolerância é caracterizada pela menor resposta à mesma dose de álcool, pode ser aguda ou crônica; Tolerância e dependência são dois eventos distintos e indissociáveis. A dependência ocorre quando o álcool se torna incorporado ao funcionamento das células do corpo e obedece a dois mecanismos: reforço positivo e reforço negativo.
  • 36. Diagnóstico de dependência: Sinais de tolerância ao álcool; Sinais da abstinência alcóolica; Consumo alcóolico incontrolável; Incapacidade de interromper o uso; Prolongamento dos efeitos do álcool; Persistência no vício apesar dos problemas causados por esta.
  • 37. Síndrome da Abstinência Alcóolica: 1. CONFUSÃO MENTAL (DESORIENTAÇÃO NO TEMPO E ESPAÇO) 2. ALTERAÇÕES PSÍQUICAS 3. ALUCINAÇÕES 4. O PACIENTE MOSTRA-SE ORIENTADO APRESENTA UM PENSAMENTO COERENTE, ENTENDEMOS O QUE ELE FALA MAS SE PRESTARMOS ATENÇÃO NO MEIO DA CONVERSA PODEM FAZER ALGUMAS ABSTRA- ÇÕES 5. ALUCINAÇÕES AUDITIVAS É O QUE MAIS ENCOMODA – REFEREM QUE UMA 3a PESSOA FICA FALANDO DELE – QUE É UM BEBADO, MALUCO, ETC. 6. ISSO É DIFERENTE DA ESQUIZOFRENIA ONDE A 3a PESSOA DÁ ORDENS PARA ELA – FAZ ISSO, FAZ AQUILO, ETC 7. ALUCINAÇÕES VISUAIS 8. ALUCINAÇÕES TÁCTEIS 9. DELÍRIOS PERSEPTÓRIOS – OCORREM MAIS À NOITE – SENTEM-SE SOLITÁRIOS, SENTEM MEDO DE FICAR SOZINHOS. 10. ASSIM O ALCOÓLATRA BEBE ANTES DE QUE OS SINTOMAS APAREÇAM.
  • 38. Síndrome da Abstinência Alcóolica: Dificuldade para dormir; Delirium tremens ansiedade, confusão mental, sonolência, pesadelos, sudorese excessiva, depressão profunda, tremor de mãos persistente e incoordenação grave; Síndrome de Korsakoff (é um distúrbio degenerativo do cérebro causado pela falta de tiamina (vitamina B1) no cérebro provoca amnésia retrógrada e anterógrada Encefalopatia de Wernicke é caracterizada por nistagmo, paralisia do nervo abducente (VI nervo), além de ataxia cerebelar e alterações mentais. As alterações características da Síndrome de Wernicke-Korsakoff se devem a lesões talâmicas, dos corpos mamilares, da substância cinzenta periaquedutal mesencefálica, dos colículos superiores e assoalho do IV ventrículo. As lesões mais graves consistem em necrose completa de tecido. na opinião de alguns autores a Síndrome de Wernicke-Korsakoff, trata-se da mesma Síndrome de Korsakoff.
  • 39. Síndrome Alcóolica Fetal: Causa mais comum de retardo mental infantil de natureza não-hereditária; Principais sinais e sintomas encontrados: - baixo peso ao nascimento; - baixa estatura; - microcefalia; - lesões cardíacas e musculares; - nível de inteligência baixo ou retardo mental - alteração de coordenação.
  • 40. Síndrome Alcóolica Fetal A agenesia do corpo caloso não representa um risco de vida, mas é capaz de causar grandes debilidades ao indivíduo; Primeiros sintomas: convulsões, dificuldade de alimentação e atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor.
  • 42. Interação com outras drogas: Propriedades que promovem a interação: 1) alcoolismo crônico provoca indução enzimática; 2) intoxicação alcóolica aguda tende a inibir o metabolismo das drogas; 3) disfunção hepática grave induzida por álcool pode inibir a capacidade de metabolização das drogas; 4) reação do tipo Dissulfiram na presença de certas drogas; 5) depressão aditiva do SNC com outros depressores do SNC.
  • 43. O etanol estimula a secreção ácida, desnatura certos fár- macos, retarda o esvaziamento gástrico e facilita a dis- solução de substâncias lipossolúveis, causando, ocasio- nalmente, a absorção de substâncias que, em outras cir- cunstâncias, não seriam absorvidas. Na presença de etanol no organismo o metabolismo de muitas drogas como benzodiazepínicos, barbitúricos, tetraciclinas, antidepressivos, hipoglicemiantes orais, etc. estão com o seu metabolismo diminuído, podendo exacerbar seus efeitos.
  • 44. 1. Uma interação muito relevante é potencialização do efeito depressor do SNC do álcool por ansiolíticos, hipnóticos e sedativos. 2. A depressão resultante desta interação é bem maior que a simples soma dos efeitos. 3. Consistindo, com freqüência, grave ameaça à vida. 4. Nessas circunstâncias, a morte pode advir por falência cardiovascular, depressão respiratória ou grave hipotermia.
  • 45. Concentração média de barbitúrico no sangue (mg/l) Morte por Barbitúrico 3,67 apenas Morte por Barbitúrico + 2,55 Etanol Concentração média de barbitúrico no sangue (mg/l) Morte por Etanol apenas 6500 Morte por Barbitúrico + 1750 Etanol
  • 46. Alguns fármacos como ácido etacrínico, fenilbutazona, clorpromazina, hidrato de cloral, inibem a álcool desidrogenase, promovendo o acúmulo de etanol no organismo elevando a exacerbação de seus efeitos. Algumas substâncias ,dissulfiram, Metronidazol, Griseo- fulvina, Tolbutamida, Fentolamina, Cloranfenicol, Quina- crina, Cefalosporinas, inibem a aldeído desidrogenase, elevando a concentração sangüínea em 5-10 vezes de acetaldeído e desencadeando a síndrome do acetaldeído ou Antabuse. Essa síndrome caracteriza-se por intensa vasodilatação, cefaléia, dificuldade respiratória, náusea, vômito e taquicardia.
  • 47. A vasodilatação produzida pela nitroglicerina é aumen-tada pelo etanol, podendo levar a hipotensão. O álcool diminui acentuadamente a capacidade motora e alerta em pacientes usando anti-histamínicos, anticonvulsivantes, anfetaminas e antidepressivos. Devido ao efeito hipoglicemiante do álcool, ele pode aumentar o risco de hipoglicemia grave em pacientes diabéticos, que fazem uso de hipoglicemiantes.
  • 48. Ácido acetilsalicílico pode causar hemorragia gastro- intestinal devido a seu efeito aditivo de irritação gástrica Medicamentos e produtos que tem efeitos hepatotóxicos como Clorofórmio, Paracetamol, Isoniazida tem sua hepatotoxicidade aumentada pelo efeito aditivo do álcool. Consumo excessivo de etanol interfere com a absorção de nutrientes essenciais, levando a deficiências minerais e vitamínicas.
  • 49. QUE FAZER SE ENCONTRAR UM AMIGO ALCOOLIZADO? 1. Leve-o para casa; não o deixe dirigir automóvel ou moto; 2. Se estiver inconsciente (desmaiado) leve-o para um pronto socorro; 3. NA PRAIA: não o deixe nadar; 4. Passe um agasalho por seu corpo para mantê-lo aquecido; é prejudicial dar banhos frios; 5. O uso de café forte não melhora a intoxicação. Não existem remédios que previnem os efeitos do álcool; 6. Se estiver agitado procure ajuda e não use remédios calmantes; 7. Se desmaiar deite-o de lado para evitar que aspire (sufoque) caso vomite; se estiver consciente, deixe-o sentado ou deitado de lado
  • 50. Medidas gerais de atendimento: ● Decúbito lateral; ● Sinais vitais: temperatura, PA, pulso, respiração; ● Provocar vômito; ● Se necessário: oxigenoterapia; ● Esquentar paciente; ● EV: glicose hipertônica 50% (se não for diabético)
  • 51. Conduta farmacológica: ● 1. Glicose hipertônica – oxidação álcool; 2. Xarope de ipeca – vômito; 3. Tiamina (100mg) – reposição 4. ANTABUSE
  • 52. TRATAMENTO 1. Desintoxicação propriamente dita. 2. Tratamento clínico das doenças provenientes dos efeitos tóxicos do álcool. - Psicoterapia. - Terapia Ocupacional. - Educação Física. - Grupos operativos: A.A.A (Associação dos Alcoólicos Anônimos). - Atendimento às famílias - Internação. A recuperação torna-se eficaz quando, associada a detecção precoce, há a estabilidade social e emocional do paciente.