SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 130
Downloaden Sie, um offline zu lesen
JUNHO DE 2006
SUMÁRIO
Mensagem do Presidente do Conselho Nacional de Turismo                       5
Entidades e Instituições do Conselho Nacional de Turismo                     6
Apresentação                                                                10
Capítulo I – Principais Resultados                                          12
     . Ambiente Econômico Nacional e Internacional                          3
     2. O Turismo no Contexto Internacional                                  2
     3. Resultados do Turismo no Brasil nos Últimos Anos                     24
     4. Resultados Registrados pelo Setor Privado                            40
     5. Análise por Eixos Temáticos                                          48
         5.. PLANEJAMENTO E GESTÃO                                          48
         5.2. ESTRUTURAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA OFERTA                        49
         5.3. FOMENTO                                                        5
         5.4. INFRA-ESTRUTURA                                                52
         5.5. PROMOÇÃO, MARKETING E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO                  53
         5.6. QUALIFICAÇÃO                                                   54
         5.7. INFORMAÇÃO                                                     55
         5.8. LOGÍSTICA DE TRANSPORTES                                       56

Capítulo II – Cenários                                                      58
     . Cenários para o Turismo Brasileiro 2007 / 200                       59
     2. Projeção das Metas para o Turismo no Brasil 2007 / 200              65

Capítulo III – Propostas                                                    86
     . Proposições por Eixos Temáticos                                      88
         .. Eixo Temático PLANEJAMENTO E GESTÃO                            88
         .2. Eixo Temático ESTRUTURAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA OFERTA          92
         .3. Eixo Temático FOMENTO                                          94
         .4. Eixo Temático INFRA-ESTRUTURA                                  96
         .5. Eixo Temático PROMOÇÃO, MARKETING E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO    97
         .6. Eixo Temático QUALIFICAÇÃO                                    00
         .7. Eixo Temático INFORMAÇÃO                                      03
         .8. Eixo Temático LOGÍSTICA DE TRANSPORTES                        05

Capítulo IV – Hierarquização das Propostas                                  108
Entidades e Instituições que Contribuíram para a Elaboração                 126
do Documento Turismo no Brasil 2007 / 2010
Referências Bibliográficas                                                  128
MenSageM dO pReSIdente dO
cOnSelhO nacIOnal de tURISMO
O setor de turismo no Brasil enfrenta, a                A eficácia das respostas dadas àquele desafio
partir do próximo ano, um grande desafio: dar          está reconhecida neste documento referencial
continuidade às conquistas obtidas e avançar na        Turismo no Brasil 2007 / 200. Formado por 63
construção e execução de políticas que coloquem        membros, representantes de todos os segmentos
o país entre os principais destinos do mundo           do setor, sendo 24 de instituições públicas e 39
para os brasileiros e estrangeiros que desejem         do setor privado e sociedade civil organizada, o
nos visitar. Neste desafio insere-se também, o         Conselho Nacional de Turismo comemorou três
modelo institucional de gestão descentralizada         anos com uma rica experiência acumulada que
e compartilhada entre o Governo Federal,               se revela neste documento.
governos estaduais e municipais, setor privado               Os seus integrantes entendem que os
e organizações representativas da sociedade            estudos e análises das conquistas e dificuldades
civil, onde discussões e decisões sobre tudo que       do setor, como também as projeções estimadas
envolve o turismo se dão de maneira amplamente         para os próximos anos, precisam ser repassadas
democrática e transparente.                            para os que vierem a conduzir a formulação,
     O Brasil tem hoje uma rede trabalhando em         regulamentação e implementação de políticas
favor do turismo, pronta para dar prosseguimento       públicas para o turismo. Os futuros dirigentes
a todas as conquistas alcançadas e a vencer            não terão apenas um conjunto de boas idéias
novos desafios. A gestão compartilhada com             e boas intenções. Antes, terão um documento
todos que fazem acontecer o turismo no país,           sólido, de contribuição de todos os segmentos
colocada em prática pelo Ministério do Turismo,        para o desenvolvimento do turismo no Brasil.
criado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva             Este documento referencial Turismo no
em atendimento a uma antiga reivindicação do           Brasil 2007 / 200 traduz o pensamento, a visão
trade, é responsável pelo momento promissor            e o desejo do setor. Ele não encerra o debate
que o turismo vive hoje.                               sobre o turismo. Mas constitui, de forma inédita,
     Em 2003, o desafio colocado era reconhecer        a colaboração do Conselho Nacional de Turismo
o turismo como atividade efetivamente capaz de         para a Nação, na certeza de que as análises,
alavancar o desenvolvimento econômico e social,        estudos e propostas aqui apresentados se
contribuindo para a redução de desigualdades           sobrepõem a governos e partidos.
regionais, a distribuição da renda e o fomento
à preservação de nossas heranças naturais e
culturais, entre outros objetivos. Para que isso
se concretizasse, foram estabelecidos objetivos
e metas no primeiro Plano Nacional do Turismo,                            Walfrido dos Mares Guia
                                                                   Ministro de Estado do Turismo e
construído no mais representativo espaço do            Presidente do Conselho Nacional de Turismo
setor que é o Conselho Nacional de Turismo.
                                                                          Brasília, 5 de junho de 2006




                                                   5
entIdadeS e InStItUIçõeS dO
cOnSelhO nacIOnal de tURISMO
ENTIDADE / INsTITUIçãO                                 TITUlAREs             sUPlENTEs

ABAV – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA                           JOÃO PEREIRA
                                                                             JOÃO QUIRINO JUNIOR
DE AGêNCIAS DE VIAGENS                                 MARTINS NETO


ABBTUR – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA                         SéRGIO FERNANDES      CAETANA FRANARIN
DE BAChARéIS EM TURISMO                                MARTINS               ALVES


ABCMI NACIONAL – ASSOCIAÇÃO                            GENILDA CORDEIRO      DECy BRUM VIGNALE
BRASILEIRA DE CLUBES DA MELhOR IDADE                   BARONE                DE CACICOLI


ABEOC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA                          SIMONE SACCOMAN       VALéRIA MARIA DE
DE EMPRESAS DE EVENTOS                                 MARQUES               BRITO CAVALCANTE

                                                       FELIPE AUGUSTO
ABETA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
                                                       ARAGÃO EVANGELISTA    GUSTAVO FRAGA TIMO
DAS EMPRESAS DE TURISMO DE AVENTURA
                                                       JÚNIOR

ABETAR – ASSOCIAÇÃO
                                                                             APóSTOLE LAZARO
BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE                             ÁTILA yURTSEVER
                                                                             ChRySSAFIDIS
TRANSPORTE AéREO REGIONAL

ABIh – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA                           ERALDO ALVES DA       ALExANDRE SAMPAIO
DA INDÚSTRIA hOTELEIRA                                 CRUZ                  DE ABREU


ABLA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA                           JOSé ADRIANO          ALBERTO DE
DAS LOCADORAS DE AUTOMóVEIS                            DONZELLI              CAMARGO VIDIGAL

ABOTTC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
                                                       SÁVIO LUÍS FERREIRA   ANDERSON SILVA
DAS OPERADORAS DE TRENS
                                                       NEVES FILhO           PAChECO
TURÍSTICOS CULTURAIS

ABR – ASSOCIAÇÃO                                       ALExANDRE ADILSON     RUBENS AUGUSTO
BRASILEIRA DE RESORTS                                  ZUBARAN DE OLIVEIRA   REGIS


ABRACAMPING – ASSOCIAÇÃO                               LUIZ EDGAR            LUIZ ANTôNIO
BRASILEIRA DE CAMPISMO                                 PEREIRA TOSTES        PINTO MAThEUS


ABRACCEF – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA                       MARGARETh CARON       RICARDO CORRêA
DE CENTROS DE CONVENÇõES E FEIRAS                      SOBRINhO PIZZATO      SANSON


ABRAJET – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA                        CLÁUDIO MAGNAVITA
                                                                             RICARDO GUERRA
DE JORNALISTAS DE TURISMO                              CASTRO


ABRASEL – ASSOCIAÇÃO                                   PAULO SOLMUCCI        MARIA DE FÁTIMA
BRASILEIRA DE BARES E RESTAURANTES                     JÚNIOR                hAMÚ


ABRASTUR – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COOPERATIVAS       PAULO DE              EDUARDO JOSé
E CLUBES DE TURISMO SOCIAL                             BRITO FREITAS         FERREIRA BARNES

                                                                             PAULO EDUARDO
ABRATURR – ASSOCIAÇÃO                                  CARLOS ROBERTO
                                                                             JUNQUEIRA DE
BRASILEIRA DE TURISMO RURAL                            SOLERA
                                                                             ARANTES

ABRESI – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
                                                       NELSON DE ABREU       RONALD STARLING
DAS ENTIDADES DE GASTRONOMIA,
                                                       PINTO                 SOARES
hOSPITALIDADE E TURISMO

ADIBRA – ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS                       ALAIN JEAN            ARMANDO PEREIRA
DE PARQUES DE DIVERSõES DO BRASIL                      PIERRE BALDACCI       FILhO


ANTTUR – ASSOCIAÇÃO NACIONAL
DE TRANSPORTADORES DE TURISMO,                         MARTINhO FERREIRA
                                                                             DELMO PEREIRA VIEIRA
FRETAMENTO E AGêNCIAS DE VIAGENS                       DE MOURA
QUE OPERAM COM VEÍCULOS PRóPRIOS


                                                       JOÃO BATISTA DE       EVANDRO BESSA DE
BANCO DA AMAZôNIA S.A.
                                                       MELO BASTOS           LIMA FILhO




                                                   7
RICARDO ALVES DA       SéRGIO RICARDO
BB – BANCO DO BRASIL S.A.
                                                        CONCEIÇÃO              MIRANDA NAZARé


                                                        ROBERTO ALMEIDA        VERA MARIA
BITO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TURISMO RECEPTIVO
                                                        DULTRA                 MENDONÇA POTTER


                                                                               ROBéRIO GRESS
BNB – BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A.                  ROBERTO SMITh
                                                                               DO VALE


BNDES – BANCO NACIONAL DE                                                      CARLOS EDUARDO
                                                        CARLOS GASTALDONI
DESENVOLVIMENTO ECONôMICO E SOCIAL                                             CASTELLO BRANCO


BRAZTOA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA                                                RODOLPhO CARLOS
                                                        JOSé ZUQUIM
DAS OPERADORAS DE TURISMO                                                      GERSTNER


                                                        MARIA FERNANDA
CEF – CAIxA ECONôMICA FEDERAL                                                  FÁBIO LENZA
                                                        RAMOS COELhO


                                                        ShEILA RIBEIRO         VINÍCIUS TEIxEIRA
CASA CIVIL DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA
                                                        FERREIRA               SUCENA


                                                        ANTôNIO OLIVEIRA
CNC – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMéRCIO                                        NORTON LUIZ LENhART
                                                        SANTOS


                                                        PAULO ROBERTO
CNM – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS
                                                        ZIULkOSkI


CONTRATUh – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS                   MOACyR ROBERTO         MOARIM CARLOS
TRABALhADORES EM TURISMO E hOSPITALIDADE                TESCh AUERSVALD        RODRIGUES


EMBRATUR – INSTITUTO BRASILEIRO DE TURISMO              EDUARDO SANOVICZ       GERALDO LIMA BENTES


FAVECC – FóRUM DAS AGêNCIAS DE VIAGENS                  GOIACI ALVES           MAURO DE OLIVEIRA
ESPECIALIZADAS EM CONTAS COMERCIAIS                     GUIMARÃES              SChwARTZMANN


FBAJ – FEDERAÇÃO BRASILEIRA                             CARLOS AUGUSTO
                                                                               MARIA JOSé GIARETTA
DOS ALBERGUES DA JUVENTUDE                              SILVEIRA ALVES


FBCVB – FEDERAÇÃO BRASILEIRA                           JOÃO LUIZ DOS SANTOS   PAULO CéSAR
DE CONVENTION  VISITORS BUREAUx                        MOREIRA                BOEChAT LEMOS


                                                                               MÁRIO EDMUNDO J.
FENACTUR – FEDERAÇÃO NACIONAL DE TURISMO                MIChEL TUMA NESS
                                                                               LOBO FILhO


FENAGTUR – FEDERAÇÃO NACIONAL                           CREUSA DOS             IACy DA MATA
DOS GUIAS DE TURISMO                                    SANTOS SOARES          VASCONCELOS


FNhRBS – FEDERAÇÃO NACIONAL DE hOTéIS,                                         ALExANDRE SAMPAIO
                                                        NORTON LUIZ LENhART
RESTAURANTES, BARES E SIMILARES                                                DE ABREU


                                                        ROLAND DE
FOhB – FóRUM DE OPERADORES hOTELEIROS DO BRASIL                                RAFAEL GASPARI
                                                        BONADONA


FORNATUR – FóRUM NACIONAL DOS SECRETÁRIOS               MARCELO DE OLIVEIRA    SéRGIO RICARDO
E DIRIGENTES ESTADUAIS DE TURISMO                       SÁFADI                 MARTINS DE ALMEIDA


FóRUM NACIONAL DOS CURSOS SUPERIORES                    JUREMA MÁRCIA          EDUARDO FLÁVIO
DE TURISMO E hOTELARIA                                  DANTAS DA SILVA        ZARDO


                                                                               VIRGÍLIO NELSON DA
INDICAÇÃO DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA                   GUILhERME PAULUS
                                                                               SILVA CARVALhO


                                                                               NORMA MARTINI
INDICAÇÃO DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA                   MÁRIO CARLOS BENI
                                                                               MOESCh




                                                    8
LUIZ FELIPE
INDICAÇÃO DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA             SéRGIO FOGUEL
                                                                        CARNEIRO DA CRUZ

                                                  FERNANDO
INFRAERO – EMPRESA BRASILEIRA                                           INGRID ELEONORE
                                                  BRENDAGLIA
DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA                                        LUCk
                                                  DE ALMEIDA

                                                  ANTôNIO CARLOS
MD – MINISTéRIO DA DEFESA                                               RIGOBERT LUChT
                                                  AyROSA ROSIERE


                                                  ARNOLDO ANACLETO      GABRIELLE NUNES
MDA – MINISTéRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
                                                  DE CAMPOS             DE ANDRADE


MDIC – MINISTéRIO DO DESENVOLVIMENTO,             LUIZ FERNANDO
                                                                        EDSON LUPATINI JÚNIOR
INDÚSTRIA E COMéRCIO ExTERIOR                     FURLAN


                                                  MARCELO LEANDRO       LEANDRO FONSECA
MF – MINISTéRIO DA FAZENDA
                                                  FERREIRA              DA SILVA


                                                  CARLOS AUGUSTO        ROGéRIO OLIVEIRA
MI – MINISTéRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
                                                  GRABOIS GADELhA       DE CASTRO VIEIRA


                                                  ADAIR LEONARDO        MÁRCIA GENéSIA
MINC – MINISTéRIO DA CULTURA
                                                  ROChA                 DE SANT’ANNA


                                                  MyRIAM BRéA
MJ – MINISTéRIO DA JUSTIÇA
                                                  hONORATO DE SOUZA


MMA – MINISTéRIO DO MEIO AMBIENTE                 GILNEy AMORIM VIANA   ALAN MILhOMENS


MPOG – MINISTéRIO DO PLANEJAMENTO,                MARCOS REGINALDO      LILIAN GIL BARBOSA
ORÇAMENTO E GESTÃO                                PANARIELLO            DE ARAGÃO


                                                  EMBAIxADOR MÁRIO
MRE – MINISTéRIO DAS RELAÇõES ExTERIORES                                SéRGIO LUIZ CANAES
                                                  VILALVA


                                                  SéRGIO hERMES         LUIZ CéSAR
MT – MINISTéRIO DOS TRANSPORTES
                                                  MARTELLO BACCI        BRANDÃO MAIA


                                                  ANDRES CIFUENTES
MTE – MINISTéRIO DO TRABALhO E EMPREGO                                  ALMERICO BIONDI LIMA
                                                  SILVA


                                                  wALFRIDO DOS          MÁRCIO FAVILLA
MTUR – MINISTéRIO DO TURISMO
                                                  MARES GUIA            LUCCA DE PAULA


SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO
                                                  LUIZ CARLOS BARBOZA   VINÍCIUS NOBRE LAGES
ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS


                                                  SIDNEy DA             ANTôNIO hENRIQUE
SENAC – SERVIÇO NACIONAL DO COMéRCIO
                                                  SILVA CUNhA           BORGES DE PAULA


SNEA – SINDICATO NACIONAL
                                                  GEORGE ERMAkOFF       ADELITA GUASCO
DAS EMPRESAS AEROVIÁRIAS


SUFRAMA – SUPERINTENDêNCIA                        JOSé ALBERTO DA       ELIANy MARIA DE
DA ZONA FRANCA DE MANAUS                          COSTA MAChADO         SOUZA GOMES

                                                                        ARMANDO ARRUDA
UBRAFE – UNIÃO BRASILEIRA
                                                  DÁRCIO BERTOCCO       PEREIRA CAMPOS
DOS PROMOTORES DE FEIRAS
                                                                        MELLO




                                              9
apReSentaçÃO
A discussão da Política Nacional de Turismo                Assim, foi instaurado um processo de
e a elaboração do Plano Nacional de Turismo – PNT          trabalho, coordenado pelo Ministério do Turismo,
2003 / 2007 constituíram um marco no processo              por meio da Secretaria Nacional de Políticas do
democrático de reflexão sobre a realidade do setor         Turismo, com participação da Secretaria Nacional
no Brasil. O Plano, que sistematizou as proposições        de Programas de Desenvolvimento do Turismo e da
para a definição desta política setorial nacional,         EMBRATUR, que mobilizou um grande contingente
no âmbito do Governo Federal, foi elaborado de             de atores e instituições, em diversos fóruns. Foram
forma integrada às ações e programações das                realizados encontros com o Centro de Excelência
demais esferas de governo, numa ação articulada            em Turismo da UNB e com a Escola Brasileira de
com a iniciativa privada e o terceiro setor.               Administração Pública e de Empresas da FGV.
      A partir de 2003, o Plano Nacional de                No âmbito do Conselho Nacional de Turismo,
Turismo norteia as ações do Ministério do Turismo          foram realizadas doze reuniões com as diversas
e, a considerar os resultados alcançados, a sua            categorias de entidades. No total, 220 pessoas,
aceitação por diversos segmentos do turismo                representando 50 instituições, participaram
no país e sua legitimação pelas instituições               diretamente destas reflexões e discussões.
representativas do setor, integrantes do Conselho                Este processo se consolidou no presente
Nacional de Turismo, tem se mostrado um                    documento referencial, denominado Turismo no
instrumento eficaz e um referencial importante             Brasil 2007 / 200, que analisa as perspectivas
para a gestão da atividade em âmbito nacional.             de desenvolvimento da atividade no país para
      O Conselho Nacional de Turismo reconhece             os próximos anos e indica os caminhos a serem
os acertos na política desenvolvida e busca                percorridos para a concretização do que de melhor
seu aprofundamento e aprimoramento. Nesse                  poderá ser alcançado nestas perspectivas.
sentido, propõe a realização de estudos que
possam consolidar um documento referencial
sobre o Turismo no Brasil – período 2007 /
200, e garantir a continuidade desta política
e do processo democrático, participativo e
descentralizado de gestão.
capÍtUlO I   dIagnóStIcO
A elaboração de um documento de referencia                    Neste sentido, este Diagnóstico se estrutura a
     sobre o turismo no Brasil, com vistas a construção            partir das análises à luz da realidade atual dos temas
     de cenários e propostas para o período 2007 / 200,           indicados no Plano Nacional de Turismo, avançando
     demanda diagnosticar o desenvolvimento da                     e detalhando outros pontos que a evolução e a
     atividade turística no país, nos últimos anos,                dinâmica do desenvolvimento da atividade impõem
     considerando o que estava posto na ocasião da                 neste momento.
     elaboração do Plano Nacional de Turismo – PNT                       Como referências básicas para o Diagnóstico
     2003 / 2007, de modo a garantir a continuidade das            são apresentadas, inicialmente, informações relativas
     ações e programas que vêm sendo desenvolvidos e               ao ambiente econômico nacional e internacional e ao
     que têm respondido, de forma positiva, às questões            comportamento da atividade no País e no mundo, nos
     identificadas. Busca ainda indicar outros pontos em           últimos anos, com dados e informações que permitem
     que o processo de trabalho, nestes anos, aponta               avaliar os resultados relativos às metas definidas no
     como relevantes e passíveis de aprofundamento ou              PNT e outros aspectos de destaque no setor.
     revisão na orientação posta naquele documento,                      Na seqüência, é apresentada uma análise
     que estabelece as referências da Política Nacional            organizada por eixos temáticos, que tratam das
     de Turismo.                                                   principais questões diagnosticadas pelo PNT. Os temas
           Apesar dos bons resultados apresentados pela            são analisados com base nos dados da situação
     atividade turística nos últimos anos, o País ainda não        atual e na evolução da atividade nos últimos anos,
     alcançou um patamar de estabilidade e não ocupa um            de acordo com uma nova visão das perspectivas de
     lugar no mercado turístico, nacional e internacional,         desenvolvimento do turismo no País, projetadas para
     compatível com as suas potencialidades e vocações.            o período 2007 / 200.




I.1             AMBIENTE ECONôMICO NACIONAl E INTERNACIONAl



            A economia mundial atravessa um período                      Este cenário reflete um novo padrão
     de exuberância econômica e seu desempenho                     de crescimento para a economia mundial,
     no ano de 2005 foi bastante positivo no que se                caracterizado pelo nível de crescimento sustentável
     refere ao crescimento econômico, estabilidade                 com baixa volatilidade; inflação baixa que tem
     de preços, aumento nos fluxos comercial e de                  possibilitado a adoção de taxas de juros menores
     capital. A taxa de expansão mundial em 2004,                  em nível mundial; a liquidez abundante nos
     de 5,%, foi a mais alta em décadas. A de 2005,               mercados internacionais que tem reduzido as taxas
     de 4,3%, também foi bastante significativa.                   de juros reais; melhoria tecnológica principalmente
     A dispersão geográfica deste crescimento é um                 no ramo da informação; e o comércio internacional
     outro fator importante para análise, uma vez                  em expansão e principalmente a liderança do
     que esse crescimento tem afetado positivamente                crescimento pela iniciativa privada.
     não somente as nações ricas, mas também as em                       Outro fator importante a ser ressaltado é
     desenvolvimento ou até mesmo as pobres. Como                  que este crescimento tem sido generalizado para
     conseqüência, o que se vê mundo afora é produção              todas as economias e regiões. A liderança desse
     e consumo em alta, desemprego e miséria em                    processo continua sendo feita pela economia norte-
     queda, uma tendência generalizada de redução da               americana, mas com a participação significativa de
     pobreza absoluta.                                             novos atores como a China, Índia e Rússia.



                                                              3
TABElA 1 - EVOlUçãO DA ECONOMIA MUNDIAl (%)

                                                                                        ECONOMIA MUNDIAl
                      REgIãO                                        2000                         2001                 2002               2003                2004                2005 (*)               2006 (*)
           COMéRCIO INTERNACIONAl                                        5,0                     -1,0                 3,0                 4,5                 10,3                      7,0                 7,4
                     MUNDO                                               4,5                     2,3                  1,8                 4,0                   5,1                     4,3                 4,0
                 EsTADOs UNIDOs                                          5,1                     0,3                  2,4                 2,7                   4,2                     3,6                 3,3
                 ÁREA DO EURO                                            3,5                     1,4                  0,8                 0,7                   1,6                     1,3                 1,8
                   INglATERRA                                            2,9                     2,1                  2,0                 2,6                   3,2                     2,9                 2,2
                       JAPãO                                             1,5                     -0,3                 -0,2                2,5                   2,7                     2,4                 2,0
         PAísEs EM DEsENVOlVIMENTO                                       3,9                     4,6                  5,0                 6,5                   7,3                     6,4                 6,1
             ECONOMIAs AsIÁTICAs                                         5,5                     5,5                  6,0                 8,1                   8,2                     7,8                 7,2
            AMéRICA lATINA E CARIBE                                      4,0                     0,6                  -0,1                2,2                   5,6                     4,1                 3,8
                       BRAsIl                                            4,2                     1,5                  1,9                 0,2                   4,9                     2,3                 3,5

Fonte: Fundo Monetário Internacional                   (*) Estimado


       Sendo assim, as projeções em relação ao                                                                          No que se refere aos aspectos conjunturais,
desempenho da economia mundial para os próximos                                                                   pode-se ressaltar instabilidade geopolítica
anos apontam para uma continuidade de crescimento,                                                                no Oriente Médio, principalmente, no que
mas com alguns condicionantes.                                                                                    se refere ao futuro do Iraque e à incerteza
       Os preços do petróleo podem ser considerados                                                               quanto ao conflito Irã x EUA. Já em relação aos
hoje uma das principais incertezas da conjuntura                                                                  aspectos estruturais, de acordo com a Agência
econômica mundial. A sucessão de altas históricas                                                                 Internacional de Energia, a capacidade sustentável
desta commodity vem sendo causada, não apenas por                                                                 de produção de petróleo da Organização dos
aspectos conjunturais, mas alguns outros estruturais,                                                             Países Exportadores de Petróleo – OPEP está
o que leva a um cenário de preços elevados a curto,                                                               em torno de 3 milhões de barris / dia (mdb).
médio e longo prazos. Por sua vez, um aumento no                                                                  Contudo, estimativas apontam que, em 2020,
preço do petróleo tende a gerar pressões inflacionárias,                                                          a produção da OPEP deveria ser de cerca de
o que poderá gerar um aumento nas taxas de juros em                                                               49 mdb para atender à demanda projetada, ou
nível mundial e, conseqüentemente, frear o ritmo de                                                               seja, um aumento de cerca de 60%, o que é
crescimento da economia mundial.                                                                                  pouco provável que ocorra.



     gRÁfICO 1 - EVOlUçãO DO PREçO DO PETRólEO Us$/BBl (CRUDE OIl)

            70



            60



            50



            40



            30



            20
                   JAN/03

                            MAR/03

                                     MAI/03

                                              JUl/03

                                                       sET/03

                                                                NOV/03

                                                                               JAN/04

                                                                                        MAR/04

                                                                                                   MAI/04

                                                                                                             JUl/04

                                                                                                                       sET/04

                                                                                                                                NOV/04

                                                                                                                                         JAN/05

                                                                                                                                                  MAR/05

                                                                                                                                                           MAI/05

                                                                                                                                                                      JUl/05

                                                                                                                                                                               sET/05

                                                                                                                                                                                          NOV/05

                                                                                                                                                                                                   JAN/06




Fonte: OPEP, (AIE) 2006



                                                                                                        4
Em relação aos países emergentes, o                       americana e afetar o desempenho da economia
aumento do preço das commodity ajudou no                         mundial como um todo.
crescimento econômico, principalmente dos                                   A preocupação do FED já foi demonstrada
países da América Latina. O que pode afetar ainda                nas últimas duas reuniões do Federal Open
estes preços são as negociações da Organização                   Market Committee, que aumentou a taxa de
Mundial do Comércio – OMC, que definiu                           juros – Federal Funds de 4,25% para 4,75%
203 como ano limite para o fim do subsídio à                    nos três primeiros meses de 2006. Ademais,
exportação agrícola em todas as suas formas.                     os sinais emitidos pelo FED não apontam para
       Um outro f a t o r q u e p o d e r á a f e t a r o        uma taxa limite, mas sim para uma taxa que
desempenho da economia mundial nos próximos                      sustente a estabilidade de preços na economia
anos é o comportamento da taxa de juros nos                      norte-americana.       Desta     forma,     dependendo
Estados Unidos. Com elevados e crescentes                        da durabilidade da trajetória de aumento da
déficits fiscais e de conta corrente, existe                     taxa de juros norte-americana, o desempenho
uma tendência natural da desvalorização da                       da economia mundial poderá ser afetado nos
moeda norte-americana e a possibilidade de                       próximos anos.
aparecimento de focos inflacionários. Além das                          Além desses fatores ligados à economia
incertezas ligadas aos desequilíbrios, fiscal                    norte-americana, os resultados da economia
e de conta corrente, a mudança na direção                        mundial para os próximos 4 anos serão
do Federal Reserve Departament – FED, o                          determinados pelo ritmo de crescimento da
presidente Ben Bernanke no lugar de Allan                        e c o n o m i a c h i n e s a e d a re c u p e r a ç ã o das
Greenspan, pode afetar negativamente as                          economias européia e japonesa.
expectativas de inflação.                                               Por enquanto, as projeções (Banco Mundial)
       Para conter as pressões inflacionárias e                  têm apontado para continuidade no crescimento
demonstrar o seu compromisso com a estabilidade                  dessas economias, mas em um ritmo menor do
de preços, o FED poderá adotar uma postura                       que o registrado no biênio 2004-2005. Diante
excessivamente conservadora, o que poderá                        deste cenário, as projeções do Banco Mundial
reduzir o nível de crescimento da economia norte-                para a economia mundial são as seguintes:



                                TABElA 2 - PROJEçãO PARA A ECONOMIA MUNDIAl (%)

              VARIAçãO PIB REAl                 2004                 2005                 2006                2007


                   MUNDIAl                       3,8                  3,2                 3,2                  3,3


             PAísEs DE RENDA AlTA                3,1                  2,5                 2,5                  2,7


               EsTADOs UNIDOs                    4,2                  3,5                 3,5                  3,6


         PAísEs EM DEsENVOlVIMENTO               6,8                  5,9                 5,7                  5,5


           lEsTE AsIÁTICO E PACífICO             8,3                  7,8                 7,6                  7,4


           AMéRICA lATINA E CARIBE               5,8                  4,5                 3,9                  3,6


               sUDEsTE AsIÁTICO                  6,8                  6,9                 6,4                  6,3


Fonte: Banco Mundial




                                                            5
As projeções apontam para um crescimento              gerar incentivos ao investimento e estimular o
da economia mundial de 3,2% e 3,3% para 2006                crescimento a partir de um impulso interno.
e 2007, respectivamente. Para os países de renda                  O bom desempenho das economias dos
alta é projetado um crescimento de 2,5% em                  países em desenvolvimento e as projeções otimistas,
2006 e de 2,7% em 2007, liderado pelos Estados              em relação ao crescimento sustentado no médio
Unidos, que deverá crescer 3,5% e 3,6% no                   prazo, podem ser explicados pelas reformas
biênio 2006-2007.                                           econômicas implementadas a partir do ano de
      A projeção para os países em desenvolvimento          990. A combinação de inflação baixa, regimes de
é de continuidade de crescimento, mas em níveis             câmbio flexível e redução nos déficits fiscais e de
um pouco menores. Para 2006 é projetado um                  conta corrente têm reduzido as incertezas, o que
crescimento de 5,7%, inferior aos 5,9% de 2005, e           tende a aumentar o fluxo de investimento para os
de 5,5% para 2007. Esse crescimento será liderado           mercados emergentes nos próximos anos.
pelos países do sudeste asiático que deverão                      Em relação às finanças internacionais, a alta
crescer 6,4% em 2006 e 6,3% em 2007. Para os                liquidez internacional e as baixas taxas de inflação
países latino-americanos e do Caribe as projeções           têm possibilitado o registro de baixas taxas de
apontam para o crescimento de 3,9% e 3,6% em                juros reais, reduzindo o custo de financiamento
2006 e 2007, respectivamente.                               das   economias     emergentes     e   possibilitado
      As economias do leste da Ásia e Pacífico              uma tendência de declínio nas taxas de juros
deverão    continuar   expandindo     rapidamente,          internacionais. No entanto, este quadro pode ser
liderado   pela China.    As   projeções   são   de         alterado com o aumento da taxa de juros americana,
crescimento do PIB regional de 7,6% em 2006 e               o que pode reduzir o fluxo de capitais para os
7,4% em 2007. As mudanças marginais nos regimes             mercados emergentes e aumentar a incerteza em
cambiais da China e da Malásia não deverão ter              relação ao financiamento externo desses países.
maiores impactos sobre o nível de crescimento                     Em relação às projeções de longo prazo, estas
da economia desses países. Embora as projeções              apontam para uma continuidade no crescimento da
tenham apontado para uma redução no ritmo                   economia mundial e do nível de renda per capita,
de crescimento da economia chinesa, ela deverá              com a manutenção do peso da economia norte-
continuar impulsionando a economia mundial nos              americana na expansão mundial, aproximadamente
próximos anos.                                              6%, mas relativamente menor que a China, que
      As projeções para os países da América                deverá ser responsável por 27% do crescimento
Latina e Caribe apontam para uma possível                   da economia mundial nos próximos 5 anos.
redução no ritmo de crescimento da economia,                Neste cenário, a economia brasileira deverá crescer
derivado principalmente da redução nos preços               em torno de 3,5% a 4% a.a. no biênio 2006-2007
das commodity no mercado internacional. Aqui é              e colaborar com apenas 2,4% para o crescimento
importante ressaltar que a redução nos preços               da economia mundial até 2020.
dos produtos exportados pelos países emergentes,                  Mesmo com essas condições favoráveis, nos
como o Brasil, e a conseqüente redução nas receitas         últimos anos o crescimento da economia brasileira
com as exportações podem ser compensados pela               tem sido inferior à média mundial e as estimativas
melhora no desempenho do mercado interno.                   apontam para a continuidade dessa tendência.
      No caso do Brasil, a tendência de redução na          No entanto, o cenário interno da economia brasileira
taxa de juros, estabilidade financeira, estabilidade        para os próximos anos é favorável à continuidade
de preços e contas externas equilibradas podem              do crescimento econômico.




                                                       6
gRÁfICO 2 - CREsCIMENTO ECONôMICO BRAsIlEIRO X MUNDIAl (%)


                                                                                                                                                                               5,1%
                                                                                                  4,7%                                                                                    4,9%
     4,2%                    4,1%               4,2%                                                                                                        4,0%
                                                                                                          4,4%
                                                                             3,7%
                                                                                                                                                                                                      4,3%
                                            3,3%                                                                                                                                                     MUNDO
     3,6%                                                                                                                            3,0%

                             2,7%                              2,8%
                                                                                                                     2,4%             1,9%

                                                                                                                                                                                                      2.3%
                                                                                                                   1,3%                                                                              BRAsIl

                                                                                      0,8%
                                                                                                                                                             0,5%

                                                               -0,1%
            1995             1996               1997            1998             1999             2000             2001               2002                   2003               2004                2005


Fonte: FMI (2006)



        No plano político, a transição democrática                                                             Além disso, o regime de câmbio flutuante
da última eleição deixou claro o avanço e a                                                                    adotado em 999, permitiu o ajustamento
consolidação da democracia no País; tal fato foi                                                               das contas externas, o que diminuiu de forma
comprovado recentemente com o baixo “contágio”                                                                 considerável                    a            vulnerabilidade                         externa   do
da economia frente à crise política vivida pelo país.                                                          País. Essa arquitetura macroeconômica sólida
        No âmbito econômico, a continuidade das                                                                possibilitou uma renegociação voluntária da
políticas macroeconômicas tem demonstrado                                                                      dívida externa, com o melhoramento do seu
o compromisso do País em relação à                                                                             perfil. Neste cenário, a vulnerabilidade vem se
responsabilidade fiscal e estabilidade monetária.                                                              reduzindo sistematicamente.




    gRÁfICO 3 - TAXA DE CâMBIO (R$ / Us$)


            3,8

            3,6

            3,4

            3,2

             3

            2,8

            2,6

            2,4

            2,2

            2,0
                    JAN/03

                              MAR/03

                                       MAI/03

                                                  JUl/03

                                                           sET/03

                                                                    NOV/03

                                                                             JAN/04

                                                                                       MAR/04

                                                                                                MAI/04

                                                                                                          JUl/04

                                                                                                                   sET/04

                                                                                                                            NOV/04

                                                                                                                                      JAN/05

                                                                                                                                                   MAR/05

                                                                                                                                                             MAI/05

                                                                                                                                                                      JUl/05

                                                                                                                                                                                 sET/05

                                                                                                                                                                                           NOV/05

                                                                                                                                                                                                     JAN/06




Fonte: BACEN




                                                                                                     7
gRÁfICO 4 - sAlDO DA BAlANçA COMERCIAl (Us$ MIlHõEs)


                                                                                               44,8


                                                                              41,2



                                                  38,3


                            35,8


     33,7




        DEz/04         fEV/05      ABR/05         JUN/05          AgO/05         OUT/05         DEz/05



Fonte: MDIC



        Com a estabilidade macroeconômica interna          num futuro próximo, a economia brasileira poderá
e a redução na vulnerabilidade externa, o Risco            ser classificada como investment-grade.
Brasil caiu significativamente e a tendência é que,




    gRÁfICO 5 - RIsCO PAís (EM PONTOs)


            1.400

            1.200

            1000

            800

            600

            400

            200

              0
                     JAN/03
                     fEV/03
                    MAR/03
                    ABR/03
                    MAI/03
                     JUN/03
                      JUl/03
                    AgO/03
                     sET/03
                    OUT/03
                    NOV/03
                     DEz/03
                     JAN/04
                     fEV/04
                    MAR/04
                    ABR/04
                    MAI/04
                     JUN/04
                      JUl/04
                    AgO/04
                     sET/04
                    OUT/04
                    NOV/04
                     DEz/04
                     JAN/05
                     fEV/05
                    MAR/05
                    ABR/05
                    MAI/05
                     JUN/05
                      JUl/05
                    AgO/05
                     sET/05
                    OUT/05
                    NOV/05
                     DEz/05
                     JAN/06
                     fEV/06




Fonte: Banco Central




        Um outro fator importante é que o processo         ano, o comércio exterior brasileiro obteve os
de crescimento da economia brasileira vem sendo            melhores resultados da história – as exportações
liderado pela demanda externa (exportações,                atingiram a marca de US$ 8,3 bilhões, o saldo
descontadas as importações), que contribuiu                comercial ficou em US$ 44,76 bilhões e a conta
0,9 ponto percentual no crescimento de 2,3 %               corrente de comércio (soma das exportações
do PIB em 2005. Vale ressaltar que, no mesmo               mais importações) chegou a US$ 9,85 bilhões.




                                                      8
Tal resultado elevou o grau de abertura da                        prejudicar o desenvolvimento brasileiro de curto
economia brasileira para 30%.                                     e médio prazos: alta carga tributária, altas taxas
        Outro fator positivo para a economia                      de juros praticados no mercado interno, taxa
brasileira foi o aumento do consumo das famílias,                 de investimento baixo, excesso de burocracia,
que registrou uma expansão acima da média de                      problema fiscal e estabilidade política.
crescimento da economia, graças a um aumento                            Com uma carga tributária extremamente
do volume de crédito às pessoas físicas e ao                      elevada, aumentam os custos de produção, o que
crescimento da massa salarial: as famílias gastaram               reduz a competitividade dos produtos nacionais
3,% mais em 2005 do que em 2004. No que se                       em relação aos estrangeiros. Enquanto a carga
refere ao consumo do Governo, verifica-se que o                   tributária brasileira é de aproximadamente 38% do
mesmo aumentou ,6% em 2005, ante à expansão                      PIB, outros países emergentes como a Argentina
de 0, % no ano anterior.                                         (2%) e o México (8%) apresentam taxas bem
        Para uma expansão maior da economia                       inferiores. Assim, para crescer a taxas maiores e
brasileira nos próximos anos, alguns fatores                      de forma sustentável, o próximo governo deverá
precisam ser tratados como prioritários, de forma                 procurar estratégias para reduzir o peso dos
a melhorar o ambiente de negócios e, assim, não                   impostos sobre a produção nacional.




    gRÁfICO 6 - EVOlUçãO DA CARgA TRIBUTÁRIA BRAsIlEIRA - 1994-2005 (%)


                                                                                                           37,8%
                                                                                                36,8%

                                                                                35,8%
                                                                                        35,5%


                                                                        33,7%
                                                             32,8%

                                                     31,6%



                                             29,3%
                     28,9%
             28,6%

                             27,3%   27,5%




             1994    1995    1996    1997    1998    1999        2000   2001     2002    2003       2004   2005



Fonte: BPT




        Um outro fator que tem influenciado o ritmo               inflacionários e atingir as metas de inflação, o
de crescimento da economia tem sido o elevado                     Banco Central tem adotado uma política monetária
custo de capital derivado das altas taxas de juros                restritiva, com juros elevados.
praticados no mercado interno. Para conter focos




                                                            9
TABElA 3 - TAXA DE JUROs DEsCONTANDO A INflAçãO - (JANEIRO/2005 - DEzEMBRO/2005)

                  RANkINg                                   PAís                               TAXA ANO


                     1                                     BrAsIl                                 12,6%


                     2                                 TurquIA                                    7,5%


                     3                                     MéxICO                                 5,6%


                     4                                CINgAPurA                                   5,2%


                     5                                 POlôNIA                                    5,1%


                     6                                 HuNgrIA                                    4,1%


                     7                                     CHINA                                  4,1%


                     8                               COréIA DO sul                                3,8%


Fonte: FMI




        Com a trajetória de redução na taxa de                      a instituição da Lei de Responsabilidade Fiscal e a
juros Selic a partir do início de 2006, a política                  adoção das metas de superávit primário em torno
monetária deve ser favorável ao crescimento                         de 4,25% do PIB.
econômico no ano.                                                         Contudo, essas medidas não reduziram a
        A taxa de investimento da economia brasileira               relação entre dívida / PIB, uma vez que não foi
(de aproximadamente 9% do PIB) é baixa para                        possível eliminar o déficit nominal. O aumento
financiar o crescimento da economia de forma                        dos gastos públicos, principalmente com a
sustentada. Assim, para aumentar o nível de                         previdência, e das despesas com pagamento de
crescimento se faz necessário aumentar a taxa de                    juros, têm sido os principais responsáveis pelo
investimento da economia.                                           resultado nominal negativo.
        Melhorar a gestão pública e reduzir a burocracia                  Assim, um dos desafios do próximo governo
representa um outro desafio para o País, se a pretensão             será controlar e melhorar a qualidade dos gastos
é crescer a taxas maiores e de forma sustentável.                   e enfrentar o problema da previdência como uma
Segundo estudo do Banco Mundial, somente nos 30                     questão fundamental para garantir o equilíbrio
países mais desenvolvidos do mundo, observam-se                     fiscal de longo prazo.
bons padrões de governança: nestes, para um índice                        Finalmente, a estabilidade política será
máximo de 00, a média é de 90,8. Para os países da                 essencial para agilizar as reformas tributária,
América Latina e Caribe, o índice é de 55,4. No Brasil,             da previdência e do trabalho, consideradas
é de 54,4, o que evidencia expressivos desvios em                   importantes para melhorar a eficiência do
relação às boas práticas de governança pública.                     mercado na alocação dos recursos e possibilitar o
        Em relação à política fiscal, o país vem                    crescimento sustentado.
apresentando um avanço nos últimos anos, com




                                                            20
gRÁfICO 7 - DEsPEsAs DO INss (EM % PIB)

                                                                                                                 7,9%
                                                                                                             7,6%
                                                                                                         7,1%

                                                                                                 6,5%
                                                                                    6,0%             6,9%
                                                                             5,8%
                                                                                              6,3%
                                                                        5,4%
                                                                                       6,0%
                                                4,9%      5,0%
                                                                 5,3%
                                             4,3%
                                                       4,9%

                               3,4%

                        2,7%          3,4%


                 2,5%

                  1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006*

                                                                   * PREVISÃO


     Fonte: giambiagi (2006)




I.   2             O TURIsMO NO CONTEXTO INTERNACIONAl




             Os dados econômicos internacionais mostram                        conferências e exposições, além das tradicionais
     uma forte relação entre o ambiente econômico e                            viagens de férias. Esse quadro é extremamente
     o crescimento do turismo, em todo o mundo. O                              positivo para a geração de trabalho e renda, em
     crescimento do PIB potencializa o crescimento do                          função da potencial capacidade de geração de
     turismo, tanto no sentido positivo quanto negativo.                       ocupação da atividade. Aproximadamente, de 6
     No período de 975 a 2000 o turismo cresceu a                             a 8% do total de empregos gerados no mundo
     um ritmo médio de 4,4 % anual, enquanto o                                 depende do turismo, segundo informação da
     crescimento econômico mundial médio, medido                               Organização Mundial do Turismo.
     pelo PIB, foi de 3,5% ao ano.                                                    As chegadas internacionais de 2004 foram
             No período de exuberância que atravessa a                         da ordem de 766 milhões de turistas, superando
     economia mundial nos últimos anos, conforme item                          em mais de 25 vezes as chegadas registradas em
      deste Diagnóstico, o turismo se destaca como um                         950, o que significa um crescimento médio anual
     dos setores socioeconômicos mais significativos do                        de 6,5%, desde 950. O mercado das viagens
     mundo, incluindo as viagens de negócios, visitas                          representou, em 2004, em torno de 30% do total
     a amigos e familiares, viagens por motivações                             das trocas internacionais de serviços comerciais,
     de estudos, religião, saúde, eventos esportivos,                          constituindo um dos seus maiores componentes.




                                                                        2
No período de 995 a 2000 o fluxo                           ao longo dos últimos anos é de desconcentração
internacional de turistas apresentou um crescimento                dos fluxos internacionais de turistas, com a
anual da ordem de 4,8%. Este crescimento                           inclusão de novos destinos nestas rotas. Em 950,
apresentou um decréscimo nos anos subseqüentes,                    somente 3% das chegadas internacionais se
em função da tragédia de  de setembro em Nova                    dirigiram para fora dos 5 principais países
york, e no qüinqüênio 2000 / 2005 este crescimento                 receptores (Estados Unidos, Canadá, México e
foi da ordem de 3,4%. Ao longo dos últimos dez                     países da Europa). Já em 2004, 43% do total de
anos, 995 / 2005, a taxa média de crescimento                     chegadas internacionais se realizaram fora destes
mundial foi da ordem de 4,%. Nos últimos anos,                    5 países receptores principais. O gráfico abaixo
porém, houve uma recuperação neste crescimento                     apresenta a evolução das chegadas de turistas
do fluxo internacional de turistas no mundo, que                   internacionais no período que vai de 950 a
registrou um crescimento de 9,9% de 2003 para                      2004, para os cinco maiores países receptores
2004 e de 5,5% de 2004 para 2005.                                  do mundo e para o grupo de países classificados
       E neste c o n t e x t o d e c re s c i m e n t o d a        a partir da 6ª colocação no ranking, entre os
atividade no mundo, uma tendência observada                        quais se encontra o Brasil.




    gRÁfICO 8 - TENDÊNCIAs DE MERCADO - CHEgADA DE TURIsTAs INTERNACIONAIs POR gRUPO DE PAísEs (%)


           80
                            71%


           60

                                                  43%                                            43%
                                                                          38%
           40

                                                  25%
                                                                          33%                    33%
           20


                             3%
            0
                            1950                   1970                   1990                   2004




                                              Cinco maiores                      16º em diante



Fonte: Organização Mundial do Turismo




       Mesmo desconsiderando os resultados                         particular, contra percentuais bem menores de
insatisfatórios para os Estados Unidos da                          crescimento para a Europa.
América, em função dos impactos negativos                                De acordo com o quadro a seguir, enquanto
do atentado de  de setembro, os números                          as chegadas internacionais em todo o mundo
para o restante do mundo indicam um forte                          tiveram um crescimento da ordem de 50% no
crescimento para os países da Ásia, Pacífico,                      período de 995 a 2005, no Brasil, estes números
África e Oriente Médio, e para o Brasil em                         cresceram em 70%, no mesmo período.




                                                              22
TABElA 4 - CHEgADAs DE TURIsTAs INTERNACIONAIs (EM MIlHõEs)

        PERíODO             1995            2003            2004           2005*       % 1995-05      % 2003-05   % 2004-05

        MUNDO               538,0           697,0          766,0           808,0         50,2            15,9        5,5

        EUROPA              309,0           408,6          425,6           443,9         43,7             8,6        4,3

    ÁsIA E PACífICO         85,0            114,2          145,4           156,2         83,8            36,8        7,4

       AMéRICAs             109,0           113,1          125,8           133,1         22,1            17,7        5,8

    AMéRICA DO sUl          12,0            13,7            16,0            18,0         50,0            31,4       12,5

         BRAsIl              2,0             4,1             4,8            5,4          170,0           31,7       12,5

        ÁfRICA              20,0            30,7            33,3            36,7         83,5            19,5       10,2

    ORIENTE MéDIO           14,0            30,0            35,9            38,4         174,3           28,0        7,0


Fonte: Organização Mundial do Turismo – OMT 2006  Anuário Estatístico EMBrATur 2001    (*) Dado preliminar




        Este é um forte indicador das perspectivas de                          No entanto, isto só poderá ser realizado para
crescimento para destinos novos, antecipando que                        as comunidades objeto de recepção dos fluxos de
a competição entre regiões para atrair visitantes se                    turistas, com base numa gestão responsável, que
intensificará nos próximos anos com o objetivo de                       realize um equilíbrio entre os aspectos ambientais,
criação de empregos e de desenvolvimento econômico                      econômicos e socioculturais de desenvolvimento
sustentável e responsável. Novos atores devem entrar                    sustentável do turismo. Sem isso, o turismo
na disputa pelas viagens e turismo na escala mundial,                   torna-se vulnerável e suscetível aos problemas de
provocando uma concorrência acirrada entre os                           degradação, massificação e fragmentação que, em
destinos e os operadores de viagens. Aqueles que                        última instância significam sua autodestruição.
se adaptarem melhor as orientações do mercado                                  A prática de uma gestão responsável
e apresentarem, com maior êxito, as características                     deverá, também, reproduzir impactos positivos
geográficas e a singularidade dos seus destinos,                        no que se refere ao turismo interno, propiciando
relativamente à paisagem, cultura, patrimônio e                         o desenvolvimento da atividade no mercado
serviços, terão mais sucesso na consolidação da                         doméstico, com benefícios por duas vias. Pelo
atividade. Trata-se de uma chamada de atenção para                      lado da produção e da oferta da atividade,
os destinos tradicionais e uma oportunidade para os                     com a criação de novos postos de trabalho e
destinos novos. Isto propiciará, seguramente, um                        ocupação, e com a ampliação da renda. E pelo
desenvolvimento mundial mais desconcentrado,                            lado do consumo, com a inclusão de novas
remodelando e reconfigurando o processo de                              parcelas de consumidores em diversas escalas,
globalização, e contribuindo para a universalização dos                 no ambiente doméstico.
benéficos do direito ao desenvolvimento para todos.                            De acordo com as análises da Organização
        Esta pode se constituir numa importante                         Mundial do Turismo, calcula-se ser o turismo
dimensão dos esforços a serem empreendidos para                         interno dez vezes maior que o volume de turismo
reduzir as desigualdades regionais no plano nacional e                  internacional. Este índice, não obstante poder ser
internacional e para promover um ambiente favorável                     bem menor para os países periféricos, ainda assim,
ao desenvolvimento, especialmente nas áreas de                          aponta para uma perspectiva de consolidação da
comércio e finanças. Significa também, seguramente,                     atividade nestes países, oportunizando a melhoria
uma via de inclusão do turismo na estratégia de luta                    da qualidade dos serviços prestados e contribuindo
contra a pobreza, vinculando a atividade com os                         para o desenvolvimento equilibrado do conjunto
marcos e os objetivos de Desenvolvimento do Milênio.                    da economia.



                                                                   23
I.   3             REsUlTADOs DO TURIsMO NO PAís NOs ÚlTIMOs ANOs



             No contexto de um ambiente nacional e                     5,5%, enquanto no Brasil este crescimento, no
     internacional favorável e como resultado do esforço               mesmo período, foi da ordem de 2,5%.
     do Governo, da prioridade dada ao turismo e da                          A execução dos Programas e Ações do Plano
     gestão descentralizada e compartilhada proposta                   Nacional de Turismo 2003 / 2007, inseridos no Plano
     pelo Plano Nacional e executada com apoio do                      Plurianual de Governo 2004 / 2007, considerando
     Conselho Nacional e Fóruns Estaduais, o turismo                   a eficiente execução orçamentária de 2004 e de
     do Brasil vem batendo recordes que evidenciam um                  2005 e, ainda, a conjuntura externa favorável,
     crescimento acima da média mundial. Conforme                      propiciaram as condições para que o País obtivesse,
     exposto no item anterior, o crescimento do turismo                nos últimos três anos, os seus melhores resultados
     internacional no mundo, em chegadas de turistas                   em relação a todo o histórico do setor.
     estrangeiros, em 2004 e 2005, foi da ordem de




I.   3        .1          ENTRADA DE DIVIsAs


             Um resultado que aponta para a performance                marca de 34 meses consecutivos de crescimento,
     excepcional da atividade turística no mercado                     desde março de 2003.
     internacional e que merece destaque, após três                          Em 2004, esta receita atingiu o montante
     anos de existência do Ministério do Turismo, é a                  de US$ 3,22 bilhões, superior em 30% em relação
     receita cambial turística.                                        ao ano anterior (US$ 2,479 bilhões), registrando
             Em 2005, o Brasil alcançou a receita cambial              um superávit da ordem de US$ 35,0 milhões, o
     turística de US$ 3,86 bilhões, superior em 9,83%                 maior dos últimos 5 anos, superando em 6% o
     ao ano de 2004 (US$ 3,22 bilhões), atingindo a                    superávit de 2003, de US$ 28,0 milhões.



                                        gRÁfICO 9 - RECEITA CAMBIAl TURísTICA (MIlHõEs Us$)

                                                                                                                  3.861

                                                                                                        3.222


                                                                                              2.479
                                                                                    1.998
                                                               1.810       1.731
                                               1.586   1.628


            972                       1.069
                         840




           1995         1996          1997     1998    1999    2000        2001      2002     2003      2004      2005


     Fonte: Banco Central do Brasil

     _____________________
     1         Organizacion Mundial del Turismo.



                                                                24
Analisando a série histórica mensal, entre                                                                no Brasil, em relação ao mesmo período observado
janeiro de 2002 e dezembro de 2005, observa-                                                                            em 2003 e 2004, respectivamente, com recordes
se um crescimento consistente da receita cambial                                                                        registrados pelo BC, que desde 969 faz essa
turística e, ainda, que em todos os meses de 2004                                                                       estatística. Em agosto e dezembro de 2005 chegou-
e 2005, houve aumento de gastos de estrangeiros                                                                         se ao resultado de US$ 360 milhões no mês.




         gRÁfICO 10 - COMPARATIVO DA DEsPEsA E RECEITA CAMBIAl MENsAl 2002 E 2003 (MIlHõEs Us$)

                                                                    374                                                                                                                    receita                            Despesa
                                                            371
                                                    362




                                                                                    355




                                                                                                            342
                                                                            341




                                                                                                340
                                            308
                            301




                                                                                                                                                             286
                                    280
                275




                                                                                                                                                     243
     245




                                                                                                                                                                                     232
                                                                                                                         233




                                                                                                                                                                         229
                                                                                                                                             226




                                                                                                                                                                                                                216
                                                                                                                                     207




                                                                                                                                                                                                                                        205
                                                                                                                                                                                                                            188
                                                                                                                                                                                            183
              177




                                                                                                                                                                                                       179
                          172




                                                                                                                       176




                                                                                                                                                                                           179




                                                                                                                                                                                                                                              154
                                                                                                      150
                                  153
  153




                                                                                                                                                                                   157
                                                                  149




                                                                                          148




                                                                                                                                           149
                                          150




                                                                                  147
                                                          144




                                                                                                                                                   141




                                                                                                                                                                                                    142
                                                                          136




                                                                                                                                   138




                                                                                                                                                           139




                                                                                                                                                                                                                      134
                                                  131




                                                                                                                                                                       131




                                                                                                                                                                                                                                  127
   Jan        Fev         Mar Abr Mai Jun                 Jul     Ago set Out             Nov Dez                       Jan         Fev     Mar Abr Mai Jun                         Jul     Ago set Out                      Nov Dez


                                                    2002                                                                                                                 2003


Fonte: Banco Central do Brasil




         gRÁfICO 11 - COMPARATIVO DA DEsPEsA E RECEITA CAMBIAl MENsAl 2004 E 2005 (MIlHõEs Us$)

                                                                                                                                                                                           receita                            Despesa
                                                                                                                                                                                     486
                                                                                                                                                                             468




                                                                                                                                                                                              463

                                                                                                                                                                                                          433




                                                                                                                                                                                                                           439
                                                                                                                                                                 424




                                                                                                                                                                                                                         413




                                                                                                                                                                                                                         397
                                                                                                                                                                                                                       360
                                                                                                                                                                                           360




                                                                                                                                                                                                                      348
                                                                                                                       341




                                                                                                                                                     328
                                                                                                                                           340
                                                                                             335




                                                                                                                                    325




                                                                                                                                                                                                    319
                                                                                            313




                                                                                                                                   313




                                                                                                                                                                                                                309
                          307




                                                                                           294




                                                                                                                                                           292




                                                                                                                                                                                   298
   296




                                                                                                                                                  294




                                                                                                                                                                       275
                                                                                          292
                                                                                   289




                                                                                                                             296
              276




                                                                                  269




                                                                                                                                                 260
                                                           248
                                                           257
                                                   248

                                                           247
                                          255
                                  240
                                  250




                                                                          220
                                                  241

                                                          222




                                                                          228
                            210
        196

                    180




                                            180




    Jan        Fev         Mar Abr Mai Jun                 Jul     Ago set Out             Nov Dez                       Jan        Fev     Mar Abr Mai Jun                         Jul     Ago set Out                      Nov Dez


                                                    2004                                                                                                                 2005


Fonte: Banco Central do Brasil




                                                                                                                  25
gRÁfICO 12 - sAlDO CAMBIAl líqUIDO DO TURIsMO - PERíODO 1990 A 2005 (MIlHõEs Us$)



                                                                                                                                        218     351

       -121     -212     -319                                                                                                -398
                                  -799                                                                                                                    -859
                                            -1.181
                                                                                                -1.436             -1.468

                                                                                                          -2.083
                                                     -2.419


                                                               -3.598
                                                                                   -4.146
                                                                         -4.377

       1990     1991      1992    1993       1994    1995      1996      1997          1998     1999       2000    2001      2002      2003     2004      2005


     Fonte: Banco Central do Brasil




              O saldo da balança comercial foi positivo em                               comercial apresentou um déficit de US$ 859
     2003 e 2004, após mais de 0 anos com saldos                                        milhões, em função da estabilidade econômica e
     negativos, até 2002. Estes déficits chegaram a                                      da valorização do real em relação ao dólar, o que
     US$ 4,38 bilhões e US$ 4,5 bilhões, em 997                                        motivou muitos brasileiros a realizarem viagens
     e 998, respectivamente. Em 2005, mesmo com                                         ao exterior.
     o crescimento expressivo da receita, a balança




I.   3 .2                 ENTRADA DE TURIsTAs EsTRANgEIROs



              O crescimento da entrada de turistas                                       o crescimento até 2005 foi da ordem de 43%,
     estrangeiros no País, depois de experimentar                                        tendo sido de 2,5% entre 2004 e 2005.
     uma queda em 200 e 2002, apresentou uma                                                      Os resultados a partir de 996, até 2005,
     tendência de recuperação e crescimento em                                           apontam um crescimento na entrada de turistas
     2003, que se manteve constante até 2005.                                            estrangeiros no Brasil da ordem de 03%.
     Considerando o ano de 2002 como referência,



                                TABElA 5 - ENTRADA DE TURIsTAs NO BRAsIl (NÚMERO DE TURIsTAs)

                                                                                ANO

              1996         1997            1998         1999            2000             2001            2002         2003            2004      2005(*)

           2.665.508     2.849.750       4.818.084   5.107.169     5.313.463           4.772.575       3.784.898    4.132.847       4.793.703   5.400.000


     Fonte: DPF e EMBrATur            (*) resultado estimado




                                                                                  26
gRÁfICO 13 - DEsEMBARqUEs INTERNACIONAIs (MIlHõEs)

                                                                                                                   6,8
                                                                                                         6,1
                                5,5        5,5                                                 5,4
                                                      5,0        5,2         5,0
                        4,9
                                                                                      4,6

            3,4




           1995        1996    1997       1998       1999        2000       2001      2002     2003      2004     2005


     Fonte: Infraero




             Em 2005, o País recebeu cerca de 6,8 milhões                     Em 2004, os desembarques de vôos
     de passageiros de vôos internacionais, incluindo                   internacionais atingiram 6, milhões de
     brasileiros voltando do exterior e turistas estrangeiros,          passageiros, com um incremento de 4,9%, em
     valor superior em 0,52% ao total dos desembarques                 relação ao ano de 2003 (5,4 milhões).
     no período de 2004 (6, milhões). São 36 meses
     consecutivos de crescimento, desde janeiro de 2003.




I.   3        .3         DEsEMBARqUEs NACIONAIs E VôOs charters



             Em 2005, o desembarque de passageiros de                         Em 2004, os desembarques de vôos
     vôos nacionais foi de 43, milhões, 7,75% acima                   nacionais totalizaram 36,6 milhões de passageiros,
     do verificado no mesmo período do ano anterior,                    contabilizando um crescimento de 8,95%,
     quando o número de passageiros desembarcados                       em relação aos 30,7 milhões de passageiros
     foi de 36,6 milhões.                                               desembarcados em 2003.




                                   gRÁfICO 14 - DEsEMBARqUEs NACIONAIs (MIlHõEs)

                                                                                                                   43,1
                                                                                                         36,6
                                                                            32,6      33,0     30,7
                                                     27,7        28,5
                                          26,5
                       19,5     21,3
           16,8




           1995        1996    1997       1998       1999        2000       2001      2002     2003      2004     2005


     Fonte: Infraero




                                                                 27
Desempenhos semelhantes apresentaram                                    Já em relação aos desembarques
     os vôos char t e r s ( f re t a d o s ) , n a c i o na i s e            internacionais, foram contabilizados 349,58 mil
     internacionais, que transportam exclusivamente                          desembarques, uma alta de 03,02% em
     turistas. Com recorde histórico, de janeiro a                           relação a 2003 (72,5 mil). Em 2005, os vôos
     dezembro de 2005, foram 3,5 milhões de                                 charters nacionais e internacionais cresceram,
     desembarques nacionais, sendo este número                               respectivamente, ,92% e 6,8%, em relação
     42,74% superior a 2003 (2,20 milhões).                                  a 2004.




                       gRÁfICO 15 - VôOs charters DEsEMBARqUE NACIONAl E INTERNACIONAl




                                                                                              3.150.983
                                                          2.815.328
                           2.207.379



                                         172.150                           327.273                          349.588



                                  2003                              2004                             2005



                                                        Nacional              Internacional




     Fonte: Infraero




I.   3 .4              NOVOs PRODUTOs DE qUAlIDADE



             O Ministério do Turismo realizou o                                      O Salão do Turismo – Roteiros do Brasil
     mapeamento turístico do País, para identificar as                       resultou de um esforço conjunto do poder
     regiões e roteiros turísticos que devem ser objeto                      público e da iniciativa pública, sob a coordenação
     do ordenamento e estruturação territorial, gestão,                      do Ministério do Turismo, que trabalharam em
     qualificação e promoção, com visão de curto, médio                      sintonia para colocar o produto turístico brasileiro
     e longo prazos O trabalho, realizado através do                         nas prateleiras das agências e operadoras de
     Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros                        turismo. Constituiu um marco do desenvolvimento
     do Brasil, em 2004, identificou 29 regiões turísticas,                 da atividade turística no país, gerando
     envolvendo 3.203 municípios. Dentre as 29 regiões                      resultados que estabelecem um novo patamar
     turísticas, 34 apresentaram 45 roteiros turísticos                    para a sua expansão, abrindo perspectivas de
     no Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, realizado                     desenvolvimento socioeconômico para diferentes
     em 2005 em São Paulo, nos módulos “Feira” e                             regiões. Os principais resultados do Salão 2005
     “Rodada de Negócios” do evento.                                         são apresentados a seguir:



                                                                      28
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos
Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Moral e ética
Moral e éticaMoral e ética
Moral e éticaOver Lane
 
Aula patrimônio cultural
Aula patrimônio culturalAula patrimônio cultural
Aula patrimônio culturalCurso Letrados
 
A Civilização Grega - 6º Ano (2016)
A Civilização Grega - 6º Ano (2016)A Civilização Grega - 6º Ano (2016)
A Civilização Grega - 6º Ano (2016)Nefer19
 
éTica na política
éTica na políticaéTica na política
éTica na políticaDeaaSouza
 
Aula História e Geografia de Rondônia
Aula História e Geografia de RondôniaAula História e Geografia de Rondônia
Aula História e Geografia de RondôniaCEEJA VILHENA
 
Proclamação da república
Proclamação da repúblicaProclamação da república
Proclamação da repúblicaFabiana Tonsis
 
A diversidade cultural do Brasil
A diversidade cultural do BrasilA diversidade cultural do Brasil
A diversidade cultural do BrasilAndreia Bastos
 
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre A Liberdade Filosófica
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre A Liberdade FilosóficaSlides da aula de Filosofia (João Luís) sobre A Liberdade Filosófica
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre A Liberdade FilosóficaTurma Olímpica
 
A cultura brasileira
A cultura brasileiraA cultura brasileira
A cultura brasileiraEdvilson Itb
 
5. oferta turistica
5. oferta turistica5. oferta turistica
5. oferta turisticaEuniceFrias1
 
Fundamentos do Turismo (I): aulas 12 a 14
Fundamentos do Turismo (I): aulas 12 a 14Fundamentos do Turismo (I): aulas 12 a 14
Fundamentos do Turismo (I): aulas 12 a 14Aristides Faria
 

Was ist angesagt? (20)

Cultura
CulturaCultura
Cultura
 
O turismo
O turismoO turismo
O turismo
 
Moral e ética
Moral e éticaMoral e ética
Moral e ética
 
Classificações do turismo
Classificações do turismoClassificações do turismo
Classificações do turismo
 
Aula patrimônio cultural
Aula patrimônio culturalAula patrimônio cultural
Aula patrimônio cultural
 
A Civilização Grega - 6º Ano (2016)
A Civilização Grega - 6º Ano (2016)A Civilização Grega - 6º Ano (2016)
A Civilização Grega - 6º Ano (2016)
 
éTica na política
éTica na políticaéTica na política
éTica na política
 
Dia do indio
Dia do indioDia do indio
Dia do indio
 
Aula História e Geografia de Rondônia
Aula História e Geografia de RondôniaAula História e Geografia de Rondônia
Aula História e Geografia de Rondônia
 
Proclamação da república
Proclamação da repúblicaProclamação da república
Proclamação da república
 
A diversidade cultural do Brasil
A diversidade cultural do BrasilA diversidade cultural do Brasil
A diversidade cultural do Brasil
 
Kant
KantKant
Kant
 
Os fluxos migratórios
Os fluxos migratóriosOs fluxos migratórios
Os fluxos migratórios
 
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre A Liberdade Filosófica
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre A Liberdade FilosóficaSlides da aula de Filosofia (João Luís) sobre A Liberdade Filosófica
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre A Liberdade Filosófica
 
Diaspora Africana
Diaspora AfricanaDiaspora Africana
Diaspora Africana
 
Cultura material imaterial
Cultura material imaterialCultura material imaterial
Cultura material imaterial
 
Slide conceitos
Slide conceitosSlide conceitos
Slide conceitos
 
A cultura brasileira
A cultura brasileiraA cultura brasileira
A cultura brasileira
 
5. oferta turistica
5. oferta turistica5. oferta turistica
5. oferta turistica
 
Fundamentos do Turismo (I): aulas 12 a 14
Fundamentos do Turismo (I): aulas 12 a 14Fundamentos do Turismo (I): aulas 12 a 14
Fundamentos do Turismo (I): aulas 12 a 14
 

Andere mochten auch

Turismo no brasil 2011 2014
Turismo no brasil 2011 2014Turismo no brasil 2011 2014
Turismo no brasil 2011 2014Gabriela Otto
 
Análise do mercado de turismo no brasil
Análise do mercado de turismo no brasilAnálise do mercado de turismo no brasil
Análise do mercado de turismo no brasilhering_ri
 
Brasil/Pontos turisticos
Brasil/Pontos turisticosBrasil/Pontos turisticos
Brasil/Pontos turisticosJoemille Leal
 
O Turismo
O TurismoO Turismo
O Turismolidia76
 
01 Conceitos Turismo
01    Conceitos  Turismo01    Conceitos  Turismo
01 Conceitos Turismocursotiat
 
Análise do mercado de turismo no brasil
Análise do mercado de turismo no brasilAnálise do mercado de turismo no brasil
Análise do mercado de turismo no brasilbrasiltravel_ri
 
Manual IV - Marketing e comercialização de produtos e destinos
Manual IV -  Marketing e comercialização de produtos e destinosManual IV -  Marketing e comercialização de produtos e destinos
Manual IV - Marketing e comercialização de produtos e destinosEDconsulting
 
Passaporte para o mundo
Passaporte para o mundoPassaporte para o mundo
Passaporte para o mundoMa Rina
 
História do turismo
História do turismoHistória do turismo
História do turismorosaband
 
Trabalho de geografia
Trabalho de geografiaTrabalho de geografia
Trabalho de geografialuci96
 
Bacia hidrográfica do paraná
Bacia hidrográfica do paranáBacia hidrográfica do paraná
Bacia hidrográfica do paranáAna Carolina Souza
 

Andere mochten auch (20)

O turismo no Brasil
O turismo no BrasilO turismo no Brasil
O turismo no Brasil
 
Turismo no brasil 2011 2014
Turismo no brasil 2011 2014Turismo no brasil 2011 2014
Turismo no brasil 2011 2014
 
Análise do mercado de turismo no brasil
Análise do mercado de turismo no brasilAnálise do mercado de turismo no brasil
Análise do mercado de turismo no brasil
 
Brasil/Pontos turisticos
Brasil/Pontos turisticosBrasil/Pontos turisticos
Brasil/Pontos turisticos
 
Turismo
TurismoTurismo
Turismo
 
O Turismo
O TurismoO Turismo
O Turismo
 
01 Conceitos Turismo
01    Conceitos  Turismo01    Conceitos  Turismo
01 Conceitos Turismo
 
Turismo no Brasil
Turismo no BrasilTurismo no Brasil
Turismo no Brasil
 
Análise do mercado de turismo no brasil
Análise do mercado de turismo no brasilAnálise do mercado de turismo no brasil
Análise do mercado de turismo no brasil
 
Marketing na nova economia_kotler
Marketing na nova economia_kotlerMarketing na nova economia_kotler
Marketing na nova economia_kotler
 
Manual IV - Marketing e comercialização de produtos e destinos
Manual IV -  Marketing e comercialização de produtos e destinosManual IV -  Marketing e comercialização de produtos e destinos
Manual IV - Marketing e comercialização de produtos e destinos
 
Passaporte para o mundo
Passaporte para o mundoPassaporte para o mundo
Passaporte para o mundo
 
Meu Brazil Brasileiro
Meu Brazil BrasileiroMeu Brazil Brasileiro
Meu Brazil Brasileiro
 
Turismo 2.0
Turismo 2.0Turismo 2.0
Turismo 2.0
 
O turismo-geografia
O turismo-geografiaO turismo-geografia
O turismo-geografia
 
Pontos Turísticos
Pontos TurísticosPontos Turísticos
Pontos Turísticos
 
Bacia do Paraná
Bacia do ParanáBacia do Paraná
Bacia do Paraná
 
História do turismo
História do turismoHistória do turismo
História do turismo
 
Trabalho de geografia
Trabalho de geografiaTrabalho de geografia
Trabalho de geografia
 
Bacia hidrográfica do paraná
Bacia hidrográfica do paranáBacia hidrográfica do paraná
Bacia hidrográfica do paraná
 

Ähnlich wie Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos

manual-de-producao-associada-ao-turismo (1).pdf
manual-de-producao-associada-ao-turismo (1).pdfmanual-de-producao-associada-ao-turismo (1).pdf
manual-de-producao-associada-ao-turismo (1).pdfRafaelArruda54
 
Turismo Acessível
Turismo AcessívelTurismo Acessível
Turismo AcessívelScott Rains
 
Turismo cultural, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo cultural, orientações básicas, mtur 2008.Turismo cultural, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo cultural, orientações básicas, mtur 2008.EcoHospedagem
 
Caminhos do Prazer - Guia de destinos do Brasil
Caminhos do Prazer - Guia de destinos do Brasil Caminhos do Prazer - Guia de destinos do Brasil
Caminhos do Prazer - Guia de destinos do Brasil Eduardopsilva
 
Guia caminhos do fazer guia de produtos associados ao turismo, mtur
Guia caminhos do fazer   guia de produtos associados ao turismo, mturGuia caminhos do fazer   guia de produtos associados ao turismo, mtur
Guia caminhos do fazer guia de produtos associados ao turismo, mturEcoHospedagem
 
Turismo acessível, manual de orientação para turismo de aventura, mtur, 2009
Turismo acessível, manual de orientação para turismo de aventura, mtur, 2009Turismo acessível, manual de orientação para turismo de aventura, mtur, 2009
Turismo acessível, manual de orientação para turismo de aventura, mtur, 2009EcoHospedagem
 
Turismo de aventura, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo de aventura, orientações básicas, mtur 2008.Turismo de aventura, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo de aventura, orientações básicas, mtur 2008.EcoHospedagem
 
Desenvolvimento do projeto manoel
Desenvolvimento do projeto manoelDesenvolvimento do projeto manoel
Desenvolvimento do projeto manoelluciolga
 
Bem Atender Turismo Acessível
Bem Atender Turismo AcessívelBem Atender Turismo Acessível
Bem Atender Turismo AcessívelScott Rains
 
Turismo de saúde_versão_final_impresso_
Turismo de saúde_versão_final_impresso_Turismo de saúde_versão_final_impresso_
Turismo de saúde_versão_final_impresso_Sixto Vargas
 
Turismo rural, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo rural, orientações básicas, mtur 2008.Turismo rural, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo rural, orientações básicas, mtur 2008.EcoHospedagem
 
Turismo de aventura
Turismo de aventuraTurismo de aventura
Turismo de aventuraPaulo Russel
 
Turismo de aventura
Turismo de aventuraTurismo de aventura
Turismo de aventuraPaulo Russel
 
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do TurismoPrograma de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do TurismoSecretaria de Turismo da Bahia
 
Ecoturismo, orientações básicas, mtur 2008.
Ecoturismo, orientações básicas, mtur 2008.Ecoturismo, orientações básicas, mtur 2008.
Ecoturismo, orientações básicas, mtur 2008.EcoHospedagem
 

Ähnlich wie Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos (20)

manual-de-producao-associada-ao-turismo (1).pdf
manual-de-producao-associada-ao-turismo (1).pdfmanual-de-producao-associada-ao-turismo (1).pdf
manual-de-producao-associada-ao-turismo (1).pdf
 
Turismo Acessível
Turismo AcessívelTurismo Acessível
Turismo Acessível
 
Turismo cultural, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo cultural, orientações básicas, mtur 2008.Turismo cultural, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo cultural, orientações básicas, mtur 2008.
 
Plano nacional Turismo 2013
Plano nacional Turismo 2013Plano nacional Turismo 2013
Plano nacional Turismo 2013
 
Caminhos do Prazer - Guia de destinos do Brasil
Caminhos do Prazer - Guia de destinos do Brasil Caminhos do Prazer - Guia de destinos do Brasil
Caminhos do Prazer - Guia de destinos do Brasil
 
Guia caminhos do fazer guia de produtos associados ao turismo, mtur
Guia caminhos do fazer   guia de produtos associados ao turismo, mturGuia caminhos do fazer   guia de produtos associados ao turismo, mtur
Guia caminhos do fazer guia de produtos associados ao turismo, mtur
 
Turismo acessível, manual de orientação para turismo de aventura, mtur, 2009
Turismo acessível, manual de orientação para turismo de aventura, mtur, 2009Turismo acessível, manual de orientação para turismo de aventura, mtur, 2009
Turismo acessível, manual de orientação para turismo de aventura, mtur, 2009
 
Turismo de aventura, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo de aventura, orientações básicas, mtur 2008.Turismo de aventura, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo de aventura, orientações básicas, mtur 2008.
 
Desenvolvimento do projeto manoel
Desenvolvimento do projeto manoelDesenvolvimento do projeto manoel
Desenvolvimento do projeto manoel
 
Segmentação do Turismo e o Mercado
Segmentação do Turismo e o MercadoSegmentação do Turismo e o Mercado
Segmentação do Turismo e o Mercado
 
Bem Atender Turismo Acessível
Bem Atender Turismo AcessívelBem Atender Turismo Acessível
Bem Atender Turismo Acessível
 
Turismo de saúde_versão_final_impresso_
Turismo de saúde_versão_final_impresso_Turismo de saúde_versão_final_impresso_
Turismo de saúde_versão_final_impresso_
 
Turismo eventos
Turismo eventosTurismo eventos
Turismo eventos
 
Turismo rural, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo rural, orientações básicas, mtur 2008.Turismo rural, orientações básicas, mtur 2008.
Turismo rural, orientações básicas, mtur 2008.
 
Turismo de aventura
Turismo de aventuraTurismo de aventura
Turismo de aventura
 
Turismo de aventura
Turismo de aventuraTurismo de aventura
Turismo de aventura
 
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do TurismoPrograma de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo
Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo
 
Passaporte para o mundo
Passaporte para o mundoPassaporte para o mundo
Passaporte para o mundo
 
Produção associada ao turismo praia do forte
Produção associada ao turismo   praia do forteProdução associada ao turismo   praia do forte
Produção associada ao turismo praia do forte
 
Ecoturismo, orientações básicas, mtur 2008.
Ecoturismo, orientações básicas, mtur 2008.Ecoturismo, orientações básicas, mtur 2008.
Ecoturismo, orientações básicas, mtur 2008.
 

Kürzlich hochgeladen

SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholacleanelima11
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 

Kürzlich hochgeladen (20)

SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 

Principais resultados do turismo no Brasil nos últimos anos

  • 3. Mensagem do Presidente do Conselho Nacional de Turismo 5 Entidades e Instituições do Conselho Nacional de Turismo 6 Apresentação 10 Capítulo I – Principais Resultados 12 . Ambiente Econômico Nacional e Internacional 3 2. O Turismo no Contexto Internacional 2 3. Resultados do Turismo no Brasil nos Últimos Anos 24 4. Resultados Registrados pelo Setor Privado 40 5. Análise por Eixos Temáticos 48 5.. PLANEJAMENTO E GESTÃO 48 5.2. ESTRUTURAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA OFERTA 49 5.3. FOMENTO 5 5.4. INFRA-ESTRUTURA 52 5.5. PROMOÇÃO, MARKETING E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO 53 5.6. QUALIFICAÇÃO 54 5.7. INFORMAÇÃO 55 5.8. LOGÍSTICA DE TRANSPORTES 56 Capítulo II – Cenários 58 . Cenários para o Turismo Brasileiro 2007 / 200 59 2. Projeção das Metas para o Turismo no Brasil 2007 / 200 65 Capítulo III – Propostas 86 . Proposições por Eixos Temáticos 88 .. Eixo Temático PLANEJAMENTO E GESTÃO 88 .2. Eixo Temático ESTRUTURAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA OFERTA 92 .3. Eixo Temático FOMENTO 94 .4. Eixo Temático INFRA-ESTRUTURA 96 .5. Eixo Temático PROMOÇÃO, MARKETING E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO 97 .6. Eixo Temático QUALIFICAÇÃO 00 .7. Eixo Temático INFORMAÇÃO 03 .8. Eixo Temático LOGÍSTICA DE TRANSPORTES 05 Capítulo IV – Hierarquização das Propostas 108 Entidades e Instituições que Contribuíram para a Elaboração 126 do Documento Turismo no Brasil 2007 / 2010 Referências Bibliográficas 128
  • 4. MenSageM dO pReSIdente dO cOnSelhO nacIOnal de tURISMO
  • 5. O setor de turismo no Brasil enfrenta, a A eficácia das respostas dadas àquele desafio partir do próximo ano, um grande desafio: dar está reconhecida neste documento referencial continuidade às conquistas obtidas e avançar na Turismo no Brasil 2007 / 200. Formado por 63 construção e execução de políticas que coloquem membros, representantes de todos os segmentos o país entre os principais destinos do mundo do setor, sendo 24 de instituições públicas e 39 para os brasileiros e estrangeiros que desejem do setor privado e sociedade civil organizada, o nos visitar. Neste desafio insere-se também, o Conselho Nacional de Turismo comemorou três modelo institucional de gestão descentralizada anos com uma rica experiência acumulada que e compartilhada entre o Governo Federal, se revela neste documento. governos estaduais e municipais, setor privado Os seus integrantes entendem que os e organizações representativas da sociedade estudos e análises das conquistas e dificuldades civil, onde discussões e decisões sobre tudo que do setor, como também as projeções estimadas envolve o turismo se dão de maneira amplamente para os próximos anos, precisam ser repassadas democrática e transparente. para os que vierem a conduzir a formulação, O Brasil tem hoje uma rede trabalhando em regulamentação e implementação de políticas favor do turismo, pronta para dar prosseguimento públicas para o turismo. Os futuros dirigentes a todas as conquistas alcançadas e a vencer não terão apenas um conjunto de boas idéias novos desafios. A gestão compartilhada com e boas intenções. Antes, terão um documento todos que fazem acontecer o turismo no país, sólido, de contribuição de todos os segmentos colocada em prática pelo Ministério do Turismo, para o desenvolvimento do turismo no Brasil. criado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Este documento referencial Turismo no em atendimento a uma antiga reivindicação do Brasil 2007 / 200 traduz o pensamento, a visão trade, é responsável pelo momento promissor e o desejo do setor. Ele não encerra o debate que o turismo vive hoje. sobre o turismo. Mas constitui, de forma inédita, Em 2003, o desafio colocado era reconhecer a colaboração do Conselho Nacional de Turismo o turismo como atividade efetivamente capaz de para a Nação, na certeza de que as análises, alavancar o desenvolvimento econômico e social, estudos e propostas aqui apresentados se contribuindo para a redução de desigualdades sobrepõem a governos e partidos. regionais, a distribuição da renda e o fomento à preservação de nossas heranças naturais e culturais, entre outros objetivos. Para que isso se concretizasse, foram estabelecidos objetivos e metas no primeiro Plano Nacional do Turismo, Walfrido dos Mares Guia Ministro de Estado do Turismo e construído no mais representativo espaço do Presidente do Conselho Nacional de Turismo setor que é o Conselho Nacional de Turismo. Brasília, 5 de junho de 2006 5
  • 6. entIdadeS e InStItUIçõeS dO cOnSelhO nacIOnal de tURISMO
  • 7. ENTIDADE / INsTITUIçãO TITUlAREs sUPlENTEs ABAV – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA JOÃO PEREIRA JOÃO QUIRINO JUNIOR DE AGêNCIAS DE VIAGENS MARTINS NETO ABBTUR – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA SéRGIO FERNANDES CAETANA FRANARIN DE BAChARéIS EM TURISMO MARTINS ALVES ABCMI NACIONAL – ASSOCIAÇÃO GENILDA CORDEIRO DECy BRUM VIGNALE BRASILEIRA DE CLUBES DA MELhOR IDADE BARONE DE CACICOLI ABEOC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA SIMONE SACCOMAN VALéRIA MARIA DE DE EMPRESAS DE EVENTOS MARQUES BRITO CAVALCANTE FELIPE AUGUSTO ABETA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA ARAGÃO EVANGELISTA GUSTAVO FRAGA TIMO DAS EMPRESAS DE TURISMO DE AVENTURA JÚNIOR ABETAR – ASSOCIAÇÃO APóSTOLE LAZARO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE ÁTILA yURTSEVER ChRySSAFIDIS TRANSPORTE AéREO REGIONAL ABIh – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA ERALDO ALVES DA ALExANDRE SAMPAIO DA INDÚSTRIA hOTELEIRA CRUZ DE ABREU ABLA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA JOSé ADRIANO ALBERTO DE DAS LOCADORAS DE AUTOMóVEIS DONZELLI CAMARGO VIDIGAL ABOTTC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA SÁVIO LUÍS FERREIRA ANDERSON SILVA DAS OPERADORAS DE TRENS NEVES FILhO PAChECO TURÍSTICOS CULTURAIS ABR – ASSOCIAÇÃO ALExANDRE ADILSON RUBENS AUGUSTO BRASILEIRA DE RESORTS ZUBARAN DE OLIVEIRA REGIS ABRACAMPING – ASSOCIAÇÃO LUIZ EDGAR LUIZ ANTôNIO BRASILEIRA DE CAMPISMO PEREIRA TOSTES PINTO MAThEUS ABRACCEF – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA MARGARETh CARON RICARDO CORRêA DE CENTROS DE CONVENÇõES E FEIRAS SOBRINhO PIZZATO SANSON ABRAJET – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA CLÁUDIO MAGNAVITA RICARDO GUERRA DE JORNALISTAS DE TURISMO CASTRO ABRASEL – ASSOCIAÇÃO PAULO SOLMUCCI MARIA DE FÁTIMA BRASILEIRA DE BARES E RESTAURANTES JÚNIOR hAMÚ ABRASTUR – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COOPERATIVAS PAULO DE EDUARDO JOSé E CLUBES DE TURISMO SOCIAL BRITO FREITAS FERREIRA BARNES PAULO EDUARDO ABRATURR – ASSOCIAÇÃO CARLOS ROBERTO JUNQUEIRA DE BRASILEIRA DE TURISMO RURAL SOLERA ARANTES ABRESI – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA NELSON DE ABREU RONALD STARLING DAS ENTIDADES DE GASTRONOMIA, PINTO SOARES hOSPITALIDADE E TURISMO ADIBRA – ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS ALAIN JEAN ARMANDO PEREIRA DE PARQUES DE DIVERSõES DO BRASIL PIERRE BALDACCI FILhO ANTTUR – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTADORES DE TURISMO, MARTINhO FERREIRA DELMO PEREIRA VIEIRA FRETAMENTO E AGêNCIAS DE VIAGENS DE MOURA QUE OPERAM COM VEÍCULOS PRóPRIOS JOÃO BATISTA DE EVANDRO BESSA DE BANCO DA AMAZôNIA S.A. MELO BASTOS LIMA FILhO 7
  • 8. RICARDO ALVES DA SéRGIO RICARDO BB – BANCO DO BRASIL S.A. CONCEIÇÃO MIRANDA NAZARé ROBERTO ALMEIDA VERA MARIA BITO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TURISMO RECEPTIVO DULTRA MENDONÇA POTTER ROBéRIO GRESS BNB – BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. ROBERTO SMITh DO VALE BNDES – BANCO NACIONAL DE CARLOS EDUARDO CARLOS GASTALDONI DESENVOLVIMENTO ECONôMICO E SOCIAL CASTELLO BRANCO BRAZTOA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA RODOLPhO CARLOS JOSé ZUQUIM DAS OPERADORAS DE TURISMO GERSTNER MARIA FERNANDA CEF – CAIxA ECONôMICA FEDERAL FÁBIO LENZA RAMOS COELhO ShEILA RIBEIRO VINÍCIUS TEIxEIRA CASA CIVIL DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA FERREIRA SUCENA ANTôNIO OLIVEIRA CNC – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMéRCIO NORTON LUIZ LENhART SANTOS PAULO ROBERTO CNM – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS ZIULkOSkI CONTRATUh – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MOACyR ROBERTO MOARIM CARLOS TRABALhADORES EM TURISMO E hOSPITALIDADE TESCh AUERSVALD RODRIGUES EMBRATUR – INSTITUTO BRASILEIRO DE TURISMO EDUARDO SANOVICZ GERALDO LIMA BENTES FAVECC – FóRUM DAS AGêNCIAS DE VIAGENS GOIACI ALVES MAURO DE OLIVEIRA ESPECIALIZADAS EM CONTAS COMERCIAIS GUIMARÃES SChwARTZMANN FBAJ – FEDERAÇÃO BRASILEIRA CARLOS AUGUSTO MARIA JOSé GIARETTA DOS ALBERGUES DA JUVENTUDE SILVEIRA ALVES FBCVB – FEDERAÇÃO BRASILEIRA JOÃO LUIZ DOS SANTOS PAULO CéSAR DE CONVENTION VISITORS BUREAUx MOREIRA BOEChAT LEMOS MÁRIO EDMUNDO J. FENACTUR – FEDERAÇÃO NACIONAL DE TURISMO MIChEL TUMA NESS LOBO FILhO FENAGTUR – FEDERAÇÃO NACIONAL CREUSA DOS IACy DA MATA DOS GUIAS DE TURISMO SANTOS SOARES VASCONCELOS FNhRBS – FEDERAÇÃO NACIONAL DE hOTéIS, ALExANDRE SAMPAIO NORTON LUIZ LENhART RESTAURANTES, BARES E SIMILARES DE ABREU ROLAND DE FOhB – FóRUM DE OPERADORES hOTELEIROS DO BRASIL RAFAEL GASPARI BONADONA FORNATUR – FóRUM NACIONAL DOS SECRETÁRIOS MARCELO DE OLIVEIRA SéRGIO RICARDO E DIRIGENTES ESTADUAIS DE TURISMO SÁFADI MARTINS DE ALMEIDA FóRUM NACIONAL DOS CURSOS SUPERIORES JUREMA MÁRCIA EDUARDO FLÁVIO DE TURISMO E hOTELARIA DANTAS DA SILVA ZARDO VIRGÍLIO NELSON DA INDICAÇÃO DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA GUILhERME PAULUS SILVA CARVALhO NORMA MARTINI INDICAÇÃO DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA MÁRIO CARLOS BENI MOESCh 8
  • 9. LUIZ FELIPE INDICAÇÃO DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA SéRGIO FOGUEL CARNEIRO DA CRUZ FERNANDO INFRAERO – EMPRESA BRASILEIRA INGRID ELEONORE BRENDAGLIA DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA LUCk DE ALMEIDA ANTôNIO CARLOS MD – MINISTéRIO DA DEFESA RIGOBERT LUChT AyROSA ROSIERE ARNOLDO ANACLETO GABRIELLE NUNES MDA – MINISTéRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO DE CAMPOS DE ANDRADE MDIC – MINISTéRIO DO DESENVOLVIMENTO, LUIZ FERNANDO EDSON LUPATINI JÚNIOR INDÚSTRIA E COMéRCIO ExTERIOR FURLAN MARCELO LEANDRO LEANDRO FONSECA MF – MINISTéRIO DA FAZENDA FERREIRA DA SILVA CARLOS AUGUSTO ROGéRIO OLIVEIRA MI – MINISTéRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL GRABOIS GADELhA DE CASTRO VIEIRA ADAIR LEONARDO MÁRCIA GENéSIA MINC – MINISTéRIO DA CULTURA ROChA DE SANT’ANNA MyRIAM BRéA MJ – MINISTéRIO DA JUSTIÇA hONORATO DE SOUZA MMA – MINISTéRIO DO MEIO AMBIENTE GILNEy AMORIM VIANA ALAN MILhOMENS MPOG – MINISTéRIO DO PLANEJAMENTO, MARCOS REGINALDO LILIAN GIL BARBOSA ORÇAMENTO E GESTÃO PANARIELLO DE ARAGÃO EMBAIxADOR MÁRIO MRE – MINISTéRIO DAS RELAÇõES ExTERIORES SéRGIO LUIZ CANAES VILALVA SéRGIO hERMES LUIZ CéSAR MT – MINISTéRIO DOS TRANSPORTES MARTELLO BACCI BRANDÃO MAIA ANDRES CIFUENTES MTE – MINISTéRIO DO TRABALhO E EMPREGO ALMERICO BIONDI LIMA SILVA wALFRIDO DOS MÁRCIO FAVILLA MTUR – MINISTéRIO DO TURISMO MARES GUIA LUCCA DE PAULA SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO LUIZ CARLOS BARBOZA VINÍCIUS NOBRE LAGES ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS SIDNEy DA ANTôNIO hENRIQUE SENAC – SERVIÇO NACIONAL DO COMéRCIO SILVA CUNhA BORGES DE PAULA SNEA – SINDICATO NACIONAL GEORGE ERMAkOFF ADELITA GUASCO DAS EMPRESAS AEROVIÁRIAS SUFRAMA – SUPERINTENDêNCIA JOSé ALBERTO DA ELIANy MARIA DE DA ZONA FRANCA DE MANAUS COSTA MAChADO SOUZA GOMES ARMANDO ARRUDA UBRAFE – UNIÃO BRASILEIRA DÁRCIO BERTOCCO PEREIRA CAMPOS DOS PROMOTORES DE FEIRAS MELLO 9
  • 11. A discussão da Política Nacional de Turismo Assim, foi instaurado um processo de e a elaboração do Plano Nacional de Turismo – PNT trabalho, coordenado pelo Ministério do Turismo, 2003 / 2007 constituíram um marco no processo por meio da Secretaria Nacional de Políticas do democrático de reflexão sobre a realidade do setor Turismo, com participação da Secretaria Nacional no Brasil. O Plano, que sistematizou as proposições de Programas de Desenvolvimento do Turismo e da para a definição desta política setorial nacional, EMBRATUR, que mobilizou um grande contingente no âmbito do Governo Federal, foi elaborado de de atores e instituições, em diversos fóruns. Foram forma integrada às ações e programações das realizados encontros com o Centro de Excelência demais esferas de governo, numa ação articulada em Turismo da UNB e com a Escola Brasileira de com a iniciativa privada e o terceiro setor. Administração Pública e de Empresas da FGV. A partir de 2003, o Plano Nacional de No âmbito do Conselho Nacional de Turismo, Turismo norteia as ações do Ministério do Turismo foram realizadas doze reuniões com as diversas e, a considerar os resultados alcançados, a sua categorias de entidades. No total, 220 pessoas, aceitação por diversos segmentos do turismo representando 50 instituições, participaram no país e sua legitimação pelas instituições diretamente destas reflexões e discussões. representativas do setor, integrantes do Conselho Este processo se consolidou no presente Nacional de Turismo, tem se mostrado um documento referencial, denominado Turismo no instrumento eficaz e um referencial importante Brasil 2007 / 200, que analisa as perspectivas para a gestão da atividade em âmbito nacional. de desenvolvimento da atividade no país para O Conselho Nacional de Turismo reconhece os próximos anos e indica os caminhos a serem os acertos na política desenvolvida e busca percorridos para a concretização do que de melhor seu aprofundamento e aprimoramento. Nesse poderá ser alcançado nestas perspectivas. sentido, propõe a realização de estudos que possam consolidar um documento referencial sobre o Turismo no Brasil – período 2007 / 200, e garantir a continuidade desta política e do processo democrático, participativo e descentralizado de gestão.
  • 12. capÍtUlO I dIagnóStIcO
  • 13. A elaboração de um documento de referencia Neste sentido, este Diagnóstico se estrutura a sobre o turismo no Brasil, com vistas a construção partir das análises à luz da realidade atual dos temas de cenários e propostas para o período 2007 / 200, indicados no Plano Nacional de Turismo, avançando demanda diagnosticar o desenvolvimento da e detalhando outros pontos que a evolução e a atividade turística no país, nos últimos anos, dinâmica do desenvolvimento da atividade impõem considerando o que estava posto na ocasião da neste momento. elaboração do Plano Nacional de Turismo – PNT Como referências básicas para o Diagnóstico 2003 / 2007, de modo a garantir a continuidade das são apresentadas, inicialmente, informações relativas ações e programas que vêm sendo desenvolvidos e ao ambiente econômico nacional e internacional e ao que têm respondido, de forma positiva, às questões comportamento da atividade no País e no mundo, nos identificadas. Busca ainda indicar outros pontos em últimos anos, com dados e informações que permitem que o processo de trabalho, nestes anos, aponta avaliar os resultados relativos às metas definidas no como relevantes e passíveis de aprofundamento ou PNT e outros aspectos de destaque no setor. revisão na orientação posta naquele documento, Na seqüência, é apresentada uma análise que estabelece as referências da Política Nacional organizada por eixos temáticos, que tratam das de Turismo. principais questões diagnosticadas pelo PNT. Os temas Apesar dos bons resultados apresentados pela são analisados com base nos dados da situação atividade turística nos últimos anos, o País ainda não atual e na evolução da atividade nos últimos anos, alcançou um patamar de estabilidade e não ocupa um de acordo com uma nova visão das perspectivas de lugar no mercado turístico, nacional e internacional, desenvolvimento do turismo no País, projetadas para compatível com as suas potencialidades e vocações. o período 2007 / 200. I.1 AMBIENTE ECONôMICO NACIONAl E INTERNACIONAl A economia mundial atravessa um período Este cenário reflete um novo padrão de exuberância econômica e seu desempenho de crescimento para a economia mundial, no ano de 2005 foi bastante positivo no que se caracterizado pelo nível de crescimento sustentável refere ao crescimento econômico, estabilidade com baixa volatilidade; inflação baixa que tem de preços, aumento nos fluxos comercial e de possibilitado a adoção de taxas de juros menores capital. A taxa de expansão mundial em 2004, em nível mundial; a liquidez abundante nos de 5,%, foi a mais alta em décadas. A de 2005, mercados internacionais que tem reduzido as taxas de 4,3%, também foi bastante significativa. de juros reais; melhoria tecnológica principalmente A dispersão geográfica deste crescimento é um no ramo da informação; e o comércio internacional outro fator importante para análise, uma vez em expansão e principalmente a liderança do que esse crescimento tem afetado positivamente crescimento pela iniciativa privada. não somente as nações ricas, mas também as em Outro fator importante a ser ressaltado é desenvolvimento ou até mesmo as pobres. Como que este crescimento tem sido generalizado para conseqüência, o que se vê mundo afora é produção todas as economias e regiões. A liderança desse e consumo em alta, desemprego e miséria em processo continua sendo feita pela economia norte- queda, uma tendência generalizada de redução da americana, mas com a participação significativa de pobreza absoluta. novos atores como a China, Índia e Rússia. 3
  • 14. TABElA 1 - EVOlUçãO DA ECONOMIA MUNDIAl (%) ECONOMIA MUNDIAl REgIãO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 (*) 2006 (*) COMéRCIO INTERNACIONAl 5,0 -1,0 3,0 4,5 10,3 7,0 7,4 MUNDO 4,5 2,3 1,8 4,0 5,1 4,3 4,0 EsTADOs UNIDOs 5,1 0,3 2,4 2,7 4,2 3,6 3,3 ÁREA DO EURO 3,5 1,4 0,8 0,7 1,6 1,3 1,8 INglATERRA 2,9 2,1 2,0 2,6 3,2 2,9 2,2 JAPãO 1,5 -0,3 -0,2 2,5 2,7 2,4 2,0 PAísEs EM DEsENVOlVIMENTO 3,9 4,6 5,0 6,5 7,3 6,4 6,1 ECONOMIAs AsIÁTICAs 5,5 5,5 6,0 8,1 8,2 7,8 7,2 AMéRICA lATINA E CARIBE 4,0 0,6 -0,1 2,2 5,6 4,1 3,8 BRAsIl 4,2 1,5 1,9 0,2 4,9 2,3 3,5 Fonte: Fundo Monetário Internacional (*) Estimado Sendo assim, as projeções em relação ao No que se refere aos aspectos conjunturais, desempenho da economia mundial para os próximos pode-se ressaltar instabilidade geopolítica anos apontam para uma continuidade de crescimento, no Oriente Médio, principalmente, no que mas com alguns condicionantes. se refere ao futuro do Iraque e à incerteza Os preços do petróleo podem ser considerados quanto ao conflito Irã x EUA. Já em relação aos hoje uma das principais incertezas da conjuntura aspectos estruturais, de acordo com a Agência econômica mundial. A sucessão de altas históricas Internacional de Energia, a capacidade sustentável desta commodity vem sendo causada, não apenas por de produção de petróleo da Organização dos aspectos conjunturais, mas alguns outros estruturais, Países Exportadores de Petróleo – OPEP está o que leva a um cenário de preços elevados a curto, em torno de 3 milhões de barris / dia (mdb). médio e longo prazos. Por sua vez, um aumento no Contudo, estimativas apontam que, em 2020, preço do petróleo tende a gerar pressões inflacionárias, a produção da OPEP deveria ser de cerca de o que poderá gerar um aumento nas taxas de juros em 49 mdb para atender à demanda projetada, ou nível mundial e, conseqüentemente, frear o ritmo de seja, um aumento de cerca de 60%, o que é crescimento da economia mundial. pouco provável que ocorra. gRÁfICO 1 - EVOlUçãO DO PREçO DO PETRólEO Us$/BBl (CRUDE OIl) 70 60 50 40 30 20 JAN/03 MAR/03 MAI/03 JUl/03 sET/03 NOV/03 JAN/04 MAR/04 MAI/04 JUl/04 sET/04 NOV/04 JAN/05 MAR/05 MAI/05 JUl/05 sET/05 NOV/05 JAN/06 Fonte: OPEP, (AIE) 2006 4
  • 15. Em relação aos países emergentes, o americana e afetar o desempenho da economia aumento do preço das commodity ajudou no mundial como um todo. crescimento econômico, principalmente dos A preocupação do FED já foi demonstrada países da América Latina. O que pode afetar ainda nas últimas duas reuniões do Federal Open estes preços são as negociações da Organização Market Committee, que aumentou a taxa de Mundial do Comércio – OMC, que definiu juros – Federal Funds de 4,25% para 4,75% 203 como ano limite para o fim do subsídio à nos três primeiros meses de 2006. Ademais, exportação agrícola em todas as suas formas. os sinais emitidos pelo FED não apontam para Um outro f a t o r q u e p o d e r á a f e t a r o uma taxa limite, mas sim para uma taxa que desempenho da economia mundial nos próximos sustente a estabilidade de preços na economia anos é o comportamento da taxa de juros nos norte-americana. Desta forma, dependendo Estados Unidos. Com elevados e crescentes da durabilidade da trajetória de aumento da déficits fiscais e de conta corrente, existe taxa de juros norte-americana, o desempenho uma tendência natural da desvalorização da da economia mundial poderá ser afetado nos moeda norte-americana e a possibilidade de próximos anos. aparecimento de focos inflacionários. Além das Além desses fatores ligados à economia incertezas ligadas aos desequilíbrios, fiscal norte-americana, os resultados da economia e de conta corrente, a mudança na direção mundial para os próximos 4 anos serão do Federal Reserve Departament – FED, o determinados pelo ritmo de crescimento da presidente Ben Bernanke no lugar de Allan e c o n o m i a c h i n e s a e d a re c u p e r a ç ã o das Greenspan, pode afetar negativamente as economias européia e japonesa. expectativas de inflação. Por enquanto, as projeções (Banco Mundial) Para conter as pressões inflacionárias e têm apontado para continuidade no crescimento demonstrar o seu compromisso com a estabilidade dessas economias, mas em um ritmo menor do de preços, o FED poderá adotar uma postura que o registrado no biênio 2004-2005. Diante excessivamente conservadora, o que poderá deste cenário, as projeções do Banco Mundial reduzir o nível de crescimento da economia norte- para a economia mundial são as seguintes: TABElA 2 - PROJEçãO PARA A ECONOMIA MUNDIAl (%) VARIAçãO PIB REAl 2004 2005 2006 2007 MUNDIAl 3,8 3,2 3,2 3,3 PAísEs DE RENDA AlTA 3,1 2,5 2,5 2,7 EsTADOs UNIDOs 4,2 3,5 3,5 3,6 PAísEs EM DEsENVOlVIMENTO 6,8 5,9 5,7 5,5 lEsTE AsIÁTICO E PACífICO 8,3 7,8 7,6 7,4 AMéRICA lATINA E CARIBE 5,8 4,5 3,9 3,6 sUDEsTE AsIÁTICO 6,8 6,9 6,4 6,3 Fonte: Banco Mundial 5
  • 16. As projeções apontam para um crescimento gerar incentivos ao investimento e estimular o da economia mundial de 3,2% e 3,3% para 2006 crescimento a partir de um impulso interno. e 2007, respectivamente. Para os países de renda O bom desempenho das economias dos alta é projetado um crescimento de 2,5% em países em desenvolvimento e as projeções otimistas, 2006 e de 2,7% em 2007, liderado pelos Estados em relação ao crescimento sustentado no médio Unidos, que deverá crescer 3,5% e 3,6% no prazo, podem ser explicados pelas reformas biênio 2006-2007. econômicas implementadas a partir do ano de A projeção para os países em desenvolvimento 990. A combinação de inflação baixa, regimes de é de continuidade de crescimento, mas em níveis câmbio flexível e redução nos déficits fiscais e de um pouco menores. Para 2006 é projetado um conta corrente têm reduzido as incertezas, o que crescimento de 5,7%, inferior aos 5,9% de 2005, e tende a aumentar o fluxo de investimento para os de 5,5% para 2007. Esse crescimento será liderado mercados emergentes nos próximos anos. pelos países do sudeste asiático que deverão Em relação às finanças internacionais, a alta crescer 6,4% em 2006 e 6,3% em 2007. Para os liquidez internacional e as baixas taxas de inflação países latino-americanos e do Caribe as projeções têm possibilitado o registro de baixas taxas de apontam para o crescimento de 3,9% e 3,6% em juros reais, reduzindo o custo de financiamento 2006 e 2007, respectivamente. das economias emergentes e possibilitado As economias do leste da Ásia e Pacífico uma tendência de declínio nas taxas de juros deverão continuar expandindo rapidamente, internacionais. No entanto, este quadro pode ser liderado pela China. As projeções são de alterado com o aumento da taxa de juros americana, crescimento do PIB regional de 7,6% em 2006 e o que pode reduzir o fluxo de capitais para os 7,4% em 2007. As mudanças marginais nos regimes mercados emergentes e aumentar a incerteza em cambiais da China e da Malásia não deverão ter relação ao financiamento externo desses países. maiores impactos sobre o nível de crescimento Em relação às projeções de longo prazo, estas da economia desses países. Embora as projeções apontam para uma continuidade no crescimento da tenham apontado para uma redução no ritmo economia mundial e do nível de renda per capita, de crescimento da economia chinesa, ela deverá com a manutenção do peso da economia norte- continuar impulsionando a economia mundial nos americana na expansão mundial, aproximadamente próximos anos. 6%, mas relativamente menor que a China, que As projeções para os países da América deverá ser responsável por 27% do crescimento Latina e Caribe apontam para uma possível da economia mundial nos próximos 5 anos. redução no ritmo de crescimento da economia, Neste cenário, a economia brasileira deverá crescer derivado principalmente da redução nos preços em torno de 3,5% a 4% a.a. no biênio 2006-2007 das commodity no mercado internacional. Aqui é e colaborar com apenas 2,4% para o crescimento importante ressaltar que a redução nos preços da economia mundial até 2020. dos produtos exportados pelos países emergentes, Mesmo com essas condições favoráveis, nos como o Brasil, e a conseqüente redução nas receitas últimos anos o crescimento da economia brasileira com as exportações podem ser compensados pela tem sido inferior à média mundial e as estimativas melhora no desempenho do mercado interno. apontam para a continuidade dessa tendência. No caso do Brasil, a tendência de redução na No entanto, o cenário interno da economia brasileira taxa de juros, estabilidade financeira, estabilidade para os próximos anos é favorável à continuidade de preços e contas externas equilibradas podem do crescimento econômico. 6
  • 17. gRÁfICO 2 - CREsCIMENTO ECONôMICO BRAsIlEIRO X MUNDIAl (%) 5,1% 4,7% 4,9% 4,2% 4,1% 4,2% 4,0% 4,4% 3,7% 4,3% 3,3% MUNDO 3,6% 3,0% 2,7% 2,8% 2,4% 1,9% 2.3% 1,3% BRAsIl 0,8% 0,5% -0,1% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: FMI (2006) No plano político, a transição democrática Além disso, o regime de câmbio flutuante da última eleição deixou claro o avanço e a adotado em 999, permitiu o ajustamento consolidação da democracia no País; tal fato foi das contas externas, o que diminuiu de forma comprovado recentemente com o baixo “contágio” considerável a vulnerabilidade externa do da economia frente à crise política vivida pelo país. País. Essa arquitetura macroeconômica sólida No âmbito econômico, a continuidade das possibilitou uma renegociação voluntária da políticas macroeconômicas tem demonstrado dívida externa, com o melhoramento do seu o compromisso do País em relação à perfil. Neste cenário, a vulnerabilidade vem se responsabilidade fiscal e estabilidade monetária. reduzindo sistematicamente. gRÁfICO 3 - TAXA DE CâMBIO (R$ / Us$) 3,8 3,6 3,4 3,2 3 2,8 2,6 2,4 2,2 2,0 JAN/03 MAR/03 MAI/03 JUl/03 sET/03 NOV/03 JAN/04 MAR/04 MAI/04 JUl/04 sET/04 NOV/04 JAN/05 MAR/05 MAI/05 JUl/05 sET/05 NOV/05 JAN/06 Fonte: BACEN 7
  • 18. gRÁfICO 4 - sAlDO DA BAlANçA COMERCIAl (Us$ MIlHõEs) 44,8 41,2 38,3 35,8 33,7 DEz/04 fEV/05 ABR/05 JUN/05 AgO/05 OUT/05 DEz/05 Fonte: MDIC Com a estabilidade macroeconômica interna num futuro próximo, a economia brasileira poderá e a redução na vulnerabilidade externa, o Risco ser classificada como investment-grade. Brasil caiu significativamente e a tendência é que, gRÁfICO 5 - RIsCO PAís (EM PONTOs) 1.400 1.200 1000 800 600 400 200 0 JAN/03 fEV/03 MAR/03 ABR/03 MAI/03 JUN/03 JUl/03 AgO/03 sET/03 OUT/03 NOV/03 DEz/03 JAN/04 fEV/04 MAR/04 ABR/04 MAI/04 JUN/04 JUl/04 AgO/04 sET/04 OUT/04 NOV/04 DEz/04 JAN/05 fEV/05 MAR/05 ABR/05 MAI/05 JUN/05 JUl/05 AgO/05 sET/05 OUT/05 NOV/05 DEz/05 JAN/06 fEV/06 Fonte: Banco Central Um outro fator importante é que o processo ano, o comércio exterior brasileiro obteve os de crescimento da economia brasileira vem sendo melhores resultados da história – as exportações liderado pela demanda externa (exportações, atingiram a marca de US$ 8,3 bilhões, o saldo descontadas as importações), que contribuiu comercial ficou em US$ 44,76 bilhões e a conta 0,9 ponto percentual no crescimento de 2,3 % corrente de comércio (soma das exportações do PIB em 2005. Vale ressaltar que, no mesmo mais importações) chegou a US$ 9,85 bilhões. 8
  • 19. Tal resultado elevou o grau de abertura da prejudicar o desenvolvimento brasileiro de curto economia brasileira para 30%. e médio prazos: alta carga tributária, altas taxas Outro fator positivo para a economia de juros praticados no mercado interno, taxa brasileira foi o aumento do consumo das famílias, de investimento baixo, excesso de burocracia, que registrou uma expansão acima da média de problema fiscal e estabilidade política. crescimento da economia, graças a um aumento Com uma carga tributária extremamente do volume de crédito às pessoas físicas e ao elevada, aumentam os custos de produção, o que crescimento da massa salarial: as famílias gastaram reduz a competitividade dos produtos nacionais 3,% mais em 2005 do que em 2004. No que se em relação aos estrangeiros. Enquanto a carga refere ao consumo do Governo, verifica-se que o tributária brasileira é de aproximadamente 38% do mesmo aumentou ,6% em 2005, ante à expansão PIB, outros países emergentes como a Argentina de 0, % no ano anterior. (2%) e o México (8%) apresentam taxas bem Para uma expansão maior da economia inferiores. Assim, para crescer a taxas maiores e brasileira nos próximos anos, alguns fatores de forma sustentável, o próximo governo deverá precisam ser tratados como prioritários, de forma procurar estratégias para reduzir o peso dos a melhorar o ambiente de negócios e, assim, não impostos sobre a produção nacional. gRÁfICO 6 - EVOlUçãO DA CARgA TRIBUTÁRIA BRAsIlEIRA - 1994-2005 (%) 37,8% 36,8% 35,8% 35,5% 33,7% 32,8% 31,6% 29,3% 28,9% 28,6% 27,3% 27,5% 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: BPT Um outro fator que tem influenciado o ritmo inflacionários e atingir as metas de inflação, o de crescimento da economia tem sido o elevado Banco Central tem adotado uma política monetária custo de capital derivado das altas taxas de juros restritiva, com juros elevados. praticados no mercado interno. Para conter focos 9
  • 20. TABElA 3 - TAXA DE JUROs DEsCONTANDO A INflAçãO - (JANEIRO/2005 - DEzEMBRO/2005) RANkINg PAís TAXA ANO 1 BrAsIl 12,6% 2 TurquIA 7,5% 3 MéxICO 5,6% 4 CINgAPurA 5,2% 5 POlôNIA 5,1% 6 HuNgrIA 4,1% 7 CHINA 4,1% 8 COréIA DO sul 3,8% Fonte: FMI Com a trajetória de redução na taxa de a instituição da Lei de Responsabilidade Fiscal e a juros Selic a partir do início de 2006, a política adoção das metas de superávit primário em torno monetária deve ser favorável ao crescimento de 4,25% do PIB. econômico no ano. Contudo, essas medidas não reduziram a A taxa de investimento da economia brasileira relação entre dívida / PIB, uma vez que não foi (de aproximadamente 9% do PIB) é baixa para possível eliminar o déficit nominal. O aumento financiar o crescimento da economia de forma dos gastos públicos, principalmente com a sustentada. Assim, para aumentar o nível de previdência, e das despesas com pagamento de crescimento se faz necessário aumentar a taxa de juros, têm sido os principais responsáveis pelo investimento da economia. resultado nominal negativo. Melhorar a gestão pública e reduzir a burocracia Assim, um dos desafios do próximo governo representa um outro desafio para o País, se a pretensão será controlar e melhorar a qualidade dos gastos é crescer a taxas maiores e de forma sustentável. e enfrentar o problema da previdência como uma Segundo estudo do Banco Mundial, somente nos 30 questão fundamental para garantir o equilíbrio países mais desenvolvidos do mundo, observam-se fiscal de longo prazo. bons padrões de governança: nestes, para um índice Finalmente, a estabilidade política será máximo de 00, a média é de 90,8. Para os países da essencial para agilizar as reformas tributária, América Latina e Caribe, o índice é de 55,4. No Brasil, da previdência e do trabalho, consideradas é de 54,4, o que evidencia expressivos desvios em importantes para melhorar a eficiência do relação às boas práticas de governança pública. mercado na alocação dos recursos e possibilitar o Em relação à política fiscal, o país vem crescimento sustentado. apresentando um avanço nos últimos anos, com 20
  • 21. gRÁfICO 7 - DEsPEsAs DO INss (EM % PIB) 7,9% 7,6% 7,1% 6,5% 6,0% 6,9% 5,8% 6,3% 5,4% 6,0% 4,9% 5,0% 5,3% 4,3% 4,9% 3,4% 2,7% 3,4% 2,5% 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006* * PREVISÃO Fonte: giambiagi (2006) I. 2 O TURIsMO NO CONTEXTO INTERNACIONAl Os dados econômicos internacionais mostram conferências e exposições, além das tradicionais uma forte relação entre o ambiente econômico e viagens de férias. Esse quadro é extremamente o crescimento do turismo, em todo o mundo. O positivo para a geração de trabalho e renda, em crescimento do PIB potencializa o crescimento do função da potencial capacidade de geração de turismo, tanto no sentido positivo quanto negativo. ocupação da atividade. Aproximadamente, de 6 No período de 975 a 2000 o turismo cresceu a a 8% do total de empregos gerados no mundo um ritmo médio de 4,4 % anual, enquanto o depende do turismo, segundo informação da crescimento econômico mundial médio, medido Organização Mundial do Turismo. pelo PIB, foi de 3,5% ao ano. As chegadas internacionais de 2004 foram No período de exuberância que atravessa a da ordem de 766 milhões de turistas, superando economia mundial nos últimos anos, conforme item em mais de 25 vezes as chegadas registradas em deste Diagnóstico, o turismo se destaca como um 950, o que significa um crescimento médio anual dos setores socioeconômicos mais significativos do de 6,5%, desde 950. O mercado das viagens mundo, incluindo as viagens de negócios, visitas representou, em 2004, em torno de 30% do total a amigos e familiares, viagens por motivações das trocas internacionais de serviços comerciais, de estudos, religião, saúde, eventos esportivos, constituindo um dos seus maiores componentes. 2
  • 22. No período de 995 a 2000 o fluxo ao longo dos últimos anos é de desconcentração internacional de turistas apresentou um crescimento dos fluxos internacionais de turistas, com a anual da ordem de 4,8%. Este crescimento inclusão de novos destinos nestas rotas. Em 950, apresentou um decréscimo nos anos subseqüentes, somente 3% das chegadas internacionais se em função da tragédia de de setembro em Nova dirigiram para fora dos 5 principais países york, e no qüinqüênio 2000 / 2005 este crescimento receptores (Estados Unidos, Canadá, México e foi da ordem de 3,4%. Ao longo dos últimos dez países da Europa). Já em 2004, 43% do total de anos, 995 / 2005, a taxa média de crescimento chegadas internacionais se realizaram fora destes mundial foi da ordem de 4,%. Nos últimos anos, 5 países receptores principais. O gráfico abaixo porém, houve uma recuperação neste crescimento apresenta a evolução das chegadas de turistas do fluxo internacional de turistas no mundo, que internacionais no período que vai de 950 a registrou um crescimento de 9,9% de 2003 para 2004, para os cinco maiores países receptores 2004 e de 5,5% de 2004 para 2005. do mundo e para o grupo de países classificados E neste c o n t e x t o d e c re s c i m e n t o d a a partir da 6ª colocação no ranking, entre os atividade no mundo, uma tendência observada quais se encontra o Brasil. gRÁfICO 8 - TENDÊNCIAs DE MERCADO - CHEgADA DE TURIsTAs INTERNACIONAIs POR gRUPO DE PAísEs (%) 80 71% 60 43% 43% 38% 40 25% 33% 33% 20 3% 0 1950 1970 1990 2004 Cinco maiores 16º em diante Fonte: Organização Mundial do Turismo Mesmo desconsiderando os resultados particular, contra percentuais bem menores de insatisfatórios para os Estados Unidos da crescimento para a Europa. América, em função dos impactos negativos De acordo com o quadro a seguir, enquanto do atentado de de setembro, os números as chegadas internacionais em todo o mundo para o restante do mundo indicam um forte tiveram um crescimento da ordem de 50% no crescimento para os países da Ásia, Pacífico, período de 995 a 2005, no Brasil, estes números África e Oriente Médio, e para o Brasil em cresceram em 70%, no mesmo período. 22
  • 23. TABElA 4 - CHEgADAs DE TURIsTAs INTERNACIONAIs (EM MIlHõEs) PERíODO 1995 2003 2004 2005* % 1995-05 % 2003-05 % 2004-05 MUNDO 538,0 697,0 766,0 808,0 50,2 15,9 5,5 EUROPA 309,0 408,6 425,6 443,9 43,7 8,6 4,3 ÁsIA E PACífICO 85,0 114,2 145,4 156,2 83,8 36,8 7,4 AMéRICAs 109,0 113,1 125,8 133,1 22,1 17,7 5,8 AMéRICA DO sUl 12,0 13,7 16,0 18,0 50,0 31,4 12,5 BRAsIl 2,0 4,1 4,8 5,4 170,0 31,7 12,5 ÁfRICA 20,0 30,7 33,3 36,7 83,5 19,5 10,2 ORIENTE MéDIO 14,0 30,0 35,9 38,4 174,3 28,0 7,0 Fonte: Organização Mundial do Turismo – OMT 2006 Anuário Estatístico EMBrATur 2001 (*) Dado preliminar Este é um forte indicador das perspectivas de No entanto, isto só poderá ser realizado para crescimento para destinos novos, antecipando que as comunidades objeto de recepção dos fluxos de a competição entre regiões para atrair visitantes se turistas, com base numa gestão responsável, que intensificará nos próximos anos com o objetivo de realize um equilíbrio entre os aspectos ambientais, criação de empregos e de desenvolvimento econômico econômicos e socioculturais de desenvolvimento sustentável e responsável. Novos atores devem entrar sustentável do turismo. Sem isso, o turismo na disputa pelas viagens e turismo na escala mundial, torna-se vulnerável e suscetível aos problemas de provocando uma concorrência acirrada entre os degradação, massificação e fragmentação que, em destinos e os operadores de viagens. Aqueles que última instância significam sua autodestruição. se adaptarem melhor as orientações do mercado A prática de uma gestão responsável e apresentarem, com maior êxito, as características deverá, também, reproduzir impactos positivos geográficas e a singularidade dos seus destinos, no que se refere ao turismo interno, propiciando relativamente à paisagem, cultura, patrimônio e o desenvolvimento da atividade no mercado serviços, terão mais sucesso na consolidação da doméstico, com benefícios por duas vias. Pelo atividade. Trata-se de uma chamada de atenção para lado da produção e da oferta da atividade, os destinos tradicionais e uma oportunidade para os com a criação de novos postos de trabalho e destinos novos. Isto propiciará, seguramente, um ocupação, e com a ampliação da renda. E pelo desenvolvimento mundial mais desconcentrado, lado do consumo, com a inclusão de novas remodelando e reconfigurando o processo de parcelas de consumidores em diversas escalas, globalização, e contribuindo para a universalização dos no ambiente doméstico. benéficos do direito ao desenvolvimento para todos. De acordo com as análises da Organização Esta pode se constituir numa importante Mundial do Turismo, calcula-se ser o turismo dimensão dos esforços a serem empreendidos para interno dez vezes maior que o volume de turismo reduzir as desigualdades regionais no plano nacional e internacional. Este índice, não obstante poder ser internacional e para promover um ambiente favorável bem menor para os países periféricos, ainda assim, ao desenvolvimento, especialmente nas áreas de aponta para uma perspectiva de consolidação da comércio e finanças. Significa também, seguramente, atividade nestes países, oportunizando a melhoria uma via de inclusão do turismo na estratégia de luta da qualidade dos serviços prestados e contribuindo contra a pobreza, vinculando a atividade com os para o desenvolvimento equilibrado do conjunto marcos e os objetivos de Desenvolvimento do Milênio. da economia. 23
  • 24. I. 3 REsUlTADOs DO TURIsMO NO PAís NOs ÚlTIMOs ANOs No contexto de um ambiente nacional e 5,5%, enquanto no Brasil este crescimento, no internacional favorável e como resultado do esforço mesmo período, foi da ordem de 2,5%. do Governo, da prioridade dada ao turismo e da A execução dos Programas e Ações do Plano gestão descentralizada e compartilhada proposta Nacional de Turismo 2003 / 2007, inseridos no Plano pelo Plano Nacional e executada com apoio do Plurianual de Governo 2004 / 2007, considerando Conselho Nacional e Fóruns Estaduais, o turismo a eficiente execução orçamentária de 2004 e de do Brasil vem batendo recordes que evidenciam um 2005 e, ainda, a conjuntura externa favorável, crescimento acima da média mundial. Conforme propiciaram as condições para que o País obtivesse, exposto no item anterior, o crescimento do turismo nos últimos três anos, os seus melhores resultados internacional no mundo, em chegadas de turistas em relação a todo o histórico do setor. estrangeiros, em 2004 e 2005, foi da ordem de I. 3 .1 ENTRADA DE DIVIsAs Um resultado que aponta para a performance marca de 34 meses consecutivos de crescimento, excepcional da atividade turística no mercado desde março de 2003. internacional e que merece destaque, após três Em 2004, esta receita atingiu o montante anos de existência do Ministério do Turismo, é a de US$ 3,22 bilhões, superior em 30% em relação receita cambial turística. ao ano anterior (US$ 2,479 bilhões), registrando Em 2005, o Brasil alcançou a receita cambial um superávit da ordem de US$ 35,0 milhões, o turística de US$ 3,86 bilhões, superior em 9,83% maior dos últimos 5 anos, superando em 6% o ao ano de 2004 (US$ 3,22 bilhões), atingindo a superávit de 2003, de US$ 28,0 milhões. gRÁfICO 9 - RECEITA CAMBIAl TURísTICA (MIlHõEs Us$) 3.861 3.222 2.479 1.998 1.810 1.731 1.586 1.628 972 1.069 840 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: Banco Central do Brasil _____________________ 1 Organizacion Mundial del Turismo. 24
  • 25. Analisando a série histórica mensal, entre no Brasil, em relação ao mesmo período observado janeiro de 2002 e dezembro de 2005, observa- em 2003 e 2004, respectivamente, com recordes se um crescimento consistente da receita cambial registrados pelo BC, que desde 969 faz essa turística e, ainda, que em todos os meses de 2004 estatística. Em agosto e dezembro de 2005 chegou- e 2005, houve aumento de gastos de estrangeiros se ao resultado de US$ 360 milhões no mês. gRÁfICO 10 - COMPARATIVO DA DEsPEsA E RECEITA CAMBIAl MENsAl 2002 E 2003 (MIlHõEs Us$) 374 receita Despesa 371 362 355 342 341 340 308 301 286 280 275 243 245 232 233 229 226 216 207 205 188 183 177 179 172 176 179 154 150 153 153 157 149 148 149 150 147 144 141 142 136 138 139 134 131 131 127 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago set Out Nov Dez 2002 2003 Fonte: Banco Central do Brasil gRÁfICO 11 - COMPARATIVO DA DEsPEsA E RECEITA CAMBIAl MENsAl 2004 E 2005 (MIlHõEs Us$) receita Despesa 486 468 463 433 439 424 413 397 360 360 348 341 328 340 335 325 319 313 313 309 307 294 292 298 296 294 275 292 289 296 276 269 260 248 257 248 247 255 240 250 220 241 222 228 210 196 180 180 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago set Out Nov Dez 2004 2005 Fonte: Banco Central do Brasil 25
  • 26. gRÁfICO 12 - sAlDO CAMBIAl líqUIDO DO TURIsMO - PERíODO 1990 A 2005 (MIlHõEs Us$) 218 351 -121 -212 -319 -398 -799 -859 -1.181 -1.436 -1.468 -2.083 -2.419 -3.598 -4.146 -4.377 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: Banco Central do Brasil O saldo da balança comercial foi positivo em comercial apresentou um déficit de US$ 859 2003 e 2004, após mais de 0 anos com saldos milhões, em função da estabilidade econômica e negativos, até 2002. Estes déficits chegaram a da valorização do real em relação ao dólar, o que US$ 4,38 bilhões e US$ 4,5 bilhões, em 997 motivou muitos brasileiros a realizarem viagens e 998, respectivamente. Em 2005, mesmo com ao exterior. o crescimento expressivo da receita, a balança I. 3 .2 ENTRADA DE TURIsTAs EsTRANgEIROs O crescimento da entrada de turistas o crescimento até 2005 foi da ordem de 43%, estrangeiros no País, depois de experimentar tendo sido de 2,5% entre 2004 e 2005. uma queda em 200 e 2002, apresentou uma Os resultados a partir de 996, até 2005, tendência de recuperação e crescimento em apontam um crescimento na entrada de turistas 2003, que se manteve constante até 2005. estrangeiros no Brasil da ordem de 03%. Considerando o ano de 2002 como referência, TABElA 5 - ENTRADA DE TURIsTAs NO BRAsIl (NÚMERO DE TURIsTAs) ANO 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005(*) 2.665.508 2.849.750 4.818.084 5.107.169 5.313.463 4.772.575 3.784.898 4.132.847 4.793.703 5.400.000 Fonte: DPF e EMBrATur (*) resultado estimado 26
  • 27. gRÁfICO 13 - DEsEMBARqUEs INTERNACIONAIs (MIlHõEs) 6,8 6,1 5,5 5,5 5,4 5,0 5,2 5,0 4,9 4,6 3,4 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: Infraero Em 2005, o País recebeu cerca de 6,8 milhões Em 2004, os desembarques de vôos de passageiros de vôos internacionais, incluindo internacionais atingiram 6, milhões de brasileiros voltando do exterior e turistas estrangeiros, passageiros, com um incremento de 4,9%, em valor superior em 0,52% ao total dos desembarques relação ao ano de 2003 (5,4 milhões). no período de 2004 (6, milhões). São 36 meses consecutivos de crescimento, desde janeiro de 2003. I. 3 .3 DEsEMBARqUEs NACIONAIs E VôOs charters Em 2005, o desembarque de passageiros de Em 2004, os desembarques de vôos vôos nacionais foi de 43, milhões, 7,75% acima nacionais totalizaram 36,6 milhões de passageiros, do verificado no mesmo período do ano anterior, contabilizando um crescimento de 8,95%, quando o número de passageiros desembarcados em relação aos 30,7 milhões de passageiros foi de 36,6 milhões. desembarcados em 2003. gRÁfICO 14 - DEsEMBARqUEs NACIONAIs (MIlHõEs) 43,1 36,6 32,6 33,0 30,7 27,7 28,5 26,5 19,5 21,3 16,8 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: Infraero 27
  • 28. Desempenhos semelhantes apresentaram Já em relação aos desembarques os vôos char t e r s ( f re t a d o s ) , n a c i o na i s e internacionais, foram contabilizados 349,58 mil internacionais, que transportam exclusivamente desembarques, uma alta de 03,02% em turistas. Com recorde histórico, de janeiro a relação a 2003 (72,5 mil). Em 2005, os vôos dezembro de 2005, foram 3,5 milhões de charters nacionais e internacionais cresceram, desembarques nacionais, sendo este número respectivamente, ,92% e 6,8%, em relação 42,74% superior a 2003 (2,20 milhões). a 2004. gRÁfICO 15 - VôOs charters DEsEMBARqUE NACIONAl E INTERNACIONAl 3.150.983 2.815.328 2.207.379 172.150 327.273 349.588 2003 2004 2005 Nacional Internacional Fonte: Infraero I. 3 .4 NOVOs PRODUTOs DE qUAlIDADE O Ministério do Turismo realizou o O Salão do Turismo – Roteiros do Brasil mapeamento turístico do País, para identificar as resultou de um esforço conjunto do poder regiões e roteiros turísticos que devem ser objeto público e da iniciativa pública, sob a coordenação do ordenamento e estruturação territorial, gestão, do Ministério do Turismo, que trabalharam em qualificação e promoção, com visão de curto, médio sintonia para colocar o produto turístico brasileiro e longo prazos O trabalho, realizado através do nas prateleiras das agências e operadoras de Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros turismo. Constituiu um marco do desenvolvimento do Brasil, em 2004, identificou 29 regiões turísticas, da atividade turística no país, gerando envolvendo 3.203 municípios. Dentre as 29 regiões resultados que estabelecem um novo patamar turísticas, 34 apresentaram 45 roteiros turísticos para a sua expansão, abrindo perspectivas de no Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, realizado desenvolvimento socioeconômico para diferentes em 2005 em São Paulo, nos módulos “Feira” e regiões. Os principais resultados do Salão 2005 “Rodada de Negócios” do evento. são apresentados a seguir: 28