3. Mensagem do Presidente do Conselho Nacional de Turismo 5
Entidades e Instituições do Conselho Nacional de Turismo 6
Apresentação 10
Capítulo I – Principais Resultados 12
. Ambiente Econômico Nacional e Internacional 3
2. O Turismo no Contexto Internacional 2
3. Resultados do Turismo no Brasil nos Últimos Anos 24
4. Resultados Registrados pelo Setor Privado 40
5. Análise por Eixos Temáticos 48
5.. PLANEJAMENTO E GESTÃO 48
5.2. ESTRUTURAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA OFERTA 49
5.3. FOMENTO 5
5.4. INFRA-ESTRUTURA 52
5.5. PROMOÇÃO, MARKETING E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO 53
5.6. QUALIFICAÇÃO 54
5.7. INFORMAÇÃO 55
5.8. LOGÍSTICA DE TRANSPORTES 56
Capítulo II – Cenários 58
. Cenários para o Turismo Brasileiro 2007 / 200 59
2. Projeção das Metas para o Turismo no Brasil 2007 / 200 65
Capítulo III – Propostas 86
. Proposições por Eixos Temáticos 88
.. Eixo Temático PLANEJAMENTO E GESTÃO 88
.2. Eixo Temático ESTRUTURAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA OFERTA 92
.3. Eixo Temático FOMENTO 94
.4. Eixo Temático INFRA-ESTRUTURA 96
.5. Eixo Temático PROMOÇÃO, MARKETING E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO 97
.6. Eixo Temático QUALIFICAÇÃO 00
.7. Eixo Temático INFORMAÇÃO 03
.8. Eixo Temático LOGÍSTICA DE TRANSPORTES 05
Capítulo IV – Hierarquização das Propostas 108
Entidades e Instituições que Contribuíram para a Elaboração 126
do Documento Turismo no Brasil 2007 / 2010
Referências Bibliográficas 128
5. O setor de turismo no Brasil enfrenta, a A eficácia das respostas dadas àquele desafio
partir do próximo ano, um grande desafio: dar está reconhecida neste documento referencial
continuidade às conquistas obtidas e avançar na Turismo no Brasil 2007 / 200. Formado por 63
construção e execução de políticas que coloquem membros, representantes de todos os segmentos
o país entre os principais destinos do mundo do setor, sendo 24 de instituições públicas e 39
para os brasileiros e estrangeiros que desejem do setor privado e sociedade civil organizada, o
nos visitar. Neste desafio insere-se também, o Conselho Nacional de Turismo comemorou três
modelo institucional de gestão descentralizada anos com uma rica experiência acumulada que
e compartilhada entre o Governo Federal, se revela neste documento.
governos estaduais e municipais, setor privado Os seus integrantes entendem que os
e organizações representativas da sociedade estudos e análises das conquistas e dificuldades
civil, onde discussões e decisões sobre tudo que do setor, como também as projeções estimadas
envolve o turismo se dão de maneira amplamente para os próximos anos, precisam ser repassadas
democrática e transparente. para os que vierem a conduzir a formulação,
O Brasil tem hoje uma rede trabalhando em regulamentação e implementação de políticas
favor do turismo, pronta para dar prosseguimento públicas para o turismo. Os futuros dirigentes
a todas as conquistas alcançadas e a vencer não terão apenas um conjunto de boas idéias
novos desafios. A gestão compartilhada com e boas intenções. Antes, terão um documento
todos que fazem acontecer o turismo no país, sólido, de contribuição de todos os segmentos
colocada em prática pelo Ministério do Turismo, para o desenvolvimento do turismo no Brasil.
criado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Este documento referencial Turismo no
em atendimento a uma antiga reivindicação do Brasil 2007 / 200 traduz o pensamento, a visão
trade, é responsável pelo momento promissor e o desejo do setor. Ele não encerra o debate
que o turismo vive hoje. sobre o turismo. Mas constitui, de forma inédita,
Em 2003, o desafio colocado era reconhecer a colaboração do Conselho Nacional de Turismo
o turismo como atividade efetivamente capaz de para a Nação, na certeza de que as análises,
alavancar o desenvolvimento econômico e social, estudos e propostas aqui apresentados se
contribuindo para a redução de desigualdades sobrepõem a governos e partidos.
regionais, a distribuição da renda e o fomento
à preservação de nossas heranças naturais e
culturais, entre outros objetivos. Para que isso
se concretizasse, foram estabelecidos objetivos
e metas no primeiro Plano Nacional do Turismo, Walfrido dos Mares Guia
Ministro de Estado do Turismo e
construído no mais representativo espaço do Presidente do Conselho Nacional de Turismo
setor que é o Conselho Nacional de Turismo.
Brasília, 5 de junho de 2006
5
7. ENTIDADE / INsTITUIçãO TITUlAREs sUPlENTEs
ABAV – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA JOÃO PEREIRA
JOÃO QUIRINO JUNIOR
DE AGêNCIAS DE VIAGENS MARTINS NETO
ABBTUR – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA SéRGIO FERNANDES CAETANA FRANARIN
DE BAChARéIS EM TURISMO MARTINS ALVES
ABCMI NACIONAL – ASSOCIAÇÃO GENILDA CORDEIRO DECy BRUM VIGNALE
BRASILEIRA DE CLUBES DA MELhOR IDADE BARONE DE CACICOLI
ABEOC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA SIMONE SACCOMAN VALéRIA MARIA DE
DE EMPRESAS DE EVENTOS MARQUES BRITO CAVALCANTE
FELIPE AUGUSTO
ABETA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
ARAGÃO EVANGELISTA GUSTAVO FRAGA TIMO
DAS EMPRESAS DE TURISMO DE AVENTURA
JÚNIOR
ABETAR – ASSOCIAÇÃO
APóSTOLE LAZARO
BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE ÁTILA yURTSEVER
ChRySSAFIDIS
TRANSPORTE AéREO REGIONAL
ABIh – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA ERALDO ALVES DA ALExANDRE SAMPAIO
DA INDÚSTRIA hOTELEIRA CRUZ DE ABREU
ABLA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA JOSé ADRIANO ALBERTO DE
DAS LOCADORAS DE AUTOMóVEIS DONZELLI CAMARGO VIDIGAL
ABOTTC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
SÁVIO LUÍS FERREIRA ANDERSON SILVA
DAS OPERADORAS DE TRENS
NEVES FILhO PAChECO
TURÍSTICOS CULTURAIS
ABR – ASSOCIAÇÃO ALExANDRE ADILSON RUBENS AUGUSTO
BRASILEIRA DE RESORTS ZUBARAN DE OLIVEIRA REGIS
ABRACAMPING – ASSOCIAÇÃO LUIZ EDGAR LUIZ ANTôNIO
BRASILEIRA DE CAMPISMO PEREIRA TOSTES PINTO MAThEUS
ABRACCEF – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA MARGARETh CARON RICARDO CORRêA
DE CENTROS DE CONVENÇõES E FEIRAS SOBRINhO PIZZATO SANSON
ABRAJET – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA CLÁUDIO MAGNAVITA
RICARDO GUERRA
DE JORNALISTAS DE TURISMO CASTRO
ABRASEL – ASSOCIAÇÃO PAULO SOLMUCCI MARIA DE FÁTIMA
BRASILEIRA DE BARES E RESTAURANTES JÚNIOR hAMÚ
ABRASTUR – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COOPERATIVAS PAULO DE EDUARDO JOSé
E CLUBES DE TURISMO SOCIAL BRITO FREITAS FERREIRA BARNES
PAULO EDUARDO
ABRATURR – ASSOCIAÇÃO CARLOS ROBERTO
JUNQUEIRA DE
BRASILEIRA DE TURISMO RURAL SOLERA
ARANTES
ABRESI – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
NELSON DE ABREU RONALD STARLING
DAS ENTIDADES DE GASTRONOMIA,
PINTO SOARES
hOSPITALIDADE E TURISMO
ADIBRA – ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS ALAIN JEAN ARMANDO PEREIRA
DE PARQUES DE DIVERSõES DO BRASIL PIERRE BALDACCI FILhO
ANTTUR – ASSOCIAÇÃO NACIONAL
DE TRANSPORTADORES DE TURISMO, MARTINhO FERREIRA
DELMO PEREIRA VIEIRA
FRETAMENTO E AGêNCIAS DE VIAGENS DE MOURA
QUE OPERAM COM VEÍCULOS PRóPRIOS
JOÃO BATISTA DE EVANDRO BESSA DE
BANCO DA AMAZôNIA S.A.
MELO BASTOS LIMA FILhO
7
8. RICARDO ALVES DA SéRGIO RICARDO
BB – BANCO DO BRASIL S.A.
CONCEIÇÃO MIRANDA NAZARé
ROBERTO ALMEIDA VERA MARIA
BITO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TURISMO RECEPTIVO
DULTRA MENDONÇA POTTER
ROBéRIO GRESS
BNB – BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. ROBERTO SMITh
DO VALE
BNDES – BANCO NACIONAL DE CARLOS EDUARDO
CARLOS GASTALDONI
DESENVOLVIMENTO ECONôMICO E SOCIAL CASTELLO BRANCO
BRAZTOA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA RODOLPhO CARLOS
JOSé ZUQUIM
DAS OPERADORAS DE TURISMO GERSTNER
MARIA FERNANDA
CEF – CAIxA ECONôMICA FEDERAL FÁBIO LENZA
RAMOS COELhO
ShEILA RIBEIRO VINÍCIUS TEIxEIRA
CASA CIVIL DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA
FERREIRA SUCENA
ANTôNIO OLIVEIRA
CNC – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMéRCIO NORTON LUIZ LENhART
SANTOS
PAULO ROBERTO
CNM – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS
ZIULkOSkI
CONTRATUh – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MOACyR ROBERTO MOARIM CARLOS
TRABALhADORES EM TURISMO E hOSPITALIDADE TESCh AUERSVALD RODRIGUES
EMBRATUR – INSTITUTO BRASILEIRO DE TURISMO EDUARDO SANOVICZ GERALDO LIMA BENTES
FAVECC – FóRUM DAS AGêNCIAS DE VIAGENS GOIACI ALVES MAURO DE OLIVEIRA
ESPECIALIZADAS EM CONTAS COMERCIAIS GUIMARÃES SChwARTZMANN
FBAJ – FEDERAÇÃO BRASILEIRA CARLOS AUGUSTO
MARIA JOSé GIARETTA
DOS ALBERGUES DA JUVENTUDE SILVEIRA ALVES
FBCVB – FEDERAÇÃO BRASILEIRA JOÃO LUIZ DOS SANTOS PAULO CéSAR
DE CONVENTION VISITORS BUREAUx MOREIRA BOEChAT LEMOS
MÁRIO EDMUNDO J.
FENACTUR – FEDERAÇÃO NACIONAL DE TURISMO MIChEL TUMA NESS
LOBO FILhO
FENAGTUR – FEDERAÇÃO NACIONAL CREUSA DOS IACy DA MATA
DOS GUIAS DE TURISMO SANTOS SOARES VASCONCELOS
FNhRBS – FEDERAÇÃO NACIONAL DE hOTéIS, ALExANDRE SAMPAIO
NORTON LUIZ LENhART
RESTAURANTES, BARES E SIMILARES DE ABREU
ROLAND DE
FOhB – FóRUM DE OPERADORES hOTELEIROS DO BRASIL RAFAEL GASPARI
BONADONA
FORNATUR – FóRUM NACIONAL DOS SECRETÁRIOS MARCELO DE OLIVEIRA SéRGIO RICARDO
E DIRIGENTES ESTADUAIS DE TURISMO SÁFADI MARTINS DE ALMEIDA
FóRUM NACIONAL DOS CURSOS SUPERIORES JUREMA MÁRCIA EDUARDO FLÁVIO
DE TURISMO E hOTELARIA DANTAS DA SILVA ZARDO
VIRGÍLIO NELSON DA
INDICAÇÃO DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA GUILhERME PAULUS
SILVA CARVALhO
NORMA MARTINI
INDICAÇÃO DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA MÁRIO CARLOS BENI
MOESCh
8
9. LUIZ FELIPE
INDICAÇÃO DA PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA SéRGIO FOGUEL
CARNEIRO DA CRUZ
FERNANDO
INFRAERO – EMPRESA BRASILEIRA INGRID ELEONORE
BRENDAGLIA
DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA LUCk
DE ALMEIDA
ANTôNIO CARLOS
MD – MINISTéRIO DA DEFESA RIGOBERT LUChT
AyROSA ROSIERE
ARNOLDO ANACLETO GABRIELLE NUNES
MDA – MINISTéRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
DE CAMPOS DE ANDRADE
MDIC – MINISTéRIO DO DESENVOLVIMENTO, LUIZ FERNANDO
EDSON LUPATINI JÚNIOR
INDÚSTRIA E COMéRCIO ExTERIOR FURLAN
MARCELO LEANDRO LEANDRO FONSECA
MF – MINISTéRIO DA FAZENDA
FERREIRA DA SILVA
CARLOS AUGUSTO ROGéRIO OLIVEIRA
MI – MINISTéRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
GRABOIS GADELhA DE CASTRO VIEIRA
ADAIR LEONARDO MÁRCIA GENéSIA
MINC – MINISTéRIO DA CULTURA
ROChA DE SANT’ANNA
MyRIAM BRéA
MJ – MINISTéRIO DA JUSTIÇA
hONORATO DE SOUZA
MMA – MINISTéRIO DO MEIO AMBIENTE GILNEy AMORIM VIANA ALAN MILhOMENS
MPOG – MINISTéRIO DO PLANEJAMENTO, MARCOS REGINALDO LILIAN GIL BARBOSA
ORÇAMENTO E GESTÃO PANARIELLO DE ARAGÃO
EMBAIxADOR MÁRIO
MRE – MINISTéRIO DAS RELAÇõES ExTERIORES SéRGIO LUIZ CANAES
VILALVA
SéRGIO hERMES LUIZ CéSAR
MT – MINISTéRIO DOS TRANSPORTES
MARTELLO BACCI BRANDÃO MAIA
ANDRES CIFUENTES
MTE – MINISTéRIO DO TRABALhO E EMPREGO ALMERICO BIONDI LIMA
SILVA
wALFRIDO DOS MÁRCIO FAVILLA
MTUR – MINISTéRIO DO TURISMO
MARES GUIA LUCCA DE PAULA
SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO
LUIZ CARLOS BARBOZA VINÍCIUS NOBRE LAGES
ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
SIDNEy DA ANTôNIO hENRIQUE
SENAC – SERVIÇO NACIONAL DO COMéRCIO
SILVA CUNhA BORGES DE PAULA
SNEA – SINDICATO NACIONAL
GEORGE ERMAkOFF ADELITA GUASCO
DAS EMPRESAS AEROVIÁRIAS
SUFRAMA – SUPERINTENDêNCIA JOSé ALBERTO DA ELIANy MARIA DE
DA ZONA FRANCA DE MANAUS COSTA MAChADO SOUZA GOMES
ARMANDO ARRUDA
UBRAFE – UNIÃO BRASILEIRA
DÁRCIO BERTOCCO PEREIRA CAMPOS
DOS PROMOTORES DE FEIRAS
MELLO
9
11. A discussão da Política Nacional de Turismo Assim, foi instaurado um processo de
e a elaboração do Plano Nacional de Turismo – PNT trabalho, coordenado pelo Ministério do Turismo,
2003 / 2007 constituíram um marco no processo por meio da Secretaria Nacional de Políticas do
democrático de reflexão sobre a realidade do setor Turismo, com participação da Secretaria Nacional
no Brasil. O Plano, que sistematizou as proposições de Programas de Desenvolvimento do Turismo e da
para a definição desta política setorial nacional, EMBRATUR, que mobilizou um grande contingente
no âmbito do Governo Federal, foi elaborado de de atores e instituições, em diversos fóruns. Foram
forma integrada às ações e programações das realizados encontros com o Centro de Excelência
demais esferas de governo, numa ação articulada em Turismo da UNB e com a Escola Brasileira de
com a iniciativa privada e o terceiro setor. Administração Pública e de Empresas da FGV.
A partir de 2003, o Plano Nacional de No âmbito do Conselho Nacional de Turismo,
Turismo norteia as ações do Ministério do Turismo foram realizadas doze reuniões com as diversas
e, a considerar os resultados alcançados, a sua categorias de entidades. No total, 220 pessoas,
aceitação por diversos segmentos do turismo representando 50 instituições, participaram
no país e sua legitimação pelas instituições diretamente destas reflexões e discussões.
representativas do setor, integrantes do Conselho Este processo se consolidou no presente
Nacional de Turismo, tem se mostrado um documento referencial, denominado Turismo no
instrumento eficaz e um referencial importante Brasil 2007 / 200, que analisa as perspectivas
para a gestão da atividade em âmbito nacional. de desenvolvimento da atividade no país para
O Conselho Nacional de Turismo reconhece os próximos anos e indica os caminhos a serem
os acertos na política desenvolvida e busca percorridos para a concretização do que de melhor
seu aprofundamento e aprimoramento. Nesse poderá ser alcançado nestas perspectivas.
sentido, propõe a realização de estudos que
possam consolidar um documento referencial
sobre o Turismo no Brasil – período 2007 /
200, e garantir a continuidade desta política
e do processo democrático, participativo e
descentralizado de gestão.
13. A elaboração de um documento de referencia Neste sentido, este Diagnóstico se estrutura a
sobre o turismo no Brasil, com vistas a construção partir das análises à luz da realidade atual dos temas
de cenários e propostas para o período 2007 / 200, indicados no Plano Nacional de Turismo, avançando
demanda diagnosticar o desenvolvimento da e detalhando outros pontos que a evolução e a
atividade turística no país, nos últimos anos, dinâmica do desenvolvimento da atividade impõem
considerando o que estava posto na ocasião da neste momento.
elaboração do Plano Nacional de Turismo – PNT Como referências básicas para o Diagnóstico
2003 / 2007, de modo a garantir a continuidade das são apresentadas, inicialmente, informações relativas
ações e programas que vêm sendo desenvolvidos e ao ambiente econômico nacional e internacional e ao
que têm respondido, de forma positiva, às questões comportamento da atividade no País e no mundo, nos
identificadas. Busca ainda indicar outros pontos em últimos anos, com dados e informações que permitem
que o processo de trabalho, nestes anos, aponta avaliar os resultados relativos às metas definidas no
como relevantes e passíveis de aprofundamento ou PNT e outros aspectos de destaque no setor.
revisão na orientação posta naquele documento, Na seqüência, é apresentada uma análise
que estabelece as referências da Política Nacional organizada por eixos temáticos, que tratam das
de Turismo. principais questões diagnosticadas pelo PNT. Os temas
Apesar dos bons resultados apresentados pela são analisados com base nos dados da situação
atividade turística nos últimos anos, o País ainda não atual e na evolução da atividade nos últimos anos,
alcançou um patamar de estabilidade e não ocupa um de acordo com uma nova visão das perspectivas de
lugar no mercado turístico, nacional e internacional, desenvolvimento do turismo no País, projetadas para
compatível com as suas potencialidades e vocações. o período 2007 / 200.
I.1 AMBIENTE ECONôMICO NACIONAl E INTERNACIONAl
A economia mundial atravessa um período Este cenário reflete um novo padrão
de exuberância econômica e seu desempenho de crescimento para a economia mundial,
no ano de 2005 foi bastante positivo no que se caracterizado pelo nível de crescimento sustentável
refere ao crescimento econômico, estabilidade com baixa volatilidade; inflação baixa que tem
de preços, aumento nos fluxos comercial e de possibilitado a adoção de taxas de juros menores
capital. A taxa de expansão mundial em 2004, em nível mundial; a liquidez abundante nos
de 5,%, foi a mais alta em décadas. A de 2005, mercados internacionais que tem reduzido as taxas
de 4,3%, também foi bastante significativa. de juros reais; melhoria tecnológica principalmente
A dispersão geográfica deste crescimento é um no ramo da informação; e o comércio internacional
outro fator importante para análise, uma vez em expansão e principalmente a liderança do
que esse crescimento tem afetado positivamente crescimento pela iniciativa privada.
não somente as nações ricas, mas também as em Outro fator importante a ser ressaltado é
desenvolvimento ou até mesmo as pobres. Como que este crescimento tem sido generalizado para
conseqüência, o que se vê mundo afora é produção todas as economias e regiões. A liderança desse
e consumo em alta, desemprego e miséria em processo continua sendo feita pela economia norte-
queda, uma tendência generalizada de redução da americana, mas com a participação significativa de
pobreza absoluta. novos atores como a China, Índia e Rússia.
3
14. TABElA 1 - EVOlUçãO DA ECONOMIA MUNDIAl (%)
ECONOMIA MUNDIAl
REgIãO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 (*) 2006 (*)
COMéRCIO INTERNACIONAl 5,0 -1,0 3,0 4,5 10,3 7,0 7,4
MUNDO 4,5 2,3 1,8 4,0 5,1 4,3 4,0
EsTADOs UNIDOs 5,1 0,3 2,4 2,7 4,2 3,6 3,3
ÁREA DO EURO 3,5 1,4 0,8 0,7 1,6 1,3 1,8
INglATERRA 2,9 2,1 2,0 2,6 3,2 2,9 2,2
JAPãO 1,5 -0,3 -0,2 2,5 2,7 2,4 2,0
PAísEs EM DEsENVOlVIMENTO 3,9 4,6 5,0 6,5 7,3 6,4 6,1
ECONOMIAs AsIÁTICAs 5,5 5,5 6,0 8,1 8,2 7,8 7,2
AMéRICA lATINA E CARIBE 4,0 0,6 -0,1 2,2 5,6 4,1 3,8
BRAsIl 4,2 1,5 1,9 0,2 4,9 2,3 3,5
Fonte: Fundo Monetário Internacional (*) Estimado
Sendo assim, as projeções em relação ao No que se refere aos aspectos conjunturais,
desempenho da economia mundial para os próximos pode-se ressaltar instabilidade geopolítica
anos apontam para uma continuidade de crescimento, no Oriente Médio, principalmente, no que
mas com alguns condicionantes. se refere ao futuro do Iraque e à incerteza
Os preços do petróleo podem ser considerados quanto ao conflito Irã x EUA. Já em relação aos
hoje uma das principais incertezas da conjuntura aspectos estruturais, de acordo com a Agência
econômica mundial. A sucessão de altas históricas Internacional de Energia, a capacidade sustentável
desta commodity vem sendo causada, não apenas por de produção de petróleo da Organização dos
aspectos conjunturais, mas alguns outros estruturais, Países Exportadores de Petróleo – OPEP está
o que leva a um cenário de preços elevados a curto, em torno de 3 milhões de barris / dia (mdb).
médio e longo prazos. Por sua vez, um aumento no Contudo, estimativas apontam que, em 2020,
preço do petróleo tende a gerar pressões inflacionárias, a produção da OPEP deveria ser de cerca de
o que poderá gerar um aumento nas taxas de juros em 49 mdb para atender à demanda projetada, ou
nível mundial e, conseqüentemente, frear o ritmo de seja, um aumento de cerca de 60%, o que é
crescimento da economia mundial. pouco provável que ocorra.
gRÁfICO 1 - EVOlUçãO DO PREçO DO PETRólEO Us$/BBl (CRUDE OIl)
70
60
50
40
30
20
JAN/03
MAR/03
MAI/03
JUl/03
sET/03
NOV/03
JAN/04
MAR/04
MAI/04
JUl/04
sET/04
NOV/04
JAN/05
MAR/05
MAI/05
JUl/05
sET/05
NOV/05
JAN/06
Fonte: OPEP, (AIE) 2006
4
15. Em relação aos países emergentes, o americana e afetar o desempenho da economia
aumento do preço das commodity ajudou no mundial como um todo.
crescimento econômico, principalmente dos A preocupação do FED já foi demonstrada
países da América Latina. O que pode afetar ainda nas últimas duas reuniões do Federal Open
estes preços são as negociações da Organização Market Committee, que aumentou a taxa de
Mundial do Comércio – OMC, que definiu juros – Federal Funds de 4,25% para 4,75%
203 como ano limite para o fim do subsídio à nos três primeiros meses de 2006. Ademais,
exportação agrícola em todas as suas formas. os sinais emitidos pelo FED não apontam para
Um outro f a t o r q u e p o d e r á a f e t a r o uma taxa limite, mas sim para uma taxa que
desempenho da economia mundial nos próximos sustente a estabilidade de preços na economia
anos é o comportamento da taxa de juros nos norte-americana. Desta forma, dependendo
Estados Unidos. Com elevados e crescentes da durabilidade da trajetória de aumento da
déficits fiscais e de conta corrente, existe taxa de juros norte-americana, o desempenho
uma tendência natural da desvalorização da da economia mundial poderá ser afetado nos
moeda norte-americana e a possibilidade de próximos anos.
aparecimento de focos inflacionários. Além das Além desses fatores ligados à economia
incertezas ligadas aos desequilíbrios, fiscal norte-americana, os resultados da economia
e de conta corrente, a mudança na direção mundial para os próximos 4 anos serão
do Federal Reserve Departament – FED, o determinados pelo ritmo de crescimento da
presidente Ben Bernanke no lugar de Allan e c o n o m i a c h i n e s a e d a re c u p e r a ç ã o das
Greenspan, pode afetar negativamente as economias européia e japonesa.
expectativas de inflação. Por enquanto, as projeções (Banco Mundial)
Para conter as pressões inflacionárias e têm apontado para continuidade no crescimento
demonstrar o seu compromisso com a estabilidade dessas economias, mas em um ritmo menor do
de preços, o FED poderá adotar uma postura que o registrado no biênio 2004-2005. Diante
excessivamente conservadora, o que poderá deste cenário, as projeções do Banco Mundial
reduzir o nível de crescimento da economia norte- para a economia mundial são as seguintes:
TABElA 2 - PROJEçãO PARA A ECONOMIA MUNDIAl (%)
VARIAçãO PIB REAl 2004 2005 2006 2007
MUNDIAl 3,8 3,2 3,2 3,3
PAísEs DE RENDA AlTA 3,1 2,5 2,5 2,7
EsTADOs UNIDOs 4,2 3,5 3,5 3,6
PAísEs EM DEsENVOlVIMENTO 6,8 5,9 5,7 5,5
lEsTE AsIÁTICO E PACífICO 8,3 7,8 7,6 7,4
AMéRICA lATINA E CARIBE 5,8 4,5 3,9 3,6
sUDEsTE AsIÁTICO 6,8 6,9 6,4 6,3
Fonte: Banco Mundial
5
16. As projeções apontam para um crescimento gerar incentivos ao investimento e estimular o
da economia mundial de 3,2% e 3,3% para 2006 crescimento a partir de um impulso interno.
e 2007, respectivamente. Para os países de renda O bom desempenho das economias dos
alta é projetado um crescimento de 2,5% em países em desenvolvimento e as projeções otimistas,
2006 e de 2,7% em 2007, liderado pelos Estados em relação ao crescimento sustentado no médio
Unidos, que deverá crescer 3,5% e 3,6% no prazo, podem ser explicados pelas reformas
biênio 2006-2007. econômicas implementadas a partir do ano de
A projeção para os países em desenvolvimento 990. A combinação de inflação baixa, regimes de
é de continuidade de crescimento, mas em níveis câmbio flexível e redução nos déficits fiscais e de
um pouco menores. Para 2006 é projetado um conta corrente têm reduzido as incertezas, o que
crescimento de 5,7%, inferior aos 5,9% de 2005, e tende a aumentar o fluxo de investimento para os
de 5,5% para 2007. Esse crescimento será liderado mercados emergentes nos próximos anos.
pelos países do sudeste asiático que deverão Em relação às finanças internacionais, a alta
crescer 6,4% em 2006 e 6,3% em 2007. Para os liquidez internacional e as baixas taxas de inflação
países latino-americanos e do Caribe as projeções têm possibilitado o registro de baixas taxas de
apontam para o crescimento de 3,9% e 3,6% em juros reais, reduzindo o custo de financiamento
2006 e 2007, respectivamente. das economias emergentes e possibilitado
As economias do leste da Ásia e Pacífico uma tendência de declínio nas taxas de juros
deverão continuar expandindo rapidamente, internacionais. No entanto, este quadro pode ser
liderado pela China. As projeções são de alterado com o aumento da taxa de juros americana,
crescimento do PIB regional de 7,6% em 2006 e o que pode reduzir o fluxo de capitais para os
7,4% em 2007. As mudanças marginais nos regimes mercados emergentes e aumentar a incerteza em
cambiais da China e da Malásia não deverão ter relação ao financiamento externo desses países.
maiores impactos sobre o nível de crescimento Em relação às projeções de longo prazo, estas
da economia desses países. Embora as projeções apontam para uma continuidade no crescimento da
tenham apontado para uma redução no ritmo economia mundial e do nível de renda per capita,
de crescimento da economia chinesa, ela deverá com a manutenção do peso da economia norte-
continuar impulsionando a economia mundial nos americana na expansão mundial, aproximadamente
próximos anos. 6%, mas relativamente menor que a China, que
As projeções para os países da América deverá ser responsável por 27% do crescimento
Latina e Caribe apontam para uma possível da economia mundial nos próximos 5 anos.
redução no ritmo de crescimento da economia, Neste cenário, a economia brasileira deverá crescer
derivado principalmente da redução nos preços em torno de 3,5% a 4% a.a. no biênio 2006-2007
das commodity no mercado internacional. Aqui é e colaborar com apenas 2,4% para o crescimento
importante ressaltar que a redução nos preços da economia mundial até 2020.
dos produtos exportados pelos países emergentes, Mesmo com essas condições favoráveis, nos
como o Brasil, e a conseqüente redução nas receitas últimos anos o crescimento da economia brasileira
com as exportações podem ser compensados pela tem sido inferior à média mundial e as estimativas
melhora no desempenho do mercado interno. apontam para a continuidade dessa tendência.
No caso do Brasil, a tendência de redução na No entanto, o cenário interno da economia brasileira
taxa de juros, estabilidade financeira, estabilidade para os próximos anos é favorável à continuidade
de preços e contas externas equilibradas podem do crescimento econômico.
6
17. gRÁfICO 2 - CREsCIMENTO ECONôMICO BRAsIlEIRO X MUNDIAl (%)
5,1%
4,7% 4,9%
4,2% 4,1% 4,2% 4,0%
4,4%
3,7%
4,3%
3,3% MUNDO
3,6% 3,0%
2,7% 2,8%
2,4% 1,9%
2.3%
1,3% BRAsIl
0,8%
0,5%
-0,1%
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: FMI (2006)
No plano político, a transição democrática Além disso, o regime de câmbio flutuante
da última eleição deixou claro o avanço e a adotado em 999, permitiu o ajustamento
consolidação da democracia no País; tal fato foi das contas externas, o que diminuiu de forma
comprovado recentemente com o baixo “contágio” considerável a vulnerabilidade externa do
da economia frente à crise política vivida pelo país. País. Essa arquitetura macroeconômica sólida
No âmbito econômico, a continuidade das possibilitou uma renegociação voluntária da
políticas macroeconômicas tem demonstrado dívida externa, com o melhoramento do seu
o compromisso do País em relação à perfil. Neste cenário, a vulnerabilidade vem se
responsabilidade fiscal e estabilidade monetária. reduzindo sistematicamente.
gRÁfICO 3 - TAXA DE CâMBIO (R$ / Us$)
3,8
3,6
3,4
3,2
3
2,8
2,6
2,4
2,2
2,0
JAN/03
MAR/03
MAI/03
JUl/03
sET/03
NOV/03
JAN/04
MAR/04
MAI/04
JUl/04
sET/04
NOV/04
JAN/05
MAR/05
MAI/05
JUl/05
sET/05
NOV/05
JAN/06
Fonte: BACEN
7
18. gRÁfICO 4 - sAlDO DA BAlANçA COMERCIAl (Us$ MIlHõEs)
44,8
41,2
38,3
35,8
33,7
DEz/04 fEV/05 ABR/05 JUN/05 AgO/05 OUT/05 DEz/05
Fonte: MDIC
Com a estabilidade macroeconômica interna num futuro próximo, a economia brasileira poderá
e a redução na vulnerabilidade externa, o Risco ser classificada como investment-grade.
Brasil caiu significativamente e a tendência é que,
gRÁfICO 5 - RIsCO PAís (EM PONTOs)
1.400
1.200
1000
800
600
400
200
0
JAN/03
fEV/03
MAR/03
ABR/03
MAI/03
JUN/03
JUl/03
AgO/03
sET/03
OUT/03
NOV/03
DEz/03
JAN/04
fEV/04
MAR/04
ABR/04
MAI/04
JUN/04
JUl/04
AgO/04
sET/04
OUT/04
NOV/04
DEz/04
JAN/05
fEV/05
MAR/05
ABR/05
MAI/05
JUN/05
JUl/05
AgO/05
sET/05
OUT/05
NOV/05
DEz/05
JAN/06
fEV/06
Fonte: Banco Central
Um outro fator importante é que o processo ano, o comércio exterior brasileiro obteve os
de crescimento da economia brasileira vem sendo melhores resultados da história – as exportações
liderado pela demanda externa (exportações, atingiram a marca de US$ 8,3 bilhões, o saldo
descontadas as importações), que contribuiu comercial ficou em US$ 44,76 bilhões e a conta
0,9 ponto percentual no crescimento de 2,3 % corrente de comércio (soma das exportações
do PIB em 2005. Vale ressaltar que, no mesmo mais importações) chegou a US$ 9,85 bilhões.
8
19. Tal resultado elevou o grau de abertura da prejudicar o desenvolvimento brasileiro de curto
economia brasileira para 30%. e médio prazos: alta carga tributária, altas taxas
Outro fator positivo para a economia de juros praticados no mercado interno, taxa
brasileira foi o aumento do consumo das famílias, de investimento baixo, excesso de burocracia,
que registrou uma expansão acima da média de problema fiscal e estabilidade política.
crescimento da economia, graças a um aumento Com uma carga tributária extremamente
do volume de crédito às pessoas físicas e ao elevada, aumentam os custos de produção, o que
crescimento da massa salarial: as famílias gastaram reduz a competitividade dos produtos nacionais
3,% mais em 2005 do que em 2004. No que se em relação aos estrangeiros. Enquanto a carga
refere ao consumo do Governo, verifica-se que o tributária brasileira é de aproximadamente 38% do
mesmo aumentou ,6% em 2005, ante à expansão PIB, outros países emergentes como a Argentina
de 0, % no ano anterior. (2%) e o México (8%) apresentam taxas bem
Para uma expansão maior da economia inferiores. Assim, para crescer a taxas maiores e
brasileira nos próximos anos, alguns fatores de forma sustentável, o próximo governo deverá
precisam ser tratados como prioritários, de forma procurar estratégias para reduzir o peso dos
a melhorar o ambiente de negócios e, assim, não impostos sobre a produção nacional.
gRÁfICO 6 - EVOlUçãO DA CARgA TRIBUTÁRIA BRAsIlEIRA - 1994-2005 (%)
37,8%
36,8%
35,8%
35,5%
33,7%
32,8%
31,6%
29,3%
28,9%
28,6%
27,3% 27,5%
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: BPT
Um outro fator que tem influenciado o ritmo inflacionários e atingir as metas de inflação, o
de crescimento da economia tem sido o elevado Banco Central tem adotado uma política monetária
custo de capital derivado das altas taxas de juros restritiva, com juros elevados.
praticados no mercado interno. Para conter focos
9
20. TABElA 3 - TAXA DE JUROs DEsCONTANDO A INflAçãO - (JANEIRO/2005 - DEzEMBRO/2005)
RANkINg PAís TAXA ANO
1 BrAsIl 12,6%
2 TurquIA 7,5%
3 MéxICO 5,6%
4 CINgAPurA 5,2%
5 POlôNIA 5,1%
6 HuNgrIA 4,1%
7 CHINA 4,1%
8 COréIA DO sul 3,8%
Fonte: FMI
Com a trajetória de redução na taxa de a instituição da Lei de Responsabilidade Fiscal e a
juros Selic a partir do início de 2006, a política adoção das metas de superávit primário em torno
monetária deve ser favorável ao crescimento de 4,25% do PIB.
econômico no ano. Contudo, essas medidas não reduziram a
A taxa de investimento da economia brasileira relação entre dívida / PIB, uma vez que não foi
(de aproximadamente 9% do PIB) é baixa para possível eliminar o déficit nominal. O aumento
financiar o crescimento da economia de forma dos gastos públicos, principalmente com a
sustentada. Assim, para aumentar o nível de previdência, e das despesas com pagamento de
crescimento se faz necessário aumentar a taxa de juros, têm sido os principais responsáveis pelo
investimento da economia. resultado nominal negativo.
Melhorar a gestão pública e reduzir a burocracia Assim, um dos desafios do próximo governo
representa um outro desafio para o País, se a pretensão será controlar e melhorar a qualidade dos gastos
é crescer a taxas maiores e de forma sustentável. e enfrentar o problema da previdência como uma
Segundo estudo do Banco Mundial, somente nos 30 questão fundamental para garantir o equilíbrio
países mais desenvolvidos do mundo, observam-se fiscal de longo prazo.
bons padrões de governança: nestes, para um índice Finalmente, a estabilidade política será
máximo de 00, a média é de 90,8. Para os países da essencial para agilizar as reformas tributária,
América Latina e Caribe, o índice é de 55,4. No Brasil, da previdência e do trabalho, consideradas
é de 54,4, o que evidencia expressivos desvios em importantes para melhorar a eficiência do
relação às boas práticas de governança pública. mercado na alocação dos recursos e possibilitar o
Em relação à política fiscal, o país vem crescimento sustentado.
apresentando um avanço nos últimos anos, com
20
21. gRÁfICO 7 - DEsPEsAs DO INss (EM % PIB)
7,9%
7,6%
7,1%
6,5%
6,0% 6,9%
5,8%
6,3%
5,4%
6,0%
4,9% 5,0%
5,3%
4,3%
4,9%
3,4%
2,7% 3,4%
2,5%
1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006*
* PREVISÃO
Fonte: giambiagi (2006)
I. 2 O TURIsMO NO CONTEXTO INTERNACIONAl
Os dados econômicos internacionais mostram conferências e exposições, além das tradicionais
uma forte relação entre o ambiente econômico e viagens de férias. Esse quadro é extremamente
o crescimento do turismo, em todo o mundo. O positivo para a geração de trabalho e renda, em
crescimento do PIB potencializa o crescimento do função da potencial capacidade de geração de
turismo, tanto no sentido positivo quanto negativo. ocupação da atividade. Aproximadamente, de 6
No período de 975 a 2000 o turismo cresceu a a 8% do total de empregos gerados no mundo
um ritmo médio de 4,4 % anual, enquanto o depende do turismo, segundo informação da
crescimento econômico mundial médio, medido Organização Mundial do Turismo.
pelo PIB, foi de 3,5% ao ano. As chegadas internacionais de 2004 foram
No período de exuberância que atravessa a da ordem de 766 milhões de turistas, superando
economia mundial nos últimos anos, conforme item em mais de 25 vezes as chegadas registradas em
deste Diagnóstico, o turismo se destaca como um 950, o que significa um crescimento médio anual
dos setores socioeconômicos mais significativos do de 6,5%, desde 950. O mercado das viagens
mundo, incluindo as viagens de negócios, visitas representou, em 2004, em torno de 30% do total
a amigos e familiares, viagens por motivações das trocas internacionais de serviços comerciais,
de estudos, religião, saúde, eventos esportivos, constituindo um dos seus maiores componentes.
2
22. No período de 995 a 2000 o fluxo ao longo dos últimos anos é de desconcentração
internacional de turistas apresentou um crescimento dos fluxos internacionais de turistas, com a
anual da ordem de 4,8%. Este crescimento inclusão de novos destinos nestas rotas. Em 950,
apresentou um decréscimo nos anos subseqüentes, somente 3% das chegadas internacionais se
em função da tragédia de de setembro em Nova dirigiram para fora dos 5 principais países
york, e no qüinqüênio 2000 / 2005 este crescimento receptores (Estados Unidos, Canadá, México e
foi da ordem de 3,4%. Ao longo dos últimos dez países da Europa). Já em 2004, 43% do total de
anos, 995 / 2005, a taxa média de crescimento chegadas internacionais se realizaram fora destes
mundial foi da ordem de 4,%. Nos últimos anos, 5 países receptores principais. O gráfico abaixo
porém, houve uma recuperação neste crescimento apresenta a evolução das chegadas de turistas
do fluxo internacional de turistas no mundo, que internacionais no período que vai de 950 a
registrou um crescimento de 9,9% de 2003 para 2004, para os cinco maiores países receptores
2004 e de 5,5% de 2004 para 2005. do mundo e para o grupo de países classificados
E neste c o n t e x t o d e c re s c i m e n t o d a a partir da 6ª colocação no ranking, entre os
atividade no mundo, uma tendência observada quais se encontra o Brasil.
gRÁfICO 8 - TENDÊNCIAs DE MERCADO - CHEgADA DE TURIsTAs INTERNACIONAIs POR gRUPO DE PAísEs (%)
80
71%
60
43% 43%
38%
40
25%
33% 33%
20
3%
0
1950 1970 1990 2004
Cinco maiores 16º em diante
Fonte: Organização Mundial do Turismo
Mesmo desconsiderando os resultados particular, contra percentuais bem menores de
insatisfatórios para os Estados Unidos da crescimento para a Europa.
América, em função dos impactos negativos De acordo com o quadro a seguir, enquanto
do atentado de de setembro, os números as chegadas internacionais em todo o mundo
para o restante do mundo indicam um forte tiveram um crescimento da ordem de 50% no
crescimento para os países da Ásia, Pacífico, período de 995 a 2005, no Brasil, estes números
África e Oriente Médio, e para o Brasil em cresceram em 70%, no mesmo período.
22
23. TABElA 4 - CHEgADAs DE TURIsTAs INTERNACIONAIs (EM MIlHõEs)
PERíODO 1995 2003 2004 2005* % 1995-05 % 2003-05 % 2004-05
MUNDO 538,0 697,0 766,0 808,0 50,2 15,9 5,5
EUROPA 309,0 408,6 425,6 443,9 43,7 8,6 4,3
ÁsIA E PACífICO 85,0 114,2 145,4 156,2 83,8 36,8 7,4
AMéRICAs 109,0 113,1 125,8 133,1 22,1 17,7 5,8
AMéRICA DO sUl 12,0 13,7 16,0 18,0 50,0 31,4 12,5
BRAsIl 2,0 4,1 4,8 5,4 170,0 31,7 12,5
ÁfRICA 20,0 30,7 33,3 36,7 83,5 19,5 10,2
ORIENTE MéDIO 14,0 30,0 35,9 38,4 174,3 28,0 7,0
Fonte: Organização Mundial do Turismo – OMT 2006 Anuário Estatístico EMBrATur 2001 (*) Dado preliminar
Este é um forte indicador das perspectivas de No entanto, isto só poderá ser realizado para
crescimento para destinos novos, antecipando que as comunidades objeto de recepção dos fluxos de
a competição entre regiões para atrair visitantes se turistas, com base numa gestão responsável, que
intensificará nos próximos anos com o objetivo de realize um equilíbrio entre os aspectos ambientais,
criação de empregos e de desenvolvimento econômico econômicos e socioculturais de desenvolvimento
sustentável e responsável. Novos atores devem entrar sustentável do turismo. Sem isso, o turismo
na disputa pelas viagens e turismo na escala mundial, torna-se vulnerável e suscetível aos problemas de
provocando uma concorrência acirrada entre os degradação, massificação e fragmentação que, em
destinos e os operadores de viagens. Aqueles que última instância significam sua autodestruição.
se adaptarem melhor as orientações do mercado A prática de uma gestão responsável
e apresentarem, com maior êxito, as características deverá, também, reproduzir impactos positivos
geográficas e a singularidade dos seus destinos, no que se refere ao turismo interno, propiciando
relativamente à paisagem, cultura, patrimônio e o desenvolvimento da atividade no mercado
serviços, terão mais sucesso na consolidação da doméstico, com benefícios por duas vias. Pelo
atividade. Trata-se de uma chamada de atenção para lado da produção e da oferta da atividade,
os destinos tradicionais e uma oportunidade para os com a criação de novos postos de trabalho e
destinos novos. Isto propiciará, seguramente, um ocupação, e com a ampliação da renda. E pelo
desenvolvimento mundial mais desconcentrado, lado do consumo, com a inclusão de novas
remodelando e reconfigurando o processo de parcelas de consumidores em diversas escalas,
globalização, e contribuindo para a universalização dos no ambiente doméstico.
benéficos do direito ao desenvolvimento para todos. De acordo com as análises da Organização
Esta pode se constituir numa importante Mundial do Turismo, calcula-se ser o turismo
dimensão dos esforços a serem empreendidos para interno dez vezes maior que o volume de turismo
reduzir as desigualdades regionais no plano nacional e internacional. Este índice, não obstante poder ser
internacional e para promover um ambiente favorável bem menor para os países periféricos, ainda assim,
ao desenvolvimento, especialmente nas áreas de aponta para uma perspectiva de consolidação da
comércio e finanças. Significa também, seguramente, atividade nestes países, oportunizando a melhoria
uma via de inclusão do turismo na estratégia de luta da qualidade dos serviços prestados e contribuindo
contra a pobreza, vinculando a atividade com os para o desenvolvimento equilibrado do conjunto
marcos e os objetivos de Desenvolvimento do Milênio. da economia.
23
24. I. 3 REsUlTADOs DO TURIsMO NO PAís NOs ÚlTIMOs ANOs
No contexto de um ambiente nacional e 5,5%, enquanto no Brasil este crescimento, no
internacional favorável e como resultado do esforço mesmo período, foi da ordem de 2,5%.
do Governo, da prioridade dada ao turismo e da A execução dos Programas e Ações do Plano
gestão descentralizada e compartilhada proposta Nacional de Turismo 2003 / 2007, inseridos no Plano
pelo Plano Nacional e executada com apoio do Plurianual de Governo 2004 / 2007, considerando
Conselho Nacional e Fóruns Estaduais, o turismo a eficiente execução orçamentária de 2004 e de
do Brasil vem batendo recordes que evidenciam um 2005 e, ainda, a conjuntura externa favorável,
crescimento acima da média mundial. Conforme propiciaram as condições para que o País obtivesse,
exposto no item anterior, o crescimento do turismo nos últimos três anos, os seus melhores resultados
internacional no mundo, em chegadas de turistas em relação a todo o histórico do setor.
estrangeiros, em 2004 e 2005, foi da ordem de
I. 3 .1 ENTRADA DE DIVIsAs
Um resultado que aponta para a performance marca de 34 meses consecutivos de crescimento,
excepcional da atividade turística no mercado desde março de 2003.
internacional e que merece destaque, após três Em 2004, esta receita atingiu o montante
anos de existência do Ministério do Turismo, é a de US$ 3,22 bilhões, superior em 30% em relação
receita cambial turística. ao ano anterior (US$ 2,479 bilhões), registrando
Em 2005, o Brasil alcançou a receita cambial um superávit da ordem de US$ 35,0 milhões, o
turística de US$ 3,86 bilhões, superior em 9,83% maior dos últimos 5 anos, superando em 6% o
ao ano de 2004 (US$ 3,22 bilhões), atingindo a superávit de 2003, de US$ 28,0 milhões.
gRÁfICO 9 - RECEITA CAMBIAl TURísTICA (MIlHõEs Us$)
3.861
3.222
2.479
1.998
1.810 1.731
1.586 1.628
972 1.069
840
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: Banco Central do Brasil
_____________________
1 Organizacion Mundial del Turismo.
24
25. Analisando a série histórica mensal, entre no Brasil, em relação ao mesmo período observado
janeiro de 2002 e dezembro de 2005, observa- em 2003 e 2004, respectivamente, com recordes
se um crescimento consistente da receita cambial registrados pelo BC, que desde 969 faz essa
turística e, ainda, que em todos os meses de 2004 estatística. Em agosto e dezembro de 2005 chegou-
e 2005, houve aumento de gastos de estrangeiros se ao resultado de US$ 360 milhões no mês.
gRÁfICO 10 - COMPARATIVO DA DEsPEsA E RECEITA CAMBIAl MENsAl 2002 E 2003 (MIlHõEs Us$)
374 receita Despesa
371
362
355
342
341
340
308
301
286
280
275
243
245
232
233
229
226
216
207
205
188
183
177
179
172
176
179
154
150
153
153
157
149
148
149
150
147
144
141
142
136
138
139
134
131
131
127
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago set Out Nov Dez
2002 2003
Fonte: Banco Central do Brasil
gRÁfICO 11 - COMPARATIVO DA DEsPEsA E RECEITA CAMBIAl MENsAl 2004 E 2005 (MIlHõEs Us$)
receita Despesa
486
468
463
433
439
424
413
397
360
360
348
341
328
340
335
325
319
313
313
309
307
294
292
298
296
294
275
292
289
296
276
269
260
248
257
248
247
255
240
250
220
241
222
228
210
196
180
180
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago set Out Nov Dez
2004 2005
Fonte: Banco Central do Brasil
25
26. gRÁfICO 12 - sAlDO CAMBIAl líqUIDO DO TURIsMO - PERíODO 1990 A 2005 (MIlHõEs Us$)
218 351
-121 -212 -319 -398
-799 -859
-1.181
-1.436 -1.468
-2.083
-2.419
-3.598
-4.146
-4.377
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: Banco Central do Brasil
O saldo da balança comercial foi positivo em comercial apresentou um déficit de US$ 859
2003 e 2004, após mais de 0 anos com saldos milhões, em função da estabilidade econômica e
negativos, até 2002. Estes déficits chegaram a da valorização do real em relação ao dólar, o que
US$ 4,38 bilhões e US$ 4,5 bilhões, em 997 motivou muitos brasileiros a realizarem viagens
e 998, respectivamente. Em 2005, mesmo com ao exterior.
o crescimento expressivo da receita, a balança
I. 3 .2 ENTRADA DE TURIsTAs EsTRANgEIROs
O crescimento da entrada de turistas o crescimento até 2005 foi da ordem de 43%,
estrangeiros no País, depois de experimentar tendo sido de 2,5% entre 2004 e 2005.
uma queda em 200 e 2002, apresentou uma Os resultados a partir de 996, até 2005,
tendência de recuperação e crescimento em apontam um crescimento na entrada de turistas
2003, que se manteve constante até 2005. estrangeiros no Brasil da ordem de 03%.
Considerando o ano de 2002 como referência,
TABElA 5 - ENTRADA DE TURIsTAs NO BRAsIl (NÚMERO DE TURIsTAs)
ANO
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005(*)
2.665.508 2.849.750 4.818.084 5.107.169 5.313.463 4.772.575 3.784.898 4.132.847 4.793.703 5.400.000
Fonte: DPF e EMBrATur (*) resultado estimado
26
27. gRÁfICO 13 - DEsEMBARqUEs INTERNACIONAIs (MIlHõEs)
6,8
6,1
5,5 5,5 5,4
5,0 5,2 5,0
4,9
4,6
3,4
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: Infraero
Em 2005, o País recebeu cerca de 6,8 milhões Em 2004, os desembarques de vôos
de passageiros de vôos internacionais, incluindo internacionais atingiram 6, milhões de
brasileiros voltando do exterior e turistas estrangeiros, passageiros, com um incremento de 4,9%, em
valor superior em 0,52% ao total dos desembarques relação ao ano de 2003 (5,4 milhões).
no período de 2004 (6, milhões). São 36 meses
consecutivos de crescimento, desde janeiro de 2003.
I. 3 .3 DEsEMBARqUEs NACIONAIs E VôOs charters
Em 2005, o desembarque de passageiros de Em 2004, os desembarques de vôos
vôos nacionais foi de 43, milhões, 7,75% acima nacionais totalizaram 36,6 milhões de passageiros,
do verificado no mesmo período do ano anterior, contabilizando um crescimento de 8,95%,
quando o número de passageiros desembarcados em relação aos 30,7 milhões de passageiros
foi de 36,6 milhões. desembarcados em 2003.
gRÁfICO 14 - DEsEMBARqUEs NACIONAIs (MIlHõEs)
43,1
36,6
32,6 33,0 30,7
27,7 28,5
26,5
19,5 21,3
16,8
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Fonte: Infraero
27
28. Desempenhos semelhantes apresentaram Já em relação aos desembarques
os vôos char t e r s ( f re t a d o s ) , n a c i o na i s e internacionais, foram contabilizados 349,58 mil
internacionais, que transportam exclusivamente desembarques, uma alta de 03,02% em
turistas. Com recorde histórico, de janeiro a relação a 2003 (72,5 mil). Em 2005, os vôos
dezembro de 2005, foram 3,5 milhões de charters nacionais e internacionais cresceram,
desembarques nacionais, sendo este número respectivamente, ,92% e 6,8%, em relação
42,74% superior a 2003 (2,20 milhões). a 2004.
gRÁfICO 15 - VôOs charters DEsEMBARqUE NACIONAl E INTERNACIONAl
3.150.983
2.815.328
2.207.379
172.150 327.273 349.588
2003 2004 2005
Nacional Internacional
Fonte: Infraero
I. 3 .4 NOVOs PRODUTOs DE qUAlIDADE
O Ministério do Turismo realizou o O Salão do Turismo – Roteiros do Brasil
mapeamento turístico do País, para identificar as resultou de um esforço conjunto do poder
regiões e roteiros turísticos que devem ser objeto público e da iniciativa pública, sob a coordenação
do ordenamento e estruturação territorial, gestão, do Ministério do Turismo, que trabalharam em
qualificação e promoção, com visão de curto, médio sintonia para colocar o produto turístico brasileiro
e longo prazos O trabalho, realizado através do nas prateleiras das agências e operadoras de
Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros turismo. Constituiu um marco do desenvolvimento
do Brasil, em 2004, identificou 29 regiões turísticas, da atividade turística no país, gerando
envolvendo 3.203 municípios. Dentre as 29 regiões resultados que estabelecem um novo patamar
turísticas, 34 apresentaram 45 roteiros turísticos para a sua expansão, abrindo perspectivas de
no Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, realizado desenvolvimento socioeconômico para diferentes
em 2005 em São Paulo, nos módulos “Feira” e regiões. Os principais resultados do Salão 2005
“Rodada de Negócios” do evento. são apresentados a seguir:
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