1. UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
MESTRADO EM EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: TEORIA PEDAGÓGICA
PROFª. Dra. RITA BUZZI RAUSCH
PROFª. Dra. MÁRCIA SELPA
Equipe:
Edson Machado Sousa
Leonardo Pavanello Junior
Luís Carlos Rodrigues
Vilmar Rodrigues
3. BEHAVIORISMO
O termo Behaviorismo
ou comportamentalismo
é uma área da psicologia
que tem como objeto de
estudo o comportamento
Surgiu nos Estados
Unidos em 1913,com
John Broadus Watson
considerado o pai do
behaviorismo.
(1878 – 1958).
4. BEHAVIORISMO METODOLÓGICO
De acordo com Watson, o estudo do meio que
envolve um indivíduo possibilita a previsão e
o controle do comportamento humano.
Behaviorismo metodológico” limita-se àquilo
que pode ser publicamente observado;
processos mentais podem até existir, mas
eles são deixados de fora da ciência por sua
natureza. Os “behavioristas” num sentido
político e muitos positivistas lógicos na
filosofia têm seguido uma linha similar. (p. 190
5. Behaviorismo na educação
No âmbito da educação, o behaviorismo
remete para uma alteração do
comportamento dos elementos envolvidos no
processo de aprendizagem, sendo que essa
mudança nos professores e alunos poderia
melhorar a aprendizagem. Para Watson, a
educação é um importante elemento capaz
de transformar a conduta de indivíduos.
6. Behaviorismo na educação
"Dêem-me uma dúzia de crianças sadias,
bem constituídas e a espécie de mundo que
preciso para as educar, e eu garanto que,
tomando qualquer uma delas, ao acaso,
prepará-la-eí para se tornar um especialista
que eu selecione: um médico, um
comerciante, um advogado e, sim, até um
pedinte ou ladrão, independentemente dos
seus talentos, inclinações, tendências,
aptidões, assim como da profissão e da raça
dos seus antepassados.”
(WATSON)
7. IVAN PAVLOV
FISIOLOGISTA
(1849 -1936)
BURRHUS
FREDERIC
SKINNER
PSICOLOGO
(1904-1990 )
ALBERT
BANDURA era
psicólogo
canadense, autor
da teoria socia
cognitiva .
Nesse sentido, o behaviorismo radical vai
entender o comportamento do ser humano e dos
outros organismos como uma interação entre
estímulos do ambiente e respostas do
organismo, sendo determinado por três tipos de
seleção, a saber: filogenética, ontogenética e
cultural. O primeiro nível de seleção,
Para ele, o indivíduo é capaz de aprender
também através de reforço vicário (ou
aprendizagem vicariante), ou seja, através da
observação do comportamento dos outros e de
suas conseqüências, com contato indireto com o
reforço.
Condicionamento Clássico (Tavares et al, 2007).
O reforço consiste, assim, no emparelhamento
contínuo dos estímulos condicionados e
incondicionados que, se não for efetuado ao
longo de um período de tempo, poderá conduzir
ao decréscimo das respostas condicionadas
levando mesmo à sua extinção.
8. EMPIRISMO
• Empirismo Precursor:
Aristóteles (384-322 a.C.)
"Os empiristas acreditavam
que as informações se
transformam em
conhecimento quando
passam a fazer parte do
hábito de uma pessoa",
explica Clenio Lago, profº
(Unoesc), . "Até hoje, o
conhecimento é visto por
muitos como um produto
que pertence ao
professor", explica Becker.
INATISMO
• Inatismo Precursor: Platão (427-
347 a.C.)
• sustenta que as pessoas
carregam certas aptidões,
habilidades, conceitos,
conhecimentos e qualidades em
sua bagagem hereditária. Tal
concepção motivou um tipo de
ensino que acredita que o
educador deve interferir o
mínimo possível, apenas
trazendo o saber à consciência e
organizando-o. "Em resumo, o
estudante aprende por si
mesmo", escreve Fernando
Becker(UFRGS).
9. EMPIRISMO INATISMO
• CONHECIMENTO
• A fonte do
conhecimento está na
experiência.
• O conhecimento vem
de fora, através dos
sentidos.
• O conhecimento evolui
à medida que o sujeito
adquire novas
experiências.
• O CONHECIMENTO é
pré-formado, e as
estruturas mentais se
atualizam na medida que
o ser humano amadurece,
vai reorganizando sua
inteligência pelas
percepções que tem da
realidade, vai se tornando
apto a realizar
aprendizagens cada vez
mais complexas.
10. EMPIRISMO INATISMO
• APRENDIZAGEM
• Mudança de
comportamento,
resultante do
treino e da
experiência.
• A APRENDIZAGEM
consiste no
armazenamento das
informações
prontas, acabadas,
através da memória.
11. EMPIRISMO INATISMO
• ENSINO
• Ensinar é modificar
o ambiente,
controlar as
estratégias de
trabalho para operar
as mudanças
desejadas nas
respostas dos
alunos.
• O ENSINO consiste
na transmissão do
conhecimento,
através da exposição
de conteúdos
organizados de
acordo com a lógica
do professor, ainda
que sem significado
para os alunos.
12. EMPIRISMO INATISMO
• AVALIAÇÃO
• Avaliar é:
• Medir a quantidade de
respostas modificadas.
• Medir a quantidade da
mudança operada no
comportamento do
aluno.
• Medir a quantidade de
respostas aprendidas.
• A AVALIAÇÃO
consiste em medir o
quanto das
informações
passadas foram
retidas na memória
pelos alunos. O grau
de aprendizagem
mede-se pelo estoque
de informações
acumulada.
14. • PAPEL DO PROFESSOR
• AVALIAÇÃO
• PRÁTICA ESPONTANEÍSTA
15. • JEAN PIAGET
• EMÍLIA FERREIRO
• DAVID PAUL AUSUBEL
• URIE BRONFENBRENNER
PRINCIPAIS TEÓRICOS:
16. JEAN PIAGET (1896 – 1980)
1896 – nasce Jean Piaget, na cidade suíça
de Neochâtel;
1915 – Forma-se em Biologia pela
Universidade de Neochâtel;
1919 – Foi a Paris para fazer um curso de
Psicologia;
1921 – Obteve o grau de Doutor em
Ciências;
1921 – Muda-se para Genebra e ocupa o
posto de Chefe de trabalhos do Instituto
Jean-Jacques Rousseau, oferecido por
Claparèd, então diretor do instituto.
(GAUTHIER e TARDIF, 2013, P. 339)
17. Quatro grandes etapas marcaram a carreira de
Piaget:
PRIMEIRO PERÍODO (1920 – 1935) – Foi caracterizado por um conjunto de
trabalhos sobre o pensamento infantil. Período no qual publicou várias obras
sobre a linguagem e as fases do desenvolvimento infantil;
SEGUNDO PERÍODO (1935 – 1955) – Piaget concentrou os seus trabalhos
na psicologia, na epistemologia genética e na lógica. Em 1950 publica os
três volumes da obra “Introdução à Epistemologia Genética”.
TERCEIRO PERÍODO (1955 – 1965) – Época em que a Epistemologia
Genética foi o centro das pesquisas conduzidas por Piaget;
QUARTO PERÍODO – Piaget cria o seu modelo construtivista,
estabelecendo similaridades funcionais entre os mecanismos de adaptação
biológica em jogo na evolução das formas vivas e os processos de
adaptação cognitiva que intervêm na elaboração dos conhecimentos.
(GAUTHIER e TARDIF, 2013, P. 340)
18. A EPISTEMOLOGIA CONSTRUTIVISTA
elaborada por Piaget é situada no racionalismo
(que situa a origem dos conhecimentos nas
estruturas a priori do sujeito) e no empirismo
(que faz derivar o conhecimento de uma
experiência). Desta forma, Piaget adota uma
posição intermediária, considerando que os
conhecimentos não são provenientes nem do
sujeito apenas (ideia apriorista) e nem apenas
do objeto (ideia empirista), mas resulta de sua
interação construtiva.
20. A INTELIGÊNCIA segundo Piaget:
•Representa o conjunto de ferramentas de que nos
servimos para conhecer e para aprender.
•São estruturas que se elaboram em certo número de
estágios e de períodos de desenvolvimentos.
21. NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO:
• Sensóriomotores – 0 a 2 anos
• Pré-operatório
o 1º nível – 2 a 5 anos
o 2º nível – 5 a 6 anos
• Operatório Concreto
o 1º nível – 7 a 8 anos
o 2º nível – 9 a 10 anos
• Operatório Formal – 11-12 anos
22. EMÍLIA FERREIRO
Emilia Beatriz María Ferreiro
Schavi (ARGENTINA, 1936) é
uma psicóloga e pedagogista, radicada
no México, doutora pela Universidade de
Genebra, sob a orientação de Jean Piaget,
cujo trabalho de epistemologia genética ela
continuou, estudando e aprofundando-se em
um assunto que Piaget não explorou: a
escrita.
1970 – depois de se formar em psicologia pela Universidade de
Buenos Aires, estuda na Universidade de Genebra, onde
trabalha como pesquisadora-assistente de Piaget e obtém seu
PhD sob a orientação do próprio Jean Piaget;
23. 1971 – retorna a Buenos Aires e forma um grupo de pesquisa sobre
alfabetização;
1974 – Ferreiro desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma
série de experimentos com crianças, a qual expôs as conclusões do
estudo na obra Psicogênese da Língua Escrita, juntamente com a
pedagoga Ana Teberosky;
1977 – após o golpe de Estado na Argentina passa a viver em exílio
na Suíça, lecionando na Universidade de Genebra;
1979 – passa a residir no México e inicia uma pesquisa com crianças
que apresentam dificuldades de aprendizagem, na cidade de
Monterrey;
Hoje Emília é professora titular do Centro de Investigação e Estudos
Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México,
onde vive. Além de professora – que exerce viajando pelo mundo –
Ferreiro está à frente do site www.chicosyescritores.org, em que
alunos escrevem em parceria com grandes autores e publicam os
próprios textos.
24. A língua escrita é um sistema de relações, com dois
processos: ler e escrever. Na aprendizagem destes
processos, a criança percorre longo caminho,
passando por estágios evolutivos de elaboração,
descritos por FERREIRO e TEBEROSKY (1998)
Definição de Alfabetização segundo Ferreiro:
A alfabetização é um processo interno, que acontece
de formas diferentes em cada indivíduo dependendo
da forma com que é estimulado por seu meio
ambiente.
25. Os processos psicológicos envolvidos eram de índole
periférica: discriminação visual e auditiva,
coordenações sensoriais e motoras, etc. Há poucos
anos, a visão do processo de aquisição do sistema de
escrita mudou de forma radical, considerando que
existe um conhecimento linguístico prévio que o leitor
traz para a tarefa.
O processo de aquisição do sistema alfabético de
escrita tem sido considerado como a aprendizagem de
um código de transcrição (de sons e grafemas).
26. Etapas da alfabetização de acordo com Ferreiro:
A informação oferecida é absorvida, mas deixa-se de
lado parte dessa informação que no momento não
pode ser assimilada, e introduz-se um elemento
interpretativo próprio.
A criança estabelece a sua própria lógica na
construção da leitura e da escrita, e busca respostas
de acordo com o que tem como sua verdade. Cria a
sua própria forma de ler e escrever, e vai assim
conflito após conflito, dificuldade após dificuldade
criando intrinsecamente as bases para a
alfabetização nos modelos convencionais.
27. Etapa Pré-Silábica
Modos de representação alheios a qualquer busca de
correspondência entre a emissão de um som e a
escrita.
28. Etapa Silábica
Modo de representação silábicos, com ou sem valor
sonoro convencional. Aqui cabe salientar a
tematização (sob a ótica de Piaget), pois inicia-se um
certo grau de tomada de consciência.
29. Etapa Silábico-Alfabético
Modos de representação silábico-alfabéticos que precedem a
escrita regida pelos princípios alfabéticos. Período de
reorganização da hipótese da criança. Ela já sabe que precisa
olhar todas as letras. Apresenta a conservação de um
significado atribuído ao longo de mudanças contextuais. A
criança construiu sozinha uma hipótese silábica e começa a
compreender a relação entre a totalidade e as partes, além de
estar chegando a compreender a relação entre as letras e os
sons da fala.
30. Etapa Alfabética
Depois de passar por vários conflitos, a criança chega à conclusão de
que não se pode adivinhar o que está escrito, mas precisam-se
reconhecer os fonemas e as letras.
Apesar da escrita ainda não ter um único sentido, acontecendo da
direita pra esquerda, ou da esquerda pra direita, de baixo pra cima,
ou de cima pra baixo, começa-se a escrever com princípios
alfabéticos, sem resíduos silábicos, e usando as letras com seu valor
fonético convencional.
38. BIBLIOGRAFIA
• MALCOLM, C. F. Ensino de língua portuguesa: desafios e
encantamentos. Porto Alegre, 2006.
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=526
• MOREIRA, Marco Antonio. Mapas. Conceituais e Aprendizagem
Significativa. São Paulo: Centauro, 2010,
http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf
39. GAUTHIER, Clermont; TARDIF, Maurice (orgs). A Pedagogia: Teorias e
práticas da antiguidade aos nossos dias. Trad. Guilherme João de Freitas
Teixeira. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 1996.
FERREIRO, Emília. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 1999.
MALCOLM, C. F. Ensino de língua portuguesa: desafios e
encantamentos. Porto Alegre, 2006.
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=526
MOREIRA, Marco Antonio. Mapas. Conceituais e Aprendizagem
Significativa. São Paulo: Centauro, 2010,
http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf
PIAGET, Jean. Epistemologia Genética. Trad. Álvaro Cabral. 3. ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2007.
PIAGET, Jean. A Linguagem e o pensamento da Criança. Trad. Manuel
Campos. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Contrutivismo e Educação (Catherine Twomey Fosnot)
REFERÊNCIAS