1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO “EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS, LINGUAGENS, SABERES E
PRÁTICAS NARRATIVAS”
AS CRIANÇAS E O SENTIDO DO BRINQUEDO E DO BRINCAR
Escola José da Silveira Batista
Professora: Mayara Costa da Silva
Turma: Pré I e II
Período: 5 dias
VAMOS BRINCAR DE QUE?
JUSTIFICATIVA
Cada vez mais vem se debatendo o discurso do valor da brincadeira, pois se sabe que
esta é uma forma da criança se socializar com o meio e conhecer o mundo que a rodeia. No
entanto em nossa sociedade nem todas às vezes, infância tem referencia à brincadeira, uma
criança pode muito bem passar pela infância sem ter muitas experiências de brincar.
Mas a infância assim como a brincadeira, é um processo cultural, pois não se aprende
a brincar naturalmente, mas de acordo com a dinâmica das relações sociais. Partindo dessa
concepção, compreende-se não apenas uma infância, mas infâncias onde se observa a
diversidade como forma de organização social.
Se brincadeira é uma aprendizagem social, portanto é um processo cultural. Já o
brinquedo antes de tudo é um suporte de uma representação que a criança manipula, sendo
ele imaginário ou real, possui características de modo especial, além de portar elementos
2. significativos do imaginário das crianças. Já a brincadeira é a interpretação dos elementos
significativos existente no brinquedo, assim como explica Wajskop. “Quando brincam, ao
mesmo tempo que desenvolvem sua imaginação, as crianças podem construir relações reais
entre elas e elaborar regras de organização de convivência”. (p.33)
Segundo Kishimoto (1994) o jogo, vincula-se ao sonho, a imaginação, ao
pensamento e ao símbolo. É uma proposta para a educação de crianças (e educadores de
crianças) com base no jogo e nas linguagens artísticas.
Considerando que, o fato das discussões sobre o brincar na educação infantil vem
perpassando por diversos momentos e ganhando cada vez mais espaço em termos de
politicas públicas, discussão e produções acadêmicas, as instituições de educação infantil
vêm se apresentado como um lugar onde as crianças possam experimentar essa atividade.
Embora que seja um pouco timidamente.
Neste sentindo, o projeto “Vamos Brincar de que”? tem como proposta desenvolver
com os alunos brinquedos e brincadeiras, a fim de desenvolver interesse e o prazer
proporcionado por estas brincadeiras, possibilitando às crianças conhecimento de que
brincar não é apenas manusear objetos e jogos eletrônicos, e sim participar da construção do
brinquedo, interagindo com os colegas e familiares nas brincadeiras e desenvolvendo valores
importantes na formação do ser humano como a preservação do meio ambiente.
OBJETIVOS
Geral
Reconhecer a importância dos brinquedos e brincadeiras, como elemento da cultura
local.
Específicos
Ampliar as possibilidades de comunicação e expressão.
Reconhecer o próprio corpo, explorando os movimentos e suas diversas possibilidades
de exploração (correr, saltar, rolar, etc.).
Utilizar, em jogos e brincadeiras, movimentos ricos e diversificados,
procurando ampliar seu repertório, desafiando suas potencialidades.
3. Aperfeiçoar suas habilidades manuais, através confecções de brinquedos diversos.
RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS
Cartolina, EVA, chamex, papel crepom, canetas coloridas, giz de cera, papel carmim, papel
celofane, papelão, cola branca, cola colorida, cola gliter, garrafas pet, TNT, saco de estopas.
AVALIAÇÃO
A avaliação dar-se-á através dos seguintes procedimentos:
Observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças
durante a execução do projeto;
Utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias,
desenhos, álbuns etc).
4. REFERÊNCIAS
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Livraria
Pioneira Editora, 1994.
WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola. 8ª ed. – São Paulo: Cortez, 2009. – (Coleçoes
questões da nossa época; v. 48)
5. Nome da Escola: José da Silveira Batista
Professora: Mayara Silva
Turma: Pré I &II
Período: 5 dias
CRIANÇA, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS EM MOVIMENTO
VAMOS BRINCAR DE QUE?
OBJETIVOS
Geral:
Reconhecer a importância dos brinquedos e brincadeiras, como elemento da cultura
local.
Específicos:
Promover a socialização e interação afetiva entre criança e família.
Promover a socialização e a interação afetiva entre criança e família.
Utilizar, em jogos e brincadeiras, movimentos ricos e diversificados,
procurando ampliar seu repertório, desafiando suas potencialidades.
Aperfeiçoar suas habilidades manuais, através confecções de brinquedos diversos.
INTENCIONALIDADE
Reconhecer as brincadeiras antigas como manifestações culturais;
Recriar brincadeira a partir do que foi vivenciado;
Ampliar e enriquecer o vocabulário;
6. METODOLOGIA
1º Dia
O Cravo e a Rosa
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada
O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio
A Rosa pôs-se a chorar.
- Através da ciranda O cravo e a rosa iniciar a aula do dia.
- Na roda de conversa iniciar definir quais momentos da rotina e atividades que serão
trabalhadas durante a semana, além dos questionamentos: você brinca com seus pais? De
que? Você sabia que brincar é coisa séria?
- Ainda na roda fazer uma lista das brincadeiras que as crianças mais gostam.
- Realizar a chamada e a escolha do ajudante do dia através da brincadeira cabra cega. O
ajudante do dia anterior deverá vendar os olhos e sair para pegar o colega, o ultimo a se pego
será o ajudante do dia.
- Identificar a palavra “cravo/rosa” e circular, em seguida escrever a sua maneira no quadro.
- Disponibilizar alfabeto móvel para que construam a palavra cravo e rosa.
- Mostrar o vídeo O cravo e a rosa.
- Distribuir papel A-4 para que façam ilustração da cantiga.
- Como atividade para casa, pedir que as crianças façam uma pesquisa junto aos seus
familiares sobre o que eles brincavam quando eram crianças.
2º Dia
Ciranda Cirandinha
Ciranda Cirandinha
Vamos todos cirandar
7. Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
O Anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
Por isso dona Rosa
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá se embora.
- Na roda de conversa socializar a pesquisa do dia anterior. Determinar uma tempo para que
todos falem de sua pesquisa.
- Ler a ciranda e depois cantar em roda.
- Fazer várias brincadeiras como: corre cotia, o mestre mandou, amarelinha, faz de conta.
- Fazer o jogo da rima.
- Recorte e colagem de jornais de objetos que comecem com a letra C.
- Distribuir papel A-4 para que desenhem sua brincadeira favorita.
- Sortear a ciranda impressa que se possa fazer a ilustração em casa.
3º Dia
Hoje é domingo
Hoje é domingo,
Pede cachimbo.
O cachimbo é de barro,
Bate no jarro.
O jarro é de ouro,
Bate no touro.
O touro é valente,
Bate na gente.
8. A gente é tão fraco,
E cai no buraco.
O buraco é tão fundo,
Acabou-se o mundo.
- Ler a ciranda e em seguida cantar em roda.
- Fazer brincadeiras como: toca do coelho, amarelinha.
- Pedir para que as crianças circulem as palavras que se repetem.
- Falar sobre rimas e os sons parecidos.
- Jogo diversos: rima, tangran, memoria, quebra cabeça, formas geométricas.
- Fazer novamente a leitura coletiva e identificar a palavra jarro, perguntar com que letra
começa a palavra ? Quantas letras tem? Vamos contar?
- Sortear a ciranda para que seja levada para casa para que se faça ilustração.
4º Dia
“Cadê o toucinho que estava aqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Fugiu pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu.
Cadê o boi foi buscar trigo.
Cadê o trigo?
A galinha comeu.
Cadê a galinha?
Foi botar ovo.
Cadê o ovo?
O padre comeu.
Cadê o padre?
Foi rezar missa.
9. Cadê a missa está no altar.
Cadê o altar?
Está no lugar.
- Ler a ciranda e em seguida cantar em roda.
- Fazer brincadeira da musica “pobre, pobre de maré, maré”.
- Função social do brinquedo: trabalhar a questão do pré-conceito.
- Ler novamente a ciranda e circular as palavras que se repetem.
- Jogo da memória figuras/palavras.
- De acordo com a ciranda fazer o jogo das sílabas.
- Fazer o sorteio da ciranda a ser levada para casa para ilustração.
5º Dia
Lagarta pintada
Lagarta pintada
Quem foi que te pintou
Foi uma velha rabugenta
Que por aqui ela passou!
Tempo de arreia
Sacode a poeira
Pega essa lagarta
Pela ponta da orelha.
- Ler a ciranda em roda e em seguida cantar.
- Fazer os seguintes questionamentos: quem pintou a lagarta, pega na orelha de quem?
- Ilustrar a ciranda.
- Ainda na roda conversar sobre o que assistem em casa na televisão.
- Momento do brinquedo e da brincadeira.
- Montagem do livro do brinquedo.
- Exposição de materiais confeccionado.
Recursos didáticos pedagógicos
10. Cartolina, EVA, chamex, papel crepom, canetas coloridas, giz de cera, papel carmim, papel
celofane, papelão, cola branca, cola colorida, cola gliter, garrafas pet, TNT, saco de
estoupas.
Avaliação
A avaliação deve estar presente em todas as etapas do trabalho, desde a vivência das
brincadeiras até a sistematização, pois é por meio da avaliação que teremos um feedback se
conseguimos alcançar os objetivos que nortearam nosso trabalho.
Para isso, observar se, no decorrer das aulas, participaram com entusiasmo, se a
contextualização da leitura e da escrita foi um fator relevante para o incentivo de realizá-las
e se conseguiram utilizar os conhecimentos adquiridos em momentos diferentes (como por
exemplo, no horário do recreio).
Além disso, valorizar os múltiplos registros também é importante como a fotografia,
os desenhos, construção de painéis e álbuns, é uma boa opção para ajudar na hora da
avaliação.
11. Referências
http://www.funnyhair.com.br/images/mais_brincadeiras.pdf
http://brinquedosbrincadeirasantigas.blogspot.com.br/
Produção final do projeto
No final de cada aula sortear uma ciranda para o aluno levar para casa e ilustrar de acordo
com a sua imaginação (envelope da ciranda);
Confecção de mural com os desenhos das crianças;
Construção de um álbum ilustrado com as cantigas;
Exposição de cartazes com fotos e ilustrações das atividades do projeto.
Sugestões de algumas brincadeiras.
- Roda: atirei o pau no gato, ciranda-cirandinha, a linda rosa juvenil, a galinha do vizinho, a
canoa virou, eu entrei na roda, cachorrinho está latindo, o meu chapéu tem três pontas,
pirulito que bate bate, samba lelê, se esta rua fosse minha, serra -serra -serrador, etc.
- Amarelinha: risca-se a amarelinha no chão, de 1 a 10, fazendo no último número um arco
para representar o céu. pula-se com um pé só, dentro de cada quadrado.
- Pião: um pião de madeira enrolado num barbante. Puxa-se a ponta do barbante e este sai
rodopiando. A grande diversão é observar o pião rodando.
- Passar anel: os participantes ficam com as mãos juntas e um deles com um anel
escondido. Apessoa que está com o anel vai passando suas mãos dentro das mãos dos outros
participantes até escolher um deles e deixar o anel cair em suas mãos, sem que os outros
percebam. Depois escolhe uma pessoa e pergunta-se “fulano, com quem está o anel?” e a
12. pessoa escolhida deve acertar.
- Pula corda: duas pessoas batem a corda e outra pula. Durante a execução da brincadeira
os batedores vão cantando “um dia um homem bateu na minha porta e disse assim: senhora,
senhora põe a mão no chão; senhora, senhora pule de um pé só; senhora, senhora dê uma
rodadinha e vá pro meio da rua”. Ao final, o pulador deve sair da corda sem errar.
- Bolinha de gude: essa brincadeira tem várias formas de se jogar, como box, triângulo,
barca e jogo do papão, onde os participantes devem percorrer determinados caminhos,
batendo uma bolinha na outra e, ao final, acertar as caçapas.
- Empinando pipa: escolha um local adequado e amplo, onde não tenha fios de energia
elétrica. A pipa vai subindo com o vento e os participantes ficam observando-a e depois
fazer sozinhos
- Batata quente: os participantes sentam-se em círculo e uma pessoa fica de fora. Vão
passando uma bola, bem rápido, de mão em mão e o que está de fora, de costas para o grupo,
grita “batata quente, quente, quente... queimou!”. Quem estiver com a bola quando o colega
disser „queimou‟, é eliminado da brincadeira. O vencedor será aquele que não for eliminado.