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O JEJUM
BAHÁ’Í
2
O JEJUM
BAHÁ’Í

A LEI

DO

ORAÇÕES ESPECIAIS
A IMPORTÂNCIA
TEMAS ESPECIAIS

JEJUM BAHÁ’Í
PARA O

DA

JEJUM

MEDITAÇÃO

PARA

Texto completo do
Kitáb-i-Aqdas
Reveladas por Bahá’u’lláh
Texto de Bahá’u’lláh e
‘Abdu’l-Bahá

MEDITAÇÃO Textos de Bahá’u’lláh,
selecionados para leitura e
meditação diária durante
os 19 dias do jejum bahá’í:
(2 a 20 de março)
O JEJUM BAHÁ’Í
Seleção de textos de Bahá’u’lláh
e Abdu’l-Bahá para aprofundamento
e meditação no período do jejum:
2 a 20 de março
Seleção de textos:
Guitty Masrour Milani
1ª edição: 1993
2ª edição: 1995
3ª edição: 1997 - ampliada
ISBN
85.320.0013-4
Uma publicação da
EDITORA BAHÁ’Í DO BRASIL
C. Postal 198
13800-000 - Mogi-Mirim, SP
Fone/Fax: 0198-62.2507
Impressão
ABAETÉ, COPIADORA E GRÁFICA LTDA
São Paulo - SP
Apresentação

Esta publicação é a terceira versão do livro O JEJUM
BAHÁ’Í, “um programa devocional para aprofundamento e
meditação no período do jejum – 2 de março a 20 de março.
Foi publicado pela primeira vez em 1993 e a segunda em
1995, sempre ampliada, pois pedíamos sempre a opinião dos
amigos no sentido de melhorarmos cada vez mais a obra, para
servir melhor aos leitores.
Em novembro de 1995, tivemos o lançamento no Brasil da
edição completa do Kitáb-i-Aqdas em português, o Livro das
Leis de Bahá’u’lláh e que divulga muitos detalhes dessa lei
sagrada da Dispensação de Bahá’u’lláh, a Lei do Jejum.
Por esta razão, esta edição é enriquecida com todos os textos constantes do Livro Sacratíssimo, para conhecimento dos
amigos, não só dos parágrafos oficiais do Kitab-i-Aqdas, que
mencionam a prescrição do Jejum, como também todas as Notas
escritas pela Casa Universal de Justiça para esclarecer os parágrafos do Livro Sacratíssimo, e ainda a parte de “Perguntas e
Respostas”, que tratam também do jejum.
Tais textos devem ser bem estudados por todos, antes do
período de jejum, para estarem bem conscientes de como melhor cumpri-lo, de acordo com as determinações de Bahá’u’lláh.
Mantivemos nesta edição os textos selecionados para leitura
e meditação diária durante os 19 dias do jejum, pois o bemamado Guardião, Shoghi Effendi, esclareceu que “A meditação
é um dos propósitos do jejum bahá’í”.
5
São 19 temas básicos, com uma seleção de textos que têm
a finalidade de levar o leitor a aprofundar-se na Fé e melhorar
rapidamente sua vida espiritual, com reflexos benéficos e imediatos na vida pessoal, familiar, profissional e social de cidadão.
Ao final de cada conjunto de textos, existem algumas perguntas que cada pessoa deve fazer-se a si mesma e, no final do
dia, avaliar como se saiu no esforço de tornar realidade os ensinamentos lidos e meditados de manhã.
Agradeço ao amigo bahá’í, Jairo Dechtiar, pela colaboração
enviando muitas das perguntas que inclui nesta edição, bem
como ao sr. Osmar Mendes pela ajuda nas adições feitas a esta
edição e pela nova diagramação do livro.
Lembro que esta publicação é feita também para atender a
uma das principais metas do Plano de Quatro Anos, divulgadas
pela Casa Universal de Justiça na Mensagem do Ridván do ano
passado, onde diz:
“Para otimizar o uso dessas capacidades, o indivíduo conta
e usufrui de seu amor por Bahá’u’lláh, do poder do Convênio,
da dinâmica da oração, da inspiração e educação decorrentes da leitura regular e do estudo dos Textos Sagrados, e das
forças de transformação que operam sobre sua alma à medida em que ele se esforça para conduzir-se de acordo com
as leis e os princípios divinos.”
Com infinito amor bahá’í,
GUITTY MASROUR MILANI,
compiladora dos textos.

6
Prefácio

Bahá’u’lláh dá extraordinária importância ao período do
jejum e às virtudes com que o jejum foi dotado por Deus desde tempos imemoriais – e é redotado, por assim dizer, pelo
Próprio Bahá’u’lláh. Em uma de Suas Epístolas, Ele declara
que “o jejum... prescrito a todos” é um período especial, durante o qual os servos de Deus se seguram à corda de Seus
mandamentos e apoderam-se do punho de Seus preceitos. Dirigindo-se a Deus, em uma de Suas orações, Ele escreve: “Estes
são os dias em que ordenaste a todos os homens observarem o
jejum, para que, deste modo, purificassem suas almas e se livrassem de tudo, menos de Ti... Permite, ó meu Senhor, que
este jejum se torne um rio de águas vivificadoras e dele provenha a virtude da qual Tu o dotaste. E, por seu meio, purifica
os corações de Teus servos, os quais os males do mundo não
puderam impedir de se volverem para Teu Nome Todo-Glorioso...” O jejum está entre as “leis e preceitos maravilhosos”;
dever-se-ia jejuar, Ele diz, por amor a Deus e de conformidade
com Suas injunções, e afirma “Abençoado seja aquele que
observa o jejum inteiramente por Teu amor”, e ora a Deus
para ajudar Seus servos a “Te obedecermos e guardarmos Teus
preceitos”, e coloca esta súplica na boca de Seus servos: que
esta obediência do jejum “nos purifique do repugnante odor
das nossas transgressões, ó Tu que Te tens chamado o Deus de
Misericórdia!” Tão grandioso, afirma Bahá’u’lláh, é o jejum,
que Ele adorna o “o preâmbulo do Livro das Tuas Leis”, e,
7
continuando, diz que Deus tem “dotado de uma virtude especial cada hora destes dias...”.
A oração longa do jejum ganha cada vez mais ascendência
sobre nós durante todos os anos de nossa vida de adultos, até
que no fim, a bênção de observar o jejum e a bênção de dizer
esta oração durante o mesmo, torna-se uma grande dádiva anual,
um privilégio especial da vida. Começando-se aproximadamente
cinco minutos antes do nascer do sol, descobre-se que ela parece
deliberadamente estar sincronizada com o surgir do sol: descobre-se que se está de pé ante os “portais da cidade da Tua
Presença”, esperando pela graça Divina; então vem da “sombra
da Tua mercê e do pálio da Tua generosidade” – a diferenciação
entre luz e escuridão tem lugar, os pássaros estão cantando; e
segue-se o “o esplendor da Tua fonte luminosa” e o “brilho da
luz do Teu Semblante” – o céu começa a encher-se de cores: o
devoto pede que lhe seja permitido “contemplar o So da Tua
Beleza” – o sol se levanta! Em seguida vem a completa panóplia
do amanhecer, símbolo da Primavera Divina de Deus, “pelo Tabernáculo da Tua majestade nos cumes mais elevados, e pelo
Pálio da Tua Revelação sobre as mais altas colinas”; e, quando
se observa o sol começando a galgar os céus, chega-se às palavras “por Tua Beleza que reluz sobre o horizonte da eternidade
– uma Beleza diante da qual, logo que se revela, o reino da
beleza se curva em adoração...” Tudo isso tem lugar na primeira parte da oração. Porém, aquilo por que o devoto suplica é:
receber a graça de Deus, de chegar mais perto d’Ele, de ser
atraído a Ele e de beber Suas palavras, de servir Sua Causa de
tal modo que não seja detido por aqueles que se afastaram de
Deus, de capacitá-lo a reconhecer o Manifestante de Deus, de
realizar o que Deus deseja, de permitir que “me faças morrer
para tudo o que eu possuo e viver para tudo o que a Ti pertence”, de lembrar e louvar Deus, de removê-lo para longe de tudo
que desagrada a Deus e capacitá-lo a aproximar-se Daquele Que
8
manifesta os sinais de Deus, de tornar conhecido a este devoto
o que estava oculto no conhecimento e na sabedoria de Deus, de
contá-lo entre aqueles que alcançaram o que Deus revelou, de
registrar para ele o que foi registrado por Deus para Seus fiéis
e escolhidos, de registrar para todos que se volveram para Deus
e observaram o jejum prescrito por Ele “a recompensa destinada aos que só falam por Tua permissão, e que renunciaram a
tudo o que possuíam, por amor a Ti e em Teu caminho” e, por
último, “que anules os pecados dos que se seguraram às Tuas
leis e observaram o que lhes prescreveste em Teu Livro”. Quase
que como um motivo condutor em uma composição musical
suntuosa, o mesmo refrão se repete reiteradamente: “Tu me vês,
ó meu Deus, apoiando-me a Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais
Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de Maior
Glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram
todos deste mundo e do vindouro”. Quando eu repito isso, sempre visualizo a mim, e meus pais e entes amados que faleceram,
todos juntos, se segurando a este manto celestial simbólico, e me
sinto muito próxima deles. Verdadeiramente uma oração majestosa, contendo metáforas de profundo misticismo, uma oração
que é uma experiência interminável.
Texto de Ruhiyyih Rabbani, em seu livro:
“O DESEJO DO MUNDO”, págs. 140 e 143.
Editora Bahá’í do Brasil, edição 1985.

9
Um esclarecimento

O décimo nono mês, que segue imediatamente à hospitalidade dos dias intercalares(*), é o mês do jejum. Durante dezenove dias o jejum é observado pela abstinência de alimentos e
bebidas do nascer ao por do sol. Como o mês do jejum termina
no equinócio de março, o jejum cai sempre na mesma estação,
isto é, na primavera no hemisfério setentrional, e no outono no
meridional; nunca no extremo calor do verão nem do frio intenso do inverno, quando poderia ser penoso. Nessa estação, além
disso, o intervalo entre o nascer e o poder do sol é aproximadamente o mesmo em toda a porção habitável do globo, isto é,
de cerca de seis horas da manhã até seis da tarde. O jejum não
é obrigatório às crianças, aos inválidos, aos viajantes, ou às
pessoas muito velhas ou muito fracas (inclusive as mulheres
grávidas ou as que amamentam).
Há muita evidência que indica ser um jejum periódico, como
o adotado pelos ensinamentos bahá’ís, de benefício como medida
de higiene física, mas justamente como a realidade da festa bahá’í
não consiste no consumo de alimentos físicos, e sim, na comemoração de Deus, a qual é o nosso alimento espiritual, da mesma
maneira a realidade do jejum bahá’í não consiste na abstinência
do alimento físico, embora isso possa concorrer para a purificação
do corpo, e sim, na abstinência dos desejos carnais e o despreendimento de tudo, menos de Deus. Diz ‘Abdu’l-Bahá:
“O jejum é um símbolo. Jejuar significa abster-se da luxúria. O jejum físico simboliza e ao mesmo tempo nos faz lembrar
10
dessa abstinência; isto é, do mesmo modo que uma pessoa se
abstem de satisfazer o apetite físico, também deve se abster dos
desejos egoísticos. A mera abstinência de alimentos nada influi
sobre o espírito. É apenas um símbolo, um meio de lembrarmos.
A sua importância não vai além disso. Jejuar com esse intuito
não significa inteira abstinência de alimentos. A regra de ouro
a respeito de alimentos, é que não nos devemos alimentar em
demasia nem deficientemente. A moderação é necessária. Há
uma seita na Índia que leva a abstinência ao extremo, reduzindo
gradualmente a sua nutrição até passarem quase que completamente sem alimentos. A sua inteligência, porém, sofre com isso.
Um homem não pode servir a Deus com a mente nem com o
corpo, se está fraco por falta de alimentos: não pode ver com
clareza”. (Citado por Miss E.S. Stevens em Fortnight Review,
junho 1911).
John E. Esslemont, no livro
“BAHÁ’U’LLÁH E A NOVA ERA,
pgs. 136/7

(*) Dias Intercalares: 26 de fevereiro a 1º de março

11
12
KITÁB-I-AQDAS
O LIVRO SACRATÍSSIMO

A Lei do Jejum

l
Textos do livro KITÁB-I-AQDAS:
Sinópse e Codificação
Parágrafos do Livro Sacratíssimo
Notas
Perguntas e Respostas
14
“Permite, ó meu Senhor, que este
jejum se torne um rio de águas
vivificadoras e dele provenha a
virtude da qual Tu o dotaste.”
BAHÁ’U’LLÁH

“Nós vos ordenamos orar e jejuar desde o início da maturidade. É esse o mandamento de Deus, vosso Senhor e Senhor
de vossos antepassados.”
“Abstendo-vos de alimento e de bebida do nascer ao pôrdo-sol, e acautelai-vos para que o desejo não vos prive dessa
graça prescrita no Livro.”
“Ó povos do mundo!
Nós vos ordenamos jejuar durante breve período, e vos
destinamos ao seu término o Naw-Rúz como uma festa.”
“Nem o viajante, nem o enfermo, nem a mulher grávida ou
a que amamenta são obrigados a guardar o jejum. Deus dispensou-os em sinal de Sua graça. Deveras, Ele é o Onipotente, o
Mais Generoso.”
“São essas as prescrições de Deus que a Sua Pena Excelsa
assentou nos Livros e Epístolas. Fazei-vos firmes em Suas leis
e mandamentos e não sejais daqueles que, por seguirem suas vãs
fantasias e imaginações fúteis, se aferraram aos padrões por eles
mesmos fixados e lançaram ao pó os estabelecidos por Deus.”
BAHÁ’U’LLÁH
(trechos do Kitáb-i-Aqdas sobre o JEJUM)

Nota: Bahá’u’lláh define a “idade da maturidade para os deveres religiosos”
como sendo “quinze anos, tanto para homens como para mulheres.”
(p. 142 do livro - nota nº 13)

15
Sinopse e Codificação

B. Jejum
1. A posição sublime ocupada pelo Jejum na Revelação
Bahá’í.
2. O período de jejum principia com o término dos Dias
Intercalares e finda com o Festival de Naw-Rúz.
3. A abstenção de alimento e de bebida desde o nascer até
o pôr-do-sol é obrigatória.
4. O jejum é compulsório para homens e mulheres ao atingirem a idade da maturidade, que se fixa em 15 anos de
idade.
5. Isenção de jejuar é concedida a:
a. Viajantes
i.

Contanto que a viagem exceda 9 horas.

ii. Aos que viajam a pé, contanto que a viagem exceda 2 horas.
iii. Aos que interrompem sua viagem por menos de
19 dias.
iv. Os que interrompem sua viagem durante o Jejum
em um lugar onde vão permanecer 19 dias estão
isentos de jejuar somente nos três primeiros dias
depois da chegada.
16
v. Os que retornam ao lar durante o Jejum devem
começar a jejuar a partir do dia da chegada.
b. Enfermos.
c. Os que têm mais de 70 anos.
d. Mulheres grávidas.
e. Mulheres que amamentam.
f. Mulheres, durante as regras, contanto que façam suas
abluções e repitam, 95 vezes ao dia, um versículo especificamente revelado.
g. Aqueles que realizam trabalho pesado, os quais são
aconselhados a mostrar respeito pela lei, usando de
discrição e moderação ao valerem-se da isenção.
6. É permissível fazer voto de jejuar (em um mês que não
seja aquele prescrito para o Jejum). Votos que sejam de
proveito à humanidade são, porém, preferíveis aos olhos
de Deus.

17
Parágrafos do Kitáb-i-Aqdas

10

13

16

Nós vos ordenamos orar e jejuar desde o início da maturidade. É esse o mandamento de Deus, vosso Senhor e
Senhor de vossos antepassados. Por dádiva Sua, Ele disso
isentou os debilitados por doença ou idade. Ele é o Perdoador, o Generoso. Deus consentiu que vos prostrásseis sobre
qualquer superfície limpa, pois no tocante a isso revogamos
a restrição que fora estabelecida no Livro. Deveras, Deus
conhece aquilo do qual nada sabeis. Se não encontrardes
água para a ablução, repeti cinco vezes as palavras: “Em
Nome de Deus, o Mais Puro, o Mais Puro”, prosseguindo
então o vosso ato devocional. Assim ordena o Senhor de
todos os mundos. Nas regiões onde os dias e as noites se
alongam, determinem-se os horários de oração através de
relógios e de outros instrumentos que marcam o passar das
horas. Ele, verdadeiramente, é o Explanador, o Sábio.
Deus eximiu as mulheres, durante as suas regras, da
oração obrigatória e do jejum. Que elas, em vez disso,
façam as suas abluções e então rendam louvores a Deus
repetindo noventa e cinco vezes “Glorificado seja Deus,
o Senhor de Esplendor e Beleza” entre um meio-dia e
outro. Assim foi decretado no Livro, se sois dos que
compreendem.
Ó Pena do Altíssimo! Dize: Ó povos do mundo! Nós
vos ordenamos jejuar durante breve período, e vos desti18
namos ao seu término o Naw-Rúz como uma festa. Assim
brilhou o Sol da Expressão sobre o horizonte do Livro,
conforme determinara Aquele que é o Senhor do princípio
e do fim. Os dias que excedem aos meses devem anteporse ao mês do jejum. Nós ordenamos que eles, entre todos
os dias e noites, sejam as manifestações da letra Há; por
essa razão não foram confinados aos limites do ano e de
seus meses. Ao longo desses dias, incumbe ao povo de
Bahá prover festivamente alimento para si e para os seus,
e também para os pobres e necessitados; incumbe-lhes
aclamar e glorificar o Senhor com regozijo e júbilo, e entoar o Seu louvor e exaltar o Seu Nome. E quando findarem — esses dias de doação que precedem o período de
abstinência —, iniciem eles o Jejum. Assim ordenou
Aquele que é o Senhor de toda a humanidade. Nem o
viajante, nem o enfermo, nem a mulher grávida ou a que
amamenta são obrigados a guardar o Jejum. Deus dispensou-os em sinal de Sua graça. Deveras, Ele é o Onipotente, o Mais Generoso.
São essas as prescrições de Deus que a Sua Pena Excelsa assentou nos Livros e Epístolas. Fazei-vos firmes em
Suas leis e mandamentos e não sejais daqueles que, por seguirem suas vãs fantasias e imaginações fúteis, se aferraram
aos padrões por eles mesmos fixados e lançaram ao pó os
estabelecidos por Deus. Abstende-vos de alimento e de
bebida do nascer ao pôr-do-sol, e acautelai-vos para que o
desejo não vos prive dessa graça prescrita no Livro.

19

17
Notas

13. Nós vos ordenamos orar e jejuar desde o início da maturidade ¶10
Bahá’u’lláh define a “idade da maturidade para os deveres religiosos” como sendo “quinze anos tanto para homens como para
mulheres” (P&R 20). Para detalhes sobre o período de jejum,
vide nota 25.
14. Ele disso isentou os debilitados por doença ou idade ¶10
A dispensa das Orações Obrigatórias e do Jejum concedida aos
que estão debilitados devido a doença ou idade avançada é explicada em Perguntas e Respostas. Bahá’u’lláh orienta que em
“tempos de saúde abalada não é permissível observar tais obrigações” (P&R 93). Ele define que a idade avançada, neste contexto, começa aos setenta anos (P&R 74). Shoghi Effendi, em
resposta a uma pergunta, esclareceu que ao atingir os setenta
anos de idade as pessoas ficam dispensadas, quer estejam fracas,
quer não.
A isenção do jejum também se estende a outras categorias
específicas de pessoas, conforme listadas em Sinopse e Codificação, seção IV.B.5. Vide análise adicional nas notas 20, 30, e 31.
17. Nas regiões onde os dias e as noites se alongam, determinem-se os horários de oração através de relógios e outros
instrumentos que marcam o passar das horas. ¶10
20
Isso se refere aos territórios situados no extremo Norte ou Sul,
onde a duração dos dias e noites varia de forma pronunciada
(P&R 64 e 103). Esse preceito também vale para o jejum.
20. Deus eximiu as mulheres, durante as regras, da oração
obrigatória e do jejum. ¶13
As mulheres são dispensadas de realizar a oração obrigatória e
o jejum durante a menstruação; em vez disso, devem realizar
suas abluções (vide nota 34) e repetir 95 vezes por dia, entre um
meio-dia e o próximo, o verso: “Glorificado seja Deus, o Senhor de Esplendor e Beleza”. Esse preceito tem antecedente no
Bayán árabe, onde isenção similar era concedida.
Em algumas Dispensações religiosas do passado as mulheres
eram consideradas ritualmente impuras durante as regras e era-lhes
vedado observar os deveres da oração e do jejum. O conceito de
impureza ritual foi abolido por Bahá’u’lláh (vide nota 106).
A Casa Universal de Justiça esclareceu que as disposições
do Kitáb-i-Aqdas que concedem isenção de certos deveres e responsabilidades são, como a palavra indica, isenções, e não proibições. Qualquer fiel, portanto, homem ou mulher, pode tirar
proveito de uma isenção que se lhe aplique, se o desejar. Entretanto, a Casa de Justiça aconselha que, ao tomar tal decisão, o
crente faça uso da sabedoria e se conscientize de que
Bahá’u’lláh concedeu tais isenções por bons motivos.
25. Nós vos ordenamos jejuar durante um breve período ¶16
O Jejum e a Oração Obrigatória constituem os dois pilares que
sustentam a Lei revelada por Deus. Em uma de Suas Epístolas
Bahá’u’lláh afirma ter revelado as leis da oração obrigatória e
do jejum a fim de que, através delas, os crentes pudessem aproximar-se de Deus.
21
Shoghi Effendi observa que o período de jejum, o qual
demanda total abstenção de comida e de bebida do nascer ao
pôr-do-sol, é:
... essencialmente um período de meditação e oração, de recuperação espiritual, durante o qual cada fiel deve esforçarse por fazer os ajustes necessários em sua vida interior, e
para refrescar e revigorar as forças espirituais latentes em
sua alma. Sua significação e propósito, portanto, são de
caráter fundamentalmente espiritual. O ato de jejuar é um
símbolo, e serve para nos lembrar da abstinência dos desejos mundanos e egoístas.
O jejum é ordenado a todos os fiéis, desde os 15 anos de
idade até os 70.
Uma síntese dos preceitos detalhados referentes à lei do
jejum, e às isenções concedidas a certas categorias de pessoas,
pode ser encontrada na Sinopse e Codificação, seção IV.B.1.-6.
Comentários sobre as isenções do jejum encontram-se nas notas
14, 20, 30, e 31.
O período de dezenove dias de Jejum coincide com o mês
bahá’í de ‘Alá’ (usualmente entre 2 e 20 de março). Ele vem
imediatamente após o término dos Dias Intercalares (vide notas
27 e 147) e é seguido pela festa de Naw-Rúz (vide nota 26).
26. e vos destinamos ao seu término o Naw-Rúz como uma
festa ¶16
O Báb inaugurou um novo calendário, agora conhecido como
calendário Badí’ ou Bahá’í (vide notas 27 e 147). De acordo
com esse calendário, o dia é o período que decorre de um pôrdo-sol ao outro. No Bayán o Báb ordenou o mês de ‘Alá’ como
o mês do jejum, decretou que o dia de Naw-Rúz assinala o
término daquele período, e designou o Naw-Rúz como o Dia de
22
Deus. Bahá’u’lláh ratifica o calendário Badí’, apontando o NawRúz como uma festa.
O Naw-Rúz é o primeiro dia do ano novo. Ele coincide
com o equinócio vernal no hemisfério norte, que usualmente
ocorre em 21 de março. Bahá’u’lláh explica que essa festa deve
ser celebrada sempre no dia em que o sol entra na constelação
de Áries (i.e. o equinócio de primavera), mesmo que isso ocorra
um minuto antes do pôr do sol (P&R 35). Dessa forma, o NawRúz pode cair nos dias 20, 21 ou 22 de março, dependendo do
horário do equinócio.
Bahá’u’lláh delegou à Casa Universal de Justiça a definição
dos detalhes de muitas leis. Entre eles está uma série de assuntos
a respeito do calendário bahá’í. O Guardião declarou que a
implementação, a nível mundial, da lei referente ao período do
Naw-Rúz implicará a escolha de um ponto específico da terra
que sirva de padrão para que se fixe o horário do equinócio
vernal. Também assinalou que a escolha deste local foi deixado
à decisão da Casa Universal de Justiça.
27. Os dias que excedem aos meses devem antepor-se ao mês
do jejum. ¶16
O calendário Badí’ é baseado no ano solar de 365 dias, 5 horas
e 50 e poucos minutos. O ano consiste de 19 meses com 19 dias
cada (i.e. 361 dias), com a adição de quatro dias extras (cinco
em anos bissextos). O Báb não definiu exatamente a posição dos
dias intercalares no novo calendário. O Kitáb-i-Aqdas resolve
essa questão, consignando aos dias “que excedem” uma posição
fixa no calendário, imediatamente antes do mês de ‘Alá’, o período de jejum. Para maiores detalhes, vide a seção sobre o
calendário bahá’í no The Bahá’í World, volume XVIII [também
em Leis, História e Administração da Fé Bahá’í, p. 91-3 e
Bahá’u’lláh e a Nova Era. N.T.].
23
28. Nós ordenamos que eles... sejam as manifestações da
letra Há ¶16
Conhecidos como os Ayyám-i-Há (os Dias do Há), os Dias Intercalares têm a distinção de estar associados à “letra Há”. O
valor numérico abjad (vide Glossário) desta letra árabe é cinco,
que corresponde ao número potencial de dias intercalares.
À letra “Há” foram atribuídos alguns significados espirituais nas Escrituras Sagradas, entre os quais o de símbolo da
Essência de Deus.
29. esses dias de doação que precedem o período de abstinência ¶16
Bahá’u’lláh instruiu Seus seguidores a devotarem esses dias a
festividades, regozijo e caridade. Numa carta escrita em nome
de Shoghi Effendi, explica-se que “os dias intercalares são
especialmente reservados à hospitalidade, ao oferecimento de
presentes, etc.”.
30. [Nem os viajantes]... são obrigados a guardar o Jejum ¶16
Bahá’u’lláh definiu a duração mínima da viagem que isenta o
crente de jejuar (P&R 22 e 75). Os detalhes dessa determinação
estão sumarizados na Sinopse e Codificação, seção IV.B.5.a.i.-v.
Shoghi Effendi esclareceu que, embora os viajantes estejam
dispensados do jejum, eles podem jejuar se assim o desejarem. Ele
também fez notar que a dispensa se aplica a todo o período de
viagem, e não apenas às horas em que se esteja num trem, carro, etc.
31. Nem o viajante, nem o enfermo, nem a mulher grávida
ou a que amamenta são obrigados a guardar o Jejum. Deus
dispensou-os em sinal de Sua graça. ¶16
A dispensa de jejum é concedida àqueles que estão doentes ou
com idade avançada (vide nota 14), às mulheres durante as re24
gras (vide nota 20), aos viajantes (vide nota 30) e às mulheres
grávidas ou que estejam amamentando. Essa isenção estende-se
também aos que se ocupam em trabalhos pesados, os quais, ao
mesmo tempo, são exortados a “demonstrar respeito à lei de
Deus e à excelsa posição do Jejum”, alimentando-se “com frugalidade e em reservado” (P&R 76). Shoghi Effendi afirmou
que a Casa Universal de Justiça definirá quais os tipos de trabalho que dispensam alguém do Jejum.
32. Abstende-vos de alimento e de bebida do nascer ao pôrdo-sol ¶17
Isso se refere ao período de jejum. Em uma de Suas Epístolas,
‘Abdu’l-Bahá, depois de explicar que o jejum consiste na abstenção de comida e de bebida, aponta, ademais, que o fumo é
uma espécie de “bebida”. Em árabe o verbo “beber” aplica-se
igualmente ao ato de fumar.
33. Ordena-se a cada um dos fiéis em Deus ... que todos os
dias ... repita “Alláh’u’Abhá” noventa e cinco vezes. ¶18
“Alláh’u’Abhá” é uma frase árabe que significa “Deus, o TodoGlorioso”. É uma das formas do Nome Supremo de Deus (vide
nota 137). No Islã há uma tradição segundo a qual há um nome
supremo dentre os muitos nomes de Deus; contudo, a identidade
desse Nome Supremo estava oculta. Bahá’u’lláh confirmou que
o Nome Supremo é “Bahá”.
Considera-se também como o Nome Supremo os diversos
derivados da palavra “Bahá”. O secretário de Shoghi Effendi,
escrevendo em seu nome, explica que:
O Nome Supremo é o Nome de Bahá’u’lláh. “Yá Bahá’u’lAbhá” é uma invocação que significa: “Ó Tu, Glória das
Glórias!”. “Alláh’u’Abhá” é uma saudação que quer dizer:
25
“Deus, o Todo-Glorioso”. Ambas referem-se a Bahá’u’lláh.
Entende-se, por Nome Supremo, que Bahá’u’lláh apareceu
com o Nome Supremo de Deus, em outras palavras, que
Ele é a suprema Manifestação de Deus.
A saudação “Alláh’u’Abhá” foi adotada durante o período
do exílio de Bahá’u’lláh em Adrianópolis.
A repetição de “Alláh’u’Abhá” noventa e cinco vezes deve
ser precedida por abluções (vide nota 34).
34. efetuai abluções para a Oração Obrigatória ¶18
As abluções relacionam-se especificamente a certas orações. Elas
devem preceder a realização das três Orações Obrigatórias e da
recitação diária de “Alláh’u’Abhá” noventa e cinco vezes, bem
como a recitação do versículo que substitui a oração obrigatória e
o jejum para as mulheres durante as regras (vide nota 20).
As abluções prescritas consistem em lavar-se as mãos e a
face em preparação para a oração. No caso da Oração Obrigatória média, isso é acompanhado pela recitação de certos versículos (vide Alguns Textos Suplementares ao Kitáb-i-Aqdas Revelados por Bahá’u’lláh).
Mesmo que alguém se tenha banhado logo antes de recitar
a Oração Obrigatória, ainda assim é necessário efetuar as abluções (P&R 18), donde apreende-se terem elas um significado
que transcende o simples ato de lavar-se.
Quando não há água disponível para as abluções, prescreve-se cinco repetições de um versículo (vide nota 16), e esse
preceito aplica-se também àqueles para quem o uso de água
prejudicaria o corpo (P&R 51).
Os preceitos detalhados da lei referente às abluções encontram-se na Sinopse e Codificação, seção IV.A.10.a.-g., assim
como em Perguntas e Respostas, números 51, 62, 66, 77 e 86.
26
Perguntas e Respostas

71.

Pergunta: Se uma pessoa deseja jejuar em outro período que
não o mês de ‘Alá’, é isso permissível, ou não; e se houver feito
voto ou promessa de tal jejum, é isso válido e aceitável?
Resposta: O mandamento do jejum é conforme já foi revelado. Contudo, se alguém fizer voto de consagrar um jejum a
Deus, dessa forma buscando o cumprimento de um desejo, ou
a concretização de algum outro desígnio, isso, como o fora antes, é agora permissível. Entretanto, o desejo de Deus, exaltada
seja Sua glória, é que os votos e as promessas sejam encaminhados àqueles propósitos que beneficiarão a humanidade.

74.

Pergunta: A respeito da definição de idade avançada.
Resposta: Para os árabes isso denota os limites extremos
da ancianidade, mas para o povo de Bahá conta-se a partir
dos setenta anos.

75.

Pergunta: No tocante ao limite do jejum para quem viaja a pé.
Resposta: Duas horas é o limite estabelecido. Excedendose esse tempo é permissível quebrar o Jejum.

76.

Pergunta: No que concerne à observância do Jejum por pessoas engajadas em trabalho pesado durante o mês de jejum.
Resposta: Tais pessoas estão desobrigadas do jejum; contudo, a fim de demonstrar respeito à lei de Deus e à excelsa
posição do Jejum, é muito louvável e adequado comer com
frugalidade e em reservado.
27
28
ORAÇÕES ESPECIAIS
PARA SEREM RECITADAS DURANTE
O PERÍODO DE JEJUM

l
Reveladas por
Bahá’u’lláh
30
O Jejum
1
Diz o Kitáb-i-Aqdas: “Nós vos mandamos orar e jejuar desde o
começo da maturidade1; isso é ordenado por Deus, vosso Senhor e o Senhor de vossos antepassados... O viajante, o enfermo, a gestante e a que amamenta, não são obrigados a observar
o jejum... Fazei abstenção de alimento e de bebida do nascer ao
pôr do sol e acautelai-vos para que o desejo não vos prive desta
graça destinada a vós no Livro.”
[O período do Jejum é do dia 2 de março ao dia 20 de março.]

Suplico-Te, ó meu Deus, por Teu grande Sinal, e pela revelação da Tua graça entre os homens, que não me expulses dos
portais da cidade da Tua Presença, e não frustres as esperanças
que depus nos manifestantes da Tua graça em meio às Tuas
criaturas. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome,
o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo,
o Sublime, o de Maior Glória, e me segurando à orla das vestes
à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro.

1. Quinze anos de idade.

31
Suplico-Te, ó meu Deus, por Tua dulcíssima Voz e Tua
mais sublime Palavra, que me aproximes, cada vez mais, do
limiar de Tua porta, e não permitas que eu me retire para longe
da sombra da Tua mercê e do pálio da Tua generosidade. Tu me
vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado,
o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de
Maior Glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro.
Suplico-Te, ó meu Deus, pelo esplendor da Tua fronte
luminosa e pelo brilho da luz do Teu Semblante, irradiando-se
do Horizonte Supremo, que me atraias pela fragrância das Tuas
vestes e me faças sorver do vinho puro das Tuas palavras. Tu me
vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado,
o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de
Maior Glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro.
Suplico-Te, ó meu Deus – por Teus cabelos, que se movem
sobre Tua Face, à medida que Tua mais excelsa pena se move
sobre as páginas das Tuas Epístolas, espargindo o almíscar dos
significados ocultos sobre o reino da Tua criação – que me faças
levantar em serviço à Tua Causa, de tal modo que eu não recue,
nem seja impedido pelas sugestões dos que desprezaram Teus sinais e se voltaram para longe de Tua Face. Tu me vês, ó meu
Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de Maior
Glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram
todos deste mundo e do vindouro.
Suplico-Te, ó meu Deus, por Teu Nome, o qual fizeste o
Rei dos Nomes e a causa de êxtase a todos no céu e na terra,
que me faças contemplar o Sol da Tua Beleza, e me concedas
o vinho das Tuas Palavras. Tu me vês, ó meu Deus, apoiandome em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Poten32
tíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior glória, e me
segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste
mundo e do vindouro.
Suplico-Te, ó meu Deus, pelo Tabernáculo da Tua majestade
nos cumes mais elevados, e pelo Pálio da Tua Revelação sobre
as mais altas colinas, que me ajudes, por Tua graça, a fazer o que
foi manifestado pela Tua Vontade e revelado pelo Teu Desígnio.
Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime,
o de maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se
seguraram todos deste mundo e do vindouro.
Suplico-Te, ó meu Deus, por Tua Beleza que reluz sobre o
horizonte da eternidade – uma Beleza diante da qual, logo que
se revela, o reino da beleza se curva em adoração, glorificandoa em tons vibrantes – suplico-Te que me faças morrer para tudo
o que eu possuo e viver para tudo o que a Ti pertence. Tu me
vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado,
o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de
maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro.
Suplico-Te, ó meu Deus, pelo Manifestante do Teu Nome,
o Bem-Amado, através do qual se consumiram os corações dos
que Te amam, e as almas de todos os que habitam a terra se elevaram às alturas, que me ajudes a Te mencionar em meio às
Tuas criaturas e elogiar-Te entre Teus povos. Tu me vês, ó meu
Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior
glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram
todos deste mundo e do vindouro.
Suplico-Te, ó meu Deus, pelo farfalhar da Árvore Divina e
pelo murmúrio das brisas das Tuas palavras no reino dos Teus
33
Nomes, que me afastes para longe de tudo o que Tua Vontade
repele, e me faças aproximar daquela condição onde irradia
Aquele que é o Alvorecer dos Teus sinais. Tu me vês, ó meu
Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior
glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram
todos deste mundo e do vindouro.
Suplico-Te, ó meu Deus – por aquela Letra que, ao proceder dos lábios da Tua Vontade, fez encapelarem-se os oceanos e
soprarem os ventos; em virtude da qual as árvores brotaram, os
frutos se revelaram, todos os traços passados desvaneceram-se,
todos os véus se romperam e Teus devotos se apressaram à luz
do Semblante do seu Senhor, o Independente – suplico que me
reveles o que jazia oculto nos relicários do Teu conhecimento e
escondido nos santuários da Tua sabedoria. Tu me vês, ó meu
Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de Maior Glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos
deste mundo e do vindouro.
Suplico-Te, ó meu Deus – pelo fogo de Teu amor que, afugentou o sono dos olhos de Teus eleitos e Teus amados, e por
sua lembrança e seu louvor de Ti na hora do alvorecer, que me
incluas no número dos que atingiram àquilo que revelaste em
Teu Livro e manifestaste por Tua Vontade. Tu me vês, ó meu
Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos
deste mundo e do vindouro.
Suplico-Te, ó meu Deus, pela luz do Teu Semblante, que
impeliu aqueles próximos de Ti a enfrentarem os dardos do Teu
decreto, e Teus devotos a fazerem face às espadas dos Teus inimigos, em Teu caminho, que escrevas para mim com Tua excel34
sa Pena o que escreveste para Teus fiéis e Teus eleitos. Tu me
vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado,
o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de
maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro.
Suplico-Te, ó meu Deus – por Teu Nome, através do qual
escutaste o apelo dos que Te amam, os suspiros dos que por Ti
anseiam, a exclamação daqueles favorecidos com Tua proximidade e os gemidos de Teus devotos, e através do qual satisfizeste
os desejos dos que em Ti depositaram as esperanças e, por Tua
graça e Teu favor, lhes concedeste sua realização; e por Teu
Nome, através do qual o oceano do Teu perdão surgiu diante de
Tua Face, e sobre Teus servos choveram as graças das nuvens de
Tua generosidade – decreta, eu Te suplico, para cada um que a
Ti se volve e observa o jejum por Ti prescrito, a recompensa
destinada aos que só falam por Tua permissão, e que renunciaram a tudo o que possuíam, por amor a Ti e em Teu caminho.
Suplico-Te, ó meu Senhor, por Ti mesmo, e por Teus sinais
e Tuas provas claras, pela luz brilhante do Sol da Tua Beleza,
e por Teus Ramos, que anules os pecados dos que se seguraram
às Tuas leis e observaram o que lhes prescreveste em Teu Livro.
Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual
se seguraram todos deste mundo e do vindouro.
Bahá’u’lláh

35
2
Louvor a Ti, ó Senhor meu Deus! Suplico-Te, por esta
Revelação, através da qual a escuridão se transformou em luz,
se construiu o Templo Freqüentado e revelou a Epístola Escrita,
desvelando-se o Pergaminho Estendido, que faças descer sobre
mim, e sobre aqueles em minha companhia, o que nos possa
elevar aos céus da Tua transcendente Glória, e nos purifique da
mácula das dúvidas que impediram os desconfiados de entrarem
no tabernáculo da Tua Unidade.
Sou aquele, ó meu Senhor, que se segurou à corda da Tua
benevolência e se apegou à fímbria das vestes de Tua misericórdia e Teus favores. Destina-me, e a meus bem-amados, os benefícios deste mundo e do vindouro. Concede-lhes, então, a Dádiva Oculta que destinaste aos eleitos dentre Tuas criaturas.
Estes são os dias, ó meu Senhor, em que mandaste a Teus
servos observarem o jejum, inteiramente por Teu amor e com
pleno desprendimento de tudo, menos de Ti. Ajuda-os e a mim,
ó meu Senhor, a Te obedecermos e a guardarmos Teus preceitos.
Tu, em verdade, tens o poder de fazer o que Te apraz.
Nenhum outro Deus há senão Tu, o Onisciente, a Suprema
Sabedoria. Todo louvor a Deus, o Senhor de todos os mundos.
Bahá’u’lláh

3
Estes são os dias, ó meu Deus, em que ordenaste a Teus servos observarem o jejum, o qual fizeste o adorno ao preâmbulo do
Livro das Tuas Leis, revelado às Tuas criaturas, e a decoração dos
Santuários dos Teus mandamentos, aos olhos de todos os que
36
estão em Teu céu e sobre Tua terra. Cada hora destes dias, Tu a
tens dotado de uma virtude especial, insondável a todos, menos a
Ti, Cujo conhecimento abrange todas as coisas criadas. A cada
alma, também, designaste uma porção dessa virtude, de acordo
com a Epístola do Teu decreto e as Escrituras do Teu juízo irrevogável. E ainda mais, para cada um dos povos e raças da terra,
especificaste cada folha desses Livros e Escrituras.
Para aqueles que Te amam ardentemente, reservaste o
cálice da Tua lembrança, a cada amanhecer, segundo Teu decreto, ó Tu que és o Rei dos Reis! Estes são os que se inebriam com
o vinho da Tua múltipla sabedoria, a tal ponto que abandonam
os leitos em seu fervoroso desejo de celebrar Teu louvor e
enaltecer Tuas virtudes, fogem do sono, ansiosos de se aproximarem de Tua Presença e participarem de Tuas dádivas. Em todos os tempos têm seus olhos fitado o Alvorecer de Tua benevolência, e suas faces se volvido para o manancial da Tua inspiração. Peço-Te que faças chover copiosamente sobre nós, e
sobre eles, das nuvens de Tua misericórdia, assim como se espera do céu de Tua generosidade e Tua graça.
Louvado seja Teu Nome, ó meu Deus! Esta é a hora em que
descerraste as portas da Tua generosidade ante a face das criaturas, e abriste de par em par os portais da Tua benévola mercê
a todos os habitantes do Teu mundo. Imploro-Te – por todos
aqueles cujo sangue foi derramado em Teu caminho, os quais,
em seu anseio por Ti, se livraram de qualquer apego às Tuas criaturas, e tanto se extasiaram com as doces fragrâncias da Tua
inspiração que cada membro de seus corpos entoava Teu louvor
e vibrava com Tua lembrança – imploro-Te que não nos prives
daquilo que ordenaste, irrevogavelmente, nesta Revelação cuja
potência fez toda árvore clamar o que a Sarça Ardente havia
proclamado, outrora, a Moisés, Aquele que conversou Contigo
– uma Revelação que fez todo seixo, até o mais ínfimo, ressoar
37
novamente em Teu louvor, assim como as pedras Te glorificaram nos dias de Maomé, Teu Amigo.
A estes, ó meu Deus, concedeste a graça da associação
Contigo e da comunhão com Aquele que é o Revelador de Ti
Próprio. Pelos ventos da Tua Vontade foram eles espalhados até
que Tu os reuniste à Tua sombra e os fizeste entrarem no recinto
de Tua corte. Já que Tu os abrigaste à sombra do pálio da Tua
misericórdia, ajuda-os a tornarem-se dignos de tão augusta posição. Não consintas, ó Senhor, sejam incluídos no número dos
que, embora fruindo de Tua proximidade, são impedidos de reconhecer Tua Face e, embora se encontrando Contigo, são privados de Tua presença.
São estes Teus servos, ó meu Senhor que entraram Contigo
nesta Grande Prisão e dentro de suas paredes observaram o jejum segundo o que Tu ordenaras nas Epístolas do Teu decreto
e nos Livros do Teu mandamento. Faze descer sobre eles, pois,
o que os possa purificar completamente de tudo o que Te for
abominável, para que se devotem inteiramente a Ti, e de tudo,
em absoluto, menos de Ti, se desprendam.
Faze chover sobre nós, ó meu Deus, o que for digno de Tua
graça e Tua generosidade. Dá-nos o poder, assim, ó meu Deus,
de vivermos em lembrança de Ti e morrermos em amor a Ti, e
concede-nos a dádiva da Tua Presença em Teus mundos do além
– mundos insondáveis a todos menos a Ti. És nosso Senhor e o
Senhor de todos os mundos, e o Deus de todos os que estão no
céu e na terra.
Vês, ó meu Deus, o que sobreveio a Teus bem-amados em
Teus dias. Tua glória dá-me testemunho! A voz da lamentação
de Teus eleitos ergueu-se por todo o Teu domínio. Alguns foram
enredados pelos infiéis em Tua terra e por eles impedidos de se
aproximar de Ti e de atingir a corte da Tua glória. Outros puderam acercar-se, mas foram obstados de contemplar Teu sem38
blante. Outros ainda, em sua ansiedade por Te ver, puderam
entrar em Tua corte, mas permitiram que, entre Ti e eles, interviessem os véus das fantasias de Tuas criaturas e as injúrias
infligidas pelos opressores dentre Teu povo.
Esta é a hora, ó meu Senhor, que fizeste superar a todas as
horas e relacionaste aos eleitos dentre Tuas criaturas. SuplicoTe, ó meu Deus, por Ti Próprio e por eles, que ordenes, no decorrer deste ano, o que há de enaltecer os Teus bem-amados. E
ainda mais, dentro do presente ano, decreta o que possa tornar
luzente e esplendorosa a Estrela Dalva do Teu poder, sobre o horizonte da Tua glória, e, por Tua soberana grandeza, fazê-la iluminar o mundo inteiro.
Concede vitória à Tua Causa, ó meu Senhor, e humilha
Teus inimigos. Destina-nos, então, o bem desta vida e da vindoura. Tu és a Verdade; és Quem conhece as coisas secretas.
Nenhum outro Deus há, senão Tu, o Eterno Perdão, o TodoGeneroso.
Bahá’u’lláh

4
Glória a Ti, ó Senhor meu Deus! Estes são os dias em que
ordenaste a todos os homens observarem o jejum para que, deste
modo, purificassem suas almas e se livrassem de tudo, menos do
apego a Ti, e assim surgisse de seus corações o que fosse digno
da corte da Tua majestade e adequado à sede da revelação da
Tua Unidade. Permite, ó meu Senhor, que este jejum se torne
um rio de águas vivificadoras e dele provenha a virtude da qual
Tu o dotaste. E, por seu meio, purifica os corações de Teus
servos, os quais os males do mundo não puderam impedir de se
volverem para Teu Nome Todo-Glorioso – aqueles que se man39
tiveram imperturbáveis em face do clamor e do tumulto dos que
repudiaram Teus mais resplandescentes sinais – sinais esses que
acompanharam o advento de Teu Manifestante, a Quem revestiste de Tua soberania, Teu poder, Tua majestade e glória. São
estes os servos que se apressaram na direção de Tua misericórdia, assim que o Teu chamado os alcançou, não sendo impedidos
de Ti pelas mudanças e vicissitudes deste mundo ou por quaisquer limitações humanas.
Sou aquele, ó meu Deus, que dá testemunho de Tua Unidade,
reconhece que és Único, curva-se humildemente ante as revelações de Tua majestade e, de olhos baixos, atesta os esplendores da
luz da Tua transcendente glória. Acreditei em Ti depois que me
capacitaste para Te conhecer, assim como Te revelaste aos olhos
dos homens através do poder de Tua soberania e Tua grandeza.
Para Ele me volvi, inteiramente desprendido de todas as coisas, e
me segurando com firmeza à corda de Tuas dádivas e Teus favores. Abracei Sua verdade, e a verdade de todas as leis e todos os
preceitos maravilhosos que Lhe foram revelados. Jejuei por amor
a Ti e em obediência a Teu mandamento, e quebrei meu jejum
com Teu louvor em meus lábios e de acordo com Tua Vontade.
Não consintas, ó meu Senhor, que eu seja contado entre aqueles
que jejuaram durante o dia e se prostraram ante a Tua Face à noite,
mas repudiaram Tua verdade e desacreditaram em Teus sinais,
refutando Teu testemunho e pervertendo Tuas Palavras.
Abre Tu meus olhos, ó meu Senhor, e os olhos de todos os
que a Ti se dirigiram, para que nós Te possamos reconhecer
através de Tua própria vista. É este Teu mandamento contido no
Livro que enviaste Àquele escolhido, segundo Teu preceito –
Aquele que Tu distinguiste por Teu favor acima de todas as Tuas
criaturas, Àquele que Te dignaste de revestir de Tua soberania,
a Quem concedeste graça especial e confiaste Tua Mensagem a
Teu povo. Louvado sejas, pois, ó meu Deus, por haveres permi40
tido, bondosamente, que nós O reconhecêssemos e que aceitássemos tudo revelado a Ele, e por nos haveres concedido a honra
de atingirmos a presença Daquele prometido em Teu Livro e em
Tuas Epístolas.
Tu me vês, pois, ó meu Deus, com a face voltada para Ti,
enquanto me seguro firmemente à corda de Tua benevolência e
generosidade, e me apego à orla das vestes de Tua mercê e Teus
abundantes favores. Imploro-Te, não destruas a minha esperança
de atingir o que destinaste a Teus servos volvidos para os recintos
de Tua corte e o santuário de Tua Presença, os quais observaram
o jejum por amor a Ti. Confesso, ó meu Deus, que tudo o que
procede de mim é completamente indigno de Tua soberania e inadequado à Tua majestade. E no entanto, imploro-Te – por Teu
Nome, através do qual revelaste a todas as coisas criadas, Teu
próprio Ser, na glória de Teus mais excelentes títulos, nesta Revelação pela qual manifestaste Tua beleza, através de Teu Nome,
o Mais Resplandecente – imploro-Te que me faças sorver do
vinho da Tua misericórdia e da pura essência do Teu favor, fluindo da mão direita da Tua Vontade, para que eu possa de tal modo
fixar em Ti meus olhos e me desprender de tudo, menos de Ti,
que o mundo e todas as coisas nele criadas me possam figurar
como um dia fugaz que Tu nem Te dignaste de criar.
Suplico-Te ainda, ó meu Deus, que faças chover, do céu da
Tua Vontade e das nuvens da Tua misericórdia, o que nos purifique do repugnante odor das nossas transgressões, ó Tu que Te
tens chamado o Deus de Misericórdia! És, em verdade, o Onipotente, o Todo-Glorioso, o Benéfico.
Não repilas, ó meu Deus, quem a Ti se dirigiu; não permitas àquele que se aproximou de Ti, ser removido para longe de
Tua corte; nem destruas as esperanças do suplicante que estendeu as mãos ansiosamente em busca de Tua graça e Teus favores; não prives Teus servos sinceros das maravilhas de Tua
41
mercê e benevolência. Clemente e generosíssimo és Tu, ó meu
Senhor! Poder possues para realizar o que Te apraz. Qualquer
outro, senão Tu, é débil perante as revelações da Tua grandeza,
é como um perdido em face das evidências da Tua riqueza;
como simplesmente nada se afigura, ao ser comparado às manifestações da Tua transcendente soberania, e destituído de toda a
força, quando face a face com os sinais e símbolos do Teu poder.
Que refúgio há além de Ti, ó meu Senhor, ao qual eu possa
fugir, e onde existe abrigo ao qual eu me possa apressar? Não,
o poder da Tua grandeza me dá testemunho! Nenhum protetor
há, senão Tu; nem lugar para onde fugir, salvo Tu somente; nem
refúgio, além de Ti, que se possa buscar. Faze-me saborear, ó
meu Senhor, a doçura divina de Tua lembrança e Teu louvor.
Atesto por Tua grandeza! Quem provar sua doçura haverá de se
livrar de todo apego ao mundo e a tudo o que nele existe e, purificado da lembrança de qualquer outro senão de Ti, volver para
Ti a sua face.
Inspira minh’alma, então, ó meu Deus, com Tua maravilhosa lembrança a fim de que eu possa glorificar Teu Nome. Não
me incluas no número dos que lêem Tuas Palavras sem poderem
discernir Tua dádiva oculta, a qual, segundo Teu decreto, está
nelas contida e anima as almas das Tuas criaturas e os corações
dos Teus servos. Seja eu incluído, ó meu Senhor, no número dos
que foram tão comovidos pelos suaves odores emanados em
Teus dias, que eles ofereceram suas vidas por Ti, apressando-se
à cena de sua morte, em seu ardente desejo de contemplar Tua
beleza e em seu anseio por atingir Tua Presença. E se alguém
lhe perguntar no caminho, “Aonde ides?”, diriam, “Vamos a
Deus, o Possuidor de tudo, o Amparo no Perigo, O que existe
por Si próprio!”
As transgressões cometidas por aqueles que se afastaram de
Ti e mostraram desdém, não puderam impedi-los de Te amarem
42
ou de volverem para Ti suas faces e se dirigirem à Tua misericórdia. Estes são os abençoados pela Assembléia no alto, os glorificados pelos habitantes das Cidades eternas e, além destes, por
aqueles em cujas frontes a Tua Pena excelsa escreveu: “Estes! O
povo de Bahá! Através deles se difundiram os esplendores da
luz que guia.” Foi assim ordenado, a Teu mando e por Tua vontade, na Epístola do Teu irrevogável decreto.
Proclama, pois, ó meu Deus, sua grandeza e a grandeza dos
que os rodearam, enquanto vivos, ou após a morte. Concedelhes o que destinaste aos justos entre Tuas criaturas. Poderoso és
para tudo fazer. Nenhum outro Deus há, senão Tu, o Onipotente,
o Amparo no Perigo, o Todo-Poderoso, a Suma Bondade.
Não deixes os nossos jejuns terminarem com este jejum, ó
meu Senhor, nem com este convênio, os convênios que Tu fizeste. Aceita tudo o que temos feito por amor a Ti e para Teu prazer, e tudo o que deixamos inacabado em conseqüência de nossa
sujeição a nossos desejos maus e corruptos. Permite, pois, nossa
firme aderência a Teu amor e Tua aprovação, e preserva-nos do
malefício dos que Te negaram repudiando Teus sinais resplandecentes. Tu és, em verdade, o Senhor deste mundo e do vindouro.
Nenhum outro Deus há, salvo Tu, o Excelso, o Altíssimo.
Engrandece Tu, ó Senhor meu Deus, Aquele que é o Ponto
Primaz, o Mistério Divino, a Essência Invisível, a Aurora da Divindade e a Manifestação da Tua Deidade, por Cujo intermédio
se revelou todo o conhecimento do passado e todo o conhecimento do futuro; através de Quem foram descobertas as pérolas da
Tua sabedoria oculta, e desvendado o mistério do Teu Nome precioso; Aquele a Quem apontaste para anunciar o Ser por Cujo
nome se juntaram e uniram a letra S e a letra E1, e através de

1. Isto é, gerando o comando da criação: “Sê!”

43
Quem Tua majestade, soberania e grandeza se tornaram conhecidas, Tuas Palavras desceram e Tuas Leis foram claramente
expostas; por intermédio de Quem Teus sinais se difundiram, Teu
Verbo estabeleceu-Se, e os corações dos Teus eleitos foram postos
a descoberto, e todos os que estavam nos céus e todos os que
estavam sobre a terra se reuniram; Aquele a Quem Tu denominaste ‘Alí-Muhammad1 no reino de Teus nomes, e o Espírito dos
Espíritos nas Epístolas do Teu irrevogável decreto, a Quem revestiste de Teu próprio título, a Cujo nome todos os demais
nomes, a Teu mando e pelo poder da Tua grandeza, tiveram de
se voltar, e em Quem Tu fizeste todos os Teus atributos e títulos
atingirem sua consumação final. A Ele também pertencem tais
nomes como os que jaziam ocultos em Teus tabernáculos puros,
em Teu mundo invisível e Tuas cidades santificadas.
Enaltece Tu, ainda, todos os que acreditaram Nele e em Seus
sinais e se volveram em Sua direção, dentre aqueles que reconheceram Tua Unidade em Sua Manifestação Ulterior – Manifestação da qual Ele fez menção em Suas Epístolas, em Seus Livros e em Suas Escrituras, em todos os maravilhosos versículos
e nas jóias das expressões que sobre Ele desceram. Foi essa
mesma Manifestação Cujo convênio Tu O mandaste estabelecer,
antes de haver Ele estabelecido Seu próprio convênio. Foi Aquele
Cujo louvor o Bayán celebrou. Neste, se elogiou Sua excelência
e estabeleceu Sua verdade, proclamou Sua soberania e aperfeiçoou Sua Causa. Bem-aventurado o homem que para Ele se volveu, cumprindo as coisas por Ele ordenadas, ó Tu que és o Senhor
dos mundos e o Desejo de todos os que Te conheceram!
Louvado sejas, ó meu Deus, por nos haveres ajudado a
reconhecê-Lo e amá-Lo. Suplico-Te, pois, por Ele e por Aqueles
que são as Auroras da Tua Divindade, os Tesouros da Tua Re1. O Báb.

44
velação e os Santuários da Tua inspiração, que nos dê o poder
de O servirmos e obedecermos, de nos tornarmos os esteios da
Sua Causa, os que dispersam Seus adversários. Poderoso és para
fazer o que Te apraz. Não há outro Deus salvo Tu, o Onipotente,
o Todo-Glorioso, Aquele de Quem todos os homens buscam
amparo!
Bahá’u’lláh

5
...Ó meu Deus, dou testemunho de que Tu, desde a eternidade, nada fizeste descer sobre Teus servos senão aquilo que
causasse sua elevação, sua aproximação de Ti e sua ascensão ao
céu da Tua transcendente Unidade. Estabeleceste Teus limites
entre eles, ordenando que fossem como evidências da Tua justiça e sinais da Tua misericórdia entre Tuas criaturas, a cidadela
da Tua proteção em meio a Teu povo, a fim de que homem
algum em Teu reino transgredisse contra seu próximo. Como é
grande a bem-aventurança daquele que por amor a Tua beleza
e a Teu prazer, reprimiu os desejos de uma inclinação corrupta
e observou os preceitos fixados por Tua Pena excelsa! Ele, em
verdade, há de ser incluído no número dos que atingiram todo
o bem e seguiram o caminho apontado por Ti.
Suplico-Te, ó meu Senhor, por Teu Nome, através do qual
concedeste a Teus servos e Teu povo o poder de Te conhecerem,
e atraíste para a corte resplandecente da Tua Unidade os corações dos que Te reconheceram, e fizeste as almas de Teus favorecidos aproximarem-se da Aurora da Tua Unicidade – suplicoTe que eu seja ajudado a observar o jejum inteiramente por
amor a Ti, ó Tu, o Pleno de Majestade e Glória! Capacita-me,
então, ó meu Deus, para ser contado entre aqueles que aderiram
45
as Tuas leis e Teus preceitos, por Tua causa, tão somente e com
sua vista fixada em Tua Face. São estes, realmente, cujo vinho
consiste em tudo o que procedeu dos lábios da Tua Vontade primordial, cuja poção pura é o Teu chamado arrebatador, cujo rio
celestial é Teu amor, cujo paraíso é a entrada em Tua Presença,
a reunião Contigo. Pois Tu foste seu Princípio e seu Fim, sua
Mais Alta Esperança e seu Desejo Supremo. Cega seja a vista
que contemplar qualquer coisa que Te desagrade, e confundida
a alma que se inclinar ao que seja contrário à Tua Vontade.
Por Ti Próprio e por eles, imploro-Te, ó meu Deus, que Te
dignes de aceitar, através de Tua graça e benevolência, as obras
que temos realizado, por muito aquém que estejam da elevação
e sublimidade do Teu estado, ó Tu que és o Mais Amado dos corações que por Ti anseiam, e és Quem cura as almas que Te reconhecem! Que faças chover, pois, sobre nós, do céu da Tua
misericórdia e das nuvens da Tua benevolência, o que nos possa
purificar do menor traço de desejos maus e corruptos, e nos
aproxime Daquele que é o Manifestante do Teu Próprio Ser sublime e todo-glorioso. Tu, verdadeiramente, és o Senhor deste
mundo e do vindouro, e és poderoso para tudo fazer...
Bahá’u’lláh

6
Tú vês, ó Deus de Misericórdia, Tu Cujo poder predomina
sobre todas as coisas criadas, estes servos Teus, Teus cativos,
que, de acordo com o beneplácito de Tua Vontade, observam
durante o dia de jejum por Ti prescrito, que se levantam, ao
primeiro alvor da manhã, para fazer menção de Teu Nome e
celebrar-Te o louvor, na esperança de obterem seu quinhão das
46
boas coisas guardadas nos tesouros de Tua graça e generosidade.
Suplico-Te – ó Tu que seguras nas mãos as rédeas da criação
inteira, em Cujo poder está todo o reino de Teus Nomes e de
Teus atributos – que não prives Teus servos, em Teu Dia, das
chuvas que manam das nuvens de Tua Misericórdia, nem os
impeças de tomarem seu quinhão do oceano de Teu beneplácito.
Todos os átomos da terra dão testemunho, ó Meu Senhor,
da grandeza de Teu poder e de Tua soberania; e todos os sinais
do universo atestam a glória de Tua majestade e de Tua Onipotência. Tem misericórdia, então – ó Tu que és o Senhor soberano
de todos, que és o Rei dos dias sempiternos e Governante de
todas as nações – destes servos Teus, que se seguram à corda de
Teus mandamentos e se curvaram diante das revelações de Tuas
leis, enviadas do céu de Tua Vontade.
Vê, ó meu Senhor, como seus olhos estão erguidos para o
alvorecer de Tua benevolência, como seus corações se apegam
aos oceanos de Teus favores, como suas vozes se baixam ante
os acentos de Tua dulcíssima Voz, que chama da mais sublime
Altura, em Teu nome, o Todo-Glorioso. Ajuda Tu os Teus bemamados, ó meu Senhor, aqueles que a tudo abandonaram a fim
de obterem as coisas que Tu possues, aqueles que foram cercados por provações e tribulações porque haviam renunciado ao
mundo e se afeiçoado a Teu domínio de glória. Protege-os – suplico-Te, ó meu Senhor – das investidas de seus maus desejos
e paixões, e ajuda-os a obterem as coisas que haverão de lhes
trazer proveito neste mundo presente e no vindouro.
Peço-Te, ó meu Senhor – pelo Teu Nome oculto, Teu Nome
estimado, que chama altamente no reino da criação e convoca
todos os povos à Árvore além da qual não há passagem, à sede
de transcendente glória – que faças descer sobre nós e sobre
Teus servos a chuva transbordante de Tua misericórdia, para que
nos purifique da lembrança de tudo, salvo de Ti, e nos aproxime
47
das orlas do oceano de Tua graça. Ordena, ó Senhor, através de
Tua Pena excelsa, o que imortalize nossas almas no Reino de
glória, perpetue nossos nomes em Teu Domínio e ampare nossas
vidas nos tesouros de Tua proteção e nossos corpos na cidadela
de Tua inviolável fortaleza. Poderoso és sobre todas as coisas,
sejam do passado ou do futuro. Não há outro Deus senão Tu, o
onipotente Protetor, O Que subsiste por Si Próprio.
Tu vês, ó Senhor, nossas mãos suplicantes erguidas para o
céu de Teu favor e Tua generosidade. Permite que se encham
dos tesouros de Tua munificência e abundante favor. Perdoanos, e aos nossos pais e às nossas mães, e cumpre o que temos
desejado do oceano de Tua graça e generosidade Divina. Aceita,
ó Bem-Amado de nossos corações, todas as nossas obras em Teu
caminho. Tu és, verdadeiramente, o Mais Poderoso, o Excelso,
o Incomparável, o Uno, o Clemente, o Benévolo.
Bahá’u’lláh

Orações publicadas no livro “ORAÇÕES E MEDITAÇÕES, da Editora Bahá’í do
Brasil. Edição de 1996, às páginas 188 a 202.

48
Oração revelada por Bahá’u’lláh
para o Naw-Rúz (Ano Novo Bahá’í),
após o término do período do Jejum

Naw-Rúz
[Naw-Rúz, 21 de março, é o primeiro dia do ano bahá’í.]

Louvado sejas, ó meu Deus, por haveres ordenado o NawRúz como um festival para aqueles que observaram o jejum por
amor a Ti e se abstiveram de tudo o que Tu desaprovas. Permite,
ó meu Senhor, que o fogo de Teu amor e o ardor causado pelo
jejum por Ti prescrito, os inflamem em Tua Causa e os façam
ocuparem-se com Teu louvor e Tua menção.
Desde que Tu os ornamentaste, ó meu Senhor, com o adorno do jejum prescrito por Ti, concede-lhes também o adorno da
Tua aprovação, através de Tua graça e Teu copioso favor. Pois
todos os atos do homem dependem de Tua Vontade e estão
condicionados a Teu mando. Se Tu considerasses alguém que
interrompeu o jejum como se o tivesse observado, tal homem
seria contado entre aqueles que desde a eternidade observam o
jejum. E se decretasses que um observante do jejum o tivesse
quebrado, essa pessoa seria incluída no número dos que macularam de pó as Vestes da Tua Revelação e se afastaram das
águas cristalinas desta Fonte viva.
És Aquele através de Quem se ergueu a insígnia “Digno de
louvor és Tu em Tuas obras” e se desfraldou o estandarte “Obedecidos és Tu em Tuas ordens.” Torna conhecida a Teus servos
49
essa posição Tua, ó meu Deus, para que saibam ser a excelência
de todas as coisas dependente de Tua autorização e Tua Palavra,
e a virtude de todo ato condicionada à Tua permissão e à Tua
Vontade, a fim de reconhecerem que as rédeas das atividades
humanas se acham nas mãos de Tua aprovação e Teu mandamento. Que isto lhes seja conhecido para que nada em absoluto os
possa excluir de Tua Beleza, nestes dias em que o Cristo exclama:
“Todo domínio é Teu, ó Tu que geraste o Espírito”; e Teu Amigo
exclama: “Glória a Ti, ó Tu, o Mais Amado, pois desvelaste Tua
Beleza e inscreveste para os Teus eleitos o que os fará atingirem
a sede da revelação do Teu Nome Supremo, através do qual
lamentaram todos os povos exceto aqueles que se desprenderam
de tudo, menos de Ti, e se voltaram para Ele, o Revelador do
Teu próprio Ser e o Manifestante dos Teus atributos.”
Aquele que é Teu Ramo e toda a Tua companhia, ó meu
Senhor, quebraram hoje seu jejum, após o terem observado nos
recintos de Tua corte, em seu anseio de fazer o que Te apraz.
Ordena-Lhe e a eles, e a todos os que entraram em Tua Presença, nesses dias, todo o bem que destinaste em Teu Livro. Concede-lhes, então, o que seja de benefício, tanto nesta vida como
na do além.
Tu és, em verdade, o Onisciente, a Suma Sabedoria.
Bahá’u’lláh

Do livro “ORAÇÕES E MEDITAÇÕES, pág. 203, da Editora Bahá’í do Brasil,
edição 1996.

50
A IMPORTÂNCIA DA
MEDITAÇÃO

l
Textos de
Bahá’u’lláh
’Abdu’l-Bahá
52
Textos de Bahá’u’lláh

“Medita sobre aquilo que flui do céu da Vontade de teu
Senhor, Fonte de toda a graça, a fim de poderes compreender o
verdadeiro significado entesourado nas santas profundezas das
Sagradas Escrituras.” [1]

E
“Deve-se sorver o vinho da renúncia, atingir as sublimes
alturas do desprendimento e fazer a meditação à qual se referem
as palavras:
Uma hora de reflexão é preferível a setenta anos de adoração piedosa.
de modo a descobrir o segredo da miserável conduta do povo –
desse povo que, a despeito do amor e do ardente desejo que
professa ter pela verdade, amaldiçoa aqueles que seguem a
Verdade, após Ele haver se manifestado, fato esse atestado pela
tradição que acabamos de mencionar.” [2]

E
“Lede com toda a atenção, diariamente, os versículos revelados por Deus. Bem-aventurado aquele que os recita e sobre
eles medita.
Em verdade ele é daqueles que estarão bem.”
53

[3]
“Imergi-vos no oceano das Minhas palavras, a fim de que
possais desvendar seus segredos e descobrir todas as pérolas de
sabedoria que jazem ocultas em suas profundezas.
Acautelai-vos para que não vacileis em vossa determinação
de abraçar a verdade desta Causa – uma Causa da qual se revela
as potencialidades da grandeza de Deus e estabelece Sua soberania. Com face radiante de júbilo, apressai-vos a Ele. Esta é a
imutável Fé Divina, eterna no passado, eterna no futuro. Oxalá
quem a buscar, a atinja; quanto àquele que se recusar a buscála – em verdade Deus é suficiente por Si próprio, longe está Ele
de necessitar das Suas criaturas.” [4]

E

Do livro “O APROFUNDAMENTO, O CONHECIMENTO e a COMPREENSÃO
DA FÉ”, Editora Bahá’í do Brasil.
(1) pg. 21
(2) pg. 21
(3) pg. 11
(4) pgs. 10/11

54
Textos de ’Abdu’l-Bahá

1.

Concede vida eterna ao ser humano
“Através da faculdade da meditação, o homem alcança a
vida eterna; por seu intermédio, recebe o sopro do Espírito
Santo – a graça do Espírito Santo é obtida em reflexão e
meditação.
O próprio espírito do homem se informa e fortalece durante
a meditação; através dela, assuntos que o homem desconhecia inteiramente lhe são revelados. Por seu intermédio, recebe inspiração divina, alimento celestial.”
[p. 20]

2.

Coloca-o em contato com Deus
“A meditação é a chave que abre as portas dos mistérios.
Nesse estado, o homem abstrai-se de si mesmo, afasta-se de
si mesmo, afasta-se de todos os objetos externos; nesse
estado subjetivo, imerge no oceano da vida espiritual e
pode descobrir os segredos do íntimo das coisas...
A faculdade da meditação liberta o homem da natureza
animal, discerne a realidade das coisas e coloca-o em contato com Deus.”
[p. 20]

55
3.

Voltarmo-nos para Deus, somente
“Devemos nos esforçar para atingir esta condição, separando-nos de tudo e do povo do mundo, e voltando-nos para
Deus, somente.
Será preciso algum esforço de parte do homem para alcançar tal estado, mas ele deve trabalhar para isso, lutar por
isso. É pensando mais nas coisas espirituais que se pode
atingi-lo. Quanto mais nos afastamos de uma, mais nos
aproximamos da outra. A escolha é nossa.”
[p. 22]

4.

Iluminação do entendimento
“Quando o homem permite ao espírito, através da alma,
iluminar seu entendimento, então ele contém toda a criação...
Mas, por outro lado, quando o homem não abre a mente e
o coração às bênçãos do espírito, e sim inclina sua alma
para o lado material, na direção da parte corporal de sua
natureza, então ele desce de sua alta posição e torna-se
inferior aos habitantes do mais baixo reino animal.”
[p. 19]

Do livro “A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO, MEDITAÇÃO e da ATITUDE
DEVOCIONAL” – Editora Bahá’í do Brasil.

56
TEMAS ESPECIAIS
PARA MEDITAÇÃO
l
Textos de Bahá’u’lláh
selecionados para leitura e
meditação diária durante os
19 dias do jejum bahá’í:
(2 a 20 de março)
Ação e exemplo seguem-se à oração e meditação
“Oração e meditação são fatores muito importantes
ao aprofundamento da vida espiritual do indivíduo,
mas devem ser acompanhadas também de ação e
exemplo, uma vez que estes são os resultados tangíveis daqueles. Ambos são essenciais.”
Shoghi Effendi
Temas diários para
leitura e meditação durante
os 19 dias do Jejum

1º dia: 2 de março
2º dia: 3
3º dia: 4
4º dia: 5
5º dia: 6
6º dia: 7
7º dia: 8
8º dia: 9
9º dia: 10
10º dia: 11
11º dia: 12
12º dia: 13
13º dia: 14
14º dia: 15
15º dia: 16
16º dia: 17
17º dia: 18
18º dia: 19
19º dia: 20

de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de

março
março
março
março
março
março
março
março
março
março
março
março
março
março
março
março
março
março

O APROFUNDAMENTO DA FÉ, 60
PUREZA, 63
JUSTIÇA E EQUIDADE, 66
BONDADE E TOLERÂNCIA, 69
HUMILDADE, 72
FIDEDIGNIDADE E HONESTIDADE, 75
SINCERIDADE, 78
CORTESIA E BOM CARÁTER, 81
GENEROSIDADE E CARIDADE, 84
SANTIDADE E CASTIDADE, 87
DESPRENDIMENTO, 90
CONSTÂNCIA, 94
AMOR À HUMANIDADE, 97
MODERAÇÃO E SABEDORIA, 100
LOUVOR E GRATIDÃO, 103
TRABALHO E SERVIÇO, 106
PACIÊNCIA NAS PROVAÇÕES, 109
ALEGRIA E FELICIDADE, 112
A POSIÇÃO E A RECOMPENSA DO
VERDADEIRO SERVO DE BAHÁ, 114

59
1º Dia do mês ’Alá/Sublimidade
2 DE MARÇO
Aprofundamento da Fé
“O primeiro dever prescrito por Deus a Seus servos é o
reconhecimento d’Aquele que é o Alvorecer de Sua Revelação
e a Fonte de Suas leis...”
Cumpre a cada um que alcançar esse mais sublime grau,
esse ápice de transcendente glória, observar todos os mandamentos d’Aquele que é o Desejo do Mundo.
Esses deveres gêmeos são inseparáveis. Um não é aceitável
sem o outro. Assim decretou Aquele que é o manancial da inspiração divina.” [1]
“Recitai os versículos de Deus a cada manhã e anoitecer.
Quem não os recita não é fiel ao Convênio de Deus e a Seu
Testamento, e quem neste dia se afasta desses versículos sagrados é dos que por toda a eternidade se afastaram de Deus.” [2]
“Os que recitam os versículos do Todo-Misericordioso com
a mais melodiosa entoação, descobrirão neles aquilo com o qual
o domínio sobre a terra e o céu jamais se poderá comparar.
Inalarão, nestes versículos, a fragrância divina de Meus
mundos – mundos que hoje ninguém pode discernir, salvo os
que foram dotados de visão por esta Revelação sublime e
formosa.
Dize: Estes versículos atraem os corações puros aos mundos espirituais que nem as palavras podem descrever, nem as
alusões insinuar. Bem-aventurados os que refletem.” [3]

60
“Inspira então minh’alma, ó meu Deus, com Tua maravilhosa lembrança, a fim de que eu possa glorificar Teu nome.
Não me incluas no número dos que lêem Tuas palavras e falham
em encontrar Tua dádiva oculta, a qual segundo Teu decreto está
nelas encerrada, e que vivifica as almas de Tuas criaturas e os
corações de Teus servos.” [4]
“A primeira coisa para se fazer é adquirir uma sede de
espiritualidade, e então, viver a vida! Viver a vida! Viver a vida!
O caminho para se adquirir esta sede é a meditação sobre a vida
vindoura. Estudai as Palavras Sagradas, lede vossa Bíblia e os
Livros Sagrados; em especial, estudai as Palavras Sagradas de
Bahá’u’lláh. Quanto à meditação, dedica-lhes muito tempo.
Então conhecereis essa Grande Sede, e somente então podereis
principiar a viver a vida!” [5]
“Ó Meus servos! Minha sagrada Revelação divinamente
ordenada, se pode comparar a um oceano em cujas profundidades se ocultam inúmeras pérolas de grande preço, de brilho
inexcedível. É dever de cada um que busca, despertar e envidar
esforços para atingir as orlas deste oceano, de modo que possa,
em proporção ao ardor de sua busca e aos esforços por ele
despendidos, participar de tais benefícios que foram preordenados nas ocultas e irrevogáveis Epístolas de Deus.” [6]
“Conhecimento é amor. Estudai, dai ouvido às exortações e
meditai, esforçando-vos por compreender a sabedoria e a grandeza de Deus. Deve-se fertilizar o solo antes que as sementes
sejam lançadas.” [7]
“Fosse qualquer homem ponderar no coração o que a Pena
do Altíssimo revelou, e fosse lhe saborear a doçura, ele, certamente, se veria vazio e livre de seus próprios desejos e comple61
tamente submisso à Vontade do Todo-Poderoso. Feliz o homem
que atingiu esse tão alto grau e não se privou de tão abundante
graça.” [8]
“Incumbe-vos meditar e ponderar em vossos corações sobre
Suas palavras invocando humildemente Seu auxílio e livrandovos do ego em Sua Causa celestial. Isto é o que fará de vós
sinais de guia para toda a humanidade, estrelas fulgentes resplandecendo do supremo e mais elevado horizonte e árvores
altaneiras no Paraíso de Abhá.” [9]

E E E

Reflexão pessoal a ser meditada durante o dia:
1.

Hoje é o primeiro dia do jejum. O que poderia fazer para que este
meu jejum fosse mais proveitoso, ajudando e acelerando meu crescimento espiritual e humano?

2.

Qual a importância do “aprofundamento na minha vida?” Quantas
horas ou minutos da minha vida diária são dedicados ao aprofundamento?

3.

Como poderia estabelecer um programa sistemático de aprofundamento para mim e para minha família?

62
2º dia do mês ’Alá / Sublimidade
3 DE MARÇO
Pureza
“Ó Deus Clemente! Estes servos dirigem-se a Teu Reino
em busca de Tua graça e Tuas dádivas. Ó Deus! Torna bons e
puros seus corações, para que sejam dignos de Teu amor. Purifica e santifica os espíritos, para que irradiem a luz do Sol da
Realidade. Torna puros e santos os olhos, a fim de poderem
perceber Tua Luz. Purifica e santifica os ouvidos, para que
possam ouvir o chamado de Teu Reino. Ó Senhor! Em verdade,
somos pobres, mas Tu és rico. Somos aqueles que buscam, e Tu
é o Objeto de nossa busca! Ó Senhor! Tem compaixão de nós
e perdoa-nos; concede-nos capacidade e disposição para que
possamos corresponder a Teus favores e ser atraídos a Teu Reino, acesos com a chama do Teu amor e ressuscitados pelo sopro
de Teu Espírito Santo, neste século radiante. Tu és Poderoso, és
Onipotente; és o Pleno de Misericórdia e és o Mais Generoso!”
‘Abdu’l-Bahá
“Ó FILHO DO SER!
Teu coração é Meu lar; santifica-o para Minha descida. Teu
espírito é a sede de Minha Revelação; purifica-o, para que nele
Eu possa Me manifestar.” [10]
“A capacidade para entender Suas palavras e a compreensão das entoações das Aves do Céu, de modo algum dependem
da erudição humana. Dependem tão somente da pureza de coração, da castidade de alma e da liberdade de espírito.” [11]
63
“O coração puro é aquele que está inteiramente desprendido do ego.” [12}
“Agora é o tempo de purificares a ti mesmo com as águas
do desprendimento que fluíram da Pena Suprema e, inteiramente por amor a Deus, ponderares sobre aquilo que repetidamente
tem-se feito descer ou tem sido manifesto esforçando-te, então,
o quanto for-te possível, por extinguir através do poder da sabedoria e da força de tuas palavras – o fogo da inimizade e do
ódio que arde latentemente nos corações dos povos do mundo.
O advento dos Mensageiros Divinos e a revelação de Seus livros
deram-se com o propósito de promover o conhecimento de Deus
e fomentar a unidade e amizade entre os seres humanos.” [13]
“Sê puro, ó povo de Deus, sê puro; reto, sê reto... Dize: Ó
povo de Deus! O que pode assegurar a vitória d’Aquele que é
a Verdade Eterna – Suas hostes, Seus auxiliadores na terra, foi
assentado nas escrituras e nos Livros Sagrados e está tão claro
e manifesto como o sol. Essas hostes são as ações retas, a conduta e o caráter que são, a Seu ver, aceitáveis. Se alguém, neste
Dia, se levantar para promover Nossa Causa, convocando em
seu auxílio as hostes de um caráter louvável e conduta íntegra,
a influência que emana de tal ação será difundida, com absoluta
certeza, pelo mundo inteiro.” [14]
“Nós, verdadeiramente, observamos vossas ações. Se percebermos nelas o doce aroma da pureza e santidade, nós com
absoluta certeza vos abençoaremos. Instamos aos servos de
Deus e às Suas servas que sejam puros e temam a Deus, a fim
de que possam se livrar da dormência de seus desejos corruptos
e se volver para Deus.” [15]
E E E
64
Reflexão pessoal a ser medida durante o dia:
1.

Por que somente o coração puro é digno do amor de Deus?

2.

O que significam as expressões:
“castidade da alma” e
“liberdade de espírito”?

3.

O que posso fazer para purificar meu coração?

65
3º dia do mês ’Alá / Sublimidade
4 DE MARÇO
Justiça e Equidade
“Ó FILHO DO ESPÍRITO!
A mais amada de todas as coisas, a Meu ver, é a Justiça;
não te afastes dela, se é que Me desejas, nem a negligencies,
para que em ti Eu possa confiar. Com sua ajuda, verás com teus
próprios olhos e não com os alheios e saberás por teu próprio
conhecimento e não pelo conhecimento de teu próximo.” [16]
“Acautelai-vos para que não vos prefirais acima de vosso
próximo.
Sede justo com vós próprios e com os outros, para que
assim, através de vossas ações, as evidências da justiça sejam
reveladas entre os Nossos servos fiéis.
Das virtudes humanas, a eqüidade é a mais fundamental.
Dela, forçosamente, há de depender a avaliação de todas as
coisas.
Dizei! Observai eqüidade em vosso julgamento, ó vós,
homens de coração compreensível! Quem julga com injustiça é
destituído das características que distinguem a condição do homem.” [17]
“Membros da raça humana! Segurai-vos firmemente à
Corda que homem algum poderá partir. Isto, em verdade, vos
será proveitoso durante todos os dias de vossa vida, pois sua
força é de Deus, o Senhor de todos os mundos. Aderi à justiça
e eqüidade e afastai-vos dos sussurros dos insensatos, daqueles
que estão afastados de Deus, que ataviaram as cabeças com o
66
ornamento dos sábios e condenaram à morte Aquele que é a
Fonte da sabedoria.” [18]
“Ó FILHO DO ESPÍRITO!
Saibas tu de uma verdade: Aquele que exorta os homens a
serem justos enquanto ele comete iniqüidade, não é de Mim,
ainda que leve Meu nome.” [19]
“A luz dos homens é a Justiça; não a apagues com os ventos contrários da opressão e tirania. O propósito da justiça é o
aparecimento da unidade entre os homens.” [20]
“Não ponhais sobre nenhuma alma uma carga da qual vós
não quereríeis ser incumbidos, nem desejeis para pessoa alguma,
as coisas que não desejaríeis para vós mesmos. É este Meu
melhor conselho para vós, fôsseis apenas observá-lo.” [21]
“Trilhai o caminho da justiça, pois este é, em verdade, o
caminho reto.”
“O pálio da existência repousa sobre a vara da justiça e não
da clemência e a vida da humanidade depende da justiça e não
da clemência.” [22]
“A Justiça, neste dia, deplora seu penoso estado e a Eqüidade geme sob o jugo da opressão. As espessas nuvens da tirania
obscureceram a face da terra, envolvendo seus povos. Pelo
movimento de Nossa Pena de glória, a mando do Onipotente
que a tudo ordena, temos insuflado uma nova vida em cada
corpo humano e imbuído cada palavra de uma potência nova.
Todas as coisas criadas proclamam as evidências desta regeneração mundial. É esta a maior, a mais jubilosa nova que a pena
deste Injuriado transmite à humanidade. Por que tendes receio,
67
ó Meus bem-amados? Quem é que vos possa desalentar? Basta
um toque de umidade dissolver o barro endurecido de que é
moldada essa geração perversa. O simples ato de vos reunirdes
é suficiente para dissipar as forças desses seres vãos e indignos...” [23]
E E E
Reflexão pessoal a ser meditada durante o dia:
1.

Bahá’u’lláh nos ensina que “a mais amada de todas as coisas é a
Justiça” e que “das virtudes humanas, a eqüidade é a mais fundamental”. Qual é a diferença entre as qualidades de “justiça” e
“eqüidade”?

2.

De que maneira a justiça faz aparecer a unidade entre os homens?
Por que?

3.

Por que o “O pálio da existência repousa sobre a vara da justiça
e não da clemência”?

68
4º dia do mês ’Alá / Sublimidade
5 DE MARÇO
Bondade e Tolerância
“Ó meu Deus, Deus de bondade e de misericórdia! Tu és
aquele Rei cuja Palavra de mando chamou para a existência a
criação inteira; e és aquele Todo-Generoso que jamais foi impedido, pelas ações dos Seus servos, de manifestar Sua graça ou
de revelar sua bondade.
Permite que este servo, eu Te imploro, atinja o que for a
causa de sua salvação em cada mundo de Teus mundos. És, em
verdade, o Onipotente, o Mais Poderoso, o Onisciente, a Suma
Sabedoria!
Bahá’u’lláh

“Ó FILHO DO ESPÍRITO!
Meu primeiro conselho é este: Possue um coração puro,
bondoso e radiante, para que seja tua alma uma soberania antiga, imperecível e eterna.” [24]
“É Nossa vontade e Nosso desejo que cada um de vós se
torne uma fonte de toda bondade para os homens e um exemplo
de retidão para o gênero humano. Acautelai-vos para que não
considereis a vós mesmos acima de vosso próximo. Fixai vosso
olhar n’Aquele que é o Templo de Deus entre os homens. Ele,
em verdade, ofereceu Sua vida como resgate para a redenção do
mundo. Ele, verdadeiramente, é o Todo-Generoso, o Benévolo,
o Altíssimo. Se algumas diferenças surgirem entre vós, vede-Me
69
diante de vossa face e não olheis as faltas uns dos outros, por
consideração a Meu Nome e como sinal de vosso amor por
Minha Causa manifesta e resplendente. Em todos os tempos
gostamos de vos ver associardes uns aos outros em amizade e
concórdia dentro do paraíso de Meu beneplácito, e de inalar de
vossos atos a fragrância da amizade e união, da benevolência e
do amor fraternal. Assim vos aconselha o Onisciente, o Fiel.
Estaremos sempre convosco; se inalarmos o perfume de vosso
espírito fraternal, Nosso coração certamente se regozijará, pois
nada, a não ser isto, Nos pode satisfazer. Disto dá testemunho
todo homem de verdadeira compreensão.” [25]
“Gostamos de vos ver, em todas as ocasiões, associandovos uns aos outros em amizade e concórdia, no paraíso de
Minha aprovação e de inalar dos vossos atos a fragrância da
amabilidade e união da bondade e camaradagem... Estaremos
sempre convosco; se inalarmos o perfume de vossa camaradagem, o Nosso coração haverá de se regozijar, certamente, pois
nada, a não ser isto, Nos pode satisfazer.”
“Mostrai tolerância, benevolência e amor mutuamente. Se
qualquer um de vós não puder compreender uma certa verdade,
ou estiver fazendo um esforço para compreendê-la, mostrai, ao
conversardes com ele, um espírito de extrema gentileza e boa
vontade. Ajudai-o a ver e reconhecer a verdade, sem que vos
julgueis, no mínimo grau, superiores a ele ou possuidores de
maiores dons.” [26]
“Não contemples as criaturas de Deus, a não ser com os
olhos da benevolência e da mercê, pois Nossa terna Providência
abrangeu todas as coisas criadas e Nossa graça cingiu a terra e
os céus. Este é o Dia em que os verdadeiros servos de Deus
participam das águas vivificadoras da reunião, o Dia em que
aqueles que Lhe estão próximos podem sorver do suave rio da
70
imortalidade, e os que crêem em Sua unidade, do vinho de Sua
Presença, através de seu reconhecimento d’Aquele que é o Alvo
Supremo e Final de todos, em Quem a Língua da Majestade e
Glória pronuncia o chamado: “Meu é o Reino. Eu Próprio sou,
em virtude de direito Meu, seu Governante.” [27]
“Associai-vos a todos os homens, ó povo de Bahá, em espírito amigável e fraternal. Se estiverdes cientes de uma certa
verdade, se possuirdes uma jóia da qual outros são privados,
reparti-a com eles em uma linguagem da maior bondade e benevolência. Se for aceita, sendo assim realizado seu propósito,
tereis atingido vosso objetivo. Se alguém a recusar, deixai-o a
sós e suplicai a Deus que o guie. Guardai-vos de tratá-lo de um
modo pouco bondoso. Uma língua bondosa é o ímã dos corações dos homens. É o pão do espírito, veste de significado as
palavras, é a fonte da luz da sabedoria e compreensão...” [28]
E E E
Reflexão pessoal a ser meditada durante o dia:
1.

O que devo fazer na minha vida para ter “um coração puro, bondoso e radiante?”

2.

De que forma poderei associar-me a “todos os homens... em espírito amigável e fraternal?”

71
5º dia do mês ’Alá / Sublimidade
6 DE MARÇO
Humildade
“Não removas, ó Senhor, a mesa festiva que se estendeu em
Teu Nome, nem apagues a flama ardente, acesa com Teu fogo
inextinguível. Que Tuas Águas Vivas, murmurando com a melodia de Tua glória e Tua lembrança, não deixem de fluir, e Teus
servos não sejam privados da fragrância de Teus doces aromas,
donde emana o perfume do Teu amor.
Senhor! Transforma a angústia de Teus santos em sossego,
suas durezas em conforto; muda-lhes a humilhação em glória, e
a tristeza em júbilo e êxtase, ó Tu que seguras nas mãos as
rédeas de toda a humanidade!
És, em verdade, o Deus Uno, o Poderoso, o Onipotente, a
Suprema Sabedoria!”
‘Abdu’l-Bahá

“Ó FILHOS DOS HOMENS!
Não sabeis por que Nós vos criamos a todos do mesmo pó?
A fim de que ninguém se enaltecesse acima dos outros. Ponderai
no coração, em todos os tempos, de que modo fostes criados.
Desde que vos tenhamos criado a todos da mesma substância,
deveis ser como uma só alma, andando com os mesmos pés,
alimentando-vos com a mesma boca e habitando na mesma
Terra, a fim de que, do imo de vosso ser, através de vossa ações,
se manifestem os sinais da unidade e a essência do desprendi72
mento. É esteo Meu conselho a vós, ó assembléia de luz! Atendei a este conselho, para que possais obter, da árvore de glória
maravilhosa, o fruto da santidade.” [29]
“Os que são os bem-amados de Deus, onde quer que se reúnam e quaisquer que sejam aqueles com quem se encontrem, devem demonstrar, em sua atitude para com Deus e na maneira de
celebrar Seu louvor e glória, tal humildade e submissão que cada
átomo de pó sob seus pés ateste a profundidade de sua devoção. A
conversação de que participam essas almas santas deve ser imbuída de tamanho poder que esses mesmos átomos de pó sejam
estremecidos pela sua influência. Devem de tal modo se comportar que a terra em que pisam jamais tenha direito de lhes dirigir
palavras como estas: “Devo ser preferida a vós. Pois podeis testemunhar quanto sou paciente em suportar o peso que o lavrador
põe sobre mim. Sou o instrumento que a todos os seres concede,
sem cessar, as bênçãos que me foram confiadas por Aquele que é
a Fonte de todas as graças. Não obstante a honra que me foi concedida e as inumeráveis evidências de minha riqueza – riqueza
esta que supre as necessidades de toda a criação – vede o grau de
minha humildade, testemunhai com que submissão absoluta eu
me deixo ser pisada sob os pés dos homens...” [30]
“A humildade leva o homem ao céu da glória e do poder,
enquanto o orgulho o rebaixa até às profundezas da miséria e
degradação.
Todo o homem de discernimento, enquanto caminha sobre
a terra, se sente humilhado, em verdade, desde que percebe
perfeitamente que a coisa de onde derivam sua prosperidade,
sua riqueza, seu poder, seu enaltecimento, seu progresso e sua
grandeza, é, segundo Deus determinou, a própria terra que é
pisada sob os pés de todos os homens. Quem conhece esta verdade está, sem a menor dúvida, purificado e santificado de todo
orgulho, arrogância e vanglória.” [31]
73
“Ó Meus servos! Sede resignados e submissos como a terra,
para que do solo de vosso ser floresçam os jacintos flagrantes,
sagrados e multicolores de Meu conhecimento. Sede flamejantes
como o fogo, para que possais queimar os véus da negligência
e fazer arder, com as energias vivificadoras do amor de Deus, o
coração enregelado e refratário. Sede leves e irrestritos como a
brisa, a fim de que possais obter acesso aos recintos de Minha
corte, de Meu inviolável Santuário.” [32]
“Ó FILHO DO HOMEM!
Fosses tu percorrer a imensidão do espaço e atravessar a
extensão do céu, nem assim encontrarias repouso, salvo em
submissão ao Nosso mandamento e em humildade perante Nossa face.” [33]
E E E
Reflexão pessoal a ser medida durante o dia:
1.

Na sociedade atual, onde os valores são todos trocados, as palavras
“humilde” e “humildade” soam piegas, ou ingênuas. No que devo
me espelhar, nesta sociedade, ou como adquirir as virtudes amadas por Deus?

2.

Por que devo buscar ser “humilde e submisso”?

3.

Segundo as palavras de Bahá’u’lláh, o que ocorre com as pessoas
arrogantes e orgulhosas?

74
6º dia do mês ’Alá / Sublimidade
7 DE MARÇO
Fidedignidade e Honestidade
“Agora mencionaremos a ti a Fidedignidade e sua posição
aos olhos de Deus, teu Senhor, o Senhor do Poderoso Trono.
Num dia dos dias, nos recolhemos à Nossa Ilha Verde. Ao chegarmos, vimos fluírem rios, observamos suas árvores viçosas e
a luz do sol que em seu meio cincilava. Volvendo a face à direita, contemplamos o que a pena é impotente para descrever;
nem pode ela expor o que os olhos do Senhor da Humanidade
presenciou nesse mais sagrado, mais sublime Lugar, nesse
Lugar bendito e excelso. Volvendo-nos, então, para a esquerda,
fitamos um dos belos Seres desse Mais Sublime Paraíso, que em
um pilar de luz, pousava e clamava, dizendo: “Ó habitantes da
terra e do céu! Contemplai Minha beleza, Meu esplendor, Minha
revelação e Minha fulgência. Por Deus, o Verdadeiro! Sou a
Fidedignidade – sua revelação e sua formosura. Recompensarei
a quem quer que a Mim adira, que Me reconheça o grau e a
posição e se segure à Minha orla. Sou o maior ornamento do
povo de Bahá, e a vestimenta de glória para todos os que estão
no reino da criação. Sou o instrumento supremo para a prosperidade do mundo e o horizonte da certeza para todos os seres.”
Assim a ti temos feito descer o que faça os homens aproximarem-se do Senhor da criação.” [34]
“Em verdade digo: Inclinai vossos ouvidos à Minha voz
melodiosa e santificai-vos da contaminação de vossas más paixões e vossos desejos corruptos. Os que habitam no tabernáculo
de Deus e ocupam os assentos da glória sempiterna, ainda que
estejam famintos, a ponto de morrer, se recusarão a estender as
75
mãos e apoderar-se ilegalmente da propriedade de seu próximo,
por mais vil e desprezível que este seja.” [35]
“Este Injuriado recomenda-vos a honestidade e a piedade.
Bem-aventurada a cidade que brilha com sua luz. Através destas
qualidades o homem é enaltecido e a porta de segurança é aberta
diante da face de toda a criação.” [36]
“Sabe tu com certeza: quem não crê em Deus, não é nem
fidedigno ne veraz. Isto, realmente, é a verdade, a indubitável
verdade. Quem age traiçoeiramente para com Deus, agirá traiçoeiramente também para com seu rei. Nada em absoluto pode
deter tal homem do mal, nada o pode impedir de trair seu próximo, nada o pode induzir a comportar-se com retidão.” [37]
“As virtudes e qualidades pertencentes a Deus estão todas
evidentes e manifestas e têm sido mencionadas e descritas em
todos os Livros celestiais. Entre elas se encontram a fidedignidade, a veracidade, a pureza de coração; enquanto se comunga
com Deus, a tolerância, a resignação a qualquer coisa que o
Onipotente haja decretado, o contentamento com as coisas que
Sua Vontade providenciou, a paciência ou, antes, a gratidão, em
meio às tribulações, e a completa confiança n’Ele, sob todas as
circunstâncias. Estas, segundo a estimativa de Deus, se incluem
entre os mais elevados e louváveis de todos os atos. Todos os
outros atos lhes são e sempre haverão de permanecer, secundários e subordinados...” [38]
“Embelezai vossas línguas com veracidade, ó povo, e adornai vossas almas com o ornamento da honestidade. Guardai-vos,
ó povo, de tratar qualquer um de modo traiçoeiro. Sede vós os
portadores da incumbência de Deus entre Suas criaturas e os
emblemas de Sua generosidade entre Seu povo. Os que seguem
seus desejos lascivos e inclinações corruptas têm errado e dis76
sipado seus esforços. São, de fato, dos perdidos. Esforçai-vos, ó
povo, para que vossos olhos se dirijam à misericórdia de Deus,
vossos corações se sintonizem com Sua maravilhosa lembrança,
vossas almas, com toda confiança, se apoiem em Sua graça e
generosidade e vossos pés trilhem a senda de Seu beneplácito.
Tais são os conselhos que vos lego. Oxalá pudésseis seguir Meus
conselhos!” [39]
E E E

Reflexão pessoal a ser meditada durante o dia:
1.

O que é fidedignidade? Como posso aplicar a fidedignidade em
minha vida diária?

2.

Por que a fidedignidade é “o instrumento supremo para a prosperidade do mundo e o horizonte da certeza para todos os seres?

3.

Por que, segundo as palavras de Bahá’u’lláh, quem não crê em
Deus não é fidedigno nem veraz?

77
7º dia do mês ’Alá / Sublimidade
8 DE MARÇO
Sinceridade
“Ó meu Deus! Ó meu Deus! Glória a Ti por me haveres
confirmado na confissão de que Tu és Uno, e me atraído para
a palavra da Tua Unidade; por me haveres feito arder com o
fogo do Teu amor e me ocupado em Te mencionar e em servir
a Teus amigos e a Tuas servas.
Ó Senhor, ajuda-me a ser humilde e submisso; fortalece-me
para que eu possa de tudo me desprender e me segurar à fímbria
das vestes da Tua glória, a fim de que meu coração se torne
pleno de Teu amor, não deixando espaço para o amor ao mundo
e o apego a suas qualidades.
Ó Deus! Santifica-me de tudo, menos de Ti; purifica-me da
escória dos pecados e das transgressões, e faze-me possuir coração e consciência espirituais.
Verdadeiramente, Tu és misericordioso; em verdade, Teu é
o auxílio, e Tua, a dádiva.”
‘Abdu’l-Bahá
“Ó FILHOS DE ADÃO!
Palavras santas e ações puras e dignas ascendem ao céu da
glória divina. Esforçai-vos para que vossas ações sejam expurgadas do pó do egoísmo e da hipocrisia e encontrem aceitação
na corte da glória; pois, dentro em breve, os avaliadores da
humanidade nada aceitarão, na santa presença do Ser Adorado,
salvo a virtude absoluta e atos de imaculada pureza. Esta é a
78
estrela dalva da sabedoria e do mistério divino que raiou no
horizonte da Vontade Divina. Bem-aventurados aqueles que para
lá se volvem.” [40]
“Não esperes que aqueles que violam as leis de Deus sejam
dignos de confiança ou sinceros na fé que professam. Evita-os
e mantém estrita vigilância sobre ti, para que seus ardís e injúrias não te causem dano.” [41]
“Atentai, ó povo, para que não sejais daqueles que dão bom
conselho aos outros, mas se esquecem de segui-lo. As palavras
de tais pessoas e além das palavras, as realidades de todas as
coisas, e além destas realidades, os anjos que estão próximos de
Deus, fazem contra eles a acusação de falsidade.” [42]
“Quem busca sinceramente não deve desejar para os outros
o que não deseja para si próprio, nem prometer o que não cumpre.” [43]
“O desígnio do Deus Uno e Verdadeiro ao manifestar-se é
convocar todos os homens para a veracidade e a sinceridade, para
serem piedosos e fidedignos, resignados e submissos à Vontade de
Deus, para mostrarem tolerância e bondade, retidão e sabedoria.
Seu objetivo é adornar todo homem com o manto de um caráter
pio, com o ornamento de belas e santas ações.” [44]
“Incumbe-te ser absolutamente sincero, volver-te para o Santo Reino e dard generosamente o espírito na Causa do Senhor de
Poder. Verdadeiramente, esta não é senão uma vida eterna, imperecedoura, que não termina no mundo existente.” [45]

E E E
79
Reflexão pessoal para ser meditada durante o dia:
1.

Já parei para pensar qual é o antônimo (o contrário) de sinceridade?

2.

Por que somente ações sinceras encontram aceitação na corte de
Deus?

3.

Por que, segundo Bahá’u’lláh, “aqueles que violam as leis de Deus”
não são dignos da confiança nem sinceros na fé que professam?

4.

Como aumentar a minha sinceridade?

80
8º dia do mês ’Alá / Sublimidade
9 DE MARÇO
Cortezia e Bom Caráter
“Nós, em verdade, escolhemos a cortesia e a fizemos o
verdadeiro distintivo dos que estão próximos Dele. A cortesia é,
na realidade, uma veste que convém a todo os homens, sejam
jovens ou velhos. Bem-aventurado quem adorna com ela a sua
têmpora e ai daquele que é privado desta grande dádiva.
Ó povo de Deus! Eu vos exorto à cortesia. A cortesia é no
grau primário o Senhor de todos os atos virtuosos. Abençoado
é aquele que é iluminado com a luz da cortesia e adornado com
o manto da retidão! Quem está dotado da cortesia, está dotado
de uma grande posição.” [46]
“Ó povo de Deus! Exorto-vos à cortesia. A cortesia é, em
verdade... a principal das virtudes. Feliz de quem é adornado
com o manto da retidão e iluminado pela luz da cortesia. Aquele
que é cortês (ou reverente) é dotado de grande distinção. É de
se esperar que este injuriado, e todos, a atinjam e observem.
Este é o Mandamento irrefutável que emanou da Pena do Nome
Supremo.” [47]
“Dize: Sejam a veracidade e a cortesia vosso adorno. Não
vos deixeis ser privados do manto da tolerância e justiça, para
que os doces sabores da santidade possam manar de vossos
corações sobre todas as coisas criadas. Dize: Guardai-vos, ó
povo de Bahá, de andar nos caminhos daqueles cujas palavrass
diferem das ações. Esforçai-vos para que possais manifestar aos
povos da terra os sinais de Deus e espelhar Seus mandamentos.
Que vossos atos sirvam de guia para toda a humanidade, pois o
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Jejum bahá'í, o (lido até a p. 96)

  • 1.
  • 2.
  • 4. 2
  • 5. O JEJUM BAHÁ’Í A LEI DO ORAÇÕES ESPECIAIS A IMPORTÂNCIA TEMAS ESPECIAIS JEJUM BAHÁ’Í PARA O DA JEJUM MEDITAÇÃO PARA Texto completo do Kitáb-i-Aqdas Reveladas por Bahá’u’lláh Texto de Bahá’u’lláh e ‘Abdu’l-Bahá MEDITAÇÃO Textos de Bahá’u’lláh, selecionados para leitura e meditação diária durante os 19 dias do jejum bahá’í: (2 a 20 de março)
  • 6. O JEJUM BAHÁ’Í Seleção de textos de Bahá’u’lláh e Abdu’l-Bahá para aprofundamento e meditação no período do jejum: 2 a 20 de março Seleção de textos: Guitty Masrour Milani 1ª edição: 1993 2ª edição: 1995 3ª edição: 1997 - ampliada ISBN 85.320.0013-4 Uma publicação da EDITORA BAHÁ’Í DO BRASIL C. Postal 198 13800-000 - Mogi-Mirim, SP Fone/Fax: 0198-62.2507 Impressão ABAETÉ, COPIADORA E GRÁFICA LTDA São Paulo - SP
  • 7. Apresentação Esta publicação é a terceira versão do livro O JEJUM BAHÁ’Í, “um programa devocional para aprofundamento e meditação no período do jejum – 2 de março a 20 de março. Foi publicado pela primeira vez em 1993 e a segunda em 1995, sempre ampliada, pois pedíamos sempre a opinião dos amigos no sentido de melhorarmos cada vez mais a obra, para servir melhor aos leitores. Em novembro de 1995, tivemos o lançamento no Brasil da edição completa do Kitáb-i-Aqdas em português, o Livro das Leis de Bahá’u’lláh e que divulga muitos detalhes dessa lei sagrada da Dispensação de Bahá’u’lláh, a Lei do Jejum. Por esta razão, esta edição é enriquecida com todos os textos constantes do Livro Sacratíssimo, para conhecimento dos amigos, não só dos parágrafos oficiais do Kitab-i-Aqdas, que mencionam a prescrição do Jejum, como também todas as Notas escritas pela Casa Universal de Justiça para esclarecer os parágrafos do Livro Sacratíssimo, e ainda a parte de “Perguntas e Respostas”, que tratam também do jejum. Tais textos devem ser bem estudados por todos, antes do período de jejum, para estarem bem conscientes de como melhor cumpri-lo, de acordo com as determinações de Bahá’u’lláh. Mantivemos nesta edição os textos selecionados para leitura e meditação diária durante os 19 dias do jejum, pois o bemamado Guardião, Shoghi Effendi, esclareceu que “A meditação é um dos propósitos do jejum bahá’í”. 5
  • 8. São 19 temas básicos, com uma seleção de textos que têm a finalidade de levar o leitor a aprofundar-se na Fé e melhorar rapidamente sua vida espiritual, com reflexos benéficos e imediatos na vida pessoal, familiar, profissional e social de cidadão. Ao final de cada conjunto de textos, existem algumas perguntas que cada pessoa deve fazer-se a si mesma e, no final do dia, avaliar como se saiu no esforço de tornar realidade os ensinamentos lidos e meditados de manhã. Agradeço ao amigo bahá’í, Jairo Dechtiar, pela colaboração enviando muitas das perguntas que inclui nesta edição, bem como ao sr. Osmar Mendes pela ajuda nas adições feitas a esta edição e pela nova diagramação do livro. Lembro que esta publicação é feita também para atender a uma das principais metas do Plano de Quatro Anos, divulgadas pela Casa Universal de Justiça na Mensagem do Ridván do ano passado, onde diz: “Para otimizar o uso dessas capacidades, o indivíduo conta e usufrui de seu amor por Bahá’u’lláh, do poder do Convênio, da dinâmica da oração, da inspiração e educação decorrentes da leitura regular e do estudo dos Textos Sagrados, e das forças de transformação que operam sobre sua alma à medida em que ele se esforça para conduzir-se de acordo com as leis e os princípios divinos.” Com infinito amor bahá’í, GUITTY MASROUR MILANI, compiladora dos textos. 6
  • 9. Prefácio Bahá’u’lláh dá extraordinária importância ao período do jejum e às virtudes com que o jejum foi dotado por Deus desde tempos imemoriais – e é redotado, por assim dizer, pelo Próprio Bahá’u’lláh. Em uma de Suas Epístolas, Ele declara que “o jejum... prescrito a todos” é um período especial, durante o qual os servos de Deus se seguram à corda de Seus mandamentos e apoderam-se do punho de Seus preceitos. Dirigindo-se a Deus, em uma de Suas orações, Ele escreve: “Estes são os dias em que ordenaste a todos os homens observarem o jejum, para que, deste modo, purificassem suas almas e se livrassem de tudo, menos de Ti... Permite, ó meu Senhor, que este jejum se torne um rio de águas vivificadoras e dele provenha a virtude da qual Tu o dotaste. E, por seu meio, purifica os corações de Teus servos, os quais os males do mundo não puderam impedir de se volverem para Teu Nome Todo-Glorioso...” O jejum está entre as “leis e preceitos maravilhosos”; dever-se-ia jejuar, Ele diz, por amor a Deus e de conformidade com Suas injunções, e afirma “Abençoado seja aquele que observa o jejum inteiramente por Teu amor”, e ora a Deus para ajudar Seus servos a “Te obedecermos e guardarmos Teus preceitos”, e coloca esta súplica na boca de Seus servos: que esta obediência do jejum “nos purifique do repugnante odor das nossas transgressões, ó Tu que Te tens chamado o Deus de Misericórdia!” Tão grandioso, afirma Bahá’u’lláh, é o jejum, que Ele adorna o “o preâmbulo do Livro das Tuas Leis”, e, 7
  • 10. continuando, diz que Deus tem “dotado de uma virtude especial cada hora destes dias...”. A oração longa do jejum ganha cada vez mais ascendência sobre nós durante todos os anos de nossa vida de adultos, até que no fim, a bênção de observar o jejum e a bênção de dizer esta oração durante o mesmo, torna-se uma grande dádiva anual, um privilégio especial da vida. Começando-se aproximadamente cinco minutos antes do nascer do sol, descobre-se que ela parece deliberadamente estar sincronizada com o surgir do sol: descobre-se que se está de pé ante os “portais da cidade da Tua Presença”, esperando pela graça Divina; então vem da “sombra da Tua mercê e do pálio da Tua generosidade” – a diferenciação entre luz e escuridão tem lugar, os pássaros estão cantando; e segue-se o “o esplendor da Tua fonte luminosa” e o “brilho da luz do Teu Semblante” – o céu começa a encher-se de cores: o devoto pede que lhe seja permitido “contemplar o So da Tua Beleza” – o sol se levanta! Em seguida vem a completa panóplia do amanhecer, símbolo da Primavera Divina de Deus, “pelo Tabernáculo da Tua majestade nos cumes mais elevados, e pelo Pálio da Tua Revelação sobre as mais altas colinas”; e, quando se observa o sol começando a galgar os céus, chega-se às palavras “por Tua Beleza que reluz sobre o horizonte da eternidade – uma Beleza diante da qual, logo que se revela, o reino da beleza se curva em adoração...” Tudo isso tem lugar na primeira parte da oração. Porém, aquilo por que o devoto suplica é: receber a graça de Deus, de chegar mais perto d’Ele, de ser atraído a Ele e de beber Suas palavras, de servir Sua Causa de tal modo que não seja detido por aqueles que se afastaram de Deus, de capacitá-lo a reconhecer o Manifestante de Deus, de realizar o que Deus deseja, de permitir que “me faças morrer para tudo o que eu possuo e viver para tudo o que a Ti pertence”, de lembrar e louvar Deus, de removê-lo para longe de tudo que desagrada a Deus e capacitá-lo a aproximar-se Daquele Que 8
  • 11. manifesta os sinais de Deus, de tornar conhecido a este devoto o que estava oculto no conhecimento e na sabedoria de Deus, de contá-lo entre aqueles que alcançaram o que Deus revelou, de registrar para ele o que foi registrado por Deus para Seus fiéis e escolhidos, de registrar para todos que se volveram para Deus e observaram o jejum prescrito por Ele “a recompensa destinada aos que só falam por Tua permissão, e que renunciaram a tudo o que possuíam, por amor a Ti e em Teu caminho” e, por último, “que anules os pecados dos que se seguraram às Tuas leis e observaram o que lhes prescreveste em Teu Livro”. Quase que como um motivo condutor em uma composição musical suntuosa, o mesmo refrão se repete reiteradamente: “Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me a Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de Maior Glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro”. Quando eu repito isso, sempre visualizo a mim, e meus pais e entes amados que faleceram, todos juntos, se segurando a este manto celestial simbólico, e me sinto muito próxima deles. Verdadeiramente uma oração majestosa, contendo metáforas de profundo misticismo, uma oração que é uma experiência interminável. Texto de Ruhiyyih Rabbani, em seu livro: “O DESEJO DO MUNDO”, págs. 140 e 143. Editora Bahá’í do Brasil, edição 1985. 9
  • 12. Um esclarecimento O décimo nono mês, que segue imediatamente à hospitalidade dos dias intercalares(*), é o mês do jejum. Durante dezenove dias o jejum é observado pela abstinência de alimentos e bebidas do nascer ao por do sol. Como o mês do jejum termina no equinócio de março, o jejum cai sempre na mesma estação, isto é, na primavera no hemisfério setentrional, e no outono no meridional; nunca no extremo calor do verão nem do frio intenso do inverno, quando poderia ser penoso. Nessa estação, além disso, o intervalo entre o nascer e o poder do sol é aproximadamente o mesmo em toda a porção habitável do globo, isto é, de cerca de seis horas da manhã até seis da tarde. O jejum não é obrigatório às crianças, aos inválidos, aos viajantes, ou às pessoas muito velhas ou muito fracas (inclusive as mulheres grávidas ou as que amamentam). Há muita evidência que indica ser um jejum periódico, como o adotado pelos ensinamentos bahá’ís, de benefício como medida de higiene física, mas justamente como a realidade da festa bahá’í não consiste no consumo de alimentos físicos, e sim, na comemoração de Deus, a qual é o nosso alimento espiritual, da mesma maneira a realidade do jejum bahá’í não consiste na abstinência do alimento físico, embora isso possa concorrer para a purificação do corpo, e sim, na abstinência dos desejos carnais e o despreendimento de tudo, menos de Deus. Diz ‘Abdu’l-Bahá: “O jejum é um símbolo. Jejuar significa abster-se da luxúria. O jejum físico simboliza e ao mesmo tempo nos faz lembrar 10
  • 13. dessa abstinência; isto é, do mesmo modo que uma pessoa se abstem de satisfazer o apetite físico, também deve se abster dos desejos egoísticos. A mera abstinência de alimentos nada influi sobre o espírito. É apenas um símbolo, um meio de lembrarmos. A sua importância não vai além disso. Jejuar com esse intuito não significa inteira abstinência de alimentos. A regra de ouro a respeito de alimentos, é que não nos devemos alimentar em demasia nem deficientemente. A moderação é necessária. Há uma seita na Índia que leva a abstinência ao extremo, reduzindo gradualmente a sua nutrição até passarem quase que completamente sem alimentos. A sua inteligência, porém, sofre com isso. Um homem não pode servir a Deus com a mente nem com o corpo, se está fraco por falta de alimentos: não pode ver com clareza”. (Citado por Miss E.S. Stevens em Fortnight Review, junho 1911). John E. Esslemont, no livro “BAHÁ’U’LLÁH E A NOVA ERA, pgs. 136/7 (*) Dias Intercalares: 26 de fevereiro a 1º de março 11
  • 14. 12
  • 15. KITÁB-I-AQDAS O LIVRO SACRATÍSSIMO A Lei do Jejum l Textos do livro KITÁB-I-AQDAS: Sinópse e Codificação Parágrafos do Livro Sacratíssimo Notas Perguntas e Respostas
  • 16. 14
  • 17. “Permite, ó meu Senhor, que este jejum se torne um rio de águas vivificadoras e dele provenha a virtude da qual Tu o dotaste.” BAHÁ’U’LLÁH “Nós vos ordenamos orar e jejuar desde o início da maturidade. É esse o mandamento de Deus, vosso Senhor e Senhor de vossos antepassados.” “Abstendo-vos de alimento e de bebida do nascer ao pôrdo-sol, e acautelai-vos para que o desejo não vos prive dessa graça prescrita no Livro.” “Ó povos do mundo! Nós vos ordenamos jejuar durante breve período, e vos destinamos ao seu término o Naw-Rúz como uma festa.” “Nem o viajante, nem o enfermo, nem a mulher grávida ou a que amamenta são obrigados a guardar o jejum. Deus dispensou-os em sinal de Sua graça. Deveras, Ele é o Onipotente, o Mais Generoso.” “São essas as prescrições de Deus que a Sua Pena Excelsa assentou nos Livros e Epístolas. Fazei-vos firmes em Suas leis e mandamentos e não sejais daqueles que, por seguirem suas vãs fantasias e imaginações fúteis, se aferraram aos padrões por eles mesmos fixados e lançaram ao pó os estabelecidos por Deus.” BAHÁ’U’LLÁH (trechos do Kitáb-i-Aqdas sobre o JEJUM) Nota: Bahá’u’lláh define a “idade da maturidade para os deveres religiosos” como sendo “quinze anos, tanto para homens como para mulheres.” (p. 142 do livro - nota nº 13) 15
  • 18. Sinopse e Codificação B. Jejum 1. A posição sublime ocupada pelo Jejum na Revelação Bahá’í. 2. O período de jejum principia com o término dos Dias Intercalares e finda com o Festival de Naw-Rúz. 3. A abstenção de alimento e de bebida desde o nascer até o pôr-do-sol é obrigatória. 4. O jejum é compulsório para homens e mulheres ao atingirem a idade da maturidade, que se fixa em 15 anos de idade. 5. Isenção de jejuar é concedida a: a. Viajantes i. Contanto que a viagem exceda 9 horas. ii. Aos que viajam a pé, contanto que a viagem exceda 2 horas. iii. Aos que interrompem sua viagem por menos de 19 dias. iv. Os que interrompem sua viagem durante o Jejum em um lugar onde vão permanecer 19 dias estão isentos de jejuar somente nos três primeiros dias depois da chegada. 16
  • 19. v. Os que retornam ao lar durante o Jejum devem começar a jejuar a partir do dia da chegada. b. Enfermos. c. Os que têm mais de 70 anos. d. Mulheres grávidas. e. Mulheres que amamentam. f. Mulheres, durante as regras, contanto que façam suas abluções e repitam, 95 vezes ao dia, um versículo especificamente revelado. g. Aqueles que realizam trabalho pesado, os quais são aconselhados a mostrar respeito pela lei, usando de discrição e moderação ao valerem-se da isenção. 6. É permissível fazer voto de jejuar (em um mês que não seja aquele prescrito para o Jejum). Votos que sejam de proveito à humanidade são, porém, preferíveis aos olhos de Deus. 17
  • 20. Parágrafos do Kitáb-i-Aqdas 10 13 16 Nós vos ordenamos orar e jejuar desde o início da maturidade. É esse o mandamento de Deus, vosso Senhor e Senhor de vossos antepassados. Por dádiva Sua, Ele disso isentou os debilitados por doença ou idade. Ele é o Perdoador, o Generoso. Deus consentiu que vos prostrásseis sobre qualquer superfície limpa, pois no tocante a isso revogamos a restrição que fora estabelecida no Livro. Deveras, Deus conhece aquilo do qual nada sabeis. Se não encontrardes água para a ablução, repeti cinco vezes as palavras: “Em Nome de Deus, o Mais Puro, o Mais Puro”, prosseguindo então o vosso ato devocional. Assim ordena o Senhor de todos os mundos. Nas regiões onde os dias e as noites se alongam, determinem-se os horários de oração através de relógios e de outros instrumentos que marcam o passar das horas. Ele, verdadeiramente, é o Explanador, o Sábio. Deus eximiu as mulheres, durante as suas regras, da oração obrigatória e do jejum. Que elas, em vez disso, façam as suas abluções e então rendam louvores a Deus repetindo noventa e cinco vezes “Glorificado seja Deus, o Senhor de Esplendor e Beleza” entre um meio-dia e outro. Assim foi decretado no Livro, se sois dos que compreendem. Ó Pena do Altíssimo! Dize: Ó povos do mundo! Nós vos ordenamos jejuar durante breve período, e vos desti18
  • 21. namos ao seu término o Naw-Rúz como uma festa. Assim brilhou o Sol da Expressão sobre o horizonte do Livro, conforme determinara Aquele que é o Senhor do princípio e do fim. Os dias que excedem aos meses devem anteporse ao mês do jejum. Nós ordenamos que eles, entre todos os dias e noites, sejam as manifestações da letra Há; por essa razão não foram confinados aos limites do ano e de seus meses. Ao longo desses dias, incumbe ao povo de Bahá prover festivamente alimento para si e para os seus, e também para os pobres e necessitados; incumbe-lhes aclamar e glorificar o Senhor com regozijo e júbilo, e entoar o Seu louvor e exaltar o Seu Nome. E quando findarem — esses dias de doação que precedem o período de abstinência —, iniciem eles o Jejum. Assim ordenou Aquele que é o Senhor de toda a humanidade. Nem o viajante, nem o enfermo, nem a mulher grávida ou a que amamenta são obrigados a guardar o Jejum. Deus dispensou-os em sinal de Sua graça. Deveras, Ele é o Onipotente, o Mais Generoso. São essas as prescrições de Deus que a Sua Pena Excelsa assentou nos Livros e Epístolas. Fazei-vos firmes em Suas leis e mandamentos e não sejais daqueles que, por seguirem suas vãs fantasias e imaginações fúteis, se aferraram aos padrões por eles mesmos fixados e lançaram ao pó os estabelecidos por Deus. Abstende-vos de alimento e de bebida do nascer ao pôr-do-sol, e acautelai-vos para que o desejo não vos prive dessa graça prescrita no Livro. 19 17
  • 22. Notas 13. Nós vos ordenamos orar e jejuar desde o início da maturidade ¶10 Bahá’u’lláh define a “idade da maturidade para os deveres religiosos” como sendo “quinze anos tanto para homens como para mulheres” (P&R 20). Para detalhes sobre o período de jejum, vide nota 25. 14. Ele disso isentou os debilitados por doença ou idade ¶10 A dispensa das Orações Obrigatórias e do Jejum concedida aos que estão debilitados devido a doença ou idade avançada é explicada em Perguntas e Respostas. Bahá’u’lláh orienta que em “tempos de saúde abalada não é permissível observar tais obrigações” (P&R 93). Ele define que a idade avançada, neste contexto, começa aos setenta anos (P&R 74). Shoghi Effendi, em resposta a uma pergunta, esclareceu que ao atingir os setenta anos de idade as pessoas ficam dispensadas, quer estejam fracas, quer não. A isenção do jejum também se estende a outras categorias específicas de pessoas, conforme listadas em Sinopse e Codificação, seção IV.B.5. Vide análise adicional nas notas 20, 30, e 31. 17. Nas regiões onde os dias e as noites se alongam, determinem-se os horários de oração através de relógios e outros instrumentos que marcam o passar das horas. ¶10 20
  • 23. Isso se refere aos territórios situados no extremo Norte ou Sul, onde a duração dos dias e noites varia de forma pronunciada (P&R 64 e 103). Esse preceito também vale para o jejum. 20. Deus eximiu as mulheres, durante as regras, da oração obrigatória e do jejum. ¶13 As mulheres são dispensadas de realizar a oração obrigatória e o jejum durante a menstruação; em vez disso, devem realizar suas abluções (vide nota 34) e repetir 95 vezes por dia, entre um meio-dia e o próximo, o verso: “Glorificado seja Deus, o Senhor de Esplendor e Beleza”. Esse preceito tem antecedente no Bayán árabe, onde isenção similar era concedida. Em algumas Dispensações religiosas do passado as mulheres eram consideradas ritualmente impuras durante as regras e era-lhes vedado observar os deveres da oração e do jejum. O conceito de impureza ritual foi abolido por Bahá’u’lláh (vide nota 106). A Casa Universal de Justiça esclareceu que as disposições do Kitáb-i-Aqdas que concedem isenção de certos deveres e responsabilidades são, como a palavra indica, isenções, e não proibições. Qualquer fiel, portanto, homem ou mulher, pode tirar proveito de uma isenção que se lhe aplique, se o desejar. Entretanto, a Casa de Justiça aconselha que, ao tomar tal decisão, o crente faça uso da sabedoria e se conscientize de que Bahá’u’lláh concedeu tais isenções por bons motivos. 25. Nós vos ordenamos jejuar durante um breve período ¶16 O Jejum e a Oração Obrigatória constituem os dois pilares que sustentam a Lei revelada por Deus. Em uma de Suas Epístolas Bahá’u’lláh afirma ter revelado as leis da oração obrigatória e do jejum a fim de que, através delas, os crentes pudessem aproximar-se de Deus. 21
  • 24. Shoghi Effendi observa que o período de jejum, o qual demanda total abstenção de comida e de bebida do nascer ao pôr-do-sol, é: ... essencialmente um período de meditação e oração, de recuperação espiritual, durante o qual cada fiel deve esforçarse por fazer os ajustes necessários em sua vida interior, e para refrescar e revigorar as forças espirituais latentes em sua alma. Sua significação e propósito, portanto, são de caráter fundamentalmente espiritual. O ato de jejuar é um símbolo, e serve para nos lembrar da abstinência dos desejos mundanos e egoístas. O jejum é ordenado a todos os fiéis, desde os 15 anos de idade até os 70. Uma síntese dos preceitos detalhados referentes à lei do jejum, e às isenções concedidas a certas categorias de pessoas, pode ser encontrada na Sinopse e Codificação, seção IV.B.1.-6. Comentários sobre as isenções do jejum encontram-se nas notas 14, 20, 30, e 31. O período de dezenove dias de Jejum coincide com o mês bahá’í de ‘Alá’ (usualmente entre 2 e 20 de março). Ele vem imediatamente após o término dos Dias Intercalares (vide notas 27 e 147) e é seguido pela festa de Naw-Rúz (vide nota 26). 26. e vos destinamos ao seu término o Naw-Rúz como uma festa ¶16 O Báb inaugurou um novo calendário, agora conhecido como calendário Badí’ ou Bahá’í (vide notas 27 e 147). De acordo com esse calendário, o dia é o período que decorre de um pôrdo-sol ao outro. No Bayán o Báb ordenou o mês de ‘Alá’ como o mês do jejum, decretou que o dia de Naw-Rúz assinala o término daquele período, e designou o Naw-Rúz como o Dia de 22
  • 25. Deus. Bahá’u’lláh ratifica o calendário Badí’, apontando o NawRúz como uma festa. O Naw-Rúz é o primeiro dia do ano novo. Ele coincide com o equinócio vernal no hemisfério norte, que usualmente ocorre em 21 de março. Bahá’u’lláh explica que essa festa deve ser celebrada sempre no dia em que o sol entra na constelação de Áries (i.e. o equinócio de primavera), mesmo que isso ocorra um minuto antes do pôr do sol (P&R 35). Dessa forma, o NawRúz pode cair nos dias 20, 21 ou 22 de março, dependendo do horário do equinócio. Bahá’u’lláh delegou à Casa Universal de Justiça a definição dos detalhes de muitas leis. Entre eles está uma série de assuntos a respeito do calendário bahá’í. O Guardião declarou que a implementação, a nível mundial, da lei referente ao período do Naw-Rúz implicará a escolha de um ponto específico da terra que sirva de padrão para que se fixe o horário do equinócio vernal. Também assinalou que a escolha deste local foi deixado à decisão da Casa Universal de Justiça. 27. Os dias que excedem aos meses devem antepor-se ao mês do jejum. ¶16 O calendário Badí’ é baseado no ano solar de 365 dias, 5 horas e 50 e poucos minutos. O ano consiste de 19 meses com 19 dias cada (i.e. 361 dias), com a adição de quatro dias extras (cinco em anos bissextos). O Báb não definiu exatamente a posição dos dias intercalares no novo calendário. O Kitáb-i-Aqdas resolve essa questão, consignando aos dias “que excedem” uma posição fixa no calendário, imediatamente antes do mês de ‘Alá’, o período de jejum. Para maiores detalhes, vide a seção sobre o calendário bahá’í no The Bahá’í World, volume XVIII [também em Leis, História e Administração da Fé Bahá’í, p. 91-3 e Bahá’u’lláh e a Nova Era. N.T.]. 23
  • 26. 28. Nós ordenamos que eles... sejam as manifestações da letra Há ¶16 Conhecidos como os Ayyám-i-Há (os Dias do Há), os Dias Intercalares têm a distinção de estar associados à “letra Há”. O valor numérico abjad (vide Glossário) desta letra árabe é cinco, que corresponde ao número potencial de dias intercalares. À letra “Há” foram atribuídos alguns significados espirituais nas Escrituras Sagradas, entre os quais o de símbolo da Essência de Deus. 29. esses dias de doação que precedem o período de abstinência ¶16 Bahá’u’lláh instruiu Seus seguidores a devotarem esses dias a festividades, regozijo e caridade. Numa carta escrita em nome de Shoghi Effendi, explica-se que “os dias intercalares são especialmente reservados à hospitalidade, ao oferecimento de presentes, etc.”. 30. [Nem os viajantes]... são obrigados a guardar o Jejum ¶16 Bahá’u’lláh definiu a duração mínima da viagem que isenta o crente de jejuar (P&R 22 e 75). Os detalhes dessa determinação estão sumarizados na Sinopse e Codificação, seção IV.B.5.a.i.-v. Shoghi Effendi esclareceu que, embora os viajantes estejam dispensados do jejum, eles podem jejuar se assim o desejarem. Ele também fez notar que a dispensa se aplica a todo o período de viagem, e não apenas às horas em que se esteja num trem, carro, etc. 31. Nem o viajante, nem o enfermo, nem a mulher grávida ou a que amamenta são obrigados a guardar o Jejum. Deus dispensou-os em sinal de Sua graça. ¶16 A dispensa de jejum é concedida àqueles que estão doentes ou com idade avançada (vide nota 14), às mulheres durante as re24
  • 27. gras (vide nota 20), aos viajantes (vide nota 30) e às mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Essa isenção estende-se também aos que se ocupam em trabalhos pesados, os quais, ao mesmo tempo, são exortados a “demonstrar respeito à lei de Deus e à excelsa posição do Jejum”, alimentando-se “com frugalidade e em reservado” (P&R 76). Shoghi Effendi afirmou que a Casa Universal de Justiça definirá quais os tipos de trabalho que dispensam alguém do Jejum. 32. Abstende-vos de alimento e de bebida do nascer ao pôrdo-sol ¶17 Isso se refere ao período de jejum. Em uma de Suas Epístolas, ‘Abdu’l-Bahá, depois de explicar que o jejum consiste na abstenção de comida e de bebida, aponta, ademais, que o fumo é uma espécie de “bebida”. Em árabe o verbo “beber” aplica-se igualmente ao ato de fumar. 33. Ordena-se a cada um dos fiéis em Deus ... que todos os dias ... repita “Alláh’u’Abhá” noventa e cinco vezes. ¶18 “Alláh’u’Abhá” é uma frase árabe que significa “Deus, o TodoGlorioso”. É uma das formas do Nome Supremo de Deus (vide nota 137). No Islã há uma tradição segundo a qual há um nome supremo dentre os muitos nomes de Deus; contudo, a identidade desse Nome Supremo estava oculta. Bahá’u’lláh confirmou que o Nome Supremo é “Bahá”. Considera-se também como o Nome Supremo os diversos derivados da palavra “Bahá”. O secretário de Shoghi Effendi, escrevendo em seu nome, explica que: O Nome Supremo é o Nome de Bahá’u’lláh. “Yá Bahá’u’lAbhá” é uma invocação que significa: “Ó Tu, Glória das Glórias!”. “Alláh’u’Abhá” é uma saudação que quer dizer: 25
  • 28. “Deus, o Todo-Glorioso”. Ambas referem-se a Bahá’u’lláh. Entende-se, por Nome Supremo, que Bahá’u’lláh apareceu com o Nome Supremo de Deus, em outras palavras, que Ele é a suprema Manifestação de Deus. A saudação “Alláh’u’Abhá” foi adotada durante o período do exílio de Bahá’u’lláh em Adrianópolis. A repetição de “Alláh’u’Abhá” noventa e cinco vezes deve ser precedida por abluções (vide nota 34). 34. efetuai abluções para a Oração Obrigatória ¶18 As abluções relacionam-se especificamente a certas orações. Elas devem preceder a realização das três Orações Obrigatórias e da recitação diária de “Alláh’u’Abhá” noventa e cinco vezes, bem como a recitação do versículo que substitui a oração obrigatória e o jejum para as mulheres durante as regras (vide nota 20). As abluções prescritas consistem em lavar-se as mãos e a face em preparação para a oração. No caso da Oração Obrigatória média, isso é acompanhado pela recitação de certos versículos (vide Alguns Textos Suplementares ao Kitáb-i-Aqdas Revelados por Bahá’u’lláh). Mesmo que alguém se tenha banhado logo antes de recitar a Oração Obrigatória, ainda assim é necessário efetuar as abluções (P&R 18), donde apreende-se terem elas um significado que transcende o simples ato de lavar-se. Quando não há água disponível para as abluções, prescreve-se cinco repetições de um versículo (vide nota 16), e esse preceito aplica-se também àqueles para quem o uso de água prejudicaria o corpo (P&R 51). Os preceitos detalhados da lei referente às abluções encontram-se na Sinopse e Codificação, seção IV.A.10.a.-g., assim como em Perguntas e Respostas, números 51, 62, 66, 77 e 86. 26
  • 29. Perguntas e Respostas 71. Pergunta: Se uma pessoa deseja jejuar em outro período que não o mês de ‘Alá’, é isso permissível, ou não; e se houver feito voto ou promessa de tal jejum, é isso válido e aceitável? Resposta: O mandamento do jejum é conforme já foi revelado. Contudo, se alguém fizer voto de consagrar um jejum a Deus, dessa forma buscando o cumprimento de um desejo, ou a concretização de algum outro desígnio, isso, como o fora antes, é agora permissível. Entretanto, o desejo de Deus, exaltada seja Sua glória, é que os votos e as promessas sejam encaminhados àqueles propósitos que beneficiarão a humanidade. 74. Pergunta: A respeito da definição de idade avançada. Resposta: Para os árabes isso denota os limites extremos da ancianidade, mas para o povo de Bahá conta-se a partir dos setenta anos. 75. Pergunta: No tocante ao limite do jejum para quem viaja a pé. Resposta: Duas horas é o limite estabelecido. Excedendose esse tempo é permissível quebrar o Jejum. 76. Pergunta: No que concerne à observância do Jejum por pessoas engajadas em trabalho pesado durante o mês de jejum. Resposta: Tais pessoas estão desobrigadas do jejum; contudo, a fim de demonstrar respeito à lei de Deus e à excelsa posição do Jejum, é muito louvável e adequado comer com frugalidade e em reservado. 27
  • 30. 28
  • 31. ORAÇÕES ESPECIAIS PARA SEREM RECITADAS DURANTE O PERÍODO DE JEJUM l Reveladas por Bahá’u’lláh
  • 32. 30
  • 33. O Jejum 1 Diz o Kitáb-i-Aqdas: “Nós vos mandamos orar e jejuar desde o começo da maturidade1; isso é ordenado por Deus, vosso Senhor e o Senhor de vossos antepassados... O viajante, o enfermo, a gestante e a que amamenta, não são obrigados a observar o jejum... Fazei abstenção de alimento e de bebida do nascer ao pôr do sol e acautelai-vos para que o desejo não vos prive desta graça destinada a vós no Livro.” [O período do Jejum é do dia 2 de março ao dia 20 de março.] Suplico-Te, ó meu Deus, por Teu grande Sinal, e pela revelação da Tua graça entre os homens, que não me expulses dos portais da cidade da Tua Presença, e não frustres as esperanças que depus nos manifestantes da Tua graça em meio às Tuas criaturas. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de Maior Glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. 1. Quinze anos de idade. 31
  • 34. Suplico-Te, ó meu Deus, por Tua dulcíssima Voz e Tua mais sublime Palavra, que me aproximes, cada vez mais, do limiar de Tua porta, e não permitas que eu me retire para longe da sombra da Tua mercê e do pálio da Tua generosidade. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de Maior Glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Suplico-Te, ó meu Deus, pelo esplendor da Tua fronte luminosa e pelo brilho da luz do Teu Semblante, irradiando-se do Horizonte Supremo, que me atraias pela fragrância das Tuas vestes e me faças sorver do vinho puro das Tuas palavras. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de Maior Glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Suplico-Te, ó meu Deus – por Teus cabelos, que se movem sobre Tua Face, à medida que Tua mais excelsa pena se move sobre as páginas das Tuas Epístolas, espargindo o almíscar dos significados ocultos sobre o reino da Tua criação – que me faças levantar em serviço à Tua Causa, de tal modo que eu não recue, nem seja impedido pelas sugestões dos que desprezaram Teus sinais e se voltaram para longe de Tua Face. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de Maior Glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Suplico-Te, ó meu Deus, por Teu Nome, o qual fizeste o Rei dos Nomes e a causa de êxtase a todos no céu e na terra, que me faças contemplar o Sol da Tua Beleza, e me concedas o vinho das Tuas Palavras. Tu me vês, ó meu Deus, apoiandome em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Poten32
  • 35. tíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Suplico-Te, ó meu Deus, pelo Tabernáculo da Tua majestade nos cumes mais elevados, e pelo Pálio da Tua Revelação sobre as mais altas colinas, que me ajudes, por Tua graça, a fazer o que foi manifestado pela Tua Vontade e revelado pelo Teu Desígnio. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Suplico-Te, ó meu Deus, por Tua Beleza que reluz sobre o horizonte da eternidade – uma Beleza diante da qual, logo que se revela, o reino da beleza se curva em adoração, glorificandoa em tons vibrantes – suplico-Te que me faças morrer para tudo o que eu possuo e viver para tudo o que a Ti pertence. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Suplico-Te, ó meu Deus, pelo Manifestante do Teu Nome, o Bem-Amado, através do qual se consumiram os corações dos que Te amam, e as almas de todos os que habitam a terra se elevaram às alturas, que me ajudes a Te mencionar em meio às Tuas criaturas e elogiar-Te entre Teus povos. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Suplico-Te, ó meu Deus, pelo farfalhar da Árvore Divina e pelo murmúrio das brisas das Tuas palavras no reino dos Teus 33
  • 36. Nomes, que me afastes para longe de tudo o que Tua Vontade repele, e me faças aproximar daquela condição onde irradia Aquele que é o Alvorecer dos Teus sinais. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Suplico-Te, ó meu Deus – por aquela Letra que, ao proceder dos lábios da Tua Vontade, fez encapelarem-se os oceanos e soprarem os ventos; em virtude da qual as árvores brotaram, os frutos se revelaram, todos os traços passados desvaneceram-se, todos os véus se romperam e Teus devotos se apressaram à luz do Semblante do seu Senhor, o Independente – suplico que me reveles o que jazia oculto nos relicários do Teu conhecimento e escondido nos santuários da Tua sabedoria. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de Maior Glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Suplico-Te, ó meu Deus – pelo fogo de Teu amor que, afugentou o sono dos olhos de Teus eleitos e Teus amados, e por sua lembrança e seu louvor de Ti na hora do alvorecer, que me incluas no número dos que atingiram àquilo que revelaste em Teu Livro e manifestaste por Tua Vontade. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Suplico-Te, ó meu Deus, pela luz do Teu Semblante, que impeliu aqueles próximos de Ti a enfrentarem os dardos do Teu decreto, e Teus devotos a fazerem face às espadas dos Teus inimigos, em Teu caminho, que escrevas para mim com Tua excel34
  • 37. sa Pena o que escreveste para Teus fiéis e Teus eleitos. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Suplico-Te, ó meu Deus – por Teu Nome, através do qual escutaste o apelo dos que Te amam, os suspiros dos que por Ti anseiam, a exclamação daqueles favorecidos com Tua proximidade e os gemidos de Teus devotos, e através do qual satisfizeste os desejos dos que em Ti depositaram as esperanças e, por Tua graça e Teu favor, lhes concedeste sua realização; e por Teu Nome, através do qual o oceano do Teu perdão surgiu diante de Tua Face, e sobre Teus servos choveram as graças das nuvens de Tua generosidade – decreta, eu Te suplico, para cada um que a Ti se volve e observa o jejum por Ti prescrito, a recompensa destinada aos que só falam por Tua permissão, e que renunciaram a tudo o que possuíam, por amor a Ti e em Teu caminho. Suplico-Te, ó meu Senhor, por Ti mesmo, e por Teus sinais e Tuas provas claras, pela luz brilhante do Sol da Tua Beleza, e por Teus Ramos, que anules os pecados dos que se seguraram às Tuas leis e observaram o que lhes prescreveste em Teu Livro. Tu me vês, ó meu Deus, apoiando-me em Teu Nome, o Mais Sagrado, o Mais Luminoso, o Potentíssimo, o Supremo, o Sublime, o de maior glória, e me segurando à orla das vestes à qual se seguraram todos deste mundo e do vindouro. Bahá’u’lláh 35
  • 38. 2 Louvor a Ti, ó Senhor meu Deus! Suplico-Te, por esta Revelação, através da qual a escuridão se transformou em luz, se construiu o Templo Freqüentado e revelou a Epístola Escrita, desvelando-se o Pergaminho Estendido, que faças descer sobre mim, e sobre aqueles em minha companhia, o que nos possa elevar aos céus da Tua transcendente Glória, e nos purifique da mácula das dúvidas que impediram os desconfiados de entrarem no tabernáculo da Tua Unidade. Sou aquele, ó meu Senhor, que se segurou à corda da Tua benevolência e se apegou à fímbria das vestes de Tua misericórdia e Teus favores. Destina-me, e a meus bem-amados, os benefícios deste mundo e do vindouro. Concede-lhes, então, a Dádiva Oculta que destinaste aos eleitos dentre Tuas criaturas. Estes são os dias, ó meu Senhor, em que mandaste a Teus servos observarem o jejum, inteiramente por Teu amor e com pleno desprendimento de tudo, menos de Ti. Ajuda-os e a mim, ó meu Senhor, a Te obedecermos e a guardarmos Teus preceitos. Tu, em verdade, tens o poder de fazer o que Te apraz. Nenhum outro Deus há senão Tu, o Onisciente, a Suprema Sabedoria. Todo louvor a Deus, o Senhor de todos os mundos. Bahá’u’lláh 3 Estes são os dias, ó meu Deus, em que ordenaste a Teus servos observarem o jejum, o qual fizeste o adorno ao preâmbulo do Livro das Tuas Leis, revelado às Tuas criaturas, e a decoração dos Santuários dos Teus mandamentos, aos olhos de todos os que 36
  • 39. estão em Teu céu e sobre Tua terra. Cada hora destes dias, Tu a tens dotado de uma virtude especial, insondável a todos, menos a Ti, Cujo conhecimento abrange todas as coisas criadas. A cada alma, também, designaste uma porção dessa virtude, de acordo com a Epístola do Teu decreto e as Escrituras do Teu juízo irrevogável. E ainda mais, para cada um dos povos e raças da terra, especificaste cada folha desses Livros e Escrituras. Para aqueles que Te amam ardentemente, reservaste o cálice da Tua lembrança, a cada amanhecer, segundo Teu decreto, ó Tu que és o Rei dos Reis! Estes são os que se inebriam com o vinho da Tua múltipla sabedoria, a tal ponto que abandonam os leitos em seu fervoroso desejo de celebrar Teu louvor e enaltecer Tuas virtudes, fogem do sono, ansiosos de se aproximarem de Tua Presença e participarem de Tuas dádivas. Em todos os tempos têm seus olhos fitado o Alvorecer de Tua benevolência, e suas faces se volvido para o manancial da Tua inspiração. Peço-Te que faças chover copiosamente sobre nós, e sobre eles, das nuvens de Tua misericórdia, assim como se espera do céu de Tua generosidade e Tua graça. Louvado seja Teu Nome, ó meu Deus! Esta é a hora em que descerraste as portas da Tua generosidade ante a face das criaturas, e abriste de par em par os portais da Tua benévola mercê a todos os habitantes do Teu mundo. Imploro-Te – por todos aqueles cujo sangue foi derramado em Teu caminho, os quais, em seu anseio por Ti, se livraram de qualquer apego às Tuas criaturas, e tanto se extasiaram com as doces fragrâncias da Tua inspiração que cada membro de seus corpos entoava Teu louvor e vibrava com Tua lembrança – imploro-Te que não nos prives daquilo que ordenaste, irrevogavelmente, nesta Revelação cuja potência fez toda árvore clamar o que a Sarça Ardente havia proclamado, outrora, a Moisés, Aquele que conversou Contigo – uma Revelação que fez todo seixo, até o mais ínfimo, ressoar 37
  • 40. novamente em Teu louvor, assim como as pedras Te glorificaram nos dias de Maomé, Teu Amigo. A estes, ó meu Deus, concedeste a graça da associação Contigo e da comunhão com Aquele que é o Revelador de Ti Próprio. Pelos ventos da Tua Vontade foram eles espalhados até que Tu os reuniste à Tua sombra e os fizeste entrarem no recinto de Tua corte. Já que Tu os abrigaste à sombra do pálio da Tua misericórdia, ajuda-os a tornarem-se dignos de tão augusta posição. Não consintas, ó Senhor, sejam incluídos no número dos que, embora fruindo de Tua proximidade, são impedidos de reconhecer Tua Face e, embora se encontrando Contigo, são privados de Tua presença. São estes Teus servos, ó meu Senhor que entraram Contigo nesta Grande Prisão e dentro de suas paredes observaram o jejum segundo o que Tu ordenaras nas Epístolas do Teu decreto e nos Livros do Teu mandamento. Faze descer sobre eles, pois, o que os possa purificar completamente de tudo o que Te for abominável, para que se devotem inteiramente a Ti, e de tudo, em absoluto, menos de Ti, se desprendam. Faze chover sobre nós, ó meu Deus, o que for digno de Tua graça e Tua generosidade. Dá-nos o poder, assim, ó meu Deus, de vivermos em lembrança de Ti e morrermos em amor a Ti, e concede-nos a dádiva da Tua Presença em Teus mundos do além – mundos insondáveis a todos menos a Ti. És nosso Senhor e o Senhor de todos os mundos, e o Deus de todos os que estão no céu e na terra. Vês, ó meu Deus, o que sobreveio a Teus bem-amados em Teus dias. Tua glória dá-me testemunho! A voz da lamentação de Teus eleitos ergueu-se por todo o Teu domínio. Alguns foram enredados pelos infiéis em Tua terra e por eles impedidos de se aproximar de Ti e de atingir a corte da Tua glória. Outros puderam acercar-se, mas foram obstados de contemplar Teu sem38
  • 41. blante. Outros ainda, em sua ansiedade por Te ver, puderam entrar em Tua corte, mas permitiram que, entre Ti e eles, interviessem os véus das fantasias de Tuas criaturas e as injúrias infligidas pelos opressores dentre Teu povo. Esta é a hora, ó meu Senhor, que fizeste superar a todas as horas e relacionaste aos eleitos dentre Tuas criaturas. SuplicoTe, ó meu Deus, por Ti Próprio e por eles, que ordenes, no decorrer deste ano, o que há de enaltecer os Teus bem-amados. E ainda mais, dentro do presente ano, decreta o que possa tornar luzente e esplendorosa a Estrela Dalva do Teu poder, sobre o horizonte da Tua glória, e, por Tua soberana grandeza, fazê-la iluminar o mundo inteiro. Concede vitória à Tua Causa, ó meu Senhor, e humilha Teus inimigos. Destina-nos, então, o bem desta vida e da vindoura. Tu és a Verdade; és Quem conhece as coisas secretas. Nenhum outro Deus há, senão Tu, o Eterno Perdão, o TodoGeneroso. Bahá’u’lláh 4 Glória a Ti, ó Senhor meu Deus! Estes são os dias em que ordenaste a todos os homens observarem o jejum para que, deste modo, purificassem suas almas e se livrassem de tudo, menos do apego a Ti, e assim surgisse de seus corações o que fosse digno da corte da Tua majestade e adequado à sede da revelação da Tua Unidade. Permite, ó meu Senhor, que este jejum se torne um rio de águas vivificadoras e dele provenha a virtude da qual Tu o dotaste. E, por seu meio, purifica os corações de Teus servos, os quais os males do mundo não puderam impedir de se volverem para Teu Nome Todo-Glorioso – aqueles que se man39
  • 42. tiveram imperturbáveis em face do clamor e do tumulto dos que repudiaram Teus mais resplandescentes sinais – sinais esses que acompanharam o advento de Teu Manifestante, a Quem revestiste de Tua soberania, Teu poder, Tua majestade e glória. São estes os servos que se apressaram na direção de Tua misericórdia, assim que o Teu chamado os alcançou, não sendo impedidos de Ti pelas mudanças e vicissitudes deste mundo ou por quaisquer limitações humanas. Sou aquele, ó meu Deus, que dá testemunho de Tua Unidade, reconhece que és Único, curva-se humildemente ante as revelações de Tua majestade e, de olhos baixos, atesta os esplendores da luz da Tua transcendente glória. Acreditei em Ti depois que me capacitaste para Te conhecer, assim como Te revelaste aos olhos dos homens através do poder de Tua soberania e Tua grandeza. Para Ele me volvi, inteiramente desprendido de todas as coisas, e me segurando com firmeza à corda de Tuas dádivas e Teus favores. Abracei Sua verdade, e a verdade de todas as leis e todos os preceitos maravilhosos que Lhe foram revelados. Jejuei por amor a Ti e em obediência a Teu mandamento, e quebrei meu jejum com Teu louvor em meus lábios e de acordo com Tua Vontade. Não consintas, ó meu Senhor, que eu seja contado entre aqueles que jejuaram durante o dia e se prostraram ante a Tua Face à noite, mas repudiaram Tua verdade e desacreditaram em Teus sinais, refutando Teu testemunho e pervertendo Tuas Palavras. Abre Tu meus olhos, ó meu Senhor, e os olhos de todos os que a Ti se dirigiram, para que nós Te possamos reconhecer através de Tua própria vista. É este Teu mandamento contido no Livro que enviaste Àquele escolhido, segundo Teu preceito – Aquele que Tu distinguiste por Teu favor acima de todas as Tuas criaturas, Àquele que Te dignaste de revestir de Tua soberania, a Quem concedeste graça especial e confiaste Tua Mensagem a Teu povo. Louvado sejas, pois, ó meu Deus, por haveres permi40
  • 43. tido, bondosamente, que nós O reconhecêssemos e que aceitássemos tudo revelado a Ele, e por nos haveres concedido a honra de atingirmos a presença Daquele prometido em Teu Livro e em Tuas Epístolas. Tu me vês, pois, ó meu Deus, com a face voltada para Ti, enquanto me seguro firmemente à corda de Tua benevolência e generosidade, e me apego à orla das vestes de Tua mercê e Teus abundantes favores. Imploro-Te, não destruas a minha esperança de atingir o que destinaste a Teus servos volvidos para os recintos de Tua corte e o santuário de Tua Presença, os quais observaram o jejum por amor a Ti. Confesso, ó meu Deus, que tudo o que procede de mim é completamente indigno de Tua soberania e inadequado à Tua majestade. E no entanto, imploro-Te – por Teu Nome, através do qual revelaste a todas as coisas criadas, Teu próprio Ser, na glória de Teus mais excelentes títulos, nesta Revelação pela qual manifestaste Tua beleza, através de Teu Nome, o Mais Resplandecente – imploro-Te que me faças sorver do vinho da Tua misericórdia e da pura essência do Teu favor, fluindo da mão direita da Tua Vontade, para que eu possa de tal modo fixar em Ti meus olhos e me desprender de tudo, menos de Ti, que o mundo e todas as coisas nele criadas me possam figurar como um dia fugaz que Tu nem Te dignaste de criar. Suplico-Te ainda, ó meu Deus, que faças chover, do céu da Tua Vontade e das nuvens da Tua misericórdia, o que nos purifique do repugnante odor das nossas transgressões, ó Tu que Te tens chamado o Deus de Misericórdia! És, em verdade, o Onipotente, o Todo-Glorioso, o Benéfico. Não repilas, ó meu Deus, quem a Ti se dirigiu; não permitas àquele que se aproximou de Ti, ser removido para longe de Tua corte; nem destruas as esperanças do suplicante que estendeu as mãos ansiosamente em busca de Tua graça e Teus favores; não prives Teus servos sinceros das maravilhas de Tua 41
  • 44. mercê e benevolência. Clemente e generosíssimo és Tu, ó meu Senhor! Poder possues para realizar o que Te apraz. Qualquer outro, senão Tu, é débil perante as revelações da Tua grandeza, é como um perdido em face das evidências da Tua riqueza; como simplesmente nada se afigura, ao ser comparado às manifestações da Tua transcendente soberania, e destituído de toda a força, quando face a face com os sinais e símbolos do Teu poder. Que refúgio há além de Ti, ó meu Senhor, ao qual eu possa fugir, e onde existe abrigo ao qual eu me possa apressar? Não, o poder da Tua grandeza me dá testemunho! Nenhum protetor há, senão Tu; nem lugar para onde fugir, salvo Tu somente; nem refúgio, além de Ti, que se possa buscar. Faze-me saborear, ó meu Senhor, a doçura divina de Tua lembrança e Teu louvor. Atesto por Tua grandeza! Quem provar sua doçura haverá de se livrar de todo apego ao mundo e a tudo o que nele existe e, purificado da lembrança de qualquer outro senão de Ti, volver para Ti a sua face. Inspira minh’alma, então, ó meu Deus, com Tua maravilhosa lembrança a fim de que eu possa glorificar Teu Nome. Não me incluas no número dos que lêem Tuas Palavras sem poderem discernir Tua dádiva oculta, a qual, segundo Teu decreto, está nelas contida e anima as almas das Tuas criaturas e os corações dos Teus servos. Seja eu incluído, ó meu Senhor, no número dos que foram tão comovidos pelos suaves odores emanados em Teus dias, que eles ofereceram suas vidas por Ti, apressando-se à cena de sua morte, em seu ardente desejo de contemplar Tua beleza e em seu anseio por atingir Tua Presença. E se alguém lhe perguntar no caminho, “Aonde ides?”, diriam, “Vamos a Deus, o Possuidor de tudo, o Amparo no Perigo, O que existe por Si próprio!” As transgressões cometidas por aqueles que se afastaram de Ti e mostraram desdém, não puderam impedi-los de Te amarem 42
  • 45. ou de volverem para Ti suas faces e se dirigirem à Tua misericórdia. Estes são os abençoados pela Assembléia no alto, os glorificados pelos habitantes das Cidades eternas e, além destes, por aqueles em cujas frontes a Tua Pena excelsa escreveu: “Estes! O povo de Bahá! Através deles se difundiram os esplendores da luz que guia.” Foi assim ordenado, a Teu mando e por Tua vontade, na Epístola do Teu irrevogável decreto. Proclama, pois, ó meu Deus, sua grandeza e a grandeza dos que os rodearam, enquanto vivos, ou após a morte. Concedelhes o que destinaste aos justos entre Tuas criaturas. Poderoso és para tudo fazer. Nenhum outro Deus há, senão Tu, o Onipotente, o Amparo no Perigo, o Todo-Poderoso, a Suma Bondade. Não deixes os nossos jejuns terminarem com este jejum, ó meu Senhor, nem com este convênio, os convênios que Tu fizeste. Aceita tudo o que temos feito por amor a Ti e para Teu prazer, e tudo o que deixamos inacabado em conseqüência de nossa sujeição a nossos desejos maus e corruptos. Permite, pois, nossa firme aderência a Teu amor e Tua aprovação, e preserva-nos do malefício dos que Te negaram repudiando Teus sinais resplandecentes. Tu és, em verdade, o Senhor deste mundo e do vindouro. Nenhum outro Deus há, salvo Tu, o Excelso, o Altíssimo. Engrandece Tu, ó Senhor meu Deus, Aquele que é o Ponto Primaz, o Mistério Divino, a Essência Invisível, a Aurora da Divindade e a Manifestação da Tua Deidade, por Cujo intermédio se revelou todo o conhecimento do passado e todo o conhecimento do futuro; através de Quem foram descobertas as pérolas da Tua sabedoria oculta, e desvendado o mistério do Teu Nome precioso; Aquele a Quem apontaste para anunciar o Ser por Cujo nome se juntaram e uniram a letra S e a letra E1, e através de 1. Isto é, gerando o comando da criação: “Sê!” 43
  • 46. Quem Tua majestade, soberania e grandeza se tornaram conhecidas, Tuas Palavras desceram e Tuas Leis foram claramente expostas; por intermédio de Quem Teus sinais se difundiram, Teu Verbo estabeleceu-Se, e os corações dos Teus eleitos foram postos a descoberto, e todos os que estavam nos céus e todos os que estavam sobre a terra se reuniram; Aquele a Quem Tu denominaste ‘Alí-Muhammad1 no reino de Teus nomes, e o Espírito dos Espíritos nas Epístolas do Teu irrevogável decreto, a Quem revestiste de Teu próprio título, a Cujo nome todos os demais nomes, a Teu mando e pelo poder da Tua grandeza, tiveram de se voltar, e em Quem Tu fizeste todos os Teus atributos e títulos atingirem sua consumação final. A Ele também pertencem tais nomes como os que jaziam ocultos em Teus tabernáculos puros, em Teu mundo invisível e Tuas cidades santificadas. Enaltece Tu, ainda, todos os que acreditaram Nele e em Seus sinais e se volveram em Sua direção, dentre aqueles que reconheceram Tua Unidade em Sua Manifestação Ulterior – Manifestação da qual Ele fez menção em Suas Epístolas, em Seus Livros e em Suas Escrituras, em todos os maravilhosos versículos e nas jóias das expressões que sobre Ele desceram. Foi essa mesma Manifestação Cujo convênio Tu O mandaste estabelecer, antes de haver Ele estabelecido Seu próprio convênio. Foi Aquele Cujo louvor o Bayán celebrou. Neste, se elogiou Sua excelência e estabeleceu Sua verdade, proclamou Sua soberania e aperfeiçoou Sua Causa. Bem-aventurado o homem que para Ele se volveu, cumprindo as coisas por Ele ordenadas, ó Tu que és o Senhor dos mundos e o Desejo de todos os que Te conheceram! Louvado sejas, ó meu Deus, por nos haveres ajudado a reconhecê-Lo e amá-Lo. Suplico-Te, pois, por Ele e por Aqueles que são as Auroras da Tua Divindade, os Tesouros da Tua Re1. O Báb. 44
  • 47. velação e os Santuários da Tua inspiração, que nos dê o poder de O servirmos e obedecermos, de nos tornarmos os esteios da Sua Causa, os que dispersam Seus adversários. Poderoso és para fazer o que Te apraz. Não há outro Deus salvo Tu, o Onipotente, o Todo-Glorioso, Aquele de Quem todos os homens buscam amparo! Bahá’u’lláh 5 ...Ó meu Deus, dou testemunho de que Tu, desde a eternidade, nada fizeste descer sobre Teus servos senão aquilo que causasse sua elevação, sua aproximação de Ti e sua ascensão ao céu da Tua transcendente Unidade. Estabeleceste Teus limites entre eles, ordenando que fossem como evidências da Tua justiça e sinais da Tua misericórdia entre Tuas criaturas, a cidadela da Tua proteção em meio a Teu povo, a fim de que homem algum em Teu reino transgredisse contra seu próximo. Como é grande a bem-aventurança daquele que por amor a Tua beleza e a Teu prazer, reprimiu os desejos de uma inclinação corrupta e observou os preceitos fixados por Tua Pena excelsa! Ele, em verdade, há de ser incluído no número dos que atingiram todo o bem e seguiram o caminho apontado por Ti. Suplico-Te, ó meu Senhor, por Teu Nome, através do qual concedeste a Teus servos e Teu povo o poder de Te conhecerem, e atraíste para a corte resplandecente da Tua Unidade os corações dos que Te reconheceram, e fizeste as almas de Teus favorecidos aproximarem-se da Aurora da Tua Unicidade – suplicoTe que eu seja ajudado a observar o jejum inteiramente por amor a Ti, ó Tu, o Pleno de Majestade e Glória! Capacita-me, então, ó meu Deus, para ser contado entre aqueles que aderiram 45
  • 48. as Tuas leis e Teus preceitos, por Tua causa, tão somente e com sua vista fixada em Tua Face. São estes, realmente, cujo vinho consiste em tudo o que procedeu dos lábios da Tua Vontade primordial, cuja poção pura é o Teu chamado arrebatador, cujo rio celestial é Teu amor, cujo paraíso é a entrada em Tua Presença, a reunião Contigo. Pois Tu foste seu Princípio e seu Fim, sua Mais Alta Esperança e seu Desejo Supremo. Cega seja a vista que contemplar qualquer coisa que Te desagrade, e confundida a alma que se inclinar ao que seja contrário à Tua Vontade. Por Ti Próprio e por eles, imploro-Te, ó meu Deus, que Te dignes de aceitar, através de Tua graça e benevolência, as obras que temos realizado, por muito aquém que estejam da elevação e sublimidade do Teu estado, ó Tu que és o Mais Amado dos corações que por Ti anseiam, e és Quem cura as almas que Te reconhecem! Que faças chover, pois, sobre nós, do céu da Tua misericórdia e das nuvens da Tua benevolência, o que nos possa purificar do menor traço de desejos maus e corruptos, e nos aproxime Daquele que é o Manifestante do Teu Próprio Ser sublime e todo-glorioso. Tu, verdadeiramente, és o Senhor deste mundo e do vindouro, e és poderoso para tudo fazer... Bahá’u’lláh 6 Tú vês, ó Deus de Misericórdia, Tu Cujo poder predomina sobre todas as coisas criadas, estes servos Teus, Teus cativos, que, de acordo com o beneplácito de Tua Vontade, observam durante o dia de jejum por Ti prescrito, que se levantam, ao primeiro alvor da manhã, para fazer menção de Teu Nome e celebrar-Te o louvor, na esperança de obterem seu quinhão das 46
  • 49. boas coisas guardadas nos tesouros de Tua graça e generosidade. Suplico-Te – ó Tu que seguras nas mãos as rédeas da criação inteira, em Cujo poder está todo o reino de Teus Nomes e de Teus atributos – que não prives Teus servos, em Teu Dia, das chuvas que manam das nuvens de Tua Misericórdia, nem os impeças de tomarem seu quinhão do oceano de Teu beneplácito. Todos os átomos da terra dão testemunho, ó Meu Senhor, da grandeza de Teu poder e de Tua soberania; e todos os sinais do universo atestam a glória de Tua majestade e de Tua Onipotência. Tem misericórdia, então – ó Tu que és o Senhor soberano de todos, que és o Rei dos dias sempiternos e Governante de todas as nações – destes servos Teus, que se seguram à corda de Teus mandamentos e se curvaram diante das revelações de Tuas leis, enviadas do céu de Tua Vontade. Vê, ó meu Senhor, como seus olhos estão erguidos para o alvorecer de Tua benevolência, como seus corações se apegam aos oceanos de Teus favores, como suas vozes se baixam ante os acentos de Tua dulcíssima Voz, que chama da mais sublime Altura, em Teu nome, o Todo-Glorioso. Ajuda Tu os Teus bemamados, ó meu Senhor, aqueles que a tudo abandonaram a fim de obterem as coisas que Tu possues, aqueles que foram cercados por provações e tribulações porque haviam renunciado ao mundo e se afeiçoado a Teu domínio de glória. Protege-os – suplico-Te, ó meu Senhor – das investidas de seus maus desejos e paixões, e ajuda-os a obterem as coisas que haverão de lhes trazer proveito neste mundo presente e no vindouro. Peço-Te, ó meu Senhor – pelo Teu Nome oculto, Teu Nome estimado, que chama altamente no reino da criação e convoca todos os povos à Árvore além da qual não há passagem, à sede de transcendente glória – que faças descer sobre nós e sobre Teus servos a chuva transbordante de Tua misericórdia, para que nos purifique da lembrança de tudo, salvo de Ti, e nos aproxime 47
  • 50. das orlas do oceano de Tua graça. Ordena, ó Senhor, através de Tua Pena excelsa, o que imortalize nossas almas no Reino de glória, perpetue nossos nomes em Teu Domínio e ampare nossas vidas nos tesouros de Tua proteção e nossos corpos na cidadela de Tua inviolável fortaleza. Poderoso és sobre todas as coisas, sejam do passado ou do futuro. Não há outro Deus senão Tu, o onipotente Protetor, O Que subsiste por Si Próprio. Tu vês, ó Senhor, nossas mãos suplicantes erguidas para o céu de Teu favor e Tua generosidade. Permite que se encham dos tesouros de Tua munificência e abundante favor. Perdoanos, e aos nossos pais e às nossas mães, e cumpre o que temos desejado do oceano de Tua graça e generosidade Divina. Aceita, ó Bem-Amado de nossos corações, todas as nossas obras em Teu caminho. Tu és, verdadeiramente, o Mais Poderoso, o Excelso, o Incomparável, o Uno, o Clemente, o Benévolo. Bahá’u’lláh Orações publicadas no livro “ORAÇÕES E MEDITAÇÕES, da Editora Bahá’í do Brasil. Edição de 1996, às páginas 188 a 202. 48
  • 51. Oração revelada por Bahá’u’lláh para o Naw-Rúz (Ano Novo Bahá’í), após o término do período do Jejum Naw-Rúz [Naw-Rúz, 21 de março, é o primeiro dia do ano bahá’í.] Louvado sejas, ó meu Deus, por haveres ordenado o NawRúz como um festival para aqueles que observaram o jejum por amor a Ti e se abstiveram de tudo o que Tu desaprovas. Permite, ó meu Senhor, que o fogo de Teu amor e o ardor causado pelo jejum por Ti prescrito, os inflamem em Tua Causa e os façam ocuparem-se com Teu louvor e Tua menção. Desde que Tu os ornamentaste, ó meu Senhor, com o adorno do jejum prescrito por Ti, concede-lhes também o adorno da Tua aprovação, através de Tua graça e Teu copioso favor. Pois todos os atos do homem dependem de Tua Vontade e estão condicionados a Teu mando. Se Tu considerasses alguém que interrompeu o jejum como se o tivesse observado, tal homem seria contado entre aqueles que desde a eternidade observam o jejum. E se decretasses que um observante do jejum o tivesse quebrado, essa pessoa seria incluída no número dos que macularam de pó as Vestes da Tua Revelação e se afastaram das águas cristalinas desta Fonte viva. És Aquele através de Quem se ergueu a insígnia “Digno de louvor és Tu em Tuas obras” e se desfraldou o estandarte “Obedecidos és Tu em Tuas ordens.” Torna conhecida a Teus servos 49
  • 52. essa posição Tua, ó meu Deus, para que saibam ser a excelência de todas as coisas dependente de Tua autorização e Tua Palavra, e a virtude de todo ato condicionada à Tua permissão e à Tua Vontade, a fim de reconhecerem que as rédeas das atividades humanas se acham nas mãos de Tua aprovação e Teu mandamento. Que isto lhes seja conhecido para que nada em absoluto os possa excluir de Tua Beleza, nestes dias em que o Cristo exclama: “Todo domínio é Teu, ó Tu que geraste o Espírito”; e Teu Amigo exclama: “Glória a Ti, ó Tu, o Mais Amado, pois desvelaste Tua Beleza e inscreveste para os Teus eleitos o que os fará atingirem a sede da revelação do Teu Nome Supremo, através do qual lamentaram todos os povos exceto aqueles que se desprenderam de tudo, menos de Ti, e se voltaram para Ele, o Revelador do Teu próprio Ser e o Manifestante dos Teus atributos.” Aquele que é Teu Ramo e toda a Tua companhia, ó meu Senhor, quebraram hoje seu jejum, após o terem observado nos recintos de Tua corte, em seu anseio de fazer o que Te apraz. Ordena-Lhe e a eles, e a todos os que entraram em Tua Presença, nesses dias, todo o bem que destinaste em Teu Livro. Concede-lhes, então, o que seja de benefício, tanto nesta vida como na do além. Tu és, em verdade, o Onisciente, a Suma Sabedoria. Bahá’u’lláh Do livro “ORAÇÕES E MEDITAÇÕES, pág. 203, da Editora Bahá’í do Brasil, edição 1996. 50
  • 53. A IMPORTÂNCIA DA MEDITAÇÃO l Textos de Bahá’u’lláh ’Abdu’l-Bahá
  • 54. 52
  • 55. Textos de Bahá’u’lláh “Medita sobre aquilo que flui do céu da Vontade de teu Senhor, Fonte de toda a graça, a fim de poderes compreender o verdadeiro significado entesourado nas santas profundezas das Sagradas Escrituras.” [1] E “Deve-se sorver o vinho da renúncia, atingir as sublimes alturas do desprendimento e fazer a meditação à qual se referem as palavras: Uma hora de reflexão é preferível a setenta anos de adoração piedosa. de modo a descobrir o segredo da miserável conduta do povo – desse povo que, a despeito do amor e do ardente desejo que professa ter pela verdade, amaldiçoa aqueles que seguem a Verdade, após Ele haver se manifestado, fato esse atestado pela tradição que acabamos de mencionar.” [2] E “Lede com toda a atenção, diariamente, os versículos revelados por Deus. Bem-aventurado aquele que os recita e sobre eles medita. Em verdade ele é daqueles que estarão bem.” 53 [3]
  • 56. “Imergi-vos no oceano das Minhas palavras, a fim de que possais desvendar seus segredos e descobrir todas as pérolas de sabedoria que jazem ocultas em suas profundezas. Acautelai-vos para que não vacileis em vossa determinação de abraçar a verdade desta Causa – uma Causa da qual se revela as potencialidades da grandeza de Deus e estabelece Sua soberania. Com face radiante de júbilo, apressai-vos a Ele. Esta é a imutável Fé Divina, eterna no passado, eterna no futuro. Oxalá quem a buscar, a atinja; quanto àquele que se recusar a buscála – em verdade Deus é suficiente por Si próprio, longe está Ele de necessitar das Suas criaturas.” [4] E Do livro “O APROFUNDAMENTO, O CONHECIMENTO e a COMPREENSÃO DA FÉ”, Editora Bahá’í do Brasil. (1) pg. 21 (2) pg. 21 (3) pg. 11 (4) pgs. 10/11 54
  • 57. Textos de ’Abdu’l-Bahá 1. Concede vida eterna ao ser humano “Através da faculdade da meditação, o homem alcança a vida eterna; por seu intermédio, recebe o sopro do Espírito Santo – a graça do Espírito Santo é obtida em reflexão e meditação. O próprio espírito do homem se informa e fortalece durante a meditação; através dela, assuntos que o homem desconhecia inteiramente lhe são revelados. Por seu intermédio, recebe inspiração divina, alimento celestial.” [p. 20] 2. Coloca-o em contato com Deus “A meditação é a chave que abre as portas dos mistérios. Nesse estado, o homem abstrai-se de si mesmo, afasta-se de si mesmo, afasta-se de todos os objetos externos; nesse estado subjetivo, imerge no oceano da vida espiritual e pode descobrir os segredos do íntimo das coisas... A faculdade da meditação liberta o homem da natureza animal, discerne a realidade das coisas e coloca-o em contato com Deus.” [p. 20] 55
  • 58. 3. Voltarmo-nos para Deus, somente “Devemos nos esforçar para atingir esta condição, separando-nos de tudo e do povo do mundo, e voltando-nos para Deus, somente. Será preciso algum esforço de parte do homem para alcançar tal estado, mas ele deve trabalhar para isso, lutar por isso. É pensando mais nas coisas espirituais que se pode atingi-lo. Quanto mais nos afastamos de uma, mais nos aproximamos da outra. A escolha é nossa.” [p. 22] 4. Iluminação do entendimento “Quando o homem permite ao espírito, através da alma, iluminar seu entendimento, então ele contém toda a criação... Mas, por outro lado, quando o homem não abre a mente e o coração às bênçãos do espírito, e sim inclina sua alma para o lado material, na direção da parte corporal de sua natureza, então ele desce de sua alta posição e torna-se inferior aos habitantes do mais baixo reino animal.” [p. 19] Do livro “A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO, MEDITAÇÃO e da ATITUDE DEVOCIONAL” – Editora Bahá’í do Brasil. 56
  • 59. TEMAS ESPECIAIS PARA MEDITAÇÃO l Textos de Bahá’u’lláh selecionados para leitura e meditação diária durante os 19 dias do jejum bahá’í: (2 a 20 de março)
  • 60. Ação e exemplo seguem-se à oração e meditação “Oração e meditação são fatores muito importantes ao aprofundamento da vida espiritual do indivíduo, mas devem ser acompanhadas também de ação e exemplo, uma vez que estes são os resultados tangíveis daqueles. Ambos são essenciais.” Shoghi Effendi
  • 61. Temas diários para leitura e meditação durante os 19 dias do Jejum 1º dia: 2 de março 2º dia: 3 3º dia: 4 4º dia: 5 5º dia: 6 6º dia: 7 7º dia: 8 8º dia: 9 9º dia: 10 10º dia: 11 11º dia: 12 12º dia: 13 13º dia: 14 14º dia: 15 15º dia: 16 16º dia: 17 17º dia: 18 18º dia: 19 19º dia: 20 de de de de de de de de de de de de de de de de de de março março março março março março março março março março março março março março março março março março O APROFUNDAMENTO DA FÉ, 60 PUREZA, 63 JUSTIÇA E EQUIDADE, 66 BONDADE E TOLERÂNCIA, 69 HUMILDADE, 72 FIDEDIGNIDADE E HONESTIDADE, 75 SINCERIDADE, 78 CORTESIA E BOM CARÁTER, 81 GENEROSIDADE E CARIDADE, 84 SANTIDADE E CASTIDADE, 87 DESPRENDIMENTO, 90 CONSTÂNCIA, 94 AMOR À HUMANIDADE, 97 MODERAÇÃO E SABEDORIA, 100 LOUVOR E GRATIDÃO, 103 TRABALHO E SERVIÇO, 106 PACIÊNCIA NAS PROVAÇÕES, 109 ALEGRIA E FELICIDADE, 112 A POSIÇÃO E A RECOMPENSA DO VERDADEIRO SERVO DE BAHÁ, 114 59
  • 62. 1º Dia do mês ’Alá/Sublimidade 2 DE MARÇO Aprofundamento da Fé “O primeiro dever prescrito por Deus a Seus servos é o reconhecimento d’Aquele que é o Alvorecer de Sua Revelação e a Fonte de Suas leis...” Cumpre a cada um que alcançar esse mais sublime grau, esse ápice de transcendente glória, observar todos os mandamentos d’Aquele que é o Desejo do Mundo. Esses deveres gêmeos são inseparáveis. Um não é aceitável sem o outro. Assim decretou Aquele que é o manancial da inspiração divina.” [1] “Recitai os versículos de Deus a cada manhã e anoitecer. Quem não os recita não é fiel ao Convênio de Deus e a Seu Testamento, e quem neste dia se afasta desses versículos sagrados é dos que por toda a eternidade se afastaram de Deus.” [2] “Os que recitam os versículos do Todo-Misericordioso com a mais melodiosa entoação, descobrirão neles aquilo com o qual o domínio sobre a terra e o céu jamais se poderá comparar. Inalarão, nestes versículos, a fragrância divina de Meus mundos – mundos que hoje ninguém pode discernir, salvo os que foram dotados de visão por esta Revelação sublime e formosa. Dize: Estes versículos atraem os corações puros aos mundos espirituais que nem as palavras podem descrever, nem as alusões insinuar. Bem-aventurados os que refletem.” [3] 60
  • 63. “Inspira então minh’alma, ó meu Deus, com Tua maravilhosa lembrança, a fim de que eu possa glorificar Teu nome. Não me incluas no número dos que lêem Tuas palavras e falham em encontrar Tua dádiva oculta, a qual segundo Teu decreto está nelas encerrada, e que vivifica as almas de Tuas criaturas e os corações de Teus servos.” [4] “A primeira coisa para se fazer é adquirir uma sede de espiritualidade, e então, viver a vida! Viver a vida! Viver a vida! O caminho para se adquirir esta sede é a meditação sobre a vida vindoura. Estudai as Palavras Sagradas, lede vossa Bíblia e os Livros Sagrados; em especial, estudai as Palavras Sagradas de Bahá’u’lláh. Quanto à meditação, dedica-lhes muito tempo. Então conhecereis essa Grande Sede, e somente então podereis principiar a viver a vida!” [5] “Ó Meus servos! Minha sagrada Revelação divinamente ordenada, se pode comparar a um oceano em cujas profundidades se ocultam inúmeras pérolas de grande preço, de brilho inexcedível. É dever de cada um que busca, despertar e envidar esforços para atingir as orlas deste oceano, de modo que possa, em proporção ao ardor de sua busca e aos esforços por ele despendidos, participar de tais benefícios que foram preordenados nas ocultas e irrevogáveis Epístolas de Deus.” [6] “Conhecimento é amor. Estudai, dai ouvido às exortações e meditai, esforçando-vos por compreender a sabedoria e a grandeza de Deus. Deve-se fertilizar o solo antes que as sementes sejam lançadas.” [7] “Fosse qualquer homem ponderar no coração o que a Pena do Altíssimo revelou, e fosse lhe saborear a doçura, ele, certamente, se veria vazio e livre de seus próprios desejos e comple61
  • 64. tamente submisso à Vontade do Todo-Poderoso. Feliz o homem que atingiu esse tão alto grau e não se privou de tão abundante graça.” [8] “Incumbe-vos meditar e ponderar em vossos corações sobre Suas palavras invocando humildemente Seu auxílio e livrandovos do ego em Sua Causa celestial. Isto é o que fará de vós sinais de guia para toda a humanidade, estrelas fulgentes resplandecendo do supremo e mais elevado horizonte e árvores altaneiras no Paraíso de Abhá.” [9] E E E Reflexão pessoal a ser meditada durante o dia: 1. Hoje é o primeiro dia do jejum. O que poderia fazer para que este meu jejum fosse mais proveitoso, ajudando e acelerando meu crescimento espiritual e humano? 2. Qual a importância do “aprofundamento na minha vida?” Quantas horas ou minutos da minha vida diária são dedicados ao aprofundamento? 3. Como poderia estabelecer um programa sistemático de aprofundamento para mim e para minha família? 62
  • 65. 2º dia do mês ’Alá / Sublimidade 3 DE MARÇO Pureza “Ó Deus Clemente! Estes servos dirigem-se a Teu Reino em busca de Tua graça e Tuas dádivas. Ó Deus! Torna bons e puros seus corações, para que sejam dignos de Teu amor. Purifica e santifica os espíritos, para que irradiem a luz do Sol da Realidade. Torna puros e santos os olhos, a fim de poderem perceber Tua Luz. Purifica e santifica os ouvidos, para que possam ouvir o chamado de Teu Reino. Ó Senhor! Em verdade, somos pobres, mas Tu és rico. Somos aqueles que buscam, e Tu é o Objeto de nossa busca! Ó Senhor! Tem compaixão de nós e perdoa-nos; concede-nos capacidade e disposição para que possamos corresponder a Teus favores e ser atraídos a Teu Reino, acesos com a chama do Teu amor e ressuscitados pelo sopro de Teu Espírito Santo, neste século radiante. Tu és Poderoso, és Onipotente; és o Pleno de Misericórdia e és o Mais Generoso!” ‘Abdu’l-Bahá “Ó FILHO DO SER! Teu coração é Meu lar; santifica-o para Minha descida. Teu espírito é a sede de Minha Revelação; purifica-o, para que nele Eu possa Me manifestar.” [10] “A capacidade para entender Suas palavras e a compreensão das entoações das Aves do Céu, de modo algum dependem da erudição humana. Dependem tão somente da pureza de coração, da castidade de alma e da liberdade de espírito.” [11] 63
  • 66. “O coração puro é aquele que está inteiramente desprendido do ego.” [12} “Agora é o tempo de purificares a ti mesmo com as águas do desprendimento que fluíram da Pena Suprema e, inteiramente por amor a Deus, ponderares sobre aquilo que repetidamente tem-se feito descer ou tem sido manifesto esforçando-te, então, o quanto for-te possível, por extinguir através do poder da sabedoria e da força de tuas palavras – o fogo da inimizade e do ódio que arde latentemente nos corações dos povos do mundo. O advento dos Mensageiros Divinos e a revelação de Seus livros deram-se com o propósito de promover o conhecimento de Deus e fomentar a unidade e amizade entre os seres humanos.” [13] “Sê puro, ó povo de Deus, sê puro; reto, sê reto... Dize: Ó povo de Deus! O que pode assegurar a vitória d’Aquele que é a Verdade Eterna – Suas hostes, Seus auxiliadores na terra, foi assentado nas escrituras e nos Livros Sagrados e está tão claro e manifesto como o sol. Essas hostes são as ações retas, a conduta e o caráter que são, a Seu ver, aceitáveis. Se alguém, neste Dia, se levantar para promover Nossa Causa, convocando em seu auxílio as hostes de um caráter louvável e conduta íntegra, a influência que emana de tal ação será difundida, com absoluta certeza, pelo mundo inteiro.” [14] “Nós, verdadeiramente, observamos vossas ações. Se percebermos nelas o doce aroma da pureza e santidade, nós com absoluta certeza vos abençoaremos. Instamos aos servos de Deus e às Suas servas que sejam puros e temam a Deus, a fim de que possam se livrar da dormência de seus desejos corruptos e se volver para Deus.” [15] E E E 64
  • 67. Reflexão pessoal a ser medida durante o dia: 1. Por que somente o coração puro é digno do amor de Deus? 2. O que significam as expressões: “castidade da alma” e “liberdade de espírito”? 3. O que posso fazer para purificar meu coração? 65
  • 68. 3º dia do mês ’Alá / Sublimidade 4 DE MARÇO Justiça e Equidade “Ó FILHO DO ESPÍRITO! A mais amada de todas as coisas, a Meu ver, é a Justiça; não te afastes dela, se é que Me desejas, nem a negligencies, para que em ti Eu possa confiar. Com sua ajuda, verás com teus próprios olhos e não com os alheios e saberás por teu próprio conhecimento e não pelo conhecimento de teu próximo.” [16] “Acautelai-vos para que não vos prefirais acima de vosso próximo. Sede justo com vós próprios e com os outros, para que assim, através de vossas ações, as evidências da justiça sejam reveladas entre os Nossos servos fiéis. Das virtudes humanas, a eqüidade é a mais fundamental. Dela, forçosamente, há de depender a avaliação de todas as coisas. Dizei! Observai eqüidade em vosso julgamento, ó vós, homens de coração compreensível! Quem julga com injustiça é destituído das características que distinguem a condição do homem.” [17] “Membros da raça humana! Segurai-vos firmemente à Corda que homem algum poderá partir. Isto, em verdade, vos será proveitoso durante todos os dias de vossa vida, pois sua força é de Deus, o Senhor de todos os mundos. Aderi à justiça e eqüidade e afastai-vos dos sussurros dos insensatos, daqueles que estão afastados de Deus, que ataviaram as cabeças com o 66
  • 69. ornamento dos sábios e condenaram à morte Aquele que é a Fonte da sabedoria.” [18] “Ó FILHO DO ESPÍRITO! Saibas tu de uma verdade: Aquele que exorta os homens a serem justos enquanto ele comete iniqüidade, não é de Mim, ainda que leve Meu nome.” [19] “A luz dos homens é a Justiça; não a apagues com os ventos contrários da opressão e tirania. O propósito da justiça é o aparecimento da unidade entre os homens.” [20] “Não ponhais sobre nenhuma alma uma carga da qual vós não quereríeis ser incumbidos, nem desejeis para pessoa alguma, as coisas que não desejaríeis para vós mesmos. É este Meu melhor conselho para vós, fôsseis apenas observá-lo.” [21] “Trilhai o caminho da justiça, pois este é, em verdade, o caminho reto.” “O pálio da existência repousa sobre a vara da justiça e não da clemência e a vida da humanidade depende da justiça e não da clemência.” [22] “A Justiça, neste dia, deplora seu penoso estado e a Eqüidade geme sob o jugo da opressão. As espessas nuvens da tirania obscureceram a face da terra, envolvendo seus povos. Pelo movimento de Nossa Pena de glória, a mando do Onipotente que a tudo ordena, temos insuflado uma nova vida em cada corpo humano e imbuído cada palavra de uma potência nova. Todas as coisas criadas proclamam as evidências desta regeneração mundial. É esta a maior, a mais jubilosa nova que a pena deste Injuriado transmite à humanidade. Por que tendes receio, 67
  • 70. ó Meus bem-amados? Quem é que vos possa desalentar? Basta um toque de umidade dissolver o barro endurecido de que é moldada essa geração perversa. O simples ato de vos reunirdes é suficiente para dissipar as forças desses seres vãos e indignos...” [23] E E E Reflexão pessoal a ser meditada durante o dia: 1. Bahá’u’lláh nos ensina que “a mais amada de todas as coisas é a Justiça” e que “das virtudes humanas, a eqüidade é a mais fundamental”. Qual é a diferença entre as qualidades de “justiça” e “eqüidade”? 2. De que maneira a justiça faz aparecer a unidade entre os homens? Por que? 3. Por que o “O pálio da existência repousa sobre a vara da justiça e não da clemência”? 68
  • 71. 4º dia do mês ’Alá / Sublimidade 5 DE MARÇO Bondade e Tolerância “Ó meu Deus, Deus de bondade e de misericórdia! Tu és aquele Rei cuja Palavra de mando chamou para a existência a criação inteira; e és aquele Todo-Generoso que jamais foi impedido, pelas ações dos Seus servos, de manifestar Sua graça ou de revelar sua bondade. Permite que este servo, eu Te imploro, atinja o que for a causa de sua salvação em cada mundo de Teus mundos. És, em verdade, o Onipotente, o Mais Poderoso, o Onisciente, a Suma Sabedoria! Bahá’u’lláh “Ó FILHO DO ESPÍRITO! Meu primeiro conselho é este: Possue um coração puro, bondoso e radiante, para que seja tua alma uma soberania antiga, imperecível e eterna.” [24] “É Nossa vontade e Nosso desejo que cada um de vós se torne uma fonte de toda bondade para os homens e um exemplo de retidão para o gênero humano. Acautelai-vos para que não considereis a vós mesmos acima de vosso próximo. Fixai vosso olhar n’Aquele que é o Templo de Deus entre os homens. Ele, em verdade, ofereceu Sua vida como resgate para a redenção do mundo. Ele, verdadeiramente, é o Todo-Generoso, o Benévolo, o Altíssimo. Se algumas diferenças surgirem entre vós, vede-Me 69
  • 72. diante de vossa face e não olheis as faltas uns dos outros, por consideração a Meu Nome e como sinal de vosso amor por Minha Causa manifesta e resplendente. Em todos os tempos gostamos de vos ver associardes uns aos outros em amizade e concórdia dentro do paraíso de Meu beneplácito, e de inalar de vossos atos a fragrância da amizade e união, da benevolência e do amor fraternal. Assim vos aconselha o Onisciente, o Fiel. Estaremos sempre convosco; se inalarmos o perfume de vosso espírito fraternal, Nosso coração certamente se regozijará, pois nada, a não ser isto, Nos pode satisfazer. Disto dá testemunho todo homem de verdadeira compreensão.” [25] “Gostamos de vos ver, em todas as ocasiões, associandovos uns aos outros em amizade e concórdia, no paraíso de Minha aprovação e de inalar dos vossos atos a fragrância da amabilidade e união da bondade e camaradagem... Estaremos sempre convosco; se inalarmos o perfume de vossa camaradagem, o Nosso coração haverá de se regozijar, certamente, pois nada, a não ser isto, Nos pode satisfazer.” “Mostrai tolerância, benevolência e amor mutuamente. Se qualquer um de vós não puder compreender uma certa verdade, ou estiver fazendo um esforço para compreendê-la, mostrai, ao conversardes com ele, um espírito de extrema gentileza e boa vontade. Ajudai-o a ver e reconhecer a verdade, sem que vos julgueis, no mínimo grau, superiores a ele ou possuidores de maiores dons.” [26] “Não contemples as criaturas de Deus, a não ser com os olhos da benevolência e da mercê, pois Nossa terna Providência abrangeu todas as coisas criadas e Nossa graça cingiu a terra e os céus. Este é o Dia em que os verdadeiros servos de Deus participam das águas vivificadoras da reunião, o Dia em que aqueles que Lhe estão próximos podem sorver do suave rio da 70
  • 73. imortalidade, e os que crêem em Sua unidade, do vinho de Sua Presença, através de seu reconhecimento d’Aquele que é o Alvo Supremo e Final de todos, em Quem a Língua da Majestade e Glória pronuncia o chamado: “Meu é o Reino. Eu Próprio sou, em virtude de direito Meu, seu Governante.” [27] “Associai-vos a todos os homens, ó povo de Bahá, em espírito amigável e fraternal. Se estiverdes cientes de uma certa verdade, se possuirdes uma jóia da qual outros são privados, reparti-a com eles em uma linguagem da maior bondade e benevolência. Se for aceita, sendo assim realizado seu propósito, tereis atingido vosso objetivo. Se alguém a recusar, deixai-o a sós e suplicai a Deus que o guie. Guardai-vos de tratá-lo de um modo pouco bondoso. Uma língua bondosa é o ímã dos corações dos homens. É o pão do espírito, veste de significado as palavras, é a fonte da luz da sabedoria e compreensão...” [28] E E E Reflexão pessoal a ser meditada durante o dia: 1. O que devo fazer na minha vida para ter “um coração puro, bondoso e radiante?” 2. De que forma poderei associar-me a “todos os homens... em espírito amigável e fraternal?” 71
  • 74. 5º dia do mês ’Alá / Sublimidade 6 DE MARÇO Humildade “Não removas, ó Senhor, a mesa festiva que se estendeu em Teu Nome, nem apagues a flama ardente, acesa com Teu fogo inextinguível. Que Tuas Águas Vivas, murmurando com a melodia de Tua glória e Tua lembrança, não deixem de fluir, e Teus servos não sejam privados da fragrância de Teus doces aromas, donde emana o perfume do Teu amor. Senhor! Transforma a angústia de Teus santos em sossego, suas durezas em conforto; muda-lhes a humilhação em glória, e a tristeza em júbilo e êxtase, ó Tu que seguras nas mãos as rédeas de toda a humanidade! És, em verdade, o Deus Uno, o Poderoso, o Onipotente, a Suprema Sabedoria!” ‘Abdu’l-Bahá “Ó FILHOS DOS HOMENS! Não sabeis por que Nós vos criamos a todos do mesmo pó? A fim de que ninguém se enaltecesse acima dos outros. Ponderai no coração, em todos os tempos, de que modo fostes criados. Desde que vos tenhamos criado a todos da mesma substância, deveis ser como uma só alma, andando com os mesmos pés, alimentando-vos com a mesma boca e habitando na mesma Terra, a fim de que, do imo de vosso ser, através de vossa ações, se manifestem os sinais da unidade e a essência do desprendi72
  • 75. mento. É esteo Meu conselho a vós, ó assembléia de luz! Atendei a este conselho, para que possais obter, da árvore de glória maravilhosa, o fruto da santidade.” [29] “Os que são os bem-amados de Deus, onde quer que se reúnam e quaisquer que sejam aqueles com quem se encontrem, devem demonstrar, em sua atitude para com Deus e na maneira de celebrar Seu louvor e glória, tal humildade e submissão que cada átomo de pó sob seus pés ateste a profundidade de sua devoção. A conversação de que participam essas almas santas deve ser imbuída de tamanho poder que esses mesmos átomos de pó sejam estremecidos pela sua influência. Devem de tal modo se comportar que a terra em que pisam jamais tenha direito de lhes dirigir palavras como estas: “Devo ser preferida a vós. Pois podeis testemunhar quanto sou paciente em suportar o peso que o lavrador põe sobre mim. Sou o instrumento que a todos os seres concede, sem cessar, as bênçãos que me foram confiadas por Aquele que é a Fonte de todas as graças. Não obstante a honra que me foi concedida e as inumeráveis evidências de minha riqueza – riqueza esta que supre as necessidades de toda a criação – vede o grau de minha humildade, testemunhai com que submissão absoluta eu me deixo ser pisada sob os pés dos homens...” [30] “A humildade leva o homem ao céu da glória e do poder, enquanto o orgulho o rebaixa até às profundezas da miséria e degradação. Todo o homem de discernimento, enquanto caminha sobre a terra, se sente humilhado, em verdade, desde que percebe perfeitamente que a coisa de onde derivam sua prosperidade, sua riqueza, seu poder, seu enaltecimento, seu progresso e sua grandeza, é, segundo Deus determinou, a própria terra que é pisada sob os pés de todos os homens. Quem conhece esta verdade está, sem a menor dúvida, purificado e santificado de todo orgulho, arrogância e vanglória.” [31] 73
  • 76. “Ó Meus servos! Sede resignados e submissos como a terra, para que do solo de vosso ser floresçam os jacintos flagrantes, sagrados e multicolores de Meu conhecimento. Sede flamejantes como o fogo, para que possais queimar os véus da negligência e fazer arder, com as energias vivificadoras do amor de Deus, o coração enregelado e refratário. Sede leves e irrestritos como a brisa, a fim de que possais obter acesso aos recintos de Minha corte, de Meu inviolável Santuário.” [32] “Ó FILHO DO HOMEM! Fosses tu percorrer a imensidão do espaço e atravessar a extensão do céu, nem assim encontrarias repouso, salvo em submissão ao Nosso mandamento e em humildade perante Nossa face.” [33] E E E Reflexão pessoal a ser medida durante o dia: 1. Na sociedade atual, onde os valores são todos trocados, as palavras “humilde” e “humildade” soam piegas, ou ingênuas. No que devo me espelhar, nesta sociedade, ou como adquirir as virtudes amadas por Deus? 2. Por que devo buscar ser “humilde e submisso”? 3. Segundo as palavras de Bahá’u’lláh, o que ocorre com as pessoas arrogantes e orgulhosas? 74
  • 77. 6º dia do mês ’Alá / Sublimidade 7 DE MARÇO Fidedignidade e Honestidade “Agora mencionaremos a ti a Fidedignidade e sua posição aos olhos de Deus, teu Senhor, o Senhor do Poderoso Trono. Num dia dos dias, nos recolhemos à Nossa Ilha Verde. Ao chegarmos, vimos fluírem rios, observamos suas árvores viçosas e a luz do sol que em seu meio cincilava. Volvendo a face à direita, contemplamos o que a pena é impotente para descrever; nem pode ela expor o que os olhos do Senhor da Humanidade presenciou nesse mais sagrado, mais sublime Lugar, nesse Lugar bendito e excelso. Volvendo-nos, então, para a esquerda, fitamos um dos belos Seres desse Mais Sublime Paraíso, que em um pilar de luz, pousava e clamava, dizendo: “Ó habitantes da terra e do céu! Contemplai Minha beleza, Meu esplendor, Minha revelação e Minha fulgência. Por Deus, o Verdadeiro! Sou a Fidedignidade – sua revelação e sua formosura. Recompensarei a quem quer que a Mim adira, que Me reconheça o grau e a posição e se segure à Minha orla. Sou o maior ornamento do povo de Bahá, e a vestimenta de glória para todos os que estão no reino da criação. Sou o instrumento supremo para a prosperidade do mundo e o horizonte da certeza para todos os seres.” Assim a ti temos feito descer o que faça os homens aproximarem-se do Senhor da criação.” [34] “Em verdade digo: Inclinai vossos ouvidos à Minha voz melodiosa e santificai-vos da contaminação de vossas más paixões e vossos desejos corruptos. Os que habitam no tabernáculo de Deus e ocupam os assentos da glória sempiterna, ainda que estejam famintos, a ponto de morrer, se recusarão a estender as 75
  • 78. mãos e apoderar-se ilegalmente da propriedade de seu próximo, por mais vil e desprezível que este seja.” [35] “Este Injuriado recomenda-vos a honestidade e a piedade. Bem-aventurada a cidade que brilha com sua luz. Através destas qualidades o homem é enaltecido e a porta de segurança é aberta diante da face de toda a criação.” [36] “Sabe tu com certeza: quem não crê em Deus, não é nem fidedigno ne veraz. Isto, realmente, é a verdade, a indubitável verdade. Quem age traiçoeiramente para com Deus, agirá traiçoeiramente também para com seu rei. Nada em absoluto pode deter tal homem do mal, nada o pode impedir de trair seu próximo, nada o pode induzir a comportar-se com retidão.” [37] “As virtudes e qualidades pertencentes a Deus estão todas evidentes e manifestas e têm sido mencionadas e descritas em todos os Livros celestiais. Entre elas se encontram a fidedignidade, a veracidade, a pureza de coração; enquanto se comunga com Deus, a tolerância, a resignação a qualquer coisa que o Onipotente haja decretado, o contentamento com as coisas que Sua Vontade providenciou, a paciência ou, antes, a gratidão, em meio às tribulações, e a completa confiança n’Ele, sob todas as circunstâncias. Estas, segundo a estimativa de Deus, se incluem entre os mais elevados e louváveis de todos os atos. Todos os outros atos lhes são e sempre haverão de permanecer, secundários e subordinados...” [38] “Embelezai vossas línguas com veracidade, ó povo, e adornai vossas almas com o ornamento da honestidade. Guardai-vos, ó povo, de tratar qualquer um de modo traiçoeiro. Sede vós os portadores da incumbência de Deus entre Suas criaturas e os emblemas de Sua generosidade entre Seu povo. Os que seguem seus desejos lascivos e inclinações corruptas têm errado e dis76
  • 79. sipado seus esforços. São, de fato, dos perdidos. Esforçai-vos, ó povo, para que vossos olhos se dirijam à misericórdia de Deus, vossos corações se sintonizem com Sua maravilhosa lembrança, vossas almas, com toda confiança, se apoiem em Sua graça e generosidade e vossos pés trilhem a senda de Seu beneplácito. Tais são os conselhos que vos lego. Oxalá pudésseis seguir Meus conselhos!” [39] E E E Reflexão pessoal a ser meditada durante o dia: 1. O que é fidedignidade? Como posso aplicar a fidedignidade em minha vida diária? 2. Por que a fidedignidade é “o instrumento supremo para a prosperidade do mundo e o horizonte da certeza para todos os seres? 3. Por que, segundo as palavras de Bahá’u’lláh, quem não crê em Deus não é fidedigno nem veraz? 77
  • 80. 7º dia do mês ’Alá / Sublimidade 8 DE MARÇO Sinceridade “Ó meu Deus! Ó meu Deus! Glória a Ti por me haveres confirmado na confissão de que Tu és Uno, e me atraído para a palavra da Tua Unidade; por me haveres feito arder com o fogo do Teu amor e me ocupado em Te mencionar e em servir a Teus amigos e a Tuas servas. Ó Senhor, ajuda-me a ser humilde e submisso; fortalece-me para que eu possa de tudo me desprender e me segurar à fímbria das vestes da Tua glória, a fim de que meu coração se torne pleno de Teu amor, não deixando espaço para o amor ao mundo e o apego a suas qualidades. Ó Deus! Santifica-me de tudo, menos de Ti; purifica-me da escória dos pecados e das transgressões, e faze-me possuir coração e consciência espirituais. Verdadeiramente, Tu és misericordioso; em verdade, Teu é o auxílio, e Tua, a dádiva.” ‘Abdu’l-Bahá “Ó FILHOS DE ADÃO! Palavras santas e ações puras e dignas ascendem ao céu da glória divina. Esforçai-vos para que vossas ações sejam expurgadas do pó do egoísmo e da hipocrisia e encontrem aceitação na corte da glória; pois, dentro em breve, os avaliadores da humanidade nada aceitarão, na santa presença do Ser Adorado, salvo a virtude absoluta e atos de imaculada pureza. Esta é a 78
  • 81. estrela dalva da sabedoria e do mistério divino que raiou no horizonte da Vontade Divina. Bem-aventurados aqueles que para lá se volvem.” [40] “Não esperes que aqueles que violam as leis de Deus sejam dignos de confiança ou sinceros na fé que professam. Evita-os e mantém estrita vigilância sobre ti, para que seus ardís e injúrias não te causem dano.” [41] “Atentai, ó povo, para que não sejais daqueles que dão bom conselho aos outros, mas se esquecem de segui-lo. As palavras de tais pessoas e além das palavras, as realidades de todas as coisas, e além destas realidades, os anjos que estão próximos de Deus, fazem contra eles a acusação de falsidade.” [42] “Quem busca sinceramente não deve desejar para os outros o que não deseja para si próprio, nem prometer o que não cumpre.” [43] “O desígnio do Deus Uno e Verdadeiro ao manifestar-se é convocar todos os homens para a veracidade e a sinceridade, para serem piedosos e fidedignos, resignados e submissos à Vontade de Deus, para mostrarem tolerância e bondade, retidão e sabedoria. Seu objetivo é adornar todo homem com o manto de um caráter pio, com o ornamento de belas e santas ações.” [44] “Incumbe-te ser absolutamente sincero, volver-te para o Santo Reino e dard generosamente o espírito na Causa do Senhor de Poder. Verdadeiramente, esta não é senão uma vida eterna, imperecedoura, que não termina no mundo existente.” [45] E E E 79
  • 82. Reflexão pessoal para ser meditada durante o dia: 1. Já parei para pensar qual é o antônimo (o contrário) de sinceridade? 2. Por que somente ações sinceras encontram aceitação na corte de Deus? 3. Por que, segundo Bahá’u’lláh, “aqueles que violam as leis de Deus” não são dignos da confiança nem sinceros na fé que professam? 4. Como aumentar a minha sinceridade? 80
  • 83. 8º dia do mês ’Alá / Sublimidade 9 DE MARÇO Cortezia e Bom Caráter “Nós, em verdade, escolhemos a cortesia e a fizemos o verdadeiro distintivo dos que estão próximos Dele. A cortesia é, na realidade, uma veste que convém a todo os homens, sejam jovens ou velhos. Bem-aventurado quem adorna com ela a sua têmpora e ai daquele que é privado desta grande dádiva. Ó povo de Deus! Eu vos exorto à cortesia. A cortesia é no grau primário o Senhor de todos os atos virtuosos. Abençoado é aquele que é iluminado com a luz da cortesia e adornado com o manto da retidão! Quem está dotado da cortesia, está dotado de uma grande posição.” [46] “Ó povo de Deus! Exorto-vos à cortesia. A cortesia é, em verdade... a principal das virtudes. Feliz de quem é adornado com o manto da retidão e iluminado pela luz da cortesia. Aquele que é cortês (ou reverente) é dotado de grande distinção. É de se esperar que este injuriado, e todos, a atinjam e observem. Este é o Mandamento irrefutável que emanou da Pena do Nome Supremo.” [47] “Dize: Sejam a veracidade e a cortesia vosso adorno. Não vos deixeis ser privados do manto da tolerância e justiça, para que os doces sabores da santidade possam manar de vossos corações sobre todas as coisas criadas. Dize: Guardai-vos, ó povo de Bahá, de andar nos caminhos daqueles cujas palavrass diferem das ações. Esforçai-vos para que possais manifestar aos povos da terra os sinais de Deus e espelhar Seus mandamentos. Que vossos atos sirvam de guia para toda a humanidade, pois o 81