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CÂNCER GÁSTRICO
INTRODUÇÃO




•Maioria dos tumores, são malignos- 95% adeno Ca
•Mundo, segunda causa de neoplasia maligna
•650.000 mortes/ano, segunda causa morte
•Em decréscimo nas últimas décadas
•Brasil, após mama e útero
EPIDEMIOLOGIA



• 10 % de todos os casos de cânceres do mundo
• Japão, China, Chile, Costa Rica e Leste Europeu
• Aumento após a 4a. década, com pico 7a.
• Homens 3:1 mulheres
• Países em desenvolvimento 3:1 desenvolvidos –
  incidência e mortalidade
• Migração proximal do câncer ( antro  junção)
ETIOLOGIA


• Complexa e multifatorial:
• fatores genéticos / ambientais, H. pilory, cirurgia,
 outros ( gastrite, anemia, e gastrectomia)
• Fatores Genéticos e Ambientais
 DIETA:
  conservas, defumados, enlatados
  ação irritante e gastrite atrófica
 Nitritos, Nitratos e N-Nitrosos: Nitrosaminas!
ETIOLOGIA



• Fumo: provoca displasia, risco de 1,5 a 3 X
• Álcool: sem relação comprovada
• Droga (bloqueadores H2 e IBP), sem relação
• Fatores Familiares: parentes de 1o. Grau, 2 X maior
• Grupo sangüíneo; 10 a 20 % , grupo A
• Nível sócio econômico; mais baixo > mais alto
• Genética: sem muita importância X cólon
CONDIÇÕES PRECURSORAS



• Gastrite Crônica Atrófica: redução ácido clorídrico
   acloridria  metaplasia  displasia  Câncer !
• Anemia Perniciosa: controverso !
  Estudos com chance 2 a 3 X maior
CONDIÇÕES PRECURSORAS



• Estômago Operado;
 Antrectomia a B II por doença benigna
 Metanálise: risco aumenta após 15 anos da cirurgia
 Etiologia: refluxo duodeno-gástrico  acloridria
          gastrite crônica atrófica
Proliferação bacteriana  nitratos em nitritos 
Nitrosaminas
H. PYLORI


• A infecção por H.Pylori é maior nos indivíduos com Ca
• Evidências epidemiológicas, agente carcinogênico tipo I
• Causa inflamação:
     radicais livres; carcinógenos
     hipergastrinemia: estímulo epitelial
• Lesão epitelial direta: toxinas, proteases, urease e
     amônia
• Gastrite atrófica: atrofia  metaplasia (lesões pré-
     cancerosas)
CONDIÇÕES PRECURSORAS



• Pólipos Adenomatosos:
 -Relação com tamanho >2 cm, grau de displasia e
  túbulo viloso
 -Surgem na mucosa atrófica
 -Polipose difusa, maior potencial
• Barrett:
  -0,8% dos casos, por ano  CA
ANATOMIA PATOLÓGICA



• Adenocarcinoma: mais de 90%
• Intestinal: assemelha à mucosa do intestino, antro, não
  a grupo sangüíneo, homens, idade avançada, população
  alto risco e gastrite crônica atrófica
• Difuso; menos freqüente, fundo, jovens, homens, ao
  grupo sangüíneo A, população de baixo risco, sem re-
  lação com gastrite atrófica
ANATOMIA PATOLÓGICA



• BORRMANN:


• Tipo I- polipóide
• Tipo II- ulcerados
• Tipo III- ulcerado-infiltrante
• Tipo IV- difuso, linite plástica
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS



• Sintomas vagos e dispépticos, fase inicial
• Sintomas mais pronunciados: fase avançada
 anorexia, perda de peso,
 desconforto abdominal,
 vômitos (obstrução),
 massa epigástrica, disfagia
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS



• Exame:
Gânglio cervical (Virchow)
Prateleira de Blumer (toque retal)
Tumor de Krukenberg (ovários)
Linfonodo da Irmã Maria José
Hepatomegalia, 10%
Anemia
LABORATÓRIO



• Anemia, 42%
• Sangue oculto, 40%
• Hipoproteinemia, 26%
• Provas de função hepática
• F.Alcalina, metástases ósseas
• Gastrina elevada com hipocloridria, alteração precoce
EXAMES RADIOLÓGICOS



• Raio X:
 Alterações motoras, perda de elasticidade, modifi-
 cações da forma e tamanho, falhas de enchimento,
 distorção do relevo mucoso
 Úlcera Maligna:
 Base elevada e rígida, nicho para dentro do
 estômago
ENDOSCOPIA



•Retirada de 7 - 10 fragmentos, bordas
 Sensibilidade de 99,8 %
 Câncer gástrico precoce: citologia esfoliativa do
 lavado da mucosa
EXAMES RADIOLÓGICOS



• TC
 Delimitar a extensão do tumor
 Órgãos e gânglios linfáticos
 Subestima a extensão da lesão


• U Som Endoscópico
 Avalia a penetração da parede gástrica
MARCADORES TUMORAIS



• Não ajuda no câncer precoce
• CEA, câncer avançado, em 45 a 50 %
 Avalia recidiva pós tratamento
• AFP e CA 19-9, em 30% no câncer avançado
• Sulfoglicoproteína fetal antigênica,97% do
 suco gástrico, pacientes com câncer (futuro)
CÂNCER PRECOCE



• Apenas mucosa e submucosa, sem muscular própria
• Predomina no estômago distal
• Sobrevida de 5 anos, 70 a 95%, depende dos gânglios
• Tipo I- protruso
                                 1
• Tipo II- superficial, A,
            B e C
                             2
• Tipo III- escavado         3

  Correlação com TNM
TNM

• T – tumor primário
    T1 (precoce), T2 (muscular própria),
    T3 (serosa) e T4 (perigástricas)
• N-nódulos linfáticos
    N0, N1 (precoce, 3 cm), N2 (> 3 cm perigástricos)
    e N3 (distantes)
• M-metástases
     M0 (precoce), M1
TRATAMENTO


• Co-marbidades: cardiovasculares, pulmonar e renais,
  exigem cuidados pré-operatórios
• Contra indicado exploração:
 Virchow, Bloomer, Maria José, inguinais, hepáticas
• Indicado exploração: obstrução, sangramento
 ressecção ou derivação
• Tumor Proximal: paliação difícil, próteses endoeso-
  fágicas.
TRATAMENTO



• Cirurgia: único método potencialmente CURATIVO
• Controversias: extensão da ressecção, necessidade de
 linfadenectomia, QT, RT e imuno T, adjuvantes.
• Margem proximal e distal da ressecção: 4 a 6 cm
• QT: F(5-FU), A(adriamicina) e M(mitomicina C)
• RT: sozinha ou com QT, sem diferença na sobrevida
• Imuno T: resultados iniciais encorajadores
TRATAMENTO



• Cirurgia:
• Gastrectomia total, alta morbidade e mortalidade
• lesões antro pilóricas: SUBTOTAL
• Lesões do terço médio: SUBTOTAL ou TOTAL
• Terço proximal e esofago gástrica : TOTAL com
  esofagojejuno
Ressecção dos linfonodos; pequena e grande curvatura e
 da artéria gástrica E, ressecção omental
TRATAMENTO



• Gastrectomia + Linfonodos:
• R1: G + ressecção linfonodos perigástricos
• R2: R1 + ressecção linfonodos ao longo das artérias
      do estômago
• R3: R2 + linfonodos do tronco celíaco
• R4: R3 + linfonodos para aórticos
RESULTADOS



• Geral, sobrevida em 5 anos: 20 a 30%
• Precoce, somente 8 a 10% do total:
 90% curado apenas com ressecção
• 80% são explorados cirurgicamente, destes 80% são
 submetidos a ressecção
• Cirurgia R2, com melhores resultados, de escolha:
    compromete a serosa e linfonodos regionais
RESULTADOS



• Cirurgia radical, R3: resultados duvidosos
• Resultados japoneses:
 melhores em todos os estágios 
 biotipo, experiência, idade mais jovem (10 anos),

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  • 2. INTRODUÇÃO •Maioria dos tumores, são malignos- 95% adeno Ca •Mundo, segunda causa de neoplasia maligna •650.000 mortes/ano, segunda causa morte •Em decréscimo nas últimas décadas •Brasil, após mama e útero
  • 3. EPIDEMIOLOGIA • 10 % de todos os casos de cânceres do mundo • Japão, China, Chile, Costa Rica e Leste Europeu • Aumento após a 4a. década, com pico 7a. • Homens 3:1 mulheres • Países em desenvolvimento 3:1 desenvolvidos – incidência e mortalidade • Migração proximal do câncer ( antro  junção)
  • 4. ETIOLOGIA • Complexa e multifatorial: • fatores genéticos / ambientais, H. pilory, cirurgia, outros ( gastrite, anemia, e gastrectomia) • Fatores Genéticos e Ambientais DIETA: conservas, defumados, enlatados  ação irritante e gastrite atrófica Nitritos, Nitratos e N-Nitrosos: Nitrosaminas!
  • 5. ETIOLOGIA • Fumo: provoca displasia, risco de 1,5 a 3 X • Álcool: sem relação comprovada • Droga (bloqueadores H2 e IBP), sem relação • Fatores Familiares: parentes de 1o. Grau, 2 X maior • Grupo sangüíneo; 10 a 20 % , grupo A • Nível sócio econômico; mais baixo > mais alto • Genética: sem muita importância X cólon
  • 6. CONDIÇÕES PRECURSORAS • Gastrite Crônica Atrófica: redução ácido clorídrico  acloridria  metaplasia  displasia  Câncer ! • Anemia Perniciosa: controverso ! Estudos com chance 2 a 3 X maior
  • 7. CONDIÇÕES PRECURSORAS • Estômago Operado; Antrectomia a B II por doença benigna Metanálise: risco aumenta após 15 anos da cirurgia Etiologia: refluxo duodeno-gástrico  acloridria  gastrite crônica atrófica Proliferação bacteriana  nitratos em nitritos  Nitrosaminas
  • 8. H. PYLORI • A infecção por H.Pylori é maior nos indivíduos com Ca • Evidências epidemiológicas, agente carcinogênico tipo I • Causa inflamação:  radicais livres; carcinógenos  hipergastrinemia: estímulo epitelial • Lesão epitelial direta: toxinas, proteases, urease e amônia • Gastrite atrófica: atrofia  metaplasia (lesões pré- cancerosas)
  • 9. CONDIÇÕES PRECURSORAS • Pólipos Adenomatosos: -Relação com tamanho >2 cm, grau de displasia e túbulo viloso -Surgem na mucosa atrófica -Polipose difusa, maior potencial • Barrett: -0,8% dos casos, por ano  CA
  • 10. ANATOMIA PATOLÓGICA • Adenocarcinoma: mais de 90% • Intestinal: assemelha à mucosa do intestino, antro, não a grupo sangüíneo, homens, idade avançada, população alto risco e gastrite crônica atrófica • Difuso; menos freqüente, fundo, jovens, homens, ao grupo sangüíneo A, população de baixo risco, sem re- lação com gastrite atrófica
  • 11. ANATOMIA PATOLÓGICA • BORRMANN: • Tipo I- polipóide • Tipo II- ulcerados • Tipo III- ulcerado-infiltrante • Tipo IV- difuso, linite plástica
  • 12. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Sintomas vagos e dispépticos, fase inicial • Sintomas mais pronunciados: fase avançada anorexia, perda de peso, desconforto abdominal, vômitos (obstrução), massa epigástrica, disfagia
  • 13. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Exame: Gânglio cervical (Virchow) Prateleira de Blumer (toque retal) Tumor de Krukenberg (ovários) Linfonodo da Irmã Maria José Hepatomegalia, 10% Anemia
  • 14. LABORATÓRIO • Anemia, 42% • Sangue oculto, 40% • Hipoproteinemia, 26% • Provas de função hepática • F.Alcalina, metástases ósseas • Gastrina elevada com hipocloridria, alteração precoce
  • 15. EXAMES RADIOLÓGICOS • Raio X: Alterações motoras, perda de elasticidade, modifi- cações da forma e tamanho, falhas de enchimento, distorção do relevo mucoso Úlcera Maligna: Base elevada e rígida, nicho para dentro do estômago
  • 16. ENDOSCOPIA •Retirada de 7 - 10 fragmentos, bordas Sensibilidade de 99,8 % Câncer gástrico precoce: citologia esfoliativa do lavado da mucosa
  • 17. EXAMES RADIOLÓGICOS • TC Delimitar a extensão do tumor Órgãos e gânglios linfáticos Subestima a extensão da lesão • U Som Endoscópico Avalia a penetração da parede gástrica
  • 18. MARCADORES TUMORAIS • Não ajuda no câncer precoce • CEA, câncer avançado, em 45 a 50 % Avalia recidiva pós tratamento • AFP e CA 19-9, em 30% no câncer avançado • Sulfoglicoproteína fetal antigênica,97% do suco gástrico, pacientes com câncer (futuro)
  • 19. CÂNCER PRECOCE • Apenas mucosa e submucosa, sem muscular própria • Predomina no estômago distal • Sobrevida de 5 anos, 70 a 95%, depende dos gânglios • Tipo I- protruso 1 • Tipo II- superficial, A, B e C 2 • Tipo III- escavado 3 Correlação com TNM
  • 20. TNM • T – tumor primário T1 (precoce), T2 (muscular própria), T3 (serosa) e T4 (perigástricas) • N-nódulos linfáticos N0, N1 (precoce, 3 cm), N2 (> 3 cm perigástricos) e N3 (distantes) • M-metástases M0 (precoce), M1
  • 21. TRATAMENTO • Co-marbidades: cardiovasculares, pulmonar e renais, exigem cuidados pré-operatórios • Contra indicado exploração: Virchow, Bloomer, Maria José, inguinais, hepáticas • Indicado exploração: obstrução, sangramento ressecção ou derivação • Tumor Proximal: paliação difícil, próteses endoeso- fágicas.
  • 22. TRATAMENTO • Cirurgia: único método potencialmente CURATIVO • Controversias: extensão da ressecção, necessidade de linfadenectomia, QT, RT e imuno T, adjuvantes. • Margem proximal e distal da ressecção: 4 a 6 cm • QT: F(5-FU), A(adriamicina) e M(mitomicina C) • RT: sozinha ou com QT, sem diferença na sobrevida • Imuno T: resultados iniciais encorajadores
  • 23. TRATAMENTO • Cirurgia: • Gastrectomia total, alta morbidade e mortalidade • lesões antro pilóricas: SUBTOTAL • Lesões do terço médio: SUBTOTAL ou TOTAL • Terço proximal e esofago gástrica : TOTAL com esofagojejuno Ressecção dos linfonodos; pequena e grande curvatura e da artéria gástrica E, ressecção omental
  • 24. TRATAMENTO • Gastrectomia + Linfonodos: • R1: G + ressecção linfonodos perigástricos • R2: R1 + ressecção linfonodos ao longo das artérias do estômago • R3: R2 + linfonodos do tronco celíaco • R4: R3 + linfonodos para aórticos
  • 25. RESULTADOS • Geral, sobrevida em 5 anos: 20 a 30% • Precoce, somente 8 a 10% do total: 90% curado apenas com ressecção • 80% são explorados cirurgicamente, destes 80% são submetidos a ressecção • Cirurgia R2, com melhores resultados, de escolha: compromete a serosa e linfonodos regionais
  • 26. RESULTADOS • Cirurgia radical, R3: resultados duvidosos • Resultados japoneses: melhores em todos os estágios  biotipo, experiência, idade mais jovem (10 anos),