1. Universidade Federal de Santa Catarina
Departamento de Engenharia mecânica e Materiais
Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Prof. Orestes AlarconEngenharia de Materiais
Pós-graduação em Ciência e | Doutorando Alexandre Galiotto
3. PRODUTO E MEIO AMBIENTE
Por que nasce um produto?
Necessidade
Oportunidade
EXERCER UMA FUNÇÃO
O “Life Cycle Thinking” é algo que eu diria intuitivo para as pessoas que começam a refletir sobre as que
Quantos de nós já não ouvimos a seguinte colocação: “Não use copos de plástico para tomar café; a de
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5. PRODUTO E MEIO AMBIENTE
A visão mercadológica do produto
contempla:
1) NÚCLEO CENTRAL, composto de
seus atributos físicos e funcionais;
2) SERVIÇOS, que agregam-se ao
produto, ajudando sua presença no
mercado antes, durante e após a venda
3) PRODUTO AMPLIADO, composto de
aspectos intangíveis, ligados à
efetividade do produto e percepção da
empresa por parte do mercado.
Os Serviços e Produto Ampliado chegam
a representar 80% do impacto do produto
no mercado, com um custo de até 20%.
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6. PRODUTO E MEIO AMBIENTE
Todos os estágios do Ciclo de Vida geram impactos ambientais:
Análise da matéria-prima e sua aquisição, produtos manufaturados,
transporte, instalação, operação e manutenção, reciclagem e
gerenciamento do lixo.
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7. CICLO DE VIDA DO PRODUTO
Extração de matérias- primas e energia
Manufatura
Reciclagem , Recuperação, Destinação ou Destruiçã
Embalagem
Uso e Reuso
Transporte
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9. ANÁLISE DO CICLO DE VIDA – ACV
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10. CICLO DE VIDA DO PRODUTO
Extended Product Responsability - Tendência mundial
estender a responsabilidade dos produtos, em questões
ambientais, de segurança e saúde, além do “portão” da fábrica,
incluindo a etapa de uso do produto pelos consumidores e
disposição final dos resíduos.
Ex: Directive 2002/96/EC on Waste Electrical and Electronic
Equipment (WEEE)
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11. PRODUTO E MEIO AMBIENTE
Abordagem Tradicional
MEIO AMBIENTE
Manufatura
do produto
Foco sobre o processo
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12. NOVA ABORDAGEM
Não basta que o desempenho
ambiental do PROCESSO seja
bom;
o importante é que o desempenho
ambiental do PRODUTO seja bom!
FOCO SOBRE O PRODUTO
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13. PRODUTO E MEIO AMBIENTE
Nova Abordagem
MEIO AMBIENTE
Extração de Elos industriais Manufatura
rec. natur. da cadeia
produtiva do produto
Foco sobre o produto
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14. ABORDAGEM ATUAL
O cumprimento da função
pelo produto deve ter
bom desempenho ambiental.
FOCO SOBRE A FUNÇÃO DO PRODUTO
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15. PRODUTO E MEIO AMBIENTE
Abordagem atual
MEIO AMBIENTE
Extração de Elos industriais Disposição
rec. natur. da cadeia Uso final
produtiva
Transporte
Foco sobre a função do produto
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16. CONCEITO DE CICLO DE VIDA DO PRODUTO
UA FUNÇÃO, DESDE A OBTENÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS USADOS NA SUA FA
FUNÇÃO
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17. ENGENHARIA DO CICLO DE VIDA
Definição. Projetar o ciclo de vida do produto por meio de escolhas sobre a sua concepção,
Escopo: Envolve todas as fases do processo produtivo, desde a etapa do projeto do produto
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18. FERRAMENTAS DA ECV
Avaliação do ciclo de vida de produtos – ACV
Ecodesign
Produção mais Limpa
Indicadores de desempenho ambiental
Auditoria e Certificação ambiental
Sistema de Gestão Ambiental
Políticas Integradas ao Produto
Educação ambiental
“End of the Pipe”
Reciclagem
Reuso
Remanufatura
Logística Reversa
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19. CONTEXTO DA ECV
EXTRAÇÃO
RECURSOS ETE
DESIGN PRODUÇÃO
EFLUENTE
DISTRIBUIÇÃO
REUSO
USO
RECICLAGEM PÓS USO
R E M AN U FATU R A
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20. POSTURA PREVENTIVA: FOCO PRODUTO
• Ferramentas:
– Avaliação do Ciclo de Vida (ACV)
– “EcoDesign”
– “Design for Environment”
– “Design for Disassembly”
– Aumento do ciclo de vida do produto:
• Reuso
• Reciclagem
• Remanufatura
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21. ANÁLISE DO CICLO DE VIDA – ACV
É uma técnica para a avaliação dos aspectos ambientais e dos impactos potenciais
associados a um produto, compreendendo etapas que vão desde a retirada da natureza
das matérias-primas elementares que entram no sistema produtivo (berço) à disposição
final (túmulo).
São identificados os efeitos sobre o meio ambiente de todos os componentes e
processos envolvidos, incluindo a energia consumida durante a sua fabricação e em sua
futura utilização.
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22. DEFINIÇÕES – ACV
Processo sistemático para avaliar a carga ambiental associada a um produto, processo ou atividade,
através da identificação e quantificação do consumo de energia, materiais utilizados e resíduos
descartados ao ambiente, e conseqüentemente avaliar o impacto oriundo deste consumo de energia e
materiais utilizados e posterior liberação ao meio ambiente, identificando e avaliando oportunidades de
melhoria ambiental (SETAC, 1991).
Análise de ciclo de vida é o processo de avaliação dos efeitos que um produto, processo ou atividade
(ou a função que este é projetado para desenvolver) tem sobre o ambiente, considerando todo o ciclo
de vida do sistema em questão (UNEP, 1995). Esta análise inclui todo o ciclo de vida do produto,
processo
ou atividade, abrangendo a extração, processamento de matérias-prima, produção, distribuição, uso,
reuso, manutenção, reciclagem e disposição final.
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23. DEFINIÇÕES – ACV
Compilação e avaliação das entradas, das saídas e dos impactos ambientais potenciais
de um sistema de produto ao longo do seu ciclo de vida. (NBR ISO 14040)
Ferramenta da gestão ambiental que avalia o desempenho ambiental de produtos ao
longo de todo o seu ciclo de vida, desde a extração dos recursos naturais, passando por
todas os elos industriais de sua cadeia produtiva, pela sua distribuição e uso, até sua
disposição final.
Avaliação dos impactos ambientais associados a todas as atividades humanas
necessárias para que um produto cumpra sua função. (GP2)
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24. O QUE É ACV ?
A análise do ciclo de vida (ACV) é
uma metodologia utilizada na
avaliação dos efeitos ambientais
de um produto,
processo ou atividade ao longo de
todo o seu ciclo de vida.
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25. HISTÓRICO – ACV
Crise energética Década 60
REPA – Resource and Environmental Profile Analysis
Foco: processo
1969: MRI (Midwest Reasearch Institute)
estimar os efeitos ambientais do uso de dois diferentes tipos de embalagens para
refrigerantes Coca Cola
Década de 70
Crise do Petróleo
Racionalização do consumo fontes energéticas e melhor utilização de recursos naturais
1974: EPA (Environmental Protection Agency)
O primeiro modelo do que conhecemos hoje como ACV
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26. HISTÓRICO – ACV
1985: Ecobalance (Europa)
Área alimentar: monitoramento do consumo de matérias primas e energia, geração
de resíduos no processo
1991: Society of Environmental Toxicology and Chemistry (SETAC)
Necessidade de padronizar e sistematizar os critérios e termos da ACV
1993: ISO
Criou comitê técnico TC207 para elaborar normas de sistema de gestão ambiental e
suas ferramentas.
1997: ISO 14.040 e Método EDIP (Dinamarca)
1998: ISO 14.041
2000: ISO 14.042 e 14.043
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27. HISTÓRICO BRASIL – ACV
1993 – GANA – Grupo de Apoio à Normalização Ambiental (sub-comitê de ACV) –
precursor do CB38 ao qual deu origem em 1999.
1998 – “Análise do Ciclo de Vida de Produtos” – José Ribamar Chehebe.
1999 – CETEA/ITAL. – Criação do ABNT/CB-38 – SC 05 (subcomitê de ACV)
2001 – Lançamento da NBR ISO 14040.
2002 “Avaliação do Ciclo de Vida: princípios e aplicações” – Anna L. Mourad;
Eloisa E. C. Garcia e André Vilhena – CETEA/CEMPRE.
2002 – Criação da Associação Brasileira do Ciclo de Vida – ABCV.
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28. PANORAMA INTERNACIONAL – ACV
INICIATIVAS :
SETAC – Society of Environmental Toxicology and Chemistry – estabelecimento de
base metodológica para execução de estudos de ACV.
ISO – International Organization for Standardization.
PNUMA/SETAC – Life Cycle Initiative – difusão do life cycle thinking e ações visando
a consolidação do uso da ACV.
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29. PANORAMA INTERNACIONAL – ACV
AMÉRICA LATINA:
Rede latino-americana de ACV – Troca de informações e de experiências.
“Avaliação do Ciclo de Vida na América Latina” –
Livro coordenado pelo prof. Armando Caldeira Pires.
CILCA 2005 – Abril 2005, Costa Rica.
CILCA 2007 – Fevereiro 2007, Brasil.
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30. PANORAMA BRASILEIRO – ACV
PROJETO BRASILEIRO:
Conscientização – Instituto Brasil PNUMA/CB38.
14025 – Rotulagem tipo III.
Ministério de Ciência e Tecnologia.
Comunidade: – Natura; Petrobras; Daimler; Nestle; Polibrasil; BASF; MWM;
Siemens; Geoclock; Bureau Veritas; UnB; USP; UFSC; UFBa; UNICAMP; UFMG;
CEFET/PR; IPT; ITAL; ABIPTI; Instituto Ekos; IBICT.
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31. OBJETIVOS DA ACV
Identificar oportunidades de melhoria dos aspectos ambientais de produtos em várias
fases do ciclo de vida;
Auxiliar a tomada de decisões na indústria, governo e ONG’s no planejamento
estratégico, na definição de prioridades e no desenvolvimento de projetos de
processos e produtos;
Avaliar a seleção de componentes produzidos por diferentes materiais;
Seleção de indicadores de desempenho ambiental, incluindo técnicas de quantificação;
Marketing (comparação de produtos, rotulagem e declarações ambientais).
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32. OBJETIVOS DA ACV
eira redução no impacto ambiental total ao invés de simplesmente alterar a fase cau
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33. CARACTERÍSTICAS – ACV
É primariamente uma ferramenta de gerenciamento ambiental direcionada ao
produto ou ao serviço;
Ferramenta de apoio à tomada de decisões:
gera informações;
não resolve problemas.
É um instrumento integrativo, cobrindo todos os estágios do ciclo de vida e todos
os tipos de impactos ambientais;
É essencialmente um instrumento científico quantitativo.
Única que compara desempenho ambiental de produtos.
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34. APLICAÇÕES DA ACV
Comparar materiais genéricos;
Comparar produtos funcionalmente equivalentes;
Comparar diferentes opções com relação a processos objetivando a minimização de
impactos ambientais;
Identificar processos, ingredientes e sistemas que tenham contribuição sobre
impactos ambientais;
Fornecer informações para processos de auditorias;
Suportar estratégias de planejamento a longo prazo relacionadas com desenvolvimento
e projetos de novos produtos;
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35. APLICAÇÕES DA ACV
Suportar informações para consumidores das características de produtos e materiais;
Fornecer informações para políticas de regulamentos e leis quanto a restrição de uso
de materiais;
Reunir informações ambientais;
Fornecer informações para avaliar e diferenciar produtos em programas de rotulagem;
Avaliar efeitos sobre a disponibilidade de recursos e técnicas de gestão de resíduos;
Ajudar ao desenvolvimento de políticas de longo prazo com relação ao uso de materiais,
conservação de recursos e redução de impactos ambientais durante o ciclo de vida
destes.
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36. FASES DA ACV
Definição de
escopo e Aplicações:
objetivo
desenvolvimento e melhoria
de produto
planejamento estratégico
Análise do
inventário Interpretação elaboração de
políticas públicas
marketing
Avaliação comparações assertivas
de impacto
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37. FASES DA ACV
Objetivo Interpretação
e Escopo
Análise do
Inventário
Avaliação
de Impacto
Propósito Entrada / Saída Classificação: Identificação dos problemas
Escopo (limites) Coleta dos dados: saúde ambiental Avaliação
aquisição de saúde humana
Unidade Funcional Análise de sensibilidade
recursos e energia exaustão de recursos
Definição dos Conclusões
manufatura Caracterização
requisitos de qualidade
transportes
Valoração
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38. TOMADA DE DECISÃO
???
toalha de pano toalha de papel
secador elétrico - ar
quente
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39. TOMADA DE DECISÃO
Descartáveis Recicláveis
Lavagem, envasamento,
Sistema de depósito –
distribuição e refrigeração.
refrigeração
take back.
Embalagem de vidro, Embalagem descartável
longa vida ou plástico. ou reciclável.
40. DEFINIÇÃO DO OBJETIVO E ESCOPO
Definição de
escopo e
objetivo
Análise do
inventário Interpretação
Avaliação
de impacto
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41. DEFINIÇÃO DO OBJETIVO E ESCOPO
Definição dos limites e objetivos da análise de ciclo, incluindo as
metas e decisões que devem ser apoiadas pelo projeto
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42. DEFINIÇÃO DO OBJETIVO E ESCOPO
• Definir a finalidade, motivos e a aplicação do estudo;
• Definir o público alvo a ser atendido pelo estudo;
• Na fase de objetivo, as perguntas a serem respondidas pelo estudo devem ser
• claramente elaboradas.
• Definir a função e a unidade funcional do sistema;;
• Definir os limites do sistema;
• Procedimentos de alocação;
• Tipos de impactos e metodologias de avaliação de impacto;
• Fonte de dados e informações;
• Considerações / hipóteses;
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43. DEFINIÇÃO DO OBJETIVO
Forma de revisão crítica;
Tipo e formato do relatório do estudo.
Onde iniciar e parar o estudo do ciclo de vida - extensão;
Quantos e quais subsistemas incluir - largura;
Nível de detalhes do estudo - profundidade.
Definir a finalidade, motivos e a aplicação do estudo;
Definir o público alvo a ser atendido pelo estudo;
Definir as perguntas a serem respondidas pelo estudo para diagnosticar o
PROBLEMA.
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44. DEFINIÇÃO DO ESCOPO
Função do Sistema;
Unidade Funcional;
Limite do Sistema;
Unidade de Processo;
Procedimentos para aquisição dos dados;
Tipos de impactos, metodologia de avaliação e a finalidade da interpretação;
Dados necessários;
Considerações;
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45. DEFINIÇÃO DO ESCOPO
Limitações
Qualidade mínima necessária dos dados
Tipo de Revisão Crítica (externa ou Interna)
Tipo e formato do relatório do estudo
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46. DEFINIÇÃO DO ESCOPO – PRINCIPAIS ELEMENTOS
Função do Sistema
Unidade Funcional
Limite do Sistema
Unidade de Processo
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47. ESCOPO – FUNÇÃO DO SISTEMA
Função do processo é a finalidade para que o sistema estudado se destina, que
pode ser o fornecimento de um serviço (por exemplo: fornecimento de energia
elétrica) ou a função do produto (por exemplo: secador)
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48. ESCOPO – UNIDADE FUNCIONAL
Medida do produto ou serviço que será utilizada no estudo de acordo com a
função do produto ou serviço.
Exemplos: quantidade de papel para secar as mãos; quantidade de energia para
abastecer uma cidade de 100.000 hab.
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49. ESCOPO – LIMITE DO SISTEMA
O limite do sistema define quais unidades de processo serão incluídas dentro da
ACV e estabelece o que é incluído ou excluído de cada etapa do processo.
Para a definição do limite do sistema:
de acordo com os objetivos (ITERATIVO);
aplicação preterida;
as considerações realizadas;
disponibilidade de dados;
audiência realizada;
critério de corte (% dos inputs primários de Massa, Energia e/ou Aspectos
Ambientais);
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50. ESCOPO – LIMITE DO SISTEMA
O que precisa estar incluso:
entradas e saídas da manufatura do produto analisado;
distribuição / transporte;
produção e uso de energia;
uso, manutenção dos produtos;
disposição dos resíduos e produtos;
recuperação energética e dos produtos utilizados;
manufatura dos materiais auxiliares;
utilidades, como aquecimento e iluminação;
toda fase de considerável emissão para o ambiente.
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51. ESCOPO – UNIDADE DE PROCESSO
Energia
Fluxos
Elementares
Produto Final
Matérias-Primas Emissões Atmosféricas
Unidade de Processo Efluentes Líquidos
Materias Auxiliares Resíduos Sólidos
Tempo de
Processamento
Perda
de Energia
Menor parte do sistema, englobando uma atividade, ou grupo de atividades, de onde
pretende-se coletar dados de inputs e outputs.
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52. ESCOPO – QUALIDADE DOS DADOS
Tipos de dados:
Primários (diretamente do processo analisado)
Secundários (de revisão bibliográfica, ou de informações de terceiros)
Suposições (pela experiência do analista)
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53. ESCOPO – QUALIDADE DOS DADOS
Requisitos:
Datados de até 5 anos;
1 ano de amostragem;
Geograficamente compatíveis;
Identificar diferenças tecnológicas para os processos estudados;
Para massa e energia podem ser médias de dados secundários;
Para aspectos ambientais deve ser dado primário da fonte.
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54. ANÁLISE DE INVENTÁRIO
Definição de
escopo e
objetivo
Análise do
inventário Interpretação
Avaliação
de impacto
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55. ANÁLISE DE INVENTÁRIO
Envolve a coleta de dados e os procedimentos de cálculo para quantificar as
entradas e saídas do sistema, incluindo:
Massa;
Energia;
Emissões atmosféricas;
Efluentes líquidos;
Resíduos sólidos;
Outros aspectos ambientais.
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56. ANÁLISE DE INVENTÁRIO – ETAPAS
Coleta:
Fluxogramas;
Unidades de processo;
Unidades de medidas.
Alocação:
Tabelas;
Planilhas.
Validação das informações:
Modelos computacionais;
Balanço de massa e energia
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57. MODELAGEM DO SISTEMA – FLUXOGRAMA
Energia
Energia Energia
Extração de
Manufatura Manufatura
Matérias-
de materiais de Produtos
primas
Resíduo
Resíduo
Resíduo
Energia Energia
Disposição final, Uso e consumo
reciclagem ou reuso. do produto
Resíduo Resíduo
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58. DEFINIÇÃO DO OBJETIVO E ESCOPO
Definição de
escopo e
objetivo
Análise do
inventário Interpretação
Avaliação
de impacto
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59. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS
Processo qualitativo e/ou quantitativo para classificar, caracterizar e analisar os efeitos
das interações ambientais identificados na análise do inventário.
Esta etapa compõe-se de:
Identificação das categorias de impactos;
Classificação (alocação) dos resultados da análise de inventário nas categorias de
impactos;
Caracterização por modelos dos dados classificados em um indicador da categoria
de impacto.
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60. IDENTIFICAÇÃO DAS CATEGORIAS
Escassez de energia
Aquecimento global
Oxidantes fotoquímicos
Acidificação
Toxicidade humana
Ecotoxicidade:
Eutrofização:
Depleção da camada de ozônio
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61. CLASSIFICAÇÃO
Aquecimento global: emissão de CO2 e outros greenhouse gases, ex: CO2, N2O, CH4,
aerossóis.
Acidificação: resultante da emissão de oxidos de nitrogênio e enxofre com acidificação
do solo e água, ex: SO2, NO2.
Toxicidade humana: exposição a substâncias tóxicas diversas na água, solo e ar, ex:
toxicidade água potável, ar cidades, etc.
Ecotoxicidade: quantidade de produtos tóxicos emitidos na natureza
Eutrofização: quantidade de nutrientes lançados na água
Depleção da camada de ozônio: emissão de gases CFC
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62. CARACTERIZAÇÃO
Os dados do inventário atribuídos a categorias de impacto, são modelados para que
sejam expressos na forma de um indicador numérico para uma determinada
categoria.
Exaustão de recursos não renováveis: medida em relação a oferta global do recurso.
Potencial de aquecimento global: medida em relação a 1kg CO2.
Formação de oxidantes fotoquimicos: medida em relação a 1 kg de etileno.
Potencial de acidificação: medida em relação a 1 kg de SO2.
Potencial de toxicidade humana: massa corpórea por kg substância.
Ecotoxicidade aquática: volume de água por massa de substância.
Potencial de eutrofização: medida em relação a 1 kg de fosfato/nitrogênio.
Potencial de redução da camada de ozônio: medida em relação a 1 kg de CFC-11.
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63. AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA (ACV)
• Método EDIP (Environmental Design of Industrial Products)
– DTU
– Confederação das indústrias dinamarquesas
– Agência de proteção ambiental dinamarquesa
– 5 indústrias dinamarquesas
– 4 anos
– Wenzel, H.; Hauschild, M.; Alting, L. (1997). Environmental
Assessment of Products. Vol. 1 e 2.
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64. CÁLCULO DO POTENCIAL DE IMPACTO (PI)
PI = Pquantidade da substância emitida x impacto potencial da substância
Substância Fórmula Potencial para efeito estufa (gCO2equiv.)
20 anos 100 anos 500 anos
Dióxido de CO2 1 1 1
carbono
Metano CH4 62 25 8
Monóxido de CO 2 2 2
carbono
Óxido de N2O 290 320 180
Nitrogênio
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65. OPCIONAIS
Normalização: todos os impactos na mesma unidade
Agrupamento de categorias de impactos para impactos mais amplos ou para
designar alto, médio ou baixo
Ponderação: baseado em escolhas de valor
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66. ANÁLISE DE INVENTÁRIO
Definição de
escopo e
objetivo
Análise do
inventário Interpretação
Avaliação
de impacto
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67. INTERPRETAÇÃO
Indica formas de melhorar ambientalmente o processo por meio da interpretação
das potencialidades e restrições ambientais e realização de atividades de prevenção
(como a Produção Mais Limpa)
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68. INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE
MELHORIAS AMBIENTAIS
Identificar áreas de potencial de melhoria para redução dos impactos ambientais.
Etapas: identificar, avaliar e selecionar opções de melhoria ambiental em produtos
ou processos.
ACV não resolve problemas ambientais, mas ajuda a identificar áreas de potencial
de melhoria e auxiliar à tomada de decisões.
Análise de sensibilidade: checar hipóteses e limitações que podem causar
incertezas nos resultados da ACV.
Conclusões e recomendações consistentes com o objetivo e escopo.
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69. RELATÓRIO
Relatórios devem ser claros, objetivos, transparentes e voltados para o público alvo.
Deve haver consistência entre objetivos, metodologia e dados apresentados.
Terminologias e metodologias adequadas.
Os resultados, métodos, hipóteses e limitações devem ser detalhados para permitir
compreensão da complexidade da ACV.
Realizar revisão crítica dos resultados e conclusões, se possível, por especialistas
externos ao grupo de trabalho.
Análise da qualidade dos dados de caordo com os objetivos
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70. EXTRAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
(Por exemplo: Mineração)
Saídas
Amb.
Mat.
Minério Extração Energia
Fluxos Min. beneficiado Matéria-prima
Elemen- Beneficiamento Refino Manufatura
tares
(sem
transform.
(EXTRAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS)
Humanas)
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71. EXTRAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
Processos Unitários
Minéri
Extração Saídas (Amb., Mat., Energia)
Entradas oMat.,
(
Energia)
Prod.
Intermediários
Entradas (Mat., Energia) Beneficiamento Saídas (Amb., Mat.,
Energia)
Min. beneficiado
Entradas(Mat.,Energia) Refino Saídas (Amb., Mat.,Energia)
Matéria- Manufatura
prima
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72. MANUFATURA
Processo 01
Empacotamento Produto Transporte
Processo 02
Matéria-prima Distribuição
Processo N Montagem
Entradas
Saídas
Amb.
Mat.
(MANUFATURA)
Energia
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73. TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO
Produto Transporte Rodoviário
Uso
Reuso
Distribuidor 1 Distribuidor 2 Produto
Manu-
tenção
Entradas
Saídas
Amb.
Mat.
TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO
Energia
74. TRANSPORTE E
DISTRIBUIÇÃO
Produto Transporte (Rodoviário)
Distribuidor 1 Distribuidor 2 Produto USO
Entradas
Saídas
Amb.
TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO
Mat.
Energia
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75. USO, REUSO E MANUTENÇÃO
Produto Desempacotamento Manutenção
Uso Descarte Produto Tratamento
Após Uso Pós Uso
Reuso
Entradas Saídas
Amb.
Mat.
(USO, REUSO E MANUTENÇÃO) Energia
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76. RECICLAGEM, GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
Matéria-prima secundária Manufa-
Reciclagem
tura
Resíduo
do produto Resíduos
Tratamento e Disposição Final do sistema de
Resíduos Saídas
tratamento Amb.
Mat.
Energia
(RECICLAGEM E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS)
77. Tratamento Pós Uso
Matéria-prima secundária ReManufatura
Reciclagem
Produto
Pós Uso
Saídas
Resíduos do sistema de tratamento
Tratamento e Disposição Final
Amb.
Mat.
Energia
(RECICLAGEM E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS)
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78. DEFINIÇÃO DO OBJETIVO E ESCOPO
Definição de
escopo e
objetivo
Análise do
inventário Interpretação
Avaliação
de impacto
Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Notas do Editor
O “ Life Cycle Thinking ” é algo que eu diria intuitivo para as pessoas que começam a refletir sobre as questões ambientais. Quantos de nós já não ouvimos a seguinte colocação: “Não use copos de plástico para tomar café; a de cerâmica é ambientalmente mais correta!”. Esta postura indica uma visão mais ampla da interação de produtos com o meio ambiente. A ACV é uma importante técnica da gestão ambiental, e ela veio para ficar. A ACV é uma técnica nova e, como tal, precisa de algum desenvolvimento para se consolidar. A principal limitação para a execução de estudos de ACV é o grande número de dados a serem obtidos. O inventário de um sistema complexo pode conter milhares de unidades de processo, com dezenas ou até centenas de milhares de dados numéricos, derivados de um grande número de fontes e com uma ampla faixa de precisão.
O “Life Cycle Thinking” é algo que eu diria intuitivo para as pessoas que começam a refletir sobre as questões ambientais. Quantos de nós já não ouvimos a seguinte colocação: “Não use copos de plástico para tomar café; a de cerâmica é ambientalmente mais correta!”. Esta postura indica uma visão mais ampla da interação de produtos com o meio ambiente. A ACV é uma importante técnica da gestão ambiental, e ela veio para ficar. A ACV é uma técnica nova e, como tal, precisa de algum desenvolvimento para se consolidar. A principal limitação para a execução de estudos de ACV é o grande número de dados a serem obtidos. O inventário de um sistema complexo pode conter milhares de unidades de processo, com dezenas ou até centenas de milhares de dados numéricos, derivados de um grande número de fontes e com uma ampla faixa de precisão.
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