O documento discute a agressividade das abelhas africanizadas e como remover seu ferrão de picada sem aumentar a quantidade de veneno injetado. Também fornece instruções sobre como construir uma caixa de papelão para capturar enxames e vestimenta de proteção para apicultores.
2. As abelhas africanizadas conservam a sua agressividade, responsáveis por
acidentes graves e muitas vezes fatais. Acidentes causados por múltiplas
picadas de abelhas passaram a ser constatados com mais freqüência após
a introdução da abelha africana (Apis mellifera adamsoni).
3. apresentam um exoesqueleto,
que fornece proteção para os
órgãos internos e sustentação
para os músculos, além de
proteger o inseto contra a perda
de água.
O corpo é dividido em três
partes: cabeça, tórax e abdome
4.
5. Ferrão
Órgão de defesa das abelhas encontrado no
final do abdome, presente apenas nas
operárias e rainhas.
Prende-se na superfície ferroada, dificultando
sua retirada por ser constituído por um
estilete usado na perfuração e duas lancetas
que possuem farpas que o prendem.
O veneno fica armazenado, em uma pequena
bolsa que esta ligada ao ferrão. As contrações
musculares da bolsa de veneno permitem que
o veneno continue sendo injetado mesmo
depois da saída da abelha. Desse modo,
quanto mais depressa o ferrão for removido,
menor será a quantidade de veneno injetada.
Figura 1
Ferrão de uma operaria,
Apis mellifera adamsoni
6. Para não injetar uma maior quantidade de
veneno, recomenda-se que o ferrão seja
removido pela base, utilizando-se uma lâmina
ou a própria unha, evitando-se pressioná-lo
com os dedos.
Quando a abelha tenta voar ou sair do local
após a ferroada, ocorre uma ruptura de seu
abdome e conseqüente morte pois o ferrão
fica preso na superfície picada.
Na rainha, as farpas do ferrão são menos
desenvolvidas que nas operárias e a
musculatura ligada ao ferrão é bem forte para
que a rainha não o perca após utilizá-lo.
7. São conhecidos três tipos de indivíduos ou casta rainha, operária e zangão. O
número de indivíduos em uma família de abelhas é variável de acordo com a
época do ano e com a região.
8. Rainha - É a mãe de todos os indivíduos da colônia. Em situação normal, em cada
colméia, só existe uma rainha que, para ser fecundada, realiza o voo nupcial. A
rainha pode durar até 5 anos, no entanto, nas condições tropicais brasileiras, sua
vida útil é de aproximadamente 1 ano. A rainha consegue manter as abelhas
unidas dentro da colmeia por meio de um cheiro produzido por ela, o feromônio
de agregação.
9. Operárias - As abelhas operárias são responsáveis por todas as tarefas dentro e
fora da colméia. Suas atividades vão obedecer a uma escala de trabalho que
normalmente está associada com a idade do indivíduo e ao desenvolvimento das
suas glândulas.
10. Zangão - Correspondem aos indivíduos machos da comunidade. Aos 12 dias de
idade adulta atingem a maturidade sexual. Não apresentam estrutura específica
para o trabalho e sua função na colméia é fecundar a rainha, sendo que logo após
fecundar, morrem, por perderem partes dos seus órgãos sexuais, os quais ficam
presos na genitália da rainha.
11. Ocorre em função do instinto de reprodução e condições ambientais adversas.
È um fenômeno natural de migração das abelhas, que pode ocorrer com parte dos
indivíduos e a rainha (divisão da colmeia) ou todo o enxame (abandono da colmeia).
Quando ocorre a morte da rainha ou quando ela deixa de produzir feromônios e de
realizar posturas.
Em caso de população grande, a rainha velha enxameia com, aproximadamente, metade
da população antes do nascimento de uma nova rainha. Em alguns casos, quando a
rainha está muito cansada, ela pode permanecer na colmeia em convivência com a nova
rainha por algumas semanas, até sua morte natural. Também pode ocorrer que a nova
rainha elimine a rainha antiga, logo após o nascimento.
12. Fumigador - Para um manejo seguro ou captura segura de enxames é
essencial o fumigador com a função de produzir fumaça para o manejo.
Figura 7 – Partes que compõem um fumigador: (A) tampa, (B) fole, (C) fornalha, (D) grelha, (E) bico de pato.
13. A - Reúna o Material - Fumigador, fósforo, papel, material carburante (maravalha
ou serragem grossa, cepilho, palha de milho ou qualquer produto de origem
vegetal).
Figura 8 – Reunião material
Figura 8
14. B - Destampe o Fumigador
Figura 9 – Fumigador sem tampa
Figura 9
15. C - Coloque um pouco de material carburante
Figura 10 –material carburante
Figura10
16. D - Coloque o papel
Figura11 – colocando papel
figura 11
17. E - Acenda o Fumigador - Coloque fogo no material carburante com ajuda de
papel.
Figura 12 – acendendo fumigador
18. F - Acione o fole - Acione o fole levemente para acender o fogo.
Figura 13 – acionando o fole
19. G - Complete a capacidade do fumigador - Complete a capacidade do
fumigador com o material carburante.
Figura 14 – Finalizando fumigador
20. H - Tampe o fumigador
Figura 15 – Fumigador pronto para uso
OBS:
1- A fumaça deve ser fria, para
não irritar as abelhas.
2 - A fumaça deve ser aplicada
com, pelo menos, 20 cm de
distância da colmeia.
21. Caixa Isca de Papelão ou Madeira Tipo Langstroth - é a
mais utilizada no Brasil devido à praticidade de manejo
e às necessidades biológicas das abelhas. Nas épocas
de enxameação (períodos naturais de divisão e
deslocamento de enxames), as capturas devem ser
feitas em caixas com três a cinco quadros com cera
alveolada.
Figura 17 – Caixa Isca Madeira
22. Se preferir, poderá usar caixas de papelão próprias
para capturas de enxames, à venda em lojas
especializadas, ou ainda confeccionar caixas de
madeira de baixa qualidade. As caixas-iscas
podem ser confeccionadas ou compradas em
madeira ou papelão.
Figura 16 – Caixa Isca Papelão
23. A. Reúna o material, caixa de papelão ou madeira (destinadas ao
acondicionamento de verduras) com as dimensões de 26 cm de altura X 48,5
cm de comprimento X 22cm de largura, 5 quadros de ninho, cera alveolada
nova, sarrafo de madeira, pregos, martelo, folhas de erva cidreira, plástico,
arame, faca e fita crepe.
Figura 18 – Caixa Isca Papelão
24. B. Coloque os sarrafos nas laterais superiores da caixa A finalidade de se colocar
sarrafos nas laterais superiores da caixa é dar sustentação aos quadros de ninho com
cera nova.
Figura 19 – Caixa Isca Papelão
25. C. Esfregue folhas de erva cidreira nas partes internas da caixa-isca. O uso das folhas
ajuda a atrair os enxames e diminuir ou eliminar cheiros estranhos na caixa de
papelão.
Figura 20 – Caixa Isca Papelão
26. D. Coloque os quadros com a tira de cera alveolada na caixa-isca
Figura 21 – Caixa Isca Papelão
27. E. Feche a caixa com fita crepe.
Figura 22 – Caixa Isca Papelão
28. F. Abra o alvado - O alvado é construído por meio de uma abertura de
aproximadamente 1,5 cm de altura por 3,0 cm de comprimento, na parte
inferior da caixa.
Figura 23 – Caixa Isca Papelão
29. G. Forre a caixa-isca com saco plástico transparente
Figura 24 – Caixa Isca Papelão
30. Vestimentas - O uso da vestimenta apícola é condição essencial para uma
prática e manejo seguro. Composta de macacão, máscara, luva e bota,
apresenta algumas características específicas.
Figura 25 –. Vestimenta apícola completa: (A) jaleco com máscara e
calça, (B) luvas, (C) bota
31. 1. Macacão - bem folgado, evitando o contato do tecido com a pele do apicultor.
Deve ser de cor clara (cores escuras podem irritar as abelhas), confeccionado
com brim (grosso) ou materiais sintéticos (nylon, polyester, etc.). Pode ser
inteiriço ou composto de duas peças (calça e jaleco), com elásticos nas
extremidades (pernas e braços), tendo a máscara já acoplada ou não. Os
modelos que têm a máscara separada necessitam de chapéu (de palha);
outros mais modernos, dispensam o seu uso.
Figura 26. Macacão.
32. 2. Máscara - Deve ser de cor clara, com visor preto para dar maior visibilidade e
chapéu de palhas com aba dura tipo safári.
Figura 27. Máscara.
33. 3. Deve ser capaz de evitar a inserção do ferrão na pele, podendo ser
confeccionada com diversos materiais (couro, napa ou mesmo borracha),
principalmente porque as mãos do apicultor são áreas muito visadas pelas
abelhas.
Figura 28. Luvas.
34. • Bota - Deve ser de cor clara, de preferência
cano alto, confeccionada em borracha ou
couro.
Figura 29.Bota.
35. A captura de enxames em vôo ou recém-pousados é um método ativo de
captura de abelhas.
Figura 30. Enxame temporariamente pousado em galho de árvore
36. Enxames em Vôo - estão se deslocando da colônia original em direção a um
local pré-escolhido para estabelecerem sua nova moradia. Sua motivação pode
ser migratória ou enxameatória. Em ambos os processos de deslocamento, as
abelhas melíferas podem ser capturadas: no momento em que estão voando
com a rainha para o novo local, ou quando estão temporariamente assentadas,
na forma de cacho em locais como árvores, arbustos ou edificações.
Figura 31 – Enxame em voo
37. Enxames Recém-pousados
Material: Enxame em voo de deslocamento ao perceber ruídos ou vibrações
do ar que sugiram bruscas mudanças climáticas (tempestade, trovões, chuva),
imediatamente pousam em um galho de árvore ou outro substrato para se
reorganizar. Se no local escolhido e este já estiver ocupado ou bloqueado por
alguma razão, quando o enxame chegar, então as abelhas pousam
temporariamente para procurar um outro local. Neste momento, o enxame
pode ser facilmente capturado. Uma caixa padrão, tipo Langstroth, por
exemplo, pode ser usada para alojar o novo enxame. Ela deve ser completada
com todos os caixilhos e os mesmos devem estar apenas com tiras de cera
alveolada
Figura 32- Preparo da caixa para captura e instalação do
enxame recém-pousado.
38. Método de Captura: O enxame, ao pousar
num galho de árvore ou arbusto e formar o
cacho de abelhas, pode ser recolhido
diretamente para dentro da caixa vazia. A
caixa é colocada sob o enxame e o mesmo é
suavemente derrubado para dentro dela, por
sobre os caixilhos. Para facilitar a descida das
abelhas, 2 a 4 caixilhos centrais podem ser
previamente retirados da caixa, conforme o
tamanho do enxame.
Figura 33. Enxame em fase de migração, pousado em uma árvore e
Captura do enxame na caixa, após ter sidoderrubado sobre os caixilhos
da mesma.
39. Na falta de uma caixa ou em pontos de difícil acesso,
pode-se usar temporariamente um saco de captura.
Este consiste em uma bolsa de tela e pano, com um
fecho de corda na boca que, além de facilitar a coleta
do enxame, possibilita o confortável transporte do
enxame até o apiário. O saco de captura pode ser
fixado na ponta de um longo e resistente sarrafo,
permitindo que se alcance o enxame recém-pousado
que estiver a grandes alturas ou em local de difícil
acesso.
Figura 34 - um saco de captura
40. A primeira recomendação é correr para longe, se possível. Se afastar
rapidamente do epicentro do acontecimento continua sendo a maneira
mais simples e eficiente de minimizar um ataque de abelhas.
Caso não haja possibilidade de fuga, procure rapidamente algum arbusto
ou vegetação fechada, e entre o mais que puder debaixo da folhagem,
ficando imóvel e em silêncio. Outra possibilidade, esta para locais de
vegetação rasteira, é permanecer deitado e de bruços (barriga para baixo).
No capinzal, deite e se enfie o mais que puder , cobrindo-se puxando-o pra
cima de sí. Cubra a cabeça com os braços e tente não deixar muitas
aberturas na sua roupa. Se tiver um casaco, lona plástica ou qualquer
objeto que possa ajudar a cobrí-lo, use-o e tente ficar o mais imóvel
possível, com o rosto protegido pelo casaco/camiseta/mochila etc.
41. Não gritar, elas são atraídas por ruídos, principalmente os agudos. Evite
também gestos bruscos, que podem ser interpretados como uma ameaça.
Quanto mais escura a sua roupa, tanto mais elas podem atacar. Cores escuras
alvoroçam as abelhas. É por esse motivo que a maioria dos macacões de
apicultor são brancos ou claros, porque essas cores as acalmam.
Se você tem várias abelhas grudando em você, entre na vegetação em silêncio
e vá se esfregando nas moitas (quando há moitas pra se esfregar), que além
de derrubar aquelas penduradas pelo ferrão vai disfarçando o cheiro do
hormônio de ataque nas folhas. Existem 2 tipos ligados a ataques. Ele são
volatilizados no ar em menos de dois segundos após a picada, e permanecem
durante uns 20 segundos sendo exalados, atraindo rapidamente outras
abelhas, já com a ordem irrevogável de que devem atacar. Esse é o motivo
pelo qual na maioria dos casos de ataques ocorrem grandes "concentrações"
de picadas em pequenas regiões do corpo, também chamados de
"empeloteamento de abelhas", e outras área do corpo com poucas ou
nenhuma.
42. Em campo aberto corra, mas também em zigue-zague. Procure por obstáculos
e corra na direção deles (mas não em linha reta!). Certamente você levará
algumas picadas, mas escapará do grosso do ataque.
A velha estratégia de mergulhar na água pode funcionar, desde que você seja
um bom mergulhador e consiga sair da área crítica por baixo da água.
Desnecessário dizer que é melhor tomar umas picadas a se afogar, ou pior,
mergulhar num local que não permita a fuga, e cada vez que se respirar tomar
mais picadas no rosto, e depois se afogar...
Extintores de incêndio, sejam qual for, nunca estão disponíveis em casos de
ataques, e seu raio de ação é restrito, por razões óbvias.
Procure manter a calma, como em todas as situações de acidente. Parece
bobo recomendar isso, mas há relatos de pessoas que mantiveram a calma e
tomaram um número significativamente menor de picadas do que outras mais
desesperadas e que estavam bem ao lado. Abelhas são seres muito sensitivos
e refinados. Alguma coisa em nosso nervosismo as alvoroça
43. Proteja sobretudo os olhos. Uma picada certeira, dada diretamente na
superfície do olho tem quase 90% de chances de ocasionar a perda total da
visão. Há casos relatados.
Na pior das hipóteses, se o ataque for muito forte e você não conseguir
abandonar o lugar, pense direto nos olhos, e não os abra. Fique de bruços no
chão e cubra a cabeça o mais que puder, de olhos apertados.
A magnitude do ataque é diretamente proporcional ao tamanho do enxame.
Quanto mais numeroso, mais instável é o clima "político" nele, mais
encorajado fica. Enxames populosos "clamam" por uma nova rainha, pra
poder se dividir e migrar, no seu ciclo normal. Esse é um momento ruim pra
cruzar um enxame desses. Por outro lado, uma vez dividido, se está ainda
enxameando, ou seja, procurando por uma casa, ou acabado de chegar a um
lugar que considerou adequado, passam a ser muito mais mansos.
44. • Por fim, a triste verdade, que já foi reportada como lenda: cada pessoa possui uma
reação distinta à picadas, e isso varia demais. Há casos de mortos com 3 picadas
(sim, três) e casos de sobreviventes com mais de 250. Cientificamente, se diz que
um ser humano pouquíssimo alérgico suporta no máximo 400 picadas. Neste caso
a presença de um anti-histamínico no estojo de primeiros socorros é fundamental.
Tudo acontece sempre muito rápido, por isso mesmo é importante tomar uma atitude
logo que a coisa inicia, pois logo depois instaura-se o caos e o desespero, impedindo-
nos de pensar em uma atitude a tomar. Esse pânico representa perigo; podemos, em
nosso desespero, cair de um desnível perigoso, tropeçar, escorregar, ou mesmo se
demorar a fazer algo e levar um número fatal de picadas. No caso de muitas picadas, o
procedimento é basicamente o mesmo: ministra-se um anti-histamínico à vítima, e
esta deve ser removida imediatamente a um hospital para que os procedimentos
adequados possam ser tomados. O veneno contém inúmeros elementos, dentre eles
anti-coagulantes, elementos que causam insuficiência renal e respiratória e
hipertensão arterial. Não é brincadeira! O perigo é potencialmente maior que uma
picada de escorpião!
Em todo o caso, se não existe um passo a passo, pelo menos é bom memorizar
algumas coisas, e tentar se lembrar de algumas delas se um dia precisarem.
46. Maioria tetrápoda
Adaptados ao salto
Ventosas adesivas.
Independência parcial da água
Respiram por pulmões e pela pele.
Sistema circulatório e digestório completo.
Carnívoros.
Pele sempre úmida, rica em glândulas
Pecilotérmicos
47. Urodela - Algumas espécies vivem o tempo todo na água,
respirando por brânquias. Caracterizam-se por possuírem dois
pares de patas na fase adulta, com cauda bem desenvolvida.
São representantes desta ordem as salamandras e tritões.
Foto 1 – Salamandra e TritãoFigura 1
48. Anura - Caracterizam-se pela presença de dois pares de patas
adaptados a locomoção por saltos e ausência de caudas nos
adultos; possuem o corpo dotado para saltar com as patas
posteriores muito alongadas Fazem parte desse grupo as rãs,
sapos, pererecas, etc...
Foto 2 – Sapo, Pereréca e Rã
49. Ambos diferenciados da seguinte maneira:
Sapos - Os sapos possuem a pele rugosa, membros
posteriores mais curtos e glândulas de veneno nas laterais da
cabeça, atrás dos olhos.
Figura 5 – Sapo-comum (Bufo ictericus) - Fêmea
Glândulas de Veneno
50. Rãs - tem pele lisa, possuem membranas entre os dedos dos
membros posteriores dando uma aparência de pé de pato
que lhe permite um melhor desempenho ao nadar.
Figura 6 – Rã-marrom (Leptodactylus flavopictus) - Macho
Rã touro (Lithobates catesbeianus) – membrana
membro posterior.
51. Pererecas - possuem a pele, membros bastante desenvolvidos e
adaptados a grandes saltos, nas pontas de todos os dedos
possuem ventosas nas que são discos adesivos que facilitam a
escalada possibilitando caminhar em superfícies verticais.
Figura 7 – Perereca-gargalhada (Scinax rizibilis) – Fêmea.Detalhe da
pata dianteira mostrando a ponta dos dedos, em forma de disco.
52. Ápoda - Caracterizam-se por não possuírem patas e cauda. O
corpo é vermiforme, e todos têm hábitos subterrâneos ou
aquáticos, e com aspecto de pequenas cobras; “cega”, pois seus
olhos são pouco desenvolvidos. Representantes podem ser as
cecílas. (cobra cega)
Foto 3 – Cecílias “Cobra cega”
53. Urodela - Possui glândulas capazes de secretar e inclusive lançar
uma secreção cutânea, esbranquiçada e viscosa, que contém uma
toxina chamada de Salamandrina, cujos efeitos são neurotoxicos,
irritante para os olhos e que quando ingerida pode provocar má
disposição e alucinações. Em todo o caso, é possível tocar nelas e
mesmo agarrá-las desde que não sejam apertadas.
Figura 4 – Cecília “cabra cega”
54. Anura – Só na Floresta Amazônica existem algumas pequenas rãs coloridas
que possuem veneno, mas este está contido na pele e, como não mordem,
não há meios de aplicarem esse veneno nas pessoas, porem não se deve
lambê-las.
Os sapos têm uma bolsa em cada lado da cabeça, denominada glândula
parotóide, com uma estrutura esponjosa contendo um líquido leitoso. O
veneno só contamina alguém quando o animal sofre um tipo de agressão que
faz essas glândulas se romperem, esparramando o veneno e, eventualmente,
atingindo o agressor", afirma o biólogo Célio Fernando Haddad, da
Universidade Estadual de São Paulo (UnespFigura). Se isso acontecer, e as
toxinas forem ingeridas ou atingirem mucosas ou alguma ferida aberta, a
pessoa pode realmente ficar intoxicada, causando irritação e alguns podem
ser alucinógenos - e se a peçonha cair no olho pode mesmo cegar. O veneno
de certos sapos chega a matar. É o caso de diversas espécies do sapo cururu
(Bufo sp.), cuja peçonha ataca gravemente o coração humano.
56. Os sapos, rãs e pererecas são animais de extrema importância para o
equilíbrio da natureza, pois são os principais controladores de pragas
em plantações e propagação de doenças como a dengue, malária e
febre amarela pois eles controlam a população de insetos e de outros
animais invertebrados e servem de comida para muitas espécies de
répteis, aves e mamíferos.
Uma parte desses animais pertencente ao grupo dos anuros possui
substâncias em sua pele que contém propriedades que estão sendo
estudadas para o desenvolvimento de medicamentos para o tratamento
de diversas doenças.
57. No Brasil a secreção produzida pela espécie Phyllomedusa bicolor é
muito utilizada por algumas nações indígenas da região amazônica para
usos medicinais (através de um medicamento conhecido como vacina do
sapo ou kambô) que reforça o sistema imunológico e possui propriedades
capazes de combater bactérias. que atualmente está sendo testado por
cientistas para o desenvolvimento de medicamentos.
Figura 9 - Phyllomedusa bicolor,
aplicação do Kambô
59. As taturanas, também conhecida como tatarana (tata =
"fogo" e rana = "semelhante"), popularmente chamadas
de lagarta-de-fogo, mandrová, taturana-gatinho, são na
verdade larvas de borboletas ou mariposas (Lepidoptera)
Figura 1
Figura 1 - Taturanas e Borboletas
60. As mariposas e borboletas colocam seus ovos em plantas das
quais as lagartas irão se alimentar. A preferência por árvores
frutíferas.
As lagartas são mais abundantes no período de outubro a março,
vivem em grupos e podem ser vistas durante o dia nos troncos
das árvores, ocasião em que ocorrem os acidentes.
Colônia de lagartas L. obliqua
61. As lagartas são mais abundantes no período de outubro a
março, vivem em grupos e podem ser vistas durante o dia nos
troncos das árvores, ocasião em que ocorrem os acidentes.
Figura 2 - Taturanas , Crisálida e Borboletas Monarcas
62. O ciclo vida das borboletas varia de acordo com a espécie. Na
Lonomia obliqua, cuja fase de lagarta causa muitos acidentes
(inclusive com óbitos) no sul do país, o ciclo completo dura
em média 125 dias.
Figura 3 - Ciclo de Vida
63. Nas taturanas urticantes, as cerdas são estruturas de ponta
aguda e resistente, contendo glândulas produtoras de
veneno. Existem diferenças morfológicas que variam
conforme a família.
65. São estruturas de ponta aguda e resistente, contendo uma única
glândula na base da cerda
São cerdas longas e simples, que se camuflam nos pêlos;
Figura 5Cerdas de Megalopygidae
67. Cerda de Saturniidae ampliada 400 X
Cerdas de Saturniidae
São cerdas constituídas de ramificações,
Possuem glândulas de veneno nos ápices
68. Normalmente ocorrem da seguinte forma: manuseando a
vegetação, a pessoa toca a lagarta com as mãos ou a espreme
com os dedos.
A dor é imediata e violenta com sensação de queimação,
podendo irradiar-se para outras partes do corpo.
O local fica vermelho e inchado, podendo ocorrer ínguas.
Acidentes com Lagartas Megalopygidae e Saturnidae
69. Acidentes com lonomias apresentam, além dos sintomas citados
inicialmente, edema e eritema de intensidade e duração variáveis,
dependendo do número de cerdas que entraram em contato com a pele,
quantidade de veneno inoculado e de características individuais de cada
paciente.
Após um período variável de uma (01) a setenta e duas (72) horas ocorre o
aumento do Tempo de Coagulação (TC) até ficar incoagulável
O sangramento pode ocorrer nas primeiras horas após o acidente mas é
mais comum que o quadro hemorrágico instale-se após vinte e quatro(24)
horas.
São comuns os hematomas na pele, hemorragias pelas gengivas e urina
escura. Este último sintoma caracteriza haver problemas com o
funcionamento dos rins (insuficiência renal). . Também pode e
sangramento grave (pulmão e cérebro) resultando em óbito.
71. Olhar, atentamente, para as folhas e troncos de árvores, evitando contato com
as taturanas.
Verificar presença de folhas roídas, casulos ou pupas e fezes de lagartas no
solo.
Usar luvas quando manipular troncos, árvores frutíferas ou em atividades de
jardinagem.
Ao manusear frutas e vegetação de hortas e jardins, verifique antes se não há
taturanas.
Para efetuar poda de árvores/ arbustos, utilize camisas de manga comprida,
chapéu ou boné, botas e luvas, a fim de evitar o contato com as lagartas.
72. Remova as taturanas que porventura adentrar a residência, com uso de pá,
graveto, pinça etc.
Utilize caixas de papelão para acondicionar as taturanas recolhidas.
Não utilize veneno para controle de taturanas.
Tome cuidado com as crianças. Pois muitas taturanas possuem colorido
vibrante que atrai a atenção e a curiosidade das crianças.
73. Lavar o local de contato com água e sabão e procurar unidade de saúde mais
próxima. Se possível coletar exemplar da taturana causadora do acidente e
encaminhá-lo para a identificação correta.
Compressa de água fria no local.
Caso a dor seja insuportável anestésico local.
Anti-histamínico oral
Procurar um médico para o tratamento adequado, juntamente com a lagarta para
identificá-la.
O instituto butantan desenvolveu o soro antilonômico, que tem propriedade de
reverter o distúrbio causado pela taturana.
74. O Instituto Butantã desenvolveu o soro para acidentes com a Lonômia, o
antilonômico, feito a partir das cerdas que tem propriedade de reverter o
distúrbio causado pela taturana.
75. As lacraias ou centopéias são animais terrestres,
de vida solitária e carnívoros, alimentando-se
principalmente de minhocas, vermes, grilos, baratas,
etc. A presa é detectada, e muitas vezes imobilizada,
através dainoculação do veneno presente nos dois
ferrões na parte debaixo da cabeça.
Possuem hábitos noturnos e alojam-se sob
pedras, cascas de árvores, folhas no solo e troncos
em decomposição, ou constroem sistema de galerias,
contendo uma câmara onde o animal se esconde.
São frequentemente encontradas em hortas,
entulhos, vasos, xaxins, sob tijolos, e em outros
locais que não receba luz solar e seja úmido.
As lacraias ou centopéias são animais
peçonhentos, uma vez que possuem glândula
inoculadora de veneno e podem produzir acidentes
dolorosos, porém não são graves . A maioria dos
acidentes ocorre pela manipulação de objetos onde
este animal está escondido.
76. - Manter limpos quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos, evitando
acúmulo de folhas secas, lixo e demais materiais como entulho, telhas,
tijolos, madeiras e lenha.
- Ao manusear materiais de construção, usar luvas de raspa de couro e
calçados.
- Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas.
- Vedar soleiras de portas com friso de borracha ou rolos de areia.
- Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques.
- Acondicionar o lixo em recipientes fechados para evitar baratas e outros
insetos, que servem de alimento para lacraias e outros animais
peçonhentos.
- Realizar roçada de terrenos.
- Manter berços e camas afastados das paredes
78. Conhecimento antigo e usos diversos.
Atualmente muitas pesquisas são realizadas buscando conhecer os
princípios ativos das plantas para fins terapêuticos.
Muitas dessas plantas podem determinar quadros tóxicos a depender da
quantidade, parte da planta utilizada, forma do contato, cutâneo ou
ingestão, dentre outros fatores.
Os princípios ativos devem ser considerados. Se uma planta possui
componentes capazes de produzir efeitos terapêuticos, podem conter,
também, componentes tóxicos.
79. Os princípios ativos que provocam reações tóxicas no organismo são
alcaloides que estão presentes em 10 a 15% das plantas conhecidas e
atuam no sistema nervoso central e os glicosídeos cardiotônicos onde sua
absorção ocorre de forma cumulativa, utilizados em problemas cardíacos.
O perigo está na facilidade de manipulação, já que estas plantas são
encontradas em jardins e quintais, vasos ornamentais e terrenos baldios.
Existem também muitas plantas extremamente tóxicas e que se parecem
com plantas que possuem propriedades medicinais, portanto, é muito
importante saber distinguir umas das outras.
80. Vocês sabiam que de cada dez casos de intoxicação por plantas tóxicas
registradas no Brasil, seis ocorrem com crianças menores de 10 anos, e que
84% do total dessas intoxicações são acidentais?
A falta de informação pode causar sérios danos à saúde. Reconhecer as
plantas tóxicas mais freqüentes pode evitar muita dor de cabeça. As
peculiaridades de oito belas espécies, que são as que mais causam
intoxicações no país e que estão mais presentes no dia-a-dia serão
apresentadas.
81. O tratamento deve seguir as seguintes rotinas básicas: Descontaminação cutânea,
ocular e esvaziamento gástrico, inativação do componente toxico e tratamento
geral de suporte e sintomático.
Esvaziamento gástrico - Eliminar o material nocivo do corpo o quanto antes por
medidas provocadoras de vomito (Emese) e lavagem gástrica (LG). Estas medidas
quando realizadas em serviços bem equipados, por pessoal experiente e,
principalmente, em momento oportuno, seus resultados são bastante
satisfatórios
82. Emese: As medidas provocadoras de vômitos são recomendadas particularmente
quando a espécie ingerida e conhecida e muito toxica, e decorreu pouco tempo da
ingestão. Deve-se, no entanto, ter o cuidado de posicionar o paciente de forma a
evitar aspiração do material vomitado, pois é possível a presença de fragmentos
sólidos e sementes, que poderão causar sérios problemas obstrutivos. Nos casos
em que o vomito já tenha ocorrido precoce e intensamente, o esvaziamento
gástrico estaria contraindicado, sendo necessário em muitos casos o uso de
antiemeticos.
Lavagem gástrica: Indicada quando a emese não for eficaz ou para reforçar seus
resultados. Usar sondas de maior calibre possível, que permitam retirar os
fragmentos das plantas, desde que não represente perigo para o paciente. As
principais contraindicações para o esvaziamento gástrico, de uma maneira geral
são: crianças menor de dois anos, vitima inconsciente ou em convulsão, ingestão
de substancias causticas ou derivados de petróleo.
83. Carvão ativado: De uso bastante restrito, não deve ser usado na ingestão de
plantas com ação local irritante ou caustica, por piorar as lesões da mucosa.
Ingerir bastante água;
Nas alterações cutâneas causadas por plantas alguns cuidados devem ser
seguidos, qualquer que seja a espécie envolvida. Além de identificar a espécie
envolvida e proteger contra novas exposições, deve-se evitar tratamentos muito
enérgicos. Se aconteceu contato com látex, lavar com bastante água;
Em caso de irritação dos olhos, lavar estes órgãos com água corrente limpa
abundante ou Soro Fisiológico;
Providenciar socorro médico o mais breve possível, tendo- se o cuidado de levar
junto com o paciente o material responsável ela intoxicação.
84. Cuidados gerais a serem tomados para evitar intoxicação por plantas:
Não cultive plantas toxicas ou desconhecidas nas residencias;
Mantenha as plantas toxicas fora do alcance de crianças e animais
domésticos;
Conheça as plantas toxicas existentes em sua região pelo nome e
características;
Ensine as crianças, o mais cedo possível, a não colocar plantas na boca,
assim como a não utiliza-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite,
etc.), alertando sobre os perigos em potencial;
85. Não coma folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se que não ha regras
ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem
sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta;
Não prepare remédios e chás caseiros com plantas, sem orientação
profissional adequada;
Tome cuidado ao podar plantas que liberam látex, o qual pode provocar
irritação na pele e principalmente nos olhos, podendo levar a cegueira. Evite
deixar os galhos em qualquer local onde possam vir a ser manuseados;
Use sempre luvas e lave bem as mãos quando lidar com plantas.
86. COMIGO-NINGUÉM-PODE
Sintomas: Campeã das intoxicações está presente nos mais variados lugares, a
ingestão e o contato de forma direta ou indireta pode provocar severa irritação
da pele ou inflamação, acompanhada de edema e fortes dores, que podem durar
algumas semanas.
Os sintomas se desenvolvem rapidamente, ocorrendo irritação com sensação de
queimação, salivação intensa, edema dos lábios, boca, língua e garganta,
podendo dificultar ou impedira de engolir fala e causar distúrbios respiratórios
(asfixia), náuseas, diarreia. O contato com os olhos pode provocar irritação e
lesão da córnea
Figura 1 - Comigo-ninguém-pode
(Dieffenbachia picta Schott.)
87. TINHORÃO
Sintomas: a ingestão e o contato pode causar sensação de queimação, edema
(inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante,
dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e
lesão da córnea.
Figura 2 - Tinhorão
(Caladium bicolor Vent.)
88. COROA DE CRISTO
Sintomas: Muito usada para cercas-vivas, a seiva leitosa (látex irritante) em contato
com a pele e mucosas pode causar sérias irritações e lesão. As lesões caracterizam-se
inicialmente por edema de lábios, boca e língua evoluindo para a formação de
vesículas e pústulas, normalmente pruriginosas, doloridas e queimação; o contato do
látex ou dos dedos contaminados com os olhos provoca irritação, lacrimejamento,
edema das pálpebras e dificuldade de visão; conjuntivite e, em casos mais graves,
cegueira temporária. A ingestão pode causar gastrenterite severa com forte diarreia e
vômitos, há dilatação da pupila, tontura, delírio com convulsão e colapso circulatório.
Figura 3 - Coroa de cristo
(Euphorbia milii L.)
89. AVELOZ
Princípio ativo: Látex Irritante, Toxalbumina.
Sintomas: Seiva leitosa (látex irritante) causa lesão na pele e mucosa, edema de
lábios, boca e língua, dor, queimação e prurido; o contato com os olhos provoca
irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão
pode causar náuseas, vômitos e diarreias.
Figura 4 - Aveloz (Tirucalli L.)
90. BICO-DE-PAPAGAIO
Sintomas: O contato do látex com a pele pode provocar reação semelhante a
coroa-de-Cristo, e a ingestão de partes do vegetal pode causar lesões graves. Em
alguns locais, porém a ingestão do vegetal não desenvolveu sintomas graves de
intoxicação, apenas sintomas leves como vômito e diarréia.
Figura 5 - Bico-de-Papagaio
(Euphorbia pulcherrima Willd.)
91. PINHÃO-ROXO
Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais,
diarréia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e parada cardíaca.
Figura 6 - Pinhão roxo (Jatropha gossypiifolia )
92. MAMONA
Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas
abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta; lesões renais, distúrbios
neurológicos, letargia, apnéia nos casos mais graves podem ocorrer convulsões,
coma e óbito. A ingestão de uma a seis sementes pode ser fatal para uma criança.
Figura 7 - Mamona (Ricinus communis L.)
93. ESPIRRADEIRA
Sintomas: a ingestão ou o contato com o látex podem causar dor em queimação
na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarréia,
tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar a morte.
Figura 8 - Espirradeira (Nerium oleander L.)
94. HERA
Sintomas: O uso interno somente com acompanhamento médico, frutos contêm
substâncias tóxicas sua ingestão causa náuseas, vômitos, salivação excessiva,
cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta e podem afetar as células
dos rins e do fígado, dispneia, arritmia e parada cardíaca.
Figura 9 - Hera (Hedera helix L.)
95. BUCHINHA
Sintomas: Ação biológica: as cucurbitacinas apresentam ações laxativas,
hemolíticas,embriotóxicas e abortivas. Os sintomas aparecem cerca de 24 horas
após a ingestão de chás preparados com os frutos da planta. Náuseas, vômitos,
dores abdominais e dores de cabeça são os sintomas primários. Posteriormente
advêm hemorragias que podem levar ao coma e à morte.
Figura 10 - Buchinha
(Luffa operculata Cogn.)
96. CHAPÉU-DE-NAPOLEÃO
Sintomas: Quadro semelhante à intoxicação por digitálicos. Ingestão:
dor/queimação, sialorréia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais,diarréia.
Manifestações neurológicas com cefaléia, tonturas, confusão mental e distúrbios
visuais. Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão. Contato
ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento.
Figura 11 - Chapéu de Napoleão (Thevetia
peruviana Schum)
97. SAIA BRANCA
Sintomas: Náuseas, vômitos (rápido) seguido de sintomas anticolinérgicos (pele
quente, seca e avermelhada, secura de mucosas, principalmente bucal e ocular,
taquicardia, midríase intensa, disúria, oligúria, distúrbio de comportamento,
confusão mental e agitação psicomotora. Alucinação visual seguido de depressão
neurológica e até coma profundo, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e nos
casos mais graves, pode levar à morte).
Figura 12 - Saia Branca (Datura suaveolens L.)
98. TAIOBA-BRAVA
Sintomas: Não perde a sua toxicidade mesmo se for cozida a ingestão e o
contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca
e língua, glote, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de
engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação dos olhos e
lesão da córnea.
Figura 13 – Taioba-Brava (Colocasia Antiquorum Schott.)
99. CICUTA
Sintomas: Antigamente era com esta planta que os governos ordenavam o
envenenamento e morte dos condenados pela ingestão da cicuta, Narcótico, que
produz várias perturbações orgânicas, causando paralisia progressiva começando
pelos membros inferiores e atingindo os músculos respiratórios, para finalmente
ocasionara morte por asfixia.
as intoxicações com esta planta são mais comuns em animais. São eles: náuseas,
vômitos, e às vezes com sangue; vertigens, distúrbios neurológicos, confusão
mental, paralisia e coma.
Figura 14 – Cicuta
(Conium maculatum L.)
100. BELADONA
Sintomas: A ingestão causa: Pele seca, quente e vermelha, principalmente no
rosto; boca seca, dificultando a deglutição e articulação das palavras; sede intensa;
febre; aumento da frequência cardíaca; dilatação das pupilas; movimentos
desordenados; agitação; alteração de comportamento, podendo ficar agressivo;
confusão mental e alucinações.
Figura 15 – Beladona (Atroppa belladona)