1. ARTES VISUAIS
Figuras de I a VI – questões 1 e 2
Nas figuras ab a i xo , p o d e - s e o b s e rvar de que modo a produção da arte no Brasil do século XVII ao XIX está relacionada à
produção na Europa no mesmo período.
Figura III – Jean Baptiste Debret (1768-1848). Estudo para desembarque
de D. Leopoldina no Brasil. Óleo sobre tela. 44,5 cm × 69,5 cm. Museu
Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 1818.
Figura II – Giambattista Tiepolo
Figura I – Manoel da Costa Athaíde. Ascenção de Cristo (detalhe do forro (1696-1770). Aleg o ria de casamento.
da Capela-mor). Pintura sobre madeira. Igreja de Santo Antônio (Santa Óleo sobre tela, 343 cm × 172 cm, 1741.
Bárbara – MG), 1806.
Figura IV – Louis David (1748-1825). Consagração do
imperador Napoleão e coroação da imperatriz Josefina. Óleo
sobre tela, 6,21 m × 9,79 m, 1804. Figura V – José Ferraz de Almeida Júnior (1850-1899). Figura VI – Courbet. Bom-dia, Monsieur Courbet. Óleo sobre
O violeiro. Óleo sobre tela, 141 cm × 172 cm. Pinacoteca do tela, 129 cm × 149 cm. Museu Fabre, Montpellier, 1854.
estado de São Paulo.
QU ES T Ã O QU ES T Ã O
1 2
Considerando as figuras de I a IV, julgue os itens a seguir, acerca Considerando as figuras V e VI, julgue os itens subseqüentes.
das relações formais, estilísticas e temáticas encontradas nas obras
reproduzidas. Ø A valorização de cenas do cotidiano é uma característi c a d a
pintura é pica, o que pode ser observado em ambas as figuras.
Ø N a s figuras I e II, os elementos arquitetônicos estão Ù A repre s e ntação de cenas cotidianas reflete mudanças sociais
representados no modo ilusionista. que foram marcadas no Brasil pela I n dependência e, na
Ù Nas obras ilustradas em I e II, a concentração de figuras França, pela Revolução Francesa.
humanas na parte inferior de cada compos i ç ã o acentua a
Ú Diferentemente da representação i d ealizada dos nativos, feita
importância da figura isolada na parte superior.
pelos viajantes europeus, vê-se, na ob r a reproduzida na
Ú Na figura I, a imagem central da ob r a reproduzida é
figura V, q ue Almeida Júnior, pintor brasileiro, retrata, com
enquadrada por um conjunto de ornamen tos ondulantes e
naturalidade, tipos humanos nacionais.
orgânicos, criando uma p a s sagem do mundo terreno para o
mundo divino.
Û Na obra da figura V, embora a janela retangular funcione como
mo l d u r a interna para a cena, o moviment o v i s u a l
Û Nas figuras I e III, apesar das diferenças temá t i cas e
estilísticas, o espaço arquitetônico tende à simetria. predominante é produzido pelas figuras em diagonal.
Ü Nas obras reproduzidas nas figuras III e IV, a simplicidade das Ü Em ambas as figuras, a centralização dos elementos provoca
cenas retratadas é característica da pintura neoclássica do instabilidade.
século XIX.
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2. QU ES T Ã O QU ES T Ã O
3 4
Figura I – Paul Gauguin. Natureza morta com maçãs, um pêssego e auto-retrato em jarra de
cerâmica. Óleo sobre papel montado. 28,6 cm × 36,2 cm. Museu de Arte Fogg, 1889.
Figura I – Paul Gauguin. Jarra auto-retrato. Cerâmica esmaltada
em verde oliva, cinza e vermelho, 19,3 cm de altura. Museu de
Artes Decorativas, Copenhague, 1889.
Figura II – Pablo Picasso. Rosto com folhas. Cerâmica esmaltada,
41,6 cm de diâmetro por 3,9 cm de profundidade, 1956.
Tendo como r e ferência as figuras I e II acima, julgue os itens Figura I I – Pablo Picasso. As senhoritas de Avignon. Óleo sobre tela.
243 cm × 233,7 cm. Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, 1907.
seguintes.
Considerando as figuras I e II acima, em q u e s e p o d e perceber a
Ø A escolha do ma t e r i a l e da técnica para a confecção das influência de cultur a s n ã o-européias na produção de Gauguin e
obras ilustradas acima foi uma contribuição original para P icasso, julgue os itens subseqüentes.
se produzir objetos de função utilitária.
Ø Na obra da figura I, a ausência de modelado revela influências do
Ù Na obra da figura I, as linhas onduladas e a superfície
Renascimento.
irregular expressam qualidades emocionais do retratado. Ù Na obra da figura I, a inserção de um objeto confeccion a d o p elo
Ú Na obra da figura II, a repetição de elementos gráficos de próprio art i s ta — auto-retrato em jarra de cerâmica — na
composição da natureza morta, um gênero tradic i o n a l da pintura
cor plana acentua o caráter decorativo da peça.
européia, sit ua a cena no provável universo doméstico do artista.
Û As características especiais dos obj etos utilitários, como Ú A simplificação do tratamento das formas nas pinturas I e II revela
as verificadas na peça d a fi g ura I, eram valorizadas pela as influências estilísticas de culturas não-européias.
produção industrial do século XIX. Û Na o b ra ilustrada em II, as figuras femininas recebem um
tratamento uniforme.
Ü Na figura II, fica evidente que a decoração altera o formato
Ü A natureza morta e o triângulo no centro infe r i o r d a figura II
do objeto. enfatizam a característica plana da composição.
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3. ARTES CÊNICAS
QU ES T Ã O QU ES T Ã O
2
Internet: <http://www.dionisius.hpg.ig.com.br/tea-mundo/origem.htm>.
1
Te a tr o
É
comum ouvir dizer que o teatro começou na Grécia, há muitos
séculos. No entanto, existem outros exemplos de manifestações
teatrais anteriores aos gregos. Por exemplo, na China antiga, o
budismo usava o teatro como forma de expressão religiosa. No Egito,
um grande espetáculo popular contava a história da ressurreição de Procópio Ferreira. O ator Vasques. Capa. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Teatro,
1979.
Osíris e da morte de Hórus. Na Índia, acredita-se que o teatro tenha
surgido com Brama. E nos tempos pré- h elênicos, os cretenses
homenageavam seus deuses em teatros, provavelmente construídos no
A figura acima ilustra várias persona g e n s d a história do teatro.
século dezenove antes de Cristo. É fácil perceber por esses exemplos
Focalizando o tea t r o na Idade Média, julgue os itens
a origem religiosa das manifestações teatrais.
No entanto, pode-se olhar ainda mais para trás e verificar que subseqüentes.
o teatro é a imitação de uma ação e que o ato de imitar está presente
na essência dos mais primitivos rituais que se conhece. Ø Como principal nome da Commedia dell’ Arte n a Idade
Elza de Andrade, diretora e professora.
Média, William Shakespeare destacou-se no ce n á r io cênico
univ e r s a l p el a criação das personagens Arlequim e
Com o auxílio das informações acima, julgue os itens a seguir.
Colombina, dois dos tipos mais mar c antes da dramaturgia
elizabetana.
Ø O espaço cênico das representações trágicas na Grécia antiga
caracterizava-se principalmente pelo palco, à italia na, em Ù Os dramas litúrgicos, cha mados Mistérios, na Idade Média,
edifícios fechados e com iluminação artificial. são transposi ç õ e s t e atrais da missa, que, por sua vez, é uma
Ù Da mesma forma que a t r a g é d ia, a comédia antiga também se transposição cênico-ritualística da paixão de Cristo.
originou nas festas celebradas em louvor a Dioniso, deus do Ú E n t r e as manifestações cênico-religiosas da Idade Média, a
vinho e da fecundidade. única que não sofreu restrições da Igreja e per maneceu, desde
Ú O teatro ocidental, em seu caráter ritualístico inicial, te m sua sua origem, sendo apresentada nos templos catól i c o s, foi a
origem relacionad a a manifestações religiosas e celebrações Commedia dell’ Arte.
agrícolas. Û Do ponto de vista i d e o lógico, o teatro da Idade Média,
Û P or seu c a r á t er sagrado, as tragédias gregas antigas não inteiramente marcado p e l o cunho religioso, caracterizava-se
permitiam o uso de artifícios de caracterização de personagem, por considerar o princípio da eternida d e como razão de vida
sendo que os atores eram obrigados a se apresentar vestindo e p ensar o homem em função de Deus e da existênc i a
somente roupas comuns de seu cotidiano.
pós-terrena.
Ü És q uilo, Sófocles e Eurípedes são considerados os maiores
Ü Os Milagres, dramas litúrgicos medievais, ainda v i stos em
dramaturgos trágicos da Grécia a ntiga, assim como Medéia,
paróquias católicas nos dias de hoje, s ã o r epresentações
Édipo Rei e Antígona estão entre as poucas tragédias gregas
cênicas de um fato maravilhoso produz i do pela intervenção
antigas que sobreviveram até os dias atuais.
sensível de um santo ou da Virgem Maria.
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4. QU ES T Ã O A partir das informações do texto ao lado, julgue os itens que se
3 seguem.
Ø O jogo é uma atividade essencialmente competi tiva, restrita
ao campo das práticas esportivas.
Ù Fazer- d e -conta é uma atividade do mundo infantil, sem
relação direta com o campo formal da representação teatral.
Ú As construções simb ó licas contidas no jogo lúdico
constituem os pri n c í p i os básicos do teatro, que tem na vida
humana os elementos cons t i t u t i v o s da comunicação
dramatúrgica.
Û O texto propõe que a comunicação direta, pessoa a pessoa,
um dos fu ndamentos elementares do teatro, antecede a criação
Programa Infanto-Juvenil (PIJ) – UnB. Aula de Artes Cênicas.
d o texto anotado, o que leva à compreensão d e q u e a s
representações gestual e falada antecedem a palavra escrita.
O
jogo simbólico é o modo genuíno e espontâneo de teatro. O Ü Os componentes do j ogo lúdico podem ser encontrados
também como partes integrantes dos ritu a i s r eligiosos que
símbolo lú d ico infantil — a casca de laranja que se
deram origem ao teatro.
transforma em carrinho, o fechar os olhos, fingindo q u e está
QU ES T Ã O
dormindo, a mãozinha em concha (vazia) mostrando que tem 4
Teatro n ã o é arte. Do grego clássico, théatron, cuja raiz
comida, o tomar água em um copo imaginário, a injeção (que pode
thé a significa o ver, o contemplar e o sufixo tron, dos adjetivos,
ser um lápis, um pauzinho qualquer ou o próprio gesto com a mão) que conota “ lugar onde se vê ou se conte mp l a ” . No entanto,
que é aplicada no coelhinho de borracha, a mamadeira de mentirinha além do nome que empre s t a ao edifício, esse termo é utilizado
com freqüência para designar uma arte. Ela acontece nesse espaço
que a boneca toma, a imit ação de um latido de cachorro que é
vazio, théatron, para ser observada por alguém. Segun do P eter
emitido pela voz infantil etc. — apresenta uma riqueza de significados
Brook, para que a ação teatral possa s e r e s boçada, são
por meio de gestualidades, sons, movimentos, blablação e falas que fundamentais três elementos: o espaço vazio, o espectador
são outros tantos conjuntos de signos que não podem deixar de se (alguém que observa esse e s p a ç o ) e o ator (alguém que cruza e,
constituírem como texto teatral, que ocorre no momento da portanto, desenvolve uma ação nesse espaço).
Luis Otávio. Brook. Apud Burnier. A arte do ator. Campinas: UNICAMP, 2001, p.
1 7 .
brincadeira infantil de modo o mais espontâneo e improvisado.
Assim, o princípio do teatro é o jogo, o princípio da peça A partir das idéias do texto acima, julgue os itens seguintes.
dramatúrgica é a própria vida. Antes de o teatro se constituir como
uma realização da peça escrita, os homens o praticavam como um Ø Teatro como arte si g n i fi c a que a arte da dramaturgia é a sua
arquitetura, onde se assiste ao espetáculo, se contempla a
jogo sagrado ou um ritual lúdico, assim como as crianças brincam do
ação, e se pratica a arte.
faz-de-conta. Por conseguinte, a peça atuada nasce antes da peça
Ù P ara que haja ação dramática, são necessários três itens
anotada, do mesmo modo que o gesto e a fala são gerados antes da elementares: o vazio, o espectad o r e o ator, elemento
palavra escrita. Os Hamlets e Otelos, Tartufos e D. Juans catalisador da cena dramática.
encontram-se espalhados pelo mundo; o dramaturgo pega-os
Ú Como sistema de comunicação, a ação d r a má t i c a tem no ator
o emissor da mensagem, dos signos. Ele atua, faz, enquanto
cuidadosamente, transformando-os em personagens de suas peças.
o espectador é o receptor que recebe e interpreta os signos
Os agentes do drama improvisado encontram-nos antes de eles emitidos pelo ator e testemunha a ação.
passarem aos livros, aqui e agora, na aventura da rep resentação Û P ara a realização de qua l q u er ação dramática, os elementos
cênicos luz artificial, palco e cenário são imprescindíveis.
teatral.
Sandra Chacra. Naturez a e sentido da improvisação teatral.
Ü A arte teatral é a a ç ã o c ê nica que acontece no espaço vazio,
“Debates ” . São Paulo: Perspectiva, 1983, p. 69-70 (com onde se desenvolve a ação também chamada de teatro.
a d a p t a ç õ e s ) .
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5. MÚSICA
Texto M-I – questões 1 e 2
O Brasil é um país de imensa diversidade geográfica, artística e cultural. A riqueza de seu ecossistema pode ser vista nos mais
de trezentos parques nacionais, estações ecológicas e reservas biológicas. A cultura brasileira é formada pela miscigenação de diferentes
raças e etnias, inicialmente índios, portugueses e africanos, e, depois, povos oriundos de outros países da Europa, da Ásia e do Oriente
Médio. Essa mistura é vista nas fes t a s p o p u lares nas diferentes regiões do país. A música brasileira reflete não somente a influência
de diferentes continentes, mas também cria formas n o v a s e originais, como o choro, a bossa-nova e o partido alto. A diversidade do
país pode ser vista desde a grande paixão de seu povo pelo carna v a l à i me n s i d ã o da floresta amazônica, das araucárias do Sul aos
lençóis maranhenses, dos seringueiros do Acre aos vaqueiros do sertão nordesti n o , d o v a tapá baiano ao pirarucu do Amazonas, da
chula gaúcha ao carimbó do Norte.
QU ES T Ã O
1
O carnaval é a fe s t a ma is popular do Brasil e acontece em
todas as regiões e espaços diversos, como clubes, praças,
ruas e praias. Considerando esse tema e as figuras
apresentadas no texto M-I, julgue os itens a seguir.
Ø O carnaval brasileiro tem origem especialmente no
entrudo, divertimento português que durava os três dias
Figur a I I – Carnaval da Bahia. que antecediam a quarta-feira de c i n zas. No entrudo, os
Figur a I – Ca r na v a l do Rio. Internet: I n t e r n e t :
<http://www .brasilnoar.com.br/br_tudo/brasil_carnaval.ht <http://www.brasilnoar.com.br/br_tudo/ foliões eram atingidos por laranjas, ovos, farinha, água
m>. brasil_carnaval.htm>. e outros obj e t o s. Mais tarde, no Brasil, esses objetos
foram substituídos por confe t e s e s e r p e n t i n a s.
Juntamente com a determinante influência africana por
intermédio d o samba, o carnaval brasileiro ganhou
identidade original e fama internacional.
Ù O c a r n a v a l é uma das maiores atrações para os turistas
que v i s itam as cidades do Rio de Janeiro e Salvador.
Uma das diferenças das músicas de carnav al dessas duas
cidades está na instrument a ç ã o . No Rio de Janeiro, a
base é percussiva (bateria de escola de samba), enquanto
Figura III – Chiquinha Gonzaga. em Salvador o destaqu e e stá nos instrumentos elétricos
(trios elétricos).
Ú As figuras III e IV mostram, respec t i v a mente, a
c ompositora Chiquinha Gonzaga e a cantora Car me n
Figura IV – Carmen Miranda. Internet:
<http://www.sec.rj.gov.br/webmuseu/car Miranda, que ocupam lugar especial na hi s tória da
men.htm>.
músi c a de carnaval. A primeira, compositora de samba
en redo, é lembrada especialmente por sua marcha
carnavalesca Pelo Telef one. Carmen Miranda, grande
defenso r a da fauna e da flora brasileiras no exterior,
d i v ulgou tipos característicos do povo em músicas
carnavalesca s c o mo Mamãe eu quero e O que é que a
baiana tem?
Û As figuras V e VI mostram cachoeiras do P arque
Nacional Chapada dos Veadeiros , l ocalizado no Mato
Figura VI – Chapada dos Veadeiros – Cachoeira das Grosso , estado que, embora rico em recursos hídricos, é
Figura V – Chapada dos Veadeiros – Almécegas. Internet: <http://members.tripod.com/
Cachoeira d o Ri o Preto. Internet: summitbrazil/veadeiros.html>. um dos mais pobre s do Brasil. A pobreza e a falta de
<http://www.brase m bottawa.org/eng_brazilia
n_parks.htm>. perspectivas de trabalho para o s j o v ens da periferia de
Cuiabá fez surgir no país, na década de 8 0 do século
XX, o movimento hip hop, influenci a d o p elas guitarras
do heavy met a l e pelo samba de breque nas músicas de
protesto.
Ü A figura VII aprese n ta uma vegetação típica da costa do
Atl â n t i c o , o n d e predominam os mangues. Essa
vegetação é caracterí s t ica do Ceará, estado que é hoje
c onhecido por ter um dos carnavais de rua mais
animados do Brasil. Um dos blocos mais carac t e rísticos
Figura VII – Parque Nacional Aparados
da Serra (ou Ita i m b ezinho). Internet: d e F o r t a leza é o Timbalada, coma n d a d o p e l o
<http://www.brasembott a wa.org/eng_brazilian_
parks.htm>. percussionista Carlinhos Brown, cujo estilo musical é o
samba-reggae.
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6. QU ES T Ã O
2
As figuras de V a VII poderiam retratar fontes de inspiração tanto para artistas quanto para ambi e n t e s c ê n i c o s de muitas óperas do
período romântico. Outros traços relevantes desse período são o espírito revolucionário (incluindo o nacionalismo), a idealização do
amor, a religiosidade e o respeito às virtudes, como lealdade e fidelidade. Considerando essas informações e as apresentadas n o texto
M-I, julgue os itens abaixo.
Ø A ópera romântica envolve dezena s d e instrumentistas e cantores. Como elemento expressivo e para dar suporte à ação dramática,
o compositor utiliza grandes variações de dinâmica (crescend o s , diminuindos, sfforzandos) e intensidades extremas (FFF, P P P ).
Ù O recitativo na ópera romântica é uma sessão que faz a a ç ã o d r amática avançar, uma fala musicada, acompanhada de um ou vários
instrumentos de ritmo adaptado às exigências do texto e geralmente em estilo silábico. Assim eram também os recitativos do canto
gregoriano, cujos textos bíblicos musicados eram acompanhados pelos instrumentos de corda das orquestras medievais.
Ú No enredo de uma ópera romântica, aparecem partes em que a palavra se destaca, como nas árias, nos duetos e coros. Nessas partes,
a o rquestra tem a função de acompanhamento. Quanto às de possibilidades de combinação entre água e vegetação na composiç ã o
da paisagem, é possível relacioná-las respectivamente com as combinações entre voz e orquestra, nas partes da ária, e com o c o ro,
na ópera. P ode-se, e n t ã o, perceber a semelhança entre a textura da ária e a imagem da figura V e a textura do coro com a da
figura VI.
Û A ópera e o desfile de escolas d e s a mb a têm muito em comum ao combinar artes cênicas, visuais, literárias e musicais. Com
diferentes formações de instrumentos e vozes, amb a s u t i l i z a m narrativas. Enquanto na ópera a ação se desenvolve em diferentes
atos, na escola de samba, a ação é apresentada em diferentes alas.
Ü No século XIX, o termo romântico significava valorização d o d i s t a n t e , do exótico, do heróico e do sobrenatural. P or exemplo,
La B ohème, ópera de Verdi, enfatiza o lado heróico das principais personagens que se envolvem com forças sobrenaturais.
QU ES T Ã O QU ES T Ã O
3 4
O G uarani, de Carlos Gomes, é possivelmente a mais A diversid a de musical do Brasil pode ser também conferida na
conhecida ópera brasileira. Sua estréia ocorreu em março de 1870
história de sua música sacra do período colonial até a atualidade.
n o Teatro Scala de Milão e em dezembro do mesmo ano no
Teatro Lírico P rovisório do Rio de Janeiro. Entre as personagens Considerando essa afirmação, julgue os itens seguintes.
do enredo estão caciques de duas tr i b o s indígenas do Brasil —
os guaranis e os aimorés —, habitan t es da região serrana do Rio Ø A música sacra no Brasil tem início no período colonial, com
de Janeiro. Tendo como referência a ópera citada, julgue os itens
os jesuítas. A música que eles introduziram nas atividades de
que se seguem.
catequização baseava-se em melodia vocal polifônica silábica.
Ø O enredo de O G uarani, escrito por Machado d e Assis, Ù Na catequização dos índios e, posteriormente , d o s negros,
a p r e s e n t a algumas das características literárias desse eram utilizados o s a u t os — encenações musicadas de textos
importante escritor brasil e iro. Uma dessas características,
religiosos — para impregnar valores e senti mentos do
retratada també m em Q uincas B orba, é a crença de que os
p r i n c í p ios da vida, incluindo a presença de Deus, estão e m cristianismo. P adre José de Anchieta escreveu vários autos,
todos os seres vivos . N e s s e contexto, tanto um cachorro — utilizando elementos da cultura indígena, para tratar de temas
como e m Q u i n cas Borba — quanto um índio — como em como a existência de um único Deus, o pecado, as virtudes
O G uarani — podem ter o nome de um deus.
cristãs e a salvação da alma.
Ù Na abertura de O G uarani, denominada protofonia, ouvem-se
o s principais temas que serão desenvolvidos no decorrer do Ú P adre José Maurício é o compositor brasileiro de música sacra
drama. Um desses temas , bastante conhecido e apreciado, é mais conhecido do período colonial. Republicano convicto,
utilizado até hoje na abertura do programa radiofônico A Voz introduziu melodias do folclore br a s i leiro em muitas de suas
do B rasil.
antífonas e obras vocais.
Ú Os compositores de óperas românt i c a s tiveram nas tradições
p o p ulares uma de suas fontes de inspiração. Carlos Gomes é Û Na maioria das religiões atuais, as práticas musicais seculares
um dos compositores bra s i leiros que utilizou instrumentos têm desempenhado um importante papel nas liturgias, com
populares, como atabaque, violão e gaita, nas suas óperas. exceção do budismo no Brasil, que ina u gurou recentemente
Û A apologia de virtudes, como fidelidade, leald a d e e
idealismo, ap arece com freqüência nas óperas românticas, o maior templ o b u dista da América do Sul, em São P aulo.
incluindo O G uarani. Essas temátic a s podem aparecer O budismo considera Jesus Cristo o grande es t a d i sta
também nas letras d e o u t r o g ê n e r o mu s ical mais universal e, por isso, sua música oficial continu a s e n do o
contemporâneo — o rap — que é parte do movime nto hip
canto litúrgico gregoriano.
hop.
Ü Na década de 70 do século XIX, enquanto O G uarani era
Ü Instrumentos e estilos d a mú s ica de caráter popular, como
aclamado pelo público italiano, o capitalismo i ndustrial da violão, bateria e baixo elétrico, no acompanhamento de cantos
Europa iniciava o período da primeira grande depressão, o que em estilo rock, pop romântico e gospel, que outrora não eram
levou ao fortalecimento das empresas p e la centralização e
aceitos pelas i g rejas cristãs, são hoje bem-vindos. Apesar da
concentração do capital. É nesse mome n t o que se formalizam
os sindicatos nacionais como meio de organização do mudança, nota-se que t a mb o r es de origem africana ainda são
mercado de trabalho. evitados em muitas igrejas.
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7. LÍNGUA INGLESA
Text I-I – questions 5 through 8 QU ES T Ã O
5
F ern an d o d e No ro n h a According to text I-I, the archipelago Fernando de Noronha
Ø was given by Américo Vespúcio as a d o n a tion to one of his
fellow citizens.
Ù was invaded by people from Holland.
Ú was last invaded by the French.
Û was invaded by European peoples.
Ü has now been a state district for more than 10 years.
QU ES T Ã O
6
In accordance with text I-I,
Ø the French remained in charge of the islands for 250 years.
T
he history of the archipelago is troublesome. Discovered in
Ù
1
the Remédios Fort has always been used for the same ends.
1500 by the Italian Américo Vespúcio, in 1504 it was
donated in the form of hereditary captaincy to Fernando Ú Getúlio Vargas started using t he islands as a political
4 de Noronha, a Portuguese nobleman. penitentiary 50 years ago.
It suffered various invasions, passing through Dutch, Û in the early 1940s Fernando de Noronha was control l e d b y
English and French hands, until 1737 when the French were
the federal navy.
7 driven out by the Pernambuco captaincy. Then, ten forts were
Ü all the inhabitants on the island live in nonprivate properties.
built — among which was the Remédios Fort — with the purpose
of guaranteeing the possession of the islands. With time, the fort QU ES T Ã O
10 was used as a pen it entiary for common as well as political 7
prisoners. Considering text I-I, it can be correctly stated that
In 1938, Getúlio Vargas (the Brazilian president at that
13 time) requested the islands as a political penitentiary. In 1942, Ø the USA had a military base in Fernand o de Noronha during
it was considered federal territory governed by the army,
World War II.
sheltering* even a North American base.
16 Until 1988, it was a federal territory. After the National
Ù Fernando de Noronha is some miles north-east o f t h e city of
Constituent Assembly, it was again annexed to Pernambuco as a Natal.
state district. Ú there’ s only a floating population in Fernando de Noronha.
The fixed population, in 1991, was of 1.660
19
Û every citizen is a public servant in Fernando de Noronha.
inhabitant s. T he main economic activities are: civil service,
Ü some productive activity can be found on the archipelago.
fishing, agriculture and tourism. There are no private properties
22 and the majority of the population is (or has been) linked to QU ES T Ã O
some public organ. 8
Fernando de Noronha has a reasonable infrastructure. In text I-I,
25 A highway (BR-363), TV Golfinho, which broadcasts Globo
Television, radio station Golfinho FM, an airport, a harbor, an Ø “ as” (R.10 – 1 st occurrence) is the same as because.
elementary school as well as a high school, a hospital, a
Ù “ which” (R.25) can be correctly replaced by whose.
drugstore, a bank, a travel agency, a supermarket, pubs, a
“ elementary school as w e l l a s a high school” (R.27) is
28
Ú
community of art isan s, long distance dialing services, a post
office, boats and automobiles for rent, in addition to a garbage making a comparison.
31 treating station and a drain system now being built. Û “ high school” (R.27) can be considere d an equivalent to
*sheltering – giving protection to.
ensino médio in Brazil.
Álvaro D’Antona. Brasis: travelling through
the national parks (adapted from the Internet). Ü “ for rent” (R.30) is synonymous with f or sale.
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8. LÍNGUA FRANCESA
Texte F-I – questions de 5 à 7 QU ES T Ã O
7
À partir du texte F-I, jugez les équ i v a lences linguistiques
T o u risme d e masse et p arcs d e lo isirs
suivantes.
O
1 n appelle nouveaux Barbares les millions de touristes qui
circulent chaque année à l’ époque des vacances. Le Ø “ Le tourisme devient u n e c a lamité” (R.4) veut dire Le
problème principal du tourisme moderne est celui de sa tourisme se transf orme en catastrophe.
massification. Le tourisme devient une calamité. Les voyageurs
Ù
4
“ Les voyageurs recherchent toujours de nouveaux sit e s
recherchent toujours de nouveaux sites vierges et provoquent une
vierges” (R.4-5) équivaut à Les tourist e s sont toujours en
pollution écologique et même culturelle.
7 Les parcs de loisirs, tant à la mode actuellement, ne sont quête de régions q u i n’ont jamais été occupées par
rien d’autre que ces récents “paradis artificiels” créés pour l’homme.
protéger la nature et le patrimoine historique. On peut formuler Ú “ L e s parcs de loisirs, tant à la mode actuellement, ne sont
10 ainsi la définition du parc thématique : l’exploitation la plus rien d’ autre que ces récents ‘ paradis arti fi c i els’ ” (R.7-8) a le
rationnelle possible des besoins des consommateurs-touristes dans
sens de Les parcs de loisirs tant à la mode actuellement
un espace planifié, ayant un objectif culturel, pédagogique,
13 écologique et divertissant. En général, ceux qui vont dans les sont tout autre chose que des paradis artif iciels.
parcs Disney ou Astérix ont la sensation d’être dirigés dans un Û Le mo t “ exploitation” (R.10) se comprend comme la
environnement parfaitement fabriqué et artificiel, organisé pour découverte des besoins des consommateurs- touristes et leur
16 leur plaisir, mais où leurs émotions semblent toutes programmées. mise à profit économique.
D’autres parcs à vocation scientifique ou écologique, comme le
Ü “ leurs émotions semblent toutes programmée s ” (R.16-17)
parc océanique Cousteau ou le Futuroscope, favorisent u n
signifie leurs émotions sont toutes imprévisibles.
19 mouvement de sensibilisation en faveur de l’environnement et de
la découverte des sciences. QU ES T Ã O
8
QU ES T Ã O
L e P arc Nat io n al S erra d a Cap ivara
5
D’ après le texte F-I, jugez les propositions suivantes.
L
e Parc National Serra da Capivara se situe dans le Nord-Est du
Ø Le tourisme, par son ampleur et s o n d éveloppement, est Brésil. Il a été créé en 1979 pour sauvegarder une aire de
devenu un danger pour la nature. 130.000 hectares encore couverte de la végétation, appelée
Ù La cr é a t i on des parcs de loisirs répond à un besoin de caatinga, au sein de laquelle se trouve la plus grande concentration
protection de la nature et des sites historiques. de sites préhistoriques du continent américain.
Ú On peut définir le parc de loisirs comme un espace vierge et À l’intérieur du parc, près de 300 sites archéologiques sont
sauvag e , r é s ervé surtout à des activités et des compétitions constitués de grottes couvertes de peintures réalisées par les hommes
sportives. qui ont occupé successivement la région pendan t les époques
Û Certains parcs, comme Disney ou Astérix, ont u n e v o cation préhistoriques. Des figures humaines, des animaux, des plantes, des
plus divertissante que scientifique. objets et signes forment des compositions dont les thèmes sont variés:
Ü L’ expansion du tourisme de masse n’ a p p o r te de bénéfices scènes d e la vie quotidienne, scènes rituelles ou représentations
qu’ aux pays du Tiers monde. mythiques.
QU ES T Ã O
6 À partir des informations données par le texte ci-dessus, jugez les
D’ après les idées du texte F - I , on peut affirmer que les touristes
affirmations à suivre.
Ø recherchent surtout aujourd’ hui la visite de grandes villes qui
offrent plus de confort et de sécurité.
Ø Le P arc National Serra d a Capivara a seulement dix ans
Ù sont définis comme des “ Barbares” parce qu’ ils ne respectent d’ existence.
ni la nature ni le patrimoine culturel des pays visités. Ù La caatinga est un type de végétation que l’ on trouve dans le
Ú éprouvent d a ns les parcs de loisirs une grande sensation de Nord-Est du Brésil.
liberté et ignorent tout itinéraire de visite. Ú Les peintures préhistoriques du P arc sont appelées peintures
Û sont également c o nsidérés comme des consommateurs en rupestres.
raison des impératifs économiques de la gestion du parc. Û Les thèmes des pein t u r e s se limitent à la représentation
Ü consid èrent les parcs de loisirs comme des “ paradis d’ animaux et de plantes.
artificiels” parce que ce sont des endroits privilégiés pour le Ü Les peintures des grottes correspondent à diverses phases de
trafic de drogue.
la civilisation préhistorique.
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9. LÍNGUA ESPANHOLA
Texto E-I – preguntas 5 y 6 Texto E-II – preguntas 7 y 8
P an t an al
P arq u e Nacio n al d e la T iju ca
E
1 s la mayor floresta artificial del mundo, la mayor en área
urbana y también fue la primera de la historia en ser
replantada. Localizada en el corazón de Rio de Janeiro, la
4 floresta de la Tijuca separa a la zona norte de la zona sur de la
ciudad. E s uno de los paseos preferidos de los cariocas, que
hacen caminadas y paseos ciclísticos, principalmente los fines de
7 semana. Con muchos pequeños animales viviendo libremente en
el área del bosque cerrado, p o see ríos, saltos de agua, lagos,
miradores, puntos de paradas con mesas y parques infantiles.
10 En el siglo XVIII la floresta fue desvastada para dar lugar
a las plantaciones de café. El d esmatamiento comprometió el
abastecimiento de agua de la ciudad y en 1881 forzó al
O
1 lvídate de cualquier otro Parque Nacional o de la selva. 13 Emperador D. Pedro II a tomar una decisión revolucionaria para
Por mucho que te hayan contado, la mayor
la época: ordenar el reforestamiento de la región. Para el trabajo
concentración de animales por metro cuadrado en
4 América está en Pantanal. Cuiabá, en el estado de Mato fue esco gid o el Mayor Manoel Gomes Archer que, con seis
Grosso, es la pu ert a de entrada a la Transpantaneira, una 16 esclavos, plan tó 60 mil árboles durante 13 años. El
pista-carretera tan increíble como única. reforestamiento fue tan bien hecho que los animales — monos,
7 El Pantanal concentra mayor cantidad de animales por mamíferos, lagartos, culebras, pájaros, mariposas — volvieron a
metro cuadrado de toda América, convertido además en el
vivir en la floresta y con frecuencia pueden ser vistos por quienes
paraíso soñado por los amantes de los pájaros. Sólo por eso ya
19
10 vale la pena, aunque el llegar ahí no sea nada fácil y el quedarse viajan en el Tren de Corcovado.
una noch e casi prohibitivo para el bolsillo, aunque se debe Internet: <http://www.tupinitango.hpg.ig.com.br/e_turismo_rio5.htm> (con adaptaciones).
intentar.
QU ES T Ã O
13 Para comprender mejor su exacta dimensión basta decir
7
que es más grande que el País Vasco o que Holanda, con sus
De acuerdo con el texto E-II, juzgue los items siguientes.
230.000 kilómetros cuadrados de extensión, que no tiene
16 ciudades y que casi no tiene habitantes permanentes. Hasta los
años 40 era la parte del mundo más gran d e sin explorar y Ø El P arque Nacional de la Tijuca es totalmente natural.
actualmente se reparte entre 3 países: Bolivia, Paraguay y Brasil. Ù Desde el punto de vista geográfico, el P arque de la Ti j uca
Internet: <http://www.aica.net/campusgalicia/viajes/PANTANAL.htm> (con adaptaciones). divide la ciudad de Rio en dos partes.
QU ES T Ã O Ú La infraestructura del parque es inadecuada para v isitas
5 familiares.
Según el texto E-I,
Û El reforestamiento en la ciudad de Rio comenzó en la primera
Ø el P antanal tiene más animales q u e todos los demás parques mitad del siglo XIX.
y selvas de América. Ü La replantación de árboles demoró media década.
Ù el P antanal es un lugar donde hay mu c h a s variedades de
QU ES T Ã O
pájaros. 8
Ú el problema que hay en el P a n tanal es lo caro que está el Con r e s p e cto a las ideas y estructuras del texto E-II, juzgue los
hospedaje.
items de abajo.
Û el P antanal es compara d o c o n Holanda que tiene
230.000 km de extensión.
Ü los bolivianos, paraguayos y brasileños no disfrutan del Ø En el trecho “ Localizada en e l corazón de Rio” (R.3) es
P antanal. correcto sustituir la palabra subrayada por Ubicada.
QU ES T Ã O Ù Es correcto sustituir el segmento “ hacen caminadas y paseos
6 ciclísticos” (R.6) por caminan y pasean en bicicleta.
En el texto E-I,
Ú En el trecho “ posee ríos, saltos de agua, lagos, miradores”
Ø “ Olvídate” (R.1) es una orden informal. (R.8-9) las palabras subrayadas son de la misma categoría
Ù La palabra “ quedarse” (R.10) podría cambiarse por gramatical.
permanecer significando lo mismo. Û El sentido del texto quedar á inalterado con la sustitución de
Ú La frase “ prohibitivo pa r a el bolsillo” (R.11) significa que
los t é r minos “ comprometió” (R.11) y “ forzó” (R.12) por
alguien impide al bolsillo.
comprometía y f orzaba, respectivamente.
Û el segmento “ que no tiene ciudades y que casi no tiene
habitantes” (R.15-16) equivale a decir q u e n o hay ciudades Ü Es correcto sustit u i r , s in que haya cambio de sentido del
y que casi no hay habitantes. texto o perjuicio gramatical, la expresión “ fu e e scogido”
Ü la expresión “ se reparte” (R.18) equivale a decir se divide. (R.15) por escogieron.
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10. LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
QU ES T Ã O
9
Sua v iz inha nç a e m B r a s ília
C
1 riado para preservar a densa vegetação local e tornar-se um dos pulmões de Brasília, o popular parque da cidade estende seus 420
hectares na Asa Sul. Os autores do projeto dispensam comentários: são o urbanista Lúcio Costa, o arquiteto Oscar Niemeyer e
o paisagista Burle Marx. O resultado é contato com a natureza e muitos equipamentos de lazer para o morador.
4 A área verde possui local para armação de circos, cinco playgrounds e pista para velocípedes e minicarros. Ainda entre as atrações
gratuitas, existem 41 quadras polivalentes, oito campos de futebol, uma arena de vôlei de praia e nove quilômetros de ciclovia. A piscina
com ondas foi desativada há cinco anos, mas as duchas para banho e os bosques (que contam com 75 churrasqueiras, mesas e bancos)
7 ainda garantem o lazer dos visitantes nos finais de semana. Existem alguns restaurantes e lanchonetes no local.
Há alternativas de lazer pagas, como o cartódromo, o centro hípico e o parque de diversões para a criançada, que completam as
opções de atividades privadas.
Internet: <www.planetaimovel.com>. Acesso em 16/10/2003 (com adaptações).
Considerando as idéias e a estrutura do texto acima, julgue os itens subseqüentes.
Ø Subentende-se da organização do texto que o uso dos playgrounds, da pista para velocípedes e minicarros, da arena de vôlei e da
ciclovia é gratuito.
Ù As expressões verbais “ Criado” (R.1) e “ foi desativada” (R.6) conferem às orações em que ocorrem a idéia de passividade.
Ú É empregado o plural em “ garantem” (R.7) para respeitar a concordância com o sujeito d a o r a ç ã o , “ a s d uchas para banho e os
bosques” (R.6).
Û A organização das idéias no texto permite considerar como textualmente sinônimas as expressões “ alternat i v a s d e l a z e r pagas”
(R.8) e “ opções de atividades privadas” (R.9).
QU ES T Ã O QU ES T Ã O
10 11
A
o declinar da tarde dirigi-me ao Passeio Público.
Era a primeira vez que eu visitava, com a certeza de poder
apreciar pela visão, esse pequeno, mas preciosíssimo jardim,
onde a po p u lação da cidade pode ir gozar das árvores sombra e
imperceptível respiração purificadora do ar, das flores en can to e
perfumes, do mar o aspecto sublime, da terra limitada amostra da
opulência majestosa d a natureza do nosso Brasil, e das magias da
tarde a suave frescura da viração.
Entrei no Passeio Público, e com apressada curiosidade fui
vendo e go zando os deleitosos quadros da relva verdejante, dos
grupos de arbustos graciosos, das árvores gigantes, das corren t es
d’água, das pontes, do outeiro dos jacarés, do terraço que se torna
admirável pela vista das montanhas, dos rochedos e do mar, das
fortalezas e das ilhas, das praias e da cidade formosa, mas recreio da
cidade ofuscadora, a que demora fronteira.
Joaquim Manuel de Macedo. A luneta mágica. São Paulo: Ática, 2002, p. 45 (com adaptações).
Em relação à literatura brasileira, ao trecho acima e à obra de que Internet: <http://www.viaecologia.com.br>. Acesso em 29/10/2003.
ele faz parte — A Luneta Mágica —, julgue os itens segui ntes.
Ø A obra A Luneta Mágica focaliza de fo r ma bem humorada e Julgue os itens a seguir quanto à coerência e à correção gramatical
das instruções correspondentes ao mapa acima.
crítica a realidade sociocultural do Brasil do final do Segundo
Império.
Ø P ara ir a São Jorge, vindo de Brasília, o viajante atravessa
Ù A narrati v a d e A Luneta Mágica envolve elementos vários rios, passa por uma cachoeira e percorre t o do o
p r ovenientes do universo próprio da fábula, do maravilhoso, caminho em estrada de terra.
do cont o d e fadas, uma vez que o armênio que fornece as Ù Apesar de atravessar apenas um ri o , a o voltar de Cavalcante
lunetas lhes atribui efeitos fantásticos. p a r a Brasília, não se avistando cachoeira alguma na rodovia
Ú O fragmento de texto nega a tes e de que esse romance é GO-118.
constru í d o a partir da voz de Simplício, portanto, no foco Ú Se você querer ir de São Jo rge para Cavalcante vai ter que
narrativo de primeira pessoa. passar por um ponto que a estrada vai para Brasília.
Û A descrição detalhada da natureza e do ambien t e , como se
Û Viajando por uma estrada de terra, para chegar de Brasília e m
São Jorge os viajantes encontrarão t a mbém uma cachoeira e
observa no trecho selecionado, é uma característica recorrente
haverão vários rios para atravessar.
nas obras do Romantismo, mesmo nas de tema urbano.
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Caderno de Prova – 10 – É permitida a reprodução somente para fins didáticos, desde que citada a fonte.
11. Texto P-I – questões 12 e 13
Manual Terra – Vida ao ar livre. São Paulo: Abril, 1995, p. 122 (com adaptações).
QU ES T Ã O QU ES T Ã O
12 14
O
Considerando os a s pectos gramaticais e os sentidos do seminário, que nada tem de muito notável, é um grande edifício
texto P -I, julgue os seguintes itens. de sobrado, cuja frente se atravessa a pouca distância por detrás
da igreja, tendo nos fundos mais um extenso lance, um pátio e
uma vasta quinta. Das janelas do edifício se descortina o arraial, e
Ø Como a expressão “ todo mundo” é uma maneira mais
a vista se derrama por um não muito largo, porém, formoso horizonte.
informal de expressar todos, s ua substituição por esse Colinas bastantemente acidentadas, cob ertas de sempre verdes
pronome torna o texto mais formal e mantém sua pastagens e marchetadas aqui e acolá de algu n s capões verde-escuros
coerência e correção gramatical. formam o aspecto geral do país. Por entre elas estendem-se profundos
Ù No trecho “ Limpeza do acampamento ” , n a oração vales, e deslizam torrentes de águas puras e frescas à sombra de moitas de
“ Te n te não deixar partículas”, mantêm-se a correção verdura e bosques matizados de uma infinidade de lindas flores silvestres.
gramatical e o sentido do texto ao se deslocar o advérbio Em torno e mais ao longe um cinto de montanhas verdes, antes
“ não” para ime d i a t amente antes de “ Tente”, desde que colinas mais elevadas, cobertas de selvas e pastagens, parecem envolver com
feitos os necessários ajustes nas letras maiúsculas. amoroso abraço aquele solo santo, em que, segundo a lenda, o Bom Jesus
revelou por evidentes e repetidos milagres queria que ali se erguessem seu
Ú Na instrução de número 1 , a conjunção “ e”, no trecho
templo e seus altares.
“ Desmonte a b a r r a c a p o r ú l t i mo e deixe o
acampament o”, além do habitual valor aditivo, também Bernardo Guimarães. O seminarista. Rio de Ja n e i ro: Ediouro, 1996, p.31-2 (com
a d a p t a ç õ e s ) .
apresenta um valor de seqüência temporal.
Û Na instr u ç ã o de número 2, a expressão “ o material que Em relação à literatura br a s i l e i r a e ao trecho da obra O Seminarista
não ti v e r se queimado” complementa tanto a idéia de apresentado acima, julgue os itens subseqüentes.
coletar quanto a de levar.
QU ES T Ã O
Ø O trecho selecionado comprova que, d u r a n t e o século XIX, a
13 consciência ecológica ainda não tinha descoberto as riquezas da
Ainda com relação ao texto P -I, julgue os itens seguintes. natureza brasileira e idealiza v a seus modelos estéticos a partir das
novas descobertas científicas da época.
Ø N a ú l t ima oração do trecho “ Li m p e za d o Ù O fragmento apresentado tem nítido caráter dissertativo e demonstra
acampamento”, o pronome “ Isso” refere-se a “ lugar que, no romance O Seminarista, são entrelaçados se g me ntos de
ambientalmente delicado”, na oração anterior. tipos textuais de natureza diversa, com predominância de conceitos
Ù N o texto, as quatro instruções numeradas empregam a e digressões teóricas.
forma verbal de imperativo relacionada ao pronome Ú O romance O Seminarista focaliza idéias voltadas para a denúncia
você. do equívoco da carreira eclesiástica sem vocação, imposta pelo
Ú Depreende-se d o texto, especialmente do trecho autoritarismo familiar e pelos interesses sociais.
“ Apagando sua presença”, que o declínio de um lugar Û Em oposição a outros romances, o reencontro dos amantes e o final
pode ser causado por uma série de comportamentos. feliz conferem a O Seminarista um lugar de destaque entre as obras
Û A co mposição entre informações verbais e não-verbais que p r o p õ e m uma visão otimista da vida no período do
apresentadas constitui um t exto do gênero instrucional. Romantismo.
UnB / CESPE – PAS Subprograma 2002 – Segunda Etapa – Aplicação 6/12/2003
Caderno de Prova – 11 – É permitida a reprodução somente para fins didáticos, desde que citada a fonte.
12. QU ES T Ã O
CIÊNCIAS SOCIAIS
15
C
1 arlos Maria abriu os olhos com algum espanto. Era ele Texto S-I – questões 16 e 17
A
mesmo que ia casar? Não havia dúvida; mirou-se ao América que conhecemos hoje, ou seja, u ma realidade
espelho, era ele. R elembrou os últimos dias, a marcha geopolítica composta por diversas nações e culturas, começou
a ser construída no século XIX. Nesse período, muitas das
4 rápida dos sucessos, a realidade da afeição que tinha à noiva, e, antigas colônias americanas conquistaram sua autonomia, acarretando
enfim, a felicidade pura que lhe ia dar. Esta derradeira id éia o surgimento de inúmeros Estados na América espanhola, atualmente
enchia-o de grand e e rara satisfação. Ia-as ruminando ainda, fragmentada em diversos países. A América portuguesa, contudo,
manteve-se unida no Brasil. O processo histórico seguiu pelo menos
a cavalo, no passeio habitual da manhã; desta vez escolhera o
duas grandes trajetórias: enquanto o s p aíses latino-americanos
7
bairro do Engenho Velho. p erman eceram repletos de contradições sociais e econômicas e
Posto se achasse costumado aos olhos admirativos, via mantiveram-se periféricos ao desenvolvimento capitalista, os Estados
Unidos da América (EUA), independentes desde o século XVIII,
10 agora em toda a gente um aspecto parecido com a notícia de que
p assaram a partilhar o desenvolvimento da ordem polít ica e
ele ia casar. As casuarinas de uma chácara, quietas antes que ele econômica internacional, a tal ponto que, no final do século XIX, o
passasse por elas, disseram-lhe cousas mui particulares, que os restante da América, antes sob ascendência dos países europeus, já
13 levianos atribuiriam à aragem que passava também, mas que os era sua área de influência.
No Brasil do século XIX, a situação histórica foi marcada
sapientes reconheceriam ser nada menos que a linguagem nupcial
sobretudo pela construção e consolidação da nação. Após a
das casuarinas. Pássaros saltavam de um lado para outro, independência, a instauração da monarquia em um contexto
16 pipilando um madrigal. Um casal de borboletas — que os japões latino-americano republicano levou à construção de um Estado com
bases políticas e sociais conservadoras, pontuado p o r inúmeros
têm por símbolo da fidelidade, por observarem que, se pousam
momentos de crise. Isso significou a manutenção da escravidão, do
de flor em flor, andam quase sempre aos pares — um casal delas latifúndio como núcleo de poder e da produção agrícola destinada
19 acomp anhou por muito tempo o passo do cavalo, indo pela à exportação e, por fim, a concentração do poder nas mãos da elite
cerca de uma chácara que beirava o caminho volteando aqui e agrária.
ali, lépidas e amarelas. José Gera l d o V i n ci de Moraes. Caminhos das civilizações — História
integrada: geral e Brasil. São Paulo: Atual, 1998, p. 278-9 (com adaptações).
QU ES T Ã O
Machado de Assis. Quincas Borba. Sã o 16
Paulo: Ediouro, 2001, p . 253-4 (com Com o auxílio do texto S-I, julgue os itens seguintes, r e l a t ivos
a d a p t a ç õ e s ) .
ao p r o c esso de crise do Antigo Regime e de independência das
colônias americanas.
Em relação à literatu r a brasileira, a Machado de Assis, ao trecho
acima selecionado e à obra a que ele pertence , j u l gue os itens a Ø As transformações ocorridas na E u r o p a , entre fins do
século XVIII e primeira metade do século XIX, podem ser
seguir.
sintetizadas na expressão Era Revo l u c i onária. Com a
Revolução Industrial, alteravam-se radicalmente as bases
Ø Considerando as características da obra de Machado de Assis materiais da sociedade, apontando para a consolidação do
e as idéias do texto, na expressão “ Ia-as ruminand o ainda, capitalismo. Com as Revoluções Liberai s Burguesas, surgia
um novo tipo de Estado em substituição ao esgotado modelo
a cavalo” (R.6-7), os termos grifados, empregados próximos
absolutista.
um do outro, provocam efeito de humor. Ù A exp a nsão napoleônica foi decisiva para que os ideais da
Ù A s sim como nos textos do Romantismo, no trecho acima, a Revolução Francesa ati n g i s sem vários pontos da Europa.
Contudo, passando ao largo da P enínsula Ibér i c a , pouca ou
descrição da natureza produz efeito de apen a s c o mpor o
quase nula influência exerceu para o desmo n t e d os impérios
cenário lírico, sem preocupação de reforçar o estado de espírito coloniais espanhol e português na América.
da personagem. Ú P ioneira na Revolução I ndustrial, à Inglaterra interessava a
Ú Em “ que os levianos atribuiriam à aragem que p assava manutenção do pacto de dominação que unia as metrópoles
européias — Espanha e P ortugal, sobretudo — às suas
também, mas que o s s a pientes reconheceriam ser nada menos
colônias americanas. P reservan d o o monopólio, industriais e
que a linguagem nupci al das casuarinas” (R.13-15), o autor financistas britân i c o s garantiam para si largas fatias do
emprega as palavras “ levianos” e “ sapientes” em sentido mercado latino-americano.
denotativo, para estar de acordo com as idéias racionalistas e
Û A independência das colôni a s americanas não trilhou um
me s mo caminho. A rigor, o próprio processo de colonizaç ã o
moralistas próprias do Realismo. apresentara diferenças, o que ajuda a compreender a forma pela
Û Em Q uincas B orba, Rubião a g r e g a em torno de si falsos qual se deu a trajetória dos EUA a partir do momento em que
amigos, pessoas interessadas apenas em exp l orá-lo e em se tornaram independentes da Inglaterra.
usufruir parte da fortuna deixada pelo filósofo Quincas Borba.
UnB / CESPE – PAS Subprograma 2002 – Segunda Etapa – Aplicação 6/12/2003
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13. QU ES T Ã O Texto S-II – questões 19 e 20
17
E
Ainda tendo por referência inicial o t exto S-I, julgue os itens
m 1868, a paz política se despediria — e para sempre
subseqüentes, relativos à independência e à formaçã o dos Estados
latino-americanos. — do imperador Pedro II. Tudo começou com a
abrupta demissão do gabinete liberal de Zacarias de
Ø Bolívar, Sucre e San Martí n são expressivas lideranças que se Góes e Vasconcelos. O estopim foi a nomeação do duque
notabilizaram na luta pela independência latino-americana. Apesar de de Caxias — ferrenho conservador — para chefiar o Exército
diferen ç a s e n tre eles, aproximava-os a convicção de que era brasileiro na Guerra do Paraguai. O afastamento de Zacarias
i mpossível manter a unidade entre as antigas colônias espanholas, e de seus ministros rompeu com os 15 anos de conciliação
transformando-as em um único e grande país independente. e desnudou a precariedade do sistema partidário. Os liberais
Ù A independência do Brasil foi precedida pela transferência do Estado
se desvencilharam dos ranço s conservadores e formaram
português para a colônia. Esse fato , inédito e único na história
colonial americana, foi decisivo para romper os laços tradicionais que novas agremiações — o Centro Liberal e a Reforma —,
prendiam a colônia à metrópole, a começar pelo fim do mon opólio, exigindo eleições diretas e reformas constitucionais.
concretizado com a abertura dos portos. Os 20 anos que se seguiram foram o oposto das duas
Ú Mais qu e a t o d e efeito meramente simbólico, o 7 de setembro de décadas anteriores. A volta dos liberais ao poder em 1878
1822 signific o u u ma ruptura na história brasileira. Embora mantida, não acalmou a n ação . De um jorro, vieram a questão
a escravidão foi amenizada. Ainda que contin u a n d o a existir, o religiosa; a questão militar; as mortes de Caxias, Osório, Rio
latifúndio perdeu sua força ec o n ô mica e, principalmente, viu escapar
Branco, Nabuco, Alencar e Zacarias; o clamor abolicionista;
o poder político que sempre concentrara.
Û Independentes, os países latino-americanos continuaram a representar e a fermentação republicana. “O edifício do prestígio oficial
papel periférico em um contexto internacional de crescente afir ma ç ão fendia-se de alto a baixo”, comenta o historiador Capistrano
do capitalismo. Assim, de maneira geral, sua i n s erção em uma de Abreu. “Só o imperador não dava por isso, embebido em
economia que mais e mais se mundializava deu-se pela via da seus estudos de sânscrito, persa, árabe, hebraico e tupi”.
exportação de produtos primários e da impo rtação de capitais e de
produtos industrializados. História do Brasil. Folha de S. Paulo, 1997, p. 136 (com adaptações).
QU ES T Ã O QU ES T Ã O
18
19
“Estive ontem em Eas End (bairro proletário londrino) e assisti a uma A partir das idéias do texto S-II e levando em
reunião de desempregados. Ouvi discursos frenéticos. Não havia senão um
grito: pão! pão! Revivia toda a cena, sonhando, e me sentia cada vez mais consideração o panorama histórico brasileiro da se g u nda
convencido da imp o rt ân cia do imperialismo. Minha idéia mais cara é a metade do século XIX, julgue os itens a seguir.
solução do problema social. O império, tenho dito sempre, é uma questão
de ventre. Se quereis evitar a gu erra civil, é preciso que vos tornes
imperialistas.” Não precisamos concordar com Cecyl Rhodes (ou pelo menos Ø E m s íntese, as décadas de 50 e 60 do menciona d o
com sua “preocupação social”) para reconhecer causas econômicas na prática século corres p o n deram ao apogeu do Império. A
do imperialismo. Particularmente depois que a I Grande Depressão
(1873-1896) ficou marcad a p ela queda da taxa de juros, os capitais convergência de interesses entre as e l ites conferia ao
europeus em excesso começaram a ser investidos fora da Europa. regime a estabilidade pol í t ica de que necessitava e,
Hilário Fr a nco Júnior e Paulo Pan Chacon. História
sob o ponto de vista da economia, o café praticamente
econômica geral. Sã o P a u l o: Atlas, 1991, p. 168 (com
a d a p t a ç õ e s ) . sustentava o país, ganhando merca dos externos e
trazendo divisas.
A partir do texto acima e considerando as características e as implicações Ù Ao comentar a crise decorre n t e da queda do gabinete
do imper i a l i s mo da segunda metade do século XIX, julgue os itens que
se seguem. Zacarias, o t e xto menciona o rompimento com
“ 15 anos de conciliação”, quer e n d o, com isso,
Ø De maneira geral, os fato res que impulsionaram a corrida referir-se ao período em que os dois grandes partid o s
imperia l i sta, especialmente a partir de meados do século XIX, podem
existentes — o Liberal e o Con s e rvador — ocuparam
ser sintetizados na busca de matéria-prima industrial, de mercado
consumidor e de mercado de investimentos. o s c a r g o s d o gabinete parlamentarista, prova
Ù Como se viu na América Latina, incluindo o exemplo significativo inconteste da nitidez ideológica e dout r inária que
do Brasil, ao longo do século XIX, os capitais externos — sobretudo caracterizava o sistema partidário brasileiro.
ingleses — dirigiam-se p a ra o investimento produtivo nas regiões Ú I n fere-se do texto que Luís Alves de Lima e Silva,
periféricas, como na cons t r u ç ão de ferrovias e na modernização de
portos, mas quase nunca se transforma v a m em empréstimos públicos, político e militar dos mais conceituados do I mp é rio,
certamente pelos riscos de não-pagamento da dí v i da pelos governos ganhara tamanho prestíg io ao longo de sua carreira,
locais. que se transformara em uma e spécie de unanimidade
Ú C r e scimento populacional e crise econômica praticamente tornara m nacional, aceito pelas correntes políti cas e pela
obrigatórias as correntes migratórias européias nas últimas décadas do
século XIX em direção aos EUA, à Amé r i c a do Sul (particularmente opinião pública.
para Argentina e Brasil), à África (os böers no sul do continente) e à Û As duas últimas décadas do Império foram marcadas
Ásia, certamente como tentativa de se fugir da pobreza. por sucessivas crises, um v e r d a d e i r o “ plano
Û Infere-se das palav r a s de Cecyl Rhodes que a expansão imperialista, inclinado” do regime, c u j a queda, a 15 de novembro
conquanto incapaz de reduz ir as tensões sociais no interior dos
p r incipais países europeus, seria útil para justificar o “ fardo do de 1889, decorreu do clamor das ruas e d a ação bem
homem branco”, ou seja, a missão civilizadora do Velho Mundo orquestrada dos republicanos históricos.
sobre as áreas “ incultas” do planeta.
UnB / CESPE – PAS Subprograma 2002 – Segunda Etapa – Aplicação 6/12/2003
Caderno de Prova – 13 – É permitida a reprodução somente para fins didáticos, desde que citada a fonte.