1. CURSO DE LÍBRAS BÁSICO
PLANO DE CURSO
1. JUSTIFICATIVA:
Este curso para o ensino da Língua Brasileira de Sinais, a LIBRAS, foi pensado
com o principal objetivo de bem atender a pessoa com surdez em todo e
qualquer setor público municipal, além de ser desenvolvido para que a LIBRAS
(língua oficial da comunidade surda brasileira) se difunda em nossa sociedade
como forma de inclusão da pessoa com surdez, tanto na comunidade como em
todas as instancias, afim de que a pessoa com surdez possa ser atendido por
meio da LIBRAS, sua língua materna, de forma eficaz como todo e qualquer.
Sabemos que a comunicação é a base de todas as relações, portanto não
devemos oferecer ao surdo somente a nossa língua devemos conhecer e usar
a língua da comunidade surda, para que assim haja a INCLUSÃO de fato e não
somente a INTEGRAÇAO do surdo em nossa sociedade.
Para que a pessoa surda possa ser atendida na educação como qualquer
indivíduo da comunidade, é importante e necessário, que em todo setor público
municipal, possa haver um representante que comunique-se em LIBRAS,
língua materna da pessoa com surdez.
1. EMENTA
Estudos da Língua Brasileira de Sinais, considerada atualmente de
relevância para que haja a inclusão da pessoa com surdez na sociedade.
Discussão de aspectos referentes a estudos linguísticos e Língua de
Sinais Brasileira: história da educação dos surdos. A importância da LIBRAS
no desenvolvimento sócio-cultural dos surdos. Vocabulário básico e
funcional da LIBRAS.
2. OBJETIVOS
Desenvolver o conhecimento básico da LIBRAS, que auxilie as secretarias e
demais setores públicos municipais no atendimento ao publico podendo
inclusive atender a pessoa com surdez.
2. 3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
3.1. Implicações culturais, históricas e linguísticas da educação dos surdos.
3.2. A Língua Brasileira de Sinais. Características da língua, seu uso e
variações regionais.
3.3. Vocabulário básico e uso da gramática da LIBRAS. Noções básicas da
Libras: configurações de mão, movimento, locação, orientação da mão,
expressões não-manuais, números; expressões socioculturais positivas:
cumprimento, agradecimento, desculpas, expressões socioculturais
negativas: desagrado, verbos e pronomes, noções de tempo e de horas.
3.4. Vocabulário funcional para o atendimento da pessoa com surdez nos
setores públicos.
4. METODOLOGIA E RECURSOS INSTRUCIONAIS
4.1- Metodologia:
O curso será desenvolvido em quinze encontros presenciais sendo que cada
encontro terá de uma a duas horas de duração. Serão utilizados recursos
como:
- aulas expositivas com análise de textos;
- aulas práticas de LIBRAS;
- dinâmicas de grupos envolvendo situações do cotidiano da vida do surdo;
- música e apresentação de Coral para ensino da Língua Brasileira de
Sinais;
- teatro e dramatizações.
4.2. Recursos:
- leitura de textos que abordam os aspectos da surdez, a importância do
uso da LIBRAS e da educação bilíngue pela comunidade surda;
- vídeos, PowerPoint, música, outros;
- Apostila de Libras.
4.3. Estratégias:
- Aula expositiva sobre Abordagens e Metodologias de ensino das Libras;
- Apresentação e discussão da evolução das práticas de ensino de Libras;
- Aulas com a presença de surdo para treino da língua, se possível.
5. DESENVOLVIMENTO
3. O curso terá carga horária de trinta horas que serão desenvolvidas em quinze
encontros presencias no caso de serem duas horas de duração em cada
encontro semanal, e em trinta encontros, no caso de ser em uma hora por
semana. O curso será ministrado pelas professoras, especialistas na área de
pessoas com surdez e na Língua Brasileira de Sinais, Laudinete da Silva
Nery, Chaline Salesse N. Vantini e pela orientadora pedagógica da
Educação Especial Inclusiva, Mariane Della Coletta Savioli Garzotti de Araujo.
Serão três turmas, sendo duas a iniciarem logo no início do mês de junho e
outra no mês de julho.
Os locais das aulas serão; EMEB. Professora Carmélia Mello Fonseca,
Secretaria Municipal de Educação e nas Dependências do Centro de
Assistência odontológica à Pessoa com deficiência – CAOE, unidade Auxiliar
de Estrutura Complexa, da Faculdade de odontologia do Campus de Araçatuba
da UNESP ou outro local conforme disponibilidade.
6. PÚBLICO ALVO
Funcionários das Diversas Secretarias e Setores Públicos Municipais de
Araçatuba, Profissionais do Centro de Assistência odontológica à Pessoa com
deficiência – CAOE, unidade Auxiliar de Estrutura Complexa, da Faculdade de
odontologia do Campus de Araçatuba da UNESP, Professores e cuidadores de
alunos com surdez matriculados na rede municipal de educação de Araçatuba
e etc.
7. CULMINANCIA:
Ao final do curso as turmas farão apresentações de acordo com o combinado
com o grupo e suas respectivas professoras com data e local a definir.
8. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BRASIL. Declaração de Salamanca e linhas de ação sobre necessidades
educacionais especiais. Brasília: Corde, 1994.
_______. Decreto nº 5626. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de
2002, que dispõe sobre a língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei
nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário oficial da União. Brasília, 22 dez.
2005.
_______. Lei 10.098. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a
promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
4. mobilidade reduzida e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília,
19 dez. 2000.
_______. Lei 10.436. Dispõe sobre a Língua brasileira de sinais – Libras e dá
outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 24 abr. 2002.
_______. Constituição Federal. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2001.
_______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva - MEC/SEESP, 2007.
CAPOVILLA e RAPHAEL, Fernando César e Walkiria Duarte. Dicionário
Enciclopédico Ilustrado Trilíngue – Língua Brasileira de Sinais. V. 1 e V. 2.
São Paulo: EDUSP, 2006.
FÁVERO, PANTOJA e MONTOAN, Eugênia Augusta Gonzaga, Luíza de
Marillac P. e Maria Teresa Eglér. Atendimento Educacional Especializado,
Aspectos Legais e Orientações Pedagógicas. São Paulo: MEC/SEESP,
2007.
FÁVERO, Eugênia Augusta Gonzaga. Direitos das Pessoas com Deficiência,
Garantia de Igualdade na Diversidade. Rio de Janeiro: Ed. WVA, 2007.
HONORA e FRIZANCO, Márcia e Mary Lopes Esteves. Livro Ilustrado de
Língua Brasileira de Sinais – Desvendando a Comunicação usada pelas
Pessoas com Surdez. V. 1. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009.
KOJIMA e SEGALA, Catarina Kiguti e Sueli Ramalho. Língua Brasileira de
Sinais, A Imagem do Pensamento. V. 1. São Paulo: Ed. Escala, 2008.
_______. Língua Brasileira de Sinais, A Imagem do Pensamento. V. 2. São
Paulo: Ed. Escala, 2008.
_______. Língua Brasileira de Sinais, A Imagem do Pensamento. V. 3. São
Paulo: Ed. Escala, 2008.
_______. Língua Brasileira de Sinais, A Imagem do Pensamento. V. 4. São
Paulo: Ed. Escala, 2008.