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MBA em Banking – T3
Análise Societária e Financeira:
Um estudo de caso da JBS-Friboi
Felipe Braolhio
Juliano Marcatto
Marcelo L. A. de Vasconcellos
Mário Januário Filho
Disciplina: Contabilidade Societária e Financeira
Orientadora: Maria Angélica Lencione Pedreti
Coordenador Acadêmico: Rogerio Mori
São Paulo, 25 de setembro de 2013
MBA em Banking – T3
ÍNDICE
1. Objetivo ..........................................................................................................................................1
2. Empresa Selecionada ......................................................................................................................1
3. Macroambiente ..............................................................................................................................1
3.1 Análise P.E.S.T.A.L. ..................................................................................................................1
3.1.1 Políticos ...........................................................................................................................1
3.1.2 Econômicos......................................................................................................................1
3.1.3 Social ...............................................................................................................................2
3.1.4 Tecnológico......................................................................................................................2
3.1.5 Ambiental........................................................................................................................3
3.1.6 Legal ................................................................................................................................3
4. Microambiente ...............................................................................................................................4
4.1 5 forças de Porter....................................................................................................................4
4.1.1 Concorrentes ...................................................................................................................4
4.1.2 Novos Entrantes ..............................................................................................................4
4.1.3 Fornecedores...................................................................................................................4
4.1.4 Clientes............................................................................................................................4
4.1.5 Produtos substitutos........................................................................................................5
4.2 Análise SWOT..........................................................................................................................6
5. Demonstrações Financeiras / Análise Horizontal............................................................................7
5.1 Balanços Patrimoniais (R$ mil)................................................................................................7
5.2 Demonstrativos de Resultados (R$ mil)...................................................................................9
5.3 Índices Financeiros ..................................................................................................................9
5.4 Demonstração do Fluxo de Caixa (R$ mil) .............................................................................11
6. Conclusão, Decisão e Justificativas................................................................................................11
6.1 Principais highlights financeiros:...........................................................................................11
6.2 Perfil da Dívida:.....................................................................................................................12
7. Conclusão, Decisão e Justificativas................................................................................................12
8. Referências Bibliográficas .............................................................................................................13
MBA em Banking – T3
1
1. Objetivo
Analisar os indicativos financeiros da empresa escolhida para o trabalho de conclusão do curso
“Contabilidade Societária e Financeira”, de modo a identificar quais foram os principais
indicadores, resultados, liquidez, segurança e rentabilidade da empresa, sob o ponto de vista de
um investidor interessado a decidir por ter ou não papeis da mesma.
2. Empresa Selecionada
Grupo JBS-Friboi.
Maior empresa em processamento de proteína animal do mundo, atuando nas áreas de alimentos,
couro, biodiesel, colágeno e latas. A companhia está presente em todos os continentes, com
plataformas de produção e escritórios no Brasil, Argentina, Itália, Austrália, EUA, Uruguai,
Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países.
Com acesso a 100% dos mercados consumidores, a JBS possui 140 unidades de produção no
mundo com mais de 120 mil colaboradores.
3. Macroambiente
3.1 Análise P.E.S.T.A.L.
3.1.1 Políticos
Incentivos fiscais por parte do governo são abrangentes no que tange ao agronegócio no Brasil.
Visando a criação de empregos e o aumento da riqueza, os governos estaduais reduzem os
Impostos como exemplo o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para
atrair os investidores.
A JBS monitora constantemente sua exposição potencial a um determinado cliente ou mercado
que possa representar perdas significativas em caso de inadimplência e implementação de
barreiras sanitárias ou comerciais em países para os quais exporta. A JBS limita sua exposição ao
risco de crédito por cliente e por mercado com base na análise de crédito e na gestão da carteira
de clientes.
3.1.2 Econômicos
A JBS adota políticas de gerenciamento dos fatores econômico-financeiros que podem afetar
negativamente as decisões de investimento.
Tais políticas são estabelecidas e monitoradas por um Comitê de Gestão de Riscos, que define os
procedimentos para acompanhar e mitigar os fatores de risco aos quais a companhia está exposta.
MBA em Banking – T3
2
Taxa de juros: está relacionado às aplicações financeiras, aos empréstimos e aos financiamentos.
Esse risco é gerenciado pela estratégia de equalização das taxas contratadas à taxa do Certificado
de Depósito Interbancário (CDI), por meio de contratos de mercado futuro em bolsa de valores
e/ou contratos de swap.
Variação cambial: com efeito sobre empréstimos, financiamentos e contas a receber em moeda
estrangeira, esse tipo de risco é protegido pela estratégia de minimizar a posição diária de ativos
e passivos expostos à variação de taxas de câmbio, por meio da contratação de hedge de futuro
de câmbio na BM&FBovespa e/ou contratos de swap (troca de variação cambial por variação da
taxa CDI).
Preço de commodities: a volatilidade dos preços de commodities está fora do controle da
administração da companhia, decorrente, entre outros, de fatores climáticos, volume da oferta,
custos de transporte e políticas agropecuárias. Para reduzir sua vulnerabilidade a essas variações,
o grupo opera no controle físico, que inclui compras antecipadas aliadas a operações no mercado
futuro.
Em uma das maiores e importantes investidas comerciais da história da companhia, Em 2005 a
JBS-Friboi se beneficiou da linha de financiamento do BNDES para internacionalização de
empresas brasileiras, recebendo US$ 80 milhões do banco para a compra da de 85,3% da
empresa Argentina Swift Armour S.A. (MENEZES, 2012)
3.1.3 Social
A companhia acompanha de forma contínua e sistemática os fatores externos à sua gestão,
buscando antecipar-se ou rapidamente adaptar-se a suas variações. Entre eles, estão mudanças
nas tendências demográficas; preferências, gostos e hábitos alimentares dos consumidores
(mitigados pelas constantes pesquisas de mercado e pela antecipação de tendências de consumo);
e regulamentações governamentais e padrões de comercialização dos estabelecimentos
comerciais (monitorados pela intensa participação em fóruns setoriais e na promoção de políticas
públicas).
A JBS-Friboi realiza atividades em comunidades no entorno de suas fábricas. Através de ações
sociais, programas de voluntariado, doações e a manutenção de espaços públicos. (JBS-1, 2013).
Desta forma além de apoiar e realizar ações sociais, a Friboi ainda promove sua marca.
3.1.4 Tecnológico
A JBS-Friboi realiza diversos investimentos em novas tecnologias maximização da eficiência
operacional, alcançando a incrível marca de capacidade de abate diário de 73.940 de cabeças
(carne bovina) no mundo, além de investimentos em tecnologia para reduzir emissão de gases
efeito estufa. (JBS-3, 2012).
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3.1.5 Ambiental
Eventos internos e externos são capazes de afetar as estratégias e os resultados das unidades de
negócio, com possibilidade de impactos no capital, na liquidez e na reputação da empresa.
Em relação à segurança alimentar e à adoção de boas práticas na operação, a JBS conta com uma
área específica que acompanha todos os processos industriais e é responsável pela garantia da
qualidade do produto. Esse compromisso é estendido à cadeia por uma série de iniciativas.
Os fornecedores recebem orientações da equipe Bem-Estar Animal para o manejo dos animais e
o transporte até o frigorífico de acordo com as normas de abate. Além disso, um dos
compromissos públicos do grupo é o engajamento no combate ao desmatamento, formalizado na
adoção do Pacto da Pecuária (Instituto Ethos) e na participação efetiva no Grupo de Trabalho da
Pecuária Sustentável e no Global Roundtable for Sustainable Beef, entre outros.
A companhia aplica critérios socioambientais na seleção dos fornecedores e monitora, desde
2010, seus 30 mil fornecedores cadastrados de gado localizados na Amazônia Legal. Esse
controle é realizado por meio de informações de órgãos do setor, imagens de satélite e bases
cartográficas georreferenciadas.
A atuação com produtores orgânicos faz parte dos negócios desde 2006, com a linha de carne
Swift Orgânico. Nesse processo, a companhia trabalha somente com fornecedores certificados
pelo IBD Certificações, referência na América Latina na asseguração de produção de orgânicos.
Dessa forma, estimula o desenvolvimento de um mercado essencialmente responsável nos
aspectos social e ambiental.
JBS tornou-se a primeira empresa do mundo a registrar um projeto de MDL (Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo) na área de produção de carne bovina, contribuindo para a preservação
do meio ambiente. Desde 2006 que inciou um projeto inédito de Crédito de Carbono para o
tratamento de efluentes em frigoríficos do grupo. Onde anteriormente havia lagoa anaeróbia
emitindo metano para a atmosfera, após as medidas, foram substituídas por biodigestores com
captura e transformação do metano em CO² gás 21 vezes menos prejudicial ao efeito estufa, ou
ainda por um tratamento de flotação físico-química com ar dissolvido, que evita assim a geração
de metano. Este projeto faz parte do Programa Estratégico de Sustentabilidade da JBS, com o
objetivo de mitigar os riscos com os impactos ambientais em seus processos e os efeitos nas
mudanças do clima do planeta.
3.1.6 Legal
A JBS preocupa-se em estar de acordo com as leis vigentes onde opera. Como exemplo as Leis
brasileiras nº 6.938 (Política Nacional do Meio Ambiente), nº 9.433 (Política Nacional de
Recursos Hídricos) e nº 4.771 (Código Florestal Brasileiro) (JBS-4, 2012), o que faz com que a
empresa evite pesadas multas ou embargos ambientais e sua marca ganhe força perante o
consumidor.
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Os constantes embargos de países importadores à carne brasileira (sanidade animal, procedência,
segurança alimentar) são uma ameaça constante aos negócios da Companhia. Todavia, a
diversificação geográfica, tanto na ponta da originação quanto nos mercados consumidores,
acabam por mitigar os efeitos de tais restrições legais e salvaguardas.
4. Microambiente
4.1 5 forças de Porter
4.1.1 Concorrentes
A elevada concentração do segmento de proteína animal transformou este mercado, em especial
nos grandes centros urbanos, quase que um oligopólio. Além disso, (i) a situação econômico-
financeira debilitada de seu principal concorrente, (ii) diversificação geográfica e (iii) a força de
suas marcas, tanto no Brasil como no exterior, coloca a JBS numa situação de vantagem
competitiva bastante interessante frente a seus concorrentes.
Como pontos fortes pode-se destacar o poder aquisitivo da empresa para compra de concorrentes
menores. Por outro lado, outras empresas do mesmo ramo de mercado como BRFoods e Marfrig,
que também estão investindo constantemente em ações para aumento da participação no
mercado.
4.1.2 Novos Entrantes
Não representa ameaça significativa para a empresa, pois em seu ramo de atuação, faz-se
necessários altos investimentos iniciais para viabilização da operação, adequação as exigências
ambientais e sanitárias. Os novos entrantes tendem a buscar a exploração de nichos específicos
de negócios (ex. produtos orgânicos).
4.1.3 Fornecedores
A JBS possui grande poder de barganha junto aos fornecedores de menor escala devido ao seu
alto poder econômico, contudo, há o risco de fornecedores de maior escala exigirem
coletivamente maiores retornos ou operarem regionalmente criando novas marcas.
4.1.4 Clientes
Apesar da também elevada concentração e poder de negociação das grandes redes varejistas
(clientes imediatos dos frigoríficos), a concentração do mercado de proteína animal possibilita
bom nível de proteção contra a pressão destes varejistas. Por outro lado, a decisão de compra é
emanada do consumidor final, este sim afetado diretamente pelo preço exibido nas gôndolas.
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Atualmente a empresa vem investindo fortemente na divulgação de sua marca para o publico do
varejo, ganhando mercado nas classes C e D. Há uma ameaça de boicote a marca oriunda do
grande poder de divulgação das redes sociais, onde são divulgados boatos ou dados que Fábio
Luis Lula da Silva, filho do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria o dono da empresa,
informação negada pela empresa que alega ser de capital aberto e seu maior acionista e
controlador é a FB Participações AS, qual é formada por membros da família Batista, fundadora
da JBS (JBS-2, 2013).
4.1.5 Produtos substitutos
Grande ponto fraco da empresa. A JBS realiza grandes investimentos em seu ramo de atuação,
contudo não demonstra poder de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. A insegurança
patológica do mercado como a “gripe suína” (H1N1) ou a “gripe aviária” (H5N1), pode reduzir o
consumo e ameaçar as operações da empresa.
As carnes de frango e suína são produtos substitutos (também proteínas animais), cujo maior
e/ou menor consumo em relação à carne bovina está diretamente relacionada às flutuações de
preço de cada um destes produtos, bem como à questões sanitárias/sanidade animal.
MBA em Banking – T3
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4.2 Análise SWOT
Forças
• Brasil é um dos players do mercado
mundial de carne bovina.
• Elevado grau de internacionalização
produtiva.
• Consumo de carnes representa a
principal despesa alimentar das famílias
brasileiras.
• Maior concentração dos frigoríficos gera
economias de escala e aumenta poder de
barganha na cadeia produtiva.
• Diversificação da linha de produtos
(aves, suínos e laticínios).
• Investimentos para acompanhar as
tendências tecnológicas do mercado,
reduzir custos de produção e logísticos.
Oportunidades
• Crescimento da demanda por alimentos
de origem animal nos países emergentes.
• Abertura de grandes mercados à carne in
natura brasileira.
• Desvalorização cambial tornando a carne
brasileira mais competitiva no mercado
internacional.
• Investimentos em qualidade dos
produtos, com respeito à sustentabilidade
ambiental e às preocupações de sanidade
animal.
• A alta do dólar pode maximizar os lucros
pelo grande volume de operações
externas. Outra oportunidade é a redução
do desemprego e aumento da renda, bem
como a crescente demanda por alimentos
devido ao aumento populacional.
Fraquezas
• Falta de melhor coordenação entre os
agentes da cadeia produtiva.
• Perecibilidade da carne bovina dificulta
estocagem dos produtos.
• Concorrência com a carne de frango e
suína.
• Informalidade e clandestinidade no abate
de bovinos.
• Elevado impacto ambiental das
atividades produtivas.
• A operação da JBS está limitada ao
consumo de carne bovina, suína e ovina
e não está entre seus objetivos globais à
expansão do mercado via lançamento de
produtos fora desta linha.
Ameaças
• Aumento dos embargos de países
importadores à carne brasileira
associados a questões de sustentabilidade
(sanidade animal, procedência, segurança
alimentar).
• Retração da demanda dos países
importadores, sobretudo da Europa,
associada à crise econômico-financeiro
do continente.
• Continuidade da elevação dos custos de
confinamento
• Econômicas: Variações de cambio e
Crise financeira nos EUA e Europa.
Investimentos: Altos investimentos para
prevenção de impactos sanitários,
obtenções de certificados para
exportação de carne e adequações as
leias ambientais. Saudáveis: Crescentes
divulgações de estudos sobre os riscos do
consumo de carne vermelha.
MBA em Banking – T3
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5. Demonstrações Financeiras / Análise Horizontal
5.1 Balanços Patrimoniais (R$ mil)
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE 31.12.2010 31.12.2011 ∆% 31.12.2012 ∆% 30.06.2013 ∆%
Caixa e equivalentes de caixa 4.074.574 5.288.194 29,8% 5.383.087 1,8% 7.202.924 33,8%
Contas a receber de clientes 4.036.104 4.679.846 15,9% 5.688.648 21,6% 6.641.675 16,8%
Estoques 4.476.934 5.405.705 20,7% 5.182.187 -4,1% 6.199.980 19,6%
Ativos biológicos 417.028 209.543 -49,8% 849.624 305,5% 1.070.725 26,0%
Impostos a recuperar 1.419.784 1.690.311 19,1% 1.676.267 -0,8% 1.854.379 10,6%
Despesas antecipadas 107.825 131.033 21,5% 142.961 9,1% 141.903 -0,7%
Outros Investimentos e Operações Descontinuadas 504.002 0 -100,0% 0 - 0 -
Outros ativos circulantes 351.817 526.649 49,7% 460.625 -12,5% 534.255 16,0%
TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 15.388.068 17.931.281 16,5% 19.383.399 8,1% 23.645.841 22,0%
ATIVO NÃO CIRCULANTE
Realizável a Longo Prazo
Créditos com empresas ligadas 332.679 552.197 66,0% 548.909 -0,6% 721.118 31,4%
Ativo biológico 0 0 - 304.309 - 344.040 13,1%
Impostos a recuperar 616.297 626.126 1,6% 673.346 7,5% 678.757 0,8%
Outros ativos não circulantes 448.875 389.947 -13,1% 671.758 72,3% 873.387 30,0%
Total do Realizável a Longo Prazo 1.397.851 1.568.270 12,2% 2.198.322 40,2% 2.617.302 19,1%
Investimentos em coligada, controladas e joint ventures 0 0 - 258.620 - 1.474.239 470,0%
Imobilizado 14.624.201 15.378.714 5,2% 16.207.640 5,4% 17.414.836 7,4%
Intangível 12.425.499 12.532.619 0,9% 11.708.212 -6,6% 12.369.960 5,7%
Ativo Permanente 27.049.700 27.911.333 3,2% 28.174.472 0,9% 31.259.035 10,9%
TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 28.447.551 29.479.603 3,6% 30.372.794 3,0% 33.876.337 11,5%
TOTAL DO ATIVO 43.835.619 47.410.884 8,2% 49.756.193 4,9% 57.522.178 15,6%
MBA em Banking – T3
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PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PASSIVO CIRCULANTE 31.12.2010 31.12.2011 ∆% 31.12.2012 ∆% 30.06.2013 ∆%
Fornecedores 2.962.395 3.323.886 12,2% 3.564.270 7,2% 4.002.441 12,3%
Empréstimos e financiamentos 4.966.198 5.339.433 7,5% 6.098.898 14,2% 8.470.139 38,9%
Imposto de renda e contribuição social a pagar 14.251 211.528 1384,3% 8.886 -95,8% 28.940 225,7%
Obrigações fiscais, trabalhistas e sociais 1.095.687 1.167.163 6,5% 1.276.009 9,3% 1.481.496 16,1%
Dividendos declarados 0 0 - 170.749 - 353 -99,8%
Débito com terceiros para investimentos 45.746 10.589 -76,9% 112.712 964,4% 148.775 32,0%
Outros passivos circulantes 332.208 343.100 3,3% 306.049 -10,8% 371.744 21,5%
TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 9.416.485 10.395.699 10,4% 11.537.573 11,0% 14.503.888 25,7%
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos 10.217.156 13.532.761 32,5% 14.390.046 6,3% 15.952.659 10,9%
Debêntures conversíveis 3.462.212 1.283 -100,0% 0 -100,0% 0 -
Obrigações fiscais, trabalhistas e sociais 317.633 683.812 115,3% 524.230 -23,3% 474.445 -9,5%
Débito com terceiros para investimentos 5.144 2.048 -60,2% 95.142 4545,6% 1.839.079 1833,0%
Imposto de renda e contribuição social diferidos 1.003.050 678.372 -32,4% 1.276.756 88,2% 1.663.771 30,3%
Provisão para riscos processuais 321.660 251.560 -21,8% 203.361 -19,2% 204.898 0,8%
Outros passivos não circulantes 397.430 266.161 -33,0% 295.779 11,1% 311.671 5,4%
TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE 15.724.285 15.415.997 -2,0% 16.785.314 8,9% 20.446.523 21,8%
TOTAL DO PASSIVO 25.140.770 25.811.696 2,7% 28.322.887 9,7% 34.950.411 23,4%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social 18.046.067 21.506.247 19,2% 21.506.247 0,0% 21.506.247 0,0%
Ações em tesouraria -485.169 -610.550 25,8% -776.526 27,2% -603.072 -22,3%
Transações de capital -9.949 -10.212 2,6% 77.374 -857,7% 82.914 7,2%
Reserva de capital 985.944 985.944 0,0% 211.879 -78,5% 211.879 0,0%
Reserva de reavaliação 106.814 101.556 -4,9% 96.847 -4,6% 94.529 -2,4%
Reservas de lucros 1.511.246 1.440.799 -4,7% 1.993.697 38,4% 1.993.697 0,0%
Ajustes de avaliação patrimonial -1.719 127.071 -7492,1% 92.999 -26,8% 214.719 130,9%
Ajustes acumulados de conversão -2.558.863 -2.877.033 12,4% -2.591.970 -9,9% -2.494.855 -3,7%
Lucro acumulado 0 0 - 0 - 568.678 -
Atribuído à participação dos acionistas controladores 17.594.371 20.663.822 17,4% 20.610.547 -0,3% 21.574.736 4,7%
Participação dos acionistas não controladores 1.100.478 935.366 -15,0% 822.759 -12,0% 997.031 21,2%
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 18.694.849 21.599.188 15,5% 21.433.306 -0,8% 22.571.767 5,3%
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 43.835.619 47.410.884 8,2% 49.756.193 4,9% 57.522.178 15,6%
MBA em Banking – T3
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5.2 Demonstrativos de Resultados (R$ mil)
31.12.2010 31.12.2011 ∆% 31.12.2012 ∆% 30.06.2013
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 54.712.832 61.796.761 12,9% 75.696.710 22,5% 21.930.994
Custo dos produtos vendidos -47.994.792 -55.100.207 14,8% -67.006.886 21,6% -18.981.123
LUCRO BRUTO 6.718.040 6.696.554 -0,3% 8.689.824 29,8% 2.949.871
(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS
Administrativas e gerais -1.641.024 -1.739.198 6,0% -2.057.415 18,3% -592.075
Com vendas -2.627.201 -3.144.069 19,7% -3.877.714 23,3% -1.163.197
Resultado financeiro líquido -2.223.021 -2.010.728 -9,5% -1.338.243 -33,4% -659.577
Resultado de equivalência patrimonial 0 0 - 836 - 24.399
Outras receitas (despesas) -168.224 -32.667 -80,6% -35.002 7,1% 71.508
-6.659.470 -6.926.662 4,0% -7.307.538 5,5% -2.318.942
RESULTADO ANTES DA PROVISÃO PARA IMPOSTO DE
RENDA E CONTRIBUIÇÃO (EBIT/LAJIR) 58.570 -230.108 -492,9% 1.382.286 -700,7% 630.929
Imposto de renda e contribuição social do período -358.774 -520.711 45,1% -176.742 -66,1% -34.970
Imposto de renda e contribuição social diferidos 33.346 427.934 1183,3% -442.654 -203,4% -187.909
-325.428 -92.777 -71,5% -619.396 567,6% -222.879
LUCRO LÍQUIDO (PREJUÍZO) DO PERÍODO -266.858 -322.885 21,0% 762.890 -336,3% 408.050
RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 12.246 0 -100,0% 0 - 0
ATRIBUÍDO A:
Participação dos acionistas controladores -292.799 -75.705 -74,1% 718.938 -1049,7% 338.467
Participação dos acionistas não controladores 38.187 -247.180 -747,3% 43.952 -117,8% 69.583
Resultado básico por lote de mil ações no final do período-
em reais -117,46 -27,77 -76,4% 247,84 -992,5% 118,13
Resultado diluído por lote de mil ações no final do
período- em reais 81,71 -27,77 -134,0% 247,84 -992,5% 118,13
5.3 Índices Financeiros
31.12.2010 31.12.2011 31.12.2012 30.06.2013
Índices de Liquidez
Liquidez Corrente - LC 1,63 1,72 1,68 1,63
Liquidez Geral - LG 1,74 1,84 1,76 1,65
Liquidez Seca - LS 1,16 1,20 1,23 1,20
Índices de Estrutura
Participação de Capitais de Terceiros - PCT 1,34 1,20 1,32 1,55
Endividamento Geral - EG 0,57 0,54 0,57 0,61
Composição das Exigibilidades - CE 0,37 0,40 0,41 0,41
Imobilização do PL - IPL 1,45 1,29 1,31 1,38
Índices de Retorno
Vendas/Ativo Total 1,25 1,30 1,52 1,44
Margem Líquida -0,5% -0,5% 1,0% 1,6%
Retorno sobre Investimento -0,6% -0,7% 1,5% 2,3%
Cobertura de Juros
EBITDA/Despesas Financeiras Líquidas 1,57 1,53 3,24 3,54
Alavancagem
Dívida Líquida/EBITDA 3,2 4,4 3,5 3,3
MBA em Banking – T3
10
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
31.12.2010 31.12.2011 31.12.2012 30.06.2013
Índices de Liquidez
Liquidez Corrente - LC Liquidez Geral - LG LiquidezSeca- LS
Liquidez Corrente - LC Liquidez Geral - LG LiquidezSeca- LS
-
0,50
1,00
1,50
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2,50
3,00
3,50
4,00
31.12.2010 31.12.2011 31.12.2012 30.06.2013
EBITDA/Despesas Financeiras Líquidas
0,0
1,0
2,0
3,0
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31.12.2010 31.12.2011 31.12.2012 30.06.2013
Dívida Líquida/EBITDA
MBA em Banking – T3
11
5.4 Demonstração do Fluxo de Caixa (R$ mil)
6. Conclusão, Decisão e Justificativas
6.1 Principais highlights financeiros:
Receita Líquida de R$ 21,9 bilhões no 2T13, expansão de R$3,5 bilhões, 18,7% superior
ao 2T12, sendo 70% do aumento na receita líquida advindo de Crescimento Orgânico.
Principais drivers do crescimento:
- Aumento de 14,3% no volume de animais processados;
- Ramp up das plantas adquiridas/arrendadas no Brasil;
- Crescimento de 63,3% na receita das exportações de carne in natura.
EBITDA de R$ 1.667,7 milhões, um acréscimo de 64,7% sobre 2T12;
A margem EBITDA foi de 7,6%, comparado a uma margem EBITDA de 5,5% no 2T12;
Lucro líquido ajustado de R$482,5 milhões, representando incremento de 126,7% sobre o
2T12;
Código da
Conta
Descrição da Conta
Antepenúltimo
Exercício
01/01/2010 à
31/12/2010
Penúltimo
Exercício
01/01/2011 à
31/12/2011
Último
Exercício
01/01/2012 à
31/12/2012
6,01 Caixa Líquido Atividades Operacionais -1.471.076 606,512 1.472.256
6.01.01 Caixa Gerado nas Operações 1.608.285 2.479.549 3.268.417
6.01.01.01 Lucro Líquido do Exercício -292,799 -75,705 718,938
6.01.01.02 Depreciações e Amortizações 1.215.454 1.291.411 1.613.710
6.01.01.03 Perda Estimada com Créditos de Liquidação Duvidosa 16,132 15,577 -4,657
6.01.01.05 Resultado de Equivalência Patrimonial 0 0 -836
6.01.01.06 Resultado na Venda de Imobilizado 11,005 -8,132 26,131
6.01.01.07 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos -33,346 -427,934 409,062
6.01.01.08 Encargos Financeiros Circulantes e Não Circulantes 642,763 1.611.274 490,681
6.01.01.09 Provisão para Contingências -22,509 9,865 5,106
6.01.01.11 Redução ao Valor Recuperável do Ativo 83,831 63,193 10,282
6.01.01.12 Resultado das Operações descontinuadas -12,246 0 0
6.01.02 Variações nos Ativos e Passivos -3.079.361 -1.873.037 -1.796.161
6.01.02.01 Aumento em Contas a Receber -957,276 -278,778 -892,675
6.01.02.02 Aumento nos Estoques -1.251.438 -627,902 -395,36
6.01.02.03 Aumento de Impostos a Recuperar -275,947 -295,794 -163,553
6.01.02.04 Redução (Aumento) em Outros Ativos Circ. e Não Circ. 225,296 -43,156 89,214
6.01.02.05 Redução (Aumento) de Créd. com Empresas Ligadas -2,101 -171,501 11,612
6.01.02.06 Redução (Aumento) de Ativos Biológicos -189,908 247,255 -440,813
6.01.02.07 Aumento (Redução) com Fornecedores 344,962 -28,742 206,669
6.01.02.08 Redução em Outros Passivos Circ. e Não Circ. -67,419 -75,275 -270,741
6.01.02.10 Ajustes de Avaliação Patrimonial e Acumulados de Conversão -943,717 -351,964 14,945
6.01.02.12 Aumento (Redução) na Participação dos Acionistas não Controladores 38,187 -247,18 44,541
6,02 Caixa Líquido Atividades de Investimento -1.563.700 -704,362 -1.870.294
6.02.01 Adições no Ativo Imobilizado e Intangível -1.225.581 -1.173.780 -1.619.393
6.02.03 Efeito Líquido Capital Giro Empresa Adquirida -338,119 -34,584 -21,355
6.02.05 Recebimento pelo distrato Inalca JBS 0 504,002 0
6.02.06 Baixas nos Investimentos em Controladas 0 0 2,067
6.02.07 Efeito Líquido de Desconsolidação de Vigor 0 0 -211,856
MBA em Banking – T3
12
Expressivo aumento do caixa gerado nas operações ao longo dos últimos exercícios
(2010: R$ 1,68 bilhão; 2011: R$ 2,5 bilhões; 2012: R$ 3,3 bilhões);
Reversão do déficit de caixa verificado em 2010 (- R$ 1,47 bilhão) para uma situação de
caixa positiva de R$ 0,6 bilhão em 2011 e R$ 1,47 bilhão em 2012;
Redução gradual e constante dos níveis de alavancagem nos últimos exercícios, bem
como melhora dos níveis de cobertura do serviço da dívida;
Bons índices de liquidez verificados, sempre acima da unidade.
6.2 Perfil da Dívida:
A Alavancagem da JBS reduziu de 3,40x no 1T13 para 3,28x no 2T13, incluindo a assunção
antecipada de R$324,7 milhões em dívidas provenientes da aquisição da Seara Brasil e Zenda.
Excluindo a dívida proveniente da aquisição da Seara Brasil e da Zenda, e com os resultados
convertidos em dólares, a alavancagem reduziu para 3,03x.
A Companhia encerrou o trimestre com R$7,2 bilhões em caixa, superior a 85% da dívida de
curto prazo. A JBS possui linhas contratadas nos EUA com disponibilidade de US$1,2 bilhão, o
que demonstra uma liquidez confortável.
7. Conclusão, Decisão e Justificativas
Apesar da elevada alavancagem financeira observada ao longo dos últimos anos, muito
acentuada em função do movimento de expansão inorgânica (por meio de aquisições), a JBS
vem demonstrando boa capacidade de integração das atividades das adquiridas, tendo já
começado a capturar boas sinergias e a reduzir gradativamente a alavancagem.
Tais aquisições possibilitaram à empresa (i) ampliar e abrir novos mercados e (ii) agregar valor
aos produtos (ampliando a ROL proveniente de processados de maior margem, em detrimento
dos cortes resfriados/congelados).
A diversificação geográfica tanto das vendas quanto das fontes de originação possibilita à
empresa minimizar o efeito de barreiras sanitárias sobre as vendas. Possui uma bem estruturada
cadeia de fornecedores, com rastreabilidade e elevados controles de qualidade.
Após este período de consolidação, a JBS é atualmente a maior empresa de proteína animal do
mundo, propiciando-lhe forte poder de barganha junto a fornecedores, cliente e instituições
financeiras.
Pelos motivos acima elencados, além do track record de entregas, nossa posição, enquanto
investidores, é pela realização do investimento na Companhia.
Acreditamos no elevado potencial de retorno do investimento realizado, baseados:
• No bom posicionamento estratégico da empresa, num segmento com elevado potencial de
crescimento;
• O déficit de alimentos (cereais, farelos, óleos e proteínas) em determinadas regiões do
globo (América Central, Europa Ocidental, Ásia, Oriente Médio e África). Em contrapartida, a
MBA em Banking – T3
13
produção excedente está localizada na América do norte, América do Sul e Austrália, regiões de
atuação da JBS, o que indica amplas oportunidades de exportações para a JBS;
• Estudos da FAO estimam em 22% o crescimento mundial do consumo de carne até 2020,
sendo 19% nos países desenvolvidos e 81% nos emergentes;
• A recente aquisição de ativos da Seara, ampliando a atuação da JBS também no segmento
de aves (produto substituto natural) e food service (maiores margens), além de otimizar a
utilização e capturar sinergias em toda a cadeia logística.
8. Referências Bibliográficas
PÁGINA RURAL (2007). Mato Grosso: Friboi investe US$ 300 milhões em Sorriso. Disponível
em: < http://www.paginarural.com.br/noticia/76178/mato-grosso-friboi-investe-us-300-milhoes-
em-sorriso > Acesso em 11 de setembro de 2013.
MENEZES, Nadia. A Política Governamental Brasileira de Incentivo à Internacionalização de
Empresas (1997-2005) In: SEMINÁRIO BRASILEIRO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS
INTERNACIONAIS SEBREEI, 2012, e Porto Alegre/RS, Brasil.
JBS-1 (2013). Responsabilidade Social. Disponível em:
<http://www.jbs.com.br/responsabilidadesocial.aspx> Acesso em 11 de setembro de 2013.
JBS-2 (2013). COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA E SOCIETÁRIA. Disponível em: <
http://jbss.infoinvest.com.br/static/ptb/composicao-acionaria-e-societaria.asp> Acesso em 11 de
setembro de 2013.
JBS-3 (2012). Política de Sustentabilidade da JBS. Disponível em:
<http://www.jbs.com.br/_doc/PoliticaSustentabilidadeJBS.pdf> Acesso em 11 de setembro de
2013.
JBS-4 (2012). Sustentabilidade, presente em todas as nossas operações. Disponível em: <
http://www.jbs.com.br/Folder_JBS_Susten.pdf> Acesso em 11 de setembro de 2013.
JBS-5 (2013). Apresentação dos Resultados do 2T13. Disponível em:
<http://www.jbs.com.br/ri/> Acesso em 13 de setembro de 2013.
JBS-6 (2013). Demonstrações contábeis intermediáriasacompanhadas do Relatório dos
AuditoresIndependentes. Disponível em:
<http://jbss.infoinvest.com.br/ptb/2551/DFJBS300613_Portugus_ComParecer.pdf> Acesso em
13 de setembro de 2013.

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Análise societária e_financeira_um_estudo_de_caso_da_jbs-friboi

  • 1. MBA em Banking – T3 Análise Societária e Financeira: Um estudo de caso da JBS-Friboi Felipe Braolhio Juliano Marcatto Marcelo L. A. de Vasconcellos Mário Januário Filho Disciplina: Contabilidade Societária e Financeira Orientadora: Maria Angélica Lencione Pedreti Coordenador Acadêmico: Rogerio Mori São Paulo, 25 de setembro de 2013
  • 2. MBA em Banking – T3 ÍNDICE 1. Objetivo ..........................................................................................................................................1 2. Empresa Selecionada ......................................................................................................................1 3. Macroambiente ..............................................................................................................................1 3.1 Análise P.E.S.T.A.L. ..................................................................................................................1 3.1.1 Políticos ...........................................................................................................................1 3.1.2 Econômicos......................................................................................................................1 3.1.3 Social ...............................................................................................................................2 3.1.4 Tecnológico......................................................................................................................2 3.1.5 Ambiental........................................................................................................................3 3.1.6 Legal ................................................................................................................................3 4. Microambiente ...............................................................................................................................4 4.1 5 forças de Porter....................................................................................................................4 4.1.1 Concorrentes ...................................................................................................................4 4.1.2 Novos Entrantes ..............................................................................................................4 4.1.3 Fornecedores...................................................................................................................4 4.1.4 Clientes............................................................................................................................4 4.1.5 Produtos substitutos........................................................................................................5 4.2 Análise SWOT..........................................................................................................................6 5. Demonstrações Financeiras / Análise Horizontal............................................................................7 5.1 Balanços Patrimoniais (R$ mil)................................................................................................7 5.2 Demonstrativos de Resultados (R$ mil)...................................................................................9 5.3 Índices Financeiros ..................................................................................................................9 5.4 Demonstração do Fluxo de Caixa (R$ mil) .............................................................................11 6. Conclusão, Decisão e Justificativas................................................................................................11 6.1 Principais highlights financeiros:...........................................................................................11 6.2 Perfil da Dívida:.....................................................................................................................12 7. Conclusão, Decisão e Justificativas................................................................................................12 8. Referências Bibliográficas .............................................................................................................13
  • 3. MBA em Banking – T3 1 1. Objetivo Analisar os indicativos financeiros da empresa escolhida para o trabalho de conclusão do curso “Contabilidade Societária e Financeira”, de modo a identificar quais foram os principais indicadores, resultados, liquidez, segurança e rentabilidade da empresa, sob o ponto de vista de um investidor interessado a decidir por ter ou não papeis da mesma. 2. Empresa Selecionada Grupo JBS-Friboi. Maior empresa em processamento de proteína animal do mundo, atuando nas áreas de alimentos, couro, biodiesel, colágeno e latas. A companhia está presente em todos os continentes, com plataformas de produção e escritórios no Brasil, Argentina, Itália, Austrália, EUA, Uruguai, Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países. Com acesso a 100% dos mercados consumidores, a JBS possui 140 unidades de produção no mundo com mais de 120 mil colaboradores. 3. Macroambiente 3.1 Análise P.E.S.T.A.L. 3.1.1 Políticos Incentivos fiscais por parte do governo são abrangentes no que tange ao agronegócio no Brasil. Visando a criação de empregos e o aumento da riqueza, os governos estaduais reduzem os Impostos como exemplo o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para atrair os investidores. A JBS monitora constantemente sua exposição potencial a um determinado cliente ou mercado que possa representar perdas significativas em caso de inadimplência e implementação de barreiras sanitárias ou comerciais em países para os quais exporta. A JBS limita sua exposição ao risco de crédito por cliente e por mercado com base na análise de crédito e na gestão da carteira de clientes. 3.1.2 Econômicos A JBS adota políticas de gerenciamento dos fatores econômico-financeiros que podem afetar negativamente as decisões de investimento. Tais políticas são estabelecidas e monitoradas por um Comitê de Gestão de Riscos, que define os procedimentos para acompanhar e mitigar os fatores de risco aos quais a companhia está exposta.
  • 4. MBA em Banking – T3 2 Taxa de juros: está relacionado às aplicações financeiras, aos empréstimos e aos financiamentos. Esse risco é gerenciado pela estratégia de equalização das taxas contratadas à taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), por meio de contratos de mercado futuro em bolsa de valores e/ou contratos de swap. Variação cambial: com efeito sobre empréstimos, financiamentos e contas a receber em moeda estrangeira, esse tipo de risco é protegido pela estratégia de minimizar a posição diária de ativos e passivos expostos à variação de taxas de câmbio, por meio da contratação de hedge de futuro de câmbio na BM&FBovespa e/ou contratos de swap (troca de variação cambial por variação da taxa CDI). Preço de commodities: a volatilidade dos preços de commodities está fora do controle da administração da companhia, decorrente, entre outros, de fatores climáticos, volume da oferta, custos de transporte e políticas agropecuárias. Para reduzir sua vulnerabilidade a essas variações, o grupo opera no controle físico, que inclui compras antecipadas aliadas a operações no mercado futuro. Em uma das maiores e importantes investidas comerciais da história da companhia, Em 2005 a JBS-Friboi se beneficiou da linha de financiamento do BNDES para internacionalização de empresas brasileiras, recebendo US$ 80 milhões do banco para a compra da de 85,3% da empresa Argentina Swift Armour S.A. (MENEZES, 2012) 3.1.3 Social A companhia acompanha de forma contínua e sistemática os fatores externos à sua gestão, buscando antecipar-se ou rapidamente adaptar-se a suas variações. Entre eles, estão mudanças nas tendências demográficas; preferências, gostos e hábitos alimentares dos consumidores (mitigados pelas constantes pesquisas de mercado e pela antecipação de tendências de consumo); e regulamentações governamentais e padrões de comercialização dos estabelecimentos comerciais (monitorados pela intensa participação em fóruns setoriais e na promoção de políticas públicas). A JBS-Friboi realiza atividades em comunidades no entorno de suas fábricas. Através de ações sociais, programas de voluntariado, doações e a manutenção de espaços públicos. (JBS-1, 2013). Desta forma além de apoiar e realizar ações sociais, a Friboi ainda promove sua marca. 3.1.4 Tecnológico A JBS-Friboi realiza diversos investimentos em novas tecnologias maximização da eficiência operacional, alcançando a incrível marca de capacidade de abate diário de 73.940 de cabeças (carne bovina) no mundo, além de investimentos em tecnologia para reduzir emissão de gases efeito estufa. (JBS-3, 2012).
  • 5. MBA em Banking – T3 3 3.1.5 Ambiental Eventos internos e externos são capazes de afetar as estratégias e os resultados das unidades de negócio, com possibilidade de impactos no capital, na liquidez e na reputação da empresa. Em relação à segurança alimentar e à adoção de boas práticas na operação, a JBS conta com uma área específica que acompanha todos os processos industriais e é responsável pela garantia da qualidade do produto. Esse compromisso é estendido à cadeia por uma série de iniciativas. Os fornecedores recebem orientações da equipe Bem-Estar Animal para o manejo dos animais e o transporte até o frigorífico de acordo com as normas de abate. Além disso, um dos compromissos públicos do grupo é o engajamento no combate ao desmatamento, formalizado na adoção do Pacto da Pecuária (Instituto Ethos) e na participação efetiva no Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável e no Global Roundtable for Sustainable Beef, entre outros. A companhia aplica critérios socioambientais na seleção dos fornecedores e monitora, desde 2010, seus 30 mil fornecedores cadastrados de gado localizados na Amazônia Legal. Esse controle é realizado por meio de informações de órgãos do setor, imagens de satélite e bases cartográficas georreferenciadas. A atuação com produtores orgânicos faz parte dos negócios desde 2006, com a linha de carne Swift Orgânico. Nesse processo, a companhia trabalha somente com fornecedores certificados pelo IBD Certificações, referência na América Latina na asseguração de produção de orgânicos. Dessa forma, estimula o desenvolvimento de um mercado essencialmente responsável nos aspectos social e ambiental. JBS tornou-se a primeira empresa do mundo a registrar um projeto de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) na área de produção de carne bovina, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Desde 2006 que inciou um projeto inédito de Crédito de Carbono para o tratamento de efluentes em frigoríficos do grupo. Onde anteriormente havia lagoa anaeróbia emitindo metano para a atmosfera, após as medidas, foram substituídas por biodigestores com captura e transformação do metano em CO² gás 21 vezes menos prejudicial ao efeito estufa, ou ainda por um tratamento de flotação físico-química com ar dissolvido, que evita assim a geração de metano. Este projeto faz parte do Programa Estratégico de Sustentabilidade da JBS, com o objetivo de mitigar os riscos com os impactos ambientais em seus processos e os efeitos nas mudanças do clima do planeta. 3.1.6 Legal A JBS preocupa-se em estar de acordo com as leis vigentes onde opera. Como exemplo as Leis brasileiras nº 6.938 (Política Nacional do Meio Ambiente), nº 9.433 (Política Nacional de Recursos Hídricos) e nº 4.771 (Código Florestal Brasileiro) (JBS-4, 2012), o que faz com que a empresa evite pesadas multas ou embargos ambientais e sua marca ganhe força perante o consumidor.
  • 6. MBA em Banking – T3 4 Os constantes embargos de países importadores à carne brasileira (sanidade animal, procedência, segurança alimentar) são uma ameaça constante aos negócios da Companhia. Todavia, a diversificação geográfica, tanto na ponta da originação quanto nos mercados consumidores, acabam por mitigar os efeitos de tais restrições legais e salvaguardas. 4. Microambiente 4.1 5 forças de Porter 4.1.1 Concorrentes A elevada concentração do segmento de proteína animal transformou este mercado, em especial nos grandes centros urbanos, quase que um oligopólio. Além disso, (i) a situação econômico- financeira debilitada de seu principal concorrente, (ii) diversificação geográfica e (iii) a força de suas marcas, tanto no Brasil como no exterior, coloca a JBS numa situação de vantagem competitiva bastante interessante frente a seus concorrentes. Como pontos fortes pode-se destacar o poder aquisitivo da empresa para compra de concorrentes menores. Por outro lado, outras empresas do mesmo ramo de mercado como BRFoods e Marfrig, que também estão investindo constantemente em ações para aumento da participação no mercado. 4.1.2 Novos Entrantes Não representa ameaça significativa para a empresa, pois em seu ramo de atuação, faz-se necessários altos investimentos iniciais para viabilização da operação, adequação as exigências ambientais e sanitárias. Os novos entrantes tendem a buscar a exploração de nichos específicos de negócios (ex. produtos orgânicos). 4.1.3 Fornecedores A JBS possui grande poder de barganha junto aos fornecedores de menor escala devido ao seu alto poder econômico, contudo, há o risco de fornecedores de maior escala exigirem coletivamente maiores retornos ou operarem regionalmente criando novas marcas. 4.1.4 Clientes Apesar da também elevada concentração e poder de negociação das grandes redes varejistas (clientes imediatos dos frigoríficos), a concentração do mercado de proteína animal possibilita bom nível de proteção contra a pressão destes varejistas. Por outro lado, a decisão de compra é emanada do consumidor final, este sim afetado diretamente pelo preço exibido nas gôndolas.
  • 7. MBA em Banking – T3 5 Atualmente a empresa vem investindo fortemente na divulgação de sua marca para o publico do varejo, ganhando mercado nas classes C e D. Há uma ameaça de boicote a marca oriunda do grande poder de divulgação das redes sociais, onde são divulgados boatos ou dados que Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria o dono da empresa, informação negada pela empresa que alega ser de capital aberto e seu maior acionista e controlador é a FB Participações AS, qual é formada por membros da família Batista, fundadora da JBS (JBS-2, 2013). 4.1.5 Produtos substitutos Grande ponto fraco da empresa. A JBS realiza grandes investimentos em seu ramo de atuação, contudo não demonstra poder de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. A insegurança patológica do mercado como a “gripe suína” (H1N1) ou a “gripe aviária” (H5N1), pode reduzir o consumo e ameaçar as operações da empresa. As carnes de frango e suína são produtos substitutos (também proteínas animais), cujo maior e/ou menor consumo em relação à carne bovina está diretamente relacionada às flutuações de preço de cada um destes produtos, bem como à questões sanitárias/sanidade animal.
  • 8. MBA em Banking – T3 6 4.2 Análise SWOT Forças • Brasil é um dos players do mercado mundial de carne bovina. • Elevado grau de internacionalização produtiva. • Consumo de carnes representa a principal despesa alimentar das famílias brasileiras. • Maior concentração dos frigoríficos gera economias de escala e aumenta poder de barganha na cadeia produtiva. • Diversificação da linha de produtos (aves, suínos e laticínios). • Investimentos para acompanhar as tendências tecnológicas do mercado, reduzir custos de produção e logísticos. Oportunidades • Crescimento da demanda por alimentos de origem animal nos países emergentes. • Abertura de grandes mercados à carne in natura brasileira. • Desvalorização cambial tornando a carne brasileira mais competitiva no mercado internacional. • Investimentos em qualidade dos produtos, com respeito à sustentabilidade ambiental e às preocupações de sanidade animal. • A alta do dólar pode maximizar os lucros pelo grande volume de operações externas. Outra oportunidade é a redução do desemprego e aumento da renda, bem como a crescente demanda por alimentos devido ao aumento populacional. Fraquezas • Falta de melhor coordenação entre os agentes da cadeia produtiva. • Perecibilidade da carne bovina dificulta estocagem dos produtos. • Concorrência com a carne de frango e suína. • Informalidade e clandestinidade no abate de bovinos. • Elevado impacto ambiental das atividades produtivas. • A operação da JBS está limitada ao consumo de carne bovina, suína e ovina e não está entre seus objetivos globais à expansão do mercado via lançamento de produtos fora desta linha. Ameaças • Aumento dos embargos de países importadores à carne brasileira associados a questões de sustentabilidade (sanidade animal, procedência, segurança alimentar). • Retração da demanda dos países importadores, sobretudo da Europa, associada à crise econômico-financeiro do continente. • Continuidade da elevação dos custos de confinamento • Econômicas: Variações de cambio e Crise financeira nos EUA e Europa. Investimentos: Altos investimentos para prevenção de impactos sanitários, obtenções de certificados para exportação de carne e adequações as leias ambientais. Saudáveis: Crescentes divulgações de estudos sobre os riscos do consumo de carne vermelha.
  • 9. MBA em Banking – T3 7 5. Demonstrações Financeiras / Análise Horizontal 5.1 Balanços Patrimoniais (R$ mil) ATIVO ATIVO CIRCULANTE 31.12.2010 31.12.2011 ∆% 31.12.2012 ∆% 30.06.2013 ∆% Caixa e equivalentes de caixa 4.074.574 5.288.194 29,8% 5.383.087 1,8% 7.202.924 33,8% Contas a receber de clientes 4.036.104 4.679.846 15,9% 5.688.648 21,6% 6.641.675 16,8% Estoques 4.476.934 5.405.705 20,7% 5.182.187 -4,1% 6.199.980 19,6% Ativos biológicos 417.028 209.543 -49,8% 849.624 305,5% 1.070.725 26,0% Impostos a recuperar 1.419.784 1.690.311 19,1% 1.676.267 -0,8% 1.854.379 10,6% Despesas antecipadas 107.825 131.033 21,5% 142.961 9,1% 141.903 -0,7% Outros Investimentos e Operações Descontinuadas 504.002 0 -100,0% 0 - 0 - Outros ativos circulantes 351.817 526.649 49,7% 460.625 -12,5% 534.255 16,0% TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 15.388.068 17.931.281 16,5% 19.383.399 8,1% 23.645.841 22,0% ATIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Créditos com empresas ligadas 332.679 552.197 66,0% 548.909 -0,6% 721.118 31,4% Ativo biológico 0 0 - 304.309 - 344.040 13,1% Impostos a recuperar 616.297 626.126 1,6% 673.346 7,5% 678.757 0,8% Outros ativos não circulantes 448.875 389.947 -13,1% 671.758 72,3% 873.387 30,0% Total do Realizável a Longo Prazo 1.397.851 1.568.270 12,2% 2.198.322 40,2% 2.617.302 19,1% Investimentos em coligada, controladas e joint ventures 0 0 - 258.620 - 1.474.239 470,0% Imobilizado 14.624.201 15.378.714 5,2% 16.207.640 5,4% 17.414.836 7,4% Intangível 12.425.499 12.532.619 0,9% 11.708.212 -6,6% 12.369.960 5,7% Ativo Permanente 27.049.700 27.911.333 3,2% 28.174.472 0,9% 31.259.035 10,9% TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 28.447.551 29.479.603 3,6% 30.372.794 3,0% 33.876.337 11,5% TOTAL DO ATIVO 43.835.619 47.410.884 8,2% 49.756.193 4,9% 57.522.178 15,6%
  • 10. MBA em Banking – T3 8 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO PASSIVO CIRCULANTE 31.12.2010 31.12.2011 ∆% 31.12.2012 ∆% 30.06.2013 ∆% Fornecedores 2.962.395 3.323.886 12,2% 3.564.270 7,2% 4.002.441 12,3% Empréstimos e financiamentos 4.966.198 5.339.433 7,5% 6.098.898 14,2% 8.470.139 38,9% Imposto de renda e contribuição social a pagar 14.251 211.528 1384,3% 8.886 -95,8% 28.940 225,7% Obrigações fiscais, trabalhistas e sociais 1.095.687 1.167.163 6,5% 1.276.009 9,3% 1.481.496 16,1% Dividendos declarados 0 0 - 170.749 - 353 -99,8% Débito com terceiros para investimentos 45.746 10.589 -76,9% 112.712 964,4% 148.775 32,0% Outros passivos circulantes 332.208 343.100 3,3% 306.049 -10,8% 371.744 21,5% TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 9.416.485 10.395.699 10,4% 11.537.573 11,0% 14.503.888 25,7% PASSIVO NÃO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos 10.217.156 13.532.761 32,5% 14.390.046 6,3% 15.952.659 10,9% Debêntures conversíveis 3.462.212 1.283 -100,0% 0 -100,0% 0 - Obrigações fiscais, trabalhistas e sociais 317.633 683.812 115,3% 524.230 -23,3% 474.445 -9,5% Débito com terceiros para investimentos 5.144 2.048 -60,2% 95.142 4545,6% 1.839.079 1833,0% Imposto de renda e contribuição social diferidos 1.003.050 678.372 -32,4% 1.276.756 88,2% 1.663.771 30,3% Provisão para riscos processuais 321.660 251.560 -21,8% 203.361 -19,2% 204.898 0,8% Outros passivos não circulantes 397.430 266.161 -33,0% 295.779 11,1% 311.671 5,4% TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE 15.724.285 15.415.997 -2,0% 16.785.314 8,9% 20.446.523 21,8% TOTAL DO PASSIVO 25.140.770 25.811.696 2,7% 28.322.887 9,7% 34.950.411 23,4% PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 18.046.067 21.506.247 19,2% 21.506.247 0,0% 21.506.247 0,0% Ações em tesouraria -485.169 -610.550 25,8% -776.526 27,2% -603.072 -22,3% Transações de capital -9.949 -10.212 2,6% 77.374 -857,7% 82.914 7,2% Reserva de capital 985.944 985.944 0,0% 211.879 -78,5% 211.879 0,0% Reserva de reavaliação 106.814 101.556 -4,9% 96.847 -4,6% 94.529 -2,4% Reservas de lucros 1.511.246 1.440.799 -4,7% 1.993.697 38,4% 1.993.697 0,0% Ajustes de avaliação patrimonial -1.719 127.071 -7492,1% 92.999 -26,8% 214.719 130,9% Ajustes acumulados de conversão -2.558.863 -2.877.033 12,4% -2.591.970 -9,9% -2.494.855 -3,7% Lucro acumulado 0 0 - 0 - 568.678 - Atribuído à participação dos acionistas controladores 17.594.371 20.663.822 17,4% 20.610.547 -0,3% 21.574.736 4,7% Participação dos acionistas não controladores 1.100.478 935.366 -15,0% 822.759 -12,0% 997.031 21,2% TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 18.694.849 21.599.188 15,5% 21.433.306 -0,8% 22.571.767 5,3% TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 43.835.619 47.410.884 8,2% 49.756.193 4,9% 57.522.178 15,6%
  • 11. MBA em Banking – T3 9 5.2 Demonstrativos de Resultados (R$ mil) 31.12.2010 31.12.2011 ∆% 31.12.2012 ∆% 30.06.2013 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 54.712.832 61.796.761 12,9% 75.696.710 22,5% 21.930.994 Custo dos produtos vendidos -47.994.792 -55.100.207 14,8% -67.006.886 21,6% -18.981.123 LUCRO BRUTO 6.718.040 6.696.554 -0,3% 8.689.824 29,8% 2.949.871 (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS Administrativas e gerais -1.641.024 -1.739.198 6,0% -2.057.415 18,3% -592.075 Com vendas -2.627.201 -3.144.069 19,7% -3.877.714 23,3% -1.163.197 Resultado financeiro líquido -2.223.021 -2.010.728 -9,5% -1.338.243 -33,4% -659.577 Resultado de equivalência patrimonial 0 0 - 836 - 24.399 Outras receitas (despesas) -168.224 -32.667 -80,6% -35.002 7,1% 71.508 -6.659.470 -6.926.662 4,0% -7.307.538 5,5% -2.318.942 RESULTADO ANTES DA PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO (EBIT/LAJIR) 58.570 -230.108 -492,9% 1.382.286 -700,7% 630.929 Imposto de renda e contribuição social do período -358.774 -520.711 45,1% -176.742 -66,1% -34.970 Imposto de renda e contribuição social diferidos 33.346 427.934 1183,3% -442.654 -203,4% -187.909 -325.428 -92.777 -71,5% -619.396 567,6% -222.879 LUCRO LÍQUIDO (PREJUÍZO) DO PERÍODO -266.858 -322.885 21,0% 762.890 -336,3% 408.050 RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 12.246 0 -100,0% 0 - 0 ATRIBUÍDO A: Participação dos acionistas controladores -292.799 -75.705 -74,1% 718.938 -1049,7% 338.467 Participação dos acionistas não controladores 38.187 -247.180 -747,3% 43.952 -117,8% 69.583 Resultado básico por lote de mil ações no final do período- em reais -117,46 -27,77 -76,4% 247,84 -992,5% 118,13 Resultado diluído por lote de mil ações no final do período- em reais 81,71 -27,77 -134,0% 247,84 -992,5% 118,13 5.3 Índices Financeiros 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2012 30.06.2013 Índices de Liquidez Liquidez Corrente - LC 1,63 1,72 1,68 1,63 Liquidez Geral - LG 1,74 1,84 1,76 1,65 Liquidez Seca - LS 1,16 1,20 1,23 1,20 Índices de Estrutura Participação de Capitais de Terceiros - PCT 1,34 1,20 1,32 1,55 Endividamento Geral - EG 0,57 0,54 0,57 0,61 Composição das Exigibilidades - CE 0,37 0,40 0,41 0,41 Imobilização do PL - IPL 1,45 1,29 1,31 1,38 Índices de Retorno Vendas/Ativo Total 1,25 1,30 1,52 1,44 Margem Líquida -0,5% -0,5% 1,0% 1,6% Retorno sobre Investimento -0,6% -0,7% 1,5% 2,3% Cobertura de Juros EBITDA/Despesas Financeiras Líquidas 1,57 1,53 3,24 3,54 Alavancagem Dívida Líquida/EBITDA 3,2 4,4 3,5 3,3
  • 12. MBA em Banking – T3 10 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2012 30.06.2013 Índices de Liquidez Liquidez Corrente - LC Liquidez Geral - LG LiquidezSeca- LS Liquidez Corrente - LC Liquidez Geral - LG LiquidezSeca- LS - 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2012 30.06.2013 EBITDA/Despesas Financeiras Líquidas 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2012 30.06.2013 Dívida Líquida/EBITDA
  • 13. MBA em Banking – T3 11 5.4 Demonstração do Fluxo de Caixa (R$ mil) 6. Conclusão, Decisão e Justificativas 6.1 Principais highlights financeiros: Receita Líquida de R$ 21,9 bilhões no 2T13, expansão de R$3,5 bilhões, 18,7% superior ao 2T12, sendo 70% do aumento na receita líquida advindo de Crescimento Orgânico. Principais drivers do crescimento: - Aumento de 14,3% no volume de animais processados; - Ramp up das plantas adquiridas/arrendadas no Brasil; - Crescimento de 63,3% na receita das exportações de carne in natura. EBITDA de R$ 1.667,7 milhões, um acréscimo de 64,7% sobre 2T12; A margem EBITDA foi de 7,6%, comparado a uma margem EBITDA de 5,5% no 2T12; Lucro líquido ajustado de R$482,5 milhões, representando incremento de 126,7% sobre o 2T12; Código da Conta Descrição da Conta Antepenúltimo Exercício 01/01/2010 à 31/12/2010 Penúltimo Exercício 01/01/2011 à 31/12/2011 Último Exercício 01/01/2012 à 31/12/2012 6,01 Caixa Líquido Atividades Operacionais -1.471.076 606,512 1.472.256 6.01.01 Caixa Gerado nas Operações 1.608.285 2.479.549 3.268.417 6.01.01.01 Lucro Líquido do Exercício -292,799 -75,705 718,938 6.01.01.02 Depreciações e Amortizações 1.215.454 1.291.411 1.613.710 6.01.01.03 Perda Estimada com Créditos de Liquidação Duvidosa 16,132 15,577 -4,657 6.01.01.05 Resultado de Equivalência Patrimonial 0 0 -836 6.01.01.06 Resultado na Venda de Imobilizado 11,005 -8,132 26,131 6.01.01.07 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos -33,346 -427,934 409,062 6.01.01.08 Encargos Financeiros Circulantes e Não Circulantes 642,763 1.611.274 490,681 6.01.01.09 Provisão para Contingências -22,509 9,865 5,106 6.01.01.11 Redução ao Valor Recuperável do Ativo 83,831 63,193 10,282 6.01.01.12 Resultado das Operações descontinuadas -12,246 0 0 6.01.02 Variações nos Ativos e Passivos -3.079.361 -1.873.037 -1.796.161 6.01.02.01 Aumento em Contas a Receber -957,276 -278,778 -892,675 6.01.02.02 Aumento nos Estoques -1.251.438 -627,902 -395,36 6.01.02.03 Aumento de Impostos a Recuperar -275,947 -295,794 -163,553 6.01.02.04 Redução (Aumento) em Outros Ativos Circ. e Não Circ. 225,296 -43,156 89,214 6.01.02.05 Redução (Aumento) de Créd. com Empresas Ligadas -2,101 -171,501 11,612 6.01.02.06 Redução (Aumento) de Ativos Biológicos -189,908 247,255 -440,813 6.01.02.07 Aumento (Redução) com Fornecedores 344,962 -28,742 206,669 6.01.02.08 Redução em Outros Passivos Circ. e Não Circ. -67,419 -75,275 -270,741 6.01.02.10 Ajustes de Avaliação Patrimonial e Acumulados de Conversão -943,717 -351,964 14,945 6.01.02.12 Aumento (Redução) na Participação dos Acionistas não Controladores 38,187 -247,18 44,541 6,02 Caixa Líquido Atividades de Investimento -1.563.700 -704,362 -1.870.294 6.02.01 Adições no Ativo Imobilizado e Intangível -1.225.581 -1.173.780 -1.619.393 6.02.03 Efeito Líquido Capital Giro Empresa Adquirida -338,119 -34,584 -21,355 6.02.05 Recebimento pelo distrato Inalca JBS 0 504,002 0 6.02.06 Baixas nos Investimentos em Controladas 0 0 2,067 6.02.07 Efeito Líquido de Desconsolidação de Vigor 0 0 -211,856
  • 14. MBA em Banking – T3 12 Expressivo aumento do caixa gerado nas operações ao longo dos últimos exercícios (2010: R$ 1,68 bilhão; 2011: R$ 2,5 bilhões; 2012: R$ 3,3 bilhões); Reversão do déficit de caixa verificado em 2010 (- R$ 1,47 bilhão) para uma situação de caixa positiva de R$ 0,6 bilhão em 2011 e R$ 1,47 bilhão em 2012; Redução gradual e constante dos níveis de alavancagem nos últimos exercícios, bem como melhora dos níveis de cobertura do serviço da dívida; Bons índices de liquidez verificados, sempre acima da unidade. 6.2 Perfil da Dívida: A Alavancagem da JBS reduziu de 3,40x no 1T13 para 3,28x no 2T13, incluindo a assunção antecipada de R$324,7 milhões em dívidas provenientes da aquisição da Seara Brasil e Zenda. Excluindo a dívida proveniente da aquisição da Seara Brasil e da Zenda, e com os resultados convertidos em dólares, a alavancagem reduziu para 3,03x. A Companhia encerrou o trimestre com R$7,2 bilhões em caixa, superior a 85% da dívida de curto prazo. A JBS possui linhas contratadas nos EUA com disponibilidade de US$1,2 bilhão, o que demonstra uma liquidez confortável. 7. Conclusão, Decisão e Justificativas Apesar da elevada alavancagem financeira observada ao longo dos últimos anos, muito acentuada em função do movimento de expansão inorgânica (por meio de aquisições), a JBS vem demonstrando boa capacidade de integração das atividades das adquiridas, tendo já começado a capturar boas sinergias e a reduzir gradativamente a alavancagem. Tais aquisições possibilitaram à empresa (i) ampliar e abrir novos mercados e (ii) agregar valor aos produtos (ampliando a ROL proveniente de processados de maior margem, em detrimento dos cortes resfriados/congelados). A diversificação geográfica tanto das vendas quanto das fontes de originação possibilita à empresa minimizar o efeito de barreiras sanitárias sobre as vendas. Possui uma bem estruturada cadeia de fornecedores, com rastreabilidade e elevados controles de qualidade. Após este período de consolidação, a JBS é atualmente a maior empresa de proteína animal do mundo, propiciando-lhe forte poder de barganha junto a fornecedores, cliente e instituições financeiras. Pelos motivos acima elencados, além do track record de entregas, nossa posição, enquanto investidores, é pela realização do investimento na Companhia. Acreditamos no elevado potencial de retorno do investimento realizado, baseados: • No bom posicionamento estratégico da empresa, num segmento com elevado potencial de crescimento; • O déficit de alimentos (cereais, farelos, óleos e proteínas) em determinadas regiões do globo (América Central, Europa Ocidental, Ásia, Oriente Médio e África). Em contrapartida, a
  • 15. MBA em Banking – T3 13 produção excedente está localizada na América do norte, América do Sul e Austrália, regiões de atuação da JBS, o que indica amplas oportunidades de exportações para a JBS; • Estudos da FAO estimam em 22% o crescimento mundial do consumo de carne até 2020, sendo 19% nos países desenvolvidos e 81% nos emergentes; • A recente aquisição de ativos da Seara, ampliando a atuação da JBS também no segmento de aves (produto substituto natural) e food service (maiores margens), além de otimizar a utilização e capturar sinergias em toda a cadeia logística. 8. Referências Bibliográficas PÁGINA RURAL (2007). Mato Grosso: Friboi investe US$ 300 milhões em Sorriso. Disponível em: < http://www.paginarural.com.br/noticia/76178/mato-grosso-friboi-investe-us-300-milhoes- em-sorriso > Acesso em 11 de setembro de 2013. MENEZES, Nadia. A Política Governamental Brasileira de Incentivo à Internacionalização de Empresas (1997-2005) In: SEMINÁRIO BRASILEIRO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS INTERNACIONAIS SEBREEI, 2012, e Porto Alegre/RS, Brasil. JBS-1 (2013). Responsabilidade Social. Disponível em: <http://www.jbs.com.br/responsabilidadesocial.aspx> Acesso em 11 de setembro de 2013. JBS-2 (2013). COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA E SOCIETÁRIA. Disponível em: < http://jbss.infoinvest.com.br/static/ptb/composicao-acionaria-e-societaria.asp> Acesso em 11 de setembro de 2013. JBS-3 (2012). Política de Sustentabilidade da JBS. Disponível em: <http://www.jbs.com.br/_doc/PoliticaSustentabilidadeJBS.pdf> Acesso em 11 de setembro de 2013. JBS-4 (2012). Sustentabilidade, presente em todas as nossas operações. Disponível em: < http://www.jbs.com.br/Folder_JBS_Susten.pdf> Acesso em 11 de setembro de 2013. JBS-5 (2013). Apresentação dos Resultados do 2T13. Disponível em: <http://www.jbs.com.br/ri/> Acesso em 13 de setembro de 2013. JBS-6 (2013). Demonstrações contábeis intermediáriasacompanhadas do Relatório dos AuditoresIndependentes. Disponível em: <http://jbss.infoinvest.com.br/ptb/2551/DFJBS300613_Portugus_ComParecer.pdf> Acesso em 13 de setembro de 2013.