O documento descreve a participação de Portugal na missão da ISAF no Afeganistão ao longo de 12 anos, desde 2002 até 2014. Detalha as diferentes capacidades militares portuguesas que foram projetadas no teatro de operações, incluindo destacamentos médicos, forças aéreas, equipas de mentores e conselheiros. Também fornece um resumo da evolução da situação no Afeganistão e da ISAF durante este período.
4. TÍTULO
EDIÇÃO
DIREÇÃO
COORDENAÇÃO
AUTORES
COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO
REVISÃO
IMPRESSÃO E ACABAMENTOS
1ª EDIÇÃO
TIRAGEM
InternaƟonal Security Assistance Force ‐ Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
8º ConƟngente Nacional/ISAF
Coronel Nuno Domingos Marques Cardoso
Tenente‐Coronel Paulo Jorge BapƟsta Domingos
Coronel Nuno Domingos Marques Cardoso
Tenente‐Coronel Paulo Jorge BapƟsta Domingos
Tenente‐Coronel Luís Manuel Cardoso Relvas Marino
Tenente‐Coronel Pedro Melo Vasconcelos de Almeida
Major João Francisco da Costa Bernardino
Major Óscar Manuel Verdelho Fontoura
Major Carlos Miguel Cruto Roque
Capitão João Luís da Costa Ferraz Soares
Sargento‐Chefe José Manuel Pássaro Quelincho
Sargento‐Ajudante António José Rodrigues
Primeiro Sargento Enfermeiro Édson Cardoso
Capitão João Luís da Costa Ferraz Soares
Autores
Tipografia Meneses ‐ CooperaƟva Gráfica de Espinho, Crl
Dezembro de 2014
150 exemplares
FICHA TÉCNICA
5. Prefácio
Distribuição temporal das capacidades
Fita do Tempo
Afeganistão
Caracterização Geográfica
Enquadramento histórico
A Sociedade Afegã
InternaƟonal Security Assistance Force (ISAF)
Génese
Evolução
Transformação
Capacidades Portuguesas parƟcipantes na missão ISAF
Destacamento Sanitário
Destacamento C‐130
Equipas da Força Aérea Portuguesa
TacƟcal Air Control Party (TACP)
Grupo de Comando de KAIA
Quick ReacƟon Force (QRF)
OperaƟonal Mentor and Liaison Team ‐ Guarnição (OMLT‐G)
OperaƟonal Mentor and Liaison Team ‐ Divisão (OMLT‐D)
Military Advisor Team (MAT)
2
3
4
7
8
10
16
18
18
20
20
21
22
24
28
29
30
32
50
52
62
Unidade/Módulo de Apoio
Elemento de Segurança/Proteção da Força
Destacamento Médico ROLE 2
Célula de Informações Militares (CIM)
Guarda Nacional Republicana
Pohantoon‐e‐Hawayee Staff Advisory Team (PeH SAT)
KAIA APOD Force ProtecƟon Coy
Crisis Establishment (CE)
Comandantes do ConƟngente Nacional ISAF
8º ConƟngente Nacional ISAF
Militares do 8º ConƟngente Nacional ISAF
Seleção de arƟgos publicados pelo 8º ConƟngente Nacional ISAF
Livro de Honra do ConƟngente Nacional ISAF
Posfácio
Lista de Acrónimos
Referências
Agradecimentos
76
80
83
84
86
88
90
91
93
96
107
111
135
136
137
140
141
ÍNDICE
7. Prefácio
Sinto um imenso orgulho em Comandar o 8º ConƟngente Nacional, integrado na
InternaƟonal Security Assistance Force, ISAF no Teatro de Operações do Afeganistão.
ConƟngente composto por homens e mulheres, que dão o melhor de si ao serviço de
Portugal,honrandooscompromissosinternacionaisassumidospeloEstadoPortuguês.
A presente publicação presta homenagem a todos os militares portugueses, que
serviram Portugal através da sua presença e excelso desempenho, na missão da ISAF.
Este tributo é extensivo às respecƟvas famílias, estrutura basilar da sociedade em que
vivemos e que consƟtui de forma inquesƟonável, o suporte necessário à estabilidade
emocionalepsíquicadosnossosmilitares.
Doze anos e quase 3200 militares depois, encerra‐se um capítulo mais da
parƟcipação de ConƟngentes Portugueses em missões internacionais. Várias foram as
Ɵpologias de forças, capacidades eequipamentos portugueses,que foram projectados
eoperaramna ISAF,sobaégideda NATO.
A caracterização das capacidades militares e forças Nacionais, uƟlizando a
informação disponível e aquela que para o efeito nos foi disponibilizada, é descrita de
forma humilde e breve nas páginas que se seguem, percorrendo a ordem cronológica,
da respeƟva projeção e aƟvação individual, ao longo dos doze anos de presença militar
portuguesanoTeatrodeOperaçõesdoAfeganistão.
Por úlƟmo, faz‐se uma pequena alusão ao 8º ConƟngente Nacional, diminuto em
número mas sublime em senƟmento, verdadeiro na aƟtude e credível na qualidade do
desempenho,apósseismesesnumambienteincomumenumaterraquenãoénossa.
O soldado Português não fica indiferente, viu o mundo, foi‐lhe permiƟdo ver uma
outra e dura realidade, a pobreza extrema versus o conflito que teima em não parar, a
corrupção contrasta com a auto sustentação que não existe, toda a experiência vivida
obrigaadarmaisvaloraoqueénosso,apazplenaeduradoura,osossegodolar.
Portugal.
“ ”COVIL, COVIL,chegadaa SADO
O Comandante do 8º ConƟngente Nacional
Nuno Domingos Marques Cardoso
Cor Inf Pára
2
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
8. Distribuição temporal das capacidades
Equipa Sanitária
Destacamento C‐130
Equipas da Força Aérea
TACP
Quick ReacƟon Force
OMLT‐G
OMLT‐D
Unidade/Módulo de Apoio
Dest. Médico Role 2
CIM
GNR
PeH SAT
KAIA APOD FP
MAT
Cargos CE
2001 2002 2003 2004 2005 20072006 2008 2009 2010 2011 2012 20142013
Grupo de Comando KAIA
2015
3
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
9. 2001 2002 2003 2004
Out01 ‐ EUA bombardeia
Afeganistão (Operação Liberdade
Duradoura).
Dec01 ‐ Primeiros elementos
d a I S A F c h e ga m a C a b u l .
‐ Conferência de Bonn,Dec01
n o m e i a H a m i d K a r z a i
presidentedoAfeganistão.
Jun02 ‐ Loya Jirga
e l e g e c o m oK a r z a i
presidentedoAfeganistão.
N o v 0 2 ‐ Ta l i b a n s
abandonam Cabul. Aliança
doNorteentranaCapital.
Mar02 ‐ Eleições
legislaƟvas, ganhas pela
coligação PSD/PP ‐ Durão
BarrosoPrimeiroMinistro.
Fev02 a Jun02 ‐ Portugal
parƟcipa na ISAF com um
Destacamento C‐130 e uma
EquipaSanitária.
Ago03 ‐ NATO assume a
liderança da ISAF. O Plano de
Operações contemplava 5 fases: 1‐
Avaliação e preparação das
operações em Cabul; 2‐ Expansão
geográfica do TO a todo o AFG; 3‐
Estabilização; 4‐ Transição; 5‐
ReƟrada
Mês mais sangrento no AFG, desde a
quedadoregimeTaliban.
Set03 ‐ Karzai anuncia em Nova
Iorque o esboço de uma nova
consƟtuiçãoAfegã.
Out03 ‐ UNSCR 1510 que permite à
NATO a extensão das operações a
todooterritóriodo AFG .
2005
J u n 0 4 a
Jun05 ‐ Portugal
p a r Ɵ c i p a ,
através da FAP,
na I S A F com
Destacamento
C‐130, Equipa
de Bombeiros e
E q u i p a d e
Controladores
Aéreos.
FAP
2004 ‐ NATO
a s s u m e a
responsabilidade
do RC Norte.
2006
2005 ‐ NATO assume a
responsabilidade do RC
Oeste.
F e v 0 5 ‐ E l e i ç õ e s
legislaƟvas, ganhas pelo PS
‐ José Socrates Primeiro
Ministro.
Ago05 a Jul08‐ Portugal
parƟcipa na ISAF com uma
QRF (Unidade de Escalão
Companhia)eum TACP.
QRF - TACP
Ago05 a Dec05 ‐ Portugal
LeadNaƟon KAIA.
2008
2 0 0 6 ‐
NATO assume a
responsabilidad
e do RC Sul e
Este e de todo o
TO do AFG.
FAP
Gr Cmd KAIA
11Set01 ‐ Ataque
terrorista aos EUA.
Al Qaeda, liderada
p o r O s a m a B i n
Laden, destrói o
WorldTradeCenter.
Fita do Tempo
2001 ‐ 2008
Mar07 ‐ Forças
Paquistanesas detêm
em o 3º homemQueƩ a
forte dos ,Taliban
MullahAkhund.
Legenda:
Código de cores associados aos eventos:
Evento relacionado com a ISAF
ou com a Coligação.
Evento relacionado com o
Afeganistão e o Mundo.
Evento relacionado com
Portugal.
2007
4
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
10. 2008 2009 2010
QRF - TACP
Dec08 ‐ Presidente
K a r z a i e h o m ó l o g o
paquistanês Asif Ali
Zardariacordamcombater
elementos nasTaliban
fronteiras.
Mai08 a Abr12 ‐ Portugal
contribui para a ISAF com
uma OMLT‐G.
Set08 a Dec08 ‐
Portugalcontribuicomum
DestacamentoC‐130.
C-130
OMLT-G
27Mar09 ‐ Barack Obama
anuncia plano para o envio de mais
4000 militares para treino das
forçasdesegurançaAfegãs.
20Jan09 ‐ Tomada de
posse do novo presidente dos
EUA .BarackObama
17Fev09 ‐ enviaBarack Obama
mais 17000 militares, para travar a
insurgência.
11Mai09 ‐ Troca de comando na
NATO no Afeganistão. Sai Gen
McKierman McChrystale entra Gen .
Mudança de estratégia, agora mais
direccionada para operações de
combateaos .Taliban
Jul09 ‐ Tropas norte‐americanas
lançam pesada ofensiva no vale do rio
Helmand. Forças britânicas terminam
maior operação militar desde 2006,
empreparaçãoparaaseleições.
15Ago09 ‐ reivindicamTalibans
atentado em Cabul, que matou 7
pessoas e feriu cerca de 100, perto do
quartel das forças da NATO e da
embaixadados EUA.
20Ago09 ‐ é eleitoHamid Karzai
PresidentedoAfeganistão.
Out09 ‐ Estabelecimento dos
comandos intermédios IJC e
NTM‐A.
Aprovaçãodoconceitoestratégico
paraaFase4.
Set09 ‐ Alteração da estratégia
da ISAF. A iniciaƟva passou para o
ladoda ISAF.
Jul09 a Jun10 ‐ Portugal
contribui para a ISAF com um
DestacamentoSanitárioRole2E.
Set09 ‐ Reeleição do Governo
liderado pelo Primeiro Ministro
JoséSocrates(PS).
Mar09 a Abr12 ‐ Portugal
contribui para a ISAF com uma
OMLT‐D.
Jul09 a Out09 ‐ Portugal
contribui com um Destacamento
C‐130.
OMLT-G + OMLT-D
Destacamento Médico Role 2E
C-130
M ar1 0 a Set1 0 ‐
Portugal parƟcipa na
I S A F com uma Q R F
(Unidade de Escalão
Companhia)eum TACP.
J a n 1 0 a N o v 1 4 ‐
Portugal mantém no TO
do AFG uma CIM oriunda
dos3Ramosdas FFAA.
2011
QRF - TACP
01Dec09 ‐ emBarack Obama
West Point anuncia o envio de
mais 30000 militares americanos
para o Afeganistão, totalizando
destaforma130000.
Nov10 ‐ Cimeira
da NATO em Lisboa ‐ É
a s s i n a d o c o m o
P r e s i d e n t e d o
Afeganistão, Hamid
Karzai, o acordo de
parceriaduradoura.
Fita do Tempo
2008 ‐ 2011
02Mai11 ‐ Morte de
Osama Bin Laden na
O p e r a ç ã o
Neptune Spear,
n a c i d a d e
paquistanesa de
AbboƩ abad.
2 2 M a r 1 1 ‐
Presidente Hamid Karzai
a n u n c i a a l i s t a d e
províncias que iniciaram o
processo de transição de
responsabilidade da ISAF
paraas ANSF.
Mar11 a Abr12 ‐
Portugal contribui para a
ISAF com uma equipa de
formadoresparao ANPTC,
oriundada GNR.
O u t 1 1 a J u l 1 4 ‐
Portugal contribui para a
ISAF com uma equipa de
AdvisersPeH SAT.
05Jun14 ‐ Eleições
legislaƟvas em Portugal.
Governo PSD‐PP, liderado
porPassosCoelho.
CIM
GNR
5
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
11. 2011 2012 2013 2014
PeH SAT
OMLT-G + OMLT-D MAT
KAIA APOD FP
Abr12 a Nov14‐ Portugal
contribui para a ISAF com uma
Military Adviser Team para a 111
CapDiv.
Jul12 a Out13‐ Portugal
contribui para a ISAF com uma
Companhia de Force ProtecƟon
parao KAIA APOD.
GNR
0 6 N o v 1 2 ‐
Reeleição de Barack
O b a m a c o m o
presidentedos EUA.
Jun13 ‐ Transferência de
responsabilidade de segurança
da ISAF paraas ANSF.
Jun11 ‐ Início do processo
d e t r a n s i ç ã o d a
r e s p o n s a b i l i d a d e d e
segurança da ISAF para as
ANSF.
13 e 14Set11 ‐ Ataque
c o m p l e x o d e g r a n d e
envergadura na cidade de
Cabul, contra a Embaixada dos
EUA, ISAF HQ e Academia de
PolíciaAfegã.
21Mai12 ‐ Cimeira
da NATO em Chicago ‐
Os aliados anunciam
plano de reƟrada de
130000 tropas do
Afeganistão até ao final
d o a n o d e 2 0 1 4 ,
ficando após esta data
comamissãodetreinoeassessoriadas ANSF.
31Dec12 ‐ Presidente
Afegão, i, anunciaHamid Karza
que, de acordo com o processo
de transição da ISAF para as
ANSF, 87% da população já vive
em zonas em que a segurança é
asseguradapelas ANSF
Jun13 ‐ EUA anunciam
a reƟrada de 30000 militares
do Afeganistão durante o ano
de2013.
Fita do Tempo
2011 ‐ 2015
27Mai14 ‐ Presidente Barack
Obama anuncia que em 2015 os
EUA irão manter no Afeganistão
9800militares
31Dec14 ‐ Final da Missão
ISAF e início da Resolute Support
Mission.
12Nov14 ‐ Portugal reƟra
do TO todas as capacidades ao
serviço da ISAF, mantendo
militares em cargos CE, que se
prolongam para a missão
ResoluteSupportMission.
2015
6
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
13. Designaçãooficial:RepúblicaIslâmicadoAfeganistão;
Localização:ÁsiaCentral;
Capital:Cabul;
Governo:RepúblicaPresidencialista;
Presidente:AshrafGhani;
Assembleia Nacional: Bicamaral ‐ (povo) eWolesi Jirga Meshrano Jirga
(anciãos);
Sistemalegal:“NenhumaleipodesercontráriaaoIslão”;
Eleições:Acada5anos;
Superİ cie:652.090Km2(similaràFrança;7,5xPortugal);
Fronteiras: Irão‐936km, Turquemenistão ‐744Km, Uzbequistão‐
137Km,Tajiquistão‐1206Km,China‐76KmePaquistão‐2430Km;
Idioma:Dari Pashto‐50%, ‐35%,Turcofonas‐11%;Outros‐4%;
Religião: ;Islamismo‐99%;outros‐1%
PortomaríƟmomaispróximo:Carachi,Paquistãoa1.170Km.
8º Contingente Nacional
Caracterização Geográfica
Localização Geográfica do Afeganistão
Regiões AdministraƟvas Divisão AdministraƟva do Afeganistão ‐ 34 Províncias
8
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
14. O Afeganistão é um país interior, situado na Ásia Central,
geograficamente localizado no hemisfério NORTE (N) entre
os meridianos 63º30'W e 75ºW e entre os paralelos 29ºN e
38º30'N. Não tem acesso ao mar e faz fronteira com o Irão
(936Km), Turquemenistão (744Km), Uzbequistão (137Km),
Tajiquistão (1.206Km), China (76Km) e Paquistão (2.430Km
–adenominadaLinhaDurand).
O Afeganistão tem um clima conƟnental, com invernos
muito frios e verões quentes nas depressões montanhosas,
com temperaturas extremas, variando entre os ‐30ºC e os
+40ºC (podendo mesmo aƟngir os +60º). O país é
frequentementeabaladoporsismos.
O clima varia muito ao longo do território, sendo sub‐
árido alpino nos picos mais elevados do nordeste (NE) e
desérƟco nas bacias dos rios do SUL (S). Em Cabul, nos 1830
metros de alƟtude, podemos encontrar Invernos frios e
Verões agradáveis enquanto que em (550m)Jalalabad
encontramos um clima subtropical e em (1070m)Kandahar
umclimatemperado.
É um país de forma geral seco e com reduzida queda de
precipitação e esta ocorre normalmente entre outubro e
abril. São frequentes as tempestades de areia. A parƟr dos
3000 m a neve permanece cerca de 10 meses por ano e é a
basedaredehidrográfica.Ahumidadevariaentreos68%no
Invernoeos25%noVerão.
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8º Contingente Nacional
Dimensões do Afeganistão
Hidrografia
Relevo diversificado no país Principais Cidades do Afeganistão
9
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
15. Enquadramento
Histórico
“ ”Yagrozdididost,degarerozdidibridar
“Noprimeirodiaemquenosencontramossomosamigos,
nosegundodiaemquenosencontramossomosirmãos”
Provérbio afegão
Afirma uma velha oração hindu: “do veneno da cobra, do
dente do Ɵgre e da vingança do afegão... livrai‐nos,
Senhor!”. País agreste e simultaneamente belo, a República
Islâmica do Afeganistão ( ),Dowlat‐e Eslami‐ye Afghanestan
ou “Terra dos Afegãos”, termo provavelmente resultante do
vocábulo que significa “uivante”, “insolente”,parsi
“barulhento” e que, na AnƟguidade, foi conhecido primeiro
porBactrianaedepoisporCusânia,consistenumcolossode
montanhas e desertos dispostos à volta do esporão mais
ocidental dos Himalaias: o , uma barreiraHindu Kush
recortada com 960 km de extensão, que se estende desde o
Dasht‐i‐Margo (deserto da morte), a sul, até aos gelados
desfiladeiros do , um serrilhado labirintoPamir Knot
consƟtuído por mais de 100 cumes, todos eles com mais de
6.000metrosdealtura,queentrapelaChinadentro.
Hindu Kush significa “matador de hindus”, mas a verdade
é que não faz discriminações desse Ɵpo: só oferece
passagem e refúgio nos seus meandros aos mais duros e
resistentes. Inóspito e isolado como hoje nos parece, este
lugar foi uma das grandes encruzilhadas da História, um
filtro cultural entre o Médio Oriente, a Ásia Central, o
subconƟnente indiano e inclusivamente, através dos
montes , o Extremo Oriente. Terá sido por aqui que oPamir
budismo chegou à China, e mais tarde ao Japão, e terá sido
poraquitambémqueMarcoPoloterápassado.
Hoje, a cerca de 300 km de Cabul, gigantescos budas
delapidados – penitentes do zelo iconoclasta de um
fanaƟsmo anacrónico –, esculpidos nas falésias de calcário
vermelho, guardam o vale de onde, há 19 séculos,Bamiyan
milharesdemongesviviamnacontemplaçãodoPerfeito.
A cidade de , no centro do país, tornou‐seBamiyan
lamentavelmentemaisdoquenuncaconhecidadepoisque,
em março de 2001, a insurgência decidiu destruir astaliban
estátuas dos maiores budas de pé existentes no mundo,
datadas do ano 500, esculpidas na rocha vermelha de uma
escarpa abrupta, uma com aproximadamente 55 metros e a
outra com 38 metros de altura, por alegadamente
representarem um deus Hindu, “um deus dos infiéis”,
conforme redigido na “ ” ou “decreto religioso”, entãofatwa
aprovado pelos líderes religiosos e pela “suprema corte
taliban”.Nos traços dessesbudas, o rigor da GréciacoexisƟa
com a espiritualidade hindu, expressando aƟtudes
diferentes perante a vida numa mescla caƟvante do
encontro de culturas, de mundividências, de cosmogonias
tão distantes como a greco‐bactriana, a , a budista,kuchana
a dos guptas da Índia e a dos sassânidas persas. De comum,
o Deus‐Sol que fundia três simbolismos: o do grego , oHelios
do persa , o do indiano . A iconografiaMitra Surya
perturbavaecomoviaoforasteiro.
Apesar de terem sido invocados moƟvos de ordem
religiosa,a verdade é que, quando o primeiro exército árabe
atravessou a cordilheira do rumo à Índia eHindu Kush
avançou para Oriente ao encontro dos chineses (que os vem
a derrotar na batalha de Talas) ignorou a existência das
estátuas de , obras primas do período tardio daBamiyan
chamada “arte de ”, uma escola que nasceu noGandhara
actualAfeganistãoenonortedaÍndia(hojePaquistão)que
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8º Contingente Nacional
Vale de Bamiyan. Ao fundo vê‐se a sombra dos gigantescos budas dilapidados
10
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
16. aƟngiu o apogeu nos dois primeiros séculos da nossa era,
quando essas regiões estavam integradas no Império
Kuchano, e que desempenhou na época o papel de
intermediário no comércio entre a Roma dos Antoninos e a
ChinadosHan.
Foi idênƟca a aƟtude das sucessivas dinasƟas
muçulmanas que dominaram a região, desde os samanidas
aos turcos gahznividas, que sempre reputaram os budas
gandharianos, uma maravilhosa adaptação da arte grega
com uma conceção religiosa do mundo antagónica ao
paganismo dionisíaco dos helenos. E até o mongol Gengis
Khan, responsável pelos maiores genocídios da Idade
Média, transcorridos cinco séculos, ordenou que todos os
seres vivos (incluindo cães e gatos) fossem destruídos no
vale apertado entre píncaros de Bamiyan. Mas os budas
forampoupados.
Sob o ponto de vista estratégico, o Afeganistão tem um
valor vital de charneira na região centro‐oeste meridional
do conƟnente asiáƟco, por consƟtuir um espaço de
comunicação entre o vasto propugnáculo compreendido
entre a Ásia Central e o oceano Índico, configurando‐se
como uma zona de proximidade entre quatro grandes
conjuntos geopolíƟcos: o subconƟnente indiano, o Médio
Oriente, o bloco conơguo das ex‐repúblicas soviéƟcas e a
China.
Reflexo das rotas históricas de comércio e das invasões
seculares que proliferavam desde a Ásia Central até ao Sul e
Sudoeste do ConƟnente, a população afegã apresentava
uma amálgama étnica e linguísƟca assaz aơpica, formada
por dezenas de grupos étnicos, de onde se destacam os
pashtun tadjikes farsiban, os , igualmente apelidados de
(gente de língua persa), os ou osuzbekos turcomanos,
hazara, kirghises, karakalpachis, brahui, baluchios os os os
e os , que até final do século XIX eram chamadosnuristani
kafiri (infiéis). VíƟmas de invesƟdas perpetradas pelo então
emir de Cabul, (1880‐1909), converter‐se‐Abd' Ar‐Rahman
iam posteriormente ao Islão, adoptando o nome de
nuristani nuristanechamandoàsuaterra (terradeluz).
A capital do país é (anƟga Ortospana), tambémKabul
transliterada para Cabul, situada na encruzilhada dos
remotos caminhos das caravanas que ligavam o
Mediterrâneo com a Índia e a China. A cidade santa de
Mazar‐e‐Sharif, onde supostamente se encontrará
sepultado , o quarto califa do Islão e genro'Ali Ibn Abi Talib
do profeta Maomé. É o primeiro lugar de peregrinação no
Afeganistão, país de maioria muçulmana de cariz sunnita. A
variedade de idiomas comporta mais de setenta dialectos e
o panorama linguísƟco no Afeganistão está circunscrito a
doisidiomasoficiais:o eoPashtu Dari.
A bandeira afegã é, desde inícios de 2002 – período que
coincidiu com o derrube no país do poder políƟco taliban
(basicamente a palavra é o plural de quetaliban talib
derivou na corruptela persa e que se traduzem portelebeh,
“estudante” ou “aquele que procura o conhecimento
clerical, religioso”) –, composta por três faixas verƟcais, de
igualtamanho,decorverde,vermelhaepreta.
Ao centro, o brasão de armas representa um emihrab
uma mesquita envoltos numa coroa formada por espigas de
milho entrelaçadas (sinal de prosperidade). No topo,
emerge a expressão Allahu akbar Muhammad rassul Allah
(Deus é Maior e Maomé é o Seu Profeta). A parte mais
decorada da mesquita, o é o ponto de orientação,mihrab
um nicho, que indica a direcção ( ) da cidade de Meca,qiblah
Makkah al‐mukarrama 'umm al‐kura(Meca a Bendita, ou ,
“amãedascidades”).Estenichonãoésagrado,comooaltar
das igrejas cristãs, à direcção que ele indica é dada uma
importância tal, que os muçulmanos mais devotos têm
como precaução alinhar os seus quartos de dormir, os
túmulos e até as instalações sanitárias, por forma a evitar a
possibilidadedequalquerdesrespeito.
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8º Contingente Nacional
Localização do Afeganistão
11
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
17. Meia década depois do derrube do regime radical
islâmico dos , a paz, a liberdade e a prosperidadetaliban
promeƟdas ainda são um sonho distante. Apenas em alguns
bairros das maiores cidades há água corrente e energia
eléctrica, e o sistema de esgotos resume‐se a valetas a céu
aberto. São poucas as estradas pavimentadas. Construções
pálidas e achatadas, forradas a terra baƟda, que se
confundem com a paisagem, solo parco em pastagens,
montanhas calvas, de arestas rigorosas e vales muito
planos, cáfilas de camelos bactrianos, guedelhudos e com
pescoço de cisne, belos jardins espontâneos, conjuntos de
vultos que quebram o mimeƟsmo das ruas alternadas por
muros, onde até o verde seco das escassas árvores confirma
uma aridez endémica, muita poeira, imenso e caóƟco
trânsito,éoquadropintalgadodestaanƟga“RotadaSeda”.
As pessoas são simples, rurais, mas com uma fé
indestruơvel e, francamente, perturbadora. Algumas
crianças pedem esmola, ou vendem jornais de duas
semanas atrás, postais corroídos, mapas dos anos 60 ou
qualquer outra bugiganga a estrangeiros. Febres, catarros e
infecçõesoŌálmicassãoasmaleitasmaiscomuns.
O país conƟnua um cenário de guerra, com carcaças de
carrosdecombateearƟlhariapesadaaserviremdepanode
fundoaumamadrastapaisagemmiscigenada.
Nas cidades é raro encontrar uma parede que não esteja
marcada por projécteis das armas. A surrada azul,burqa
vista no Ocidente como símbolo da opressão imposta às
mulheres afegãs pelo regime , conƟnua a ser umataliban
tradição viva, e não é muito comum encontrar uma afegã
com o rosto descoberto, anos depois da queda do Mullah
Omar burqase dos seus seguidores. As que escondem o
corpo e o rosto das mulheres, as famosas quekalashnikov
armam os milhares de guerrilheiros do país e a miséria,
convivem hoje com soldados da NATO, funcionários das
Nações Unidas e com os modernos membros das centenas
de organizações não‐governamentais ocidentais instaladas
no país. Para alguns afegãos, pouca coisa se alterou nos
úlƟmos anos e, outras, mudaram para pior. Às tensões
existentes entre os próprios afegãos, o pós‐guerra
acrescentouoembateentreoscostumesafegãosea
liberdade hedonista dos milhares de estrangeiros que se
instalaramnopaís.Depoisdameia‐noite,quandoasúlƟmas
luzes são apagadas e os soldados das forças internacionais
retornam aos seus quartéis,a capitalafegã vira uma terra de
ninguém.
Assim que pela aurora os revérberos do sol despontaram
no horizonte, logo se ouve neste basƟão cercado de
muralhas, a desfraldar e a adensar o ar chamando as
pessoas para o centro desta maravilha, a candente e
harmoniosa musicalidade do , no topo dasmu'addin
soberbas mesquitas que se erguem aos céus, severamente
elegantes, para deleite dos olhos da alma retemperada.
Ashhadu an la ilaha ill Allah! (Não há outra divindade senão
Deus!),ressoanosminaretes.
Nos mercados ao ar livre, é possível encontrar‐se
jacarandás à beira da estrada, entre uma convulsão de
carros,camiõesecamionetasaossolavancos,aabarrotarde
gente, peƟzes travessos a correrem sem direcção certa, nos
trilhos de terra baƟda para os carros, alguns descalços nas
pedras e no gelo, anciãos de longas barbas brancas com
bebés ao colo, buganvílias, ceiƟs, anƟguidades dos lados de
lá das fronteiras, despojos de outras guerras, aromas
adocicados,rolosdetapetesesacasabertasdeespeciarias,
lojistas indolentemente recostados a pilhas de almofadas
bordadas, que acenam, regateiam preços, levantam o canto
das mantas exibindo o intrincado trabalho manual e
convidam a entrar nos seus bazares. Há mulheres de idade a
lavar roupa nos páƟos. A garotada atravessa as ruas
ziguezagueando, com pilhas de grandes pães ( )nan
espalmados debaixo do braço. Frenesim, constantes idas e
vindas, transportes e trocas, carga, lã, metais, açafrão,
tâmaras, panos, pregões, ruídos, exoƟsmo, cestos de
laranjas, incenso, ar húmido, eflúvios a cardamomo, sedas,
adargas, cobres, frutas, bijutarias e oiro, lírios, açucenas e
perfumes inebriantes e parƟculares a jasmim e a menta,
cabras, ovelhas, cavalos, vacas escanzeladas, galinhas e
patos, afundados na lama onde vão ter as águas das
lavagensquecorrem,emregos,nomeiodarua.
Não é dificil deixarmo‐nos enlear na poesia facơvel deste
país. Deste palmar perdido. É preciso pisar o ancestral solo
desta nação, afagar as pedras e contemplar essas muralhas
de terracota, espessas como o tempo, arcadas de terra
cozida, voltadas a sul, muros encimados por ameias em
dentes de serra, feitos de areia granulada, estrume, barro,
escorpiões mortos e do suor de gerações, eternos
murmúrios do passado, testemunhos de tamanhos
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8º Contingente Nacional
Bandeira Nacional Afegã
12
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
18. sofrimentos e tantos actos de abnegação e heroísmo, para
nos senƟrmos pequenos ao recordar a grandeza dos que a
conquistaram, construíram e defenderam. Guerreiros,
mísƟcos e eruditos, de quem se recria e inventa
mentalmente os seus passos de descoberta, percorrendo o
paísdeladoalado,emlaƟtudeelongitude.
Não há dúvida que é um país estranho e complexo este,
quedespertaaatenção,emocionaeenamoraacuriosidade,
e onde felizmente se pode, ainda hoje, ver um mundo de
ontem pois que raros domínios possuirão uma tão forte
originalidade, genuinidade, erudição e tanta riqueza de
raças, mulƟplicidade e contrastes na história, nos ecos, nos
costumes, nas fácies, nos trajes, nas glórias, nas lágrimas
verƟdas, na paisagem e na textura. Aqui, até as árvores
falamumalínguadiferente.
É com natural simplicidade que a maioria dos afegãos
acreditaqueoseupaísiráalcançarocapítuloondeavidaeo
futuro estão escritos com um final propício e feliz. E gostam
de explicar, com orgulho, como os persas incorporaram o
Afeganistão no seu império, de como depois Alexandre “o
Grande”subjugouaregiãoque,apósasuamorte,caiusobo
domíniodeumgeneraldenome ,maistardedoreiSeleucusI
indiano (fundador do império e,Chadragupta Maurya)
posteriormente, de uma dinasƟa grega que se estabeleceu
em , ao norte do Afeganistão e que fundou umBactria
estado greco‐bactriano que se rendeu aos nómadas
iranianos, apelidados de (de , , neto deSakas Açoka Asoca
Chandragupta),queadoptaramobudismocomoreligião.
Eevocam,gesƟculandoentusiasƟcamente,ossassânidas,
os safávidas, os zoroastrianos, (país de leste),Khorassan
Mahmud Ghazna, o auge da cultura islâmica, poetas,
filósofos, , , (o fundador daGengis Khan Tamerlão Babur
dinasƟa mogol da Índia), , o rei ,Dost Mohammad Khan Zahir
Sher Ali Khan Shah Massud, , a ocupação soviéƟca, o
legendário e o seu “homem‐cão” (umaZardad Khan
estranha figura, louca e sempre dopada, que imaginava ser
um cão, era tratado como se, de facto, o fosse e que atacava
com os dentes a jugular das suas víƟmas), e essa lendária
heroína chamada que, em 1880, juntamente comMalala
outras mulheres afegãs, entre Ɵros de espingarda,
arremessos de pedras, flechas e lanças, ajudou os noghazis
campo de batalha de , contra os inglesesMaiwand
comandados pelo brigadeiro‐general , estripando eBurrows
degolando os inimigos caídos agonizantes. Cantando odes
patrióƟcas tradicionais, infundiu coragem eMalala
perseverança nos cansados guerreiros tribais (uma das
célebres estrofes, proferidas em , dizia: “se falharesPashtun
em alcançar o marơrio em , por Deus, meu amor,Maiwand
viverás apenas uma vida de vergonha”). Hoje, o túmulo de
Malala é ponto de passagem e santuário, na sua terra‐natal,
Khik.
E as suas vozes somem‐se, serenas, tristes e resistentes
quando lembram o único sobrevivente desse massacre.
Atrás dele, nas aberturas das rochas de Khoord‐Khobul,
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8º Contingente Nacional
Cidade de Cabul. Pessoas a dirigirem‐se para um dos seus mercados
Loja tradicional Afegã
13
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
19. E as suas vozes somem‐se, serenas, tristes e resistentes
quando lembram o único sobrevivente desse massacre.
Atrás dele, nas aberturas das rochas de ,Khoord‐Khobul
ficaram, desmembrados e pilhados, milhares de cadáveres,
naquela que é Ɵda como a maior derrota militar do império
britânico na Ásia. Sobre aquele episódio, escreveria
Rudyard Kippling‐Kim em 1901: “Se foste ferido e deixado
nas planícies do Afeganistão, e as mulheres se aproximarem
para cortar as tuas partes, rola em direcção à espingarda e
explode os teus miolos, e vai para o Além, como um
soldado”.
Em Jalalabad, cidade da fronteira, dominada pelos ingleses,
a guarnição deixou durante dias uma fogueira acesa sobre o
portão de Cabul, para orientar à distância os possíveis
sobreviventes da carnificina. A lenha ardeu toda. A chama
exƟnguiu‐se. E ninguém mais voltou vivo dos altos do Hindu
Kush.
Outrora símbolo de irreverência e tenacidade, o
Afeganistão – apelidado um dia de “Polónia do Oriente” –, é
hoje visto e apresentado como um espaço despido de
encantos, consƟtuído por povos bárbaros, incivilizados e
incultos. Nesse imenso e, por vezes, deliberado
desconhecimento,tomandoanuvemporJuno,pretende‐se
confundir este ou aquele bando de fanáƟcos, que inspiram
repulsa universal, com um povo genƟo e hospitaleiro, que
acalentou gerações de pintores, poetas, mísƟcos e eruditos
e com um país que encerra tesouros arqueológicos
considerados património mundial, que foi berço de grandes
civilizações e terra de implantação de outras (persa, grega,
árabe, indianos).mauryas
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8º Contingente Nacional
Vendedores à chegada a um mercado local
Meio de transporte público Bairro periférico na cidade de Cabul Ruínas do palácio do rei Amanullah Khan em Cabul.
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Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
20. 15
Buz kashi ‐ Jogo tradicional Afegão, que
consisteemagarrardochãoacarcaçadeuma
cabra sem cabeça, enquanto montado num
cavalo, e arremessando‐a para lá da linha de
meta.
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21. A Sociedade Afegã
População
Cerca de 80% da população Afegã é essencialmente
agrícola. A sua distribuição no território é irregular sendo
mais densa na parte oriental do território (nas montanhas e
cidades) e muito deserta a SW e nos pontos mais elevados
das montanhas de NE. Sendo um povo de caracterísƟcas
nómadas (2 a 3 milhões) é diİ cil estabelecer um censo
populacional. A densidade demográfica do Afeganistão é de
47 habitantes por Km². A esƟmaƟva em 2008 é de
aproximadamente 32 milhões de habitantes. O número de
homens é sensivelmente superior às mulheres sendo uma
população jovem (média de idade é de 17,6 anos) com uma
esperança de vida média de 44 anos. Cada mulher tem, em
média 6 filhos, sendo a taxa de crescimento da população
em2008de2,62%.
Durante as conflituosidades dos úlƟmos 25 anos, o país
sofreu uma erradicação da elite educada, muitos
emigraram, formando uma vasta diáspora no estrangeiro,
que não mostra uma forte intenção de regressar ao seu país
natal.
Por outro lado, alguns dos retornados pertencentes a esta
eliteestãoempreguadosemorganizaçõesinternacionaisou
no governo, recebendo elevados salários, pagos pelos
países doadores. Os refugiados mais modestos são
responsáveis por um movimento de retornados dos países
vizinhos. De acordo com dados da UNHCR, mais de 3.5
milhões de refugiados regressaram ao Afeganistão desde
2002. Internamente há milhares de pessoas deslocadas no
país,devidoalimpezaétnicasdascomunidades porPashtun
parte da Aliança do Norte em 2001 e 2002 e que estão
alojados em campos de deslocados na área de Kandahar.
Contudo, no passado tem havido disputas étnicas entre
Pashtuns e não‐Pashtuns, bem como violência pela posse
de terra entre várias tribos em diversas províncias, sendo
estesconflitosmuitasvezesassociadosaperíodosdeguerra
civil, com moƟvações políƟcas e não somente étnicas.
Atualmente, o regresso dos refugiados e deslocados
conƟnua a gerar muitas disputas pela posse da terra e da
água, reforçando a permanência do conflito inter‐étnico.
Ainda existe um número significaƟvo de refugiados (cerca
de 2 milhões, distribuídos principalmente entre o Paquistão
eoIrão).
Os níveis de educação e de saúde são atualmente muito
frágeis, pela destruição das respeƟvas infra‐estruturas,
escassez de recursos humanos qualificados, falta de fundos,
faltadesegurançanasinsƟtuiçõesenormasculturais.Ataxa
de analfabeƟsmo é de 49% para os homens e 79% para as
mulheres.
OAfeganistãoécaracterizadoporumamiscelâneaétnico‐
linguísƟcadivididadaseguinteforma:
Os Pashtuns (sunitas) ocupam a área mais extensa, ao sul
de Kandahar, possuindo uma língua própria, existem tantos
Pashtuns no lado paquistanês da fronteira, como no
Afeganistão. São bastante tradicionais e tribais, com
códigos de conduta muito rígidos com as estruturas locais
(Jirgas)parƟcularmentevisíveis.
Os (sunitas), os , os e osTadjikes Aimaks Uzebeques
Turcomenos, ocupam uma ampla faixa no norte junto das
fronteirasdasrepúblicascentroasiáƟcas.
Os (xiitas) ocupam o centro do país e acentuam aHazaras
complexidade do quadro afegão, quer pelas suas
caracterísƟcasİ sicas,querpelofactodeseremumaminoria
xiita num país maioritariamente sunita, tendo sido, por isso
marginalizado, políƟca e economicamente ao longo da
história. Este grupo é bastante conservador, embora com
códigos de conduta menos rígidos que os . GruposPashtuns
menores, ou populações nómadas, como os , osBaloches
Kirghizes Nuristanis Pamiris, os , os , espraiam‐se pelas
fronteiras internacionais, testemunhos da arbitrariedade
do anƟgo poder colonial. As diferentes etnias convivem em
Cabul, na qual tradicionalmente os controlavam oPashtuns
poder, sendo os a elite intelectual e os osTadjikes Hazaras
decondiçãomaishumilde.
A língua mais falada é um dialeto persa chamado
Darí/FarsídeAfegãoPersa(50%),seguidodoPashtun(35%),
a língua de raiz turca (11%) e outros dialetos num total de
mais de setenta diferentes. A língua oficial é o Pashtun e
Darí.
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8º Contingente Nacional
Rua em Cabul
Mulheres na zona do bazar vesƟndo a tradicional Burqa
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Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
22. Os Afegãos são de religião muçulmana, dos quais 84%
Sunita (também chamados Ortodoxos) e 15% Xiita, além de
um reminiscente de outras religiões (Ismaelitas, Hinduístas,
Sijs,etc.).
Feriados e FesƟvidades Nacionais
Calendário:
12 meses lunares (Ramadão é o 9º mês), com 29/30 dias,
média355dias.
FeriadosNacionais:
Now‐Roz(AnoNovo)–21demarço;
Vitóriadasnaçõesmuçulmanas–28abril;
AniversáriodaRevolução–29deabril;
DiadoTrabalhador–01demaio;
DiadaIndependência–19deagosto.
FesƟvaisReligiosos
EidAl‐Fitr‐pós‐Ramadão,dura3dias;
Eid Al‐Adha – preparaƟvo para peregrinação a Meca, 12º
mês;
Now‐Roz (Ano Novo) ‐ 1º dia do calendário afegão remonta
àépocadoZoroastrianismo;
Mawlud‐UnNabi‐nascimentodeMaomé;
Lailat‐UlQadr–revelaçãodoCorão(Alcorão);
Muharram – marơrio de Hazrat Imam Hussain, neto de
Maomé.
Cultura
Cultura:
Interessesconjunturaisetraiçõesconstantes;
Honra,família,clã(tornadiİ cilresolverconflitos);
Respeitopelaidade,honradamulher;
CódigodehonraPashtunwali;
Hospitalidade, bravura, lealdade (tribo), persistência,
reƟdão,senƟdodejusƟça,tradição;
Roupaơpica:Chitrali,chadoriouburka.
Literacia e Religião
Literacia:
28,1%(homens‐43%,mulheres‐12,6%)
Religião:
Islamismo(99%)–84%Sunitase15%Xiitas
Surgiunoséc. VII,comMaomé,naPenínsulaArábica;
Viverempaz,submissãoaocriador,queéuno(Al‐Islam);
Umadasreligiõesmonoteísta‐escriturasagrada–Alcorão;
Profetas:Adão,Abraão,Moisés,JesuseMaomé.
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8º Contingente Nacional
Distribuição da população por etnias
Preparação para as fesƟvidades do Now‐Roz
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Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
23. InternaƟonal Security Assistance Force ‐ ISAF
Génese
Evocando o arƟgo 5.º do Tratado do AtlânƟco Norte, face a um ataque armado contra os EUA (11Set01), Washington assegurou o apoio dos aliados da NATO, mas
faltavanegociarqueƟposdeforçasiriamserempregues.
Os objeƟvos para a intervenção apresentados pelo Presidente , como líder do país que assumia o comando da Coligação naGeorge W. Bush OperaƟon Enduring
Freedom InternaƟonalSecurityAfghanistanForce(OEF)edepoisda (ISAF),nãopoderiamsermaisclaros:umAfeganistãopróspero,democráƟcoepacificado.
De acordo com a resolução 1386 do Conselho de Segurança das Nações Unidas de 20Dec01, compete à Força Internacional de Apoio à Segurança no Afeganistão
(ISAF) apoiar a manutenção da segurança em Cabul e áreas circundantes, com vista a permiƟr à Administração Interina Afegã o estabelecimento de um governo
representaƟvo, mulƟétnico e estável no Afeganistão. Em complemento, deverá garanƟr um clima de segurança de modo a permiƟr a atuação das organizações
governamentaisenão‐governamentaisempenhadasemtarefasdereconstruçãoedeapoiohumanitárionoAfeganistão.
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8º Contingente Nacional
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Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
25. Evolução
Um recomeço incerto
Os Estados Unidos rapidamente alcançaram os seus
objeƟvos estratégicos iniciais. O regime foiTaliban
derrubado, e uma nova coligação mulƟétnica foi colocada
no poder. Era uma boa base de parƟda, mas seria necessário
assegurar condições para uma boa governação, com vista a
promover o desenvolvimento, a segurança e o bem‐estar
daspopulações.
Para tal, foi seguido um conceito de , comlight footprint
vista a evitar um empenhamento quanƟtaƟvo. No entanto,
desde cedo se verificou que essa estratégia não reunia as
condições mínimas para assegurar o sucesso da segunda
fase da intervenção: a ocupação territorial e o alargar da
segurança a todo o Afeganistão. Com meios muitos
limitados, quer humanos quer materiais, a Coligação
concentrou unidades na região de Cabul, o que foi
rapidamente aproveitado pelas forças insurgentes, que se
apressaram a ocupar as regiões a sul e a leste do país. As
Provincial ReconstrucƟon Teams (PRT), que a par das
Organizações Não‐Governamentais (ONG) Ɵnham a missão
de iniciar a reconstrução e desenvolvimento do país,
senƟram muitas dificuldades pela falta de segurança e
quase não conseguiam sair das suas bases, apresentando
porissoresultadoslimitados.
Foi dentro deste contexto que a insurgência se
desenvolveu,emparƟcularaparƟrde2005.
Operacionalmente a ISAF definiu cinco fases para a
intervenção: avaliação e preparação (incluindo operações
em Cabul), expansão geográfica, estabilização, transição e
retração. Dentro da segunda (expansão geográfica)
estavam também programadas cinco etapas; Começar em
Cabul, e evoluir no senƟdo norte, oeste, sul e finalmente
este. As etapas indiciavam um progressivo controlo
territorial, parƟndo de áreas mais facilmente controláveis e
terminando nas que poderiam apresentar maiores
dificuldades. Contudo, a porosidade das fronteiras, o
incremento da iniciaƟva das forças insurgentes e as
dificuldades táƟcas no terreno, condicionaram o sucesso da
missão.
A consciencialização internacional do agravar da situação
no terreno e a progressiva desmobilização de forças do
teatro de operações do Iraque levou a um maior
empenhamento dos países integrantes da ISAF. Em termos
de efeƟvo a ISAF passou de 22 mil homens para mais de 130
mil, o que ainda foi referido como insuficiente para o
adequado cumprimento da missão. Os países contribuintes
aumentaram também para um total de 49, o que por si só
demonstraaabrangênciadesteempenhamento.
Todavia, encontra‐se perfeitamente idenƟficado que a
geração de forças apresentava algumas limitações
operacionais graves, nomeadamente no que concerne à
dificuldade em desenvolver um adequado canal de apoio
logísƟco, às limitações em meios aéreos disponíveis como
aviões de transporte e helicópteros, e às restrições
operacionais impostas às forças no terreno, que
condicionam em muito o adequado empenhamento das
unidadesmilitaresnoterreno.
Transformação
A alteração de estratégia, definida pelo General
McChrystal boots on the ground, para um conceito de ,
permiƟu uma maior aproximação à população afegã e um
alargamentoterritorialdasoperações.
A ISAF modificou as suas prioridades, desenvolvendo
tarefas de treino, e condução de operaçõesmentoring
combinadas com o ANA, o ANP e o NDS (exército, polícia e
serviços de informações afegãos), das quais resultou uma
maiorcoordenaçãoecapacidadedeintervenção.
AiniciaƟvaƟnhapassadoparaoladoda ISAF.
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Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
26. Capacidades Portuguesas que integraram a missão ISAF
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Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
27. Destacamento Sanitário
1.Missão
Apoio ao regimento médico do Reino Unido em
Cabul.
2.Organização
a.EfeƟvo
8militaresdos3RamosdasForçasArmadas
b.Estrutura
3. Principais aƟvidades/tarefas desenvolvidas pela
capacidade
Este Destacamento parƟu de Portugal, da Base Aérea
nº6 no MonƟjo, em 26 de fevereiro 2002, uƟlizando dois C‐
212 Aviocar da Esquadra 502, em direção a Saragoça
(Espanha). Daí o destacamento português, uƟlizando
capacidade aérea disponibilizada por Espanha, rumou ao
teatrodeoperaçõesdoAfeganistão.
A 1 de março os portugueses chegaram a Cabul,
transportando consigo 1,5 toneladas de material sanitário e
nodomingodia3iniciaramasuaaƟvidade.
O destacamento, composto por oito militares dos três
ramos das Forças Armadas, sendo dois médicos, três
enfermeiros e três socorristas, integraram‐se num
Regimento Sanitário do Reino Unido (16th Close Support
MedicalRegiment).
O destacamento português instalou‐se na zona este de
Cabul, tendo como principal missão, prestar apoio de saúde
aosmilitaresdaForçaInternacionalaoperarnacidadeenos
arredores.
Neste Ɵpo de aƟvidade, os militares portugueses
acompanhavam normalmente as forças britânicas em
missões de patrulhamento, enquanto que militares de
outras nacionalidades, apoiavam as operações de
inaƟvaçãodeexplosivosemunições.
Os militares portugueses prestaram ainda serviço em
três Centros de Saúde da cidade, onde fizeram atendimento
à população civil e cumpriram serviço de emergência
médica,duranteoperíododerecolherobrigatório.
No âmbito do novo Exército do Afeganistão, em
processo de formação, com o apoio da coligação
internacional, os nossos militares asseguraram a assistência
médicaao1ºBatalhãodaGuardaNacionalAfegã.
Além da aƟvidade operacional e como representantes
de Portugal naquele país, os nossos militares parƟciparam
nosseguinteseventos:
A comandante do destacamento, juntamente com a
Tenente Isabel Guerreiro do Exército (também médica do
destacamento), parƟciparam em 8 de março, em Cabul, na
comemoração do Dia Internacional da Mulher, cerimónia
organizada pelo Governo Interino do Afeganistão e à qual
estevepresenteoPresidente .HamidKarzai
Também em representação do nosso país, no dia 9 de
março, a comandante do destacamento e dois sargentos,
parƟciparam nas cerimónias fúnebres de repatriamento de
cinco militares, três dinamarqueses e dois alemães, da ISAF,
falecidos num acidente, com o manuseamento de um míssil
abandonadoeocorridoem6demarço.Éoportunoexplicar
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Destacam.
(Equipa)
Sanitária
08 3 FAP(inclui CmdtDest)
3 EXE
2 MAR
Base do MonƟjo, 26Fev02, o Destacamento Sanitário Português da ISAF, momentos antes da parƟda para o Afeganistão.
22
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
28. que a ISAF não deve ser confundida com a Coligação
Internacional, esta úlƟma liderada pelos EUA, ainda conduz
operações militares contra a Al‐Qaeda. Nesta coligação
internacional, Portugal parƟcipou com dois oficiais de
ligaçãoemTampa(EUA).
A ISAF era composta nesta altura (2002), por militares de
18 países, sob o comando britânico que fornecia o maior
conƟngente, e Ɵnha como missão geral dar assistência ao
novo Governo Afegão, contribuindo com a sua presença e
atuação para a segurança e estabilidade de Cabul, nos
termos de um Acordo Técnico‐Militar, estabelecido em 4 de
janeiro2002.
A capital afegã, onde se encontrava o comando desta
força, estava dividida em três setores, estando um à
responsabilidade do conƟngente inglês, outro do alemão e
oterceirodo francês.
4.Diversos
Em 2002 Portugal enviou para este país, inicialmente um
Destacamento (Equipa) Sanitária (entre fevereiro e abril) e
posteriormente um Destacamento Aéreo (entre abril e
julho),comumaaeronaveC‐130.
No total, 53 militares portugueses prestaram serviço
nestas unidades, sendo 48 da Força Aérea, três do Exército e
doisdaMarinha.
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8º Contingente Nacional
C‐212 Aviocar da Esquadra 502, asseguraram o transporte do Destacamento Português entre a BA 6 e Saragoça (Espanha).
Apoio médico ao Destacamento Apoio em terra ao C‐130Distância Cabul ‐ Lisboa
23
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
29. Destacamento C‐130
1.Missão
Destacamento aéreo, consƟtuído por uma aeronave C‐
130 com respeƟva equipa de apoio em terra, integraram
inicialmente as forças da Coligação (2002) e posteriormente
a Força Internacional de Apoio à Segurança no Afeganistão
(2004,2008e2009).
Inicialmente por um período de 4 meses (2002),
posteriormente por dois de seis meses (2004/2005) e
novamentepor4mesesem2008e2009.
2.Organização
a.EfeƟvo
Verquadro.
b.Estrutura
‐Períodomissão(4meses)‐Abr/Jul de2002
‐Período missão (1ano)‐ 21Jul04 a 30Jun05 (+ de 500 h de
voo)
‐Períodomissão(4meses)–4Set/13Decde2008
‐Períodomissão(4meses)–25Jul/24Outde2009
3. Principais aƟvidades/tarefas desenvolvidas pelas
capacidades
Face à grande distância do Afeganistão e decorrente do
enorme esforço logísƟco necessário para a sustentação das
operações, foram desenvolvidos contatos com as Forças
Armadas Belgas (FAB) no senƟdo de encontrar uma solução
de apoio mútuo, em virtude de a Bélgica também contribuir
comummeioaéreoequivalenteparaasforçasda ISAF.
Em 2002, o Destacamento Aéreo foi composto por um
C‐130 com tripulação reforçada incluindo pessoal de
manutenção. ParƟciparam ainda, um conjunto de
aeronavesdomesmoƟpodeoutrospaíses(Bélgica,Gréciae
Roménia) que chegaram mais tarde ao teatro de operações.
Este conjunto de aeronaves ficou inicialmente sediado, em
Carachi (PAQ), um dos países limítrofes do Afeganistão, de
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8º Contingente Nacional
2002‐Dest
Aeronave
C‐130
15 PAX x
3 Rotaç.
durante4
meses
Operaram desde Carachi,
no Paquistão
2004‐ Dest
Aeronave
C‐130
43(TBC)
(6meses)
Tripulação + Eq.Ap.em
Terra (Eq. Manut. e célula
Ops/Inf);
Base em Cabul.
2008‐ Dest
Aeronave
C‐130
40 PAX x
3 Rotaç.
durante4
meses
Cmdt+ Tripulação
(7PAX)+ Eq.Ap.em Terra
(Manut 12PAX; Ap Ops
4PAX; CSI 3PAX; Log
3PAX; FP 7PAX; Ap.Med.
2PAX e PIO 1PAX)
2009‐ Dest
Aeronave
C‐130
41
(TBC)PAX
x
3 Rotaç.
durante
4meses
Cmdt + Tripulação +
Eq.Ap.em Terra
C‐130 Português em missão no Afeganistão
24
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
30. onde foram efetuados os voos de sustentação, para o
interiordoterritórioafegão.
Em 2004, a aƟvidade operacional dentro do teatro teve
início em 25Jul04, sendo de salientar que o C‐130 da FAP foi
o primeiro meio aéreo com capacidade de transporte aéreo
táƟco,cedidoà ISAF.
Ummêsdepois,juntou‐seumC‐130daBélgica,iniciando‐
se assim o destacamento aéreo conjunto, baseado no
Aeroporto Internacional de Cabul e com a missão de
fornecer apoio logísƟco através do transporte de carga,
passageiros e eventuais evacuações sanitárias, aos, na
altura designados (PRP),Provincial ReconstrucƟon Team
localizadosnonortedoAfeganistão.
Nesta área do país estavam já implantados quatro PRP,
nas localidades de , , eKonduz Mazar‐i‐Sharif Faizabad
Maimana. As localidades eram servidas por pequenos
aeródromos, que não possuíam quaisquer serviços
(meteorologia, combusơvel, serviço de assistência e
socorro), para além de pistas de piso não preparado ou em
mau estado de conservação, a que não são alheios os 30
anosdeguerraqueoAfeganistãoviveu.
A estrutura do espaço aéreo no Afeganistão era
exclusivamente baseada em regras de voo visual, por
inexistência de ajudas rádio ou controlo radar, sendo os
pilotos responsáveis pela separação de tráfego, através de
reportes de posição. Para além dos voos militares, e das
linhas aéreas internas do Afeganistão, exisƟa também
bastante tráfego aéreo relacionado com o transporte de
pessoal e carga, em aeronaves fretadas pelas Organizações
das Nações Unidas (ONU) e Organizações Não‐
Governamentais(ONG's).
Refira‐se que a conjugação de todos estes fatores
representava um acréscimo de dificuldade para o
planeamentoeexecuçãodasmissõesaéreas.
O planeamento das missões de C‐130 era realizado
semanalmente pela Célula de Coordenação de Transporte
Aéreo (ALCC) e pelo Comandante de Destacamento, de
acordocomasnecessidadesedisponibilidadesdashorasde
voo das aeronaves PRT/BEL. De uma forma geral, eram
realizados voos diários que compreendiam vários troços
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8º Contingente Nacional
Força de proteção e tripulação do C‐130 no Afeganistão
Bandeira Nacional em terras do Afeganistão
25
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
31. entreos PRP eemmédiaasmissõesƟnhamumaduraçãode
4horasdevoo.
Desde o início do Destacamento (25Jul), até ao final de
setembro de 2004, o C‐130 realizou no teatro de operações
95 horas de voo, transportou 1557 passageiros e cerca de
100toneladasdecarga.
Para além da simples análise dos números, que por si só
refletem a importância do apoio logísƟco prestado por um
meio aéreo desta natureza num teatro de operações com as
caracterísƟcas do Afeganistão, salienta‐se ainda que o
mesmo foi imprescindível no contributo à ISAF durante os
atoseleitoraisrealizadosem09Out04.
4.Diversos
OSistemaIntegradodeComunicações(CIS) PRT
a.Em2004,umaferramentafundamentalparaoexercício
da função de Comando e Controlo, foi colocada ao dispor do
destacamento. Trata‐se do sistema de informação e
comunicação, resultado da colaboração entre a Força
Aérea, por meio do Comando Operacional e da Direção de
InformáƟca, e o Estado‐maior General das Forças Armadas
(EMGFA), representado pela Divisão de Comunicações e
Sistemas de Informação (DICSI) e pelo respeƟvo Serviço de
Cifra. Foi assim, estabelecido uma ligação de satélite
permanente entre o destacamento em KAIA, o EMGFA e a
Força Aérea. A uƟlização desta capacidade permiƟu a
comunicação telefónica cifrada e em claro, a troca de
correio eletrónico não–classificado, e ainda a ligação ao
sistemanacionaldemensagensmilitares(MMHS).
b. Em 8 de abril de 2004, o Conselho Superior de Defesa
Nacional deliberou, por unanimidade, retomar a
parƟcipação nacional na ISAF a parƟr de maio de 2004. O
conƟngentedaíresultante,éconsƟtuídopor:
a) Uma aeronave C‐130 e um destacamento aéreo, até
junhode2005;
b)Elementosaintegraroquartel‐generalda ISAF;
c)Umacompanhiadeinfantaria,aparƟrdejulhode2005;
d) Um grupo de comando do Aeroporto de Cabul, a parƟr
dejulhode2005.
Posteriormente por deliberação do CSDN de 05Dec07, o
Governo Português determinou a parƟcipação na ISAF,
entre Ago/Dec08, de uma força composta por uma
aeronave C‐130 com a sua respeƟva tripulação e uma
equipadeapoioemterra.
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8º Contingente Nacional
C‐130 Português numa missão de transporte intra teatro
Militares Afegãos, a bordo do C‐130 português.
26
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
32. Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Destacamento C‐130 ‐ Foto de grupo
Manutenção da aeronave em terra Acondicionamento de cargas na aeronave
Chegada de mais uma missão
27
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
33. Equipas da Força Aérea
Portuguesa
1.Missão
Em 2004, as diversas equipas da Força Aérea que
contribuíram para a ISAF eram consƟtuídas por: uma
equipa de bombeiros, uma equipa de controladores de
trafegoaéreoeumaequipademeteorologistas.
EsƟveram no TO em períodos de seis meses, estendidos
porperíodosrenováveisdeigualduração.
2.Organização
a.EfeƟvo
10militares
b.Estrutura
Duraçãoseismeses,podendoserprolongada.
3. Principais aƟvidades/tarefas desenvolvidas pelas
capacidades
ParƟram em 27 de maio de 2004 para o Afeganistão, oito
militares da Força Aérea Portuguesa que integraram a
InternaƟonal Security Assistance Force (ISAF). No total
quatro sargentos e quatro cabos, controladores aéreos e
operadores de sistemas de assistência e socorro, aos quais
se juntaram dois meteorologistas, que prestaram serviço no
AeroportodeCabul.
Controladoresdetráfegoaéreo
Portugal assumiu, entre outros, o compromisso de
colaborar na prestação de Serviços de Tráfego Aéreo
(controlo de aeródromo) no Kabul Afghanistan
InternaƟonal Airport (KAIA), com a parƟcipação de três
controladores militares. A primeira missão teve início em
01JUN04 e nela esƟveram envolvidos os 1Sar OPCART
Carlos Eira, Rogério Nunes e João Pacheco até 17Nov04,
data em que foram subsƟtuídos pelos 1Sar OPCART
Fernando Gonçalves, Joaquim Fernandes e Carlos MarƟns,
comconclusãodemissãoprevistaparaFev05.
A alƟtude em KAIA é de 1780 metros e encontra‐se
rodeado de montanhas, o que consƟtuí um óbice natural à
operação das aeronaves, designadamente em condições
meteorológicasadversas.
Durante o período em que decorreu a primeira missão,
esƟveram envolvidos controladores civis e militares
oriundos de vários países com graus de preparação e
experiências diferentes. Além dos portugueses,
parƟciparam também canadianos, dinamarqueses,
estónios, húngaros, islandeses, ingleses, lituanos, polacos,
romenoseturcos.
Onúmerodemovimentosdiáriosem2004erajábastante
expressivo, voos civis (a grande maioria) e voos militares.
Emtermosgerais,atéiníciodenovembrode2004onúmero
de movimentos foi de, aproximadamente 32.000 o que
significa uma média diária de cerca de 100. A Control Zone
(CZ) de Cabul, delimitada por um circulo de 10 NM de raio,
do solo até 12.000 pés (exclusive) e o espaço aéreo inserido
nos limites laterais da (CA) de (BaseControl Area Bagram
militaramericana).
Sem rádio ajudas, que permiƟssem voos por Instrument
Flight Rules (IFR), as aeronaves em aproximação eram
encaminhadas para o circuito do aeródromo,
contrariamente ao que geralmente acontece nos
aeroportos em que o tráfego aparece já estabilizado e
sequenciado na final, o controlo era efetuado,
exclusivamente, com base no reporte de posição das
aeronaves. Todos os controladores portugueses
desempenharam funções de supervisão nas equipas de
controlo em que esƟveram integrados em funções de
instrução aos novos elementos, que foram entretanto
colocadosnaTorredeControlodoaeroportodeCabul.
Equipadebombeiros
Prestando serviço de assistência e socorro, a ação desta
equipa, caraterizou‐se principalmente pelas diversas
intervenções realizadas e nas ações de treino efetuadas,
após integração de elementos, nas equipas de assistência e
socorrointernacionais,queforamconsƟtuídasem KAIA.
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8º Contingente Nacional
Equipas da
Força Aérea
10 Eq. Bombeiros– 05
Eq. Contr.Aéreos. – 03
Eq.Meteorol.-02
Equipa da Força Aérea no Afeganistão
Viatura uƟlizada pelos especialistas de operações de socorro
28
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
34. TacƟcal Air Controller
Party (TACP)
Unidade de control aéreo avançadoo
1.Missão
O (TACP) da Força AéreaTacƟcal Air Controller Party
Portuguesa, fez parte da Força Nacional Destacada no
Afeganistão em 2005 e tendo como missão principal,
controlarmeiosaéreosatribuídos,emapoioaéreopróximo.
2.Organização
a.EfeƟvo
7militares
b.Estrutura
Duraçãoseismeses,podendoserprolongada.
Período‐10AGO05
3. Principais aƟvidades/tarefas desenvolvidas pelas
capacidades
A unidade foi atribuída à ISAF em 10AGO05, comandada
pelo Major Machoqueiro, sendo composta por sete
militares e incluía viaturas e equipamentos de guiamento,
idenƟficaçãoecontrolo.
O TACP apoiava inicialmente a Companhia de Comandos
da FND que operava no Setor do RC‐C, as QRF dos Regional
Area Coordinator (RAC) dos Setores Norte e Oeste e outras
unidades ISAF, sem Controladores Aéreos Avançados
Terrestres ( – GFAC), aGround Forward Air Controllers
designarpeloComandoda ISAF.
Posteriormente o TACP, passou a ter definida a prioridade
deapoioà QRF/FND/ISAF.
4.Diversos
A atribuição, com prioridade para a força do ConƟngente
Português, foi definida após deliberação do CSDN, este
orgão determinou a parƟcipação nas forças da ISAF, de uma
equipa de controladores Aéreos Avançados ‐ TAC (entre
outras) ‐, a atuar com prioridade de apoio à QRF/FND/ISAF
aparƟrde AGO05.
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8º Contingente Nacional
TACP 7
TACP em operação no Afeganistão
Teste dos equipamentos rádio
29
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
35. Grupo de Comando
KAIA
1.Missão
“As Forças Armadas planeiam, aprontam e sustentam um
Grupo de Comando do Aeroporto de Cabul (...) a fim de
integrarem a Força Internacional de Apoio à Segurança no
Afeganistão.”
2.Organização
a.EfeƟvo
37militares
b.Estrutura
Períodode4meses‐01AGO a01DEC05
3. Principais aƟvidades/tarefas desenvolvidas pelas
capacidades
Portugal foi a de uma equipa mulƟnacionallead naƟon
que operava o aeroporto de Cabul, tendo com tarefas
principais controlar as operações no aeródromo, a fim de
possibilitar o movimento de pessoal e material da ISAF e
apoiar o Ministério de Transportes Afegão, na operação do
aeroportocivil.
O Comando de KAIA teve a seu cargo nesta fase:
formação de Controladores de Tráfego Aéreo e de
operadores na área da meteorologia, a elaboração de
procedimentos (SOP) para as operações, logísƟca, de apoio
eproteçãodaforça.
Durante 4 meses, o Coronel Piloto‐Aviador Luís Ruivo,
comandou, no Aeroporto da capital do Afeganistão, um
destacamento composto por 37 militares portugueses,
sendo 34 da Força Aérea, dois do Exército e um da Marinha.
No dia 1 de dezembro de 2005 este comando foi entregue a
umoficialdaForçaAéreaGrega.
KAIA ( ), como éKabul Afghanistan InternaƟonal Airport
conhecido na NATO, esteve sob gestão portuguesa desde
agosto 2005 tendo nesse período sido criadas as condições
para a operação noturna do aeroporto, elaborados e
implementados documentos normaƟvos nas áreas de
operações,logísƟca,apoioeproteçãodaforça.
As capacidades locais foram desenvolvidas através da
formação de cidadãos afegãos na área do controlo de
tráfego aéreo e meteorologia e segundo os padrões da
aviaçãointernacional.
Foram ainda introduzidas novas valências em KAIA as
quais se traduziram num melhor apoio às Forças da NATO
no terreno, e à população afegã em geral, nomeadamente
nasevacuaçõesaero‐médicas,24horaspordia.
Para se ter uma ideia do movimento deste aeroporto, à
época, o mesmo era semelhante ao do aeroporto Sá
Carneiro, no Porto, ou seja, desde 01 de agosto até ao 01 de
dezembro de 2005, a torre de controlo KAIA controlou
14.132 aeronaves militares e civis e o terminal despachou
34.536passageirose13.464toneladasdecarga.
Após o regresso a Portugal, este destacamento foi
recebido no AT 1 em Lisboa a 2 de dezembro de 2005,
permaneceram ainda em KAIA, 10 militares da Força Aérea,
das especialidades de Controlo de Tráfego Aéreo,
Meteorologia,ManutençãodeAeronaveseManutençãode
Material Terrestre, e Controlo Aéreo TácƟco (TACP) ficando
com 7 elementos destacados junto da Companhia de
Manobra em “ ” que prosseguiu a missãoCamp Warehouse
decoordenaroapoioaéreodecombate.
4.Diversos
Em dezembro de 2004, a Aliança aprovou uma solução
para assegurar o comando do Aeroporto de Cabul até 2007.
A Turquia, Portugal, Grécia, Roménia, Bulgária e República
Checa exercerão as funções de comando do aeroporto de
fevereiro de 2005 a abril de 2007, cabendo a Portugal o
períododeagostoadezembrode2005.
A parƟr de 19NOV05 e a fim de assegurar a conƟnuidade
da formação dos elementos de controlo de tráfego aéreo,
Portugal manteve em KAIA 10 militares, na Área de
Operações.
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8º Contingente Nacional
Grupo
CMDKAIA
34 FAP
2 EXE
1 MAR
Placa com medidas de segurança vigentes
Cerimónia do Içar da Bandeira Nacional em KAIA
30
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
37. Quick ReacƟon Force
QRF
1.Missão(2005a2008)
Conduzir operações como (QRF) doQuick ReacƟon Force
COMISAF, no apoio ao Governo do Afeganistão (GOA) e
Autoridades Afegãs (Forças de Segurança Afegãs), no
estabelecimento e manutenção de um ambiente seguro,
facilitando a reconstrução do Afeganistão e contribuindo
paraaestabilidaderegional.
2.Organização
A parƟr de Julho de 2005 a QRF era consƟtuída por uma
Secção de Comando, uma Companhia de Manobra, um
Centro de Operações TáƟco, um Destacamento de Apoio de
Serviços, todos do Exército e uma Equipa de Controladores
AéreosAvançados(TACP)daForçaAérea.
3. Principais aƟvidades/tarefas desenvolvidas pela
capacidade
a.Anode2005
A primeira QRF a ser projetada para o Teatro de
Operações (TO) do Afeganistão (AFG), foi comandada pelo
Tenente‐CoroneldeInfantariaComandoLuísFilipeCarvalho
das Dores Moreira, permaneceu em TO desde 03AGO05 a
18FEV06.
O seu efeƟvo era composto por 157 militares, 150 do
Exército e 7 da Força Aérea, sendo 14 Oficiais, 44 Sargentos
e99Praças.
A unidade de manobra era consƟtuída pela 2ª Companhia
de Comandos (2ªCCMDS) e efectuou o aprontamento no
RegimentodeInfantaria1,naSerradaCarregueira.
A QRF encontrava‐sesediadaemCamp Warehouse (CW),
Cabul.
DasuaacƟvidadeoperacionaldestaca‐se:
• Operação TUBARÃO, de 23AGO05 a 16SET05, com a
finalidade de intensificar a presença na AO da Kabul
MulƟnaƟonal Brigade (KMNB). Para a 2ª CCMDS, a
missão atribuída, contemplava a realização de patrulhas
motorizadas, patrulhas apeadas, montar VCP (Vehicle
Check‐Point) e manter um Grupo de Combate (GrComb)
em QRF a15minutosde (NTM);NoƟcetoMove
• Operação SUPPORT NAPCE, de 01SET05 a 19DEC05,
dentro da AO do KMNB, por forma a garanƟr a
segurança durante as eleições da Assembleias Nacional
eprocessopolíƟcoinerente;
• Operação SCREEN III, em 09SET05, com a finalidade de
apoiar o (ASP) na segurança aoAfghan Security Partners
OlympicStadiumenocontrolodeacessosàcidade;
• Operação OCTOPUS II, de 17SET05 a 13OUT05, com a
finalidade de efectuar vigilância em possíveis áreas de
lançamento de , detectar e deter qualquerrockets
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8º Contingente Nacional
Viaturas em patrulha no Kabul Military Training Center
32
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
38. suspeito de acƟvidade das Opposing Military Forces
(OMF). As missões foram atribuídas através da matriz
Intelligence, Surveillance, Target AcquisiƟon &
Reconnaissance(ISTAR);
• Operação SPIDER, de 24SET05 a 06OUT05, operação
de vigilância ao longo do iƟnerário CRIMSON, com o
objecƟvodedetectarelementosda OMF;
• Operação PASS GUARD II, para estabelecimento de
segurançaaospaióisda KMNB;
• Operação DOCTOR NO, de 04OUT05 a 06OUT05,
visitadoSecretário‐Geralda NATO aCabul;
• Operação EXPANSION II, de 07OUT05 a 11OUT05,
visita de uma delegação do Joint Force Commander –
Brunssum (JFC‐B) ao AFG; A QRF portuguesa (PRT)
escoltou a delegação do JFC‐B em 06OUT05 até Bagram
Airfield (BAF) e em 07OUT05, de regresso ao Quartel‐
General da (ISAFInternaƟonal Security Assistance Force
HQ);
• Operação KABUL SHIELD, de 12OUT05 a 14OUT05
com a finalidade de aumentar a vigilância em toda a AO,
por forma a evitar o lançamento de porrockets
elementosda OMF;
• Operação RUBICON, de 17OUT05 a 18OUT05, escolta
a um grupo de 20 elementos do ISAF HQ de Cabul para o
túnelde em17OUT05;Salang
• Operação CALAMARI I, II e III, de 29OUT05 a
01NOV05, incremento da segurança nas instalações da
UNAMA, das Organizações Internacionais e da ISAF,
para deter, detetar e/ou prevenir qualquer ataque
contraestasinstalações;
• Operação SWORDFISH, de 02DEC05 a 06DEC05,
aumento da vigilância no centro de Cabul, para detectar
e deter qualquer ataque contra as localizações do
Regional Economic CooperaƟon Conference (RECC). A
KMNB esteve pronta para responder a qualquer
incidente em apoio às Afghan NaƟonal Security Forces
(ANSF);
• Operação AFGHAN VENTURE, de 08DEC05 a
15DEC05 e Operação AFGHAN COURAGE, de 16DEC05
a 20DEC05, coordenação com a ANSF para garanƟr um
ambiente seguro na Cabul AO, no período que
antecedeu à inauguração da Assembleia Nacional,
assegurando que todos eventos decorressem sem
distúrbiosouincidentes;
• Operação BATs FLIGHT em 29DEC05, vigiar as
passagens entre as montanhas da província de e oLogar
distrito de , para prevenir as OMF de introduzirMusahi
munições e explosivos na área de Cabul com o objecƟvo
de privar os terroristas dos seus recursos para possíveis
atentados;
• Operação DETERMINED EFFORT, conduzir operações
desegurançaeestabilizaçãonaCabul AO;
• Operação NEW YEAR SHIELD de 30DEC05 até
01JAN06, incrementar a vigilância nos locais mais
prováveis de lançamento de na Cabul AO, derockets
forma a impedir ou deter ataques de contra asrockets
instalaçõesda ISAF;
• Operação HADES em 09JAN06, executar uma
vigilância da área em , com a finalidade deBagrami
impedir a execução de acções violentas por parte de
elementos da OMF, durante o Dia do Sacriİ cio (AL‐
ADHA)egaranƟrassimasegurançanaregião;
• Operação LONDON CALLING de 29JAN06 a 31JAN06,
vigiar as áreas mais sensíveis dentro da AO por forma a
dissuadir/impedir qualquer ataque contra a ISAF,
Combined Forces Command Afghanistan (CFC‐A), GOA
e ANSF, durante o período em que decorreu a
ConferênciadeLondres;
•Operação WASP NEST,aparƟrde23JAN06aumentara
presença na parte Sul do distrito de , por formaBagrami
a ganhar a confiança da população local e aumentar o
conhecimentosobreasituaçãolocal;
• Operação TUBARÃO II de 21FEV06 a 10MAR06,
conduzir o treino de procedimentos aeromóveis e
operações conjuntas com a PRT Coy (Central QRF) e as
unidades de manobra da KMNB, por forma a qualificar a
PRT Coy como ISAF Central QRF e Reserva da KMNB;
Esta operação aplicou‐se à 1ª CCMDS que rendeu a 2ª
CCMDS,enquanto ISAF CENTRAL QRF;
• Operação ISAF SUPPORT TO EMBASSIES/IC, a ISAF
preparou‐se para apoiar a evacuação de pessoal das
embaixadas para local seguro, apoio a pedido das ANSF,
assegurando a sua liberdade de movimentos e a
protecçãodassuasforças;
• Operação ISAF PROVIDE REINFORCEMENT TO
N O RT H E R N A N D W ES T E R N R EG I O N S, com
posicionamento da PRT Coy/CENTRAL QRF em KAIA de
072200LFEV06 até 120600LFEV06, por forma a ser
projectada em qualquer parte da ISAF AO em caso de
necessidade.
Um facto muito relevante, foi o falecimento em
18NOV05, do 1º Sargento Comando João Paulo Roma
Pereira, num acidente ocorrido, durante uma patrulha em
BAGRAMI. O corpo do militar, foi transladado para Portugal
em21NOV05.
Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Treino com meios aéros, CH47 Chinook
Posto de Observação DOLPHIN
33
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
39. Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
1Sarg Inf Comando João Paulo Roma Pereira, falecido a 18NOV05.
34
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
40. b.Anode2006‐1ºSemestre
A segunda QRF a ser projetada para o TO do AFG foi
comandada pelo Tenente‐Coronel de Infantaria Comando
PedroMiguelAlvesGonçalvesSoares.
Para cumprir a missão dispunha da mesma composição e
arƟculação da QRF anterior, sendo o seu efeƟvo composto
por 157 militares, 150 do Exército e 7 da Força Aérea, sendo
14 Oficiais, 42 Sargentos e 101 Praças. A unidade de
manobra era a 1ª CCMDS e o aprontamento foi efectuado
noRegimentodeInfantaria1,naSerradaCarregueira.
Permaneceu em TO desde 18FEV06 a 29AGO06 e esteve
sediadaem (CW),Cabul.CampWarehouse
DasuaaƟvidadeoperacionaldestaca‐se:
• Operação TUBARÃO II, de 04FEV06 a 10MAR06, com a
finalidade de conduzir de patrulhas conjuntas em toda a
AO etreinoaeromóvelcom CH‐47;
• Operação SACEUR VISIT, de 26 a 28FEV06, uƟlizando
umGrCmdscomo QRF;
•Operação GOA CONFERENCE,de27FEV06a01MAR06,
durante a conferência dos governadores provinciais e
membros dos concelhos em Cabul; Esteve de prevenção
durante 3 dias em KAIA, um GrCmds como QRF para
possívelprojecçãoporhelicóptero;
•Operação BRUSSUM VISIT,de15a17MAR06,durantea
visita do COMMANDER ALIED JFC‐B, com a 1ª CCMDS
prontaeàordem;
• Operação COCKROACH I, de 12 a 22MAR06, para evitar
o lançamento de da parte mais críƟca da AO derockets
Cabul ( ) a área foi patrulhada de dia e de noiteBagrami
pela1ª CCMDS;
• Operação AFGHAN HAPPY NEW YEAR, de 20 a
22MAR06, durante as comemorações do ano novo
Afegão, com um GrCmds em QRF no QG/ISAF e dois
GrCmdsem CW prontosparaprojecção;
• Operação NATO MC VISIT, de 27 a 30MAR06, durante a
visita do MILITARY COMMITTEE NATO com um
GrCmdsem QRF a15minutosde NTM prontoaintervir.
• Operação CHRISTMAS TREE EMBASSIES, em
31MAR06, para conter possíveis tumultos junto à
embaixada italiana pela concessão de asilo políƟco a
RAHMAN, que se converteu ao crisƟanismo, com a 1ª
CCMDS prontaaintervir;
• Operação KABUL FIND 06, em 10ABR06, para garanƟr a
segurança à área onde ocorreu um exercício da ISAF de
recuperaçãodepessoal,comumGrCmds;
• Operação COCKROACH II, de 09 a 19ABR06, com o
mesmo conceito da primeira operação, mas
empregando o patrulhamento em toda a área da KMNB
eincidindonasáreasmaiscriƟcas( e );Bagrami Pagman
• Operação DSACEUR VISIT, de 21 a 23ABR06, durante a
visita do DSACEUR ao JOC/KMNB, com um GrCmds em
QRF a15minutosde NTM;
• Operação BEGONIA, de 28 a 29ABR06, durante as
comemorações do dia da independência do AFG, com
GrCmds em QRF no ISAF HQ, no Estádio Olímpico e em
CW;
• Operação CHOC, em 04MAI06, durante a cerimónia de
posse de Comando da ISAF IX, com um GrCmds a
montar segurança (VCPs) com a KCP e a patrulhar a área
Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Treino de embarque em meios aéreos
35
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
41. Suldo ISAF HQ;
• Operação CROW, de 06 a 21MAI06, conƟnuando a série
COCKROACH com a 1ª CCMDS no patrulhamento de
toda a AO da KMNB, incidindo na área mais críƟca
( ), mantendo um GrCmds em QRF a 15 minutosBagrami
de NTM;
• Operação CARRIER PIGEON CIS TEST, em 09MAI06,
durante o deslocamento de uma coluna militar de Cabul
para , com vista a fazerem‐se testes deSurobi
comunicações, a 1ª CCMDS manteve um GrCmds em
QRF a15minutosde NTM;
• Operação PTS CONFERENCE, em 15MAI06, durante a
realização de uma conferência do Governo do AFG num
hotel de Cabul, com a 1ª CCMDS a patrulhar áreas
críƟcasconƟdasnasboxes EAGLE e HAWK;
•Operação SUPERMARKET I,de15a22MAI06,durantea
construção de um perímetro de segurança a um
depósito de munições e explosivos do exército Afegão,
coma1ª CCMDS empatrulhamentoduranteanoite;
• Operação SATURN NPA VISIT, de 17 a 20MAI06,
durante uma visita a Cabul da NATO Parliamentary
Assembly, com um GrCmds em QRF a 60 minutos de
NTM;
• Operação COMUSAFE COM VISIT, de 17 a 20MAI06,
durante uma visita ao ISAF HQ pelo COMUSAFE/COM
CC AIR RAMSTEIN, com um GrCmds em QRF a 60
minutosde NTM;
• Operação SUPERMARKET II, de 25 a 27MAI06, com a
intervenção semelhante à primeira desta série, pela 1ª
CCMDS;
• Operação SOPHIA PRT EXECUTIVE MEETING, em
25MAI06, durante um encontro com vários ministros
Afegãos e embaixadores dos diversos países
parƟcipantes na ISAF, com um GrCmds em CW, como
QRF ea15minutosde NTM;
• Operação KABUL TROUBLES, em 30MAI06, após
distúrbios provocados por um acidente de viação com
viaturas da Coligação, a 1ª CCMDS manteve‐se pronta a
intervircomumGrCmdsa60minutosde NTM;
• Operação CALAMAR KABUL CITY, em 02JUN06, no
seguimentodaOperação KABUL TROUBLES eperantea
possibilidade de mais distúrbios, com o empenhamento
da1ª CCMDS;
• Operação CRICKET GAME, em 04JUN06, durante um
jogo de entre a selecção nacional Afegã e umacricket
equipa do ISAF HQ, com um GrCmds em QRF a 15
minutosde NTM em CW;
• Operação TURTLE, de 15JUN06 a 16JUL06, com
projecção para desenvolver acções de patrulhamento
na região de e garanƟr um GrCmds como QRF emFarah
SHINDAND a60min NTM eem HERAT a120minutosde
NTM;
• Operação PASS GUARD, para estabelecimento de
segurançaaospaióisda KMNB;
•Operação TRIGGER IIRT,paraForceProtecƟonaequipas
Mobil Medical Team Explosive Ordnance(MMT) e
Disposal (EOD), em caso de tentaƟva de atentado ou
ameaça (IED);ImprovisedExplosiveDevice
• Operação WHITE SNOW, com a 1ª CCMDS a relatar a
situaçãodoestadodosiƟnerários;
•Operação RAT TRAP II,comvistaàcapturadepessoalna
partecentraldeCabul.
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8º Contingente Nacional
Viatura em patrulha durante a Operação TURTLE
36
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
42. Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Patrulha no interior de uma Aldeia Afegã
Contato com a população civil durante operação Cerimónia de atribuição da Medalha NATO
Coluna de viaturas durante a Operação TURTLE
37
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
43. Anode2006‐2ºSemestre
A terceira QRF a ser projetada para o TO do AFG, foi
comandada pelo Tenente‐Coronel de Infantaria Pára‐
quedista Paulo José de Sousa Teles Serra Pedro.
Permaneceuemmissãono TO desde29AGO06a28FEV07.
Dispunha da mesma composição e arƟculação das QRF
anteriores, com o efecƟvo a 149 militares, 141 do Exército e
8 da Força Aérea, sendo 13 Oficiais, 36 Sargentos e 99
Praças.Aunidadedemanobraeraa11ªCompanhiadePára‐
quedistas, do 1º Batalhão de Infantaria Pára‐quedista.
Efectuou o seu aprontamento em S. Jacinto, no Regimento
deInfantaria10.
DasuaaƟvidadeoperacionaldestaca‐se:
• Segurança a (KAF), de 02SET06 aKandahar Airfield
03NOV06, no (RC‐S), a fim deRegional Command South
efectuarsegurançaİ sica,emperímetrodaárea;
• Operação WYCONDA OQAB III, de 07NOV06 a
05DEC06, na Província de noFarah Regional Command
West (RC‐W), com a finalidade de efectuar uma
vigilânciadeflanco;
•Operação WYCONDA OQAB I,de16NOV06a30NOV06,
na Província de no RC‐W, com a finalidade deFarah
efectuar patrulhas de segurança e vigilância nos
principaisiƟnerários;
• Operação WYCONDA OQAB IV, de 01DEC06 a
05DEC06, na Província de no RC‐W, com aFarah
finalidade de efectuar uma vigilância de flanco e
monitorizaçãodepostosdecontroloemapoiodo ANA;
• Operação CENTAURO FADO,de20DEC06a 23JAN07no
RC‐C, com a finalidade de efectuar patrulhamentos dos
iƟnerários;
• Operação CARAVEL, de 27JAN07 a 13FEV07 no RC‐C,
com a finalidade de efetuar patrulhamentos dos
iƟnerários.
OutrasaƟvidades:
•Reconhecimentoao RC‐S,de28SET06a03OUT06;
•Reconhecimentoao RC‐W,de10OUT06a13OUT06;
• Ajuda humanitária em 06JAN07 no RC‐C, onde foram
entregues arƟgos escolares, medicamentos e géneros
alimentaresnumaescolaehospital;
• na Operação VIKING (AjudaForce ProtecƟon
Humanitária em Cabul) em 08FEV07 no RC‐C. A
acƟvidade (CIMIC),Civil‐Military CooperaƟon
finlandesa ao Centro de Refugiados no Police District
(PD) 6, com 600 famílias; Esta acƟvidade humanitária
em Cabul distribuiu 11 toneladas de alimentos e 400
cobertores.
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8º Contingente Nacional
Desembarque da força e meios em Herat, a oeste do Afeganistão.
Reabastecimento aéreo de combusơvel
38
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
44. Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Apoio Sanitário à população civil Patrulhas em FARAH, Oeste do Afeganistão
Manutenção de viatura Ação CIMIC em Cabul.
39
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
45. Anode2007‐1ºSemestre
A quarta QRF a ser projetada para o TO do AFG, foi
comandada pelo Tenente‐Coronel de Infantaria Pára‐
quedistaPauloJúlioLopesPipadeAmorim.Permaneceuem
missãono TO desde28FEV07a28AGO07.
Dispunha da mesma composição e arƟculação das QRF
anteriores, com um efeƟvo de 158 militares, 150 do Exército
e 8 da Força Aérea, sendo 14 Oficiais, 45 Sargentos e 98
Praças. A unidade de manobra era a 2ª CCMDS. Efectuou o
seuaprontamentonoRegimentodeInfantaria3,emBeja.
DasuaaƟvidadeoperacionaldestaca‐se:
• Operação OQAB MAGNET DECISIVE PHASE, de 04 a
09MAR07 no RC‐C, com a finalidade de conduzir
reconhecimentos e operações conjuntas com o French
(FR) BG, Task Force (TF) CARACAL e TF PANTERA, no
interior da BOX FOXHOUND no distrito de , a fimSurobi
desefamiliarizarcomaÁreadeOperaçõesdo RC‐C;
• Operação OQAB MAGNET ENDURING PHASE, de
16MAR07 a 06ABR07, no RC‐C, com a finalidade de
conduzir patrulhamentos diurnos e nocturnos nas boxes
FOXHOUND, ALSATIAN e BOXER emapoiodo FR BG;
• Operação ELYSIAN FIELDS, de 01 a 06ABR07 no RC‐C,
com a finalidade de reportar permanentemente
qualquer evento relacionado com a segurança nos
iƟnerários principais de reabastecimento,
especialmentenoIƟnerário CRIMSON;
• Operação ELYSIAN FIELDS de 15ABR07 a 02MAI07 no
RC C, com a finalidade de apoiar a rotação do FR BG,
conduziu patrulhamentos a Noroeste de Cabul, desde
Shakar Darreh Estalef Qareh Bagha e , exercendo o
esforçonoIƟnerário HORSESHOE;
• Operação DOGAN BARIS de 17ABR07 no RC‐C, com a
finalidade de garanƟr a segurança em redor do
complexo de durante a visita dosPol‐e Charkhi
Embaixadores do a esteNorth AtlanƟc Council
complexo;
• Operação DOGAN DESTEK de 18ABR07 a 04MAI07 no
RC‐C, como QRF (‐) a 30 minutos de NTM, reforçada
com equipa EOD e MMT e reconhecimentos aéreos,
para apoiar as ANSF na da Feira da Agricultura durante o
períodocompreendidoentre18ABR07a04MAI07;
• Operação NOW RUZ ADALAT de 06MAI07 a 20JUN07
nos RC‐C, RC‐Ee RC S.De06a13MAI07‐ daDeployment
QRF Portuguesa para KAF na região Sul do Afeganistão.
De17a20JUN07–RedeploymentdaForçaparaKabul;
• Operação ILUSÃO em 17MAI07 no RC‐S, com a
finalidade de executar uma manobra de diversão na
regiãodeHowz‐e‐madad(41RQQ2193);
• Operação HOOVER de 24 a 26MAI07 no RC‐S, com a
finalidade de estabelecer uma posição de detenção a
OESTE de , a fim de conter movimentos insurgentesAlizi
(INS)eoacessoàregiãode (distritoda );Nalgham Zhari
• Operação ESCORPIÃO de 02 a 05JUN07 no RC‐S, com a
finalidade de conduzir Operações de Nomadização e de
Limpeza de Zona na Box DONINHA (distrito de
Maywand), a fim de interditar e desorganizar a
acƟvidade INS nessa região. Material apreendido e
detenções:
• Recuperados/apreendidos: um camião roubado ao
Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Operação NOW RUZ ADALAT no RC S
40
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
46. GIRoA,duaspick‐upequatroveículosligeiros;
•DeƟdascatorzepessoas;
• Apreendido o seguinte armamento e munições: 5
AK47, 4 Metralhadoras Ligeiras PKM, 2 RPG 7, 10
Granadas de RPG, 1 Espingarda de repeƟção, 1
Espingarda , 1 Máscara NBQ, diversasSimonov
munições 7,62mm e material diverso para o fabrico de
IED's.
• Operação VÍBORA 02 de 10 a 14JUN07 no RC‐S, com a
finalidade de conduzir Operações de Nomadização e de
Limpeza de Área nas Boxes LISBOA, PORTO, COIMBRA
e BEJA (distrito de ), a fim de interditar eMaywand
desorganizar a acƟvidade INS nessa região. Material
apreendidoedetenções:
• Recuperados/apreendidos: uma viatura 4x4 e um
veículoligeiro;
DeƟdastrêspessoas;
• Apreendido o seguinte armamento e munições: 2
AK47, 3 Metralhadoras Ligeiras PKM, 1 Espingarda de
repeƟção , diversas munições calibreLee Enfield
5,45mm, 5,56mm NATO e 7,62mm, 2 minas AP e
materialdiversoparaofabricode IED's;
• Foram apreendidos igualmente vários sacos com
estupefacientes.
• Operação SUKRAN de 25JUN07 a 02AGO07 no RC‐C,
com a finalidade de se assumir como QRF do RC‐C a 6
horasde NTM.
OutrasaƟvidades:
• Sessões de Tiro Real em , no RC‐C, com aPol‐e Charkhi
finalidade de verificar e adaptar o armamento ao TO e
manter a proficiência necessária ao cumprimento da
missão;
• Segurança ao paiol de munições localizado na Área
Militar do (ANA), de 12 aAfghan NaƟonal Army
14MAR07, 08 a 10ABR07, 09 a 11JUL07, 19 e 20JUL07,
em naáreado RC‐C;Pol‐eCharkhi
• Reconhecimento ao RC‐S de 26 a 29ABR07, com a
finalidadedeCoordenaraOperação ADALAT;NowRuz
• Entrega Ajuda Humanitária em 15JUN07 no RC‐S,
efectuada na (PBW) com entrega aoPatrol Base Wilson
Governador do Distrito de , de medicamentos eZhari
génerosalimentares;
• Apoio de 26 a 30JUN07 ao Reconhecimento do TO do
AFG aos militares da futura Força Nacional a destacar no
2ºsemestrede2007;
• Force ProtecƟon em 27JUN07 no RC‐C, a uma coluna
duranteo ;AfghanInternaƟonalDrugTraffickingDay
• Apoio ao Embaixador Português António Ramalho
OrƟgão de 17 a 19JUL07 no RC‐C durante a
apresentação de credenciais ao Presidente do
Afeganistão;
• Exéquias fúnebres do Rei de 24 a 26JUL07 noZahir Shah
RC‐C,com NTM a30minutos;
• JOINT PEACE JIRGA (JPJ) de 07 a 12AGO07 no RC‐C,
parasegurançadoCentrodeControlodo JPJ.
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8º Contingente Nacional
Material apreendido na Operação ESCORPIÃO
Material apreendido na Operação VÍBORA 02
Patrulhas de normalização no RC‐S.
Auxílio às Forças Afegãs
41
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
47. 42
Operações no RC‐S.
Operações no RC‐C. Travessia de linha de água na região de Surobi.
Shura com o governador de Zhari em PBW.
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
48. Anode2007‐2ºSemestre
A quinta QRF a ser projetada para o TO do AFG, foi
comandada pelo Tenente‐Coronel de Infantaria Pára‐
quedistaDavidTeixeiraCorreia.
O seu efeƟvo era composto por 157 militares, 150 do
Exércitoe7daForçaAérea(EquipadeControladoresAéreos
Avançados). A unidade de manobra era a 22ª Companhia de
Pára‐quedistas, do 2º Batalhão de Infantaria Pára‐quedista.
Efectuou o seu aprontamento em S. Jacinto, no Regimento
deInfantaria10.
Encontrava‐sesediadaem CW,Cabul.
DasuaaƟvidadeoperacionalsalienta‐se:
• A contribuição para a segurança e o desenvolvimento da
ProvínciadeCabul RC‐C;
• A segurança na Província de (RC‐S) nos distritos deZabul
Qalat ShaJoye ;
Um facto relevante foi o falecimento, em 24NOV07, do
Soldado Pára‐quedista Sérgio Miguel Vidal Oliveira
Pedrosa num acidente de viação, que ocorreu durante o
deslocamento de uma coluna de viaturas militares da FND,
paraoSuldo AFG.
Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Patrulhas de segurança na região de Cabul
Observação e vigilância
Operação RING ROAD SOUTH, no RC S
UXO encontrados
43
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
49. Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Soldado Pára‐Quedista Sérgio Miguel Vidal Oliveira Pedrosa, falecido a 24NOV07.
44
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
50. Anode2008
A sexta QRF a ser projetada para o TO do AFG foi
comandada pelo Tenente‐Coronel de Infantaria Comando
CarlosAntónioMansoMendesBartolomeu.
Dispunha da mesma composição e arƟculação das QRF
anteriores, com o efeƟvo de 157 militares, 150 do Exército e
7 da Força Aérea, sendo 14 Oficiais, 46 Sargentos e 97
Praças. A unidade de manobra era a 2ª CCMDS e efetuou o
seu aprontamento no Centro de Tropas Comandos, em
Mafra. Encontrava‐se sediada em CW, Cabul; Executou
acƟvidadeoperacionalde28FEV08a01JUL08.
DasuaaƟvidadeoperacionalsalienta‐se:
• Operação PAMIR ENDURING PHASE, de 29FEV08 a
11MAR08, no RC‐C, com um reconhecimento aéreo à
AO do RC‐C e efetuar patrulhas conjuntas com os 3 BG
do RC‐C,Italiano,FrancêseTurco;
• Operação COBRA MOUTAIN II, em 19MAR08 no RC‐C,
com um patrulhamento montado ao distrito de Surobi
por forma a treinar o reforço à Forward OperaƟng Base
TORA;
•Operação CRAZY BUFFALO,de23MAR08a03ABR08no
RC‐C, com um GrCmds a 15 minutos de NTM em apoio à
operaçãodo BG Francês;
• Operação ORANGE, de 23 a 29MAR08 no RC‐C, com um
GrCmds com NTM de 15 minutos para efectuar Crowd
Riot Control (CRC); Escolta a viaturas francesas com
funcionáriosdaEmbaixadadaHolanda;
• Operação SOHIL LARAM IV, de 18ABR08 a 09JUN08,
nos RC‐C, RC‐E e RC‐S, com projecção para o RC‐S e
actuação como força de Quadricula de 23ABR08 a
01JUN08 na Vila de ,Hutal Maywand District;
Redeploymentparao RC‐Cem09JUN08;
• Reforço de segurança à Prisão de , de 27 aPol‐e Charkhi
28JUN08no RC‐C,comumGrCmdsde QRF e NTM de15
minutos.
OutrasaƟvidades:
• ,de13a26FEV08no HQ ISAF e RC C,KeyLeaderTraining
com a finalidade de familiarizar os quadros da 2ª
CCMDS coma ISAF eos BG do RC‐C;
• Sessões de Tiro Real no Kabul Military Training Centre
(KMTC), para verificação e adaptação ao armamento no
TO. Manutenção da proficiência necessária ao
cumprimentodaMissão;
• Reconhecimento a KAF de 20 a 22MAR08, com a
finalidadedeprepararoempenhamentono RC‐S;
• PASS GUARD, de 25 a 28MAR08, com a finalidade de
efectuarsegurançaaopaioldemunições;
•Retracçãoparao TN,de01a30JUL08.
Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Desembarque de helicóptero durante a Operação COBRA MOUNTAIN II
Operação HUTAL no RC‐S.
45
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
51. Anode2010
Em 2010 a QRF voltou ao TO com uma consƟtuição
semelhante à dos anos anteriores. De acordo com DireƟva
Operacional nº 035/CEMGFA/09; O seu local de emprego
era agora a AO do RC‐C. A FND Ɵnha como missão
consƟtuir‐se como do COM RC‐C eQuick ReacƟon Force
preparar‐se para conduzir operações de segurança e
estabilização em qualquer parte da AO do RC‐C, a fim de
contribuir para o estabelecimento e manutenção de um
ambienteseguro.
Esta QRF foi comandada pelo Tenente‐Coronel de
Infantaria Comando Ulisses Alves, tendo cumprido a sua
missão entre 19ABR10 e 24SET10. O seu efeƟvo era
composto por 162 militares do Exército e da Força Aérea,
sendo a unidade de manobra a 2ª CCMDS. O seu
aprontamento foi efectuado no Centro de Tropas Comando,
SerradaCarregueira.
A QRF ficousediadaem CW,Cabuleactuoucomoforçade
reacção rápida do RC‐C, podendo ser empregue em
qualquer parte da AO do RC‐C, com capacidade de cumprir
asseguintesmissões:
•Evacuaçãodepessoal;
•Escoltas;
•VigilânciaeReconhecimento;
•ControlodeTumultos;
•DefesadePontosSensíveis;
•Patrulhas;
•Operaçõesaeromóveis;
•Protecçãoa VIP eapoioaeventosgovernamentais.
Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Patrulha de presença na Área de Operações
Patrulha de Reconhecimento na Área de OperaçõesPatrulha de presença na Área de Operações
46
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
52. Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Operação TURTLE ‐ Deslocamento de viaturas. TACP em apoio à QRF.
Preparação para operação. Operação COBRA MOUNTAIN ‐ Patrulhas.
47
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
53. Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Operação COBRA MOUNTAIN ‐ Deslocamento de viaturas. Operação HUTAL ‐ Apoio sanitário à população civil.
Visita de Alta EnƟdade, Comandante Operacional do Exército, TGen António Palma. Operação HUTAL ‐ Apoio sanitário à população civil.
48
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
55. OperaƟonal Mentor and
Liaison Team ‐ Garrison
(OMLT‐G)
1.IntroduçãoeMissão
O fator mais significaƟvo para a garanƟa de um Afghan
NaƟonal Army (ANA) inteiramente eficaz e autossuficiente
é o apoio prestado pelas NATO OperaƟonal Mentor and
Liaison Teams (OMLT) e pelas Embedded Training Teams
(ETT).
O Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN), de 26 de
Julho de 2007 deu parecer favorável à proposta do Governo
Português para o envio, no 1º trimestre de 2008, de uma
Equipa, com cerca de 15 elementos, para apoio à formação
doExércitoAfegãoduranteumperíodode6meses.
A OMLT seria empregue no âmbito do “serial” 9.01.3.9 da
Combined Joint Statement Of Requirements (CJSOR)
desenvolvendo a sua aƟvidade de assessoria no interior do
aquartelamento de uma Unidade de Guarnição Afegã e
respeƟvo campo de manobras em PeC, situado a Este de
Cabuleacercade20KmdocentrodacapitalAfegã.
Tendo sido consƟtuídas desde março de 2008 a abril de
2012, oito OperaƟonal Mentor and Liaison Teams de
Guarnição (OMLT‐G), comandadas pelos seguintes
militares:
• OMLT‐G01: TCorInf CMD PedroSoares;
• ;OMLT‐G02: TCorArtGreenD.Henriques
• OMLT‐G03:TCorInfCostaSantos;
• OMLT‐G04:TCorArtLuisMonsanto;
• OMLT‐G05:TCorInf J.daSilvaPereira;
• OMLT‐G06:TCorInf OE CunhaGodinho;
•OMLT‐G07: TCorArtAntónioParadelo;
•OMLT‐G08: TCorArtJoséConceiçã .o
As primeiras OMLT‐G “serviram” na área da mentoria ao
EM da Unidade de Guarnição nº3 ( )Garrison Support Unit
do Corpo 201 situado em PeC, por forma a facilitar o
desenvolvimento de um ANA competente, profissional e
autossuficiente.
Posteriormente, com a restruturação do ANA e a criação
da (111CapDiv),passouaseraunidade111ªCapitalDivision
de guarnição desta Divisão a ser mentorada pelos militares
portugueses.
As OMLT‐G, Ɵveram como missão genérica atribuída,
treinar, ensinar e mentorar em todas as áreas funcionais de
uma unidade de guarnição, para o conơnuo
desenvolvimento das suas capacidades incluindo
procedimentos de Estado‐Maior para operações, ao nível
Batalhão.
2.Organização
Foram consƟtuídas por militares dos 3 ramos das Forças
Armadas, maioritariamente do Exército, mas variaram ao
longo do tempo no seu número (11 a 30 militares),
dependendo a sua consƟtuição da integração ou não de
uma .ForceProtecƟon
3.PrincipaisaƟvidades/tarefasdesenvolvidas
Das principais aƟvidades desenvolvidas, na área da
mentoria,oesforçoconcentrou‐seessencialmentenoapoio
e na apresentação de soluções para os problemas e
obstáculos que surgiam diariamente nas diversas áreas
funcionais, tais como as de Pessoal, LogísƟca, Operações,
ComunicaçõeseEngenharia.
Segundo parecer da ISAF, as OMLT foram contributos
significaƟvos que as nações deram para apoiar o
desenvolvimento e profissionalização do ANA, no âmbito
do processo de transição. Portugal garanƟu durante quatro
anos o ensino, treino e mentoria da GSU do Campo Militar
de PeC. Terminado este ciclo, à luz dos diversos elogios
formulados por enƟdades da ISAF, considera‐se que o
trabalho realizado pelas sucessivas equipas foi notável e
sem dúvida dotou a GSU com as ferramentas e
conhecimentos necessários que permiƟram enfrentar os
desafios, a avaliar pela dimensão e quanƟdade de
infraestruturasconstruídaseapoiosefetuados.
Uma imagem de graƟdão foi permanentemente passada
às equipas nacionais que transmiƟram as melhores práƟcas
em uso nas Forças Armadas Portuguesas, tendo valorizado
em ulƟma instância a imagem de Portugal quer perante os
nossosAliadosda NATO edoEstadoAfegão.
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8º Contingente Nacional
Transferência de Autoridade entre OMLT
50
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
56. Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
AƟvidade de mentoria com o Comandante da GSU Apoio a uma escola em Cabul
Ação de formação Foto de grupo com Equipa de Inspeção
51
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
57. OperaƟonal Mentor and
Liaison Team ‐ Division
(OMLT‐D)
1.IntroduçãoeMissão
Em 26 de julho de 2007, o Conselho de Segurança da
Defesa Nacional (CSDN), deu parecer favorável à proposta
do Governo Português para o envio, no primeiro trimestre
de 2008, de uma OperaƟonal Mentor and Liaison Team
(OMLT). De acordo com a estratégia de transição da NATO
no Teatro de Operações (TO) do Afeganistão (AFG), era
fundamental uma evolução sistemáƟca e consistente das
Forças de Segurança Afegãs (Afghan NaƟonal Security
Forces – ANSF) por forma a permiƟr ao governo do AFG o
estabelecimentodeumclimadesegurançaalongoprazo.
O objeƟvo final, era dotar as capacidades necessárias às
A N S F para o cumprimento da sua missão. As
responsabilidades foram transferidas gradualmente
libertandoassim,asforçasaliadas.
Todas as OMLT portuguesas, Ɵveram como missão
principal treinar, orientar e ensinar os procedimentos de
estado‐maior relaƟvos ao emprego operacional de uma
grande unidade afegã (111 CapDiv), desenvolvendo as suas
aƟvidadesdeassessoriano HQ/111CapDiv.
2.Organização
O (CONOPS) de 08jun09 definiaConcept of OperaƟon
quatroprincipaistarefasadesenvolverpelas OMLT.Nocaso
em concreto da mentoria à 111CapDiv, (uma das grandes
unidades do ANA responsável pela condução de operações
desegurançanaprovínciadeCabul):
1. Treinar, ensinar e mentorar as áreas funcionais do
estado‐maior da Divisão de Cabul, incluindo as tarefas
e procedimentos de Comando e Controlo no processo
de tomada de decisão militar para prossecução das
MissionEssenƟalTaskList(METL);
2. Serem elementos facilitadores na cooperação e
arƟculaçãocomoutrasunidades;
3. Apoiar no planeamento e execução de operações de
combatedaDivisão;
4. Servir de elementos de ligação entre o Comando ISAF e
oComandoda111CapDiv.
O referido documento mencionava ainda as relações de
ComandoeControloapresentadasemcima.
Portugal destacou seis OMLT‐D para o TO do Afeganistão
no período compreendido entre março de 2009 e abril de
2012 e cada equipa foi formada por 17 elementos do
Exército (9 Oficiais e 8 Sargentos), apesar de o CONOPS
anteriormente referido, mencionar uma consƟtuição de 20
militaresecorrespondenteàseguintearƟculação:
Página 14 de 120
8º Contingente Nacional
Estrutura da relação de comando e controlo das OMLT‐D
52
Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
58. Marçode2009aoutubrode2010
As primeiras três OMLT‐D (OMLT‐D 01/01, OMLT‐D 01/02
e OMLT‐D 01/03), esƟveram no TO, no período
compreendido entre março de 2009 e outubro de 2010 e
por períodos de 6 meses, tendo sido comandadas
respeƟvamentepor:
• OMLT‐D01/01:CorInfParaDuartedaCosta;
• OMLT‐D01/02:CorInfParaSantosCorreia;
• OMLT‐D01/03:CorInf CMD MouraPinto.
3.Principaistarefas/aƟvidadesdesenvolvidas
De referir que a OMLT‐D 01/02 teve de se adaptar a uma
mudança no ambiente e condições pelo facto de ter
migradode KAIA‐Sulpara KAIA‐Norte.
Destacam‐secomoprincipaisaƟvidadesasseguintes:
1‐ Acompanhamento do Comando e Estado‐Maior da
111CapDiv em duas Operações de Cerco e Busca na
região de e onde esƟveramMusahi Paghman,
envolvidas as subunidades da Divisão, os Serviços de
Informações e Segurança Afegãos (NDS), a Polícia de
Cabul (KCP) e o (RC‐C). ARegional Command – Capital
OMLT‐D 01‐02 organizou‐se em três grupos de
mentores, sendo que o primeiro acompanhou o PC
TáƟco da CapDiv, o segundo apoiou o PC Principal em
KAIA Sul e o terceiro guarneceu o PC Nacional com o
objecƟvo de garanƟr ligação à QRF e Portugal. No total
das duas operações, foram capturados 10 insurgentes,
diversomaterialearmamento;
2‐ Acompanhamento na criação e desenvolvimento dos
Planos de Segurança, implementados pela Divisão
quando da realização das eleições e tomada de posse
do Presidente da República, , nas diversasHamid Karzai
visitas efetuadas pelo mesmo e na receção de
inúmerasAltasEnƟdadesestrangeiras;
3‐Reconhecimentosaéreoseterrestres;
4‐ Várias Operações Humanitárias, nomeadamente em
escolas,acampamentosehospitais.
Outubrode2010aabrilde2012
Na sequência de uma reorientação estratégica da NATO,
Portugal reviu a sua parƟcipação na ISAF e consƟtui um
ConƟngente Nacional (CN)/FND com um incremento de
reforço de Equipas de Formadores/Instrutores, entre as
quais da GNR, mantendo‐se a OMLT‐D e OMLT‐G. Os CN
assumiram a seguinte consƟtuição, com a manutenção da
estruturaemissãoda OMLT‐Datéabrilde2012:
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8º Contingente Nacional
Acompanhamento de Operação de Cerco‐Busca em Musahi.
Acompanhamento de Operação de Cerco‐Busca em Paghman.
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Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF
59. Durante este período, integraram o CN/FND/ISAF as
OMLT‐D 01/04, OMLT‐D 01/05 e OMLT‐D 01/06,
comandadaspelosseguintesmilitares:
• OMLT‐D01/04:CorInfParaGuerreirodaSilva;
• OMLT‐D01/05:CorInfParaCarlosPereira;
• OMLT‐D01/06:CorInfJoséRebelo.
À semelhança do que aconteceu com a OMLT‐D 01/02, a
OMLT‐D 01/04 foi também confrontada com a necessidade
de se deslocar de KAIA‐Norte para , paraCamp Warehouse
maior proximidade à 111CapDiv, agora instalada em Pol‐e
Charkhi(PeC).
Além das aƟvidades de mentoria ao comando da
111CapDiv, outras aƟvidades foram igualmente
desenvolvidas,nomeadamente:
• Consolidação das relações de Comando dentro da
111CapDiv, através das reuniões periódicas (designadas
por HUDDLE)comas OMLT/ ;Advisors
• Elaboração de vários Planos de Treino e Formação
Adicional, com o objeƟvo de responder às expetaƟvas
doComandoda111CapDiv;
• Ação de solidariedade, em nome da 111CapDiv, para
incrementar o bom relacionamento com a população
local através de melhoramentos em escolas e
instalaçõesdesporƟvas,distribuiçãodematerialescolar,
roupas,medicamentos,enlatados,etc.
• Acompanhamento das operações conduzidas pela
Divisãonasua AOR;
• Visitas de trabalho e acompanhamento dos mentorados
às subunidades da 111CapDiv e FOB (Forward
OperaƟng Base).
4.Diversos
As OperaƟonal Mentor and Liaison Team‐Division
(OMLT‐D) cumpriram a sua missão com lustre e disƟnção
juntoda111CapDiveforammoƟvodereconhecimentopela
ISAF epelasChefiasAfegãs.
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8º Contingente Nacional
Estrutura do ConƟngente Nacional
AƟvidades de mentoria
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Portugal ‐ 12 anos de parƟcipação na ISAF