2. CAPÍTULO 1
Definição
“Livro fluido, livro da leitura em aberto, é o livro do vir-a-ser da literatura
porque celebra não o formato, nem o suporte, mas as recomposições do
sentido e da linguagem.”
Giselle Beiguelman, em O livro depois do livro.
Um eBook, ou electronic book, é um livro em formato digital. Ou seja,
uma versão de livro que pode ser visualizada em plataformas eletrônicas
como tablets, computadores e até mesmo celulares.
As grids adaptativas são layouts desenvolvidos tanto para o formato
impresso quanto para o digital, obedecendo aos requisitos estruturais
necessários a ambos.
3. CAPÍTULO 2
Maiores vantagens
• linguagem dinâmica e interativa
escolha da tipografia, interfaces dinâmicas, efeitos sonoros e
audiovisuais, opção voice over, animação interativa, efeitos 3D.
“O texto se expande, contrai-se, dá voltas. As palavras pulsam, esticam-se e
encolhem, desafiando a analogia do teclado com a máquina de escrever...”
Giselle Beiguelman, em O livro depois do livro.
4. • economia
eBooks são até 90% mais baratos que os livros impressos;
a tinta de impressão é considerada o líquido mais caro do mundo;
não há custos com frete, todo o processo de venda e entrega é online
• agilidade
bibliotecas virtuais, pesquisa fácil, downloads, pagamento online;
• prevervação ambiental
economia de papel e gasto mínimo de energia. Fala-se em uso de
energia solar para readers num futuro próximo. Além disso, a au-
sência de um transporte físico evita a emissão de gases poluentes.
• armazenamento
Fornecedores: não é necessário manter estoques de livros, o
que sempre gerou desperdícios devido a conteúdos obsoletos e
exemplares encalhados.
5. Consumidores: o armazenamento de livros não implica em um
espaço físico voltado a isso, sendo possível carregar milhares de
títulos em um único dispositivo. Além disso, evita os inconvenien-
tes de uma biblioteca comum, como o acúmulo de pó e ácaros dos
livros de papel.
6. CAPÍTULO 3
Principais formatos
• PDF
O PDF é o formato mais comum e antigo de eBooks. É reconhecido
por diversas plataformas e permite um layout similar à versão
impressa.
7. • ePub (electronic publication)
O ePub é um formato padrão desenvolvido pela IPDF (Internacional
Digital Publishing Forum), e dispõe de um sistema de proteção contra
cópias indevidas (DRM - Digital Right Management). O arquivo é
auto-ajustável a diversas plataformas, por isso prioriza o fluxo de
conteúdo em detrimento de layouts mais complexos e detalhados.
A linguagem é baseada em cógicos XHTML, XML e CSS.
8. • Apps
Apps são aplicativos ligados a uma plataforma específica. Não
têm limitação de layout e utilizam diversos padrões e linguagens,
podendo explorar recursos audiovisuais, interativos, 3D, etc.
• Outros formatos de eBook
Mobi e AZW (exclusivos da Amazon/Kindle)
Texto Plano (.txt)
HTML (para browsers de navegação na internet)
11. CAPÍTULO 4
Requisitos para grid adaptiva de eBooks com
conteúdo fluido (ePub e Mobi)
• Adobe Indesign (CS4 ou CS5)
• capa em formato de imagem bitmap (TIFF ou JPG)
• estrutura de texto fluida
• estilo de parágrafo em todos os elementos (inclusive imagens)
• estilos e elementos nomeados com caracteres simples, em caixa baixa
e sem espaço
12. • fontes recomendadas: OpenType com os quatro estilos básicos
• evitar elementos sangrados
• elementos de página mestra devem ser eliminados
• imagens (TIFF ou JPG) devem ser ancoradas ao texto ou aplicadas
dentro de tabelas
• espaço de cores mais indicado: RGB
• incluir sumários eletronicamente, e não manualmente (Table of
contents)
• anexação de Metadados (File Info > Description)
13. CAPÍTULO 5
História
1971: Michael Hart funda o Projeto Gutenberg, que propõe di-
gitalizar livros de domínio público e oferecê-los gratui-
tamente. Sua primeira digitalização foi de uma cópia da
Declaração de Independência dos Estados Unidos.
14. 1981: O guru do hipertexto Ted Nelson lança o livro Literary
Machines, no qual fala sobre a internet e expõe o anseio de
uma biblioteca universal.
1995: Amazon começa a vender livros digitais na Internet.
15. 1996: Surge o Rocket, primeiro eBook reader.
1998-1999: Surgem sites especializados na venda de livros eletrô-
nicos, como eReader.com e eReads.com.
16. 2001: Stephen King lança o romance Riding the Bullet em formato
digital. Vendeu meio milhão de exemplares em 2 dias.
2006: Sony lança a tecnologia da tinta eletrônica (eInk ou ePaper).
17. 2009: Bookboom.com atinge mais de 10 milhões de downloads
gratuitos por ano.
2010: Apple lança o iPad.
18. eReaders e tablets
• Rocket (1998)
Primeiro eBook reader. Ecrã luminoso P&B. 16MB de memória
interna
19. • Sony Reader (2006)
Primeiro reader com a tecnologia eInk (tinta eletrônica), que
reflete a luz e proporciona mais conforto na leitura. Bateria de
longa duração.
20. • Kindle (2007)
Lançado pela Amazon, é o primeiro com conexão direta à internet,
permitindo ao usuário acessar conteúdo novo de qualquer lugar.
21. • Nook (2009)
Concorrente do Kindle lançado pela Barnes&Noble. Dispõe de
Internet Wi-fi, tecnologia eInk e leitura de cartão SD.
22. • Ipad (2010)
Tela touchscreen, muito fino e leve, conexão Bluetooth, Internet Wi fi e
3G, linguagem de interface revolucionária, dispõe de apps exclusivos
com animação interativa e efeitos audiovisuais. Fenômeno de vendas
no mundo inteiro. Já vem sendo usado por escolas e universidades.
Desvantagens: não é multitarefa; tela com muito reflexo.
23. • Galaxy Tab (2010)
Lançado pela Samsung para concorrer com o Ipad, dispõe de mais
recursos que o tablet da Apple, como: TV digital, tela widescreen,
formato anatômico e mais memória RAM. Além disso o preço é
muito inferior.
24. • Ipad 2 (2011)
Lançado no Brasil à 00:00h de 27 de maio de 2011, o Ipad 2 vem mais
fino, mais leve, mais rápido e com duas câmeras.
25. CAPÍTULO 6
O design de interface e o conceito de low tech
O design low tech é aquele que busca referências de analogia visual em
uma tecnologia anterior para facilitar a assimilação de um sistema,
tornando sua interface mais acessível e familiar ao usuário.
O iBooks é um aplicativo da Apple, próprio para leitura de arquivos
ePub e PDF. Sua interface faz uma analogia gráfica aos livros de papel
e a uma estante de biblioteca.
26. Interface do iBooks
“Mas, afinal, que é exatamente uma interface? Em seu sentido mais
simples, a palavra se refere a softwares que dão forma à interação entre
usuário e computador. A interface atua como uma espécie de tradutor,
mediando entre as duas partes, tornando uma sensível para a outra.”
Steven Johson em Cultura da Interface
27. “Cada época lida com a tecnologia mais recente recorrendo às
representações mentais de coisas mais antigas e mais familiares.”
“Se o computador podia assumir qualquer forma imaginável, por que
não o fazer imitar o velho mundo analógico que iria substituir?”
“Talvez toda inovação high tech seja acompanhada por flashbacks
imaginativos desse tipo.”
Steven Johson em Cultura da Interface
28.
29. CAPÍTULO 7
Perspectivas futuras
“É provável que o caráter dinâmico dos periódicos torne obsoleta a
publicação em papel, já que é muito mais simples e barato atualizar e
veicular informações por meios digitais. Os livros eletrônicos, no entanto,
não eliminam necessariamente os livros em papel, cuja presença física
e o caráter perene são muito mais significativos. Assim como aconteceu
com o disco de vinil, as qualidades únicas do livro enquanto suporte não
são sobrepostas pelos equivalentes digitais.”
Márcio Duarte em Desvendando os livros feitos de pixels
30. • eInk colorida: a Samsung já lançou no Japão um protótipo de
ePaper colorido. Segundo a empresa, o produto deve chegar ao
mercado entre um ou dois anos.
• Skiff Reader: será um eReader com a tecnologia metal foil, uma
fina tela flexível de metal inoxidável.
31. BEIGUELMAN, Giselle. O livro depois do livro. São
Paulo : Petrópolis, 2003.
DUARTE, Márcio. eBooks: desvendando os livros feitos
de pixels. Brasília: M10 Design, 2010. Disponível em:
http://www.pagelab.com.br/ebook.zip
HORIE, Ricardo Minoru. Coleção eBooks - Vol. 1:
Arte-finalização e conversão para livros eletrônicos
nos formatos ePub, Mobi e PDF. São Paulo: Bytes &
Types, 2009.
JOHNSON, Steven. Cultura da Interface. Trad. Maria
Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 2001.