O autor discute como o mundo está em constante mudança e como eventos dolorosos podem destruir o mundo das pessoas, mas que é possível reconstruí-lo conectando-se com outras pessoas e construindo um mundo melhor. Ele também reflete sobre como seu próprio mundo mudou ao longo do ano, mas que conseguiu reconstruí-lo com a ajuda de amigos queridos.

3. Acho que adiaram mesmo o show dos Eons: o Fim
do Mundo. Dia 22 de dezembro, tudo estava
exatamente como no dia anterior.

4. Na verdade, o mundo acabou. O mundo acaba o tempo todo.
Cada vez que ele acaba, morremos, junto com as coisas, lugares,
pessoas e idéias que conhecemos. No dia seguinte, temos que
reconstruí-lo.

5. Algumas pessoas têm uma trágica falta de sorte e seus mundos acabam de
tal forma que reconstruir qualquer coisa é uma tarefa hercúlea. Os pais e
parentes das crianças e professores assassinados em Connecticut tiveram
seus mundos pulverizados. O que quer que eles consigam reconstruir não se
parecerá com o mundo que eles conheciam até dia 14 de dezembro.

6. Meu mundo acabou, e o seu também. Meu mundo acabou
toda vez que algo muito importante mudou nele. Perdas,
mortes, lesões, separações mas também aquisições e
novas experiências. Todas estas coisas acabaram com o
mundo como eu o conhecia.

7. Algumas destas mudanças foram bastante radicais. Algumas perdas foram
tão difícies de superar que eu paralisei. Aposto que muitos de vocês
passaram por algumas destas perdas.

8. No entanto, todas estas experiências – as boas e as dolorosas –
me deram a oportunidade de construir um mundo melhor a partir
dos escombros do velho.
Eu reconstruo meu mundo me conectando e reconectando.
Reconectando comigo mesma e com o Aço.

9. Reconectando e conectando com pessoas
boas e amadas.
Esse ano, o mundo acabou duas vezes. O
que eu reconstruí é o mais belo mundo
em que eu vivi.
E eu fiz isso com e por causa de VOCÊS.
Aos amigos queridos que povoam meu
Novo Mundo, eu desejo um Ano Novo
maravilhoso.