O documento discute a revisão e avaliação de artigos acadêmicos. Ele explica o que é revisão e avaliação, as diferenças entre elas, formas de revisão, boas práticas para revisores e avaliadores, e exemplos de como avaliar artigos.
[Ppt] seminário revisão e avaliação de artigos 23.08.2012
1. Seminário
Revisão e Avaliação de Artigos
Grupo Objetivos Estratégicos | OE 2 | Produções Acadêmicas
Prof. Marina Keiko Nakayama
Andreza Regina Lopes da Silva; Carolina Schmitt Nunes;
Gabriela Mattei de Souza; Isadora Sampaio de Santana;
Maricel Karina López Torres; Marinilse Netto
23/08/2012
2. Roteiro do Seminário
• Contexto do seminário…
• Por que revisar?
• Por que avaliar?
• Onde queremos chegar?
Fonte: http://www.topkids.com.br/artigos.php
3. Objetivos
• Esclarecer revisores de artigos
acadêmicos
• Estudar critérios e indicadores
para avaliar artigos
• Focar no resultado: melhorar
a produção acadêmica do EGC
Fonte:
http://frankvcarvalho.blogspot.com.br
/2011/09/como-escrever-um-artigo-
cientifico_13.html
4. Revisar e Avaliar: existe diferença?
Avaliar : diferença?
REVISÃO.
REVISÃO Consiste em submeter o trabalho científico ao exame minucioso de um
ou mais especialistas, que na maioria das vezes se mantêm anônimos ao autor. Os
revisores fazem comentários ou sugerem a edição do trabalho analisado,
contribuindo para a qualidade do trabalho a ser publicado. No caso da publicação
de artigos científicos, o diálogo entre os autores e os revisores é arbitrado por um
ou mais editores, afiliados à revista científica em causa. Aquelas publicações e
prêmios que não passaram pela revisão paritária tendem a ser vistos com
desconfiança pelos acadêmicos e profissionais de várias áreas.
AVALIAÇÃO.
AVALIAÇÃO Consiste em julgar a qualidade de uma pesquisa (artigo para periódico
ou congresso e outros), examinando a sua adequação a uma linha editorial e seu
potencial para publicação em um domínio de conhecimento. A avaliação deve ser
realizada mediante critérios precisos, de modo a abranger todas as dimensões da
qualidade de uma pesquisa e evitar que alguns critérios sejam esquecidos ou
negligenciados (HOPPEN; LAPOITE e MOREAU, 1996).
5. Formas de Revisão
• Ortográfica, gramatical, de normatização (ABNT),
teórica ou metodológica, técnica, dentre outras;
• Revisão por pares (peer review);
• Revisão Proof Reading (por especialista,
preferencialmente nativo em outro idioma).
6. Revisão por pares…
Fonte : Red de colaboración entre Europa y Países de América Latina y el Caribe
7. Boas Práticas – Revisão
• A revisão de artigos científicos deve ser encarada
como uma atividade cívica do cientista, como
contribuição para melhorar a produção científica
científica;
• O revisor deve auxiliar o editor a defender os
interesses do leitor, na obtenção de trabalhos de
melhor qualidade e utilidade
utilidade;
• Na maior parte dos casos, a contribuição do revisor
é importante, por representar experiência e
competência no domínio;
8. Boas Práticas – Revisão
• O papel do revisor não é dar largas à sua vaidade e
mostrar como é competente e superior;
• Um revisor que seja insuficientemente crítico poderá
prestar um mau serviço à comunidade, encorajando
investigação de má qualidade;
• Um revisor que seja demasiado crítico pode
bloquear o progresso da investigação, impedir o
nascimento de idéias promissoras, prejudicar
carreiras, deixar as revistas e conferências sem nada
que publicar;
9. Boas Práticas – Revisão
• As críticas devem ser dirigidas ao artigo e não ao
autor, usando um tom civilizado e não insultuoso
nas avaliações;
• É relativamente normal que os autores de artigos
para conferências sejam convidados a atuar também
como revisores. Deverão aceitar, a bem do sucesso
da conferência, entendida como evento de partilha;
• Um revisor deverá evitar, em absoluto, atuar em
situação de conflito de interesses nomeadamente
interesses,
se for parte interessada na aprovação ou rejeição de
um artigo;
10. Boas Práticas – Revisão
• Se um revisor não estiver à vontade num tópico em
avaliação, não tiver tempo para avaliar um artigo,
ou tiver conflito de interesses, deverá comunicá-lo
comunicá-
de imediato ao editor
editor;
• Quando um artigo é definitivamente mau e
irrecuperável, não se deve perder tempo a dar
sugestões que tentem melhorá-lo. O papel do
revisor é auxiliar o autor mas não escrever o artigo
autor,
por ele
ele.
• O revisor deve ser pontual aprontando a revisão em
pontual,
tempo apropriado.
11. Parecer do Revisor
• Um modelo típico para revisões apresenta um
parágrafo introdutório explicitando um ponto
principal e a impressão inicial do revisor.
• O revisor pode então defender a publicação do
trabalho, listando seus pontos fortes e discutindo
sua importância;
• Depois pode vir uma seção apontando as fraquezas
e tecendo críticas seguidas de conselhos sobre
críticas,
como podem ser melhoradas (se puderem);
12. Parecer do Revisor
• Ao final da revisão, conclua com uma afirmação a
exemplo de “Avaliando bem, não acredito que este
artigo deva ser publicado em seu presente estado
porque [reitere as duas razões principais]”, ou
“Penso que o presente artigo deve ser publicado se
o autor puder [duas ou três críticas]”.
13. Revisão – Serviços Especializados
• Edição – revisão e edição do manuscrito para gramática,
gramática
ortografia e erros de outra língua, para que as ideias sejam
língua
comunicadas claramente;
• Tradução – por pesquisadores da área de estudo (Inglês);
• Revisão por Pares – feedback rápido, imparcial e confidencial a
respeito da qualidade do artigo, antes de submetê-lo a uma revista;
• Recomendação de Periódicos;
Periódicos
• Formatação
Formatação;
• Figuras
Figuras.
14.
15.
16.
17. Exemplo de um processo editorial…
Fonte : Revista Alcance
18. Boas Práticas – Avaliação
• Um artigo submetido a avaliação é confidencial e,
uma vez avaliado, deverá ser esquecido;
• O avaliador deve se limitar a avaliar o artigo de
forma imparcial sem comentar os seus
imparcial,
julgamentos;
• As avaliações devem ser sempre justificadas
justificadas,
eventualmente com referências que as apoiem;
• A decisão de aceitar ou rejeitar um artigo cabe ao
editor.
editor
19. Aspectos a considerar – na introdução…
introdução…
• Descreve o contexto?
• Descreve o problema?
• Mostra porque pesquisar ou escrever sobre o
assunto? Justifica e delimita?
• Mostra qual a questão a ser respondida ou objetivo
do trabalho?
20. … na parte teórica…
teórica…
• Contempla as questões básicas do tema?
• Cita autores clássicos e contemporâneos,
internacionais, livros, artigos e sites?
• Organiza e estrutura os tópicos de forma que
conduz o leitor a compreender o que se tem escrito
sobre o assunto?
• Descreve algum método utilizado para decidir sobre
a escolha dos autores?
• Como estruturou os temas?
21. … nos procedimentos metodológicos…
metodológicos…
• Contempla os itens:
– tipo de pesquisa, abordagem, participantes ou amostra,
técnica de coleta de dados e tipo de análise?
• Justifica ou descreve como foi o critério de escolha
dos participantes ou da amostra?
• Tem coerência entre a abordagem e as técnicas
utilizadas?
22. … quanto aos resultados …
• Descreve os resultados de forma objetiva?
• Os dados estão organizados?
• Fica evidente se a pesquisa é de abordagem quali
ou quanti? Se contemplou as duas, está claro qual
parte se refere ao quali e qual parte se refere ao
quanti?
23. … quanto à análise dos resultados…
resultados…
• Analisa de forma que inclui a revisão bibliográfica?
• Comenta com base nos dados de resultados
descritos? Inclui dados da revisão bibliográfica?
• Inclui algum aspecto crítico?
24. … comentários finais ou conclusão…
conclusão…
• Resgata o objetivo do trabalho?
• Mostra os aspectos mais significativos?
• Inclui alguma crítica e ou proposta?
• Quais as contribuições apresentadas?
25. Exemplos de Avaliação
• Itens a serem avaliados e classificados conforme
uma escala de 1 a 5:
– Relevância;
– Significado;
– Originalidade.
Fonte:
http://dererummundi.blogspot.com.br/2011/05/
o-fim-da-nature-e-da-science.html
26. Exemplos de Avaliação
• Itens a serem avaliados e
classificados conforme uma
escala de 1 a 5:
– Adequação dos métodos de
investigação;
– Adequação dos processos
de investigação;
– Análise e interpretação dos
dados.
Fonte:
http://salvepet.blogspot.com.br/2012/05/i
magens-para-tumblr-animais-com-
oculos.html
27. Exemplos de Avaliação
• Itens a serem avaliados e
classificados conforme uma
escala de 1 a 5:
– Lógica da argumentação;
– Adequação do título, resumo,
introdução e conclusões;
– Profundidade;
Fonte:
http://filosofarliberta.blogspot.com.br/2012
/02/logica-informal-mapa-conceptual.html
28. Revisão e Avaliação por Pares
Exemplos práticos de periódicos e no Programa de
Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do
Conhecimento
29. Relembrando!
Relembrando!
Avaliação por Pares é o processo de construção de verdades científicas, ‘por
excelência’; é a prática que valida e autentica o conhecimento científico. Ela
outorga a aceitação do trabalho de um pesquisador e, por isso, crédito e
reconhecimento, da forma que seja. (Davyt e Velho, 2000)
É usado pelos cientistas para garantir que os procedimentos estejam
corretos, estabelecer a plausibilidade dos resultados e distribuir
recursos escassos – como o espaço em revistas, fundos de pesquisa,
reconhecimento e reputação“. (Chubin e Hackett, 1990)
A avaliação por pares é uma processo/metodologia de triagem pelo qual
um artigo científico passa na comunidade científica, antes de ser publicado.
É um sistema de controle de qualidade da ciência. (Grupo Stela, 2004)
30. Situações quando a Avaliação por Pares é
utilizada
a) Na seleção de artigos científicos para periódicos e
congressos/seminários.
b) Projeto de pesquisa submetido para financiamento.
c) Premiações.
d) Algumas disciplinas de Instituições de Ensino superior
como é o caso do Programa de Pós-graduação em
Engenharia e Gestão do Conhecimento.
31. A Revisão por pares no EGC
O intuito é fazer com que o aluno:
• Conheça as partes essenciais de uma proposta de tese/dissertação,
em seguida, reelabore a proposta apresentação para a entrada no
PPG e participe da rodada de revisão por pares;
• Desenvolva a competência de dar e receber a crítica de um trabalho
científico.
E o programa:
• Crie e dissemine uma cultura interdisciplinar, em crítica científica;
• Sirva como catalisador do processo de orientação;
• Estimule o intercambio científico interdisciplinar.
32. Modelos de Avaliação
por pares
Cada editor estabelece modelos e
critérios para a avaliação dos
direntes tipos de publicações.
Ao lado, apresenta-se um modelo
aplicado em um curso de
graduação (KERN; SARAIVA, 1999).
Outro exemplo é o modelo de
avaliação por pares no EGC.
33. Referências
• AJE. American Journal Experts. <http://www.journalexperts.com/br/services-overview>
• COPE. Committee on Publication Ethics. A short guide to ethical editing for new editors.
<http://publicationethics.org>
• DAVYT, A.; VELHO, L.: A avaliação da ciência e a revisão por pares: passado e presente.
Como será o futuro? História, Ciências, Saúde – Manguinhos, VII, n. 1, 93-116, 2000.
• HOPPEN, N.; LAPOINTE, L.; MOREAU, E. Um guia para a avaliação de artigos de pesquisa
em sistemas de informação. REAd, v. 2, n. 2, 1996.
• KERN, V. M. ; POSSAMAI, O. ; SELIG, P. M. ; PACHECO, R. C. S. ; SOUZA, G.
C. ; RAUTENBERG, S. ; LEMOS, R. T. S. Growing a peer review culture among graduate
students. In: World Conference on Computers in Education, 9, 2009, Bento Gonçalves-RS.
TATNALL, A.; JONES, A. (Eds.) Education and technology for a better world. IFIP Advances
in Information and Communication Technology (AICT) Series. Proceedings of WCCE. Berlin,
Heidelberg, New York: Springer, p. 388-397, 2009.
• KERN, V. M.; SARAIVA, L. M. Aplicação da Revisão Pelos Pares no Ensino de Graduação.
Revista Alcance, v. 4. Itajaí: Editora da UNIVALI, 1999.
• MENDES, I. A. C.; MARZIALE, M. H. P. Avaliação por Pares em Divulgação Científica. Rev.
Latino-Am. Enfermagem [online], v. 9, n. 6, p. 1-6, 2001.