1. Alice Munro
Prémio Nobel da literatura
Contista canadiana, a quem chamam o Tchekov dos nossos dias, venceu o Nobel da Literatura.
LUÍS MIGUEL QUEIRÓS
2. Alice Munro
Nasceu na província canadiana de Ontário em 1931, numa família de criadores de
raposas, Alice Munro começou a escrever na adolescência, tendo publicado o seu primeiro
conto, The Dimensions of a Shadow, em 1950, quando frequentava a universidade. Ao
mesmo tempo, ia ganhando dinheiro em empregos ocasionais, trabalhando em
restaurantes, na apanha de tabaco, ou como bibliotecária.
3. A sua primeira colectânea de histórias, Dance of the Happy Shades, saiu em 1968 e
foi um sucesso imediato, tendo ganho o mais importante prémio literário canadiano e
recebido o elogio unânime da crítica. O livro seguinte, Lives of Girls and Women
(1971), é ainda hoje o seu único romance, e não falta quem ache que se trata, na
verdade, de uma sucessão de contos articulados entre si.
4. Tal como nos contos do mestre russo, o enredo é relativamente secundário nas
histórias desta canadiana, povoadas de personagens e assuntos triviais, e cuja força
está muitas vezes no súbito impacto de um momento iluminante e revelador.
Quase todos os seus contos têm como cenário a região sudoeste da província
canadiana de Ontário, o que tem levado a que seja comparada a outros ficcionistas
cujas obras se centram na vida de pequenas cidades, como Sherwood
Anderson, Flannery O'Connor ou Carson McCullers.
5. A escritora Alice Munro venceu o Prémio Nobel da Literatura, atribuído pela Academia
Sueca, que nela reconheceu um “mestre do conto contemporâneo”. Munro recebera já
alguns dos mais importantes prémios literários, incluindo, em 2009, o prestigiado Man
Booker International Prize, e era há muito uma candidata recorrente ao Nobel da
Literatura.
6. A notícia do Nobel chegou ao Canadá de noite, quando Munro dormia. A autora contou à
televisão canadiana CBC que foi acordada pela filha: “Sabia que era uma das
candidatas, mas nunca pensei que fosse ganhar.”
Munro disse ainda que ganhar o prémio é “formidável” e mostrou-se feliz por o mundo
descobrir a sua escrita.