3. Etiologia
O mosaico tardio é causado pelo vírus da necrose branca do fumo e
ocorre em vários outros hospedeiros como fumo, hortaliças,
leguminosas, Compositae e Chenopodiaceae. O TSV é membro da
família Bromoviridae e gênero Ilarvirus.
A transmissão mecânica para o algodoeiro foi obtida a partir de
plantas de fumo.
Em 1976 conseguiu-se sua transmissão para o algodoeiro através do
uso de tripes da espécie Frank liniella sp.
Para a ocorrência do mosaico tardio, é necessário que a planta
tenha sido previamente infectada pelo vírus do vermelhão ou
“antocianose” do algodoeiro.
Manual de Fitopatologia, vol. 2, p. 42, 1997
5. Sintomas
São observados principalmente nas folhas novas do ponteiro das
plantas, consistindo de mosaico de manchas verde-claras entre as
nervuras secundárias entremeadas de áreas normais.
Pode ocorrer a morte do broto apical e mosaico nas folhas
formadas em seguida.
A produção da planta é reduzida devido ao aumento na queda de
botões florais quando a infecção ocorre no início do florescimento.
O mosaico tardio pode ser diferenciado do mosaico das nervuras
porque este mostra uma coloração verde-clara ou verde-amarelada
somente nas nervuras das folhas, ou em pequena faixa ao longo
destas.
Manual de Fitopatologia, vol. 2, p. 42, 1997
7. Hospedeiro: Allium sativum L., Allium cepa
L. (Allho e Cebola)
Agente Etiológico: Fusarium oxysporum
f.sp. cepae (Hans.) Snyder & Hans.
Doença: Podridão basal
Manual de Fitopatologia, vol.2, p. 67, 1997
8. Etiologia
Fusarium oxysporum f.sp. cepae (Hans.) Snyder & Hans, é um
Deuteromiceto da Ordem Moniliales que produz clamidósporos,
microconídios unicelulares e macroconídios em forma de canoa,
com 3-4 septos.
A infecção é favorecida pela ocorrência de ferimentos causados por
outros patógenos, como P. terrestris
A disseminação no campo se dá através de água, solo, vento e
mudas contaminadas. Durante o armazenamento, a disseminação
ocorre pelo contato entre bulbos sadios e doentes. A presença de
ferimentos nos bulbos favorece a penetração do fungo. As
condições favoráveis à doença são temperaturas entre 26-28ºC e
umidade alta.
Manual de Fitopatologia, vol.2, p. 67, 1997
9. www.doctorfungus.org/thefungi/Fusarium_oxysporum.php
Illustrated Genera of Imperfect Fungi, 4ª Edição, 1998
A. Hifa com conidióforos simples;
B. Vários conidióforos;
C. Conidióforos no esporodóquio;
D. Conídios(macro e microconídios)
Imagem microscópica dos macro e
microconídios de Fusarium oxysporum f. sp.
cepae.
10. Sintomas
No início do desenvolvimento da cultura, no campo e em canteiros de
mudas, a doença pode provocar tombamento.
Em plantas mais desenvolvidas, manifesta-se inicialmente através
de amarelecimento das pontas das folhas, que progride para a base
até que todo o limbo seja tomado.
As raízes das plantas afetadas apresentam-se com coloração
marrom-escura, achatadas e ocas.
Nos bulbos, por ocasião da colheita ou posteriormente, ocorre uma
podridão basal que caminha para cima, podendo destruir
totalmente os tecidos do bulbo.
Em condições de alta umidade pode-se observar um crescimento
cotonoso, esbranquiçado, sobre o bulbo afetado, constituído de
micélio do fungo.
Manual de Fitopatologia, vol.2, p. 67, 1997
14. Etiologia
Ascochyta phaseolorum é um fungo da sub-divisão
Deuteromycotina, ordem Sphaeropsidales e família Sphaeropsidaceae.
O fungo cresce facilmente em meio de cultura BDA e forma micélio de
coloração que pode variar de cinza a cinza-escuro.
A faixa de temperatura ótima para esporulação está entre 21-24ºC
A disseminação do fungo é feita a grande distância através de sementes
contaminadas e dentro e entre culturas através da água da chuva e vento.
Manual de Fitopatologia, vol.2, p. 623, 1997
15. Illustrated Genera of Imperfect Fungi, 4ª Edição, 1998
A. Picnídios na folha; B e C. Vistas superior e lateral do picnídio; D. Conídios
16. Sintomas
O fungo ataca qualquer órgão aéreo da berinjela, mas verifica-se
maior incidência na parte nova das hastes, na forma de áreas
necróticas que acabam circundando o caule e provocando a murcha
e secamento da parte acima dessa região.
Nos tecidos necrosados mais velhos, constata-se grande quantidade
de picnídios, na forma de pontos escuros. Quando a incidência
ocorre na região do colo, há murcha e seca da planta.
Nos frutos, o fungo geralmente penetra a partir da região
peduncular, junto às sépalas, provocando necrose escura,
enrugamento e secamento dos frutos.
Nas folhas, sintomas em forma de manchas necróticas, contendo
ou não círculos concêntricos, podem ser confundidos com manchas
causadas por Alternaria.
Manual de Fitopatologia, vol.2, p. 622, 1997
17. Imagens de folhas de feijão( também é planta hospedeira) com sintomas de Ascochyta phaseolorum.
http://clubephytus.com/index.php/content/search/keywords/ascochyta-phaseolorum#pos
18. Hospedeiro: Lycopersicum esculentum
Mill. (Tomate)
Agente Etiológico: Alternaria solani (Ell. &
Martin) Jones & Grout.
Doença: Pinta preta ou Mancha de
alternaria .
Manual de Fitopatologia, vol.2, p. 656, 1997
19. Etiologia
Alternaria solani tem micélio septado e ramificado e torna-se
escuro com a idade em meio de cultura.
Os conidióforos são simples, septados, longos, sub-hialinos a
escuros, com conídios terminais. Estes são multicelulares, com
septos transversais e longitudinais, clavados, com uma das
extremidades pontiaguda, com ou sem apêndice.
A germinação ocorre na faixa de 6 a 34ºC com ótimo entre 28 a
30ºC em 35 a 45 minutos em água.
O fungo penetra diretamente através da cutícula ou da parede
celular após a formação de apressório. As lesões tornam-se visíveis
sob condições favoráveis em 2 ou 3 dias após a penetração.
Manual de Fitopatologia, vol.2, p. 656, 1997
21. A. Conidióforo e cadeia de conídios; B. Conidióforo simples mostrando poro apical; C.
Proliferação de conídios; D. Conídios; E. A. Solani
Illustrated Genera of Imperfect Fungi, 4ª Edição, 1998
22. Sintomas
Nas folhas maduras, as lesões são necróticas, pardo-escuras, com
ou sem zonas concêntricas bem pronunciadas, bordos
definidos, circulares ou elípticas no início e irregulares mais
tarde, com diâmetro de 3 a 20 mm.
Em lesões mais velhas, constata-se halo clorótico que pode tomar
extensas áreas dos folíolos.Quando a lesão atinge a nervura da
folha, esta é destruída, interrompendo a circulação da seiva e
provocando o amarelecimento e morte da parte afetada.
No caule, no pecíolo e na ráquis, as lesões são semelhantes às da
folha, tendendo a circunscrever os órgãos afetados e podendo
provocar a morte dos mesmos. Nos frutos, as lesões iniciam-se com
a cor marrom ou preta a partir das sépalas, onde causam podridão
seca de aspecto zonado.
Manual de Fitopatologia, vol.2, p. 656, 1997
24. Hospedeiro: Hibiscus esculentus L.
(Quiabo)
Agente Etiológico: Meloidogyne incognita
(Kofoid & White) Chitwood.
Doença: Nematóides das Galhas
Manual de Fitopatologia, vol. 2, p. 576, 1997
25. Etiologia
As fêmeas são ovais ou esféricas, com 0,5-0,7mm de
diâmetro, apresentando um pescoço. Tem coloração característica
branca-perolada e brilhante. O estilete é fino e com nódulos.
Os machos são vermiformes, com 1-2mm de comprimento, com
cauda curta.
A duração do ciclo de vida é extremamente variável para cada
espécie de Meloidogyne, dependendo principalmente da
temperatura (de um modo geral 25 dias a 27 ºC), além da
susceptibilidade da planta hospedeira e das condições químicas e
físicas do solo.
http://www.plantecerto.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=69&Itemid=96
26. A. macho; B. região anterior do macho;
C. região esofagiana da fêmea; D. larva L2;
E. cauda do macho; F. fêmea (Tihohod, 1993).
http://www.plantecerto.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=69&Itemid=96
28. Sintomas
No local onde o nematóide penetra e a partir de onde começa a
alimentar-se ocorre a formação de células gigantes, ou
seja, aumento de tamanho (hipertrofia) e multiplicação de células
(hiperplasia). Observa-se, então, a formação de galhas de variados
tamanhos, denominadas de pipoca.
O sistema radicular torna-se ineficiente na absorção de água e
nutrientes, afetando o crescimento das plantas.
Plantas atacadas apresentam redução no
crescimento, amarelecimento de folhas, murcha nas horas mais
quentes do dia e, em casos mais graves, ocorre a morte da planta.
http://www.agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/nematoide-das-galhas_523.html
Manual de Fitopatologia, vol. 2, p.576, 1997