Este documento fornece informações sobre a Escola Municipal de Educação Básica "Mariana Benvinda da Costa" em São Bernardo do Campo. Ele inclui a identificação da escola, a biografia da patrona, o quadro de funcionários, a concepção pedagógica, caracterização da comunidade escolar, planos de ação para diferentes segmentos da escola e organização do trabalho pedagógico.
6ª Sessão (1ª Parte) - O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: ...
Ppp 2012
1. Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo
Secretaria de Educação
Departamento de Ações Educacionais
SE.11 - Divisão de Ensino Fundamental e Infantil
I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR 4
2. 1. Histórico da Escola 5
2. Biografia da Patrona da Unidade Escolar 6
3. Quadro de Identificação dos Funcionários 7
4. Quadro de Organização das Modalidades 9
II – CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE
ATUAÇÃO DA ESCOLA 10
1. Concepção Pedagógica 10
2. Caracterização da Comunidade 11
3. Comunidade Escolar 12
3.1. Caracterização 12
3.2. Avaliação da comunidade sobre o trabalho realizado pela escola em 2011 13
3.3. Plano de Ação para Comunidade Escolar 14
3.4. Avaliação 15
4. Equipe Escolar 15
4.1. Caracterização 15
4.1.1. Quadro de Identificação dos Professores e Auxiliares em Educação 17
4.1.2. Plano de Formação do Professor e Auxiliar em Educação 18
4.1.3. Avaliação do Plano de Formação 2012 20
4.1.4. Avaliação do Plano de formação 2011 21
4.2. Funcionários 22
4.2.1. Caracterização 22
4.2.2. Quadro de Identificação dos Funcionários de Apoio 23
4.2.3. Plano de Formação dos Funcionários de Apoio 24
4.2.4. Avaliação do Plano de Formação 24
5. Conselho de Escola 24
5.1. Caracterização 24
5.2. Plano de Ação do Conselho de Escola 25
5.3. Avaliação do Plano de Formação 26
6. Associação de Pais e Mestres 26
6.1. Caracterização 26
6.2. Plano de Ação Associação de Pais e Mestres 26
6.3. Plano de aplicação de Recursos Financeiros 27
6.4. Avaliação do Plano de Formação 27
III – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 27
1. Objetivos 27
1.1.Objetivo da Educação Básica 27
1.2. Da Educação Infantil 27
2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos 28
3. Levantamento dos Objetivos e Conteúdos por Área do Conhecimento 31
4. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos 82
4.1. Educação Infantil 82
2
3. 5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos 83
5.1. Planejamento 83
5.2. Registro 83
5.3. Organização dos registros da ação formativa da equipe gestora 83
6. Reunião com pais e Período de adaptação 83
6.1. Reunião com pais 83
6.2. Acolhimento 85
7. Atendimento Educacional Especializado (A.E.E) 86
8. Projetos Coletivos da Unidade Escolar 87
8.1. Baú de histórias 87
8.2. O Nordeste também é aqui! 89
8.3. Mostra Cultural e Dia da Família 90
IV. REFERÊNCIAS 91
V. ANEXOS 91
1. Descrição da Estrutura Física da Escola 91
2. Materiais Pedagógicos e Equipamentos 92
3. Calendário Escolar Homologado 94
I- Identificação da Unidade Escolar
3
4. Escola Municipal de Educação Básica “MARIANA BENVINDA DA COSTA”
Rua Aureliano de Souza, 01
Bairro.Ferrazópolis – São Bernardo do Campo - Cep: 09781-120
Tel. 4127-3997 / 4339-5459
E-mail: mariana.benvinda@saobernardo.sp.gov.br
CIE: 077525
Equipe Gestora: Diretora – Priscila de Brito
Coordenadora Pedagógica – Andréa Cristiane de Oliveira
PAD (Professor de Apoio à direção) – Circe Guarnieri Ruocco
Orientadora Pedagógica: Mara Lúcia Finocchiaro da Silva
Modalidade de Ensino: Educação Infantil
Períodos e horários de funcionamento da escola: Manhã das 7h30 às 11h30
Tarde das 13h00 às 17h00
Horário de atendimento da secretaria: 7h30 as 17h00
1. Histórico da Escola
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5. As instalações dos Centros de Convivência refletem a concepção de Política Educacional
da Secretaria de Educação e Cultura em 1989. Concebidos como um espaço integrado de
educação, lazer e cultura, foram construídos o Centro de Convivência D. Jorge, no Areião; o
Centro Convivência do Battistini e a nossa escola, Mariana Benvinda da Costa, no
Ferrazópolis.
A escola foi inaugurada em 23 de fevereiro de 1992, atendendo à demanda popular,
recebendo essa denominação por escolha da comunidade.
Nos anos de 1994, 1995, 1996, a quadra de esportes foi utilizada para instalar as
famílias de pessoas desse e de outros bairros, desabrigadas pelas enchentes. A situação
prejudicou muito o funcionamento da EMEB, se por um lado, nos dois primeiros anos nos levou
a produzir projetos educativos discutindo questões do meio ambiente, tipos de moradia, formas
de melhorar a vida do bairro, por outro, acomodou o poder público durante 06 meses. Ao longo
de todo o ano de 1996 foram abrigadas cerca de 200 pessoas e os transtornos inumeráveis.
Em 2003 a quadra de esportes foi reformada pela Secretaria de Esportes e constitui um
espaço importante para a comunidade que tem atividades desenvolvidas por professores que
lecionam várias modalidades esportivas para os jovens, crianças e ginástica feminina. No início
de 2005 o espaço da quadra foi ocupado novamente para o alojamento de desabrigados pelas
chuvas. As famílias foram levadas para um novo alojamento provisório a partir de abril e a
quadra foi reformada novamente.
Na trajetória pedagógica da escola, observamos que a partir de 1999 começamos a
elaborar com a denominação de Projeto Pedagógico Educacional o novo norteador para o
trabalho a ser desenvolvido na escola junto a seu entorno. Até então, produzíamos o Plano de
Trabalho Anual no qual constavam aspectos legalmente determinados para o funcionamento da
escola e nos amparávamos pedagogicamente na Proposta Curricular da Rede produzida em
1989. Ressaltamos, ainda, que desde os planos de trabalho produzidos em 1993 registramos
5
6. no grupo de educadores uma forte disposição em participar nos momentos de formação - na
época restritos às reuniões pedagógicas – e nas discussões que norteavam nossas ações.
Todo ano em nosso PPP apontamos, a partir da avaliação da comunidade e da equipe
escolar, um projeto coletivo a ser desenvolvido nas diferentes turmas durante o ano e que
culminará na “Mostra Cultural” da Unidade em meados do último trimestre. Nossa primeira
mostra Cultural foi em 1993 “A escola e sua importância em nossa vila”, e na sequencia “A
construção da casinha” (94), “Os povos do mundo e as diferentes culturas” (95), “Arte na pré-
escola – Os pintores” (95), “O supermercado” (96), “Música” (97), “Feira: Da produção a
venda” (Semi 98), “Livro de poesia” (98), “Livro da mãe” (98), “Folhetos com as brincadeiras
favoritas da turma” (98), “Lojinha entre classes” (98), “Uma viagem pelo corpo humano” (99),
“Arteiros e artistas” (2000), “A diminuição do lixo: Uma proposta de reutilização e reciclagem”
(2001), “Diferentes povos das diferentes culturas do mundo” (2002), “Comunicando,
comunicação” (2003), “A Melhora do Meio Ambiente” (2004) , “Aprender e Criar é só
começar”(2005), “Sons, Cores e Histórias que acontecem no Mariana Benvinda ” (2006),
“Sensações e Emoções: quem vier sentirá” (2007), “Diversidade é que é legal!” (2008); Ciranda,
cirandinha vamos todos cirandar...brincar...cantar...desenhar...pintar...cozinhar (2009); Um
mergulho no mar de aventuras: brincadeiras, artes, animais, corpo humano, quadrinha e horta
(2010); Explorando a vida no planeta Mariana: nossos saberes, sabores, ceres, cores, formas e
brincadeiras (2011);
2. Biografia da Patrona da Unidade Escolar
Mariana Benvinda da Costa era filha de Francisco Benvindo
da Costa e Maria Teresa de Jesus. Era casada com
Francisco de Assis Gomes, com o qual teve sete filhos: Maria
Gerciana Gomes, José Gercion Gomes, Antônia Gernecir
Gomes, Francisco Genival Gomes. Expedito Geneplides
Gomes, Maria das Dores Gomes e Antonia Gildenea Gomes.
Veio do Ceará para São Paulo em agosto de 1972. Como
todos os nordestinos, à procura de melhores condições de
vida. Chegando aqui, entrou logo na comunidade da Igreja,
que já era preferida como entidade de luta, desde os tempos
do Ceará.
Em 1981, filiou-se ao partido dos trabalhadores e a partir daí começou a participar das lutas,
reivindicando melhorias para a Vila Ferrazópolis, principalmente na parte
Luta por escolas, asfalto, ônibus, entre outras. /foi uma das fundadoras do Posto de leite de
Ferrazólis, participando da Comissão de mulheres. Foi e ainda é muito conhecida e amada por
todos. Mãe exemplar, tendo nascido em 30 de janeiro de 1933 e falecido em 18 de fevereiro de
1985.
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7. 2. Quadro de Identificação dos Funcionários
Nome Matrícula Cargo Horário Férias
Priscila de Brito 25.869-0 Diretora 7h15 – 17h15 Janeiro
Andréa Cristiane de Oliveira 35.350-3 Coordenadora Pedagógica 8h – 17h Janeiro
Circe Guarnieri Ruocco 9.571-3 PAD 8h30 – 17h30 Janeiro
Laudemir Carlos Ribeiro 30.518-6 Oficial de escola I 7h30 - 16h30 Junho
Aline Barbosa 31.130-5 (M) Professora 7h30 - 11h30 Janeiro
Aline Barbosa 32.658-6 (T) Professora 13h - 17h Janeiro
Camila Morpanini 37.240-6 Professora 7h30 – 17h Janeiro
Cristiane Aparecida P. Gonçalves 37.196-3 Professora 7h30 – 17h Janeiro
Cristiane da Silva Lima 37.194-7 Professora 7h30 – 17h Janeiro
Elaine Neves de Andrade 26.631-6 Professora 7h30 - 11h30 Janeiro
Eliana Naldi de Assis Leal 31.188-4 Professora 7h30 - 11h30 Janeiro
Fátima Cristina Gastaldo 33.974-9 Professora 13h - 17h Janeiro
Joesilvia da Silva Vigatto 31.740-8 Professora 7h30 - 11h30 Janeiro
Joyce Rodrigues da Costa 61.758-5 Professora 7h30 – 17h Janeiro
Karen Cristina M. S. de Lima 37.300-4 Professora 7h30 – 17h Janeiro
Katia de Almeida Benites da Costa 31.095-1 Professora 7h - 15h Janeiro
Leilane Fernandes 35.159-3 Professora 13h - 17h Janeiro
Maria do Socorro de Figueiredo 61.784-4 Professora 13h - 17h Janeiro
Maria Juciana Bezerra Moura 37.235-9 Professora 7h30 – 17h Janeiro
Sandra Cistina G. da Cunha 33.341-8 Professora 7h30 - 11h30 Janeiro
Socorro Keille N. de Souza 33.489-6 Professora 13h - 17h Janeiro
Tatiana Rodrigues Celian dos Santos 18.367-1 Professora 7h30 – 11h30 Janeiro
Ana Lucia Ferraz da Silva 61.524-0 Professora AEE 13h – 17h Janeiro
Roberta Giubilato de Paula 34.336-4 Professora AEE 7h30 – 11h30 Janeiro
Daniele Cristina Viotto 34.323-3 Auxiliar em educação 7h30 – 16h30 Janeiro
Priscilla Lucena Felippe Vendruscolo 34.548-9 Auxiliar em educação 7h30 – 16h30 Janeiro
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8. Ana Cristina de Sousa 77.002-0 Estagiária em pedagogia 13h - 17h Janeiro
Bárbara Ane Ferreira Gomes 77.653-9 Estagiária em pedagogia 13h – 15h Janeiro
Camila Aparecida Mioto Lopes 77.251-9 Estagiária em pedagogia 7h - 11h30 Janeiro
Elaine Cristina L. de Oliveira 77.663-6 Estagiária em pedagogia 7h - 12h Janeiro
Aureni Batista da Silva COAN Merendeira 6h30 – 16h18 Janeiro
Silvana Rodrigues dos Santos COAN Merendeira 7h – 16h48 Janeiro
Suzana Brito Felipe de Oliveira COAN Merendeira 7h – 16h48 Janeiro
Andreia Quaresma dos Santos 61.262-4 Auxiliar de limpeza 6h30 – 15h30 Janeiro
Edileusa Nunes da Silva 61.302-8 Auxiliar de limpeza 8h – 17h Fevereiro
Lucielia Nascimento Barros 62.338-0 Auxiliar de limpeza 6h30 – 15h30 Maio
Marlene de O. Silva Lindovino 60.914--4 Auxiliar de limpeza 6h30 – 15h42 Janeiro
Silvana Aparecida da S. Perigo 61.033-9 Auxiliar de limpeza 8h30 – 17h30 Janeiro
Suellen Barreto Peranovich 35.323-6 Aux Biblioteca 8h – 17h Abril
Edna Aparecida Valeriano Projeto Contadora de histórias 8h – 12h Janeiro
Luíz Fernandes da Silva 10.495-8 Vigilante Noturno A definir
Nelson Feliciano Silva 22.177-0 Vigilante Noturno A definir
3. Quadro de Organização das Modalidades
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9. Período Agrupamento Turma Professora Apoio Total de alunos por Total de alunos por
Termo turma período
Infantil – II 3A Tatiana Rodrigues Celian dos Priscilla Lucena F. Vendruscolo 23
Santos
Infantil – II 3B Kátia de Almeida Benites Daniele Cristina Viotto 23
Manhã Joyce Rodrigues da Costa (Subst.)
Infantil – III 4A Elaine Neves de Andrade 24 186
8 turmas Infantil – III 4B Cristiane Aparecida P. 21
Gonçalves
Infantil – IV 5A Joesilvia da Silva Vigatto 23
Infantil – IV 5B Cristiane da Silva Lima Elaine Cristina L. de Oliveira 23
Infantil – V 6A Aline Barbosa (M) Camila Aparecida Mioto Lopes 25
Infantil – V 6B Sandra Cristina G. da Cunha 24
Infantil – II 3C Eliana Naldi de Assis Leal Daniele Cristina Viotto 23
Infantil – III 4C Maria Juciana Bezerra Moura Priscilla Lucena F. Vendruscolo 24
Infantil – III 4D Karen Cristina M. S. de Lima 25
Tarde Infantil – IV 5C Camila Morpanini Bárbara Ane Ferreira Gomes 25
Infantil – IV 5D Leilane Fernandes 28 205
Infantil – V 6C Socorro Keille N. de Sousa 28
8 turmas
Infantil – V 6D Aline Barbosa (T) Ana Cristina de Sousa 24
Infantil – V 6E Fátima Cristina Gastaldo 28
Total de alunos
Total de turmas 16 atendidos pela
escola 391
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10. II – CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO
DA ESCOLA
1. Concepção Pedagógica
Criança
A criança é sujeito de direito, ativa em seu processo de
aprendizagem, interage com o meio interpretando e
apreendendo o mundo a partir de suas vivências e de
características próprias peculiares do seu processo de
desenvolvimento.
Todos são capazes de aprender, observando o princípio da
inclusão e das necessidades individuais de cada criança.
O aluno é considerado como centro do processo de
aprendizagem, portanto é a partir de seus conhecimentos e das
características de sua faixa etária, que elencamos os objetivos e
propostas a serem desenvolvidos durante o ano letivo.
Ensino
O ensino é concebido considerando a criança como sujeito de direitos e como tal é
respeitada no seu direito a aprender, no seu estágio de desenvolvimento, nos
conhecimentos e cultura que traz consigo, nos seus interesses e necessidades de
aprendizagem.
A instituição de Educação Infantil deve oferecer às crianças condições de
aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações
pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos.
A intencionalidade educativa deve nortear as ações do professor na escola. Para
que as aprendizagens se efetivem, é necessário o respeito às necessidades e
possibilidades de cada um, observando o princípio da diversidade.
A construção do vínculo entre educador e aluno requer do educador que esteja
comprometido com o outro, com suas necessidades e confiante na capacidade de
aprendizagem dos alunos. Todas as pessoas que trabalham na escola devem ser
entendidas como educadoras.
Aprendizagem
A aprendizagem se dá na interação do sujeito com o meio a
partir de sua necessidade, interesse e estímulo. A criança
aprende vivenciando experiências significativas da sua cultura.
Quanto mais ricas forem as experiências proporcionadas a ela
melhor será a qualidade de sua aprendizagem.
No ambiente escolar essa aprendizagem não ocorre de
forma espontaneísta. É preciso criar situações de
aprendizagem nas quais os alunos coloquem seus
conhecimentos em xeque, relacione o que sabe com os novos
desafios apresentados pelo professor, em um movimento de
desconstrução e reconstrução de saberes.
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11. 2. Caracterização da Comunidade
As casas mais próximas da escola são de alvenaria, muitas delas sobrados;
servidos por rede de água, esgoto e eletricidade. As mais afastadas, localizadas no Jardim
Limpão, têm infra-estrutura precária, pois o local é uma comunidade que está passando
por um processo lento de urbanização. Muitos barracos estão em áreas de risco e a rede
de serviço de saneamento ainda é muito reduzida.
O Bairro conta com uma pequena estrutura de serviços, esporte e cultura.
No terreno localizado atrás da escola, existe uma Quadra de Esportes da
Prefeitura que oferece algumas atividades para crianças e adultos sob coordenação de
professores como ginástica, escolinha de futebol e outros esportes como basquete e
voleibol
Há uma Sociedade Amigos do Bairro e as benfeitorias conseguidas resultam, em
grande parte, das ações organizadas da Sociedade, responsável direta pelo asfaltamento,
iluminação das ruas, criação de escolas, compras comunitárias... e comércios em geral
(sacolão, açougue, farmácia, mini-mercados...).
A população do bairro também conta com uma Unidade Básica de Saúde (com
atendimento diário de pediatras e tratamento odontológico para as crianças. A psicóloga
destina um dia no mês para o agendamento das sessões para atendimento da
população), um Posto Policial e várias linhas de transporte coletivo realizado pelas
empresas: Transbus, SBC Trans, Viação Riacho Grande e Viação ABC.
Em relação aos serviços educacionais públicos prestados à comunidade temos as
EMEBs Antônio José Mantuan e Manuel Torres de 0 a 3 anos; Di Cavalcanti, Hygino
Batista de Lima, Mariana Benvinda da Costa e Maurício Caetano de Castro de 3 a 6 anos;
André Ferreira, José Luiz Jucá e Mário Martins de Almeida, ensino fundamental, Escola
Municipal de Iniciação Profissional Miguel Arraes de Alencar e as Escolas Estaduais Luiza
Collaço e Maria Cristina S. Miranda, a partir do 5º ano.
O bairro dispõe apenas dos serviços de Bibliotecas Escolares Interativas situadas
nas EMEBs: Di Cavalcanti, Hygino Batista de Lima, Mariana Benvinda da Costa, André
Ferreira, José Luiz Jucá e Mário Martins de Almeida, que realizam o atendimento à
comunidade uma vez por semana.
Cabe ressaltar que o atendimento à comunidade nas Bibliotecas Interativas nas
EMEBs, é realizado por um auxiliar de biblioteca.
Atualmente o atendimento à Comunidade nesta unidade é realizado às segundas –
feiras, das 8h00 as 16h30 onde são realizados empréstimos e uso para leitura dos
periódicos e acervo.
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12. 3. Comunidade Escolar
3.1. Caracterização
Pelos dados estatísticos, temos aproximadamente sessenta por cento das famílias
provenientes da região sudeste, com predominância de São Paulo, aproximadamente
trinta e sete por cento da região nordeste e o restante das demais regiões. A média de
idade dos pais está entre 20 e 30 anos. Esse dado sobre a origem das famílias demonstra
uma mudança nos últimos anos, pois estas eram oriundas em sua maioria da região
nordeste.
Outro dado relevante sobre a mudança de vida das pessoas é o grau de
escolaridade. Em anos anteriores a escolaridade chegava às séries iniciais. Atualmente
a maioria possui o ensino fundamental e médio completo, sendo que a segunda
modalidade tem maior representatividade entre as famílias do que a primeira, diminuindo
progressivamente os que não finalizaram seus estudos nessas modalidades.
A maioria dos pais e mães está no mercado de trabalho, sendo que
aproximadamente setenta e quatro por cento tem carteira assinada, fato esse que
representa uma migração da economia informal para formal. Em algumas famílias o
sustento advém de outros membros como avós, tios e primos. A proporção entre mães e
pais trabalhadores praticamente se equipara.
A média de pessoas que moram junto com a criança na casa é de três a quatro. Na
ausência dos pais durante o período que estão trabalhando e as crianças não estão na
escola quem fica com as mesmas em sua maioria é a mãe, avó, irmãos, pai, tias, vizinhos
e babá, nessa ordem de prioridade que estão citados.
As famílias possuem como lazer as visitas às casas dos parentes, a participação
nos cultos religiosos, passeios a parques públicos e ocasionalmente a cinemas e
shoppings, sendo que esses dois últimos itens representam uma minoria dos
pesquisados.
Quanto à escolha religiosa um quarto dos pesquisados são evangélicos e a maioria
se declara católico.
Em relação ao acesso aos meios de comunicação, a televisão ainda é a forma mais
acessível de informação e lazer, seguida do rádio e internet, que ocupam a mesma
entrada nas casas. O jornal e revista embora apareçam, são os meios menos utilizados.
Telejornais, seguidos de novelas e filmes são os mais vistos pelos adultos enquanto os
programas dos canais abertos como Bom dia e companhia, Tv Globinho, Maisa, Xuxa,
Chaves e Chapolim são os de preferência das crianças. A TV cultura mesmo que
timidamente aparece nas pesquisas.
Quanto ao acesso das crianças em relação aos diferentes periódicos e materiais
gráficos, as famílias apontam que as crianças têm acesso a livros e revistas para colorir
além de materiais como lápis de cor, giz de cera e canetas.
Os portadores textuais que circulam na comunidade são panfletos de
supermercado, pizzaria, religiosos, planos de saúde, padaria e mercadinho, nesta ordem
em que estão citados.
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13. Quanto às manifestações artísticas a comunidade aponta o artesanato como o
meio cultural mais conhecido. Menos da metade dos entrevistados dizem ter acesso ao
guia cultural da cidade.
Quanto a APM e Conselho de escola e associações de bairro a maioria diz não
poder participar por motivos de trabalho e falta de tempo. Também dizem não saber quais
são os assuntos tratados nessas reuniões.
Quando consultados quanto à preferência em relação ao horário da reunião de pais
e mestres, a maioria informa que tem preferência para o período em que a criança está na
escola.
A caracterização da comunidade incide diretamente na forma de como a escola
pensa seu planejamento. A pesquisa sobre as manifestações culturais e a origem das
famílias veio ao encontro às propostas pensadas pela equipe escolar nas primeiras
reuniões pedagógicas do ano letivo.
Embora os pais de nossos alunos sejam em grande parte de São Paulo, a influência
nordestina ainda é muito forte na comunidade, visto que os avós dessas crianças são
oriundos dessa região. Nosso eixo de trabalho para esse ano incidirá sobre a valorização
da cultura local. Os saberes da comunidade, suas vivências e conhecimentos serão
considerados e inseridos como etapas dentro das propostas pedagógicas e no Projeto
Coletivo da Unidade Escolar, que terá como foco o Centenário de Luiz Gonzaga e a
Cultura Nordestina.
Em relação aos portadores textuais que as famílias disseram ter acesso na
comunidade, obtivemos dados que nos auxiliarão em nossa formação com os
professores. Nossa reflexão será acerca das concepções que envolvem o letramento
dentro da escola e melhores propostas para trazermos as diferentes leituras e
conhecimentos sobre o mundo letrado que as crianças possuem para dentro escola e
substituirmos gradativamente as atividades escolarizadas e sem contextualização que
muitas vezes aparecem em nossas rotinas.
3.2 - Avaliação da comunidade sobre o trabalho realizado pela escola em 2011
Aspectos positivos:
- Brincadeiras e desenvolvimento das crianças;
- A responsabilidade de todos para com as crianças;
- Criatividade e diversidade das atividades;
- Oficina de artes, Mostra cultural e peça de teatro;
- Forma de avaliar as crianças;
- Dedicação, carinho, e compreensão dos professores em relação às crianças;
- Desenvolvimento, socialização, independência;
- A escola está de parabéns;
- Uma escola ótima, em relação a todo aprendizado, lazer, educação, a cada ano
que passa vem melhorando;
- A prender a compartilhar;
- Tudo foi bom, principalmente o atendimento para comunidade;
- Os momentos de acolhimento em que precisou da escola;
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14. - Apreciação das oficinas e mostra cultural;
- Os passeios realizados;
- Professores maravilhosos;
- O filho se expressa melhor, mais companheiro;
- Tranquilidade em deixar o filho na escola;
- Clareza nas ações da escola;
- Ótimo relacionamento entre professores e alunos;
- Limpeza e organização da escola;
- Conhecimento transmitido às crianças.
Aspectos a serem melhorados?
- Algumas professoras não verificam a lista de pessoas autorizadas na hora da
saída, gerando problemas de segurança às famílias;
- Mais passeios;
- Priorizar os cuidados com as perdas das roupas das crianças, que mesmo com
nome acabam se misturando;
- Transporte escolar devido ao transito da rua, problemas com atropelamento;
- Volta do período integral;
- Reforma das salas de aula;
- Ao invés do lanche deveria ser almoço;
- Horário das reuniões, pois em todas as escolas é o mesmo horário;
- Oferta da merenda deveria ser melhor;
- Mais frutas na merenda;
- Limpeza das salas, passar pano úmido para tirar o pó, a limpeza deixa a desejar.
- Melhorar o parque, acrescentar mais brinquedos;
- Atualização de métodos de ensinamento;
- Melhorar a oferta de material escolar;
- A integração dos pais no acompanhamento dos filhos dentro da instituição de
ensino;
- Ter festas: de aniversário, festa junina;
- O chão deve ser trocado;
- Entrega dos uniformes muito atrasada;
- Muro do parque muito baixo, com perigo de outras crianças ou adultos entrarem
na escola;
- Tempo de chuvas de verão abrir os portões mais cedo para que as crianças não
cheguem em casa molhadas;
- Troca constante de professoras;
- Participação dos pais nos passeios;
- Melhorar a circulação dos GCM’s na escola;
- Os eventos só aos sábados dificultou a participação de alguns pais.
3.3. Plano de Ação para Comunidade Escolar
Justificativa: Considerando a caracterização do bairro e da comunidade escolar;
juntamente a importância da escola como espaço de vivência cultural e valorização dos
vínculos, a escola além dos momentos formativos em reunião de pais, Reuniões de
Conselho de Escola e APM, planejará dois sábados com atividades de integração
família/escola, sendo ambos focados no Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar.
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15. O primeiro como disparador sobre a temática e o segundo culminado em uma mostra
cultural para compartilhar com as famílias o trabalho desenvolvido ao longo do ano. Outra
ação da Unidade é a divulgação dos eventos culturais desenvolvidos na escola, no bairro
e na cidade, assim como um boletim informativo bimestral sobre as ações do conselho de
escola e APM.
Objetivos:
Socialização entre as famílias;
Estreitar o vínculo com a equipe escolar;
Interagir com o espaço escolar;
Compartilhar o trabalho desenvolvido pela escola;
Contribuir para o processo de ensino e aprendizagem
Ações propostas:
- Compartilhar com os pais o trabalho desenvolvido com os alunos através de murais,
exposições, mostra cultural, apresentações, Reuniões de pais, entre outros;
- Reuniões de pais formativas;
- Divulgação dos eventos culturais da Unidade Escolar, do bairro e da cidade;
- Boletim informativo bimestral com as ações desenvolvidas pela APM e Conselho de
Escola;
Responsáveis: Equipe de gestão, professores e funcionários
3.4. Avaliação
A avaliação será realizada durante o desenvolvimento das atividades, onde valorizaremos
a participação, interesse, observações e comentários da comunidade. Em alguns
momentos pontualmente e outros através de espaços como reuniões com pais, reuniões
da APM e Conselho e outro momento específico planejado pela equipe de gestão com
pesquisas e registros ao término do plano de ação.
4. Equipe Escolar
4.1. Caracterização
A remoção de trouxe um novo quadro de professores para Unidade Escolar, dos
dezesseis que aqui estavam em 2010, oito permaneceram e os demais ingressaram
nesse ano em nossa EMEB. Em 2012, tivemos a chegada de cinco novas professoras de
40h oriundas do último concurso, assim como a troca das professoras substitutas.
Desses professores que estão em nossa Unidade, sete possuem magistério, sendo
que dois deles como formação prioritária e os demais deram continuidade a sua formação
em nível superior, sendo onze em pedagogia, dois superior normal e um em direito.
Temos dois professores que concluíram a especialização nas áreas de educação inclusiva
e educação infantil.
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16. A forma buscada pela maioria dos professores para a atualização profissional são
cursos, livros, reportagens e troca entre parceiros. Os cursos em horário apareceram com
menos freqüência, acreditamos que isso se deva em partes, devido a quantidade de
cursos oferecidos pela secretaria de educação.
Tratando-se de atualização via periódicos, os professores apontaram como
interesse a revista nova escola. Pensando na utilização deste material como fonte de
formação, estamos compartilhando em HTPC, como objeto de reflexão sobre os temas
abordados, textos não só desta revista, mas também periódicos como Avisalá, Pátio, Nova
Escola Gestores, entre outras, além de textos retirados de livros e materiais de divulgação
Educacional. Esta é uma forma de problematizarmos e estabelecermos relação entre o
que o professor está lendo e sua prática, além de construirmos um olhar crítico a respeito
das reportagens lidas.
São professores com experiência na educação, cinco destes possuem até cinco
anos de docência de 4 a 6 anos, seis possuem de cinco a dez anos de experiência.
Quanto a educação de 0 a 3 anos seis professores possuem experiência inferior a 6 anos.
Um percentual significativo de nossos docentes, dez professores, possuem
experiência também no ensino fundamental, do primeiro ao quarto anos, quatro
professores são ingressantes na educação infantil e possuem três anos ou menos na
modalidade, o que nos remete a uma demanda formativa focada nas aprendizagens e
necessidades para essa faixa.
Quanto aos eventos culturais, todos os professores relatam que tem acesso aos
mesmos, no entanto a periodicidade é maior ao cinema, sendo que teatro, exposições,
shows, livrarias e bibliotecas a regularidade é escassa.
Em relação às expectativas do grupo, as questões pertinentes a atualização e
aprimoramento estão entre as mais citadas a curto e médio prazo. Alguns anseiam cursar
a pós-graduação, uma segunda especialização e até mesmo o mestrado. As condições
salariais e a valorização fazem parte das aspirações da maioria dos professores, assim
como o investimento por parte da secretaria na formação continuada. Alguns professores
desejam a longo prazo atuar na gestão escolar assumindo outras funções dentro da
escola.
A inclusão também é fator preocupante para os professores que almejam melhores
condições de atendimento às crianças, formação apropriada, acompanhamento específico
e redução do número de alunos.
Os HTPCs são realizados às 3ª feiras, das 18he 15min às 20h e 15min contando
com a participação de todo o grupo. Estão organizados de forma a atender às
necessidades formativas da equipe previstas no Plano de Formação e temas vinculados
às diretrizes da SE. Nesse ano nosso plano de formação visa a discussão sobre a
concepção de criança e aprendizagem voltada para o sujeito autor e co-autor na
construção da cultura na qual está inserido. Os demais encontros serão destinados a
planejamento, relatório e demanda da S.E.
16
17. 4.1.1. Quadro de Identificação dos Professores e Auxiliares
Nome Sit. Escolaridade Tempo na Tempo na Observação
Funcional Graduação Pós Graduação PMSBC EMEB
Aline Barbosa (M) Estatutário Letras e Pedagogia Supervisão escolar 8 anos 7 anos
Aline Barbosa (T) Estatutário Letras e Pedagogia Direito educacional 5 anos 5 anos
Ana Cristina de Sousa Estagiária Ensino médio 2 anos 1 ano
Ana Lúcia Ferraz da Silva CLT Pedagogia 5 anos 1 mês Apoio AEE
Andréa Cristiane de Oliveira Estatutário Pedagogia Esp. Educ.Infantil 3 anos 2 anos
Bárbara Ane Ferreira Gomes Estagiária Ensino médio 2 meses 1 mês
Camila Aparecida Mioto Lopes Estagiária Ensino médio 1 ano 1 ano
Camila Morpanini Estatutário Psicopedagogia 1 ano 4 meses
Circe Guarnieri Ruocco Estatutário Pedagogia e Artes Plásticas 25 anos 16 anos
Cristiane Aparecida P. Gonçalves Estatutário Ensino médio 9 meses 2 meses
Cristiane da Silva Lima Estatutário Pedagogia 3 anos 4 meses
Daniele Cristina Viotto Estatutário Ensino médio 3 anos 1 ano
Elaine Cristina L. de Oliveira Estagiária Ensino médio 1 mês 1 mês
Elaine Neves de Andrade Estatutário Ensino médio / Magistério 13 anos 4 anos EMEB Profª Ana Henriqueta C. Marim
Eliana N. de Assis Leal Estatutário Normal Superior (PEC) Adm. Escolar 10 anos 6 anos EMEB Profª Ermínia Paggi
Fátima Cristina Gastaldo Estatutário Pedagogia e Direito Esp. Ens.Fundam. 4 anos 4 anos EMEB Profº André Ferreira
Joesilvia da Silva Vigatto Estatutário Pedagogia 10 anos 7 anos
Joyce Rodrigues da Costa CLT Pedagogia Esp. Ens.Infantil 4 anos 3 meses
Karen Cristina M. S. de Lima Estatutário Pedagogia Gestão escolar 1 ano 4 meses
Katia de Almeida Benites da Costa Estatutário Pedagogia 8 anos 1 ano LTS
Leilane Fernandes Estatutário Pedagogia Esp. Ens.Infantil 6 anos 1 ano
Maria do Socorro de Figueiredo CLT Pedagogia 6 anos 1 ano
Maria Juciana Bezerra Moura Estatutário Pedagogia 1 ano 4 meses
Priscila de Brito Estatutário Pedagogia Educação Especial 12 anos 1 ano
Priscilla Lucena F. Vendruscolo Estatutário Pedagogia 3 anos 1 ano
Roberta Giubilato de Paula Estatutário Pedagogia Psicopedagogia 3 anos 2 meses Apoio AEE
Sandra Cristina G. da Cunha Estatutário Ensino médio / Magistério 4 anos 1 ano
Socorro Keille Nogueira de Souza Estatutário Magistério e Pedagogia 11 anos 4 anos
Tatiana Rodrigues Celian dos Santos CLT Pedagogia 8 anos 1 mês
17
18. 4.1.2. Plano de Formação do Professor e Auxiliar em Educação
“A criança como autora de sua produção e construção de saberes”
Justificativa
A criança que chega hoje à escola traz consigo muitos saberes, pois é ativa em seu
processo de aprendizagem, vive num meio e interage com ele aprendendo muitas coisas.
Cabe à escola ampliar esses saberes, tornando-os mais ricos e elaborados, oferecendo
um espaço rico em possibilidades onde ela possa aprender mais e desenvolver-se, um
espaço onde ela possa criar, descobrir, brincar, imaginar, escolher, decidir, opinar..., onde
ela possa aprender sem deixar de ser criança.
As primeiras reuniões com a equipe escolar suscitaram questionamentos e dúvidas a
respeito de boas práticas pedagógicas que priorizem a autoria e a autonomia no processo
construtivo de descobertas das crianças. Pensando nessa necessidade, em 2011
elaboramos uma pesquisa para levantarmos as expectativas do grupo em relação ao plano
de formação. No resultado dessa pesquisa aparecem as seguintes questões como foco de
interesse e necessidade: Artes (oficina de percurso, desenho, meios e suportes,
interferência gráfica), jogos como estratégia em matemática, Alfabetização e letramento na
educação infantil, diversificada. Tendo em vista as expectativas formativas apontadas pelo
grupo e as observações realizadas pela equipe gestora, vimos a necessidade em abarcar
os conteúdos formativos tendo como viés o princípio da criança autora e produtora de
cultura, por acreditarmos que esse princípio traduz a concepção de criança e ensino
explicitados acima. O processo formativo do professor e do aluno é algo complexo e
dinâmico e que sofre, cotidianamente, influência do meio social, da cultura e das vivências
e experiências dos sujeitos envolvidos. Desta forma o plano de formação de 2011 foi
alterado em virtude das necessidades surgidas, avaliadas pelo grupo como mais urgentes,
tendo continuidade em 2012, porém foram acrescentados novos temas, também surgidos
das demandas do grupo tendo em vista o princípio da criança autora da sua construção de
conhecimento.
Tal princípio nos fez pensar numa criança que observa, que questiona, que levanta
hipóteses , que testa, compara, confirma ou refuta suas hipóteses, que faz relações, que
busca respostas para suas perguntas e curiosidades, que tem muitos conhecimentos –
científicos e/ou cotidianos. A criança é naturalmente curiosa e animada frente às
descobertas do mundo, dessa forma o papel da escola é manter esse encantamento em
aprender e descobrir o mundo que a cerca ao longo da vida, já que a aprendizagem é algo
contínuo e permanente. Tanto os conteúdos de ciências quanto aos procedimentos
científicos garantem que a criança aprenda a ter autonomia no seu processo de
aprendizagem, aprendendo a aprender, tendo prazer e confiança na sua capacidade.
Percebemos que as práticas voltadas para o ensino de ciências revelam uma experiência
na área deficitária, baseada na exposição e memorização de informações que não
privilegiavam as curiosidades normais das vivências do cotidiano. É nesse contexto que
emerge a necessidade da formação em Ciências, tendo como viés os procedimentos
científicos..
18
19. Outro tema avaliado como necessário e urgente diz respeito à integridade e aos direitos da
criança quanto à sua segurança, seu bem estar, sua confiança em aprender e se
desenvolver de forma tranquila e prazerosa. Por isso se justifica o aprofundamento nas
discussões sobre o Estatuto da criança e do adolescente. Observa-se no grupo uma
necessidade de compreender práticas mais efetivas e respeitosas de resolver conflitos
envolvendo as crianças e ensiná-las a fazê-los também tendo em vista os princípios da
autonomia e da autoria da criança. Educá-las e ensiná-las num ambiente de respeito, de
diálogo, de compreensão, de igualdade e de justiça, onde elas possam compreender e
respeitar regras de convívio social, que possam se expor e participar na resolução de
problemas identificando, discutindo e sugerindo formas de resolução, sentindo-se seguras,
confiantes, capazes e acolhidas.
Nessa Unidade os auxiliares em educação participam conjuntamente com os professores
do momento de HTPC, portanto não temos a necessidade de desmembrarmos a
formação, que será conjunta em dia e horário com os professores.
Duração: fevereiro a novembro
Objetivos
Utilizem o Projeto Político Pedagógico como norteador de sua prática,
planejamento e propostas;
Planejem a partir dos levantamentos prévios dos conhecimentos e vivencias sociais
trazidos pelos alunos, trabalhando em parceria com familiares, aproveitando e
fazendo ligação entre o que alunos trazem de casa, conteúdos propostos na sala de
aula e acervo cultural;
Reconheçam a criança como sujeito potencial e formador de cultura, respeitando
sua forma de pensar e agir sobre o mundo;
Valorizem as produções e autoria das crianças nas diferentes linguagens e formas
de expressão;
Estabeleçam relações entre os temas trabalhados em HTPC’s e sua prática
pedagógica, refletindo e modificando suas propostas e intervenções frente aos novos
conhecimentos adquiridos;
Tragam para dentro da sala de aula os aspectos da cultura nas quais as crianças
estão inseridas;
Compreendam a leitura de mundo como fator imprescindível para aprendizagem,
transpondo as atividades “escolarizadas” para atividades cuja função,
intencionalidade e significação estão no dia-a-dia das crianças;
Conteúdos
1º semestre
“Instrumentos metodológicos: subsídios para reflexão e autoria na prática pedagógica do
professor” – Registro, Planejamento, Plano e relatório individual de desenvolvimento;
“O jogo: seu papel na interação e construção de conceitos matemáticos”
19
20. “Descobrindo o mundo com olhos de cientista” - aprendizagem dos fenômenos naturais
através dos procedimentos científicos”
ECA – Estatuto da criança e do adolescente
Projeto coletivo da Unidade Escolar: “
2º semestre
“Olhos pra que te quero ver: lendo o mundo ao meu redor” - Propósitos comunicativos da
leitura e escrita;
Continuidade do projeto coletivo da Unidade Escolar
Estratégias
Leituras como aporte teórico que subsidiem a prática e suscitem reflexões acerca
dos temas tratados;
Vivências e experimentações práticas realizadas pelo professor e alunos;
Análise e discussão sobre as produções dos alunos;
Apreciação das produções dos professores;
Acompanhamento individual com o professor através de conversas, análise e
discussão sobre seu plano de ação, propostas, registros, relatórios entre outros
instrumentos metodológicos;
Indicação de leituras individuais para cada professor, de acordo com os projetos
que estão desenvolvendo com as turmas, suas dúvidas e necessidades formativas;
Nutrição semanal nos HTPC’s e Reuniões Pedagógicas, como forma de suscitar
reflexões e sensibilizar sobre o conteúdo ou ampliar o universo cultural dos
professores;
Leitura quinzenal do plano de ação do professor com devolutivas reflexivas acerca
do trabalho desenvolvido;
Observação de sala de aula com pauta de observável compartilhada e antecipada à
professora;
Devolutivas e encaminhamentos individuais após a observação de sala de aula;
Proposta de atividades desenvolvidas em sala de aula entre professor e C.P, para
subsidiar a prática reflexiva do professor;
Revisitar o PPP da Unidade Escolar ao final de cada tema trabalhado, para
reavaliarmos sua escrita frente aos novos aprendizados do grupo e sistematização
dos conhecimentos obtidas. Encontros entre professora e C.P para devolutiva
individual com vistas à discussão, formação, reflexão e orientações sobre o trabalho
pedagógico, com periodicidade mensal
4.1.3. Avaliação do Plano de Formação
• A avaliação será contínua, sendo realizada a cada encontro através de instrumentos
avaliativos;
• Elaboração de um portfólio com produções/vivências, falas dos professores, textos
trabalhados, aprendizagens do grupo, avaliações e orientações didáticas acerca do
tema trabalhado, que ficará na Unidade Escolar como um compilado de reflexões e
20
21. discussões para a consulta e no referido ano letivo e encaminhamentos para o
próximo ano subsidiando novos professores que chegam à escola. Retomaremos
esses registros em acompanhamentos individuais, como sugestão de leitura,
formações em pequenos grupos, em devolutivas individuais e como suporte para
reescrita do PPP.
• Reescrita do PPP a partir dos temas desenvolvidos nos HTPC’s e dos novos
conhecimentos adquiridos pelo grupo.
• Observação, acompanhamento e intervenções nas práticas escolares e atividades
propostas;
• Conversas e reflexões com a equipe escolar;
• Avaliação oral ou escrita individual sobre o desenvolvimento do plano no fim do
primeiro semestre e ao término;
4.1.4 – Avaliação do Plano de Formação 2011
Os professores avaliam que não há
dificuldades na compreensão dos princípios e
concepções pedagógicas abordadas nas
formações. Localizam que a dificuldade está na
execução e prazos na realização dos instrumentos
metodológicos.
Apontam que a formação trouxe ampliação de
conhecimentos, aprimoramento e reflexão sobre as
práticas e acréscimo no conhecimento individual
dos professores.
Consideram que o tempo para trocas e socialização de boas práticas foi insuficiente.
Indicam a continuidade da formação bem como momentos de tematização da prática e
trocas.
O grupo retoma que o dia do planejamento mensal no HTPC tem que ser garantido,
para além dos planejamentos de mostra cultural, atividades coletivas, entre outras.
Apenas os informes imprescindíveis serão levados para pauta, os demais serão enviados
por email e colocados na pasta suspensa que se encontra no refeitório.
Em relação ao levantamento das dificuldades encontradas no trabalho em sala de
aula, os professores colocam que o trabalho com animais vivos (observação, contato,
exploração, entre outros procedimentos do saber científico) constitui um grande desafio a
ser vencido.
Outra dificuldade está no trabalho em fazer estudo do meio aos arredores da
Unidade Escol, a comunidade não possui locais culturais para visitação. A sugestão da
equipe gestora é a elaboração de projetos integrados de pesquisa, entrevista, coleta de
dados, organização de dados, publicação dos dados e para isso utilizar o mercadinho do
bairro, o corpo de bombeiros, a UPA, as EMEB’s próximas, o comércio que também são
fontes de estudo e projetos.
O trio gestor avalia, que temos enquanto equipe, um longo trajeto a percorrer com os
professores para que as discussões de HTPC cheguem efetivamente na sala de aula.
Essa avaliação surge do acompanhamento dos planejamentos, cadernos, atividades e
propostas observadas nas diferentes turmas.
21
22. Partilhamos com a equipe escolar a necessidade de romper com a concepção de
que o aprendizado acontece do conhecimento mais simples para o mais complexo, com
informações fragmentadas e descontextualizadas. Romper com a “aplicação” de
atividades como escrita de numerais fora do contexto, cópia de letras, trabalhos com
crepom e pontilhados para fixação do alfabeto, conjuntos, entre tantas outras atividades
escolarizadas e sem sentido para nossos alunos.
Faz-se necessário que repensemos projetos
enraizados no ambiente escolar, como: corpo
humano, nome, animais e tantos outros que
perpetuam de ano a ano, de escola para escola É
preciso colocar a criança em foco com suas
curiosidades, dúvidas e formas de ver, estar e
pensar sobre o mundo, e que essas observações
se sobressaiam sobre um planejamento estático e
perpetuado ano a ano.
4.2. Funcionários
4.2.1. Caracterização
Os funcionários da Unidade Escolar, apoio à limpeza e cozinha, atuam em média
três anos nesta prefeitura no cargo que estão atualmente.
Anteriormente ao ingresso em nossa rede trabalhavam nas mais diversas funções
como ajudante geral, marcenaria, padaria, vendas, casa lotérica, comércio e Educação.
A maioria possui o ensino médio completo, sendo um com formação em nível
superior em nutrição e outro cursando letras.
Possuem como opção de lazer a casa de parentes, parques, shopping, cinema e
igreja. Alguns apontam o teatro como uma das opções possíveis de diversão e cultura.
Os meios de comunicação a que fazem uso são jornais, revistas, TV e internet, que
acessam de sua casa, da casa de parentes, escola e lanhouse, ficando os dois primeiros
como os meios de mais fácil acesso.
Os telejornais, novelas, filmes e documentários são os programas mais assistidos
dentro da programação disponível na T.V.
As expectativas apontadas referem-se à continuidade nos estudos, aprovação em
concursos públicos em outras funções, ter um emprego que consideram melhor e bem
remunerado.
22
23. 4.2.2. Quadro de Identificação dos Funcionários de Apoio
Nome Situação Escolaridade Tempo Tempo Observação
Funcional Graduação Pós na na
Graduação PMSBC EMEB
Laudemir Carlos Ribeiro Estatutário Ensino médio 9 anos 6 anos
Aureni Batista da Silva CLT Coan Ensino médio 15 anos 2 anos
Silvana Rodrigues dos Santos CLT Coan Ens. Fundamental 5 anos 2 anos
Suzana Brito Felipe de Oliveira CLT Coan Ensino médio 9 anos 1 ano
Andreia Quaresma dos Santos CLT Ens. Fundamental 5 anos 1 ano
Edileusa Nunes da Silva CLT Ensino médio 5 anos 1 ano
Lucielia Nascimento Barros CLT Magistério e 3 anos 2 anos
Letras
Marlene de O. Silva Lindovino CLT Magistério e 6 anos 3 anos
Nutrição
Silvana Aparecida da S Perigo CLT Ensino médio 5 anos 2 meses
Suellen Barreto Peranovich Estatutário Direito 2 anos 2 anos Aux Biblioteca
Edna Aparecida Valeriano Temporário Ensino médio 1 ano 1 ano Contadora de história
23
24. 4.2.3. Plano de Formação dos Funcionários
Justificativa: Tendo em vista que a equipe de funcionários participa da maioria das
reuniões pedagógicas, cujo eixo de trabalho será o resgate da cultura Nordestina e suas
contribuições para o Projeto Coletivo da Unidade Escolar, além da formação continuada
voltada para formação social da criança.
Objetivos:
- Ampliar o universo cultural dos funcionários de apoio;
- Valorizar os conhecimentos advindos da vivência profissional, pessoal e de formação;
- Promover a reflexão sobre o papel que desempenham no ambiente escolar e sua
colaboração para a formação social da criança.
Estratégias:
- Leituras acerca da temática proposta;
- Nutrições relacionadas aos temas abordados: música, poemas, vídeos, entre outros;
- Discussões e reflexões sobre o papel da equipe de apoio na formação da criança e seu
desenvolvimento no espaço escolar;
- Participação efetiva nas atividades desenvolvidas com as crianças e famílias;
- Participação e conhecimento da rotina desenvolvida na Educação infantil;
- Registro fotográfico dos momentos em que a equipe de apoio auxilia no trabalho
pedagógico também como um elemento formador e interventor da ação pedagógica.
Responsáveis: Equipe Gestora
4.2.4. Avaliação do Plano de Formação
- Presença dos funcionários (quantitativa)
- Avaliações individuais e pontuais sobre a formação
- Observação e registro do responsável pela formação
- Acompanhamento da rotina escolar
5. Conselho de Escola
5.1. Caracterização
Os conselheiros manifestam desejos e expectativas de boa qualidade no ensino, de
participar na organização de festas e eventos realizados na escola, que a SE execute
reformas no prédio escolar troca de todo piso, reforma dos banheiros feminino e
masculino, reforma dos banheiros para alunos com NEE e dos funcionários, distribua
cochinhos em torno da escola, pintura predial e reforme a área de serviço).
Em nossa Reunião de maio, esses pontos elencados acima serão revisitados pelos
membros do conselho, para redigirmos um documento a ser enviado a Secretaria de
Educação apontando nossa necessidades de reforma predial.
24
25. 5.2. Plano de Ação do Conselho de Escola
O Conselho de Escola é constituído por um grupo de pessoas participantes de uma
comunidade escolar, escolhidos através de voto, para discutir, decidir e deliberar ações
envolvidas na Unidade Escolar. Tem a função de aprimorar o processo de construção da
autonomia da escola, fortalecendo a gestão democrática.
O Conselho de Escola tem natureza deliberativa, cabendo-lhe adequar para o âmbito
da escola formas de organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade,
compatíveis com o Projeto Pedagógico da Escola e com as orientações e diretrizes da
política educacional da Secretaria de Educação e Cultura do município, participando
coletivamente na implantação de suas deliberações.
As atribuições do Conselho de Escola são definidas em função das reais condições da
Escola, da organização e participação da comunidade escolar e das competências dos
profissionais em exercício na Unidade Escolar.
O Conselho de Escola é formado por representantes de pais, alunos, professores,
funcionários e direção da escola. Os participantes são escolhidos por seus pares, através
de voto secreto, respeitando-se as disposições legais quanto à sua composição e
proporção.
Temos como objetivo continuar garantindo espaços de formação aos membros do
Conselho de Escola visando ampliar os níveis de participação na vida da escola em
consonância com o nosso Projeto Pedagógico Educacional, elaborar o Regimento Interno
do Conselho Escolar.
Os Conselhos Escolares contribuem de maneira decisiva para a criação de um novo
cotidiano escolar, no qual a escola e a comunidade se unem para a resolução de
problemas que permeiam a vida escolar.
Ações a serem desenvolvidas no período de um ano:
- Administrar os recursos de repasse de verba, visando garantir todas as necessidades
da Unidade Escolar;
- Acompanhar o desenvolvimento do Plano de Trabalho a ser executado com o repasse
de verba;
-Deliberar quanto à contratação de serviços a serem realizados na Unidade Escolar
- Acompanhar, supervisionar os serviços (reformas, adequações de espaços,
manutenção do prédio) realizados na Unidade Escolar;
- Efetuar levantamento de preços, pesquisas para aquisição de equipamentos e
mobiliários;
- Analisar e deliberar sobre orçamentos apresentados para execução de serviços;
- Participar das reuniões de formação;
- Elaborar pautas e registros das reuniões;
- Planejar, decidir sobre a realização de eventos junto à comunidade;
- Acompanhar a construção do Projeto Pedagógico Educacional da Unidade Escolar;
- Decidir e participar da elaboração do Calendário Escolar;
- Construir o Regulamento do Conselho de Escola;
- Decidir quanto ao número e horário de reuniões;
25
26. - Participar dos encontros de formação.
5.3. Avaliação do Plano de Formação
- Presença e participação (quantitativa)
- Avaliações individuais e pontuais sobre a formação
- Observação e registro do responsável pela formação
6. Associação de Pais e Mestres
6.1. Caracterização
Os membros da APM juntamente com os conselheiros manifestam desejos e
expectativas de boa qualidade no ensino, de participar na organização de festas e eventos
realizados na escola, que haja pontos de entrega do uniforme nos bairros para não
tumultuar o ambiente escolar, que efetuem e cumpram com eficiência o planejamento em
quantidade e data organizados pela SE, que a SE execute reformas em prédios escolares
(troca de todo piso, reforma dos banheiros feminino e masculino, reforma dos banheiros
para alunos com NEE e dos funcionários, distribua cochinhos em torno da escola; que
mure a escola e reforme a área de serviço.
6.2. Plano de Ação Associação de Pais e Mestres
Gestão 01/04/2012 a 31/03/2013
Constituída sob a forma de associação, de prazo indeterminado de duração, com
objetivos sociais e educativos, sem fins econômicos, sem caráter político, racial ou
religioso, com domicílio e foro no Município e Comarca de São Bernardo do Campo.
Os principais objetivos da Associação de Pais e Mestres são:
1. Auxiliar a direção da escola na consecução de seus objetivos educacionais;
2. Representar, junto à direção do estabelecimento, as aspirações da comunidade,
constituída de pais, alunos e professores;
3. Participar na elaboração e desenvolvimento do Projeto Pedagógico Educacional;
4. Programar o uso dos espaços da Unidade Escolar, pela comunidade;
5. Elaborar plano anual de atividades, integrado com o plano escolar;
6. Participar de comemorações cívicas, campanhas comunitárias, promoções de
natureza cultural, esportiva e assistencial, e outras atividades em que se empenhe a
escola;
7. Realizar campanhas, em conjunto com a direção da Unidade Escolar, destinadas a
melhorar as condições de funcionamento da escola.
A ser desenvolvido no período de 01 de abril de 2012à 31 de março de 2013.
- Deliberar sobre a atividade da Associação de Pais e Mestres, tendo em vista a
consecução de seus fins;
- Elaborar o plano anual de atividades, com previsão da receita e aplicação de
recursos;
26
27. - Participar das reuniões agendadas;
- Elaborar pautas e registros das reuniões;
- Participar da construção do Projeto Pedagógico Educacional da Unidade Escolar;
- Participar das Reuniões Pedagógicas;
- Decidir quanto ao número e horário das reuniões Ordinárias;
- Decidir, planejar e acompanhar a utilização dos recursos financeiros;
- Planejar, decidir e acompanhar a realização de eventos junto à comunidade;
- Acompanhar e avaliar o Projeto Pedagógico Educacional da Unidade Escolar;
6.3. Plano de Aplicação de Recursos Financeiros
• Manutenção de equipamentos;
• Manutenção e conservação do imóvel;
• Serviços de contabilidade;
• Despesas com cartório;
• Locação de transporte para fins pedagógicos;
• Aquisição de material de consumo e material didático;
• Aquisição de materiais para desenvolvimento de projetos;
• Aquisição de periódicos para a biblioteca interativa;
6.4. Avaliação do Plano de Formação
- Presença e participação (quantitativa)
- Avaliações individuais e pontuais sobre a formação
- Observação e registro do responsável pela formação
III – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
1. Objetivos
1.1. Objetivo da Educação Básica
LDB: Título V – Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino
Capítulo II
Seção I
Das Disposições Gerais
“Art. 22º. A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-
lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios
para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
Seção II
1.2. Da Educação Infantil
27
28. Proposta Curricular Vol l
A educação infantil deverá se organizar de forma que os alunos construam as seguintes
capacidades:
∙ Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas, reelaborando
significados sobre o mundo, sobre os contextos e as relações entre os seres humanos;
∙ Ampliar o conhecimento sobre seu próprio corpo, suas possibilidades de atuação no
espaço, bem como desenvolver e valorizar hábitos de cuidado com a saúde e bem
estar;
∙ Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas capacidades, atuando
cada vez mais de forma autônoma nas situações cotidianas;
∙ Conhecer diferentes manifestações culturais como constitutivas de valores e
princípios, demonstrando respeito e valorizando a diversidade;
∙ Construir e ampliar as relações sociais, aprendendo a articular seus interesses e
pontos de vista com os demais, respeitando as diferenças e desenvolvendo atitudes
cooperativas;
∙ Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente, reconhecendo-
se como integrante, dependente e agente transformador do mesmo;
∙ Construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes linguagens
(corporal, musical, plástica, oral e escrita), utilizando-as para expressar suas idéias,
sentimentos, necessidades e desejos, ampliando sua rede de significações;
∙ Aprender a buscar informações de forma autônoma, exercitando sua curiosidade
frente ao objeto de conhecimento.
2. Levantamento dos Objetivos Gerais e Específicos
Objetivo Geral da Escola
∙ Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma
integrada, que contribuam para o desenvolvimento das capacidades de apropriação e
conhecimento das potencialidades corporais, emocionais, sociais, cognitivas, éticas e
estéticas das crianças, colaborando para que sejam autônomos, críticos, solidários e
participativos.
∙ Garantir situações educativas planejadas para que as crianças exercitem suas
capacidades de pensar, sentir e atuar, ampliando as suas hipóteses acerca do mundo ao
qual pertencem.
28
29. ∙ Estabelecer com os pais uma relação de parceria, de co-responsabilidade, construindo
vínculos com as famílias através da participação nas discussões da escola, construindo
uma relação de confiança, respeito e colaboração baseada na reciprocidade.
∙ Envolver a equipe escolar na construção do Projeto Político Pedagógico, proporcionando
momentos de reflexão coletiva para que se apropriem dos assuntos tratados, incorporando
os conteúdos dentro da rotina
∙ Cuidar para que o grupo se constitua enquanto equipe, valorizando o profissional nas
relações que estabelece no coletivo escolar.
Objetivos da Educação Infantil – 0 a 3
A definição dos objetivos visa ampliar a possibilidade de concretização das intenções
educativas, uma vez que as capacidades se expressam por meio de diversos
comportamentos e as aprendizagens que convergem para ela podem ser de naturezas
diversas. Ao estabelecer objetivos nesses termos, o professor amplia suas possibilidades
de atendimento à diversidade apresentada pelas crianças, podendo considerar diferentes
habilidades, interesses e maneiras de aprender no desenvolvimento de cada capacidade.
Embora as crianças desenvolvam suas capacidades de maneira heterogênea, a educação
tem por função criar condições para o desenvolvimento integral de todas as crianças,
considerando, também, as possibilidades de aprendizagem que apresentam nas diferentes
faixas etárias. Para que isso ocorra, faz-se necessário uma atuação que propicie o
desenvolvimento de capacidades envolvendo aquelas de ordem física, afetiva, cognitiva,
ética, estética, de relação interpessoal e inserção social.
A descrição a seguir esclarece as dimensões de aprendizagem mais
detalhadamente, porém, todas elas que se intercambiam, se entrelaçam e se associam
nas relações que os sujeitos estabelecem com o mundo. Desta forma, as capacidades de
imaginar, criar, inventar, pensar, agir, sentir, expressar-se se associam às demais
dimensões didaticamente separadas.
“As crianças pequenas solicitam aos educadores uma pedagogia sustentada nas
relações, nas interações e em práticas educativas intencionalmente voltadas para suas
experiências cotidianas e seus processos de aprendizagem no espaço coletivo,
diferente de uma intencionalidade pedagógica voltada para resultados individualizados
nas diferentes áreas do conhecimento. Para evitar o risco de fazer da educação infantil
uma escola “elementar” simplificada, torna-se necessário reunir forças e investir na
proposição de outro tipo de estabelecimento educacional. Um estabelecimento que
tenha como foco a criança e como opção pedagógica ofertar uma experiência de
infância potente, diversificada, qualificada, aprofundada, complexificada,
sistematizada, na qual a qualidade seja discutida e socialmente partilhada, ou seja,
uma instituição aberta à família e à sociedade.”
Parágrafo do texto (da UFRGS) que subsidiou as diretrizes nacionais
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30. As capacidades de ordem física estão associadas à possibilidade de apropriação e
conhecimento das potencialidades corporais, ao auto conhecimento, ao uso do corpo na
expressão das emoções, ao deslocamento com segurança.
As capacidades de ordem cognitiva estão associadas ao desenvolvimento dos recursos
para pensar, o uso e apropriação de formas de representação e comunicação envolvendo
resolução de problemas.
As capacidades de ordem afetiva estão associadas à construção da auto-estima, às
atitudes no convívio social, à compreensão de si mesmo e dos outros.
As capacidades de ordem estética estão associadas às possibilidades de produção
artística e apreciação desta produção oriundas de diferentes culturas. As capacidades de
ordem ética estão associadas à possibilidade de construção de valores que norteiam a
ação das crianças.
As capacidades de relação interpessoal estão associadas às possibilidades de
estabelecimento de condições para o convívio social. Isso implica aprender a conviver com
as diferenças de temperamentos, de intenções, de hábitos e costumes, de cultura etc.
As capacidades de inserção social estão associadas à possibilidade de cada criança
perceber-se como membro participante de um grupo de uma comunidade e de uma
sociedade. (RCNEI,1998).
Objetivos da Educação Infantil – 4 a 5
Os objetivos devem garantir que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades:
Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais
independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas
limitações;
Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e
seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde
e bem- estar;
Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua
auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e
interação social;
Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a
articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a
diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;
Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada
vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e
valorizando atitudes que contribuam para sua conservação;
Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e
necessidades;
Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas
às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser
compreendido, expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e
30
31. avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez
mais sua capacidade expressiva;
Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse,
respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.
(RCN)
3. Levantamento dos Objetivos e Conteúdos por Área do Conhecimento
Áreas de Conhecimento e Temas – Educação infantil
Língua Portuguesa
Matemática
Corpo e Movimento
Ciências e Educação Ambiental
Artes Visuais e Música
Brincar
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32. LÍNGUA PORTUGUESA – ORALIDADE
OBJETIVO CONTEÚDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÂO
- ampliar gradativamente suas - uso da linguagem oral para conversar, - organizar situações e disparadores de - amplia seu vocabulário, descreve
possibilidades de comunicação e brincar, comunicar e expressar desejos, diálogos para que as crianças características, narra situações e fatos,
expressão, interessando-se por opiniões, idéias, preferências, conversem, tais como, rodas de argumenta, opina, expressa-se.
conhecer vários gêneros orais e necessidades e sentimentos e relatar conversa ou brincadeiras de faz -de- - incorpora novas expressões .
escritos e participando de diversas suas vivências nas diversas situações conta. - percebe quando o professor está lendo
situações de intercâmbio social nas de interação presentes no cotidiano. - cantar, declamar poesias, dizer ou falando.
quais possam contar suas vivências, - elaboração de perguntas e respostas parlendas, contar fatos, descrever - reconhece o tipo de leitura que o
ouvir as de outras pessoas, elaborar e de acordo com os diversos contextos de ações, dizer textos de brincadeiras professor está fazendo.
responder perguntas. que participa. infantis etc., aproximando-a mais dos - consegue se comunicar dentro de um
- participação em situações que aspectos formais da língua. contexto social.
envolvem a necessidade de explicar e - jogos de contar em situações de - consegue transmitir recados.
argumentar suas idéias e pontos de parceria com o adulto; jogos de - consegue esperar a sua vez e escutar
vista. perguntar: o adulto inicialmente assume o “outro” dando seqüência à conversa.
- relatos de experiências vividas e a condução dos relatos, estimulando a - tem interesse em fazer o reconto das
narração de fatos em seqüência seguir as perguntas e respostas histórias escutadas.
temporal e causal. propiciando a alternância entre os
- reconto de histórias conhecidas com a sujeitos falantes e outras estratégias que
aproximação às características da propiciem exposições, narrações,
história original no que se refere à argumentações e descrições.
descrição de personagens, cenários e - elaborar entrevistas
objetos, com ou sem ajuda do - apresentações orais ao vivo, de textos
professor. memorizados, nas quais as crianças
- conhecimento e reprodução oral de reproduzam os mais diferentes gêneros,
jogos verbais como parlendas, como histórias, poesias etc., em
adivinhas, quadrinhas, poemas e situações que envolvem o público.
canções. - preparar fitas de áudio ou vídeo para a
gravação de poesias, músicas, histórias
etc.
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33. LINGUA PORTUGUESA - LEITURA
OBJETIVO CONTEÚDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO
- familiarizar-se com a escrita por meio - Participação nas situações em que os - Situações onde o educador lê diversos observar se a criança:
do manuseio de livros, revistas e outros adultos lêem textos de diferentes gêneros textuais e também situações que - pede que o professor leia
portadores de texto e da vivência de gêneros, como contos, poemas, notícias as crianças lêem. - procura livros de história ou outros
diversas situações nas quais seu uso se de jornal, informativos, parlendas, trava- - Ler para os alunos poesias, trava- textos no acervo
faça necessário. língua etc. línguas, jogos de palavras, memorizados - considera as ilustrações ou outros
- interessar-se por escrever e ler palavras - Participação em situações que as e repetidos, ressaltando aspectos indícios para antecipar o conteúdo dos
e textos ainda que não de forma crianças leiam, ainda que não o façam sonoros da linguagem como ritmo e textos, utilizando diferentes estratégias
convencional aproximando-se, cada vez convencionalmente. Esta “leitura” realiza- rimas. de leitura.
mais, da compreensão de como funciona se de duas formas: pelo ajuste da leitura - Leitura pelo professor de um mesmo - realiza comentários sobre o que leram
a escrita convencional; do texto que sabe de cor aos segmentos gênero, destacando as características ou escutaram.
- Escutar textos lidos, apreciando a escritos e pela combinação de próprias deste. - compartilha com os outros o efeito que
leitura feita pelos professores. estratégias de antecipação (a partir de - O professor poderá comentar a leitura produziu.
- Reconhecer seu nome escrito, sabendo informações obtidas no contexto, por previamente o assunto do qual trata o - recomenda a seus companheiros a
identificá-lo nas diversas situações do meio de pistas), com índices providos texto; fazer com que as crianças leitura que os interessou.
cotidiano. pelo próprio texto. levantem hipóteses a partir do título; - tem interesse em folhear e ler o seu
- Escolher os livros para ler e apreciar - Observação e manuseio de materiais oferecer informações que situem a caderno de textos.
impressos, como livros, revistas, histórias leitura; criar um certo suspense; lembrar - acompanha a leitura com o dedo,
em quadrinhos etc., previamente de outros textos conhecidos. ajustando a fala à escrita.
apresentados ao grupo. - Criar situações nas quais as próprias - tem um repertório de palavras estáveis
- Valorização da leitura como fonte de crianças leiam, como, por exemplo, com e procura auxílio em textos conhecidos
prazer e entretenimento. textos memorizados, nos quais elas para escrever outras palavras.
tentam localizar onde estão escritas
determinadas palavras ou situações nas
quais precisam descobrir o significado do
texto apoiando- se nos mais diversos
elementos, como as figuras, a
diagramação, no conhecimento sobre as
características próprias do gênero etc.
- reconto de história pelas crianças: elas
podem contar histórias conhecidas
com a ajuda do professor.
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34. LINGUA PORTUGUESA – ESCRITA
OBJETIVO CONTEUDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO
- Favorecer o contato da criança com a - participação em situações cotidianas -Produzir oralmente textos com destino - tem interesse por escrever seu nome e o de
leitura e escrita a partir da nas quais se faz necessário e escrito, tendo o professor como outras pessoas.
intermediação com um parceiro mais significativo o uso da escrita escriba. - recorre à escrita ou propõe que se recorra
experiente; - escrita do próprio nome em situações - testemunhar a utilização que se faz quando tem de se dirigir a um destinatário
- Compreender que o que se fala pode em que isso é necessário. da escrita em diferentes ausente; revela conhecimentos sobre outras
ser escrito; - produção de textos individuais e / ou circunstâncias, considerando as situações escritas usadas socialmente.
- Familiarizar-se com a escrita através coletivos ditados oralmente ao condições nas quais é produzida: para - contribui para a produção de texto coletivo e
de diferentes portadores; professor para diversos fins. que, para quem, onde e como. faz comentários pertinentes.
- Refletir acerca da língua escrita - prática de escrita de próprio punho, - reelaborar textos produzidos - escreve do seu “jeito” com desenvoltura.
voltada para o sistema alfabético de utilizando o conhecimento de que coletivamente, com o apoio do - busca utilizar expressões mais adequadas
escrita, refletindo sobre a quantidade, dispõem, no momento, sobre o sistema professor tornando o texto melhor.
qualidade das letras, reflexão do de escrita em língua materna. - realizar ditados entre pares: uma
sistema, suas regularidades; - respeito à produção própria e alheia. criança dita e a outra escreve.
Reconhecer a função social da escrita - Propor atividades que evidenciem o
através da leitura de portadores caráter social da escrita: escrever listas
conhecidos pela comunidade, com alguma finalidade (de compra,
divulgados dentro do espaço escolar e de brinquedos que gostam, de amigos
no município; para a festa de aniversário, de coisas
- Produzir textos convencionais que precisam para um passeio etc.),
(professor como escriba) ou não cartazes para informar algo, bilhetes
convencionais inseridos em contexto para os pais para avisá-los quanto a
de uso social (passeios, discussões, alguma coisa, cartões de felicitações
pesquisa e os ficcionais como um etc.
bilhete para cinderela, a receita da - atividades cujo desafio seja o
vovó da chapeuzinho vermelho, etc... ) como escrever: lacunados, forca, caça-
palavras, etc.
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35. Práticas de leitura e escrita
Justificativa
As parlendas e adivinhas são excelentes gêneros para o trabalho de Leitura e
Escrita por serem textos facilmente memorizados pelas crianças, que os repetem com
prazer em situações de brincadeiras. Uma vez memorizados, as crianças realizam a leitura
utilizando estratégias de antecipação através de indícios (pistas que favorecem a leitura e
a interpretação do portador e seu conteúdo escrito). Nas propostas de escrita trazem
excelentes resultados, já que a criança não precisa preocupar-se com a produção do texto
(com o que escrever), mas, sim com sistema de escrita (como escrever).
Orientações Didáticas
a) Sempre que iniciar o trabalho com um gênero, fazer com as crianças um
levantamento sobre o que elas sabem sobre eles. Em roda de conversa, dar
exemplos incentivando-as a dizer outros que sejam do seu conhecimento.
b) Produzir com as crianças uma lista de parlendas (ou adivinhas) conhecidas por elas.
Deixar essa listagem afixada em local visível para ser acompanhada por todos.
c) Envolver a família enviando para casa uma pesquisa na qual os pais escrevam uma
parlenda ou adivinha conhecida por eles. Ao propor a pesquisa deve-se ter o
cuidado de ilustrar com exemplo, informando sobre o trabalho que será
35
36. desenvolvido com os alunos. É importante esclarecer que a participação da família
dá um significado maior ao trabalho.
d) Ler todas as pesquisas devolvidas, lembrando e incentivando tanto a criança como
a família a participar. É importante incluir na listagem as parlendas/adivinhas
diferentes daquelas trazidas na roda de conversa pelos alunos.
e) Memorizar é essencial para que todos possam trabalhar com o texto. Por isso
devemos repetir os textos em diferentes situações: durante a entrada coletiva no
salão, nos momentos de brincadeiras, no Corpo e Movimento, nas movimentações
dentro da escola, no parque, na sala de aula, na roda de música...
f) Uma vez memorizado, passamos para a escrita do texto, que pode ser feita em
cartaz, tendo a professora como escriba, e os alunos como relatores. Nessa etapa é
importante que a professora faça comentários sobre o processo de escrita e as
diferenças com o falar: “Ditem mais devagar, pois eu demoro mais para escrever do
que vocês para falar”; “Vou deixar um espaço, pois agora vou escrever outra
palavra”; “Agora é ponto, vou para a linha de baixo”; etc. Fazer a leitura do texto no
cartaz, com os ajustes de fala à escrita, Esta é uma orientação importante porque
dará condições para que a criança faça a leitura.
g) É importante que cada criança tenha seu texto impresso com a letra maiúscula em
bastão, com tamanho e espaços apropriados, pois isso facilita a leitura e o
reconhecimento das palavras e das letras. Para que continuem tendo contato com
os textos, os alunos devem colá-los em seus cadernos de textos, fazendo assim
uma coletânea que pode ou não conter ilustrações.
h) A professora deve acompanhar as crianças durante a leitura, observando, sugerindo
estratégias, questionando e encorajando-as a ler. Depois da primeira leitura, é
importante variar as propostas: em duplas, em grupos de mesinha, só de meninas,
etc.
i) Problematizar nas leituras seguintes, perguntando, por exemplo, depois de ter
trabalhado no texto algumas palavras escolhidas pelo grupo: “começa igual ao
nome de Fernando”, “é legal porque adoro pastéis”; etc, relacionando o texto a algo
mais próximo e significativo da criança estabelecendo relações entre o texto e os
conhecimentos vividos. Numa próxima leitura, trazer questões como: “onde está
escrito pastéis? Vamos ler a parlenda para encontrar?” Brincar de STOP, ler o texto
com o apoio do dedo e quando a professora fala “stop” todos param com o dedo ou
ditado cantado com canções escritas, tendo o mesmo procedimento investigativo
com as crianças. Depois todos verificam se acertaram, primeiro através de pista
(começa com a letra P de Paulo, tem 7 letras ,etc) depois comparando com a
palavra apontada pela professora no cartaz socializando suas justificativas e
refletindo sobre a língua escrita.
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37. j) É importante que as atividades de escrita sejam realizadas alternadamente: em
grupo, em duplas e individualmente. A diversidade de conhecimentos e do processo
de desenvolvimento de cada um na escrita e leitura colabora para o
desenvolvimento de todos. É muito positivo ter o cuidado de agrupá-los segundo o
princípio da zona proximal de conhecimento, o que propiciará avanços em suas
hipóteses.
k) Durante a escrita do texto, não se deve esquecer de incentivar as crianças a
escrever como pensam e a pesquisar nos materiais disponíveis. Andar pela sala
desafiando-as é muito importante, pois, é função de quem ensina estar atento para
que as crianças avancem. Neste momento, nunca é demais desmistificar o
certo/errado e enaltecer a tentativa em si, a participação, a vontade e o esforço de
cada criança em aprender.
l) Outras possibilidades podem ser planejadas, como a investigação de textos sem a
prévia memorização, destacando a estrutura, os aspectos gráficos, índices,
elementos de gêneros que podem ser suscitados na exploração do texto.
Prática de produção de texto
Justificativa
É muito importante que além das atividades de reflexão sobre o sistema
alfabético da língua escrita, as crianças conheçam diferentes portadores de diferentes
gêneros, e possam criar textos nos gêneros estudados tendo a professora ou outra pessoa
como escriba. Sem a preocupação com o código que ainda não dominam, as crianças
podem também escrever de acordo com suas hipóteses, dentro de um determinado
gênero: cartaz, bilhete, etc. Aqui o objetivo é o letramento das crianças, para que possam,
além de decodificar textos, tornarem-se usuárias competentes da língua escrita.
Orientações Didáticas
a) As crianças podem aprender a escrever produzindo oralmente textos com destino
escrito. Nessas situações o professor é o escriba.
b) A criança pode aprender a escrever fazendo-o da forma que sabe, escrevendo de
próprio punho segundo suas hipóteses. Para isso é importante que o professor planeje
momentos em que a criança possa escrever dessa forma.
c) É necessário que o aluno tenha acesso à diversidade de textos escritos, testemunhando
a utilização que se faz da escrita em diferentes circunstâncias, considerando as condições
nas quais foram escritos: para quê, para quem, por quem, onde e como.
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