O documento discute a importância dos comportamentos e atitudes positivos de um Gestor de Recursos Humanos. Ele deve servir como um exemplo a ser seguido e influenciar positivamente os outros. Também é crucial que as competências de um Gestor de RH sejam aplicadas no dia-a-dia através da liderança, comunicação e motivação da equipe.

1. Espaço Qualidade
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Um papel para o
Gestor de Recursos Humanos
por Maria Manuel Costa
No artigo anterior falamos sobre avaliação de desempenho, agora entendo interessante direccionar a redacção deste artigo
para algo mais concreto, impulsionando uma reflexão breve sobre o mesmo.
Falo de Comportamentos e de Atitudes. Em gestão de recursos humanos o impacto dos nossos comportamentos faz cla-
ramente a diferença, não só porque o nosso “core business” são as pessoas, como também há algo subtil inerente a esta
função que “dita” que somos um exemplo a seguir, somos um ponto de referência atitudinal.
Muito poucas vezes nos lembramos Com esta abordagem, que parece transver- análise interior e verificarmos as nossas di-
que somos o espelho uns dos outros, e sal e generalista gostaria de apelar directa- ficuldades, as aceitarmos, e partindo daqui
principalmente esquecemo-nos de que mente à importância daquilo que queremos transformamos naturalmente o nosso com-
todas as nossas atitudes para com os ser! portamento.
outros têm um retorno.
Nem sempre somos o que parecemos, mas É um facto que um Gestor de Recursos Hu-
Um retorno que pode ser bom ou po- às vezes parecemos aquilo que não somos! manos precisa de ter o conhecimento e as
sitivo, ou ao contrário, ser menos bom, Integrar a função recursos humanos na es- competências, mas também é certo que é
e deixar um “sabor” amargo na nossa tratégia da empresa, adoptar ferramentas importantissimo transpôr estes elementos
percepção. Efectivamente existem mo- inovadoras na área da comunicação, na para o dia-a-dia, para a liderança, para o
mentos nas nossas vidas em que por al- gestão de carreiras, na formação, fomentar trabalho de equipa, para a comunicação,
gum motivo nos sentimos angustiados, emoções positivas e trabalhar com inteligên- para a motivação de todo o grupo. É crucial
tristes, sem energia para continuarmos coa emocional são algumas das orientações que a ousadia, a capacidade interventiva, a
a ser uma referência, que catapulta e que todas as empresas deveriam realizar, proactividade, a orientação para os resulta-
motiva o resto da equipa. mas para que isso possa ser uma realidade dos, a capacidade analitica e a construção de
o gestor de RH também têm que mudar, e a criticas evolutivas, a subtileza das palavras,
Apesar de nos dias de hoje ainda haver mudança começa sempre por nós mesmos! a flexibilidade negocial e a resiliência sejam
um certo conservadorismo relativo à Trabalharmos numa organização onde nos competências e capacidades reais num ges-
função recursos humanos, começa a des- dêem este “espaço de manobra”, é óptimo, tor de recursos humanos nos dias de hoje.
pontar a necessidade de se reinventar o mas de pouco serve se não fizermos esta
perfil do profissional desta No fundo precisamos de vestir o papel de
área, não só na perspecti- um “camaleão”, que se adapta con-
va e enquadramento geral forme o ambiente que o circunda,
da função nas empresas, sem nunca se sentir posto em
como os própios gestores causa!!
de pessoas também eles
começam a adoptar uma
atitude diferente.