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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE
               OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)


 Análise e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE
                           nos Relatórios da IGE




O presente trabalho tem como finalidade uma breve reflexão sobre a presença de
referências a respeito das Bibliotecas Escolares nos relatórios da IGE.
Procedeu-se à recolha de uma amostra constituída por 9 relatórios de avaliação
externa da IGE, (seleccionados aleatoriamente), pertencentes a
escolas/agrupamentos da área da Direcção Regional de Educação do Norte, Direcção
Regional de Educação do Centro e Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale
do Tejo.


AMOSTRA:

Escola Básica Integrada da Charneca da Caparica
Agrupamento de Escolas de Mafra
Agrupamento de Escolas do Pico de Regalados - Vila Verde
Agrupamento de Escolas Dr.ª Alice Gouveia – Coimbra
Escola Secundária com 3º Ciclo Sá da Bandeira – Santarém
Agrupamento de Escolas de Ribamar
Agrupamento de Escolas de Vila Flor
EB1/JI de Monte Abraão – Queluz
Agrupamento de Escolas Afonso Betote – Vila do Conde




A nossa análise e comentário crítico resultaram da leitura destes relatórios, tendo em
vista retirar deles as referências às Bibliotecas Escolares.
Uma leitura pormenorizada destes relatórios, permite-nos observar que as referências
às Bibliotecas Escolares e ao trabalho desenvolvido são ténues, circunstanciais, uma
vez que se evidenciam apenas aspectos relacionados com a sua dimensão física,
enquanto espaço físico mais ou menos equipado ou reduz-se apenas à sua
localização/existência ou funcionalidade, como no relatório da IGE referente à Escola
Secundária Sá da Bandeira de Santarém em apenas localiza a BE no edifício,




                                 Maria Emília Novais                                     1
referindo ainda o espaço exíguo para o acervo considerável de que dispõe, não
fazendo mais nenhuma referência à mesma nos outros domínios.
O mesmo relatório refere a BE nos constrangimentos “conservação e adaptação do
edifício às exigências actuais, nomeadamente o espaço destinado ao funcionamento
da BE” , apesar desta referência não aponta nas Oportunidades a necessidade de se
expandir ou fazer obras.
Noutros relatórios da IGE a BE aparece referida ao mesmo nível dos pavilhões
gimnodesportivos, papelarias, bar dos alunos e cantina, como é o exemplo do relatório
de avaliação externa do Agrupamento de Escolas Afonso Betote – Vila do Conde:
“é constituída por 7 blocos: 1 polivalente destinado aos serviços de gestão e
administração escolares e apoio aos alunos e docentes contemplando os seguintes
espaços: conselho executivo, secretaria, serviços de acção social escolar, biblioteca,
papelaria, gabinete de directores de turma, reprografia, bar de alunos, cantina e sala
de professores; 1 pavilhão gimnodesportivo.” Esta é uma situação que se repete em
quase todos os relatórios analisados na amostra seleccionada.
A maioria dos relatórios analisados refere de uma forma superficial o trabalho
efectuado pela BE. É excepção o relatório do Agrupamento de Escolas da Charneca
da Caparica, que refere e sublinha claramente o trabalho desenvolvido pela BE,
embora refira a BE apenas como Centro de Recursos, no ponto 3. Organização e
Gestão Escolar, 3.1. Concepção, Planeamento e Desenvolvimento da Actividade
refere” …e o correlato Plano de Actividades do Centro de Recursos Educativos,
concebido como um eixo central na disponibilização e coordenação de um conjunto de
serviços e de recursos de aprendizagem, organizados de acordo com os objectivos e
finalidades da reorganização curricular, destinados a estimular o prazer de ler e de
escrever e a desenvolver a autonomia dos alunos e outros utilizadores na consulta e
produção de informação, em diferentes suportes. O seu papel na construção e
consolidação de um ideário e cultura de escola assente na transversalidade e
articulação das aprendizagens, e a sua abertura às ideias e aos recursos culturais
exteriores, locais ou outros, são recheados de evidências.


No ponto 3.3. Qualidade e acessibilidade salienta: “O Centro de Recursos
Educativos constitui o espaço por excelência da acessibilidade dos recursos
educativos existentes, dos livros, aos jogos, aos vídeos e CDrom adquiridos ou
construídos pelos alunos, ou à Internet, aberto a todos, funcionando como biblioteca,
ludoteca ou estudoteca, ou como centro para apoios a necessidades específicas, para
estudo acompanhado, ou para realização de projectos de
pesquisa ou de trabalhos de aula. Funcionando como um eixo fundamental da
actividade educativa para todos os níveis de ensino, articulando actividades


                                Maria Emília Novais                                      2
específicas, ligadas ao desenvolvimento das competências de leitura e de expressão
oral e escrita, com outras áreas artísticas e culturais, a sua
acessibilidade decorre de uma criteriosa e criativa gestão do espaço e do tempo de
utilização, bem como dos recursos humanos que apoiam esta área de serviços aberta
a toda a comunidade educativa


Em alguns relatórios aparece a referência indirecta à BE através da referência ao
Plano Nacional de Leitura e à integração na RBE, como é o caso do Agrupamento de
Escolas Dr.ª Alice Gouveia de Coimbra no ponto 3.3- Gestão dos recursos
materiais e financeiros A Biblioteca escolar / Centro de Recursos Educativos foi
ampliada de modo a integrar a Rede Nacional de Bibliotecas” e do relatório do
Agrupamento de Escolas Afonso Betote – Vila do Conde que também refere de
forma indirecta a BE no ponto 2- Prestação do serviço Educativo: “ A adesão ao
Plano de Acção para a Matemática, ao Plano Nacional de Leitura, … pretendem
constituir-se em instrumentos de articulação horizontal e vertical.”


A Biblioteca, no geral, é mencionada sobretudo na Gestão dos Recursos Materiais e
Financeiros, como espaço / recursos materiais, pouco mencionada como parte
integrante e fundamental do processo de ensino/aprendizagem embora no relatório de
avaliação externa do Agrupamento de Escolas de Pico de Regalos – Vila Verde em
que se salienta “Existem Bibliotecas escolares em 3 EB1 do Agrupamento, estando a
dinamização de duas a cargo de uma funcionária da Câmara Municipal de Vila Verde.
A intenção de criar outras dinâmicas direccionadas para a requisição e circulação de
livros da Biblioteca Municipal, parece colher toda a pertinência atendendo aos
reduzidos recursos materiais existentes.” Fortalece-se aqui a importância das
dinâmicas de promoção da leitura e as parcerias com a Biblioteca Municipal, parceiros
imprescindíveis.


A BE, aparece mencionada na Prestação do Serviço Educativo, Abrangência do
Currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem, como é o caso dos relatórios
da escola E.B.1/JI de Monte Abraão em Queluz, que refere “ A frequência da
BE/CRE pelas crianças e alunos constitui uma rotina já instituída. Assim, cada turma
tem definido o seu horário de requisição de livros na Biblioteca. Neste espaço,
decorado com a participação dos alunos realizam-se actividades de pesquisa, leitura,
reconto, dramatizações, entre outras, decorrentes da adesão ao Plano Nacional de
Leitura.”; e do Agrupamento de Escolas de Ribamar em que refere: …” BE/CRE
apetrechada pela Rede de Bibliotecas Escolares que oferece diversas possibilidades



                                  Maria Emília Novais                                  3
aos alunos, tais como realizarem trabalhos requisitarem livros e fazerem pesquisas na
internet.”


No domínio Liderança, no item Abertura à inovação referida no relatório do
Agrupamento de Escolas de Mafra: “ A BE/CRE tem desenvolvido algumas
actividades de consolidação da identidade do agrupamento, entre as quais um
projecto de escrita criativa que envolve todos os níveis de educação e ensino.”, e no
relatório do Agrupamento de Escola de Ribamar que passo a citar: “ É de sublinhar
a participação em diversos projectos, como a Rede de Bibliotecas Escolares (…) tem
havido um trabalho importante de promoção da leitura e da escrita, através de
actividades criativas, aproveitando-se o movimento lançado pela Rede de Bibliotecas
Escolares e o Plano Nacional de Leitura.”


Sobre o domínio Resultados apenas há apenas uma referência nos relatórios da IGE,
na amostra escolhida, Agrupamento de Escolas de Vila Flor, que refere: “ O
Agrupamento incentiva a participação dos alunos (…) atribui-lhes tarefas de
responsabilidade, tais como: a mediação de eventuais conflitos entre os alunos mais
novos, a preservação dos espaços e dos equipamentos, a dinamização de actividades
culturais para a comunidade escolar e a colaboração na Biblioteca”, não existindo
qualquer referência directa ao papel da BE nos itens, como o sucesso académico ou a
valorização dos impactos das aprendizagens, onde a Biblioteca Escolar poderia ser
nomeada com tendo um papel interventivo em actividades directamente relacionadas
com o sucesso académico, nomeadamente em projectos de leitura.


Conclusão


Pela análise da amostra dos relatórios verifica-se que estes de uma forma geral
referem actividades desenvolvidas na BE/CRE mas não referencia qualquer
articulação com o currículo, existe uma omissão de referências relativas à participação
da BE nos documentos de organização interna dos agrupamentos ( PEA, PCA,
PAA…), não evidencia a contribuição das BE para as aprendizagens; estratégias…


Os campos de análise e os domínios de referência da IGE, em que as Bibliotecas
Escolares são mencionadas, variam de escola para escola. Ora, tal facto, poderá ter a
ver com a importância que cada escola atribui à sua BE ou, então, com a própria
equipa de avaliação externa, que nem sempre atribui à BE o mesmo grau de
importância. O facto é que as referências nem sempre ocorrem da mesma forma
(directa ou indirecta), nem nos mesmos campos/domínios.


                                Maria Emília Novais                                     4
A partir da análise dos relatórios, constata-se que a BE ainda não é devidamente
valorizada, independentemente da tipologia da escola e da zona do país, embora num
pequeno número de relatórios a referência à BE (directa ou indirecta), apontem no
sentido da sua importância.


Existe uma visibilidade reduzida das Bibliotecas escolares, na maioria dos relatórios
de avaliação externa analisados, não existindo grandes referências ao trabalho
desenvolvido pela BE. Talvez a aplicação do modelo de auto-avaliação das bibliotecas
escolares, venha a alterar esta situação e permita que todos os intervenientes na
avaliação das escolas reconheçam os objectivos e missão da BE e imponham a sua
presenças nos relatórios de avaliação externa da IGE.




                                Maria Emília Novais                                     5

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Análise e comentário crítico

  • 1. O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO) Análise e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE nos Relatórios da IGE O presente trabalho tem como finalidade uma breve reflexão sobre a presença de referências a respeito das Bibliotecas Escolares nos relatórios da IGE. Procedeu-se à recolha de uma amostra constituída por 9 relatórios de avaliação externa da IGE, (seleccionados aleatoriamente), pertencentes a escolas/agrupamentos da área da Direcção Regional de Educação do Norte, Direcção Regional de Educação do Centro e Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo. AMOSTRA: Escola Básica Integrada da Charneca da Caparica Agrupamento de Escolas de Mafra Agrupamento de Escolas do Pico de Regalados - Vila Verde Agrupamento de Escolas Dr.ª Alice Gouveia – Coimbra Escola Secundária com 3º Ciclo Sá da Bandeira – Santarém Agrupamento de Escolas de Ribamar Agrupamento de Escolas de Vila Flor EB1/JI de Monte Abraão – Queluz Agrupamento de Escolas Afonso Betote – Vila do Conde A nossa análise e comentário crítico resultaram da leitura destes relatórios, tendo em vista retirar deles as referências às Bibliotecas Escolares. Uma leitura pormenorizada destes relatórios, permite-nos observar que as referências às Bibliotecas Escolares e ao trabalho desenvolvido são ténues, circunstanciais, uma vez que se evidenciam apenas aspectos relacionados com a sua dimensão física, enquanto espaço físico mais ou menos equipado ou reduz-se apenas à sua localização/existência ou funcionalidade, como no relatório da IGE referente à Escola Secundária Sá da Bandeira de Santarém em apenas localiza a BE no edifício, Maria Emília Novais 1
  • 2. referindo ainda o espaço exíguo para o acervo considerável de que dispõe, não fazendo mais nenhuma referência à mesma nos outros domínios. O mesmo relatório refere a BE nos constrangimentos “conservação e adaptação do edifício às exigências actuais, nomeadamente o espaço destinado ao funcionamento da BE” , apesar desta referência não aponta nas Oportunidades a necessidade de se expandir ou fazer obras. Noutros relatórios da IGE a BE aparece referida ao mesmo nível dos pavilhões gimnodesportivos, papelarias, bar dos alunos e cantina, como é o exemplo do relatório de avaliação externa do Agrupamento de Escolas Afonso Betote – Vila do Conde: “é constituída por 7 blocos: 1 polivalente destinado aos serviços de gestão e administração escolares e apoio aos alunos e docentes contemplando os seguintes espaços: conselho executivo, secretaria, serviços de acção social escolar, biblioteca, papelaria, gabinete de directores de turma, reprografia, bar de alunos, cantina e sala de professores; 1 pavilhão gimnodesportivo.” Esta é uma situação que se repete em quase todos os relatórios analisados na amostra seleccionada. A maioria dos relatórios analisados refere de uma forma superficial o trabalho efectuado pela BE. É excepção o relatório do Agrupamento de Escolas da Charneca da Caparica, que refere e sublinha claramente o trabalho desenvolvido pela BE, embora refira a BE apenas como Centro de Recursos, no ponto 3. Organização e Gestão Escolar, 3.1. Concepção, Planeamento e Desenvolvimento da Actividade refere” …e o correlato Plano de Actividades do Centro de Recursos Educativos, concebido como um eixo central na disponibilização e coordenação de um conjunto de serviços e de recursos de aprendizagem, organizados de acordo com os objectivos e finalidades da reorganização curricular, destinados a estimular o prazer de ler e de escrever e a desenvolver a autonomia dos alunos e outros utilizadores na consulta e produção de informação, em diferentes suportes. O seu papel na construção e consolidação de um ideário e cultura de escola assente na transversalidade e articulação das aprendizagens, e a sua abertura às ideias e aos recursos culturais exteriores, locais ou outros, são recheados de evidências. No ponto 3.3. Qualidade e acessibilidade salienta: “O Centro de Recursos Educativos constitui o espaço por excelência da acessibilidade dos recursos educativos existentes, dos livros, aos jogos, aos vídeos e CDrom adquiridos ou construídos pelos alunos, ou à Internet, aberto a todos, funcionando como biblioteca, ludoteca ou estudoteca, ou como centro para apoios a necessidades específicas, para estudo acompanhado, ou para realização de projectos de pesquisa ou de trabalhos de aula. Funcionando como um eixo fundamental da actividade educativa para todos os níveis de ensino, articulando actividades Maria Emília Novais 2
  • 3. específicas, ligadas ao desenvolvimento das competências de leitura e de expressão oral e escrita, com outras áreas artísticas e culturais, a sua acessibilidade decorre de uma criteriosa e criativa gestão do espaço e do tempo de utilização, bem como dos recursos humanos que apoiam esta área de serviços aberta a toda a comunidade educativa Em alguns relatórios aparece a referência indirecta à BE através da referência ao Plano Nacional de Leitura e à integração na RBE, como é o caso do Agrupamento de Escolas Dr.ª Alice Gouveia de Coimbra no ponto 3.3- Gestão dos recursos materiais e financeiros A Biblioteca escolar / Centro de Recursos Educativos foi ampliada de modo a integrar a Rede Nacional de Bibliotecas” e do relatório do Agrupamento de Escolas Afonso Betote – Vila do Conde que também refere de forma indirecta a BE no ponto 2- Prestação do serviço Educativo: “ A adesão ao Plano de Acção para a Matemática, ao Plano Nacional de Leitura, … pretendem constituir-se em instrumentos de articulação horizontal e vertical.” A Biblioteca, no geral, é mencionada sobretudo na Gestão dos Recursos Materiais e Financeiros, como espaço / recursos materiais, pouco mencionada como parte integrante e fundamental do processo de ensino/aprendizagem embora no relatório de avaliação externa do Agrupamento de Escolas de Pico de Regalos – Vila Verde em que se salienta “Existem Bibliotecas escolares em 3 EB1 do Agrupamento, estando a dinamização de duas a cargo de uma funcionária da Câmara Municipal de Vila Verde. A intenção de criar outras dinâmicas direccionadas para a requisição e circulação de livros da Biblioteca Municipal, parece colher toda a pertinência atendendo aos reduzidos recursos materiais existentes.” Fortalece-se aqui a importância das dinâmicas de promoção da leitura e as parcerias com a Biblioteca Municipal, parceiros imprescindíveis. A BE, aparece mencionada na Prestação do Serviço Educativo, Abrangência do Currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem, como é o caso dos relatórios da escola E.B.1/JI de Monte Abraão em Queluz, que refere “ A frequência da BE/CRE pelas crianças e alunos constitui uma rotina já instituída. Assim, cada turma tem definido o seu horário de requisição de livros na Biblioteca. Neste espaço, decorado com a participação dos alunos realizam-se actividades de pesquisa, leitura, reconto, dramatizações, entre outras, decorrentes da adesão ao Plano Nacional de Leitura.”; e do Agrupamento de Escolas de Ribamar em que refere: …” BE/CRE apetrechada pela Rede de Bibliotecas Escolares que oferece diversas possibilidades Maria Emília Novais 3
  • 4. aos alunos, tais como realizarem trabalhos requisitarem livros e fazerem pesquisas na internet.” No domínio Liderança, no item Abertura à inovação referida no relatório do Agrupamento de Escolas de Mafra: “ A BE/CRE tem desenvolvido algumas actividades de consolidação da identidade do agrupamento, entre as quais um projecto de escrita criativa que envolve todos os níveis de educação e ensino.”, e no relatório do Agrupamento de Escola de Ribamar que passo a citar: “ É de sublinhar a participação em diversos projectos, como a Rede de Bibliotecas Escolares (…) tem havido um trabalho importante de promoção da leitura e da escrita, através de actividades criativas, aproveitando-se o movimento lançado pela Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de Leitura.” Sobre o domínio Resultados apenas há apenas uma referência nos relatórios da IGE, na amostra escolhida, Agrupamento de Escolas de Vila Flor, que refere: “ O Agrupamento incentiva a participação dos alunos (…) atribui-lhes tarefas de responsabilidade, tais como: a mediação de eventuais conflitos entre os alunos mais novos, a preservação dos espaços e dos equipamentos, a dinamização de actividades culturais para a comunidade escolar e a colaboração na Biblioteca”, não existindo qualquer referência directa ao papel da BE nos itens, como o sucesso académico ou a valorização dos impactos das aprendizagens, onde a Biblioteca Escolar poderia ser nomeada com tendo um papel interventivo em actividades directamente relacionadas com o sucesso académico, nomeadamente em projectos de leitura. Conclusão Pela análise da amostra dos relatórios verifica-se que estes de uma forma geral referem actividades desenvolvidas na BE/CRE mas não referencia qualquer articulação com o currículo, existe uma omissão de referências relativas à participação da BE nos documentos de organização interna dos agrupamentos ( PEA, PCA, PAA…), não evidencia a contribuição das BE para as aprendizagens; estratégias… Os campos de análise e os domínios de referência da IGE, em que as Bibliotecas Escolares são mencionadas, variam de escola para escola. Ora, tal facto, poderá ter a ver com a importância que cada escola atribui à sua BE ou, então, com a própria equipa de avaliação externa, que nem sempre atribui à BE o mesmo grau de importância. O facto é que as referências nem sempre ocorrem da mesma forma (directa ou indirecta), nem nos mesmos campos/domínios. Maria Emília Novais 4
  • 5. A partir da análise dos relatórios, constata-se que a BE ainda não é devidamente valorizada, independentemente da tipologia da escola e da zona do país, embora num pequeno número de relatórios a referência à BE (directa ou indirecta), apontem no sentido da sua importância. Existe uma visibilidade reduzida das Bibliotecas escolares, na maioria dos relatórios de avaliação externa analisados, não existindo grandes referências ao trabalho desenvolvido pela BE. Talvez a aplicação do modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares, venha a alterar esta situação e permita que todos os intervenientes na avaliação das escolas reconheçam os objectivos e missão da BE e imponham a sua presenças nos relatórios de avaliação externa da IGE. Maria Emília Novais 5