1. Grandes paisagens naturais
homogêneas.
Estrutura geológica, relevo, clima,
vegetação, hidrografia e solos não
existem de forma independente.
Dependem de combinações ou síntese
dos diversos elementos naturais.
5. Relevo - planaltos e serras do Atlântico leste-sudeste, núcleo
cristalino, erosão em meias laranjas (serras do Mar, Mantiqueira, Geral,
Espinhaço).
Clima - tropical úmido.
Vegetação - Originalmente cobria extensa faixa do litoral brasileiro,
com largura de 200 km em média. Ao longo dos vales fluviais, formava
extensas matas galerias. Percebe-se uma diversidade de associações
vegetais que variam segundo o relevo, a latitude, os solos, a altitude.
Possui amplos e variados ecossistemas, chegando a conciliar processos
ecológicos litorâneos junto com os da floresta tropical.
Situação atual - O intenso desmatamento reduziu sua área original em
12% . A agricultura e a pecuária, desde o período colonial, a abertura de
estradas, o crescimento das cidades, e o desenvolvimento industrial
foram os responsáveis pela sua devastação.
6.
7. • Relevo - formado por depressões (sertaneja e do São
Francisco) e planaltos (Borborema, bacia do Parnaíba), chapadas
(Diamantina, Araripe, Apodi); terrenos com pediplanação e
inselbergs (morros residuais).
• Clima - semi-árido.
• Solos - rasos, pobres em matéria orgânica e rico em sais
minerais, intemperismo físico.
• Vegetação - caatinga (arbustos, cactos, xerófilas, raízes
numerosas).
• Situação atual – A prática da agricultura sem os
conhecimentos adequados do ecossistema, a criação de gado
desde o século XVI, o corte da vegetação para servir de lenha,
trouxeram como resultado um processo de desertificação e
salinização dos solos.
Várias áreas do Vale do Rio São Francisco foram irrigadas e se
tornaram excelentes produtoras de frutas, ao passo que outras
sofreram ação humana inadequada e foram degradadas.
8. Um exemplo: A Paraíba tem 203 municípios inseridos em área de caatinga, que ocupa
52.634,50 km², o equivalente a 93,42% da área territorial e abriga 69,47% da
população
9.
10. • Relevo - planalto meridional, arenito-basálticos com cuesta.
• Clima – subtropical, úmido com temperaturas moderadas a
baixas no inverno.
• Hidrografia - elevado potencial hidráulico (bacia do Paraná).
• Solos - terra roxa.
• Vegetação - floresta aciculifoliada subtropical (mata de
pinhais).
• Situação atual – Sofreu intensa devastação. Primeiramente, o
pinho brasileiro, ideal para construções de casas e fabricação de
móveis e tábuas, para abastecer o mercado interno e,
posteriormente, o externo. Com a imigração, suas áreas foram
desmatadas para a agricultura.
•Pode-se dizer que esse ecossistema está quase extinto pela
desenfreada ação antrópica.
11.
12. Relevo - Podem ser encontrados no Rio Grande do Sul (Campanha
Gaúcha), nas altitudes do Planalto Meridional, em áreas elevadas das
chapadas e serras de minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, e em áreas
inundáveis de Roraima, Amapá e Marajó.
Clima – As diferenças ambientais entre os domínios campestres (de
solo, clima, e de relevo), formam ecossistemas variados.
Vegetação – Vegetação herbácea.
Situação atual – No Rio Grande do Sul, a pressão do pastoreio sobre o
solo, o uso do fogo, a compactação do solo pelo pisoteio constante, a
rarefação de gramíneas pelo elevado número de cabeças de gado,
tornaram o solo mais frágil e sujeito à degradação. A erosão provoca o
assoreamento dos cursos de água.
A ação humana sem orientação técnica vem causando grande
desertificação dos solos na região..
15. •Relevo – chapadas sedimentares do Meio Norte
• Clima – de transição entre o clima úmido da Amazônia e o
clima semi-árido do Sertão nordestino e o clima tropical semi
úmido do Planalto Central.
• Hidrografia – Rios perenes do Meio Norte.
•Vegetação – Babaçu, carnaúba, buriti e oiticica.
•Situação atual – A expansão da fronteira agropecuária tem
provocado a substituição dos babaçuais pelas pastagens e pela
agricultura.
Como é grande fonte de matéria-prima, o babaçu vem sendo
cultivado comercialmente, apesar do seu extrativismo
rudimentar continuar como fonte de renda para as famílias da
região.
16. Do babaçu extrai-se o óleo que é destinado à
indústria de produtos de limpeza (sabões) e de
cosméticos.
Da carnaúba extrai-se a cera e, do buriti fabrica-se
doce.
17. • Relevo – planície sedimentar localizada na depressão da bacia
do rio Paraguai.
• Clima – tropical semi úmido com chuvas de verão e seca no
inverno.
• Vegetação – Complexa, com espécies das florestas, dos campos
e do cerrado
• Situação atual – A partir dos anos 70, passou a receber
migrantes em maior número. Grandes fazendas de pecuária
extensiva nas terras baixas e agricultura de trigo, soja, milho e
cana-de-açúcar para abastecer as usinas de álcool, nas terras
altas. O turismo aumentou muito.
A pressão humana tem causado vários impactos ambientais como:
extermínio de índios, poluição das águas pelo mercúrio, vinhoto e
agrotóxicos, assoreamento dos rios e pesca predatória
18.
19. Relevo – terras baixas sedimentares (planície, depressões e
platôs.
Clima – equatorial quente e úmido o ano todo.
Hidrografia – vasta e rica rede hidrográfica.
Solos – ácidos; baixa fertilidade.
Vegetação – floresta equatorial.
Situação atual –O extrativismo vegetal ainda é importante,
apesar do seu declínio. O avanço da fronteira agropecuária e
mineral provocou uma ocupação do espaço de forma desorganizada,
trazendo grandes impactos ambientais.
Essa ação antrópica vem causando a destruição da flora e da
fauna, erosão dos solos, assoreamento dos rios, contaminação dos
cursos d´água por mercúrio e agrotóxicos, destruição da cultura
indígena.
22. São espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais,
com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, aos
quais se aplicam garantias adequadas de proteção.
(definição dada pela Lei n.º 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC).
CATEGORIAS
As Unidades de Conservação (UC’s) podem ser classificadas em dois grandes grupos, de
acordo com a forma de uso dos seus recursos naturais.
UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL, nas quais é permitido apenas o uso indireto dos
recursos naturais, como a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de
atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a
natureza e de turismo ecológico.
UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL, nas quais é permitido o uso sustentável de parcela
de seus recursos naturais, em compatibilidade com a conservação da natureza.
Unidades de conservação
23. Grande diversidade biológica,
1/5 da disponibilidade de água doce
1/3 das florestas tropicais do mundo
Grandes riquezas no subsolo
Baixa densidade populacional
Maior reserva de carbono
Maior reserva de minerais metálicos e não metálicos, pescado e madeira
Maior banco genético do planeta.
MAIOR POTENCIAL ECONÔMICO DO BRASIL
25% das drogas prescritas nos EUA contém substâncias ativas
derivadas de plantas de florestas tropicais
NÃO É SINÔNIMO DE RIOS E FLORESTAS
24. É fruto de um conceito político e não de
um imperativo geográfico.
O governo brasileiro, reuniu regiões de
idênticos problemas econômicos, políticos e
sociais com o objetivo de melhor promover
o desenvolvimento e um melhor
planejamento social e econômico da região
amazônica.
Os Estados que compõe a Amazônia Legal
são: Acre, Amapá, Amazonas, Mato
Grosso, Pará, Rondônia, Roraima,
Tocantins e parte do Maranhão (oeste do
meridiano de 44º).
Corresponde a 61% do território nacional.
55,9% dos indígenas
brasileiros se encontram na
Amazônia Legal - (250 mil
pessoas)
Amazônia Legal
25. A devastação
Causas:
• assentamentos rurais nas áreas de
reforma agrária (1993-1997),
• exploração de madeira dura (por
empresas brasileiras e asiáticas),
• atividades ligadas aos grandes
projetos de desenvolvimento
agropecuário (pecuaristas e plantadores
de soja),
• grileiros,
• mineração e garimpo,
• abertura de estradas,
• hidrelétricas,
• tráfico de plantas,
• e queimadas.
Apenas 20% do desmatamento
realizado pelas madeireiras recebeu
autorização oficial.
26. A devastação
Consequências
• destruição da flora e da fauna,
• erosão dos solos,
• assoreamento dos rios,
• contaminação dos cursos d´água por mercúrio e
agrotóxicos,
• desequilíbrio pluviométrico
• e destruição da cultura indígena.
27. As terras indígenas representam 21,4% dos
da região Norte do Brasil (21,9% do estado
do Amazonas) e 8,1% da região Centro Oeste.
No resto do país constituem apenas 1,4% da
região Nordeste, 0,4% da região Sul, 0,1%
da região Sudeste.
Indígenas na Amazônia
28. Dominam a conhecimento sobre 1 300 plantas
Antibióticos
Narcóticos
Abortivos
Anticoncepcionais
Antidiarréicos
Anticoagulantes
Fungicidas
Anestésicos
Antiviróticos
Relaxantes musculares
90 já são usadas comercialmente
O Instituto Nacional do Câncer dos EUA identificou 2000
espécies das florestas tropicais com potencialidade para
tratamento do câncer.
Indígenas na Amazônia
29. Situação dos indígenas
Dos 60 povos identificados na região, todos se encontram em situação de risco,
Os indígenas da região sofrem com:
• práticas de genocídio,
• lutas pela posse da terra,
• inoperância do Estado brasileiro,
• ataques de grileiros, garimpeiros e madeireiros,
• projetos de assentamentos,
• caçadores, contrabandistas, narcotráfico,
• prospecção de petróleo.
• existência de áreas indígenas não reconhecidas pelo órgão indigenista oficial,
• discriminação e escravidão,
• além da entrada de bebidas alcoólicas e aumento de prostituições.
30. Reserva Raposa Serra do Sol
Anteriormente ocupada por garimpeiros e
pecuaristas, a ocupação de áreas da reserva
indígena Raposa Serra do Sol por arrozeiros foi o
principal motivo da polêmica.
Identificada em 1993 pela FUNAI, foi demarcada em 1998
e foi homologada em 2005.
A retirada de não-índios foi interrompida quando um grupo
de rizicultores se recusou a sair.
Em 2009, o STF decidiu: a reserva será contínua, os
arrozeiros terão de deixá-la, mas os índios ou a FUNAI não
podem impedir que a União entre nas terras para defender
as fronteiras ou construir escolas e hospitais, entre outras
condições..
Na reserva vivem 19 mil indígenas de cinco etnias.
31.
32.
33. Alguns objetivos
• definir objetivos e metas econômicas e sociais que levem ao
desenvolvimento sustentável de sua área de atuação,
• apoiar, em caráter complementar, investimentos públicos e privados nas
áreas de infraestrutura econômica e social, capacitação de recursos
humanos,
• inovação e difusão tecnológica, políticas sociais e culturais e iniciativas
de desenvolvimento sub-regional,
• promover o desenvolvimento.
Sudam – Superintendência de desenvolvimento da Amazônia
Orgãos governamentais de desenvolvimento e proteção
34. Sivam/Sipam
Considera seu campo de ação resolver problemas que intitulam como as
“novas ameaças” à Amazônia:
• ameaças do terrorismo internacional,
• as atividades de narcotráfico,
• o crime organizado internacional,
• o tráfico ilegal de armas,
• a degradação do meio ambiente,
• o fundamentalismo religioso,
• a pobreza extrema,
• as migrações internacionais,
• pistas clandestinas
• e desmatamentos.
Projetos
35. PROJETO SIVAM
Sivam/Sipam – área de abrangência
Foi criada uma
infraestrutura de
apoio necessária para
suportar a fixação de
enormes antenas
parabólicas de uso em
radar, bem como de
modernas
aparelhagens
eletrônicas.
36. Projeto Calha Norte
• Criado em 1985, com o objetivo de melhorar a
infraestrutura do território ao norte dos rios
Amazonas e Solimões,
• criar povoados na região, dificultando invasões
pela fronteira.
As Forças Armadas acabaram fazendo a maior parte da execução
do projeto
37. Projeto Grande Carajás
Objetivo - realizar a exploração
integrada e em alta escala dos recursos
minerais dessa província mineralógica,
que é considerada a mais rica do mundo
(possui minério de ferro, ouro, estanho,
bauxita - nome dado ao minério de
alumínio -, manganês, níquel e cobre).
A jazida é cortada pelos rios Xingu,
Tocantins e Araguaia e abrange terras
do sudoeste do Pará, norte de
Tocantins e oeste do Maranhão.
Além da exploração mineral, o Projeto
Grande Carajás incluiu também a
exploração de recursos agroflorestais,
extrativistas, agropecuários, além do
aproveitamento do potencial hidrelétrico
de alguns rios amazônicos, caso do
Tocantins, onde foi construída a
hidrelétrica de Tucuruí para fornecer
energia elétrica para as indústrias de
alumina e alumínio.
38. Grupos empresariais de vários países estipulam preços, pedem
doações e até projetam modelos de desenvolvimento para a Amazônia
à revelia do Itamaraty.
A Abin rastreou os passos do magnata sueco Johan Eliash, um braço-
forte do governo britânico que, encorajando empresários amigos, fez
sucessivas reuniões de negócios em seu país e, após isso, decidiu
botar preço na Amazônia: US$ 50 bilhões.
Eliash, não por acaso, é um dos fundadores da Cool Earth, uma
entidade que aparece na lista de ONGs investigadas pela Abin e a PF
sob suspeita de promover ações comerciais ilegais na Amazônia.
40. Relevo- extensos planaltos, com
depressões e chapadas
sedimentares.
Clima - tropical típico (semi-
úmido) verão chuvoso e inverno
seco.
Hidrografia - de baixa
densidade, perenes.Possui grande
potencial energético com três
grandes bacias hidrográficas
brotam no local e outros sete
passam por ali.
Solos - pobres e ácidos (pH
abaixo 6,5) que atualmente são
corrigidos com calagem.
Vegetação - cerrado e
florestas ciliares junto aos rios.
Campo Limpo
Campo Sujo
Campo Cerrado;
Cerrado Típico
41. O Cerrado tem a seu favor:
• cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins, São
Francisco e Prata),
• espalha-se por 25% do território nacional, em 15 estados,
• segundo maior bioma da América do Sul,
• flora com 10 mil espécies de plantas diferentes (muitas usadas na produção de cortiça,
fibras, óleos, artesanato, além do uso medicinal e alimentício).
• fauna composta de uma grande variedade de espécie,
40% do rebanho bovino e 30% da produção de grãos do Brasil
são produzidos no Cerrado e são responsáveis por sua
devastação.
42. Causas
• construção de Brasília,
• abertura de estradas,
• valorização dos solos (antes considerados imprestáveis para a agricultura)
• migração de agricultores do sul do Brasil,
• terras a baixos preços,
• desmatamento,
• a correção do solo (calagem) e adubação,
• plantio de soja,cana-de-açúcar e gramíneas para a formação de pastos,
• e exploração madeireira.
A agropecuária (milho,soja e cana-de-açúcar), a produção de
carvão vegetal e o uso da lenha reduziu a área do cerrado de
2 100 000 km² para 700 000 km².
51% destruídos
45. Consequências
• compactação dos solos,
• poluição das águas,
• assoreamento dos rios,
• grandes emissões de CO² (equivalentes
às geradas pela destruição da Amazônia),
• choques culturais
• e as invasões de reservas indígenas.
46. O ritmo de destruição do cerrado é duas vezes
maior do que a que vem ocorrendo na Amazônia.
Enquanto a faixa anual de desmatamento na
Amazônia gira em torno de 10 mil km² por ano,
no cerrado 21.260 km², em média, vêm sendo
derrubados todos os anos.
Isso quer dizer que, anualmente, o bioma perde
1,04% de sua cobertura florestal.
Mato Grosso foi o estado que mais desmatou o
cerrado até 2008.
O "Arco do desmatamento do cerrado" já chegou
até a divisa entre Bahia e Goiás.
Nessa região, o principal vetor da destruição é a
soja.
47. Situação
• Estão cada vez mais ilhados,
• disputam com os latifundiários a posse da terra,
• sofrem consequências da contaminação da água e do solo, além da
perda da biodiversidade,
• sofrem sérios problemas de saúde com a aplicação de agrotóxicos
nas monoculturas por avião.
• nenhuma terra do Mato Grosso do Sul foi reconhecida como
reserva indígena, o que aumenta a violência.
Indígenas
48. Hoje 7,5 % do cerrado em Unidades de Conservação.
A meta é chegar a 10%, com grandes resistência do
agronegócio aí concentrado.
Unidades de conservação
49. Sudeco - extinta em 1990 e recriada em 2009.
Objetivos atuais
• definir objetivos e metas econômicas e sociais para o desenvolvimento
sustentável do Centro-Oeste,
• fomentar a atividade produtiva regional e contribuir para o fortalecimento e a
diversificação da base produtiva do Centro-Oeste,
• viabilizar fontes de financiamento para a atração de investimentos diretos na
região,
• formular programas e ações de desenvolvimento, em articulação com os demais
órgãos do Governo Federal.
Órgãos governamentais de desenvolvimento e proteção
50. Números do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) mostram que estrangeiros são donos de mais de
3,8 milhões de hectares de terra no Brasil.
Somente em Mato Grosso, os investidores internacionais têm
aproximadamente 754 mil hectares, divididos em 1.377
propriedades rurais. Seguem na lista São Paulo e Mato Grosso
do Sul, estados em que os estrangeiros têm, respectivamente,
504 mil e 423 mil hectares.
Estuda as relações entre o poder e o espaço geográfico
51. • vendas de terras associadas aos projetos de produção de biocombustível, que
atraem fundos de investimentos e multimilionários, como o megainvestidor George
Soros.
• grupos estrangeiros, preocupados com o aquecimento global, estão prospectando
o Brasil em busca de áreas de florestas para comprar e preservar.
• negócios com estrangeiros que apostam no futuro das commodities agrícolas,
como soja, algodão e celulose.
• poderosos fundos de pensionistas americanos que investem na terra como reserva
de valor.
• no oeste da Bahia - região de cerrado, na fronteira com o Tocantins, ao pé da
Serra Geral de Goiás e a 900 quilômetros de Salvador, fazendeiros americanos,
com dificuldades para comprar terras em seu país, começaram a desembarcar por
ali em meados dos anos 90, para produzir milho e algodão.
Atrás deles já estão chegando australianos, franceses,
holandeses.
55. 1. A Amazônia, longe de ser homogênea, é uma região extremamente complexa e
diversificada. Há a Amazônia da várzea e a da terra firme. Há a Amazônia dos rios de
água branca e a dos rios de águas pretas. Há a Amazônia dos terrenos movimentados e
serranos, das planícies litorâneas, dos cerrados, dos manguezais e das florestas. Habitar
esses espaços é um desafio à convivência com a diversidade.
Adaptado de Carlos Walter Porto Gonçalves. Amazônia, Amazônias. São Paulo: Contexto, 2001.
Esta natureza complexa e desafiadora vem passando por um processo de transformação
como resultado de múltiplas ações.
Uma conseqüência dessas ações que, ainda, não ocorreu na Amazônia é
(A) a contaminação dos rios por rejeitos industriais e pelo mercúrio utilizado no garimpo do
ouro.
(B) a inundação de terras de camponeses, ribeirinhos e de comunidades indígenas para a
construção e hidrelétricas.
(C) o consumo da biomassa da floresta, seja como matéria-prima para fins industriais, seja
como combustível.
(D) os desmatamentos por meio de queimadas para a implantação de grandes empresas
pecuaristas e de produção de soja.
(E) o esgotamento das reservas minerais de ferro e bauxita extraídas do subsolo por
grandes empresas mineradoras.
56. e) Na Amazônia, as áreas de pré-cambriano correspondem a cerca de 40% do seu território.
Apresentam potencialidade para uma grande variedade de depósitos minerais, tais como ferro,
manganês, alumínio, cobre, zinco, níquel, cromo, titânio, fosfato, ouro, prata, platina, paládio,
ródio, estanho, tungstênio, nióbio, tântalo, zircônio, terras-raras, urânio e diamante.
1.
57. 2. Os povos indígenas ocupavam as terras
americanas muito antes da chegada dos
europeus e dos africanos. Por isso, alguns
argumentam que o direito indígena à terra
prevalece sobre qualquer outro. De outro
lado, há aqueles que são radicalmente
contrários à criação de terras indígenas.
O governo brasileiro busca uma solução para
essas questões desde a criação do Serviço
de Proteção aos Índios em 1910, atual
Fundação Nacional do Índio (FUNAI). No
Brasil, hoje, cerca de 600 terras indígenas
estão demarcadas ou em fase final de
demarcação. A delimitação dessas terras
vem gerando conflitos que estão longe de
acabar.
A partir da observação do mapa, apresente duas razões para os conflitos
territoriais na Região Norte.
58. • A extrema exclusão social e ausência de uma ação governamental que proteja efetivamente os
direitos dos povos indígenas podem ser apontadas como causas das violências sofridas por estes
povos.
• Ausência de novas terras indígenas demarcadas.
• Conflitos pela posse da terra travados entre fazendeiros, posseiros e índios. Os fazendeiros
deixaram de contratar jagunços e agora investem contra os povos indígenas por meio de
seguranças armados contratados em empresas particulares.
• O deslocamento forçado de ocupantes não-indígenas em função das poucas áreas demarcadas.
• A invasão das terras indígenas por garimpeiros e empresas madeireiras.
2.
59. 3. Cite os objetivos do Sistema de Vigilância da Amazônia
60. 3. Monitorar o meio ambiente, controlar o tráfego aéreo e combater o tráfico de drogas.
61. 4. Aponte dois setores econômicos em que é muito forte a participação do Estado na ocupação da
Amazônia.
62. 4.
Mineração - ativa na captação de investimentos para o setor, na implantação da
infraestrutura necessária.
Agropecuária – empréstimos para a compra de máquinas e implementos agrícolas.
63. 5. Atualmente, 20% da área da Amazônia brasileira estão oficialmente protegidos por Unidades
de Conservação (parques nacionais, florestas nacionais, reservas biológicas, reservas
extrativistas etc.), o que corresponde a cerca de um milhão de km². Mesmo com o
monitoramento por imagens de satélite da região (SIVAM), a proteção efetiva dessas áreas ainda
enfrenta inúmeros desafios.
a) Indique dois elementos,
associados à ocupação da região
amazônica, que ameaçam as
unidades de conservação.
b) Explique por que a
fiscalização das unidades de
conservação é mais difícil na
Amazônia do que em outras
regiões do país.
64. 5.
a) Entre os elementos associados à ocupação da Região Amazônica que ameaçam as Unidades de
Conservação temos: frentes madeireiras, frentes de pecuária, frentes agrícolas, urbanização
e assentamentos (frentes de povoamento), estradas e atividades mineradoras.
b) A fiscalização das Unidades de Conservação é mais difícil na Amazônia que em outras regiões
do país em função da extensão territorial da região e da dificuldade de circulação.
65. 6. "Há pelo menos dez anos já se sabia que a pecuária na Amazônia não tinha sentido. A
produtividade é ridiculamente, escandalosamente baixa. Não se produz 50 kg hectare/ano de carne
nessas fazendas. A floresta intacta produz muito mais alimento. Cada castanheira que derrubam
produziria centenas de kg de castanha, alimento com o qual se faz até leite para recém-nascido."
("Folha de S. Paulo", 13/10/1988.)
Explique por que, ainda hoje, apesar da baixíssima produtividade, a pecuária continua como forma de
exploração e ocupação da Amazônia.
66. 6.
a) Interesses de empresas agropastoris que investem na região.
b) Especulação imobiliária.
67. 7. Além dos interesses bolivianos, o
projeto em andamento do corredor
rodoviário, representado ao lado, é
bastante defendido porque visa a
integrar o Centro-Oeste brasileiro ao
mercado andino, viabilizando maior
dinamismo econômico na região.
Tal objetivo é facilitado pelos
investimentos governamentais bolivianos
na região.
a) Qual é esse investimento?
b) Quais os interesses bolivianos?