Missões Setor 13. Paróquia Coração de Jesus - diocese de SJCampos - SP
A identidade dos leigos nas CEBs
1. CEBs - Informação e Formação para animadores 1
Lá vem o Trem das CEBs...
FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA ANIMADORES
Diocese de São José dos Campos - SP - Informativo das CEBs - Ano VIII - Novembro de 2012 - Nº 84
25 de novembro: Solenidade de Cristo Rei do Universo e o Dia do Leigo
Todos os leigos e leigas são convidados a serem sacramento do Ressuscitado e assim como Ele, fazer sempre a opção
preferencial pelos pobres. É nesse diferencial que Jesus é Rei. No Reino de Deus é primeiro quem se faz último,
quem está sempre servindo, quem pára e ouve, quem pára e socorre, quem vai sentir junto as dores.
Ser leigo e leiga é ser os braços e pernas do Cristo Rei, de Jesus o Grande Servidor.
Fotos: Bernadete Mota
Encontro
2
Palavra
do Assessor
LEIA + NA PÁGINA 2 3 Identidade
das CEBs
LEIA + NA PÁGINA 3 4
Vidas
Pela Vida
LEIA + NA PÁGINA 4 6
Espaço do
Animador
LEIA + NA PÁGINA 6
7 Diocesano
das CEBs
LEIA + NA PÁGINA 7 8
Aconteceu!
Irá Acontecer!
LEIA + NA PÁGINA 8
2. 2 CEBs - Informação e Formação para animadores
PALAVRA DO ASSESSOR Fotos: Bernadete Mota
Encontro Celebrativo 2012
Olá queridos amigos e amigas das Co- Este encontro é uma oportunidade para famílias, um dia muito especial, um dia de to de Jesus Cristo; queremos ser pareci-
munidades Eclesiais de Base. fortalecer os vínculos desta família – CEBs, Encontro e Encanto. dos com o Mestre em tudo. Nossa meta
Estamos chegando ao final de mais um e também uma motivação para os projetos Encontro que desponta para o diálogo, é Amar mais e melhor, é perdoar mais e
ano, e é sempre bom nos reunirmos para propostos para o próximo ano. É oportuni- para uma relação saudável e de vida co- sem medida, é viver intensamente nossa
celebrar nossas conquistas, para nos ale- dade de rever muitas pessoas e de conhe- mungada e partilhada, vivida e celebrada relação com o Pai e com os irmãos e irmãs.
grarmos com nossa família CEBs. cer novas, aumentando nosso parentesco e em Família. Um abraço e minha bênção a todo o
E como já realizamos todos os anos - fortalecendo nossa Identidade. Encanto que nos motiva cada dia mais, povo de Deus que faz parte das Comuni-
sempre no último domingo de novembro O Encontro Celebrativo é movido pelo a seguir fiel à missão confiada por Jesus a dades Eclesiais de Base, e especialmente à
- teremos o nosso Encontro Celebrativo no entusiasmo e pela partilha, colunas que cada um de nós – Ser Testemunha da Boa Juventude.
próximo dia 25 das 08h da manhã às 16h, sustentam todos os animadores e anima- Nova.
na Comunidade São João Batista, no bairro doras da CEBs. Por isso, queremos neste Unidos e reunidos em comunidade, Pe. Fabiano Kleber C. do Amaral
Santa Inês II. Encontro de 2012, celebrar com nossas queremos dar passos largos ao seguimen- Assessor Diocesano das CEBs
2005 2006
2007 2008
2009 2010
2011 2012 Encontro Celebrativo
das CEBs
Dia 25 de novembro
Horário: dia todo
Local: Capela São João Batista
Jardim Santa Inês II
São José dos Campos - SP
Ficha com os Coordenadores Paroquiais
Participe!
3. CEBs - Informação e Formação para animadores 3
IDENTIDADE DAS CEBs Figura de Divulgação
A Solenidade de Cristo Rei do Universo e o Dia do Leigo
O Ano Litúrgico vai chegando ao fi- sai do conforto para lavar os pés de sua Aos olhos dos poderes opressores um to, a ser sinal do Cristo Servo em todos
nal, vai chegando ao seu ocaso e somos gente. É uma proposta diferente. Não é total fracasso. Mas aos olhos de Deus: os espaços da sociedade. Nas escolas,
convidados e convidadas a contemplar a mais o ser servido, mas é o servir que é entrega, testemunho, martírio e conse- nos trabalhos, nos hospitais, na política,
imagem do Ressuscitado como Rei e Se- importante. qüência de uma opção feita pelos pobres. nos ônibus, enfim em cada casa o leigo
nhor do Universo. É uma ótica que di- e a leiga é um ícone do Ressuscitado.
Parece contraditório com nossa ca- verge do que os pode- Nas incontáveis realidades da vida lá
minhada, parece contraditório com o rosos deste planeta vi- está nosso povo que deve ser servidor.
que Ele mesmo disse: “O meu Reino não vem. Jesus é Rei porque Servidor porque antes, Jesus, o Mestre
é desse mundo”. alimentou seu povo, e Senhor assim o fez.
Para entender o título de realeza multiplicou pão por- Todas as pessoas são convidadas a
dado a Jesus é fundamental compre- que ensinou a partilhar. viver este desafio. Todo mundo é convi-
ender seu projeto e olhar diferente de Curou os doentes. dado a ser servidor e servidora. Todos os
como o mundo o vê. Protegeu as viúvas. leigos e leigas são convidados a serem
Nossa sociedade é corrompida pelo Abençoou as crianças. sacramento do Ressuscitado e assim
poder e se olharmos com esses olhos, Trouxe para a socieda- como Ele, fazer sempre a opção prefe-
certamente logo colocaremos uma co- de aqueles e aquelas rencial pelos pobres.
roa, um cetro e um manto em Jesus. que estavam excluídos É nesse diferencial que Jesus é Rei.
A dinâmica do Emanuel é diferente. das rodas sociais e até No Reino de Deus é primeiro quem se
O ensinamento do Deus Conosco é o mesmo das igrejas. Res- faz último, quem está sempre servindo,
oposto do que vemos, ouvimos ou vi- Jesus é Rei no sentido de ser o Servo suscitou as pessoas que o poder fez aos quem pára e ouve, quem pára e socorre,
vemos em nossas realidades sociais. O Sofredor. Servo, sempre servo. Servo até poucos morrerem e as inseriu novamen- quem vai sentir junto as dores. Ser leigo
legado do Grande Servidor é o Serviço. as últimas consequências. Sua coroa foi te nas comunidades. e leiga é ser os braços e pernas do Cristo
Grande para Ele é quem se torna ser- uma coroa de espinhos, seu cetro uma Nesse sentido é tão importante a vo- Rei, de Jesus o Grande Servidor.
vo. Sábio para Ele é quem aprende com vara, seu manto só lhe serviu para que cação leiga, pois cada batizado e batizada
os pequenos. Mestre para Ele é quem rissem dele, seu trono foi uma cruz. é convidado e convidada a ser Sacramen- Éder Massakasu Aono
Dia Nacional da Consciência Negra Figura de Divulgação
No dia 20 de novembro comemora-se Mas Princesa Isabel foi conseguiram conquistar os mesmos es-
o Dia Nacional da Consciência Negra, em a responsável pela liberta- paços de trabalho que o homem branco.
homenagem à morte de Zumbi, líder do ção dos escravos, quando Na época da escravidão os negros não
Quilombo dos Palmares. assinou a Lei Áurea, em 13 tinham direito ao estudo ou a aprender
O quilombo era uma localidade situ- de maio de 1888, dando- outros tipos de trabalho que não fossem
ada na Serra da Barriga, onde escravos -os direito de ir embora os braçais, ficando presos a esse tipo de
se refugiavam. Com o passar dos anos, das fazendas em que tra- tarefa.
chegou a atingir uma população de vinte balhavam ou de continuar Muitos deles, estando libertos, con-
mil habitantes, em razão do aumento das morando com seus patrões, tinuaram na mesma vida por não terem
fugas dos escravos. como empregados e não condições de se sustentar.
Os escravos serviam para fazer os mais como escravos. O dia a consciência negra é marca-
trabalhos pesados que o homem branco O dia da consciência ne- do pela luta contra o preconceito racial,
não realizava, eles não tinham condições gra é uma forma de lembrar contra a inferioridade da classe perante
dignas de vida, eram maltratados, apa- o sofrimento dos negros ao a sociedade. Além desses assuntos, enfa-
nhavam, ficavam amarrados dia e noite longo da história, desde a tizam sobre o respeito enquanto pessoas
em troncos, eram castigados, ficavam época da colonização do humanas, além de discutir e trabalhar
sem água e sem comida, suas casas eram Brasil, tentando garantir para conscientizar as pessoas da impor-
as senzalas, onde dormiam no chão de seus direitos sociais. tância da raça negra e de sua cultura na
terra batida. Hoje temos várias leis formação do povo brasileiro e da cultura
Muitas pessoas eram contra essa for- que defendem esses direi- do nosso país.
ma de tratar os negros e várias tentativas tos, como a de cotas nas
aconteceram ao longo da história para universidades, pois acre- Por Jussara de Barros
defender seus direitos. Em 1871 a Lei do dita-se que, em razão dos Graduada em Pedagogia
Ventre Livre libertou os filhos de escravos Sexagenários deu direito à liberdade aos negros terem sido margina- Fonte: Brasil Escola
que ainda iriam nascer; em 1885 a Lei dos escravos com mais de sessenta anos. lizados após o período de escravidão, não
4. 4 CEBs - Informação e Formação para animadores
“VIDAS PELA VIDA” Figura Divulgação
POR CAUSA DA VIDA PLENA: FINADOS E TODOS OS SANTOS!
Os santos são aqueles e aquelas que nuar sem nós. Nós sim precisamos dela. O participação e fraternidade. Vida e do Amor.
passaram pela experiência da morte. Viven- sistema dentro do qual vivemos é de uma Há mortes que reforçam a vida. É a mor- “Passa certamente a figura deste mundo
do intensa e profundamente a vida, conse- espantosa irracionalidade, própria de seres te daqueles que tombaram na luta pela jus- deformada pelo pecado, mas aprendemos
guiram transformar o momento da morte realmente dementes. Precisamos excluir tiça, que escolheram a perseguição e a calú- que Deus prepara morada nova e nova ter-
no mais privilegiado momento da vida. este tipo de morte de nosso meio. nia, suportaram com valentia a tortura e a ra. Nela habita a justiça e sua felicidade irá
Nos últimos tempos, cresceu a consciên- A morte natural se apresenta como eliminação física. De todos estes o mundo satisfazer e superar todos os desejos de paz
cia coletiva de que se está travando um ver- a situação privilegiada da vida, na qual o não era digno. Mas eles dignificaram o mun- que sobem dos corações dos homens. En-
dadeiro duelo entre os mecanismos naturais homem irrompe numa inteira maturação do. A humanidade guarda-lhes, devota, sua tão, vencida a morte, os filhos de Deus res-
da vida e os mecanismos artificiais de morte espiritual, onde a inteligência, a vontade, a memória. Levanta monumentos não a tira- suscitarão em Cristo... e toda aquela criação
deslanchados por nosso sistema de habitar, sensibilidade e a liberdade podem ser exer- nos, mas a seus mártires. que Deus fez para o homem será libertada
produzir, consumir e tratar os dejetos. As cidas em sua plena espontaneidade, sem os O homem pode integrar a morte na vida. da servidão da vaidade... O Reino já está
primeiras vítimas desta guerra total são os condicionamentos exteriores e as limitações Abraçá-la com total despojamento e derra- presente em mistério aqui na terra. Che-
próprios seres humanos. O que de sofrimen- inerentes à nossa situação no mundo. Desde deiro ato de amor como entrega confiante. gando o Senhor, ele se consumará” (GS, n.
to, frustração e humilhação aí se esconde é que Cristo morreu só, ninguém precisa mor- O santo pode de tal modo integrar a morte 39/318.320).
inenarrável. As outras vítimas são todos os rer solitário. Ele desceu aos infernos de nos- no contexto da vida, que não veem mais
ecossistemas, a biodiversidade e o planeta sa própria situação. Abriu a porta da morte e nela a ladra traiçoeira da vida, mas a irmã Nivaldo Aparecido Silva - Membro da Ir-
Terra como um todo. a fez passagem para o Pai. Morremos sob o que nos liberta e nos introduz na casa da mandade dos Mártires da Caminhada.
Para o sistema vigente, a acumulação ili- eco de sua voz que sussurra palavras de infi-
mitada de ganhos é tida como inteligência, nito consolo: “Não temas. Eu sou o primeiro
a rapinagem de recursos públicos e naturais e último, aquele que vive. Conheci a morte.
como destreza, a fraude como habilidade, a Mas eis que vivo pelos séculos dos séculos.
corrupção como sagacidade e a exploração Eu tenho as chaves do inferno e da morte.
desenfreada como sabedoria gerencial. É o Vem, para o Reino da Vida”!
triunfo da morte. Será que nesse duelo ela É por causa dos santos e mártires que
levará a melhor? a vida da esperança não morre. Eles consti-
O que podemos dizer é que nessa guer- tuem a semente viva de outros que como Je-
ra não temos nenhuma chance de ganhar sus levarão sempre avante a causa de Deus
da Terra. Ela existiu sem nós e pode conti- nas causas daqueles que buscam justiça,
REFLEXÃO
O Padre e o Ator
A pequena história que segue pode- peça para os dias de hoje. Falou sobre o trocado há muitos anos. cumprimentá-lo. O padre perguntou-lhe:
rá ilustrar um pouco o que acontece em autor, os atores e os detalhes do cenário. De repente, alguém tomou um desa- - Por que as coisas são assim? Lá no
nossas celebrações. A apresentação foi um sucesso. Quando finado violão e pôs-se a exigir que todos teatro as pessoas eram tão atenciosas.
Havia dois irmãos. Um resolveu ser as cortinas se fecharam, todos, de pé, o acompanhassem em uma melodia que Aqui tudo parece ser diferente. Que
padre e foi para o seminário. O outro pre- não paravam de aplaudir. não era possível escutar devido ao baru- acontece?
feriu seguir carreira como ator. Muitos Muitos foram ao camarim do irmão lho de uma estridente bateria. E o irmão disse: - Você quer minha
anos se passaram sem que se vissem. ator para parabenizá-lo. Comentavam Foi então que surgiu seu irmão. Lá na opinião sincera? - Claro... diga o que você
Alguns anos mais tarde, finalmente trechos da peça... tiravam lições para frente, o comentarista leu alguma coisa. pensa! - respondeu o padre.
os dois se encontraram na casa dos pais. suas vidas. Mas não se pôde E o ator disse: - É que lá nós represen-
Nessa ocasião, os dois irmãos combina- Chegou o dia entender muito tamos mentiras como se fossem verda-
ram que um visitaria o outro quando esti- em que o ator vi- bem o que iria des, e aqui vocês representam verdades
vesse exercendo a sua “profissão”. sitaria o irmão pa- acontecer, nem a como se fossem mentiras!!!
Algum tempo depois, sentado no dre. Encontrou-se, importância dis-
meio da plateia, diante do palco onde então, sentado na so para os dias de
dentro de instantes seu irmão ator entra- Para Refletir!
igreja, cercado por hoje. Não havia
ria em cena, o padre esperava. Quando uma fria assem- palmas. Por outro
as cortinas se abriram, o padre ficou de Qual a importância da liturgia?
bleia, num auditó- lado, em nenhum
“boca aberta”. Cenário bem montado, Você está satisfeito com as celebrações
rio não muito con- momento houve
palmas vibrantes, atenção e silêncio, o realizadas em sua Igreja?
fortável. Olhava silêncio completo.
som harmonioso da orquestra, tudo per- Como envolver mais o povo na liturgia?
para o altar, onde No final da mis-
feito. um cenário sem sa, o padre voltou
O apresentador começou a falar (sem muita criatividade para a sacristia. Fonte: Do livro: “Curso de Liturgia”
papel na mão). Explicou o sentido da parecia não ser Só o irmão ator foi Pe. Joãozinho, CSJ
5. CEBs - Informação e Formação para animadores 5
Pastoral de eventos e pastoral de processo
Está em voga a Pastoral dos Eventos. festam enorme dificuldade de aterrizar. um banho festivo e celebrativo de
Estes se multiplicam de tal modo que é Com isso, numerosos eventos são pen- entusiasmo e estímulo. Mas, ao
difícil encontrar lugar na agenda de não sados e decididos em laboratório, caindo regressar ao dia-a-dia de sua comu-
poucas lideranças de movimentos e pas- de cima para baixo e sobrecarregando o nidade particular, se deparam com
torais sociais. Grandes encontros, se- calendário das comunidades e movimen- frustrações uma atrás da outra. A
minários, assembleias, romarias vão se tos. O resultado é que, enquanto os di- discrepância entre evento e proces-
sobrepondo umas às outras no decorrer rigentes tendem a alçar voo, o dia-a-dia so de organização pode levar ao de-
do ano. das lutas sociais se vê atropelado por sânimo, quanto não à elitização de
Foto Divulgação
Até aqui, nada de anormal. Do ponto campanhas, encontros, congressos, e uma minoria “consciente”, frente a
de vista pessoal, os eventos são necessá- assim por diante. Eventos esses não raro uma maioria “alienada”.
rios para manter viva a chama do vigor paralelos uns aos outros. Como diminuir o impacto des-
profético e do entusiasmo; do ponto Em segundo lugar, há o risco de de- se descompasso entre o evento e
de vista sócio político, servem para dar terminado movimento ou pastoral se a pastoral cotidiana? Por uma par-
maior visibilidade, e portanto maior inci- converter em uma espécie de Organiza- te, é importante que as sombras e
dência, à forças das organizações popula- ção não Governamental (ONG). Neste turbulências da caminhada, e não
res. Sem esses momentos fortes e signifi- caso, a tendência é dar maior importân- apenas as luzes, tenham espaço
cativos, as atividades rotineiras tendem a cia à estrutura da organização do que às nos eventos. E sejam aí enfrenta-
se diluírem, a se dispersarem e a se per- reivindicações básicas dos setores mais das, avaliadas e celebradas na espi-
derem no anonimato e no esquecimento. necessitados da população. Ao invés de ritualidade da cruz e ressurreição.
O problema se coloca quando tudo voltar-se para os anseios, lutas e sonhos A alegria do domingo de Páscoa
se reduz a meros eventos. De evento em desses setores, na configuração da ONG mergulha suas raízes mais profun-
evento, chega-se facilmente à pastoral o que predomina, muitas vezes, é a ma- das no contraste com o absurdo e
dos espetáculos, dos shows ou do entre- nutenção efetiva da mesma. a loucura da sexta-feira santa. Na
tenimento. Nesta linha, não é difícil cair O grande desafio, então, é estabele- vida de cada pessoa, movimento e a cruz, semente, podemos afirmar que
na armadilha da mídia, onde a notícia sé- cer uma conexão fecunda entre a pas- ou pastoral, dores e esperanças, tristezas nos dias atuais não estamos em tempo
ria e reflexiva dá lugar à manchete sen- toral como um processo de reflexão, e alegrias se mesclam e se confundem. de colheita. Somos chamados a semear. E
sacionalista. Mais que uma visão crítica, conscientização e ação, de um lado, e os Por outra parte, é igualmente impres- a acreditar na maturação da semente no
procura-se despertar sensações e emo- eventos extraordinários, de outro. cindível que o entusiasmo festivo dos seio úmido e escuro da terra, cientes de
ções momentâneas. Não é raro que esse Na contramão dessa integração ne- eventos tenha repercussão no cotidiano que a planta cresce primeiro para baixo,
contexto da “sociedade do espetáculo” cessária, os eventos criam às vezes um árduo e difícil das organizações de base. antes de crescer para cima. Busca forta-
(Guy Debord) penetre e contamine as ambiente tão grandioso e despertam ex- Aqui também fracassos e vitórias se mis- lecer as raízes no terreno turbulento e
atividades sócio-pastorais com seus estri- pectativas tão elevadas que seus partici- turam e remetem ao mistério da morte e contraditório da história, antes de buscar
dentes apelos publicitários. pantes, ao retornarem às bases, podem ressurreição de Jesus. A alegria dos discí- o sol, o ar livre e o céu aberto. E princi-
Pior ainda é que a espetacularização sentir-se desiludidos e desencantados. O pulos de Emaús (Lc 24, 13-35), por exem- palmente, sabendo que, em geral, os que
da pastoral engendra, com frequência, exemplo da caminhada das Comunidades plo, após o encontro com o Ressuscitado, semeiam não são os que colhem.
dois riscos interligados: primeiramente, Eclesiais de Base (CEBs) pode servir de fermenta os passos lentos e pesados do
um profissionalismo altamente nocivo, ilustração. processo de organização, mobilização e Pe. Alfredo J. Gonçalves
onde especialistas de grandes eventos Os agentes pastorais e lideranças, transformação sociopolítica. Assessor das Pastorais Sociais
muitas vezes decolam das bases e mani- nos grandes encontros de CEBs, recebem Se é verdade que a Páscoa é colheita; Fonte: Adital
Rumo ao 13º intereclesial das CEBs
Sobre o Cartaz do 13º Intereclesial chapéu encontramos no santinho devo- dores e desempregados da cidade e do
Uma Proposta e um olhar... cionário o mapa da América Latina, in- campo, vocações religiosas e leigas, que
O Cartaz foi inspirado no traço da xi- dicando a unidade das CEBs antenadas unidas ao padrinho Pe. Cícero expressam
logravura presente na literatura de cordel no desafio da evangelização do campo e em romaria que “gente simples, fazendo
e expressão típica da cultura nordestina. da cidade, contextualizada pela situação coisas pequenas, em lugares não impor-
No centro, encontramos a cruz do sócio-política dos tempos atuais. tantes, conseguem mudanças extraordi-
crucificado ressuscitado, de onde ema- Na aba do chapéu encontramos a nárias”; demonstrando a grande certeza
nam as fitas votivas identificando as três memória do trem das CEBs, acolhendo o na esperança teimosa da flor do manda-
pessoas da Trindade Santa, encontrando 13º vagão que chega de encontro a esta caru que acreditamos na justiça e na pro-
na outra extremidade a Palavra de Deus, experiência de comunhão com as várias fecia a serviço da vida.
experiência concreta de fé e vida. culturas presentes nos intereclesiais.
Da cruz emerge também os raios da Sob esta proteção e mística temos o Artista: Pe. Marcos Aurélio Guima-
“terra do sol”, Juazeiro do Norte no Ce- movimento dos romeiros do Reino, co- rães Rabello
ará, plantada sob o chapéu do romeiro munidades de homens e mulheres, crian- Parapeuna dist. de Valença - RJ
que busca seu abrigo no Pai do céu. No ças e adultos, jovens e idosos, trabalha-
6. 6 CEBs - Informação e Formação para animadores
ESPAÇO DO ANIMADOR Fotos: Maria Matsutacke
Comunicar é preciso...
Somos uma equipe que trabalha para encontramos dificuldade para nos comu- ou de outra colaboraram para que fizésse-
que este informativo chegue todo mês as nicar com agilidade, clareza e qualidade mos a Comunicação entre nossas comu-
suas mãos. São muitas as lutas, as corre- que é o que se demanda hoje. É um novo nidades. Depois de sete anos a frente do
rias, as buscas por informações, os con- desafio. informativo das CEBs, agradeço primeira-
tatos por e-mail. Mas tudo isso é muito Conciliar a preocupação com o meio mente a Deus e também a todos que pas-
gratificante. ambiente, o consumismo desenfreado, as saram pela equipe de comunicação das
Hoje entendemos comunicação como verdades e mentiras que circulam entre CEBs nesses anos. Todos os animadores
arte, uma arte que não pode faltar, comu- nós, são alguns dos desafios atuais para a e animadoras de comunidades, todas as
nicar é informar e formar, é articular e or- comunicação. Mas permanece presente o pessoas que fizeram contato conosco de
ganizar, é construir e desconstruir ideias. desafio do Ressuscitado de anunciar a Boa outras dioceses. Aprendi muito com todos
Nesse tempo em que vivemos, as in- Nova. vocês e levo em minha bagagem muitas
formações são muito rápidas, as mudan- A história passa e o que não é registra- coisas boas.
ças constantes, mas por meio de cada do pode ficar esquecido e para manter a O trem do informativo começou a cir-
foto, de cada artigo, de cada texto tenta- memória de nossa caminhada mantive- cular em junho de 2005, com o primeiro
mos passar e repassar o caminhar de nos- mos nosso informativo até agora, que os exemplar, hoje estamos no nº 84, eu desço
sas CEBs. próximos tenham em mente: “Comunicar nesta estação, mas o trem continua. Deus
Já não vivemos mais o terror da cen- é preciso”. ilumine a todos nós e que o Espírito Santo
sura imposta sobre os meios de comuni- Com esse pensamento desejo agrade- dê força para que a equipe continue este Um abraço fraterno!
cação como no tempo da ditadura, porém cer a todas as pessoas que de uma forma belo trabalho de comunicar a Boa Nova. Bernadete Mota
Novembro mês de Concientização do Dízimo
Dízimo, Educa para a Partilha e Vida Comunitária
Nossa fé é comunitária. Sua expres- gar onde vivemos e assumimos a dimen- A comunidade cresce quando colo- desde o início de sua formação se carac-
são viva é a comunhão e unidade entre são de nossa fé. Nela, a diversidade dos camos em comum nossos dons e capaci- teriza pela vida fraterna e presença na fé.
irmãos que professam a fé em Jesus Cris- dons e carismas que temos são colocados dades, quando todos se ajudam e se res- A perseverança é caracterizada pelo en-
to, nosso Salvador. a serviço da construção do Reino. O canto ponsabilizam uns pelos outros (Rm 12,9). sinamento dos apóstolos, pela eucaristia
O dízimo é o primeiro passo para vi- diz: Eu sou feliz é na comunidade. É na O dízimo é sinal de nossa vivência comu- ou partilha do pão, pela comunhão fra-
vermos nossa fé em comunidade, sendo comunidade que eu sou feliz. nitária, de nosso amor e fidelidade ao terna dos bens e pela oração. Reconhe-
ele um dos meios responsáveis pela mis- criador. Na religião de Isra- cemos hoje que o dízimo é uma atitude
são e evangelização da Igreja. Aos poucos el, o culto servia para criar de uma fé madura. Ele nos educa para a
vamos descobrindo que só participar pelo e cultivar a comunhão com justiça e partilha. Quando há perseveran-
dízimo é pouco e que o Senhor nos cha- o Senhor e com todo povo. ça ao trazer o dízimo, o cristão e a cris-
ma para um serviço específico na Igreja. O texto de DT 26,1-11 é tã descobre com alegria que através de
É uma grande alegria este crescimento e um bonito exemplo. seu dizimo, a Comunidade cresce e nela
revela o Espírito Santo agindo em nós e Mostra os membros do se percebe a abundância das graças de
favorecendo nosso crescimento. clã reconhecendo o amor Deus.
O ser humano não foi criado para vi- de Deus. Ele é fiel e cum-
ver isolado, mais em comunidade. A pri- pre as promessas feitas. Ao
meira comunidade onde vivemos, ama- entrar na Terra prometida, Para Refletir!
mos, partilhamos nossas dores e alegrias Israel em forma de amor
é a família. Contudo além da família, o ser e gratidão levou o dízimo Texto Bíblico: Atos 2,42-45
Ler, meditar e repetir as partes
humano traça outras relações: vizinhos, ao Senhor, representado
importantes do texto que vos
escola, trabalho, Igreja e outros ambien- pelos primeiros frutos da tocou ao coração.
tes. Cada encontro é possibilidade de Terra. Fonte: Jornal Visão
crescimento. A Comunidade eclesial é lu- A comunidade cristã,
7. CEBs - Informação e Formação para animadores 7
Fotos: Bernadete Mota
Encontro diocesano das CEBs – Avaliação e planejamento
Aconteceu no dia 14 de outubro, na teológico”. Neste sentido nos alertou que Operário de Jacareí; com eles estiveram Paulo José de Oliveira (Paulinho)
Paróquia de Santa Cecília, o Encontro devemos vivenciar plenamente a Vida e a presentes também os seminaristas Fran- Membro da Equipe Diocesana de
Diocesano das CEBs, encontro de ava- Fé, na base. Que não podemos viver em cisco Antonio R. Baptista e Rogério de Comunicação das CEBs
liação dos trabalhos realizados em 2012 função dos “eventos”, mas sempre com Souza Lemes.
e de planejamento para o ano de 2013. os pés no chão e na caminhada.
Fomos Orientados por Pe. Fabiano Kleber Na terceira parte, Pe. Fabiano,
C. do Amaral, nosso assessor diocesano. juntamente com o coordenador
Iniciamos com uma mística e a ce- diocesano das CEBs, José Hamilton
lebração do 11º Encontro do livreto “A Tavares, propôs e discutiu com os
Palavra de Deus na Vida do Povo” (nº3, participantes o planejamento e o
ano XXII), cujo tema é “O Reino é dom e calendário para o próximo ano de
partilha”. 2013.
Na segunda parte do nosso encon- Participaram deste encontro
tro recebemos a assessoria do Teólogo e 55 animadores e animadoras, re-
Filósofo Nivaldo Aparecido Silva que fa- presentantes das coordenações
lou sobre Cebs, Pastorais e Igreja, tendo paroquiais de quase todas as regi-
como fundamentação o “documento 92” ões pastorais da nossa Diocese de
dos bispos brasileiros e o artigo de Pe. São José dos Campos. Contamos
Alfredinho (Alfredo J. Gonçalves) que é também com a presença e uma ca-
assessor das pastorais sociais, pela CNBB. rinhosa mensagem dos padres Ge-
Nivaldo nos falou que, “dentre tantas raldinho, (Geraldo Alves da Silva),
experiências de Igreja, surgidas após o pároco da Paróquia Santa Cecília, e
Vaticano II, as CEBs são uma das mais do Pe. Afonso (José Afonso de Sou-
significativas do ponto de vista pastoral e za), pároco da Paróquia São José
8. 8 CEBs - Informação e Formação para animadores
ACONTECEU Fotos: Bernadete Mota
PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇÃO Mutirão de Missões nos
DE EUGÊNIO DE MELO TEM NOVO PÁROCO sábados na Paróquia
Coração de Jesus,
nesta mesma paróquia, foi monitor de
Crisma, participou dos encontros voca-
promovido pela
cionais e sempre foi responsável com Pastoral da
os compromissos da Igreja. Percebendo Visitação e CEBs
sua vocação, em 2002 o Cônego Gouvêa
Foto: Sr. Juquita
o encaminhou para o Seminário.
Sua ordenação sacerdotal ocorreu
no dia 18/12/2010. Portanto, essa além
de ser sua paróquia mãe, é a primeira
que ele irá coordenar.
No dia 22 de Setembro às 9 horas, D. Que a Imaculada Conceição o pro-
Moacir Silva celebrou a Missa de posse teja e auxilie na administração de sua
do padre Luciano Barbosa como pároco primeira Paróquia.
da Paróquia Imaculada Conceição. Padre
Luciano iniciou sua caminhada religiosa José Ribeiro Filho (Juquita)
Festa de nossa Senhora Aparecida no Parque Interlagos
Fotos: Bernadete Mota
IRÁ ACONTECER
Vem aí a Novena de Natal!
Com alegria comemoramos nosso 1º este momento é fazer parte da história
aniversário e com ele fazemos o lança- da Igreja, enfatizando a memória de tudo
mento do nosso Informativo Paroquial que passamos neste nosso primeiro ano.
A Padroeira. Creio que esta data marca
um grande crescimento em todas as di- Pe. Alexsandro - Pároco. No próximo mês irá chegar às
mensões em nossa Paróquia. Celebrar comunidades o livreto da Nove-
na de Natal.
Vamos preparar a nossa casa,
o nosso coração e a nossa co-
munidade para celebrar bem a
festa do Natal, data em que ce-
lebramos o nascimento do nosso
Salvador. Foto: Pascom São Judas Tadeu
Publicação Mensal das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Diocese de São José dos Campos – Diretor: Dom Moacir Silva – Diretor Técnico: Pe. Fabiano Kleber
Cavalcante Amaral - Jornalista Responsável: Ana Lúcia Zombardi - Mtb 28496 – Equipe de Comunicação das CEBs: Coordenadora: Maria Bernadete P. Mota de
Oliveira - Vice Coordenador: Luiz Antonio de Oliveira - Integrantes: Paulo José de Oliveira, Maria Helena Moreira e Ângela Ferreira - Colaboradores: Madalena das
Graças Mota e Celso Correia Diagramação: Maria Bernadete de Paula Mota Oliveira - Correção: Maria Lairde Lopes de Siqueira Ravazzi - Revisão: Pe. Fabiano Kleber
Cavalcante Amaral - Arte Final e Impressão: Katú Editora Gráfica - Tiragem: 6.200 Exemplares
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