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INTERVENÇÕES DO HOMEM
NOS SUBSISTEMAS TERRESTRES
               MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
Evolução da população mundial

   O sistema Terra é altamente integrado e os diferentes
    subsistemas interagem por acções contínuas que, em
    geral, são lentas e graduais, mantendo o equilíbrio.

   Ao longo da sua evolução, o Homem foi descobrindo
    meios de sobrevivência cada vez mais eficazes e novas
    formas de se adaptar ao ambiente, modificando-o.
Evolução da população mundial

   No séc. XVII a população
    mundial era de cerca de
    500 milhões de
    indivíduos.
   Em 2006 já ascendia aos
    6500 milhões.
   Prevê-se que em 2050
    venha a ser de cerca de
    9000 milhões.
Evolução da população mundial

   O crescimento
    populacional é
    heterogéneo.
   Os países
    periféricos são os
    que mais
    contribuem para
    o aumento
    populacional.
Evolução da população mundial

   O aumento crescente da população humana conduz à:
     •  procura de recursos naturais (como alimento, água e
       energia),
     • sobreexploração dos recursos naturais,
     •  produção de resíduos em grande escala,
     • ocupação de áreas de risco geológico,
    causando impacte no ambiente, conducente à degradação
    ambiental.

    O crescimento da população mundial associada ao consumo
    massivo de recursos naturais é a principal causa da degradação
    ambiental e da redução da biodiversidade.
Evolução da população mundial
1. Sobreexploração dos recursos naturais


   Os recursos ambientais só devem ser utilizados de acordo
    com a sua capacidade de regeneração.

                                 Recursos naturais



       não renováveis          renováveis cuja capacidade de   renováveis
                                  renovação é seriamente
                              afectada pela sobreexploração


          energéticos               águas subterrâneas         energéticos
    (combustíveis fósseis…)              florestas             (sol, vento)
       rochas e minerais                     …                       …
1. Sobreexploração dos recursos naturais


Recurso natural – qualquer bem com utilidade para o
desenvolvimento, sobrevivência e bem-estar da sociedade.

Recurso natural renovável – recurso natural cujo ciclo de
reposição ocorre num curto intervalo de tempo, desde que
utilizado de uma forma racional. É ciclicamente reposto no meio
num intervalo de tempo compatível com a vida humana.

Recurso natural não renovável - recurso natural cujo processo
de reposição no meio natural demora milhares ou milhões de
anos.
1. Sobreexploração dos recursos naturais


1.1. Recursos renováveis


   Ex: sol, vento, calor interno
    da terra, ondas e marés,
    biomassa,...
1. Sobreexploração dos recursos naturais


1.2. Recursos renováveis cuja capacidade de renovação é
   seriamente afectada pela sobreexploração
   A utilização dos recursos renováveis a uma taxa superior à da sua
    reposição pela natureza pode transformá-los em recursos não
    renováveis.
    (ex.: desflorestação, redução das reservas de água potável , redução da
         biodiversidade…)
1. Sobreexploração dos recursos naturais


1.3. Recursos não renováveis


   Ex: combustíveis fósseis (carvão,
    petróleo e gás natural) e algumas
    rochas e minerais.
1. Sobreexploração dos recursos naturais


   Combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural)
       Cerca de 75% da energia consumida a nível mundial provem dos
        combustíveis fósseis.
       O uso intensivo provocou a drástica diminuição das reservas e
        consequentemente prevê-se o esgotamento destes recursos
        energéticos a curto prazo.
       A utilização dos combustíveis fósseis tem graves
        consequências ambientais.
1. Sobreexploração dos recursos naturais

   Consequências ambientais do uso de combustíveis fósseis
1. Sobreexploração dos recursos naturais

   Rochas e minerais
   As diversas etapas da História da Humanidade podem ser
    designadas em função do recurso mineral dominante em
    cada época.
       Idade da Pedra, do Cobre, do Bronze e do Ferro (até 2000 a.C.)
       Idade do Carvão, do Petróleo (séc. XVIII ao séc. XX)
       Idade do Urânio ou do Nuclear (meados do séc. XX)
       Idade do Silício (o silício domina as novas tecnologias - electrónica e
        informática)
1. Sobreexploração dos recursos naturais

                    metálicos
Recursos minerais
                    não metálicos (utilizados na construção e ornamentação)
1. Sobreexploração dos recursos naturais


Minério - mineral ou agregado de minerais que ocorre na natureza
  numa concentração com interesse económico.

Jazigo mineral – quando, num determinado local, a concentração
   média de um determinado elemento químico é muito superior ao
   seu clarke (concentração média de um elemento químico na
   crosta terrestre).

Ganga - parte não aproveitável que acompanha o minério extraído
  dos jazigos.

Escombreira - acumulação de ganga, formando grandes depósitos
  superficiais, junto às explorações mineiras.
1. Sobreexploração dos recursos naturais

   Consequências ambientais da exploração de recursos minerais
A extracção do minério e a remoção da ganga
1. Sobreexploração dos recursos naturais

   Medidas que minimizam os impactes ambientais da exploração mineira
        Utilização de tecnologias de extracção e de tratamento do minério que
         causem menos perturbações ambientais;
        Armazenamento da ganga em locais devidamente preparados para o efeito
         (ex. no interior da própria exploração ou de outra, previamente
         impermeabilizada);
        Estabilização das escombreiras;
        Criação de sistemas de drenagem de águas pluviais;
        Tratamento das águas lixiviadas (a exploração deve ter estação de
         tratamento de efluentes);
        Aproveitamento dos subprodutos (resíduos) da exploração;
        Reflorestação;
        Valorização turística.
1. Sobreexploração dos recursos naturais

   Isótopos radioactivos (urânio)

                             O bombardeamento do U235 por neutrões


                                        Fissão do urânio


        Resíduos do urânio                   Calor                     Neutrões libertados
                                                                 (usados para bombardear mais
                                                                       átomos de urânio)

                                  Usado na vaporização da água
                                                                 reacções de fissão de urânio em
                                                                              cadeia



                                     O vapor é usado para
                                       produzir energia
1. Sobreexploração dos recursos naturais

   Consequências ambientais da produção de energia nuclear
2. Ocupação de áreas de risco geológico

   Risco geológico – sistema de processos geológicos (sismos, vulcões,
    movimentos em massa…) cujas alterações são susceptíveis de acarretar
    prejuízos directos ou indirectos a uma dada população.




 Ocupação de zonas de elevado risco:
      zonas costeiras – risco de derrocada
      leitos de cheias dos rios – risco de cheias
      vertentes com forte inclinação – risco de movimentos em massa
2. Ocupação de áreas de risco geológico




Ofir

                        Funchal – Fevereiro 2010




Apúlia                        Sacavém – Fevereiro 2008
3. Produção de resíduos


 Poluição – é qualquer alteração indesejável nas características físicas,
  químicas ou biológicas do ar, água, solo ou alimentos que afecta
  negativamente a sobrevivência, saúde ou actividades dos seres
  humanos ou de outros organismos.
3. Produção de resíduos

3.1. Poluição da água
   Aquífero - Formação geológica com capacidade para armazenar água e
    com características que permitam a sua extracção de forma
    economicamente rentável.


   Principais fontes de poluição
        Efluentes industriais
        Esgotos domésticos
        Esgotos hospitalares
        Explorações agrícolas
        Explorações mineiras
        Centrais energéticas
3. Produção de resíduos


   Principais poluentes
        Agentes infecciosos
        Matéria orgânica
        Produtos químicos
         orgânicos e inorgânicos
        Nutrientes vegetais
        Materiais radioactivos
        calor
3. Produção de resíduos


   Poluição dos aquíferos
3. Produção de resíduos

   Eutrofização
        Excesso de nitratos e fosfatos (fertilizantes) na água

        Proliferação de cianobactérias , algas e jacintos de água.

        Diminuição da luminosidade

        Morte da vegetação aquática submersa

        A morte e decomposição destes seres reduz a
          concentração de oxigénio dissolvido na água

        Peixes e moluscos morrem por asfixia

        Proliferam bactérias anaeróbias

        Produção de tóxicos com mau cheiro
3. Produção de resíduos

Poluição dos aquíferos

   Por introdução de substâncias nos aquíferos

   Por sobreexploração dos aquíferos

          Diminuição excessiva do aquífero

          - Alteração da qualidade química e microbiológica da água.
          - Contaminação do aquífero com água salgada, em zonas costeiras.



   Por impermeabilização da superfície e eliminação da cobertura vegetal


          Diminuição das taxas de infiltração.
3. Produção de resíduos

3.2. Poluição atmosférica


  As actividades humanas e
  os fenómenos naturais
  originam poluentes
  atmosféricos
3. Produção de resíduos

   A circulação do ar faz com que a poluição atmosférica atinja facilmente
    uma dimensão regional ou global.
   As chuvas ácidas, o efeito de estufa e a rarefação do ozono são
    consequências da poluição atmosférica com impacto global
3. Produção de resíduos
Desenvolvimento sustentável

   O aumento da população humana contribui para o esgotamento e a
    degradação dos recursos do planeta e compromete a satisfação das
    necessidades básicas presentes e futuras.
   Face ao crescimento
    exponencial da população
    humana os subsistemas
    terrestres têm sido fortemente
    afectados.
   O actual modelo de
    desenvolvimento das sociedades
    humanas, assente no
    pressuposto do crescimento
    contínuo da economia, não é
    viável, não é sustentável.
Desenvolvimento sustentável

   Os países centrais comportam apenas 20% da população mundial,
    mas utilizam cerca de 88% dos recursos naturais e produzem 75%
    dos resíduos.

   É necessário implementar um novo modelo de desenvolvimento
    baseado na gestão racional dos recursos disponíveis no nosso planeta,
    no equilíbrio entre factores económicos, sociais e ambientais, para
    que seja permitida a sua sustentabilidade.

   O desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento
    que procura satisfazer as necessidades das sociedades humanas
    sem comprometer as necessidades das gerações futuras (no que
    respeita à utilização de recursos naturais e à preservação das espécies
    e dos seus habitats).
Desenvolvimento sustentável

O desenvolvimento sustentável exige a adopção das
seguintes medidas:
   Utilização dos recursos renováveis a uma taxa inferior à da sua reposição
    pela natureza;
   Utilização mais eficiente dos recursos não renováveis;
   Reduzir o desperdício da energia e da matéria;
   Prevenção da poluição;
   Limpeza das zonas poluídas;
   Redução da produção de resíduos;
   Tratamento dos resíduos produzidos;
   Promoção da reciclagem e da reutilização dos materiais;
   Protecção das espécies e dos seus habitats;
   Recuperação ambiental;
   Controlo do crescimento populacional tendo em vista a estabilização da
    população;
   Ordenamento do território.
Desenvolvimento sustentável
Desenvolvimento sustentável

Ordenamento do território
 Consiste na gestão da ocupação e utilização dos
 espaços naturais, tendo como objectivo a sua
 ocupação, utilização e transformação de acordo
 com as capacidades do referido espaço,
 potenciando o aproveitamento das infra-
 estruturas existentes e assegurando a
 preservação de recursos limitados.
Desenvolvimento sustentável

   Pegada Ecológica

   Área de espaço biologicamente produtivo
    necessária para sustentar o actual estilo de
    vida, contabilizados os recursos utilizados
    para a produção dos bens de consumo e
    serviços prestados , bem como os resíduos
    que lhe estão associados.

   A Pegada Ecológica não procura ser uma
    medida exacta mas sim uma estimativa do
    impacto que o nosso estilo de vida tem sobre
    o Planeta, permitindo avaliar até que ponto a
    nossa forma de viver está de acordo com a
    sua capacidade de disponibilizar e renovar
    os seus recursos naturais, assim como
    absorver os resíduos e os poluentes que
    geramos ao longo dos anos.
Desenvolvimento sustentável

Tratamento de resíduos – Aterros sanitários
     Os aterros sanitários são instalações onde são depositados os
      resíduos compactados.
     Devem, ser construídos em locais com características geológicas
      adequadas.
     São revestidos com materiais impermeáveis, como plásticos e
      argilas, que previnem a infiltração no solo de substâncias
      lixiviadas.
     As substâncias lixiviadas são recolhidas e enviadas para uma
      estação de tratamento (ETAR) e os gases produzidos pelas
      bactérias decompositoras (biogás) podem ser utilizados na
      obtenção de energia.
     Quando o aterro está cheio é selado.
Desenvolvimento sustentável




Lixeira




                                 Aterro sanitário
Desenvolvimento sustentável




         Estação de tratamento
Desenvolvimento sustentável

Tratamento de resíduos
Desenvolvimento sustentável

   Política dos 3R´s
        Reduzir - diminuir a produção de RSU’s, através de medidas
         simples, mas têm uma grande importância globalmente.
          (por ex.: fechar a torneira enquanto se lava os dentes).
        Reutilizar - processo que procura dar um novo uso para
         materiais pré-existentes, em vez deitar no lixo comum.
          (por ex.: dar um novo uso aos sacos de plástico).
        Reciclar - transformação de resíduos sem utilidade num novo
         produto apto para uma nova utilização.
          (por ex.: unidades de processamento de RSU’s como os ecopontos).
Desenvolvimento sustentável

   Política dos 3R´s
   É uma política de defesa do ambiente, um importante contributo
    para o desenvolvimento sustentável.
   Tem limitações porque:
        não é possível reciclar todo o lixo produzido
        é necessário que as populações respondam convenientemente às
         campanhas de reciclagem.
Desenvolvimento sustentável
Reciclagem
Desenvolvimento sustentável

Incineração

   Combustão de resíduos, a altas
    temperaturas , que, assim, se
    reduzem a cinzas e gases,
    permitindo a redução do volume do
    lixo
   A grande desvantagem consiste na
    libertação de poluentes
    atmosféricos.
Desenvolvimento sustentável

Compostagem

   Consiste na decomposição, em
    condições controladas, de
    resíduos orgânicos por bactérias
    aeróbias.
   O produto obtido pode ser
    utilizado para melhoramento dos
    solos.
Desenvolvimento sustentável

Conservação do património geológico

A geoconservação tem como objectivo a utilização e gestão sustentável
de toda a geodiversidade.

      Afloramento granítico do Picoto (Briteiros) - situa-se junto à
       estrada que liga Briteiros ao Santuário do Sameiro a cerca de 2 Km
       a SE deste local. Corresponde a uma extensa mancha (75m por
       100m) de um graníto biotítico porfiróide de grão médio, designado
       regionalmente por granito do Sameiro.
      Morro granítico da Srª. do Pilar (Póvoa do Lanhoso) -
       corresponde a um enorme monolito granítico que se destaca da
       plataforma envolvente da Póvoa de Lanhoso.
Lapiás do Cabo Carvoeiro - Constitui uma paisagem cársica de grande singularidade, caracterizada por um conjunto de formas tí




                Desenvolvimento sustentável

      Afloramento da Pedra Parideira (Serra da
      Freita) - lages graníticas com encraves biotíticos;
      os nódulos biotíticos de núcleo quartzo
      feldspático, de forma discóide, biconvexa, com
      diâmetro de 1 a 15 cm, destacam-se com
      facilidade da rocha pela meteorização.


      Lapiás do Cabo Carvoeiro - Constitui uma
      paisagem cársica de grande singularidade,
      caracterizada por um conjunto de formas típicas
      de relevo, designadamente galerias, grutas,
      algares, pias, pináculos, entre outras.
Desenvolvimento sustentável

Geodiversidade – variedade de ambientes, fenómenos e processos
geológicos que originaram paisagens, rochas, minerais, solos e outros
depósitos superficiais que são o suporte da vida.

Geomonumentos – locais com interesse geológico devido à presença de
aspectos geomorfológicos, tectónicos ou paisagísticos importantes; vão
desde pegadas de dinossauros a fósseis, passando por formações rochosas,
grutas ou paisagens particulares.

Geosítios – estruturas geológicas que possuem inigualável valor científico,
pedagógico, cultural, turístico ou outro.

Património geológico – conjunto de todos os geossítios inventariados e
caracterizados numa dada área ou região.
O crescimento
exponencial da população                      Procura de bens
humana                               conduziram




      Sobreexploração dos                     Aumento das áreas         Potencia o risco
      recursos naturais                       urbanizadas               geológico


Esgotamento            Acumulação                        Defesa ambiental
dos recursos           de resíduos

                          Poluição

                                         Baseia-
                                         se em
        Impacte ambiental                políticas
                                         de
                 tornou urgente                          Promoção de
                                                         comportamentos
   Relação sustentável entre o
   homem e a Natureza
Relação sustentável entre o
                     homem e a Natureza

                                   Baseia-se em
                                   políticas de




         Defesa ambiental                     Promoção de
                                              comportamentos




Gerir                        Diminuir a            Proteger e
racionalmente os             poluição              conservar os
recursos naturais                                  habitats


                    Desenvolvimento sustentável

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Intervenção do homem nos subsistemas terrestres

  • 1. INTERVENÇÕES DO HOMEM NOS SUBSISTEMAS TERRESTRES MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
  • 2. Evolução da população mundial  O sistema Terra é altamente integrado e os diferentes subsistemas interagem por acções contínuas que, em geral, são lentas e graduais, mantendo o equilíbrio.  Ao longo da sua evolução, o Homem foi descobrindo meios de sobrevivência cada vez mais eficazes e novas formas de se adaptar ao ambiente, modificando-o.
  • 3. Evolução da população mundial  No séc. XVII a população mundial era de cerca de 500 milhões de indivíduos.  Em 2006 já ascendia aos 6500 milhões.  Prevê-se que em 2050 venha a ser de cerca de 9000 milhões.
  • 4. Evolução da população mundial  O crescimento populacional é heterogéneo.  Os países periféricos são os que mais contribuem para o aumento populacional.
  • 5. Evolução da população mundial  O aumento crescente da população humana conduz à: • procura de recursos naturais (como alimento, água e energia), • sobreexploração dos recursos naturais, • produção de resíduos em grande escala, • ocupação de áreas de risco geológico, causando impacte no ambiente, conducente à degradação ambiental. O crescimento da população mundial associada ao consumo massivo de recursos naturais é a principal causa da degradação ambiental e da redução da biodiversidade.
  • 7. 1. Sobreexploração dos recursos naturais  Os recursos ambientais só devem ser utilizados de acordo com a sua capacidade de regeneração. Recursos naturais não renováveis renováveis cuja capacidade de renováveis renovação é seriamente afectada pela sobreexploração energéticos águas subterrâneas energéticos (combustíveis fósseis…) florestas (sol, vento) rochas e minerais … …
  • 8. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recurso natural – qualquer bem com utilidade para o desenvolvimento, sobrevivência e bem-estar da sociedade. Recurso natural renovável – recurso natural cujo ciclo de reposição ocorre num curto intervalo de tempo, desde que utilizado de uma forma racional. É ciclicamente reposto no meio num intervalo de tempo compatível com a vida humana. Recurso natural não renovável - recurso natural cujo processo de reposição no meio natural demora milhares ou milhões de anos.
  • 9. 1. Sobreexploração dos recursos naturais 1.1. Recursos renováveis  Ex: sol, vento, calor interno da terra, ondas e marés, biomassa,...
  • 10. 1. Sobreexploração dos recursos naturais 1.2. Recursos renováveis cuja capacidade de renovação é seriamente afectada pela sobreexploração  A utilização dos recursos renováveis a uma taxa superior à da sua reposição pela natureza pode transformá-los em recursos não renováveis. (ex.: desflorestação, redução das reservas de água potável , redução da biodiversidade…)
  • 11. 1. Sobreexploração dos recursos naturais 1.3. Recursos não renováveis  Ex: combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e algumas rochas e minerais.
  • 12. 1. Sobreexploração dos recursos naturais  Combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural)  Cerca de 75% da energia consumida a nível mundial provem dos combustíveis fósseis.  O uso intensivo provocou a drástica diminuição das reservas e consequentemente prevê-se o esgotamento destes recursos energéticos a curto prazo.  A utilização dos combustíveis fósseis tem graves consequências ambientais.
  • 13. 1. Sobreexploração dos recursos naturais  Consequências ambientais do uso de combustíveis fósseis
  • 14. 1. Sobreexploração dos recursos naturais  Rochas e minerais  As diversas etapas da História da Humanidade podem ser designadas em função do recurso mineral dominante em cada época.  Idade da Pedra, do Cobre, do Bronze e do Ferro (até 2000 a.C.)  Idade do Carvão, do Petróleo (séc. XVIII ao séc. XX)  Idade do Urânio ou do Nuclear (meados do séc. XX)  Idade do Silício (o silício domina as novas tecnologias - electrónica e informática)
  • 15. 1. Sobreexploração dos recursos naturais metálicos Recursos minerais não metálicos (utilizados na construção e ornamentação)
  • 16. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Minério - mineral ou agregado de minerais que ocorre na natureza numa concentração com interesse económico. Jazigo mineral – quando, num determinado local, a concentração média de um determinado elemento químico é muito superior ao seu clarke (concentração média de um elemento químico na crosta terrestre). Ganga - parte não aproveitável que acompanha o minério extraído dos jazigos. Escombreira - acumulação de ganga, formando grandes depósitos superficiais, junto às explorações mineiras.
  • 17. 1. Sobreexploração dos recursos naturais  Consequências ambientais da exploração de recursos minerais A extracção do minério e a remoção da ganga
  • 18. 1. Sobreexploração dos recursos naturais  Medidas que minimizam os impactes ambientais da exploração mineira  Utilização de tecnologias de extracção e de tratamento do minério que causem menos perturbações ambientais;  Armazenamento da ganga em locais devidamente preparados para o efeito (ex. no interior da própria exploração ou de outra, previamente impermeabilizada);  Estabilização das escombreiras;  Criação de sistemas de drenagem de águas pluviais;  Tratamento das águas lixiviadas (a exploração deve ter estação de tratamento de efluentes);  Aproveitamento dos subprodutos (resíduos) da exploração;  Reflorestação;  Valorização turística.
  • 19. 1. Sobreexploração dos recursos naturais  Isótopos radioactivos (urânio) O bombardeamento do U235 por neutrões Fissão do urânio Resíduos do urânio Calor Neutrões libertados (usados para bombardear mais átomos de urânio) Usado na vaporização da água reacções de fissão de urânio em cadeia O vapor é usado para produzir energia
  • 20. 1. Sobreexploração dos recursos naturais  Consequências ambientais da produção de energia nuclear
  • 21. 2. Ocupação de áreas de risco geológico  Risco geológico – sistema de processos geológicos (sismos, vulcões, movimentos em massa…) cujas alterações são susceptíveis de acarretar prejuízos directos ou indirectos a uma dada população.  Ocupação de zonas de elevado risco:  zonas costeiras – risco de derrocada  leitos de cheias dos rios – risco de cheias  vertentes com forte inclinação – risco de movimentos em massa
  • 22. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Ofir Funchal – Fevereiro 2010 Apúlia Sacavém – Fevereiro 2008
  • 23. 3. Produção de resíduos  Poluição – é qualquer alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas do ar, água, solo ou alimentos que afecta negativamente a sobrevivência, saúde ou actividades dos seres humanos ou de outros organismos.
  • 24. 3. Produção de resíduos 3.1. Poluição da água  Aquífero - Formação geológica com capacidade para armazenar água e com características que permitam a sua extracção de forma economicamente rentável.  Principais fontes de poluição  Efluentes industriais  Esgotos domésticos  Esgotos hospitalares  Explorações agrícolas  Explorações mineiras  Centrais energéticas
  • 25. 3. Produção de resíduos  Principais poluentes  Agentes infecciosos  Matéria orgânica  Produtos químicos orgânicos e inorgânicos  Nutrientes vegetais  Materiais radioactivos  calor
  • 26. 3. Produção de resíduos  Poluição dos aquíferos
  • 27. 3. Produção de resíduos  Eutrofização  Excesso de nitratos e fosfatos (fertilizantes) na água  Proliferação de cianobactérias , algas e jacintos de água.  Diminuição da luminosidade  Morte da vegetação aquática submersa  A morte e decomposição destes seres reduz a concentração de oxigénio dissolvido na água  Peixes e moluscos morrem por asfixia  Proliferam bactérias anaeróbias  Produção de tóxicos com mau cheiro
  • 28. 3. Produção de resíduos Poluição dos aquíferos  Por introdução de substâncias nos aquíferos  Por sobreexploração dos aquíferos Diminuição excessiva do aquífero - Alteração da qualidade química e microbiológica da água. - Contaminação do aquífero com água salgada, em zonas costeiras.  Por impermeabilização da superfície e eliminação da cobertura vegetal Diminuição das taxas de infiltração.
  • 29. 3. Produção de resíduos 3.2. Poluição atmosférica As actividades humanas e os fenómenos naturais originam poluentes atmosféricos
  • 30. 3. Produção de resíduos  A circulação do ar faz com que a poluição atmosférica atinja facilmente uma dimensão regional ou global.  As chuvas ácidas, o efeito de estufa e a rarefação do ozono são consequências da poluição atmosférica com impacto global
  • 31. 3. Produção de resíduos
  • 32. Desenvolvimento sustentável  O aumento da população humana contribui para o esgotamento e a degradação dos recursos do planeta e compromete a satisfação das necessidades básicas presentes e futuras.  Face ao crescimento exponencial da população humana os subsistemas terrestres têm sido fortemente afectados.  O actual modelo de desenvolvimento das sociedades humanas, assente no pressuposto do crescimento contínuo da economia, não é viável, não é sustentável.
  • 33. Desenvolvimento sustentável  Os países centrais comportam apenas 20% da população mundial, mas utilizam cerca de 88% dos recursos naturais e produzem 75% dos resíduos.  É necessário implementar um novo modelo de desenvolvimento baseado na gestão racional dos recursos disponíveis no nosso planeta, no equilíbrio entre factores económicos, sociais e ambientais, para que seja permitida a sua sustentabilidade.  O desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades das sociedades humanas sem comprometer as necessidades das gerações futuras (no que respeita à utilização de recursos naturais e à preservação das espécies e dos seus habitats).
  • 34. Desenvolvimento sustentável O desenvolvimento sustentável exige a adopção das seguintes medidas:  Utilização dos recursos renováveis a uma taxa inferior à da sua reposição pela natureza;  Utilização mais eficiente dos recursos não renováveis;  Reduzir o desperdício da energia e da matéria;  Prevenção da poluição;  Limpeza das zonas poluídas;  Redução da produção de resíduos;  Tratamento dos resíduos produzidos;  Promoção da reciclagem e da reutilização dos materiais;  Protecção das espécies e dos seus habitats;  Recuperação ambiental;  Controlo do crescimento populacional tendo em vista a estabilização da população;  Ordenamento do território.
  • 36. Desenvolvimento sustentável Ordenamento do território Consiste na gestão da ocupação e utilização dos espaços naturais, tendo como objectivo a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as capacidades do referido espaço, potenciando o aproveitamento das infra- estruturas existentes e assegurando a preservação de recursos limitados.
  • 37. Desenvolvimento sustentável  Pegada Ecológica  Área de espaço biologicamente produtivo necessária para sustentar o actual estilo de vida, contabilizados os recursos utilizados para a produção dos bens de consumo e serviços prestados , bem como os resíduos que lhe estão associados.  A Pegada Ecológica não procura ser uma medida exacta mas sim uma estimativa do impacto que o nosso estilo de vida tem sobre o Planeta, permitindo avaliar até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a sua capacidade de disponibilizar e renovar os seus recursos naturais, assim como absorver os resíduos e os poluentes que geramos ao longo dos anos.
  • 38. Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos – Aterros sanitários  Os aterros sanitários são instalações onde são depositados os resíduos compactados.  Devem, ser construídos em locais com características geológicas adequadas.  São revestidos com materiais impermeáveis, como plásticos e argilas, que previnem a infiltração no solo de substâncias lixiviadas.  As substâncias lixiviadas são recolhidas e enviadas para uma estação de tratamento (ETAR) e os gases produzidos pelas bactérias decompositoras (biogás) podem ser utilizados na obtenção de energia.  Quando o aterro está cheio é selado.
  • 40. Desenvolvimento sustentável Estação de tratamento
  • 42. Desenvolvimento sustentável  Política dos 3R´s  Reduzir - diminuir a produção de RSU’s, através de medidas simples, mas têm uma grande importância globalmente. (por ex.: fechar a torneira enquanto se lava os dentes).  Reutilizar - processo que procura dar um novo uso para materiais pré-existentes, em vez deitar no lixo comum. (por ex.: dar um novo uso aos sacos de plástico).  Reciclar - transformação de resíduos sem utilidade num novo produto apto para uma nova utilização. (por ex.: unidades de processamento de RSU’s como os ecopontos).
  • 43. Desenvolvimento sustentável  Política dos 3R´s  É uma política de defesa do ambiente, um importante contributo para o desenvolvimento sustentável.  Tem limitações porque:  não é possível reciclar todo o lixo produzido  é necessário que as populações respondam convenientemente às campanhas de reciclagem.
  • 45. Desenvolvimento sustentável Incineração  Combustão de resíduos, a altas temperaturas , que, assim, se reduzem a cinzas e gases, permitindo a redução do volume do lixo  A grande desvantagem consiste na libertação de poluentes atmosféricos.
  • 46. Desenvolvimento sustentável Compostagem  Consiste na decomposição, em condições controladas, de resíduos orgânicos por bactérias aeróbias.  O produto obtido pode ser utilizado para melhoramento dos solos.
  • 47. Desenvolvimento sustentável Conservação do património geológico A geoconservação tem como objectivo a utilização e gestão sustentável de toda a geodiversidade.  Afloramento granítico do Picoto (Briteiros) - situa-se junto à estrada que liga Briteiros ao Santuário do Sameiro a cerca de 2 Km a SE deste local. Corresponde a uma extensa mancha (75m por 100m) de um graníto biotítico porfiróide de grão médio, designado regionalmente por granito do Sameiro.  Morro granítico da Srª. do Pilar (Póvoa do Lanhoso) - corresponde a um enorme monolito granítico que se destaca da plataforma envolvente da Póvoa de Lanhoso.
  • 48. Lapiás do Cabo Carvoeiro - Constitui uma paisagem cársica de grande singularidade, caracterizada por um conjunto de formas tí Desenvolvimento sustentável Afloramento da Pedra Parideira (Serra da Freita) - lages graníticas com encraves biotíticos; os nódulos biotíticos de núcleo quartzo feldspático, de forma discóide, biconvexa, com diâmetro de 1 a 15 cm, destacam-se com facilidade da rocha pela meteorização. Lapiás do Cabo Carvoeiro - Constitui uma paisagem cársica de grande singularidade, caracterizada por um conjunto de formas típicas de relevo, designadamente galerias, grutas, algares, pias, pináculos, entre outras.
  • 49. Desenvolvimento sustentável Geodiversidade – variedade de ambientes, fenómenos e processos geológicos que originaram paisagens, rochas, minerais, solos e outros depósitos superficiais que são o suporte da vida. Geomonumentos – locais com interesse geológico devido à presença de aspectos geomorfológicos, tectónicos ou paisagísticos importantes; vão desde pegadas de dinossauros a fósseis, passando por formações rochosas, grutas ou paisagens particulares. Geosítios – estruturas geológicas que possuem inigualável valor científico, pedagógico, cultural, turístico ou outro. Património geológico – conjunto de todos os geossítios inventariados e caracterizados numa dada área ou região.
  • 50. O crescimento exponencial da população Procura de bens humana conduziram Sobreexploração dos Aumento das áreas Potencia o risco recursos naturais urbanizadas geológico Esgotamento Acumulação Defesa ambiental dos recursos de resíduos Poluição Baseia- se em Impacte ambiental políticas de tornou urgente Promoção de comportamentos Relação sustentável entre o homem e a Natureza
  • 51. Relação sustentável entre o homem e a Natureza Baseia-se em políticas de Defesa ambiental Promoção de comportamentos Gerir Diminuir a Proteger e racionalmente os poluição conservar os recursos naturais habitats Desenvolvimento sustentável