Este documento descreve a biodiversidade, incluindo os diferentes níveis de organização biológica, como as células, tecidos, órgãos e organismos. Também discute os ecossistemas, cadeias alimentares, fluxos de matéria e energia, e a importância da conservação da biodiversidade.
2. Biosfera
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Sistema global que inclui:
- todas as formas de vida
existentes na Terra,
- os respetivos ambientes,
- todas as relações
estabelecidas entre si.
3. Sistemas biológicos
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Os sistemas biológicos estão organizados de uma forma hierárquica.
6. Célula
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A célula é a unidade fundamental da
vida.
As células podem surgir na natureza
de forma isolada - seres unicelulares
– ou associadas entre si – seres
multicelulares (ou pluricelulares).
7. Seres procariontes e seres eucariontes
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Estão identificadas cerca de 1,8 milhões de
espécies, mas estima-se que existam cerca de 5
a 50 milhões de espécies diferentes.
Alguns (procariontes) são formados por uma só
célula muito simples, sem núcleo organizado –
células procarióticas.
Outros (eucariontes) apresentam células mais
complexas, com núcleo organizado e delimitado
por um invólucro – células eucarióticas.
Os seres que possuem células eucarióticas
podem ser unicelulares ou pluricelulares.
8. Organização biológica - da célula ao organismo
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Nos seres multicelulares, as
células, iguais ou diferentes,
associam-se para realizar uma
determinada função, formando
um tecido.
Normalmente, diferentes grupos
de tecidos associam-se para
formar grandes estruturas
designadas órgãos.
Estes órgãos podem formar
sistemas de órgãos.
Os sistemas de órgãos cooperam
na formação de organismos.
9. Espécie e população
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São da mesma espécie os
organismos idênticos, capazes
de se cruzarem entre si e
originarem descendentes
férteis.
Os seres vivos da mesma
espécie que habitam uma
determinada área constituem
uma população.
10. Comunidade
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Indivíduos de espécies
diferentes (diferentes
populações) que habitam uma
mesma área e estabelecem
relações entre si formam uma
comunidade biótica (ou
biocenose).
11. Ecossistema
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O conjunto da comunidade, do
ambiente e as relações que se
estabelecem entre si, formam um
sistema ecológico ou ecossistema.
Todos os ecossistemas da Terra
formam a biosfera.
Num ecossistema existem os
componentes bióticos (seres
vivos) e componentes abióticos
(fatores ambientais).
12. Modos de nutrição
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Heterotrófico
Autotrófico
Absorção
Quimiossíntese Fotossíntese Ingestão
Geralmente digestão
Digestão intracorporal
extracorporal
Digestão intracelular Digestão extracelular
13. Cadeias alimentares
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Os seres vivos de um ecossistema
estabelecem relações tróficas
(alimentares), que envolvem
transferências de matéria e
energia, quer entre os seres vivos,
quer entre esses seres vivos e o
meio.
Estas relações tróficas constituem
as cadeias alimentares.
Uma cadeia alimentar pode ser
definida como uma sequência de
seres vivos que se inter-relacionam
a nível alimentar.
14. Teias alimentares
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As cadeias alimentares inter-
relacionam-se, originando as
teias alimentares ou redes
tróficas.
15. Níveis tróficos
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Nas cadeias alimentares, pode considerar-se a existência de três
categorias de seres vivos:
- produtores,
- consumidores,
- decompositores.
16. Produtores
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Seres capazes de produzirem compostos orgânicos – seres
autotróficos - a partir de compostos inorgânicos, através da
quimiossíntese e da fotossíntese.
17. Consumidores
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São seres vivos incapazes de produzir compostos orgânicos a
partir de compostos inorgânicos – seres heterotróficos – e, por
isso, alimentam-se direta ou indiretamente da matéria elaborada
pelos produtores.
18. Decompositores
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Transformam a matéria
orgânica em matéria
inorgânica (mineral),
assegurando a devolução dos
minerais (inicialmente
incorporados pelos
produtores) ao meio.
Seres vivos que obtêm a
matéria orgânica a partir de
outros seres vivos,
decompondo:
- detritos vegetais,
- cadáveres,
- excrementos de animais.
19. Fluxo de matéria
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Os seres fotossintéticos produzem matéria orgânica a partir da
energia solar, água, sais minerais e dióxido de carbono (CO2).
Os consumidores alimentam-se da matéria orgânica existente no
corpo dos produtores ou em outros consumidores.
Os decompositores transformam a matéria orgânica em matéria
mineral, permitindo que a matéria mineral regresse ao solo ou à água
podendo novamente ser usada pelos produtores.
A matéria circula dos produtores para os consumidores e de ambos
para os decompositores e destes novamente para os produtores.
O fluxo da matéria é cíclico
20. Fluxo de energia
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A energia luminosa é transformada em energia química pelas plantas
e outros seres fotossintéticos.
Esta energia é utilizada pelos seres fotossintéticos para as suas
atividades e alguma fica armazenada nas substâncias orgânicas que
constituem o seu corpo.
Os herbívoros ao comerem as plantas vão obter energia a partir dos
alimentos que ingerirem. Dos consumidores de 1.ª ordem a energia
passa para os de 2.ª e assim sucessivamente.
Há um fluxo de energia que passa do Sol para os seres autotróficos
e destes para os heterotróficos.
O fluxo de energia diminui à medida que o nível trófico aumenta.
O fluxo de energia é unidirecional
21. Fluxo de energia
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Nas reações químicas que
ocorrem ao nível do
metabolismo celular há perda
de energia sob a forma de
calor.
No ecossistema, de um nível
trófico para o seguinte, há
perda de energia.
Da base para o topo da
pirâmide a quantidade de
energia vai diminuindo.
22. Biodiversidade
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Biodiversidade abarca várias dimensões:
o diversidade genética - cada indivíduo no interior de uma
espécie é geneticamente diferente dos outros
variabilidade dentro da
espécie.
o diversidade ecológica - as associações de espécies existentes
num determinado ecossistema são diferentes das de outro
ecossistema.
variabilidade no número
e tipo de espécies em
cada área
o diversidade de espécies – variedade de espécies à escala
local, regional ou global.
23. Sistemas de classificação
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Para facilitar a
compreensão da atual
diversidade, os biólogos
utilizam sistemas de
classificação para
agrupar os seres vivos.
Um dos sistemas de
classificação mais
utilizado foi proposto por
Whittaker (1979).
O sistema de Whittaker
considera 5 Reinos:
Monera,
Protista,
Fungos,
Plantas,
Animal.
24. Reino Monera
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Formado por organismos:
o procariontes
o unicelulares,
o autotróficos (fotossíntese ou quimiossíntese) ou heterotróficos
(por absorção),
o microconsumidores
25. Reino Protista
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Formado por organismos:
- eucariontes,
- a maior parte unicelulares e alguns pluricelulares com baixo grau
de diferenciação (algas),
- autotróficos (fotossíntese) ou heterotróficos (absorção ou
ingestão).
26. Reino dos Fungos
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Seres eucariontes, geralmente
multicelulares, heterotróficos
(absorção) e microconsumidores.
Absorvem as substâncias alimentares
do meio (por vezes já digeridas por
digestão extracorporal).
Podem ser:
- decompositores
- parasitas
- simbióticos (fungos+algas=líquenes)
27. Reino das Plantas
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Seres eucariontes,
pluricelulares, autotróficos
(fotossíntese).
28. Reino dos Animais
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Seres eucariontes, pluricelulares e
heterotróficos (ingestão, com
digestão intracorporal - intracelular
e/ou extracelular).
30. Evolução e extinção
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Desde que a vida surgiu na Terra, até à
atualidade:
- seres unicelulares deram origem,
por evolução, a uma enorme
diversidade de organismos com
diferentes graus de complexidade.
- um elevado número de espécies terá
surgido e outras tantas terão sido
extintas.
31. Evolução e extinção
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No passado, as extinções em massa foram
originadas por factores climáticos e
geológicos, como por exemplo:
– grandes variações de temperatura
(aquecimento global/ glaciação),
– variações do nível do mar (regressões
/transgressões),
- movimento dos continentes,
- vulcanismo muito ativo,
- impactos de meteoros, cometas e
asteróides
- …..
32. Evolução e extinção
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Atualmente, o ritmo de extinção é 1000 a 10.000 vezes
superior devido à ação direta ou indireta do Homem:
- sobreexploração/exploração excessiva dos recursos agrícolas,
florestais, cinegéticos, piscícolas…,
- introdução de predadores, doenças ou espécies exóticas,
- alterações climáticas (chuvas ácidas e intensificação do efeito de
estufa),
- interrupções de relações de mutualismo,
- destruição/fragmentação do habitat (poluição, turismo,
urbanização, desflorestação, exploração agrícola),
- redução do potencial genético derivado da consanguinidade,
resultante do aumento de cruzamentos entre indivíduos
geneticamente próximos,
- ruptura das cadeias alimentares…
35. Conservação
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A necessidade da conservação tem levado à
criação de áreas protegidas.
Uma área protegida é uma zona delimitada
em que qualquer intervenção humana está
condicionada e sujeita a regulamentos
específicos tendo em vista a proteção
ambiental e a conservação do património
natural, não só para as gerações atuais
como para as gerações futuras.
36. Conservação
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Estratégias de conservação e recuperação das espécies em risco
1ª Etapa: identificar quais as espécies que se encontram em vias
de extinção.
2ªEtapa: identificar as causas do declínio para assim conhecer os
factores que estão a provocar a extinção de uma espécie.
3ªEtapa: inverter a tendência do declínio promovendo a
neutralização e /ou remoção dos agentes causadores de extinção.
37. Conservação - Medidas a adoptar
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Criação de zonas protegidas (reservas, parques naturais).
Educar e informar a população, especialmente os jovens sobre a
necessidade de proteger os habitats e as espécies.
Definir as utilizações dos habitats que possam dar maior
benefício ao Homem sem os destruir, evitando as que possam
degradá-los.
Recuperação de áreas degradadas.
Incentivar as investigações científica e tecnológica, no campo
de práticas não poluentes.
Proteger espécies ameaçadas ou em risco de extinção, quer por
parte dos governos quer por parte de grupos ecologistas.
Criar leis que assegurem o cumprimento dos aspectos
anteriormente referidos.
38. Importância dos ecossistemas
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Do bom funcionamento dos ecossistemas depende:
- a biodiversidade;
- a manutenção da fertilidade dos solos;
- a prevenção da erosão dos solos;
- a reciclagem de produtos residuais;
- a regulação do ciclo da água e da composição da atmosfera;
- o controlo das pragas na agricultura…