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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI - UESPI
CAMPUS PROF. ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA
CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

CARBONO ORGÂNICO TOTAL E NAS FRAÇÕES HÚMICAS DO SOLO EM ÁREA
DE PASTAGEM DEGRADADA E ÁREAS REABILITADAS SOB
MANEJOAGROECOLÓGICO

MARIA KARILENE DE OLIVEIRA LIMA

PARNAÍBA – PIAUÍ
2012
1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI - UESPI
CAMPUS PROF. ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA

MARIA KARILENE DE OLIVEIRA LIMA

CARBONO ORGÂNICO TOTAL E NAS FRAÇÕES HÚMICAS DO SOLO EM ÁREA
DE PASTAGEM DEGRADADA E ÁREAS REABILITADAS SOB MANEJO
AGROECOLÓGICO

Monografia apresentada à coordenação
de

Engenharia

Agronômica

da

Universidade Estadual do Piauí – UESPI,
como requisito parcial para obtenção do
título de Engenheiro Agrônomo.

Orientadora: Dr. Valdinar Bezerra dos
Santos

PARNAÍBA – PIAUÍ
2012
2

MARIA KARILENE DE OLIVEIRA LIMA

CARBONO ORGÂNICO TOTAL E NAS FRAÇÕES HÚMICAS DO SOLO EM ÁREA
DE PASTAGEM DEGRADADA E ÁREAS REABILITADAS SOB MANEJO
AGROECOLÓGICO

Membros da Comissão Julgadora do
Trabalho de conclusão de Curso de
MARIA KARILENE DE OLIVEIRA LIMA,
apresentado Ao Curso de Agronomia da
Universidade

Estadual

do

Piauí

13/08/2012.

Data da aprovação: _______/_______/_________

______________________________________________________________
Profº. Drº. Valdinar Bezerra dos Santos - UESPI
Orientador

_______________________________________________________________
Rosineide Candeia Araújo
Engª Agrônoma, Mestre em Solos - UESPI
1ª Avaliadora

_______________________________________________________________
Profº.Dr° Adriano da silva Almeida - UESPI
2° avaliador

em
3

LISTA DE TABELAS

TABELA 1. Carbono orgânico total do solo em área de pastagem degradada e áreas
reabilitadas sob manejo agroecológico ..................................................................... 24
TABELA 2. Carbono das frações húmicas do solo em área de pastagem degradada
e áreas reabilitadas sob manejo agroecológico ........................................................ 25
4

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01- Diagrama representando o procedimento e fracionamento das frações
húmicas ..................................................................................................................... 21
5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
2 REVISÂO DE LITERATURA ................................................................................ 12
2.1 Matéria orgânica no solo .................................................................................. 12
2.2 Carbono orgânico ............................................................................................. 14
2.3 Substâncias húmicas ........................................................................................ 15
2.4 Matéria orgânica do solo como indicador de qualidade do solo .................. 17
3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 20
3.1 Fracionamento da matéria orgânica ................................................................ 20
3.2 Determinação do carbono das frações ácidos fúlvicos, ácidos húmicos, e
humina ..................................................................................................................... 21
3.3 Análise estatística ............................................................................................. 23
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 24
4.1 carbono orgânico total...................................................................................... 24
4.2 Carbono nas Frações húmicas do solo........................................................... 25
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 27
6 RFERÊNCIAS ........................................................................................................ 28
6

Aos meus pais, Remédios e Luís, aos meus irmãos e amigos e
em especial ao meu namorado Júlio que esteve do meu lado
contribuindo muito nessa jornada.
7

AGRADECIMENTOS

ÀDeus por tudo, sem exceção.
A toda minha família por me ensinarem em conjunto que a alegria da
vitória compensa qualquer sacrifício e que somente as pessoas corajosas,
determinadas e decididas chegam ao fim.
A Professor Dr°Valdinar Bezerra dos Santos pela oportunidade de
trabalhar com ele, sendo paciente e muito compreensivo e não mediu esforços pra
que esse trabalho fosse concluído.
Agradeço aos meus colegas Vicente Neto e Roberto Souza pela força que
me deram para que esse trabalho se realizasse e a monitora do laboratórioe
estudante de agronomia Susane Santos por me ajudar nas análises laboratoriais .
A direção do Campus Alexandre Alves de Oliveira, em especial a Profa.
Rosineide Candeia de Araujo pela amizade e carinho, E a todos os professores que
fizeram parte da minha caminhada de ensino, e me deram a oportunidade de
aprendizagem e com tudo contribuíram para o meu crescimento social.
Ao produtor Raimundo Rego por ceder a área para coleta de solo.
Meus sinceros agradecimentos a todos aqueles que de alguma forma
doaram um pouco de si para que esse sonho se tornasse possível.
8

CARBONO ORGÂNICO TOTAL E NAS FRAÇÕES HÚMICAS DO SOLO EM ÁREA
DE PASTAGEM DEGRADADA E ÁREAS REABILITADAS SOB MANEJO
AGROECOLÓGICO

Autor: Maria Karilene de Oliveira Lima
Orientador: Valdinar Bezerra dos Santos

RESUMO: O objetivo deste trabalho foi quantificar o carbono total e frações húmicas
do solo (ácidos fúvicos, ácidos húmicos e humina) em áreas de pastagem
degradada e áreas reabilitadas com uso do manejo agroecológico tendo como
referência área de vegetação nativa. Nas áreas representadas foram abertas minitrincheiras de 0-10 cm onde foram coletadas as amostras de solo apartir de quatro
pontos de coleta. As variáveis analizadas foram carbono das frações ácidosfúlvicos
(CFAF), ácidos húmicos (CFAH) e humina (CHUM). O carbono orgânico total teve um
aumento significativo nas áreas reabilitadas sob manejo agroecológico, ocorrendo
também variação na quantidade carbono das substâncias húmicas, sendo que o
manejo agroecológico contribuiu com maior influência na fração humina.

Palavra-chave: Carbono orgânico total, matéria orgânica, manejo agroecológico.
9

TOTAL ORGANIC CARBON FRACTIONS HUMIC AND THE SOIL IN AREA OF
PASTURE AND DEGRADED AREAS UNDER REHABILITATED AGROECOLOGIC

Author: Maria de Oliveira Lima Karilene
Advisor: ValdinarBezerra dos Santos

ABSTRACT: The objective of this study was to quantify the total carbon and soil
humic fractions (fúvicos acids, humic acids and humin) in areas of degraded pasture
areas and rehabilitated with the use of agro-ecological management with reference to
the native area. In areas represented were open mini-trenches where they were
collected 0-10 cm soil samples starting from four collection points. The variables
analyzed were carbon of fulvic acid (CFAF), humic acids (CFAH) and humin (CHUM).
The total organic carbon had a significant increase in rehabilitated areas under
agroecological management, also occurring variation in the amount of carbon in
humic substances, and the agro-ecological management contributed more influence
in the humin fraction.

Keyword: Total organic carbon, organic matter, agroecological management.
10

1INTRODUÇÃO

A preocupação com a sustentabilidade agrícola écrescente e está em
evidência nos últimos anos. Nestecontexto, a manutenção da qualidade do solo é
umdos fatores-chave para se atingir a sustentabilidadede um sistema de produção,
destacando-se o manejoempregado como o componente principal. Partindosedesse
pressuposto, o manejo agroecológico pode ser umaforma adequada de se alcançar
um sistema agrícolasustentável pode influenciarpositivamente

nos atributos

químicos e físicos do solo.
O manejo orgânico propicia ambientefavorávelao desenvolvimento de
processos naturais e interaçõesbiológicas positivas no solo, por meio da
diversificaçãoespacial e temporal do sistema de produção, subsidiandoa fertilidade
dos solos com menores aportes de insumosexternos.
A utilização de práticas inadequadas e o uso massivo dos solos tem
contribuindo para a degradação do solo, causando perdas na parte estrutural e
química do solo onde as substâncias húmicas(SH) que são responsáveis por
diversos efeitos no solo sendo um componente fundamental para a sua capacidade
produtiva por possuir o maior reservatório de carbono orgânico no solo é
diretamente atingida. Embora possuam um alto grau de resistência a biodegradação
no solo, elas degradam, e pode levar um rápido declínio do carbono orgânico e
atenuar perdas nos recursos do solo, o qual depende do tipo de solo e da forma que
é manejado. A matéria orgânica (MOS) de solo originada de lugares cultivados
apresenta um estágio de humificação mais avançado do que solos sob a vegetação
nativa .
A quantificação do carbono nas diferentes fraçõesda MOS torna-se
necessária devido ao interesse de seconhecer o potencial de captura e
armazenamento docarbono nos diferentes sistemas de uso do solo, quepodem
favorecer a maiores teores de carbono nas SHem função do uso de manejo
adequado e agro sustentável. A utilização de sistemas de manejo quepromovam
diferentes aportes de biomassa vegetalpode ser identificada por meio das SH da
MOS, sendopossível o fracionamento químico da MOS ser utilizadocomo ferramenta
para avaliar a qualidade do solo.A conversão de ecossistemas naturais,
especialmente para sistemas agrícolas convencionais tem resultado na maior parte
das vezes, em declínio da matéria orgânica. Há nestes sistemas, maior exportação
11

de carbono e nutrientes, o que contribui para o aumento do CO2 atmosférico, do
risco de erosão do solo e da ciclagem de nutrientes. Pensando nisso o produtor
Raimundo Rego com o intuito de amenizar tamanha degradação nos solos
agricultáveis

na

sua

propriedade

vem

desenvolvendo

formas

de

manejo

agroecológico no sentido de atenuar perdas nos recursos do solo e minimizar a
degradação conservando o meio ambiente utilizando alternativas viáveis para a
manutenção da MOS e assim manter ou aumentar a quantidade de carbono
orgânico no solo mantendo assim sua fertilidade melhorando consequentemente sua
produtividade.
A produtividade em sistemas agrícolas de subsistência ou de baixos
insumos depende do fornecimento de nutrientes provenientes da mineralização da
matéria orgânica e neste sentido a quantidade e a qualidade da MOS são
fundamentais para a sustentabilidade da produção agropecuária de subsistência.
Levando

em

consideração

esse

exposto,

esse

trabalho

objetivouquantificar o carbono orgânico total e nas frações húmicas do solo em
áreas de pastagem degradada e áreas reabilitadas sob manejo agroecológico,
comparados à vegetação nativa, considerando este parâmetro como indicador da
qualidade do solo.
12

2 REVISÂO DE LITERATURA

2.1Matéria orgânica no solo

Nos últimos anos, o estudo da matéria orgânica do solo (MOS) tem
ganhado destaque devido a crescente preocupação existente com a qualidade do
meio ambiente. Essa preocupação incentivou o estudo da matéria orgânicadevido ao
seu papel decisivo em diversos aspectos relacionados ao solo e à água (BRONICK
& LAL, 2005).
Uma das mais importantes propriedades do solo do ponto de vista
agrícola é a estruturação, uma vez que são atribuídas a ela interações fundamentais
no processo de inter-relação solo-planta. Esta interação resulta de trocas gasosas,
modificações sobre o ambiente físico do solo e influência sobre a atividade
microbiológica de fundamental importância para a dinâmica dos processos físicos,
químicos e bioquímicos do solo. (FERREIRA e DIAS JUNIOR 2001).
Numa situação estável, normalmente em solos sob vegetação nativa
inalterada, os teores de MOS se mantêm estáveis no tempo, a medida que as
adições de C orgânico via resíduos de vegetais e a sua conversão em MOS são da
mesma magnitude que as perdas de C orgânico pela mineralização da MOS
promovidas pela atividade microbiana (Sanchez, 1976).
A matéria orgânica do solo desempenha várias funções no ambiente,e
especialmente na ciclagem e retenção de carbono, armazenamento de água e
agregação, fatores determinantes para a manutenção e melhoria da qualidade do
solo e do ambiente. Assim, pela importância das suas funções no ambiente, o
monitoramento dos estoques de carbono orgânico tem sido considerado um dos
principais indicadores de qualidade (PILLON et al., 2007). Apesar de a matéria
orgânica encontrar-se numa faixa de apenas 1 a 6% em percentagem de peso na
maioria dos solos, quando é bem manejada, a quantidade e qualidade da matéria
orgânica levam a um aumento na disponibilidade de nutrientes e na diversidade
biológica, além de melhorar as propriedades físicas e químicas do solo
(ALTIERI,1999).
A matéria orgânica do solo (MOS) é constituída, em sua maior parte, por
substâncias húmicas mais estáveis, de difícil degradação. Essas substâncias são
formadas a partir da transformação dos resíduos orgânicos realizada pela a
13

biomassa

microbiana

presente

no

solo

e

pela

polimerização

dos

compostosorgânicos processados até a síntese de macromoléculas resistentes à
degradação biológica (CAMARGO et. al., 1999).
A agricultura intensiva tem sido responsável por perdas significativas da
qualidade do solo, através do uso de práticas agrícolas de baixa sustentabilidade
ambiental, esses sistemas de manejo proporcionam alterações nos atributos físicos,
químicos e biológicos do solo. Com o intuito de amenizar tamanha degradação nos
solos agricultáveis, tem se desenvolvido vários trabalhos no sentido de atenuar
perdas nos recursos do solo e minimizar a degradação conservando o meio
ambiente.
Quando o solo passa a ser cultivado, as taxas de acúmulo ou perdas de
MOS variam de acordo com as características de cada tipo de solo, dos sistemas de
culturas, do sistema de preparo do solo e das condições climáticas, que aceleram ou
retardam os processos de decomposição dos resíduos e de síntese e decomposição
da MOS (Sanchez, 1976).
As taxas de ganhos ou perdas de CO são definidas, portanto com a
relação entre adições de C por resíduos animais ou vegetais e perdas de C por
mineralização da MOS (Bayer &Mielniczuk, 1997). No entanto, o solo é um
reservatório com limites definidos e apresenta capacidade limitada em acumular C
na forma de MOS. Bayer (1996) observou a existência de uma relação direta entre
os teores de argila de um solo e os conteúdos de MOS, o que indica que solos
argilosos apresentam maior capacidade de acumular carbono.
O conteúdo de matéria orgânica representa um fator muito importante
nosolo, pois afeta fortemente a sua fertilidade através do aumento da disponibilidade
dos nutrientes das plantas, pelo melhoramento da estrutura domesmo e da
capacidade de reter água, e também pela ação de acumulação defases tóxicas e
metais pesados (Stevenson, 1982).
O teor de matéria orgânica no solo (MOS) dentre suas outras variáveis, é
ofator que melhor representa a qualidade do solo, dentro da sustentabilidade deum
sistema agrícola (Mielniczuk, 1999).
Dentre as características do solo capazes de detectar as alterações na
suaqualidade,

o

carbono

orgânico

ou

a

matéria

orgânica

demonstram

bastantesensibilidade às perturbações causadas pelos sistemas de manejo (Bayer
&Mielniczuk, 1997).
14

O declínio da matéria orgânica do solo (MOS) ao longo do tempo pode
serum

reflexo

do sistema de manejo adotado,

como:

baixa

adição

de

fertilizantesorgânicos, baixa produção de resíduos, excesso de revolvimento,
erosãoacelerada, e a persistência deste tipo de manejo, conduzirá a uma
situaçãoinsustentável do ponto de vista econômico ou ambiental (Mielniczuk, 1999).
A matéria orgânica no meio ambiente (solos, sedimentos e água
natural)pode

ser dividida

em

duas

classes

de

compostos,

material não

húmico(proteínas, polissacarídeos, ácidos nucléicos e pequenas moléculas, tais
comoaçúcares e amino ácidos) e substâncias húmicas (Kononova, 1966,
Rowell,1994).

2.2 Carbono orgânico

O carbono orgânico do solo (COS) é um importante parâmetro indicador
daqualidade do solo e da sustentabilidade agronômica, por causa deste impactoem
outros indicadores físico, químico e biológico da qualidade do solo (Reeves,1997).
A

quantidade

de

carbono

orgânico

da

superfície

do

solo

é

altamentevariável e influenciado por fatores de formação do solo como o clima,
biota,topografia e material originário operando todos em conjunto (Essington, 2003)
Dependendo da sua taxa de transferência no solo, três conceitos
defrações de C podem ser distinguidas: ativa-instável e

frações ativas-

intermediáriaque permanecem no solo por anos ou décadas e refratória ou
passiva,matéria orgânica que permanecem no solo por séculos e milênios
(Schulzeet al.,2000).
Durante a decomposição da matéria orgânica não-humificada (restos
deplantas, animais e microrganismos) no solo, uma proporção variável de Corgânico
(60-80%) é revertida para a atmosfera como CO2. Isto é um rápidoprocesso de
mineralização que tem lugar durante os primeiros anos. O restantede C não
mineralizado

sofre

lentamente

processos

de

oxidação

e,

apóscomplexas

transformações, torna-se biomassa microbial ou é estabilizado naforma de
substâncias húmicas (humificação) (Schulzeet al., 2000).
A humificação implica em severas mudanças na estequiometria
ecomplexidade

química

substânciashúmicas

com

do

material

resistência

macromolecular

acentuada

para

a

conduzindo

a

mineralização

e
15

biodegradação (Tate,1987).
Estas

mudanças

não

são

somente

uma

consequência

da

atividademicrobial, mas também das transformações induzidas por fatores
físicosexternos ou físico-químicos, incluindo o fogo (Hatecher&Spiker, 1988).
Os solos e sedimentos frequentemente contêm uma variação física
equímica

de

diferentes

materiais

orgânicos

de

biopolímeros,

tais

comopolissacarídeos, lipídios, proteínas e lignina, substâncias húmicas derivadas
debiopolímeros,
negrorelacionado

e

querogênio

maturado

combustão

ou

a

diageneticamente

materiais

carbonizados

e

carbono

(Aikenet

al.,

1985;Stevenson, 1994).

2.3 Substâncias húmicas

As substâncias húmicas constituem a maior fração de matéria
orgânica(60-70%) do solo. Elas são geralmente divididas em 3 classes: ácidos
fúlvicos que são solúveis em água sob todas as condições de pH, ácidos húmicos
quesão solúveis em pH>2 e humina que são insolúveis em todas as faixas de
pH(Jones & Bryan, 1998).
Para Kononova (1966); Stevenson (1994), a estrutura das substâncias
húmicas pode ser descrita como assembleias aromáticas, mas a partir de estudos de
espectroscopia de ressonância magnética realizados por Schulten&Schnitzer (1993),
propuseram umaestrutura do ácido húmico incorporando grandes porções alifáticas.
Stevenson

(1994)

ressalta

uma

classificação

com

base

nas

característicasasquímicas de solubilidade, que tem como objetivo facilitar a
aplicação de técnicasanalíticas pela redução da heterogeneidade do material
isolado. As fraçõescomumente obtidas incluem ácido húmico, ácido fúlvico e
humina, as outrasfrações são ácido himatomelanico, e ácidos marrons e
cinzaStevenson (1982) propõem que os húmus são formados a partir de resíduos de
plantas

e

animais

pelo

decaimento

microbial,

através

de

processos

de

humificaçãoque ocorre nos solos, sedimentos e águas naturais.
Os compostos orgânicos de origem vegetal são geralmente, de
naturezacomplexa, mas de composição elementar conhecida, C, H, O, N, P, S,
quefazem parte das unidades estruturais dos tecidos como as proteínas,
celuloses,hemiceluse, amido, pectina, lignina e lipídeos (Pinheiro, 2002).
16

Apesar dos organismos vegetais serem constituídos dos mesmos grupos
de

substâncias

essaproporção

(proteínas,
varia

muito,

carboidratos,
influenciando

ligninas
na

e

outros

velocidade

de

componentes)
humificação,

sedecompõem mais rapidamente, quanto maior o conteúdo de carboidratos
eproteínas e menor os componentes estáveis (lignina) (Kononova, 1982).
A natureza do húmus do solo pode variar substancialmente com clima,
vegetação e condições do próprio solo. E a concentração com a proporção com que
estas frações são encontradas nos solos tem servido como indicador de qualidade
dos solos em diversos trabalhos, devido a forte interação das substâncias húmicas
com o material mineral do solo (FONTANA et. al. 2001)
As substâncias húmicas, o maior reservatório terrestre de carbono
orgânico na Terra, tem um papel importante na fertilidade e na estabilização de
agregados do solo. Embora possuam um alto grau de resistência a biodegradação
no solo, elas degradam, e o estado estacionário da síntese é atingido através de um
decaimento característico, o qual depende do tipo de solo e da forma que manejado
(HAYES & MALCOLM, 2001). A matéria orgânica de solo originada de lugares
cultivados apresenta um estágio de humificação mais avançado do que solos sob a
vegetação nativa (BAYER et al., 2000). O aumento do grau de humificaçãoda MOS
ocorre devido a mudanças no regime microclimático do solo e pela quebra de
agregados no sistema de manejo convencional (BALESDENT et al., 2000).
Estudando o húmus de solos brasileiros, Volkoff&Cerri (1988) concluíram
que a acidez, a aeração e a temperatura, nessa ordem de importância, são os
principais fatores que determinam a natureza do húmus. A distribuição das frações
ácidosfúlvicos, ácidos húmicos e huminas em função das condições ambientais foi
estudada por Volkoff&Cerri (1988).
Dos componentes orgânicos, o húmus do solo é o mais significante.
Húmus é composto de frações solúveis chamadas ácidos húmicos e fúlvicos, e uma
fração insolúvel chamada humina. É o resíduo originado quando bactérias e fungos
biodegradam o material das plantas.
As substâncias húmicas são produtos da degradação oxidativa e
subsequente polimerização da matéria orgânica animal e vegetal. Elas são
constituídas por uma mistura de compostos de elevada massa molar com uma
grande variedade de grupos funcionais. Suas características moleculares podem
variar dependendo da idade ou da origem do material sendo, por isso, definidas
17

operacionalmente (RAUEN et. al., 2002). Assim, com base nas suas respectivas
solubilidades são classificadas em: humina (insolúvel em meio aquoso) ácidos
fúlvicos (solúveis em água em qualquer pH) e ácidos húmicos (solúveis em água
empH alcalino).
Segundo Fontana et. al. (2001) a natureza do húmus do solo pode variar
substancialmente com clima, vegetação e condições do próprio solo. E a
concentração com a proporção com que estas frações são encontradas nos solos
tem servido como indicador de qualidade dos solos em diversos trabalhos, devido a
forte interação das substâncias húmicas com o material mineral do solo.

2.4 Matéria orgânica do solo como indicador de qualidade do solo

O uso intensivo da terra invariavelmente causa efeitos negativos ao ambiente
e produção agrícola se práticas conservativas não forem adotadas. Redução na
quantidade de matéria orgânica do solo significa emissão de gases (principalmente
CO2, CH4, N2O) para a atmosfera e aumento do aquecimento global.
A sustentabilidade do solo é também afetada, uma vez que a qualidade da
matéria orgânica remanescente muda. Alterações podem ser verificadas, por
exemplo, pela desagregação do solo e mudança na sua estrutura. As consequências
são erosão, redução na disponibilidade de nutrientes para as plantas e baixa
capacidade de retenção de água no solo. Estes e outros fatores refletem
negativamente na produtividade das culturas e sustentabilidade do sistema solo
planta-atmosfera. Ao contrário, a adoção de boas práticas de manejo, tal como o
sistema plantio direto, pode parcialmente reverter o processo, uma vez que objetiva
o aumento das entradas de material orgânico no solo e/ou diminuição das taxas de
decomposição da matéria orgânica do solo (PALM & SANCHEZ, 1991).
Em solos tropicais e subtropicais altamente intemperizados a MO tem grande
importância para o fornecimento de nutrientes as culturas, à retenção de cátions,
complexão de elementos tóxicos e de micronutrientes, a estabilidade da estrutura,
infiltração e retenção da água, aeração, e atividade e biomassa microbiana,
tornando-se assim um elemento fundamental à sua capacidade produtiva (BAYER et
al. 2000).
A decomposição da matéria orgânica é fator chave na condução dos
processos biológicos no solo e a interação com as propriedades físico-químicas, em
18

conjunto, resultam na fertilidade. O reconhecimento de que a matéria orgânica do
solo (MOS) tem papel central na determinação da fertilidade do solo, tem
levadoparte dos cientistas do solo à necessidade de se manejar a matéria orgânica
e principalmente aumenta o teor da MOS. Pressupõe-se que um aumento
naquantidade de MOS levará a uma melhoria na fertilidade do solo (MACHADO,
2001).
O reconhecimento de que a matéria orgânica do solo (MOS) tem papel central
na determinação da fertilidade do solo, tem levado parte dos pacientes do solo à
necessidade de se manejar a matéria orgânica e principalmente aumentar o teor da
MOS.
Pressupõe-se que um aumento na quantidade de MOS levará a uma melhoria
na fertilidade do solo (MACHADO, 2001). Nem todos os componentes dos matérias
orgânicos

incorporados

àdecomposição.

Alguns

pelosmicrorganismos,

ao

terreno

são

outros

apresentam

a

mesma

resistência

prontamente

atacados

e

decompostos

altamente

resistentes

à

decomposição

são

(BRADY,1989)A matéria orgânica no solo (MOS) apresenta-se como um sistema
complexode substâncias, cuja dinâmica é governada pela adição de resíduos
orgânicos de diversas naturezas e por uma transformação contínua sob ação de
fatores biológicos, químicos e físicos (CAMARGO et al. 1999). Estes autores ainda
ressaltam que cerca de 10 a 15% da reserva total do carbono orgânico nos selos
minerais é constituída por macromoléculas (proteínas e aminoácidos, carboidratos
simples e complexos, resinas, ligninas e outros), e 85 a 90% pelas substâncias
húmicas propriamente ditas.
O carbono orgânico (CO) é um dos atributos mais promissores para detectar
as alterações na qualidade do solo, por demonstrar bastante sensibilidade às
perturbações causadas pelos sistemas de manejo (SILVA, 2006).
O carbono orgânico é um atributo muito importante por atuar nos atributos
químicos, físicos e biológicos (LARSON & PIERCE, 1994; SOUZA et al., 2006).
Em áreas que não sofreram ação antrópica o carbono orgânico encontra-se
estável, porém quando esses solos são submetidos ao manejo intensivo sofrem
perdas na sua qualidade e quantidade (ADDISCOT, 1992, citado por SOUZA et al.,
2006). De acordo com Silva,2006) a perda de carbono do solo corresponde à soma
das perdas por oxidação, erosão e lixiviação.
Vários

estudos

através

de

métodos

de

extração

e

fracionamento
19

dassubstâncias húmicas da matéria orgânica do solo têm sido feitos para
entendermelhor parâmetros como: a pedogênese, a melhoria das propriedades
físicas dosolo, as interações organo-minerais, a diminuição da fixação do carbono, e
oimpacto da agricultura na qualidade do solo (Roscoe& Machado, 2002).
O fracionamento físico possibilita a separação de reservatórios da MOSmais
relacionados com a suas características e dinâmicas no estado natural, ouseja,
relaciona a MOS com a agregação e estabilidade de agregados ou ainda,quantifica
os compartimentos da MOS visando estudos sobre a dinâmica damesma (Roscoe&
Machado, 2002). Para Christensen (1992), o fracionamentofísico enfatiza o papel
das frações minerais na estabilização e transformações daMOS.
O

fracionamento

físico

tem

se

mostrado

promissor

na

distinção

doscomportamentos de carbono sujeitos à influência do manejo e na identificaçãodo
mecanismo de controle físico da matéria orgânica, caracterizando também
asrelações

entre

matéria

orgânica

e

a

agregação

em

macroagregados

emicroagregados (Felleret al., 2000).
Os procedimentos usados no fracionamento físico têm comoembasamento
teórico modelos descritivos do arranjo espacial das partículasminerais e orgânicas
no solo.
Dependendo do grau de associação com a matriz do solo, a MOS podeestar
livre

ou

fracamente

associada

nãocomplexada-MONC).

Podem

às

partículas

também

de

estar

solo

(matéria

fortemente

orgânica

ligada

às

partículasminerais, formando complexos organo-minerais (COM), que podem
serprimários, resultante da interação direta das partículas minerais primárias
ecompostos orgânicos. Os COM-primários agrupam-se formando agregados
ouCOM-secundários, podendo ocorrer o aprisionamento de parte da MONC
nointerior dos COM-secundários, dividindo-os em MONC-livre (livre na superfícieou
entre

os

agregados)

poucoacessíveis

a

e

MONC-oclusa

microbiota)

(dentro

(Chistensen

dos

1996,

agregados
2000).Os

em

locais

métodos

de

fracionamento físico visam à separação da matériaorgânica presente nos
reservatórios tentando quantificar e caracterizar, paraisso, são utilizados dois grupos
de métodos: os métodos densimétricos, que temcomo base a diferença de
densidade entre a fração orgânica e mineral epermitem o isolamento e quantificação
dos compartimentos mais labeis da MOS.E os métodos granulométricos, que levam
em consideração os diferentestamanhos de partículas e permitem o estudo dos
20

compartimentos maishumificados e tipicamente mais estáveis às mudanças no
ambiente do solo provocadas pelo manejo (Feller&Beare, 1997).

3 MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no período de 01 de fevereiro a 29 de junho de
2012, sendo que as amostras de solos foram coletadasna Propriedade Rural do
produtor Agroecológico “Raimundo Rego”, localizada no município de Esperantina,
Piauí (03° 54’ 07” S; 42° 14’ 02” O; 49 m). Segundo o Instituto De Geografia e
Estatística (IBGE), predomina na cidade de Esperantina o clima Tropical
Megatérmico, dos mais quentes do Brasil. As amostras de solo foram coletadas em
04 áreas existentes na propriedade, conforme descrição a seguir: APD – Área
Degradada, AMA-2ANOS – Área cultivada há dois anos sob manejo agroecológico,
AMA- 5ANOS – Área cultivada há 5 anos sob manejo agroecológico e AVN – Área
com vegetação nativa.
Nas áreas representativas foram feitas mini-tricheiras, onde foram
coletadas as amostras de solo na profundidade de 0-10 cm, a partir de quatro pontos
de coleta. Após homogeneização, as amostras foram acondicionadas em sacos
plásticos e transportadas para o laboratório de biociências da Universidade Estadual
do Piauí, Campus Parnaíba.
As amostras de solo foram secas em temperatura ambiente, destorroadas
e passadas em peneiras com abertura de 02 mm para obtenção da terra fina seca
ao ar (TFSA) para realizar o fracionamento da matéria orgânica do solo.

3.1Fracionamento da matéria orgânica

A matéria orgânica do solo foi fracionada com base na solubilidade em
meio ácido e alcalino, obtendo-se as frações: ácidos fúlvicos (FAF), ácidos húmicos
(FAH) e Humina (FHUM). Para isso foram colocados 1 g de solo de cada amostra
em tubos de centrífuga de 15 mL com tampa e adicionados 10 mL de NaOH 1 mol L1

. As amostras foram agitadas em agitador horizontal por 1 hora a 12 rpm. A solução

foi deixada em repouso por 24 horas e depois centrifugada por 15 min a 2500 rpm.
O sobrenadante foi transferido para um erlenmeyer de 125 mL e reservado. Esse
procedimento foi repetido até que o sobrenadante ficasse incolor.
21

Na sequência, o sobrenadante reservado ( extrato alcalino pH=
13.0;resíduo solúvel-Substância húmicas- SHs) foi ajustado para pH= 2,0 com
adição de gotas de solução de H2SO4 a 20%, utilizando o mesmo volume de ácido
para as demais amostras. O material foi deixado em repouso por 18 horas até a
decantação do precipitado formado a fim de facilitar a separação das frações
ácidosfúlvicos (FAF), que permaneceu em solução, da fração ácidos húmicos (FAH)
que precipitou (Figura 1).

Figura 1. Diagrama representando o procedimento de extração e fracionamento das frações
húmicas.

A separação da fração (CFAF) foi feita por filtração e teve o volume
ajustado para 100 mL utilizando água destilada. O material remanescente no papel
filtro (CFAH) foi retirada mediante adição da solução NaOH 0,1 mol L-1 sobre o
precipitado até a lavagem completa do papel filtro. A fração (C FAH) foi rediluída em
solução de NaOH 0,1 mol L-1 e teve o volume ajustado para 100 mL e reservado
para a quantificação. O material remanescente de cada tubo de centrífuga foi
transferido quantitativamente para erlenmeyer de 125 mL (sem perdas do material)
para a quantificação da fração humina (CHUM).
3.2 Determinação do carbono das frações ácidos fúlvicos, ácidos húmicos, e
22

humina.

A quantificação do carbono nas frações ácidosfúlvicos (CFAF) e ácidos
húmicos (CFAH) foi realizada pelo princípio analítico de oxidação do carbono por via
húmida, empregando a solução de dicromato de potássio em meio ácido, como fonte
externa de calor (Walkley& Black, 1934), conforme metodologia descrita em Benites
(2003). Para isso foi transferido uma alíquota de 25 mL de cada uma das soluções
(CFAF ou CFAH) para erlenmeyer de 125 mL, adicionado 5,0 mL de K2Cr2O7 0,176 mol
L-1 e 2,0 mL de H2SO4 concentrado a cada amostra e em quatro erlenmeyer. Para a
prova em brancoadicionou-se 50 mL de água destilada e 5,0 mL de K 2Cr2O7 0,176
mol L-1 , e 2, mL de H2SO4 concentrado, após serem aquecidas na estufa durante 30
minutos com temperatura de 100 °C as amostras foram tituladas com solução de
sulfato ferroso amoniacal 0,30 mol L-1.
A dosagem do carbono das frações CFAF eCFAH foi obtida a partir da
titulação do dicromato remanescente com a solução sulfato ferroso amoniacal 0,40
mol L-1. A fração humina (CFAH) também foi determinada também foi determinada de
oxidação do carbono, porém foram adicionadas aos erlenmeyer, 5 mL de dicromato
de potássio K2Cr2O7 0,0167 mol L-1 e 20 mL de H2SO4 concentrado. Este
procedimento também foi feito às duas provas em branco e tituladas comsulfato
ferroso amoniacal 0,40 mol L-1.
O carbono das frações ácidosfúlvicos (CFAF) e ácidos húmicos (CFAH) e
humina (CHUM) foi calculada pelas as equações 1, 2 3 respectivamente.

Sendo:
CFAF = Carbono da fração ácidosfúlvicos (g kg-1)
23

CFAH = Carbono da fração ácidos húmicos (g kg-1)
CHUM = Carbono da fração humina (g kg-1)
Vbac= Volume de sulfato ferroso amoniacal consumido na titulação do branco (mL)
Vamostra= Volume de sulfato ferroso amoniacal consumido na titulação da amostra
(mL)
CFe2+ = Concentração de CFe2+ na solução padronizada de sulfato ferroso
amoniacal para a reação com dicromato de potássio
Vextrato= Volume total do extrato (mL)
Valiquota= Volume da alíquota usada na determinação do AH e AF (mL)
Psolo = Peso do solo (g)
4000 = Peso_miliequivalente do C (g)
1000 = Fator de transformação de g para Kg
Vdicromato= Volume do dicromato (mL)
0,167 = Concentração da solução de dicromato (mol L-1)
6 = número de elétrons transferidos no processo de redução Cr (VI) Cr (III)
Vbr = Volume de sulfato ferroso amoniacal gasto na titulação do branco (mL)
3.3 Análise estatística

O trabalho foi avaliado em delineamento inteiramente casualizado, sendo
as fontes de variação a área de pastagem degradada, as áreas reabilitadas sob
manejo agroecológico e área de vegetação nativa (parcelas), utilizando para análise
dos dados foi realizada com o auxílio do software de estatística -ASSISTAT 7.6
(2012).
24

4RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos a partir das análises dos tores de carbonoorgânico
total correspondentes ás frações dos ácidos húmicos (CFAH), ácidos fúlvicos (CFAF), e
fração humina (CHUM) na profundidade 0-10 cm demostraram que houve diferenças
significativas entre as área de pastagem degradada e as áreas reabilitadas sob
manejo agroecológico(Tabelas 1 e 2).

4.1 carbono orgânico total
.
O carbono orgânico total (COT) é considerado o indicador mais
importante da qualidade do solo e da agricultura sustentável devido sua estreita
relação com as propriedades físicas, químicas e biológicas. Os teores de COT tem
um aumento significativo nas áreas reabilitadas então podemos detectar as
alterações na qualidade do solo demonstrando sensibilidade ao uso do manejo
agroecológico (Tabela 1).

TABELA 1.Carbono orgânico total do solo em área de pastagem degradada e áreas
reabilitadas sob manejo agroecológico.
Áreas
COT (g Kg-1)
APD

0,69 c

AMA-2ANOS

1,08 a

AMA- 5ANOS

1,22 a

AVN

0,86 b

APD – Área Degradada, AMA-2ANOS – Área cultivada há dois anos sob manejo agroecológico,
AMA- 5ANOS – Área cultivada há 5 anos sob manejo agroecológico e AVN – Área com vegetação
nativa.

Partindo-se desse pressuposto, o manejo orgânico pode ser uma forma
adequada de se alcançar um sistema agrícola sustentável (Losset al., 2009a,b). Na
área de pastagem degradada houve uma redução na quantidade de COT pelo uso
inadequado do manejo no solo.A atividade agrícola prolongada tem causado
problemas como a compactação e adensamento. Dessa forma, diminuem a
25

porosidade total do solo e a macroporosidade, que são de fundamental importância
para as trocas gasosas, a infiltração e na movimentação da água por difusão ou
fluxo de massa, tão importantes para a absorção de nutrientes, refletindo no estado
nutricional, conforme afirma Borges et al., (1997).

4.2 Carbono nas Frações húmicas do solo

Com relação a fração ácido fúlvico (CFAF), houve uma grande redução nas
áreas degradadas comparando com a área de vegetação nativa e sendo elevada
nas demais áreas (Tabela 2). Isso por serem as frações mais reativas, porém com
reduzida estabilidade química, indicando uma característica desfavorável, pois
podem facilitar, na forma de complexos orgânicos, a lixiviação de cátions e iluviação
de argilas humificadas. Sendo o COT a principal fonte de nitrogênio, o conteúdo
deste nutriente no solo é diretamente afetado pela degradação causada pela erosão
hídrica do solo (Aita, 1997). A redução dessa fração pode ser explicada por ela
apresentar estrutura de fácil degradação.

TABELA 2.Carbono das frações húmicas do solo em área de pastagem degradada
e áreas reabilitadas sob manejo agroecológico.
Áreas

Frações Húmicas do solo

APD
AMA-2ANOS
AMA- 5ANOS
AVN

Ácido Fúlvico - CAF (g Kg-1)
0,09 c
0,18 b
0,25 a
0,17 b

APD
AMA-2ANOS
AMA- 5ANOS
AVN

Ácido húmico - CAH (g Kg-1)
0,23 b
0,25 a
0,34 a
0,33 a

APD
AMA-2ANOS
AMA- 5ANOS
AVN

Humina - CHum (g Kg-1)
0,35 b
0,52 a
0,58 a
0,41 b

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, (P< 0,05.) APD – Área
Degradada,AMA-2ANOS – Área cultivada há dois anos sob manejo agroecológico, AMA- 5ANOS –
Área cultivada há 5 anos sob manejo agroecológico e AVN – Área com vegetação nativa.
26

Quanto ao atributo (CFAH) o melhor ajuste para explicar o comportamento
dos resultados é por essa fração conter uma estrutura de difícil degradação mesmo
assim na área de pastagem degradada houve uma redução no teor de carbono
mostrando que a escolha do manejo adequado, é uma boa forma de manter o solo
com mais fertilidade, e a presença de carbono na área nativa pode ser entendida a
partir da hipótese mais provável que esse valore é oriundo da persistência de uma
vegetação orgânica antiga e estável proveniente de uma vegetação anterior mais
antiga. Ao contrario do ácidosfúlvicos a fração ácidos húmicos tem o processo de
humificação mais complexo, por causa de sua estrutura. Segundo Jones & Bryan
(1998), as substâncias húmicas são estruturalmente complexas, macromoléculas
que tem uma aparência escura, são ácidas e geralmente heterogêneas. Elas são
constituídas de carbono, oxigênio e às vezes pequenas quantidades de nitrogênio e
ocasionalmente fósforo e enxofre.
Na fração humina (CHUM) observou-se que nas áreas sob manejo
agroecológico houve uma tendência de acúmulo de carbono. Isso ocorre devido à
adição de compostos orgânicos usados no manejo sendo esse aporte favorável as
condições de humificação da matéria orgânica. O C-HUM é a fração que contém a
maior parte do COT do solo. Estes maiores teores de C-HUM são decorrentes do
manejo adotado em cada área, pois propiciou as mesmas diferenças para o COT,
sendo as mesmas razões para os maiores teores de COT, e consequentemente,
para os maiores teores de C-HUM, já explicados. O maior valor de carbono na forma
de C-HUM favorece as propriedades da fração coloidal da MOS, tais como: retenção
de umidade, melhor estruturação do solo e maior retenção de cátions (Souza &
Melo, 2003).
27

5 CONCLUSÃO

O carbono orgânico total teve um aumento significativo nas áreas
reabilitadas sob manejo agroecológico, este resultado demonstra a importância da
escolha do manejo para a manutenção ou melhoria dos teores de COT em áreas de
baixa fertilidade natural.
Há uma tendência na variação na quantidade de carbono das substâncias
húmicas nas áreas sob manejo agroecológico, contribuindo com maior influência na
fração humina, onde a mesma interage com a fração mineral do solo melhorando a
qualidade do mesmo e consequentemente o aumento da produtividade.
28

6 RFERÊNCIAS

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  • 1. 0 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI - UESPI CAMPUS PROF. ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA CARBONO ORGÂNICO TOTAL E NAS FRAÇÕES HÚMICAS DO SOLO EM ÁREA DE PASTAGEM DEGRADADA E ÁREAS REABILITADAS SOB MANEJOAGROECOLÓGICO MARIA KARILENE DE OLIVEIRA LIMA PARNAÍBA – PIAUÍ 2012
  • 2. 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI - UESPI CAMPUS PROF. ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA MARIA KARILENE DE OLIVEIRA LIMA CARBONO ORGÂNICO TOTAL E NAS FRAÇÕES HÚMICAS DO SOLO EM ÁREA DE PASTAGEM DEGRADADA E ÁREAS REABILITADAS SOB MANEJO AGROECOLÓGICO Monografia apresentada à coordenação de Engenharia Agronômica da Universidade Estadual do Piauí – UESPI, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Orientadora: Dr. Valdinar Bezerra dos Santos PARNAÍBA – PIAUÍ 2012
  • 3. 2 MARIA KARILENE DE OLIVEIRA LIMA CARBONO ORGÂNICO TOTAL E NAS FRAÇÕES HÚMICAS DO SOLO EM ÁREA DE PASTAGEM DEGRADADA E ÁREAS REABILITADAS SOB MANEJO AGROECOLÓGICO Membros da Comissão Julgadora do Trabalho de conclusão de Curso de MARIA KARILENE DE OLIVEIRA LIMA, apresentado Ao Curso de Agronomia da Universidade Estadual do Piauí 13/08/2012. Data da aprovação: _______/_______/_________ ______________________________________________________________ Profº. Drº. Valdinar Bezerra dos Santos - UESPI Orientador _______________________________________________________________ Rosineide Candeia Araújo Engª Agrônoma, Mestre em Solos - UESPI 1ª Avaliadora _______________________________________________________________ Profº.Dr° Adriano da silva Almeida - UESPI 2° avaliador em
  • 4. 3 LISTA DE TABELAS TABELA 1. Carbono orgânico total do solo em área de pastagem degradada e áreas reabilitadas sob manejo agroecológico ..................................................................... 24 TABELA 2. Carbono das frações húmicas do solo em área de pastagem degradada e áreas reabilitadas sob manejo agroecológico ........................................................ 25
  • 5. 4 LISTA DE FIGURAS FIGURA 01- Diagrama representando o procedimento e fracionamento das frações húmicas ..................................................................................................................... 21
  • 6. 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 2 REVISÂO DE LITERATURA ................................................................................ 12 2.1 Matéria orgânica no solo .................................................................................. 12 2.2 Carbono orgânico ............................................................................................. 14 2.3 Substâncias húmicas ........................................................................................ 15 2.4 Matéria orgânica do solo como indicador de qualidade do solo .................. 17 3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 20 3.1 Fracionamento da matéria orgânica ................................................................ 20 3.2 Determinação do carbono das frações ácidos fúlvicos, ácidos húmicos, e humina ..................................................................................................................... 21 3.3 Análise estatística ............................................................................................. 23 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 24 4.1 carbono orgânico total...................................................................................... 24 4.2 Carbono nas Frações húmicas do solo........................................................... 25 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 27 6 RFERÊNCIAS ........................................................................................................ 28
  • 7. 6 Aos meus pais, Remédios e Luís, aos meus irmãos e amigos e em especial ao meu namorado Júlio que esteve do meu lado contribuindo muito nessa jornada.
  • 8. 7 AGRADECIMENTOS ÀDeus por tudo, sem exceção. A toda minha família por me ensinarem em conjunto que a alegria da vitória compensa qualquer sacrifício e que somente as pessoas corajosas, determinadas e decididas chegam ao fim. A Professor Dr°Valdinar Bezerra dos Santos pela oportunidade de trabalhar com ele, sendo paciente e muito compreensivo e não mediu esforços pra que esse trabalho fosse concluído. Agradeço aos meus colegas Vicente Neto e Roberto Souza pela força que me deram para que esse trabalho se realizasse e a monitora do laboratórioe estudante de agronomia Susane Santos por me ajudar nas análises laboratoriais . A direção do Campus Alexandre Alves de Oliveira, em especial a Profa. Rosineide Candeia de Araujo pela amizade e carinho, E a todos os professores que fizeram parte da minha caminhada de ensino, e me deram a oportunidade de aprendizagem e com tudo contribuíram para o meu crescimento social. Ao produtor Raimundo Rego por ceder a área para coleta de solo. Meus sinceros agradecimentos a todos aqueles que de alguma forma doaram um pouco de si para que esse sonho se tornasse possível.
  • 9. 8 CARBONO ORGÂNICO TOTAL E NAS FRAÇÕES HÚMICAS DO SOLO EM ÁREA DE PASTAGEM DEGRADADA E ÁREAS REABILITADAS SOB MANEJO AGROECOLÓGICO Autor: Maria Karilene de Oliveira Lima Orientador: Valdinar Bezerra dos Santos RESUMO: O objetivo deste trabalho foi quantificar o carbono total e frações húmicas do solo (ácidos fúvicos, ácidos húmicos e humina) em áreas de pastagem degradada e áreas reabilitadas com uso do manejo agroecológico tendo como referência área de vegetação nativa. Nas áreas representadas foram abertas minitrincheiras de 0-10 cm onde foram coletadas as amostras de solo apartir de quatro pontos de coleta. As variáveis analizadas foram carbono das frações ácidosfúlvicos (CFAF), ácidos húmicos (CFAH) e humina (CHUM). O carbono orgânico total teve um aumento significativo nas áreas reabilitadas sob manejo agroecológico, ocorrendo também variação na quantidade carbono das substâncias húmicas, sendo que o manejo agroecológico contribuiu com maior influência na fração humina. Palavra-chave: Carbono orgânico total, matéria orgânica, manejo agroecológico.
  • 10. 9 TOTAL ORGANIC CARBON FRACTIONS HUMIC AND THE SOIL IN AREA OF PASTURE AND DEGRADED AREAS UNDER REHABILITATED AGROECOLOGIC Author: Maria de Oliveira Lima Karilene Advisor: ValdinarBezerra dos Santos ABSTRACT: The objective of this study was to quantify the total carbon and soil humic fractions (fúvicos acids, humic acids and humin) in areas of degraded pasture areas and rehabilitated with the use of agro-ecological management with reference to the native area. In areas represented were open mini-trenches where they were collected 0-10 cm soil samples starting from four collection points. The variables analyzed were carbon of fulvic acid (CFAF), humic acids (CFAH) and humin (CHUM). The total organic carbon had a significant increase in rehabilitated areas under agroecological management, also occurring variation in the amount of carbon in humic substances, and the agro-ecological management contributed more influence in the humin fraction. Keyword: Total organic carbon, organic matter, agroecological management.
  • 11. 10 1INTRODUÇÃO A preocupação com a sustentabilidade agrícola écrescente e está em evidência nos últimos anos. Nestecontexto, a manutenção da qualidade do solo é umdos fatores-chave para se atingir a sustentabilidadede um sistema de produção, destacando-se o manejoempregado como o componente principal. Partindosedesse pressuposto, o manejo agroecológico pode ser umaforma adequada de se alcançar um sistema agrícolasustentável pode influenciarpositivamente nos atributos químicos e físicos do solo. O manejo orgânico propicia ambientefavorávelao desenvolvimento de processos naturais e interaçõesbiológicas positivas no solo, por meio da diversificaçãoespacial e temporal do sistema de produção, subsidiandoa fertilidade dos solos com menores aportes de insumosexternos. A utilização de práticas inadequadas e o uso massivo dos solos tem contribuindo para a degradação do solo, causando perdas na parte estrutural e química do solo onde as substâncias húmicas(SH) que são responsáveis por diversos efeitos no solo sendo um componente fundamental para a sua capacidade produtiva por possuir o maior reservatório de carbono orgânico no solo é diretamente atingida. Embora possuam um alto grau de resistência a biodegradação no solo, elas degradam, e pode levar um rápido declínio do carbono orgânico e atenuar perdas nos recursos do solo, o qual depende do tipo de solo e da forma que é manejado. A matéria orgânica (MOS) de solo originada de lugares cultivados apresenta um estágio de humificação mais avançado do que solos sob a vegetação nativa . A quantificação do carbono nas diferentes fraçõesda MOS torna-se necessária devido ao interesse de seconhecer o potencial de captura e armazenamento docarbono nos diferentes sistemas de uso do solo, quepodem favorecer a maiores teores de carbono nas SHem função do uso de manejo adequado e agro sustentável. A utilização de sistemas de manejo quepromovam diferentes aportes de biomassa vegetalpode ser identificada por meio das SH da MOS, sendopossível o fracionamento químico da MOS ser utilizadocomo ferramenta para avaliar a qualidade do solo.A conversão de ecossistemas naturais, especialmente para sistemas agrícolas convencionais tem resultado na maior parte das vezes, em declínio da matéria orgânica. Há nestes sistemas, maior exportação
  • 12. 11 de carbono e nutrientes, o que contribui para o aumento do CO2 atmosférico, do risco de erosão do solo e da ciclagem de nutrientes. Pensando nisso o produtor Raimundo Rego com o intuito de amenizar tamanha degradação nos solos agricultáveis na sua propriedade vem desenvolvendo formas de manejo agroecológico no sentido de atenuar perdas nos recursos do solo e minimizar a degradação conservando o meio ambiente utilizando alternativas viáveis para a manutenção da MOS e assim manter ou aumentar a quantidade de carbono orgânico no solo mantendo assim sua fertilidade melhorando consequentemente sua produtividade. A produtividade em sistemas agrícolas de subsistência ou de baixos insumos depende do fornecimento de nutrientes provenientes da mineralização da matéria orgânica e neste sentido a quantidade e a qualidade da MOS são fundamentais para a sustentabilidade da produção agropecuária de subsistência. Levando em consideração esse exposto, esse trabalho objetivouquantificar o carbono orgânico total e nas frações húmicas do solo em áreas de pastagem degradada e áreas reabilitadas sob manejo agroecológico, comparados à vegetação nativa, considerando este parâmetro como indicador da qualidade do solo.
  • 13. 12 2 REVISÂO DE LITERATURA 2.1Matéria orgânica no solo Nos últimos anos, o estudo da matéria orgânica do solo (MOS) tem ganhado destaque devido a crescente preocupação existente com a qualidade do meio ambiente. Essa preocupação incentivou o estudo da matéria orgânicadevido ao seu papel decisivo em diversos aspectos relacionados ao solo e à água (BRONICK & LAL, 2005). Uma das mais importantes propriedades do solo do ponto de vista agrícola é a estruturação, uma vez que são atribuídas a ela interações fundamentais no processo de inter-relação solo-planta. Esta interação resulta de trocas gasosas, modificações sobre o ambiente físico do solo e influência sobre a atividade microbiológica de fundamental importância para a dinâmica dos processos físicos, químicos e bioquímicos do solo. (FERREIRA e DIAS JUNIOR 2001). Numa situação estável, normalmente em solos sob vegetação nativa inalterada, os teores de MOS se mantêm estáveis no tempo, a medida que as adições de C orgânico via resíduos de vegetais e a sua conversão em MOS são da mesma magnitude que as perdas de C orgânico pela mineralização da MOS promovidas pela atividade microbiana (Sanchez, 1976). A matéria orgânica do solo desempenha várias funções no ambiente,e especialmente na ciclagem e retenção de carbono, armazenamento de água e agregação, fatores determinantes para a manutenção e melhoria da qualidade do solo e do ambiente. Assim, pela importância das suas funções no ambiente, o monitoramento dos estoques de carbono orgânico tem sido considerado um dos principais indicadores de qualidade (PILLON et al., 2007). Apesar de a matéria orgânica encontrar-se numa faixa de apenas 1 a 6% em percentagem de peso na maioria dos solos, quando é bem manejada, a quantidade e qualidade da matéria orgânica levam a um aumento na disponibilidade de nutrientes e na diversidade biológica, além de melhorar as propriedades físicas e químicas do solo (ALTIERI,1999). A matéria orgânica do solo (MOS) é constituída, em sua maior parte, por substâncias húmicas mais estáveis, de difícil degradação. Essas substâncias são formadas a partir da transformação dos resíduos orgânicos realizada pela a
  • 14. 13 biomassa microbiana presente no solo e pela polimerização dos compostosorgânicos processados até a síntese de macromoléculas resistentes à degradação biológica (CAMARGO et. al., 1999). A agricultura intensiva tem sido responsável por perdas significativas da qualidade do solo, através do uso de práticas agrícolas de baixa sustentabilidade ambiental, esses sistemas de manejo proporcionam alterações nos atributos físicos, químicos e biológicos do solo. Com o intuito de amenizar tamanha degradação nos solos agricultáveis, tem se desenvolvido vários trabalhos no sentido de atenuar perdas nos recursos do solo e minimizar a degradação conservando o meio ambiente. Quando o solo passa a ser cultivado, as taxas de acúmulo ou perdas de MOS variam de acordo com as características de cada tipo de solo, dos sistemas de culturas, do sistema de preparo do solo e das condições climáticas, que aceleram ou retardam os processos de decomposição dos resíduos e de síntese e decomposição da MOS (Sanchez, 1976). As taxas de ganhos ou perdas de CO são definidas, portanto com a relação entre adições de C por resíduos animais ou vegetais e perdas de C por mineralização da MOS (Bayer &Mielniczuk, 1997). No entanto, o solo é um reservatório com limites definidos e apresenta capacidade limitada em acumular C na forma de MOS. Bayer (1996) observou a existência de uma relação direta entre os teores de argila de um solo e os conteúdos de MOS, o que indica que solos argilosos apresentam maior capacidade de acumular carbono. O conteúdo de matéria orgânica representa um fator muito importante nosolo, pois afeta fortemente a sua fertilidade através do aumento da disponibilidade dos nutrientes das plantas, pelo melhoramento da estrutura domesmo e da capacidade de reter água, e também pela ação de acumulação defases tóxicas e metais pesados (Stevenson, 1982). O teor de matéria orgânica no solo (MOS) dentre suas outras variáveis, é ofator que melhor representa a qualidade do solo, dentro da sustentabilidade deum sistema agrícola (Mielniczuk, 1999). Dentre as características do solo capazes de detectar as alterações na suaqualidade, o carbono orgânico ou a matéria orgânica demonstram bastantesensibilidade às perturbações causadas pelos sistemas de manejo (Bayer &Mielniczuk, 1997).
  • 15. 14 O declínio da matéria orgânica do solo (MOS) ao longo do tempo pode serum reflexo do sistema de manejo adotado, como: baixa adição de fertilizantesorgânicos, baixa produção de resíduos, excesso de revolvimento, erosãoacelerada, e a persistência deste tipo de manejo, conduzirá a uma situaçãoinsustentável do ponto de vista econômico ou ambiental (Mielniczuk, 1999). A matéria orgânica no meio ambiente (solos, sedimentos e água natural)pode ser dividida em duas classes de compostos, material não húmico(proteínas, polissacarídeos, ácidos nucléicos e pequenas moléculas, tais comoaçúcares e amino ácidos) e substâncias húmicas (Kononova, 1966, Rowell,1994). 2.2 Carbono orgânico O carbono orgânico do solo (COS) é um importante parâmetro indicador daqualidade do solo e da sustentabilidade agronômica, por causa deste impactoem outros indicadores físico, químico e biológico da qualidade do solo (Reeves,1997). A quantidade de carbono orgânico da superfície do solo é altamentevariável e influenciado por fatores de formação do solo como o clima, biota,topografia e material originário operando todos em conjunto (Essington, 2003) Dependendo da sua taxa de transferência no solo, três conceitos defrações de C podem ser distinguidas: ativa-instável e frações ativas- intermediáriaque permanecem no solo por anos ou décadas e refratória ou passiva,matéria orgânica que permanecem no solo por séculos e milênios (Schulzeet al.,2000). Durante a decomposição da matéria orgânica não-humificada (restos deplantas, animais e microrganismos) no solo, uma proporção variável de Corgânico (60-80%) é revertida para a atmosfera como CO2. Isto é um rápidoprocesso de mineralização que tem lugar durante os primeiros anos. O restantede C não mineralizado sofre lentamente processos de oxidação e, apóscomplexas transformações, torna-se biomassa microbial ou é estabilizado naforma de substâncias húmicas (humificação) (Schulzeet al., 2000). A humificação implica em severas mudanças na estequiometria ecomplexidade química substânciashúmicas com do material resistência macromolecular acentuada para a conduzindo a mineralização e
  • 16. 15 biodegradação (Tate,1987). Estas mudanças não são somente uma consequência da atividademicrobial, mas também das transformações induzidas por fatores físicosexternos ou físico-químicos, incluindo o fogo (Hatecher&Spiker, 1988). Os solos e sedimentos frequentemente contêm uma variação física equímica de diferentes materiais orgânicos de biopolímeros, tais comopolissacarídeos, lipídios, proteínas e lignina, substâncias húmicas derivadas debiopolímeros, negrorelacionado e querogênio maturado combustão ou a diageneticamente materiais carbonizados e carbono (Aikenet al., 1985;Stevenson, 1994). 2.3 Substâncias húmicas As substâncias húmicas constituem a maior fração de matéria orgânica(60-70%) do solo. Elas são geralmente divididas em 3 classes: ácidos fúlvicos que são solúveis em água sob todas as condições de pH, ácidos húmicos quesão solúveis em pH>2 e humina que são insolúveis em todas as faixas de pH(Jones & Bryan, 1998). Para Kononova (1966); Stevenson (1994), a estrutura das substâncias húmicas pode ser descrita como assembleias aromáticas, mas a partir de estudos de espectroscopia de ressonância magnética realizados por Schulten&Schnitzer (1993), propuseram umaestrutura do ácido húmico incorporando grandes porções alifáticas. Stevenson (1994) ressalta uma classificação com base nas característicasasquímicas de solubilidade, que tem como objetivo facilitar a aplicação de técnicasanalíticas pela redução da heterogeneidade do material isolado. As fraçõescomumente obtidas incluem ácido húmico, ácido fúlvico e humina, as outrasfrações são ácido himatomelanico, e ácidos marrons e cinzaStevenson (1982) propõem que os húmus são formados a partir de resíduos de plantas e animais pelo decaimento microbial, através de processos de humificaçãoque ocorre nos solos, sedimentos e águas naturais. Os compostos orgânicos de origem vegetal são geralmente, de naturezacomplexa, mas de composição elementar conhecida, C, H, O, N, P, S, quefazem parte das unidades estruturais dos tecidos como as proteínas, celuloses,hemiceluse, amido, pectina, lignina e lipídeos (Pinheiro, 2002).
  • 17. 16 Apesar dos organismos vegetais serem constituídos dos mesmos grupos de substâncias essaproporção (proteínas, varia muito, carboidratos, influenciando ligninas na e outros velocidade de componentes) humificação, sedecompõem mais rapidamente, quanto maior o conteúdo de carboidratos eproteínas e menor os componentes estáveis (lignina) (Kononova, 1982). A natureza do húmus do solo pode variar substancialmente com clima, vegetação e condições do próprio solo. E a concentração com a proporção com que estas frações são encontradas nos solos tem servido como indicador de qualidade dos solos em diversos trabalhos, devido a forte interação das substâncias húmicas com o material mineral do solo (FONTANA et. al. 2001) As substâncias húmicas, o maior reservatório terrestre de carbono orgânico na Terra, tem um papel importante na fertilidade e na estabilização de agregados do solo. Embora possuam um alto grau de resistência a biodegradação no solo, elas degradam, e o estado estacionário da síntese é atingido através de um decaimento característico, o qual depende do tipo de solo e da forma que manejado (HAYES & MALCOLM, 2001). A matéria orgânica de solo originada de lugares cultivados apresenta um estágio de humificação mais avançado do que solos sob a vegetação nativa (BAYER et al., 2000). O aumento do grau de humificaçãoda MOS ocorre devido a mudanças no regime microclimático do solo e pela quebra de agregados no sistema de manejo convencional (BALESDENT et al., 2000). Estudando o húmus de solos brasileiros, Volkoff&Cerri (1988) concluíram que a acidez, a aeração e a temperatura, nessa ordem de importância, são os principais fatores que determinam a natureza do húmus. A distribuição das frações ácidosfúlvicos, ácidos húmicos e huminas em função das condições ambientais foi estudada por Volkoff&Cerri (1988). Dos componentes orgânicos, o húmus do solo é o mais significante. Húmus é composto de frações solúveis chamadas ácidos húmicos e fúlvicos, e uma fração insolúvel chamada humina. É o resíduo originado quando bactérias e fungos biodegradam o material das plantas. As substâncias húmicas são produtos da degradação oxidativa e subsequente polimerização da matéria orgânica animal e vegetal. Elas são constituídas por uma mistura de compostos de elevada massa molar com uma grande variedade de grupos funcionais. Suas características moleculares podem variar dependendo da idade ou da origem do material sendo, por isso, definidas
  • 18. 17 operacionalmente (RAUEN et. al., 2002). Assim, com base nas suas respectivas solubilidades são classificadas em: humina (insolúvel em meio aquoso) ácidos fúlvicos (solúveis em água em qualquer pH) e ácidos húmicos (solúveis em água empH alcalino). Segundo Fontana et. al. (2001) a natureza do húmus do solo pode variar substancialmente com clima, vegetação e condições do próprio solo. E a concentração com a proporção com que estas frações são encontradas nos solos tem servido como indicador de qualidade dos solos em diversos trabalhos, devido a forte interação das substâncias húmicas com o material mineral do solo. 2.4 Matéria orgânica do solo como indicador de qualidade do solo O uso intensivo da terra invariavelmente causa efeitos negativos ao ambiente e produção agrícola se práticas conservativas não forem adotadas. Redução na quantidade de matéria orgânica do solo significa emissão de gases (principalmente CO2, CH4, N2O) para a atmosfera e aumento do aquecimento global. A sustentabilidade do solo é também afetada, uma vez que a qualidade da matéria orgânica remanescente muda. Alterações podem ser verificadas, por exemplo, pela desagregação do solo e mudança na sua estrutura. As consequências são erosão, redução na disponibilidade de nutrientes para as plantas e baixa capacidade de retenção de água no solo. Estes e outros fatores refletem negativamente na produtividade das culturas e sustentabilidade do sistema solo planta-atmosfera. Ao contrário, a adoção de boas práticas de manejo, tal como o sistema plantio direto, pode parcialmente reverter o processo, uma vez que objetiva o aumento das entradas de material orgânico no solo e/ou diminuição das taxas de decomposição da matéria orgânica do solo (PALM & SANCHEZ, 1991). Em solos tropicais e subtropicais altamente intemperizados a MO tem grande importância para o fornecimento de nutrientes as culturas, à retenção de cátions, complexão de elementos tóxicos e de micronutrientes, a estabilidade da estrutura, infiltração e retenção da água, aeração, e atividade e biomassa microbiana, tornando-se assim um elemento fundamental à sua capacidade produtiva (BAYER et al. 2000). A decomposição da matéria orgânica é fator chave na condução dos processos biológicos no solo e a interação com as propriedades físico-químicas, em
  • 19. 18 conjunto, resultam na fertilidade. O reconhecimento de que a matéria orgânica do solo (MOS) tem papel central na determinação da fertilidade do solo, tem levadoparte dos cientistas do solo à necessidade de se manejar a matéria orgânica e principalmente aumenta o teor da MOS. Pressupõe-se que um aumento naquantidade de MOS levará a uma melhoria na fertilidade do solo (MACHADO, 2001). O reconhecimento de que a matéria orgânica do solo (MOS) tem papel central na determinação da fertilidade do solo, tem levado parte dos pacientes do solo à necessidade de se manejar a matéria orgânica e principalmente aumentar o teor da MOS. Pressupõe-se que um aumento na quantidade de MOS levará a uma melhoria na fertilidade do solo (MACHADO, 2001). Nem todos os componentes dos matérias orgânicos incorporados àdecomposição. Alguns pelosmicrorganismos, ao terreno são outros apresentam a mesma resistência prontamente atacados e decompostos altamente resistentes à decomposição são (BRADY,1989)A matéria orgânica no solo (MOS) apresenta-se como um sistema complexode substâncias, cuja dinâmica é governada pela adição de resíduos orgânicos de diversas naturezas e por uma transformação contínua sob ação de fatores biológicos, químicos e físicos (CAMARGO et al. 1999). Estes autores ainda ressaltam que cerca de 10 a 15% da reserva total do carbono orgânico nos selos minerais é constituída por macromoléculas (proteínas e aminoácidos, carboidratos simples e complexos, resinas, ligninas e outros), e 85 a 90% pelas substâncias húmicas propriamente ditas. O carbono orgânico (CO) é um dos atributos mais promissores para detectar as alterações na qualidade do solo, por demonstrar bastante sensibilidade às perturbações causadas pelos sistemas de manejo (SILVA, 2006). O carbono orgânico é um atributo muito importante por atuar nos atributos químicos, físicos e biológicos (LARSON & PIERCE, 1994; SOUZA et al., 2006). Em áreas que não sofreram ação antrópica o carbono orgânico encontra-se estável, porém quando esses solos são submetidos ao manejo intensivo sofrem perdas na sua qualidade e quantidade (ADDISCOT, 1992, citado por SOUZA et al., 2006). De acordo com Silva,2006) a perda de carbono do solo corresponde à soma das perdas por oxidação, erosão e lixiviação. Vários estudos através de métodos de extração e fracionamento
  • 20. 19 dassubstâncias húmicas da matéria orgânica do solo têm sido feitos para entendermelhor parâmetros como: a pedogênese, a melhoria das propriedades físicas dosolo, as interações organo-minerais, a diminuição da fixação do carbono, e oimpacto da agricultura na qualidade do solo (Roscoe& Machado, 2002). O fracionamento físico possibilita a separação de reservatórios da MOSmais relacionados com a suas características e dinâmicas no estado natural, ouseja, relaciona a MOS com a agregação e estabilidade de agregados ou ainda,quantifica os compartimentos da MOS visando estudos sobre a dinâmica damesma (Roscoe& Machado, 2002). Para Christensen (1992), o fracionamentofísico enfatiza o papel das frações minerais na estabilização e transformações daMOS. O fracionamento físico tem se mostrado promissor na distinção doscomportamentos de carbono sujeitos à influência do manejo e na identificaçãodo mecanismo de controle físico da matéria orgânica, caracterizando também asrelações entre matéria orgânica e a agregação em macroagregados emicroagregados (Felleret al., 2000). Os procedimentos usados no fracionamento físico têm comoembasamento teórico modelos descritivos do arranjo espacial das partículasminerais e orgânicas no solo. Dependendo do grau de associação com a matriz do solo, a MOS podeestar livre ou fracamente associada nãocomplexada-MONC). Podem às partículas também de estar solo (matéria fortemente orgânica ligada às partículasminerais, formando complexos organo-minerais (COM), que podem serprimários, resultante da interação direta das partículas minerais primárias ecompostos orgânicos. Os COM-primários agrupam-se formando agregados ouCOM-secundários, podendo ocorrer o aprisionamento de parte da MONC nointerior dos COM-secundários, dividindo-os em MONC-livre (livre na superfícieou entre os agregados) poucoacessíveis a e MONC-oclusa microbiota) (dentro (Chistensen dos 1996, agregados 2000).Os em locais métodos de fracionamento físico visam à separação da matériaorgânica presente nos reservatórios tentando quantificar e caracterizar, paraisso, são utilizados dois grupos de métodos: os métodos densimétricos, que temcomo base a diferença de densidade entre a fração orgânica e mineral epermitem o isolamento e quantificação dos compartimentos mais labeis da MOS.E os métodos granulométricos, que levam em consideração os diferentestamanhos de partículas e permitem o estudo dos
  • 21. 20 compartimentos maishumificados e tipicamente mais estáveis às mudanças no ambiente do solo provocadas pelo manejo (Feller&Beare, 1997). 3 MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi realizado no período de 01 de fevereiro a 29 de junho de 2012, sendo que as amostras de solos foram coletadasna Propriedade Rural do produtor Agroecológico “Raimundo Rego”, localizada no município de Esperantina, Piauí (03° 54’ 07” S; 42° 14’ 02” O; 49 m). Segundo o Instituto De Geografia e Estatística (IBGE), predomina na cidade de Esperantina o clima Tropical Megatérmico, dos mais quentes do Brasil. As amostras de solo foram coletadas em 04 áreas existentes na propriedade, conforme descrição a seguir: APD – Área Degradada, AMA-2ANOS – Área cultivada há dois anos sob manejo agroecológico, AMA- 5ANOS – Área cultivada há 5 anos sob manejo agroecológico e AVN – Área com vegetação nativa. Nas áreas representativas foram feitas mini-tricheiras, onde foram coletadas as amostras de solo na profundidade de 0-10 cm, a partir de quatro pontos de coleta. Após homogeneização, as amostras foram acondicionadas em sacos plásticos e transportadas para o laboratório de biociências da Universidade Estadual do Piauí, Campus Parnaíba. As amostras de solo foram secas em temperatura ambiente, destorroadas e passadas em peneiras com abertura de 02 mm para obtenção da terra fina seca ao ar (TFSA) para realizar o fracionamento da matéria orgânica do solo. 3.1Fracionamento da matéria orgânica A matéria orgânica do solo foi fracionada com base na solubilidade em meio ácido e alcalino, obtendo-se as frações: ácidos fúlvicos (FAF), ácidos húmicos (FAH) e Humina (FHUM). Para isso foram colocados 1 g de solo de cada amostra em tubos de centrífuga de 15 mL com tampa e adicionados 10 mL de NaOH 1 mol L1 . As amostras foram agitadas em agitador horizontal por 1 hora a 12 rpm. A solução foi deixada em repouso por 24 horas e depois centrifugada por 15 min a 2500 rpm. O sobrenadante foi transferido para um erlenmeyer de 125 mL e reservado. Esse procedimento foi repetido até que o sobrenadante ficasse incolor.
  • 22. 21 Na sequência, o sobrenadante reservado ( extrato alcalino pH= 13.0;resíduo solúvel-Substância húmicas- SHs) foi ajustado para pH= 2,0 com adição de gotas de solução de H2SO4 a 20%, utilizando o mesmo volume de ácido para as demais amostras. O material foi deixado em repouso por 18 horas até a decantação do precipitado formado a fim de facilitar a separação das frações ácidosfúlvicos (FAF), que permaneceu em solução, da fração ácidos húmicos (FAH) que precipitou (Figura 1). Figura 1. Diagrama representando o procedimento de extração e fracionamento das frações húmicas. A separação da fração (CFAF) foi feita por filtração e teve o volume ajustado para 100 mL utilizando água destilada. O material remanescente no papel filtro (CFAH) foi retirada mediante adição da solução NaOH 0,1 mol L-1 sobre o precipitado até a lavagem completa do papel filtro. A fração (C FAH) foi rediluída em solução de NaOH 0,1 mol L-1 e teve o volume ajustado para 100 mL e reservado para a quantificação. O material remanescente de cada tubo de centrífuga foi transferido quantitativamente para erlenmeyer de 125 mL (sem perdas do material) para a quantificação da fração humina (CHUM). 3.2 Determinação do carbono das frações ácidos fúlvicos, ácidos húmicos, e
  • 23. 22 humina. A quantificação do carbono nas frações ácidosfúlvicos (CFAF) e ácidos húmicos (CFAH) foi realizada pelo princípio analítico de oxidação do carbono por via húmida, empregando a solução de dicromato de potássio em meio ácido, como fonte externa de calor (Walkley& Black, 1934), conforme metodologia descrita em Benites (2003). Para isso foi transferido uma alíquota de 25 mL de cada uma das soluções (CFAF ou CFAH) para erlenmeyer de 125 mL, adicionado 5,0 mL de K2Cr2O7 0,176 mol L-1 e 2,0 mL de H2SO4 concentrado a cada amostra e em quatro erlenmeyer. Para a prova em brancoadicionou-se 50 mL de água destilada e 5,0 mL de K 2Cr2O7 0,176 mol L-1 , e 2, mL de H2SO4 concentrado, após serem aquecidas na estufa durante 30 minutos com temperatura de 100 °C as amostras foram tituladas com solução de sulfato ferroso amoniacal 0,30 mol L-1. A dosagem do carbono das frações CFAF eCFAH foi obtida a partir da titulação do dicromato remanescente com a solução sulfato ferroso amoniacal 0,40 mol L-1. A fração humina (CFAH) também foi determinada também foi determinada de oxidação do carbono, porém foram adicionadas aos erlenmeyer, 5 mL de dicromato de potássio K2Cr2O7 0,0167 mol L-1 e 20 mL de H2SO4 concentrado. Este procedimento também foi feito às duas provas em branco e tituladas comsulfato ferroso amoniacal 0,40 mol L-1. O carbono das frações ácidosfúlvicos (CFAF) e ácidos húmicos (CFAH) e humina (CHUM) foi calculada pelas as equações 1, 2 3 respectivamente. Sendo: CFAF = Carbono da fração ácidosfúlvicos (g kg-1)
  • 24. 23 CFAH = Carbono da fração ácidos húmicos (g kg-1) CHUM = Carbono da fração humina (g kg-1) Vbac= Volume de sulfato ferroso amoniacal consumido na titulação do branco (mL) Vamostra= Volume de sulfato ferroso amoniacal consumido na titulação da amostra (mL) CFe2+ = Concentração de CFe2+ na solução padronizada de sulfato ferroso amoniacal para a reação com dicromato de potássio Vextrato= Volume total do extrato (mL) Valiquota= Volume da alíquota usada na determinação do AH e AF (mL) Psolo = Peso do solo (g) 4000 = Peso_miliequivalente do C (g) 1000 = Fator de transformação de g para Kg Vdicromato= Volume do dicromato (mL) 0,167 = Concentração da solução de dicromato (mol L-1) 6 = número de elétrons transferidos no processo de redução Cr (VI) Cr (III) Vbr = Volume de sulfato ferroso amoniacal gasto na titulação do branco (mL) 3.3 Análise estatística O trabalho foi avaliado em delineamento inteiramente casualizado, sendo as fontes de variação a área de pastagem degradada, as áreas reabilitadas sob manejo agroecológico e área de vegetação nativa (parcelas), utilizando para análise dos dados foi realizada com o auxílio do software de estatística -ASSISTAT 7.6 (2012).
  • 25. 24 4RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos a partir das análises dos tores de carbonoorgânico total correspondentes ás frações dos ácidos húmicos (CFAH), ácidos fúlvicos (CFAF), e fração humina (CHUM) na profundidade 0-10 cm demostraram que houve diferenças significativas entre as área de pastagem degradada e as áreas reabilitadas sob manejo agroecológico(Tabelas 1 e 2). 4.1 carbono orgânico total . O carbono orgânico total (COT) é considerado o indicador mais importante da qualidade do solo e da agricultura sustentável devido sua estreita relação com as propriedades físicas, químicas e biológicas. Os teores de COT tem um aumento significativo nas áreas reabilitadas então podemos detectar as alterações na qualidade do solo demonstrando sensibilidade ao uso do manejo agroecológico (Tabela 1). TABELA 1.Carbono orgânico total do solo em área de pastagem degradada e áreas reabilitadas sob manejo agroecológico. Áreas COT (g Kg-1) APD 0,69 c AMA-2ANOS 1,08 a AMA- 5ANOS 1,22 a AVN 0,86 b APD – Área Degradada, AMA-2ANOS – Área cultivada há dois anos sob manejo agroecológico, AMA- 5ANOS – Área cultivada há 5 anos sob manejo agroecológico e AVN – Área com vegetação nativa. Partindo-se desse pressuposto, o manejo orgânico pode ser uma forma adequada de se alcançar um sistema agrícola sustentável (Losset al., 2009a,b). Na área de pastagem degradada houve uma redução na quantidade de COT pelo uso inadequado do manejo no solo.A atividade agrícola prolongada tem causado problemas como a compactação e adensamento. Dessa forma, diminuem a
  • 26. 25 porosidade total do solo e a macroporosidade, que são de fundamental importância para as trocas gasosas, a infiltração e na movimentação da água por difusão ou fluxo de massa, tão importantes para a absorção de nutrientes, refletindo no estado nutricional, conforme afirma Borges et al., (1997). 4.2 Carbono nas Frações húmicas do solo Com relação a fração ácido fúlvico (CFAF), houve uma grande redução nas áreas degradadas comparando com a área de vegetação nativa e sendo elevada nas demais áreas (Tabela 2). Isso por serem as frações mais reativas, porém com reduzida estabilidade química, indicando uma característica desfavorável, pois podem facilitar, na forma de complexos orgânicos, a lixiviação de cátions e iluviação de argilas humificadas. Sendo o COT a principal fonte de nitrogênio, o conteúdo deste nutriente no solo é diretamente afetado pela degradação causada pela erosão hídrica do solo (Aita, 1997). A redução dessa fração pode ser explicada por ela apresentar estrutura de fácil degradação. TABELA 2.Carbono das frações húmicas do solo em área de pastagem degradada e áreas reabilitadas sob manejo agroecológico. Áreas Frações Húmicas do solo APD AMA-2ANOS AMA- 5ANOS AVN Ácido Fúlvico - CAF (g Kg-1) 0,09 c 0,18 b 0,25 a 0,17 b APD AMA-2ANOS AMA- 5ANOS AVN Ácido húmico - CAH (g Kg-1) 0,23 b 0,25 a 0,34 a 0,33 a APD AMA-2ANOS AMA- 5ANOS AVN Humina - CHum (g Kg-1) 0,35 b 0,52 a 0,58 a 0,41 b Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, (P< 0,05.) APD – Área Degradada,AMA-2ANOS – Área cultivada há dois anos sob manejo agroecológico, AMA- 5ANOS – Área cultivada há 5 anos sob manejo agroecológico e AVN – Área com vegetação nativa.
  • 27. 26 Quanto ao atributo (CFAH) o melhor ajuste para explicar o comportamento dos resultados é por essa fração conter uma estrutura de difícil degradação mesmo assim na área de pastagem degradada houve uma redução no teor de carbono mostrando que a escolha do manejo adequado, é uma boa forma de manter o solo com mais fertilidade, e a presença de carbono na área nativa pode ser entendida a partir da hipótese mais provável que esse valore é oriundo da persistência de uma vegetação orgânica antiga e estável proveniente de uma vegetação anterior mais antiga. Ao contrario do ácidosfúlvicos a fração ácidos húmicos tem o processo de humificação mais complexo, por causa de sua estrutura. Segundo Jones & Bryan (1998), as substâncias húmicas são estruturalmente complexas, macromoléculas que tem uma aparência escura, são ácidas e geralmente heterogêneas. Elas são constituídas de carbono, oxigênio e às vezes pequenas quantidades de nitrogênio e ocasionalmente fósforo e enxofre. Na fração humina (CHUM) observou-se que nas áreas sob manejo agroecológico houve uma tendência de acúmulo de carbono. Isso ocorre devido à adição de compostos orgânicos usados no manejo sendo esse aporte favorável as condições de humificação da matéria orgânica. O C-HUM é a fração que contém a maior parte do COT do solo. Estes maiores teores de C-HUM são decorrentes do manejo adotado em cada área, pois propiciou as mesmas diferenças para o COT, sendo as mesmas razões para os maiores teores de COT, e consequentemente, para os maiores teores de C-HUM, já explicados. O maior valor de carbono na forma de C-HUM favorece as propriedades da fração coloidal da MOS, tais como: retenção de umidade, melhor estruturação do solo e maior retenção de cátions (Souza & Melo, 2003).
  • 28. 27 5 CONCLUSÃO O carbono orgânico total teve um aumento significativo nas áreas reabilitadas sob manejo agroecológico, este resultado demonstra a importância da escolha do manejo para a manutenção ou melhoria dos teores de COT em áreas de baixa fertilidade natural. Há uma tendência na variação na quantidade de carbono das substâncias húmicas nas áreas sob manejo agroecológico, contribuindo com maior influência na fração humina, onde a mesma interage com a fração mineral do solo melhorando a qualidade do mesmo e consequentemente o aumento da produtividade.
  • 29. 28 6 RFERÊNCIAS AIKEN et al., Humic Substances in Soil, Sediment and Water.Geochemistry, Isolation and Caracterization.Wiley, New York, 1985, 692p. AITA, C. Dinâmica do nitrogênio no solo durante a decomposição de plantas de cobertura: efeito sobre a disponibilidade de nitrogênio para a cultura em sucessão. In: Atualização em recomendação de adubação e calagem: ênfase em plantio direto. Santa Maria: Palloti, 1997. p. 76 – 111. ASSISTAT. Versão 7.6 beta. Por Francisco de Assis Santos e Silva. DEAG-CTRNUFCG- Atualizado em 14/05/2012. Disponívelem<htpp//:www.assistat.com> acessado em 20/07/2012. BALESDENT, J.; CHENU, C.; BALABANE, M. Relationship of soil organic matterdynamics to physical protection and tillage.Soil and Tillage Research, Amsterdam,v.53, p 215-230, 2000. BAYER, C.; MIELNICZUK, J.; MARTIN-NETO, L.; CERETTA, C.A. Effect of on no till ropping systems on soil organic matter in an sandy clay loan Acrisol from southern Brazil monitored by electron spin resonance and nuclear magnetic resonance of 13 C. Soil Tillage, Amsterdam, v. 53, p. 95-104, 2000. BAYER, C.; MIELNICZUK, J. Características químicas do solo afetadas por métodos de preparo e sistemas de 716 Siqueira Neto et al. Acta Scientiarum. Agronomy Maringá, v. 31, n. 4, p. 709-717, 2009 cultura. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 21, n. 1, p. 105-112, 1997. BENITES, V. M.; MADARI, B.; MACHADO, P. L. O. A. Extração e Fracionamento Quantitativo de Substâncias Húmicas do Solo: um ProcedimentoSimplificado de Baixo Custo. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2003. 7p.(Embrapa Solos. Comunicado Técnico, 16) BORGES, E. N.; LOMBARDI NETO, F.; CORRÊA, G. F.; COSTA, L. M. Misturas de gesso e matéria orgânica alterando atributos físicos de um latossolo com compactação simulada.Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v.21, p.125-130, 1997.
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