- O documento discute as diferenças entre projeto didático e sequência didática, analisando uma proposta de planejamento sobre espeleologia.
- É sugerido que o planejamento apresentado seja uma sequência didática, já que contempla áreas do conhecimento e direitos de aprendizagem, mas carece de ajustes.
- Também são apresentados princípios e etapas para o desenvolvimento de projetos didáticos e sequências, com foco na participação dos alunos e significatividade dos conteúdos.
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1.
2. Proposta de trabalho de grupo
A partir de suas hipóteses e experiências
pedagógicas, estabeleça critérios para identificação e
diferenciação do tipo de planejamento que segue:
É um Projeto Didático ou uma Sequência
Didática?
3. Sequência didática/ Projeto
didático
Analisem a proposta de planejamento, considerando as
seguintes questões:
• O planejamento proposto é uma sequência ou um projeto
pedagógico?
• Quais áreas do conhecimento foram contempladas na proposta
apresentada?
• Quais foram os direitos de aprendizagem contemplados?
• Há necessidade de ajuste na proposta analisada? Quais?
4. ANALISANDO AS ETAPAS DE UMA SEQUÊNCIA
ESPELEOLOGIA
OD1. Situação problema - Elaboração de material de consulta para ajudar os
alunos (guias mirins) a se informarem melhor sobre as cavernas da
Chapada.
« Conteúdos significativos e funcionais para os alunos
(Contextualização).
OD2. Leitura de fotos e imagens para identificação das cavernas já
conhecidas pelos alunos (Levantamento de conhecimento prévio).
« Atividade motivadora que desperta o interesse do aluno.
OD3. Disponibilização de textos para busca de informações com propósitos de
5. OD4. Estabelecimento de relações entre conhecimentos prévios e os novos
adquiridos.
« Possibilidade do professor intervir na Zona de Desenvolvimento
Proximal do aluno (ZDP).
OD5. Socialização dos conhecimentos adquiridos sobre as cavernas
estudadas (Conclusões).
OD6. Retomada do propósito do grupo: produção de livro. Estabelecimento
de novas situações de conflito que irão nortear o trabalho da pesquisa de
campo e execução do produto final (Motivação e apresentação de desafios).
« Estímulo à autoestima e autoconceito dos alunos.
6. OD7 e OD8. Busca de informações com roteiro de pesquisa
perviamente elaborado.
« Conteúdos procedimentais e atitudinais são objeto de ensino.
OD9. Estabelecimento de relações entre as cavernas locais e
outras de regiões diversas (Generalização).
OD10. Exercitação/Síntese/Avaliação
OD11, OD12, OD13 e OD14. Produção final para avaliação do
processo.
7. A Sequência Didática é ...
...um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e
articuladas para a realização de certos objetivos
educacionais, que têm princípios e fins conhecidos pelos
professores.
8. Tipos de atividades e articulações
Proposta
Didática
Intenções educacionais
Natureza dos ConteúdosFuncionalidade
9. Quando a sequência didática torna-se
funcional?
• As atividades propostas suscitam o levantamento de
conhecimento prévio dos alunos diante de novos conteúdos de
aprendizagem;
• Os conteúdos propostos são significativos e funcionais para os
alunos;
• O conflito cognitivo estabelece relações entre os novos conteúdos e
os conhecimentos prévios;
• As atividades são motivadoras em relação à aprendizagem dos
novos conteúdos;
10. O que dizem os teóricos?...
Leal (2005) sintetiza algumas reflexões realizadas por Brousseau:
Na situação de ação, há sugestão de um problema a ser resolvido a partir dos
conhecimentos prévios de que os alunos já dispõem. Na situação de formulação, o
professor sugere uma atividade (ou mais de uma) em que os alunos precisam explicitar
para os colegas (em dupla, trio ou grupo maior) as estratégias que eles usaram para
encontrar as respostas. Nesse momento, eles discutem entre pares as repostas
encontradas. Na situação de validação, os alunos resolvem novas atividades utilizando os
conhecimentos que construíram em dupla ou em grupo. Por fim, na situação de
institucionalização, o professor atua como organizador das informações, sistematizando
os conhecimentos e ajudando os alunos a integrarem as informações disponibilizadas
durante toda a sequência. (p. 123)
11. Segundo Antoni Zabala, uma boa sequência segue
os seguintes passos:
• Apresentação de uma situação
problema;
• Levantamento dos conhecimentos
prévios;
• Busca de informações;
• Elaboração das conclusões;
• Generalização das conclusões e
sínteses;
12. DIFERENÇAS ENTRE...
PROJETO DIDÁTICO
O planejamento, o
monitoramento e avaliação de
todo o processo se dá de forma
compartilhada.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Pode-se pensar em produtos finais
fundamentais com o engajamento
dos alunos, mas o planejamento
didático das atividades e a ordem do
plano geral é centrado no professor.
13. “[...] Ensinar é difícil e não da para esperar que a
explicação das variáveis que intervêm possa ser feita
por um discurso simplista.
Agora, tampouco devemos perder de vista que em
grande parte, poder trabalhar desde este marco
implica uma atitude construtiva – baseada no
conhecimento e na reflexão -, que contribui para que
nossas intervenções, talvez de forma intuitiva em
grande parte, se ajustem às necessidades dos alunos
que temos em frente, nos levem a incentivá-los, a ver
seus aspectos positivos, a avaliá-los conforme seus
esforços e a atuar como o apoio de que necessitam
para seguir“.
(ZABALA, 1998)
14. • ...um meio para ampliar a formação de
cidadão de mundo;
• ...uma mudança de perspectivas para
conteúdos (significativos);
• ... desenvolver uma dinâmica de “ir e vir”.
Trabalhar com Projeto Didático é ...
15. • do que eles já sabem (conhecimentos prévios);
• de seus esquemas precedentes;
• e de suas hipóteses frente ao tema abordado.
COMO INICIAR UM PROJETO NUM GRUPO?
16. Projeto é uma avaliação condizente com a
visão de globalização e a intenção de que o
sujeito participe de todas as etapas do
processo educativo.
PRESSUPOSTO BÁSICO
PARTICIPAÇÃO
19. Ä Oportuniza a reflexão sobre o currículo e sua funcionalidade;
Ä Organiza as próprias ações (grupo/individual);
Ä Favorece clareza e precisão da própria ação;
Ä Gera situações de aprendizagens – reais, contextualizadas, diversificadas e
significativas;
Ä Integra e relaciona os temas abordados em atividades interdisciplinares;
Ä Considera a atuação do aluno como sujeito da sua própria aprendizagem;
Ä Permite (por parte do professor) uma estruturação lógica e sequencial dos temas
tratados;
Ä Dá funcionalidade (propósito social) ao que vai sendo aprendido.
VANTAGENS DO TRABALHO COM
PROJETO:
20. • Ter o problema proposto;
• Elaborar hipóteses;
• Fazer observações;
• Experimentar;
• Argumentar com o seu ponto de vista;
• Socializar as ideias;
• Analisar os erros.
O QUE É PRECISO PARA TER UMA PRÁTICA DINÂMICA E
CONTEXTUALIZADA?
21. •Selecionar variedades de textos;
•Propor problemas;
•Organizar situações que permitam a exposição das
ideias do sujeito;
•Intervir no sentido de criar ações para que a
apropriação do saber ocorra de forma significativa;
•Garantir que o problema passe a ser de todos.
ENTÃO, É PRECISO...
22. O PROJETO GERA A NECESSIDADE DE APRENDIZAGEM, MAS
POR SI SÓ NÃO GARANTE ESTA APRENDIZAGEM.
O que é necessário?
• Intervenção do professor – mediação;
• Sequências didáticas;
• Atividades significativas.
23. • Após a escolha do tema, definir o problema;
• Organizar um índice especificando o que vão trabalhar;
• Buscar informações que contemplem e ampliem a argumentação inicial do
projeto;
• Tratar as informações socializando e discutindo as ideias;
• Envolver-se na construção do empreendimento como produto do projeto;
• Avaliar todo processo = O que já sei? O que ainda preciso saber para a solução
do problema?
As ações da criança no projeto
24. O QUE JÁ
FIZEMOS?O QUE JÁ
FIZEMOS?
O QUE FOI BOM?O QUE FOI BOM? O QUE AINDAFALTA FAZER?
O QUE AINDAFALTA FAZER?
SERIA MELHOR
SE...?
SERIA MELHOR
SE...?
26. Sugestões de obras para planejamento de projetos e
sequências didáticas relativas ao campo e à diversidade
cultural (PNLD Obras Complementares 2013)
27.
28. Planejamento
das ações didáticas
do campo
Escolas da região
urbana
Escola da região
rural
Pensar o
tempo
didático
200 dias
letivos;
Finais de
semanas;
Feriados
Princípios
Metodológicos
da Alternância
30. Pedagogia da Alternância
A chamada Pedagogia da Alternância nasceu em um contexto rural,
no Sudoeste da França, em 1935, através da iniciativa de pais
agricultores preocupados com a formação dos seus filhos. (RIBEIRO,
2008)
Nessa experiência, com vistas ao desenvolvimento local e sem que
isso significasse filiação a algum projeto político específico, propunha-
se um tempo de trabalho na comunidade e outro tempo de trabalhos
escolares, ou seja, um período de tempo em que as crianças
frequentavam a escola e outro período em que conviviam com seus
familiares nos espaços produtivos. Este princípio já estava, contudo,
presente na defesa da união entre ensino e trabalho, herdada pela
tradição marxista dos socialistas utópicos no século XIX. Marx e
Engels o pensavam no bojo de uma estratégia revolucionária, que
visava à disputa pelo controle do processo produtivo no chão das
fábricas (NOGUEIRA, 1990).
Caderno do Campo – Unidade 06 p. 10.
31. Finalidades da alternância presentes na
experiência brasileira
Ä Estratégia de escolarização;
Ä Permanência no meio rural;
Ä Possibilidade do jovem no meio
familiar;
Ä Importância da mão de obra dos
membros familiar;
Ä Qualificação técnica dos jovens.
32. Portanto...
É no cotidiano das relações de trabalho e convívio social que o homem do campo
constrói sua identidade, que como sujeito histórico é determinado por um conjunto de
relações econômicas e culturais da sociedade.
O currículo deve garantir o direito de aprendizagem procurando relacionar os temas
que são relevantes para a comunidade onde o sujeito está inserido.
O professor deve entender que a criança formula ideias, reflete e constrói conhecimento.
Nesse contexto, o professor deve trabalhar atividades mais significativas e
interessantes que contribuam para a construção de novos conhecimentos sem
desmerecer o já adquirido. Então...
33. Como trabalhar o projeto didático e
sequência didática nas classes
multisseriadas?
É preciso, pois, ativar, por meio da voz das
crianças, não apenas suas curiosidades, mas
também seus conhecimentos prévios e suas
vivências na comunidade. É com base no
conhecimento acerca do que as crianças já
sabem, porque aprenderam em suas
comunidades, que se podem traçar
planejamentos consistentes para que elas
aprendam o que não sabem ainda.Caderno do Campo – Unidade 06 p. 15.
34. Atividade em grupo:
PROPOSTA 1-
Produzir, em grupo, uma proposta de projeto didático,
a partir do acervo de livros oferecido no caderno do PACTO –
Campo Unidade 06 e em consonância com os “Direitos de
Aprendizagens” das áreas afins. SLIDE 34; (40min).
PROPOSTA 2-
Produzir, em grupo, uma proposta de projeto didático:
- escolhendo um ano para trabalhar (1ᵒ, 2ᵒ ou 3ᵒ);
- definindo um único tema;
- articulando as áreas do conhecimento e os componentes
curriculares;
- contemplando os direitos de aprendizagem e a apropriação do
SEA;
- atentando para a inserção dos gêneros textuais e a perspectiva
de letramento.