Lista ordenada de candidatos a Assembleia de Freguesia Rio de Moinhos
Margarida Togtema Candidata Assembleia Municipal apresentação candidatura martinchel 1 de setembro 2013
1. Bem-querer a Abrantes
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Intervenção feita na apresentação da lista candidata, pelo PSD, à Junta
de Freguesia de Martinchel
01 de Setembro de 2013
Quero saudar, em primeiro lugar, todos os cidadãos de Martinchel, e de
forma particular, os que quiseram juntar-se a nós, hoje, aqui, para
partilharem connosco este momento.
Saúdo também a Senhora Presidente da Comissão Política do PSD de
Abrantes e Directora de Campanha – Engª Manuela Ruivo, a quem felicito
pelo seu aniversário;
a Senhora candidata à Câmara Municipal de Abrantes – Dra. Elza Vitorio.
Cumprimento também os candidatos das várias listas que integram a
Candidatura da Dra. Elza Vitorio, e que se quiseram juntar a nós.
Saúdo, finalmente, e de forma especial, a Dra. Ana Salgueiro e todos os
elementos que compõem a lista candidata, pelo PSD, à Junta de Freguesia
de Martinchel que, com entusiasmo contagiante, Acreditam em
Martinchel e querem, com a sua dedicação e empenho, contribuir para
que, depois de um ciclo de perdas, Martinchel volte a ser um território
ganhador.
Um olhar atento sobre a História, seja ela a de Portugal ou a Universal,
permite-nos perceber que, ciclicamente, e com as especificidades próprias
de cada época, as dinâmicas sociais se repetem com características
similares, estando muitas dessas dinâmicas associadas a ciclos de
crescimento ou de contracção económica.
Os ciclos de crescimento, apesar das inúmeras vantagens que trazem aos
cidadãos, têm, por regra, o inconveniente de tornar as pessoas mais
centradas em si e nos seus interesses e problemas pessoais, delegando
noutros a gestão da coisa pública e a responsabilidade de promover o bem
comum e o bem-estar social. E essa delegação é feita com tal
2. Bem-querer a Abrantes
desprendimento que, ainda que de forma inconsciente, ela converte-se,
progressivamente, numa total abstenção ao nível do controlo e supervisão
que o exercício responsável da cidadania exige, permitindo e legitimando
práticas abusivas na gestão dos recursos colectivos que desencadeiam e/ou
aceleram ciclos recessivos como aquele que vivemos actualmente.
Por seu turno, os ciclos recessivos, com todos os elevados custos sociais
que, infelizmente, bem conhecemos, têm a vantagem de estimular o sentido
crítico e a responsabilidade social dos cidadãos, tornando-os mais atentos e
mais exigentes no exercício da sua cidadania, nomeadamente, naquilo que
respeita à supervisão na gestão dos recursos e bens colectivos. Estes
períodos são, normalmente, marcados por um envolvimento significativo e
uma participação activa dos cidadãos, com vista a operar as mudanças
necessárias à inversão da lógica recessiva e à moralização das práticas
governativas que permitam o surgimento de um novo ciclo de crescimento.
Este é, sem dúvida, um dos ensinamentos que uma análise atenta da
História permite retirar: de uma forma simplista, podemos dizer que
quando tudo vai bem acomodamo-nos à situação, esperando que “façam o
trabalho por nós e não nos incomodem”. Porém, quando tudo começa a ir
mal, a invasão da nossa esfera pessoal parece devolver-nos a capacidade de
olhar à volta e de nos preocuparmos também com os que estão ao nosso
lado. Nesse momento, o peso na consciência, provocado por aquilo que não
fizemos, impele-nos a agir, determinados, então, em não deixar repetir tudo
aquilo que, afinal, ao longo da História e por várias vezes, outros ou nós
próprios já tínhamos prometido que não se repetiria.
Por que se repetem então os erros do passado? Porque o ser humano tem a
memória curta! Por que não aprendemos com a História? Porque aprender
dá muito trabalho e mais trabalho ainda dá agir de forma sistemática,
determinada e rigorosa. Como diz a sabedoria popular, “enquanto o pau vai
e vem folgam as costas!!”
Mas esta justificação, assente na dificuldade em analisar e perceber a
História não chega para explicar a situação a que chegámos. Importa ir um
pouco mais longe nesta nossa reflexão e determo-nos um pouco sobre o
conceito de Política. De uma forma muito simplista, a política é a
actividade humana relacionada com a organização das sociedades, de
forma a promover a felicidade e o bem-estar dos seus membros. Neste
sentido, a política traduz-se no serviço ao outro e, como tal, é altruísta.
3. Bem-querer a Abrantes
Como afirmou o Papa Francisco, com a espontaneidade que o caracteriza,
“temos de nos meter na política, porque a política é uma das formas mais
altas de caridade, porque busca o bem comum”.
E continuou afirmando: “a política está muito suja, mas eu pergunto: está
suja porquê?”
Poderemos procurar encontrar algumas respostas, pois não é difícil
identificar alguns dos “factores poluentes” dessa nobre actividade.
Vejamos:
- a política visa a promoção do bem comum e do bem-estar de todos. É
uma actividade altruísta e não egoísta; tem em vista o bem de todos e não a
satisfação de interesses pessoais e/ou de pequenos grupos numa lógica
clientelista, de caprichos e favorecimentos pessoais. Quantos são, entre os
que têm ou tiveram a responsabilidade da administração da coisa comum,
os que não utilizam ou utilizaram a actividade política para retirar
benefícios pessoais para si e para o seu grupo de protegidos??
- a política não tem na base uma profissão, com a respectiva carreira,
mas sim uma atitude. Não se faz política porque muito cedo “se entrou
para a carreira”. Não há níveis nem escalões como normalmente acontece
nas diferentes profissões. Ela implica, sim, uma formação humana exigente
- onde predomine o bom senso e valores essenciais (honestidade,
tolerância, humildade…) - e o domínio de um conjunto vasto de
conhecimentos que permitam ler, analisar e interpretar a realidade, para
depois procurar e delinear os caminhos que melhor servem o bem comum.
Implica muitos saberes e muitos saber-fazer. Quantos, entre os que nos
governam ou governaram, deram provas de possuir esse saber e de ter a
experiência que garanta a eficiência da sua acção? E em quantos
reconhecemos o bom senso e identificamos, na sua prática de vida, o
respeito por valores absolutamente essenciais para uma saudável vida em
sociedade??
- a política é uma actividade de serviço ao outro e não uma forma de
afirmação pessoal, através do domínio do outro. Só é capaz de servir o
outro aquele que, na sua vida, e de uma forma espontânea, desinteressada e
frequente, se envolveu, desde cedo, em actividades de voluntariado, numa
atitude verdadeiramente altruísta. Não deveria ser este um requisito
indispensável para o exercício da actividade política. Quantos, entre os que
têm entre mãos a tarefa de promover o bem comum, terão uma vasta
experiência de voluntariado no seu Curriculum Vitæ?
4. Bem-querer a Abrantes
Terminado este exercício de procura de respostas para a pergunta lançada,
pelo Papa Francisco, deixo aqui a resposta que ele próprio deu: “É fácil
dizer que a culpa é dos outros… Mas eu, o que faço?”
Esta é, sem dúvida, uma pergunta que deveria assolar todas as mentes. Nela
reside a chave para a forma como exercemos a nossa cidadania. Pena é que
sejam poucos os que a colocam, e ainda menos os que se inquietam com
ela!!
Felizmente, em Martinchel, houve um grupo de pessoas a quem ela se terá
colocado e provocado alguma inquietação;
Felizmente, em Martinchel, houve um grupo de pessoas que, por causa
dela, encontrou uma forma de melhor exercer a sua cidadania;
Felizmente, em Martinchel, houve um grupo de pessoas que, por causa
dela, se entusiasmou e trabalhou/trabalha afincadamente, para que todos
possam Acreditar em Martinchel;
Felizmente, em Martinchel, a Dra. Ana Salgueiro aceitou o desafio de
liderar este grupo, com a sua habitual disponibilidade para os outros e o seu
reconhecido empenho na promoção do bem comum, que são marcas de um
trajecto que, desde cedo, encontrou no voluntariado o meio de contribuir
para a afirmação da sua terra e das suas gentes. A eles se junta uma sólida e
exigente formação (quer a nível humano, quer a nível académico) e uma
experiência profissional que garante a eficiência da sua acção
Felizmente, em Martinchel, há uma população que acredita em
Martinchel, que quer o melhor para a sua terra e que não desperdiçará a
oportunidade de ter ao seu serviço um grupo verdadeiramente motivado e
empenhado em colocar os seus talentos ao serviço da sua terra.
Felizmente, em Martinchel, com a equipa da Dra. Ana Salgueiro, a política
não estará suja! (como diria o Papa Francisco), pois estarão assegurados
todos os pressupostos e requisitos que dignificam e legitimam o exercício
da actividade política.
Obrigada pela vossa atenção!